UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA
Foto: Thiago Altafini
MARÇO 2008
IGUALDADE
Págs. 8 e 9
ANO 24|EDIÇÃO 398
2
CARTAS
CARTAS
publicação do Departamento de
Comunicação e Marketing da
Unimep (Universidade Metodista
de Piracicaba)
Reitor
Davi Ferreira Barros
Pró-reitor administrativo
Sérgio Marcus Nogueira Tavares
Pró-reitora de graduação e
educação continuada
Rinalva Cassiano Silva
Pró-reitora de pós-graduação,
pesquisa e extensão
Rosa Gitana Krob Meneghetti
Gerente de Comunicação e
Marketing
Jorge Vidigal da Cunha
Jornalista responsável
Celiana Perina
MTB - 31.320
Textos
Angela Rodrigues
Celiana Perina
Vanessa Piazza
Fotografia
Thiago Altafini
Seção Foca
Crislaine Fernandes
Eder Henrique
Projeto e Diagramação
Sugestões
O jornal Acontece Unimep é
de grande importância como
forma de comunicação da vida
interna da universidade e portanto minhas felicitações pelas belas matérias e esforço da
equipe. Como leitor assíduo do
jornal, percebi que alguns temas
do cotidiano da vida universitária não foram debatidos e que no
cotidiano se repetem nas conversas de corredor, na cantina, na
galeria. Assuntos como a eterna
demora no único espaço de reprodução de cópias xerográficas,
o desrespeito dos fumantes dentro dos espaços de alimentação
e nos corredores da universidade para com o direito dos não
fumantes, a falta de área coberta para estacionamento de alunos
motociclistas, a falta de opção de
um restaurante com alimentação
com preço mais acessível. Tudo
isso faz parte da diversidade de
alunos que freqüenta a universidade e que poderia ter seus assuntos em pauta neste jornal.
Fábio Leissmann, gaúcho
5ºsemestre letras-português
Internet
Ozonio Propaganda e Marketing
Fotolito e Impressão
Gráfica Mundo Digital
A Unimep é mantida pelo Instituto
Educacional Piracicabano (IEP)
Conselho Diretor do IEP
Paulo Borges Campos Júnior
(presidente); Márcio Rillo
(vice-presidente); Clóvis de
Oliveira Paradela (secretário);
Misael Lemos Silva (titular);
Vânia Aparecida Ferreira
Sakiyama (titular) e Leila
Machado Pereira (suplente)
Diretor Geral do IEP
Davi Ferreira Barros
Tive uma grata surpresa ao
navegar pelo site da Unimep, é
que adorei poder ter acesso às
matérias do Acontece. Como exaluno da universidade (RA 99),
agora posso continuar me informando sobre os acontecimentos
da instituição, além de ter achado
ótimo o novo estilo do boletim,
com mais fotos e diagramação
diferente. Parabéns Unimep!
Adriano Antonio
Ex-aluno e jornalista
Parabéns
Estou escrevendo para mais
uma vez parabenizar pelo Acontece, está melhor a cada edição,
acrescento mais um parabéns
pelo prêmio recebido pela publicação. Ele só vem provar que
mudanças trazem frutos e vocês
da comunicação estão colhendo
os melhores com o trabalho executado. Abraços.
Alexandre Breda
Funcionário da Unimep
Parabéns 2
O novo Acontece é a cara da
Unimep e já conquistou muito
espaço dentro e fora da instituição. Continuem inovando!
Fabiano Pereira
Coordenador da Unimep TV
Mudança
Li as últimas edições do
Acontece. Parabéns, ficou realmente muito bacana e com
cara de jornal.
Leonardo Rossi
Ex-aluno de rádio e TV
ilustração: Ricardo Stoco
O Acontece Unimep é uma
É COM VOCÊ
Sua colaboração é muito importante para a gente, envie suas críticas, comentários ou sugestões sobre o conteúdo geral ou específico do Acontece Unimep.
Faça contato no e-mail [email protected]; no tel. 3124-1646;
por carta ou pessoalmente, no endereço rodovia do Açúcar,
km 156, Taquaral (Piracicaba), CEP – 13.400-911, 1º andar
do prédio administrativo no Departamento de Comunicação e
Marketing.
Pesquisa
Sou leitora assídua do Acontece. Gostei bastante da matéria
sobre os jovens que dedicam seu
tempo à pesquisa, conforme re-
tratado em “Universitários Cientistas”. A prática é fundamental
ao desenvolvimento acadêmico.
Ana Maria Zamorano
Professora de biologia e mestre
pela Unesp (Universidade
Estadual Paulista Júlio de
Mesquita)
Caminhadas
Muito bacana a matéria sobre
as caminhadas no campus Taquaral. Sou moradora do bairro e exaluna da Unimep e sempre utilizo o campus para caminhadas
matinais. Minha sugestão é que
vocês fizessem matérias sobre os
moradores do Cecap e bairros vizinhos que utilizam a academia e
a piscina da Unimep.
Regina Isidro
Ex-aluna e moradora do bairro
OPS!
Equivocadamente a palavra Brasil foi trocada pela
palavra Brasília na matéria “Ela tá aí: TV Digital”,
publicada na página 6.
AMBIENTEUNIMEP
SÓ PARA
3
Ser
universitário é...
CALOUROS
“É o máximo
do aprendizado
e uma época
muito gostosa.
Todos deveriam
ter essa oportunidade de
formação.”
Marina Ferrato, 17, 1º semestre
de fisioterapia.
“É ter a mente
aberta e a visão
de novos horizontes. Espero
ter bons professores e uma boa acolhida.”
Sílvio Giatti, 38, 1º semestre de
direito.
“Estou gostando
dessa fase. Faço
educação física e
já trabalho numa
loja de artigos esportivos.
Meu objetivo é ter novos
conhecimentos na área”.
Recepção de calouros no campus Taquaral
Antes de ingressar ao mundo
universitário, os calouros eram
simplesmente estudantes. Nessa
nova etapa o “recreio” se transforma em “intervalo” e a antiga
“recuperação” passa a ser a temida “DP” (Dependência Curricular), que representa reprovação
em determinada disciplina, com
a obrigatoriedade de cursá-la novamente no ano ou semestre seguinte. As relações sociais amadurecem e o bom desempenho
depende de cada pessoa. Calouro, seja bem-vindo à universidade, um universo completamente
diferente, que certamente, lhe
trará mudanças intelectuais e
pessoais para toda a vida.
Theresa Beatriz Figueiredo
Santos, diretora da Faculdade
de Ciências Humanas, destaca
que todas as mudanças fazem
parte do caminho natural de
evolução e de amadurecimento.
As aulas são diferentes das que
se estava habituado no ensino
médio. A formação também é
composta por disciplinas especí-
ficas e a aprendizagem depende
de leituras aprofundadas, que o
aluno deve fazer por conta própria. O diretor da Faculdade de
Engenharia, Arquitetura e Urbanismo, Flávio Yukio Watanabe, lembra que o desempenho é
responsabilidade de cada aluno.
“A universidade não vende diplomas e o curso exigirá muito.
Até a formação será uma época
de sacrifícios e muito estudo”,
aponta. Nesse sentido, Theresa
dá outra dica: “não tenha vergonha de perguntar. Ter dúvidas é
maravilhoso, é a oportunidade
de se aperfeiçoar e se desenvolver. Isso torna a universidade
mais estimulante”.
Extraclasse
O aluno deve se inteirar do
que acontece na instituição e assim tirar proveito das oportunidades que um ambiente universitário proporciona. Olney Leite
Fontes, diretor da Faculdade de
Ciências da Saúde, fala sobre a
diversidade de espaços existentes além da sala de aula e que
podem ser ambientes de crescimento.
A Unimep oferece atividades culturais, exposições presentes nos átrios, bibliotecas
e exibições cinematográficas,
teatrais e coralísticas. Muitas
delas são gratuitas.
Mas vale lembrar, conforme fala Theresa, que o ingresso na universidade é um
momento de independência.
Com a liberdade surgem as
responsabilidades, portanto, é
preciso estar atento às escolhas
e às posturas, que podem tanto
enriquecer quanto atrapalhar a
formação profissional.
Mais Informação
A partir da matrícula, os calouros têm acesso a vários serviços. As ferramentas presentes na
página virtual da Unimep (www.
unimep.br) permitem que alunos
permaneçam informados sobre
os principais eventos e, principalmente, sobre a vida acadêmica. Nela é possível renovar livros, fazer matrículas, consultar
horários e checar o calendário
acadêmico. Luis Arthur Rosatti,
secretário acadêmico da Unimep, diz que o primeiro passo
é ler o manual de informações,
que traz as solicitações mais freqüentes. “Se ainda houver dúvidas, o aluno pode enviar as seus
questionamentos, críticas ou sugestões”, acrescenta.
Outros espaços importantes
dentro da universidade são os
Centros Acadêmicos (CAs) e o
Diretório Central de Estudantes
(DCE), ambos compostos por
grupos de estudantes e que os
representam. “Sempre que há
necessidade e solicitação, fazemos um acompanhamento às
questões que o aluno não consegue resolver”, exemplifica Claudio de Jesus Ferreira, aluno do
7º semestre de educação física e
presidente do C. A. de Educação
Física.
Rodrigo Gerage, 19
1º semestre de educação física.
“Estar na
universidade
é ter liberdade e saber ter
responsabilidades. Espero crescer não
só profissionalmente, mas
também psicológica e
emocionalmente”.
Gisele Carneiro, 18, 1º semestre
de psicologia.
“Significa a
aquisição de
conhecimentos
necessários a
minha carreira. Espero
conhecimentos essenciais
para o meu futuro
profissional”.
Ralph Marques dos Santos, 23
1º semestre de administração.
4
SALADENOTÍCIAS
Reconhecimento 1
Mateus Canniatti Ponchio, 26,
docente do mestrado profissional
em administração da Unimep, teve
sua tese de doutorado premiada
com menção honrosa no prêmio
Capes de Tese 2006. A honraria
foi anunciada no Diário Oficial
em fevereiro. Ponchio concorreu
com a tese “Influência do Materialismo sobre a Contratação de
Crédito para Consumo no Contexto de Moradores de Baixa Renda
do Município de São Paulo”, com
orientação do Prof. Dr. Francisco
José Espósito Aranha Filho, pela
Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação
Getúlio Vargas (FGV).
Portal Unimep
Está no ar a primeira etapa do novo portal da
Unimep (www.unimep.br).
Nele estão acessíveis cerca
de 3.500 arquivos, entre os
mais de 10 mil existentes
para desenvolvimento e readequação. Foram realizadas
alterações no projeto gráfico com a padronização de
conteúdo, imagens, famílias
tipográficas e diagramação,
que imprimem ao portal uma
identidade visual arrojada e
jovem. Entre as principais
mudanças estão: implanta-
Campus Centro
Mais de 200 calouros começaram as aulas no campus
Centro da Unimep, que voltou
a funcionar com cursos superiores de tecnologia e licenciaturas
após 15 anos. A cerimônia de recepção ocorreu no anfiteatro do
prédio Rosalie Brown, reformado especialmente para atender
às novas turmas. A equipe da
Reitoria, Pró-reitorias, diretores
de faculdades, coordenadores de
curso, professores e funcionários
deram as boas-vindas.
Terceira idade
Dirceu Costa
Reconhecimento 2
Dirceu Costa, 54, docente
de graduação e de pós-graduação de fisioterapia da Unimep,
acaba de ser empossado ao
cargo de coordenador de área
dos cursos de educação física,
fisioterapia, fonoaudiologia e
terapia ocupacional da Capes
(Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior) para o período 20082010. É a primeira vez no Brasil que um docente vinculado
a uma instituição particular de
ensino superior assume o car-
go, assim como também um
professor de fisioterapia.
“A nomeação é de extrema
importância. Além da visibilidade nacional e no âmbito do
Ministério da Educação, proporciona credibilidade perante o processo de avaliação de
ensino, em especial da pósgraduação stricto sensu”, destaca. A posse ocorreu em uma
cerimônia oficial promovida
em fevereiro, com a presença
do ministro da Educação, Fernando Haddad, e do presidente da Capes, Jorge Almeida
Guimarães.
A Universidade Aberta à Terceira Idade da Unimep, que a
partir deste ano passou a funcionar no Centro Cultural Martha
ção do sistema de RSS, uma
maneira simples e prática de
acessar canais de informações
de um único site; acessibilidade para pessoas com deficiência, entre outras.
Watts, está com inscrições abertas para turmas em Piracicaba e
Santa Bárbara d’Oeste. Podem
se inscrever pessoas com idade
a partir de 50 anos e não é exigido diplomas de conclusão de
cursos ou de séries freqüentadas
anteriormente. Informações nos
tels.: (19) 3124-1840 ou (19)
3124-1781.
ros Sawaya, professor do programa de mestrado e doutorado
e diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP
(Universidade de São Paulo).
Arquitetura
Debater a produção da arquitetura contemporânea e discutir
a relação entre a arquitetura e o
“design” foi a proposta da aula
inaugural promovida pelo curso
de arquitetura e urbanismo da
Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo (Feau)
da Unimep. O tema foi conduzido pelo arquiteto Sylvio Bar-
Parceria
O laboratório de informática
do Programa de Pós-Graduação
em Engenharia de Produção (PPGEP), sala Sandvik, localizado
no bloco 15 do campus Santa
Bárbara d’Oeste, é o mais recente
fruto da parceria entre a Unimep
e a empresa Sandvik do Brasil
S/A Indústria e Comércio, que
atua na área de usinagem. A sala
é composta por seis microcomputadores equipados com recursos gráficos de última geração e
necessários ao desenvolvimento
de pesquisas e estudos na área.
Conquista
Fotografia de Ivan Moretti selecionada para exposição em Portugal
O técnico de Laboratório
de Recursos Audiovisuais e
Fotografia da Faculdade de
Engenharia, Arquitetura e
Urbanismo, Ivan Moretti, teve
sua foto selecionada para a exposição Internacional de Fotografia Niemeyer 100 Anos, realizada em Portugal, entre 15
de dezembro de 2007 e 31 de
janeiro de 2008. Concorreram
mais de 1.100 imagens provenientes de nove países e apenas 100 foram selecionadas.
SALADENOTÍCIAS
tura, política de atuação e prática
acadêmico-administrativa, além
de dar as boas-vindas àqueles que
passaram a integrar a comunidade.
Internacional
William Saad Hossne
Conferência
William Saad Hossne, professor emérito da Unesp (Universidade Paulista Júlio de Mesquita), da USP (Universidade de
São Paulo) e do Centro Universitário São Camilo apresentou na
Unimep, no dia 24 de outubro, a
conferência A Ética em Pesquisa
com Seres Humanos no Brasil:
A Resolução nº 196 como Marco
Regulatório. Criada pelo Conselho Nacional de Saúde, em 1995,
a resolução estabelece que todos
os projetos de pesquisa com seres humanos em qualquer área
do conhecimento têm de ser analisados por um comitê registrado
junto à Comissão Nacional de
Ética em Pesquisa.
Integração
Cerca de 35 novos professores participaram na segunda quin-
zena de fevereiro do Programa
de Integração Docente, uma iniciativa da Gerência de Recursos
Humanos e da Reitoria. O objetivo deste evento é apresentar a
filosofia da instituição, sua estru-
Por meio de convênios firmados com universidades de
diversos países, a Unimep além
de receber alunos estrangeiros
possibilita aos estudantes da
instituição a experiência internacional por meio de intercâmbios.
Durante os meses de outubro e
novembro foram realizados os
processos de seleção e 13 alunos selecionados arrumaram as
malas. Desde janeiro, Talles Teixeira e Ligia Mokreys têm uma
nova residência: os Estados Unidos. Já Tassia Crivellani, Bruno
Ruys e Matheus Komatso passam esse semestre na Argentina.
Há ainda os que partiram rumo
ao México: Paulo Salvino, Maria Aparecida Zandoná, Éricka
Furlan, Lílian Andrade, Fabiana Gava e Geison Silva Paulo.
E também os que enfrentaram a
mais longa das viagens, Rafael
Miranda e Jeffrey Coffey, cujo
destino foi o Japão.
Alunos, professores, funcionários e ex-alunos poderão encontrar programas específicos
para seu perfil. Se você se interessar por algum deles ou apenas
quiser conhecer um pouco do
trabalho na Assessoria para Assuntos Internacionais (AAI), ligue no tel. (19) 3124-1728 ou vá
pessoalmente ao setor, localizado
no campus Taquaral.
5
MEU NOME É...
Dando seqüência à série, conheça a equipe da Faculdade de
Comunicação nesta edição.
Belarmino César Guimarães da
Costa
Diretor
Coordenadores:
Paulo Roberto Botão
Jornalismo
Rosana Borges Zaccaria
Publicidade e Propaganda
Maria Thereza de Oliveira Azevedo
Rádio e TV
•Faculdade de Ciências da Religião
Ismael Forte Valentim
Diretor
•Faculdade de Odontologia
Marco Polo Marchese
Diretor
Slow Food
Valorizar pratos típicos da
culinária piracicabana, como
a pamonha, o peixe e a cachaça, bem como prestigiar os
pequenos produtores agrícolas
locais são as principais metas do Convivium Slow Food
Piracicaba, associação fundada em setembro de 2006 pelo
ex-professor da Unimep Paulo
Chanel e pelas professoras Miriam Coelho, Eloiza Balaroti,
Iria Gevartosky e Patrícia Cor-
rea Dias. A professora da Esalq
(Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) Evanilda
Perissinotto também integra
o time. Há um ano na ativa, o
grupo realiza palestras e encontros mensais com os objetivos de proteger os alimentos
tradicionais e reavivar o sentido de confraternização antes
comuns durante as refeições.
O slow food é um movimento
internacional nascido na Itália
Chanel, Eloiza, Evanilda, Patrícia e Miriam
em 1989 e hoje com adeptos em
cerca de 150 países, dentre eles
o Brasil. Para se ter uma idéia,
os únicos dois grupos organi-
zados no Estado de São Paulo
estão localizados em Piracicaba e na capital. Informações no
site www.slowfoodbrasil.com
6
FOFOCANÃO!SÓFOCA
DIABETES
Apoio
FIQUE ATENTO
A Farmácia Unimep oferece
informações sobre a doença e
acompanhamento farmacológico. “É um serviço que poucos
conhecem. Estamos abertos
para orientar a comunidade acadêmica e auxiliar na diminuição
dos casos, já que é importante
tanto o tratamento quanto o
diagnóstico precoce”, diz Fabiano Fiorin,­ superintendente
da unidade.
A dificuldade em correr contra
o tempo foi cruel, como é
na rotina diária de qualquer
jornalista. Buscar fontes entre
os universitários, outra barreira.
Mas a sensação de mais um
dever cumprido prevalece sobre
qualquer obstáculo”.
Crislaine Fernandes.
Juliana Vasconcellos luta para resistir às tentações e manter a alimentação equilibrada
O diabetes está se tornando
a epidemia deste século. Para
impedir o avanço da doença é
preciso medidas de prevenção,
conforme alerta a Sociedade
Brasileira de Diabates, que traz
ainda um dado surpreendente.
Mais comum entre os adultos, a
diabetes tipo 2 – quando a insulina é produzida, mas não o suficiente para controlar o açúcar
na corrente sangüínea – tem aumentado com alarmante rapidez
entre crianças e adolescentes.
Neste caso, a doença pode estar
relacionada à falta de exercícios
físicos e à má alimentação, diferente da diabetes tipo 1, quando
o sistema de defesa do organismo destrói as células do pâncreas que produzem insulina e
controlam os níveis de açúcar no
sangue. As taxas de açúcar sem
controle no sangue podem ter
conseqüências graves, como cegueira, amputação e até a morte.
Juliana Vasconcellos, 21, estudante do 6º semestre de jornalismo, descobriu no mês passado
que tinha predisposição para a diabetes. “Descobrir não foi choque,
mas como não quero ficar diabética, faço exames para me controlar”, afirma. Para isso, a estudante
recorre a uma velha tática: substitui o açúcar, vilão dos diabéticos,
pelo já tradicional adoçante. “Opto
também pelos salgados assados e
sucos naturais, mas é bem complicado se alimentar na universidade,
pois não há variedades saudáveis”,
avalia.
Quanto aos sintomas da diabetes tipo 1 são: sede excessiva, rápida perda de peso, fome
exagerada, cansaço, muita vontade de urinar, má cicatrização,
visão embaçada. Já no diabetes
tipo 2 esses sintomas podem ser
mais moderados ou inexistentes, porém, causam igualmente
seqüelas.
Mude de estilo
A responsável técnica pelo
Nutricentro da Unimep Piracicaba, onde ocorrem estágios para os
acadêmicos em nutrição e atendimentos à comunidade, Adriane
Foganholo, diz que os que têm
chances de desenvolver a doença
devem mudar o estilo de vida. “É
preciso uma análise específica de
cada caso, todavia, é necessário
diminuir o consumo de gorduras,
presente principalmente nas frituras, optar pelos salgados assados e sobretudo praticar atividade
física. Também é muito importante não substituir as refeições
por lanches”, aconselha. O mais
complicado para os universitários
é cumprir a última recomendação.
A correria diária e a falta de tempo
tornam o cardápio irregular. “Apesar de os cuidados necessários, é
praticamente impossível não sair
da linha”, justifica Juliana.
“As taxas de
açúcar sem controle no sangue
podem ter conseqüências graves,
como cegueira,
amputação e até
a morte.”
“Todos os percalços são
pequenos perante o orgulho
de fazer parte do Acontece.
A correria para fechar a
matéria no tempo estipulado,
entre feriados e recessos, e
ver a matéria pronta no dia:
valeu a pena”.
Eder Henrique.
Crislaine Fernandes e Eder
Henrique são alunos do
7º semestre do curso de
jornalismo e foram orientados
pelo coordenador do curso,
Paulo Roberto Botão
Quando esta substituição não é
possível, a nutricionista recomenda que o lanche contenha fibras,
com verduras e legumes. “A opção de um restaurante é mais válida. A inclusão de hortaliças nas
refeições, além de carne magra,
arroz e feijão, é muito importante.
Isso porque ajuda na prevenção
da obesidade e, conseqüentemente da diabetes”, destaca.
O exame de glicemia capilar deve ser feito em casos de suspeita de diabetes equilibrada.
SINTONIZADO
7
Em Bom Português
Olá!
Veteranos, bom retorno
às aulas! Calouros, sejam bem-vindos! Esperamos que todos tenham
uma permanência muito
profícua nesta Universidade. Esta coluna, como
muitos já sabem, é fixa
no Acontece e apresenta dicas simples e práticas
da língua portuguesa, tal como veremos a seguir.
O Uso dos Porquês
REDE
SEM FIO
O acesso à internet por meio
de rede sem fio, o chamado sistema WiFi, já está disponível na
Unimep. O serviço pode ser acessado gratuitamente, independente
da quantidade de “downloads” e
do tempo de utilização, por alunos, professores e funcionários,
desde que tenham equipamento
compatível com WiFi, como “notebooks”, PDA’s e outros.
No campus Taquaral há pontos na Galeria Unimep, salas de
aula do bloco 7, biblioteca, hall
do bloco administrativo, Sala
dos Colegiados e no Núcleo de
Computação. Já no campus Centro, nas salas de aula do 2º andar
do prédio Rosalie Brown. Em
breve o WiFi Unimep estará disponível na sala dos professores
do bloco 5 e na Sala 24 horas, no
campus Taquaral, e no campus
Santa Bárbara d’Oeste, na sala
dos professores e proximidades.
Não há necessidade de cadastrar chaves, senhas ou complexas
seqüências numéricas para acessar o WiFi Unimep. Basta informar “login” (aquela palavra que
vem antes do @ do seu e-mail
da Unimep) e a senha do seu cartão. Visitantes também podem
utilizar o serviço. Basta entrar
em contato com o Departamento de Tecnologia e Informática
(DTI)-Redes, no ramal 1651, ou
DTI-Suporte ramal 1648.
Uma dica para identificar as
áreas que possuem pontos é ficar
atento às placas de sinalização
de sistema WiFi que estão espalhadas pelos campi. Para informações adicionais e atualizadas,
consulte a página www.unimep.
br/wifi. Em caso de dúvidas, entre em contato com o DTI-Redes
ou DTI- Suporte.
Colaboração: Departamento de
Tecnologia e Informática Unimep.
A forma por que é a junção da preposição “por”
com o pronome interrogativo “que”, podendo ser
utilizada no início ou no meio da frase. Em termos
práticos, é uma expressão que equivale a “por qual
razão”, “por qual motivo”. Exemplos: 1) Por que
você escolheu esse curso? 2) Ninguém sabe por
que o público riu tanto.
Se o por que surgir no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação,
de exclamação) ou de reticências, deve-se utilizar a
forma por quê, pois, em virtude de sua posição na
frase, o que passa a ser tônico, devendo, então, ser
acentuado. Exemplo: Sim, ele irá à festa. Por quê?
Utiliza-se, também, a forma por que quando esta
representa a seqüência preposição mais pronome
relativo, equivalendo a “pelo qual”, “pelos quais”,
“pela qual”, “pelas quais”. Conforme o contexto,
essa forma equivale a “para que”. Exemplos: 1) A
fase por que [pela qual] estamos passando é benéfica. 2) Lutamos por que [para que] a raça humana
tenha responsabilidade com a saúde do planeta.
PORQUE
Foto: Banco Imagens
Provavelmente, em algum momento, os porquês
já assombraram sua vida porque a dúvida foi inevitável. Entretanto, vou tentar mostrar por que os
porquês são fáceis de compreender e assimilar. Não
acredita? Por quê? Vamos, então, conferir.
A forma porque é uma conjunção que equivale a
“pois”, “já que”, “uma vez que”, “como”, “para
que”, “a fim de”. Exemplos: 1) A alegria foi contagiante porque Pedro ganhou na loteria. 2) Imagino
que teremos ânimo, porque as esperanças sempre
se renovam.
Já a forma porquê é um substantivo e significa motivo, razão, causa. Geralmente, surge acompanhada
de palavra determinante, por exemplo, artigo. Sendo substantivo, pode ser pluralizado. Exemplo: Os
alunos explicaram o porquê [ou os porquês] da
pesquisa.
Mirian De Fátima Polla
Graduada em letras e funcionária da Unimep
Comentários, críticas e sugestões: [email protected]
8
CAPA
um das poucas universidades da
região que possui infra-estrutura
e promove debates sobre o assunto por meio da convivência”,
fala Érica, que teve a retina descolada pela incubadora quando
recém-nascida, o que acarretou a
perda total da visão aos 16 anos,
quando ainda enxergava 25%.
Para Rosana Davanzo Batista,
30, que nasceu com o nervo ótico
atrofiado e é aluna do 5º semestre
de pedagogia, um dos passos para
a conscientização é a convivência
e promoção de pesquisa e debates sobre o assunto. “O deficiente
não tem que ficar trancado em
casa, não deve ter receio de encarar a sociedade, mesmo ainda
não preparada para conviver com
as diferenças. Quando entrei, me
sentia um peixe fora d’água, a
partir do convívio os tabus são
quebrados”, conta.
INCLUSÃO
Celiana Perina
[email protected]
As instituições de ensino superior estão diante de um desafio
que vai além da adequação de
infra-estrutura à acessibilidade
do deficiente: estimular o debate, a convivência e a pesquisa na
área da inclusão. Na Unimep o
tema é levado a sério. A partir de
ações isoladas iniciadas nos anos
90, há um ano nasceu a Assessoria para Inclusão de Pessoas
com Necessidades Especiais,
setor com sala de atendimento
permanente no bloco 3 campus
Taquaral (Piracicaba), que atua
junto a estudantes, funcionários
e professores. Entre as metas da
equipe, que também conta com
o apoio de alunos voluntários de
cursos distintos da instituição,
está acolher, acompanhar e dar
condições para adaptação pedagógica ou limitação temporária
de estudantes com algum tipo de
deficiência, bem como estar envolvida com os movimentos sociais e políticos relativos à área.
JÁ
A coordenadora da assessoria,
Dra. Darlene Barbosa Schützer,
fala que a infra-estrutura espacial
e pedagógica (leia texto nesta
página) da Unimep é adequada,
no entanto, o nível das barreiras
atitudinais é o grande desafio a
ser enfrentado. Por esta razão,
são trabalhados vários segmentos da universidade, tanto no que
se refere aos relacionamentos
como às atividades acadêmicas.
“A idéia é permear toda a universidade com uma cultura de tolerância, de respeito às diferenças
e de inclusão. Além dos atendimentos, incentivamos e orientamos para o desenvolvimento de
pesquisas e projetos de extensão
nas diferentes áreas do conhecimento e em assuntos correlatos.
Em nível de Brasil, ainda existem poucas pesquisas na área”,
destaca.
Nesse sentido, Érica Santos,
25, do 7º semestre do curso de
história, diz que a educação e o
debate são bases para a conscientização e devem ser prioridades,
seja no ambiente universitário
como nos ensinos fundamental e médio. “As leis amparam,
mas a falta de conhecimento e
o despreparo dão margem ao
preconceito, aumentando ainda
mais as barreiras. A Unimep é
Yara e Rozana
“O deficiente
não tem que
ficar trancado
em casa”
Para Thaís, é por meio da integração que as mudanças ocorrem
CAPA
Experiência
Superação
A aluna da pós-graduação em tradução português-inglês Yara Helena
Andrade, 25, que foi uma das primeiras
cegas da Unimep no final dos anos 90,
fala que a sociedade tem evoluído muito no quesito inclusão. “Às vezes, as
pessoas acham que é ideológico, mas
uma pessoa, seja com ou sem deficiência, precisa acreditar que é capaz. Acho
que não tem que provar nada para ninguém, mas ao mesmo tempo deve mostrar que precisa ter seus direitos garantidos. Hoje ainda existe muita exclusão
e preconceito porque as pessoas conhecem o ponto vulnerável do deficiente
mais do que de outra pessoa, que não
é tão explícito. Sempre acreditei que eu
podia, então aprendi a tocar piano, flauta, cantar e também faço inglês”, contou ela, que perdeu a visão total quando
recém-nascida por causa de um descolamento de retina na incubadora.
A maioria dos estudantes com necessidades especiais que efetivamente cursava a universidade até 2003
tinha forte apoio familiar, além de
contar com ajuda voluntária de colegas para o cumprimento de suas responsabilidades acadêmicas. Yara foi
uma delas, que teve muito apoio da
família, colegas e professores.
No quesito enfrentar desafios,
Márcia Barbetta Santos, 47, mãe de
Érica Santos, fala que nos dois primeiros anos de estudo da filha ela a
acompanhava e ficava durante todas
as aulas, mas percebeu que a independência de Érica seria importante
para seu crescimento. “O apoio da
família é fundamental. Não podemos
achar que o deficiente é um coitado e
não pode fazer nada”, diz.
Já os estudantes com deficiência
auditiva matriculados na instituição
até 2006, utilizavam a leitura labial
para comunicação, porém, em fevereiro do ano passado ingressou uma
aluna no curso de sistemas de informação que necessitava de intérprete
de Libras (Língua Brasileira de Sinais). Foi possível agilizar parceria
com o curso seqüencial de Libras,
quando foi oferecida tradução de
todas as aulas para essa estudante.
“Foi uma experiência muito marcante, dadas as muitas dificuldades
apresentadas. A aluna interrompeu o
curso por motivos particulares”, conta Darlene.
Leandro Correa
“Conviver com a diversidade é uma oportunidade essencial na vida de todas as pessoas e é por meio da integração
que as mudanças efetivas serão
possíveis”, ressalta Thaís Gonsales Soares, 19, aluna do 5º
semestre de história e estagiária da Assessoria para Inclusão.
A irmã de Thaís teve um acidente vascular cerebral, então,
segundo ela, a família conhece
a importância do trabalho sério
desenvolvido pela assessoria
dentro da universidade. Leandro Corrêa, 20, do 4º semestre
de psicologia, elabora textos
em braile e aplica provas para
os estudantes que recebem auxílio do setor. “Trabalhava no
Centro Acadêmico e pedi transferência porque tinha desejo de
estar inteirado, poder auxiliar e
aprender”, afirma.
9
Raio X
Hoje no Brasil as pessoas com deficiência representam
14,5% da população, o que equivale a 24,5 milhões, segundo
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
do censo de 2000. Já no ensino superior, o número de universitários com algum tipo de deficiência, seja física, auditiva,
visual e motora, aumentou, de acordo com dados do Censo da
Educação Superior de 2005, elaborado pelo Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
A pesquisa aponta também que o maior crescimento foi nas
instituições de ensino particulares. Em 2000, as universidades
públicas tinham 52,23% (1.135 alunos) do total de matriculados com necessidades especiais (incluindo os superdotados) e
as privadas, 47,77% (1.038 estudantes). Em 2005, os números
mostram que 67% (4.247) dos alunos nessa categoria estudavam em entidades particulares.
Segundo Darlene o nível das barreiras atitudinais é o grande desafio
Infra-Estrutura
Érica acredita que a educação e o debate são bases para a conscientização
O desafio de atender adequadamente pessoas com algum tipo
de deficiência tem sido enfrentado na Unimep desde os anos 90,
quando aconteceram as primeiras
ações formais para adaptação às
necessidades de candidatos inscritos no vestibular. No nível da
arquitetura os campi da Unimep
atualmente se apresentam bastante acessíveis a pessoas com
algum limite de mobilidade. Há
rampas e elevadores nos prédios,
bem como instalações sanitárias
adaptadas, telefone para surdos,
além da disponibilidade de adaptação de cadeiras adequadas às
deficiências motoras apresentadas. Recentemente, o portal da
Unimep também permite acessibilidade por meio de um “software” leitor de tela que possibilita a
navegação em todo o conteúdo a
partir do teclado do computador.
Quanto às adaptações pedagógicas, a instituição possui
uma impressora braile; uma sala
especial para uso de estudantes
deficientes visuais, com o “software” Virtual Vision disponível para estudo e para realização de atividades de avaliação
e computador com “scanner”.
Há ainda três monitores contratados para cada estudante
deficiente visual, encarregados
de preparar material e auxiliar
em atividades acadêmicas em
sala de aula; tradução de Libras
(Língua Brasileira de Sinais)
em sala de aula para estudante
deficiente auditivo; orientação
de professores e atendimento
de estudantes, para permanente
acompanhamento das necessidades e adaptação rápida, de
modo a garantir as condições
de aprendizagem e armazenamento de textos referenciais
para uso.
10
CONQUISTA
TRABALHO
COLETIVO
“A união faz a força”. Parece
senso comum, mas esse ditado
popular traduz bem o resultado
da mobilização de alunos e professores do curso de direito do
campus Taquaral da Unimep.
Graças ao trabalho coletivo, o
curso ganha cerca de 750 novos
títulos para a atualização do
acervo bibliográfico. A campanha começou em junho de 2007,
quando José Carlos Barbosa de
Souza, 41, aluno do 3º semestre
de direito noturno, encontrou
dificuldades na localização de
obras para a realização de um trabalho acadêmico. Inconformado,
em apenas duas horas ele coletou
cerca de 700 assinaturas entre os
1.100 alunos dos semestres diur-
nos e noturnos. Encaminhou a
lista à direção do curso para que
providências fossem tomadas.
Após reuniões com o diretor da faculdade, decidiu-se pela
elaboração de duas listas. Uma
formulada por professores que
haviam atualizado seus projetos
de ensino e outra planejada pelos
próprios alunos. Comparadas as
duas, chegou-se a uma lista final.
“Temos de trabalhar pela coletividade acadêmica. A experiência
serviu de impulso para o planejamento de novos projetos, que visam o aperfeiçoamento das condições de ensino”, destaca Souza.
“O Centro Acadêmico (C. A.)
entrará com um auxílio financeiro, em valor ainda a ser defini-
do”, garante Érica Guallazzi,
22, presidente da agremiação
discente e aluna do 9º semestre
de direito, também participante
do movimento. Para ela, o mais
importante é que houve um diálogo entre os alunos e uma interação que não existia. O próximo
passo é a melhoria dos equipamentos de informática do Centro
Acadêmico.
O mestre Jarbas Martins Barbosa de Barros, diretor da faculdade e professor do curso de
direito, fala que a aquisição da
bibliografia complementar poderá ocorrer no 2º semestre. As
novas obras ficarão na biblioteca
do Taquaral e estarão à disposição também dos alunos dos cam-
pi Santa Bárbara d´Oeste e Lins,
mediante solicitação.
Mais
Além da atualização do acervo, a direção da faculdade comemora mais uma conquista: o
fechamento de um convênio entre a Unimep, a Editora Saraiva
e a Livraria Nobel. Por meio da
parceria, a Editora Saraiva criará
“kits” semestrais, comercializados pela Livraria Nobel aos alunos com descontos de 20% e com
o valor dividido em seis parcelas.
E mais, a editora reservará 5% do
valor correspondente de todas as
suas vendas para uma doação em
títulos à universidade.
Érica, Souza e Barros: mobilização
para compra de novo acervo
INTERCÂMBIO
11
ALÉM DAS
FRONTEIRAS
Angela Rodrigues
[email protected]
A oportunidade de entender
e respeitar diferenças por meio
de vivência em outros países,
aprender um novo idioma e dar
um “up-grade” na carreira é uma
das muitas experiências e ganhos que compõem a trajetória
de universitários que na graduação participaram de estágios,
projetos de pesquisa ou intercâmbios internacionais. Saulo
Castellari Pereira, 25, graduado
em engenharia industrial mecânica pela Unimep, é um dos
exemplos. Um ano na Universidade Técnica de Darmstadt,
Alemanha, instituição parceira
da universidade por meio do
Laboratório de Sistemas Computacionais para Projeto e Manufatura (SCPM), localizado no
campus Santa Bárbara d´Oeste,
possibilitou o aperfeiçoamento
do idioma, fundamental à profissão.
“Devido à parceria tecnológica com uma empresa alemã,
hoje auxilio a comunicação
entre os engenheiros. Em vista
disso a gerência já me escalou
para as viagens técnicas”, deta-
Saulo Castellari Pereira
lha ele. Para Pereira, o intercâmbio o preparou para o mercado
de trabalho. Também para Jeovano Lima, 26, aluno do último
semestre de engenharia de controle e automação da Unimep,
que permaneceu por um ano em
Bochum, Estado de Nordrhein
- Westfalen, Alemanha, a experiência, além de inesquecível,
ampliou os horizontes profissionais. “Ao retornar, mesmo sem
ter enviado um currículo, uma
empresa de São Paulo me ofereceu estágio e garantiu efetivação
após a conclusão do curso”, afir-
ma ele, que pretende emendar a
graduação ao mestrado.
Encarar novos desafios foi
o que fez Leandro Santalla, 23,
graduado em engenharia de controle e automação na Unimep,
que pela participação em um
projeto desenvolvido durante o
curso foi convidado a trabalhar
em empresa alemã localizada
em Fulda, a 110 quilômetros
de Frankfurt. “Tive a alegria de
ser convidado para trabalhar na
empresa antes do término do
curso e a oportunidade de sair
da universidade com um emprego garantido”, conta. Na gra-
duação, Santalla participou do
projeto “Romi-Isetta Virtual”,
realizado no laboratório SCPM
da Unimep­, que consistiu na
reconstrução virtual do RomiIsetta,­ o primeiro automóvel
produzido no Brasil, entre os
anos de 1956 e 1961.
Em 1955, a Iso concedeu os
direitos de produção do Isetta à
empresa brasileira Romi e com
sede em Santa Bárbara d´Oeste.
Bagagem
De acordo com o coordenador­
do programa de pós-graduação
em engenharia de produção
da Unimep, Klaus Schützer, a
experiência­não é medida apenas
pelos conhecimentos técnicos
adquiridos, mas pela vivência
em outro país e pela compreensão de uma cultura diferente.
“Isto torna o participante muito
mais disposto às novas experiências, além da possibilidade de
vivenciar o dia-a-dia de forma
diferenciada e crítica. O aluno­
tem acesso a outra realidade e
aprende que podemos fazer coisas diferentes e melhores”, ressalta.
Leandro Santalla
Lab Internacional
“Analisar outra realidade
empresarial e cultural é um
grande laboratório, pois aumenta a chance de empregabilidade.” A afirmação é de
Cristiano Morini, coordenador
do curso negócios internacionais, professor de especialização MBA (Master of Business
Administration) em comércio
exterior da Unimep e um dos
Jeovano Lima
organizadores da semana de estudos no exterior. Em 2007, Morini
organizou a ida de 30 alunos em
dez dias de estudos na Universidad de Concepción,­ Chile, que
incluiu visitas técnicas a empresas e pontos turísticos.
“Como sou analista de controle em uma empresa com filial
no Chile, reconheço que adquiri
experiência no relacionamen-
to de empresa naquele país.
Fiquei entusiasmado com o
pensamento empreendedor
das pessoas e de como podemos mudar uma nação por
meio de estudos e aquisição
de cultura”, afirma Alexandre
Herrero Licio, 32, aluno de
MBA em gestão e negócios
da Unimep e um dos participantes da viagem.
12
UNIVERCIDADES
EDUCAÇÃO
É O CAMINHO
Com a esposa e os três filhos,
há um ano Reynaldo Portillo, 34,
deixou a capital La Paz, município mais populoso da Bolívia,
para estudar em Piracicaba. Em
sua opinião, a educação é uma
importante ferramenta para diminuir as desigualdades sociais
e deveria ser levada mais a sério
pelos governantes. Inclusive é
na área de filosofia da educação
que Portillo faz o mestrado na
Unimep. Nesta edição da seção
UniverCidades, que tem como
proposta mostrar parte da trajetória dos que vêm de longe, o
boliviano é destaque.
Estudar na Unimep é tradição na família. Aos sete anos,
ele morou no município, quan-
do seu pai, que é professor de
filosofia, estudou na instituição.
“Entre os países latino-americanos o nível de educação do
Brasil é referência, então escolhi
voltar à Unimep. Tenho infinitas
lembranças da época que morei
em Piracicaba e também achei
que seria uma experiência importante para meus filhos, pois a
vivência internacional é bastante enriquecedora. Quando morei em Cuba, por exemplo, não
comi carne durante um ano. Foi
na época em que caiu o Muro
de Berlim (1989). É impagável
ter outras vivências, sentir outros cheiros, outros ambientes. É
um aprendizado rico e que, sem
dúvida, amplia o nível crítico”,
avalia.
Com a pesquisa sobre formação da identidade de um
povo, ele pretende contribuir
com discussões a respeito da
educação em seu país, que é
governado pelo socialista Juan
Evo Morales, que assumiu o
comando em 2006 com a promessa de “refundar” a nação,
que possui grande pobreza e
baixos índices sociais. Em contrapartida, a Bolívia é a segunda maior reserva de gás natural
do continente, apenas superada
pela Venezuela. “Como educador e hoje distante do meu
país, tenho outros olhares.
Com a ascensão de Morales,
acho que houve uma ruptura
muito interessante. Creio que a
educação mudará porque estará mais focada na maioria. Até
então o Estado não fez nada e
reproduziu a educação elitista,
deixando de lado as tradições,
culturas e línguas”, destaca ele,
que utiliza um acessório bastante representativo da cultura
de seu povo: a chusta, bolsa
confeccionada de lã de ilhama
ou ovelha.
Portillo faz o mestrado na Unimep
Brasil X Bolívia
Portillo conta que não sentiu dificuldades na adaptação no
Brasil. Em sua opinião, os brasileiros são mais solidários até que
os próprios bolivianos. “É uma
gente mais feliz e solidária. Justamente parte da minha pesquisa
será por que o povo andino ou
boliviano é mais reservado. No
entanto, a cultura andina é muito
arraigada na terra e preserva costumes, que têm ficado perdidos
em muitas nações com a globalização”, analisa.
Apesar de o acolhimento,
Portillo percebe que por parte de algumas pessoas existe o
clichê de que todo boliviano é
traficante. “É um clichê que nós
ganhamos. As pessoas relacionam nosso povo com o tráfico
ou consumo de drogas. Certa
vez, consegui um bico para fazer
espetinhos em um bar e percebi
que alguns fregueses levaram por
esse lado. Deixei a atividade. No
mundo acadêmico, isso não ocorre. O ambiente é sério e as pessoas são preparadas”, diz ele, que
tem planos de fazer doutorado.
BOLÍVIA
Habitantes: 7,8 milhões
Principais cidades: Santa Cruz,
El Alto, Cochabamba, Ouro, Sucre, Concepcion.
La Paz
Atividades econômicas: agricultura, gás, petróleo e indústrias alimentícia e de bebidas
Fonte: www.nutep.adm.ufrgs.br/mercosul
BOLÍVIA
Sucre
CULTURAÉOQUEHÁ
Antonio Chapéu,
coordenador dos
grupos de teatro
da Unimep
Subvertendo
o ‘look’
A camiseta, peça leve
e confortável, perfeita para
enfrentar os dias quentes
do nosso verão, pode ser
incorporada a elementos mais sérios como o
“blazer” para compor um
“look” sóbrio, ainda que
ousado, em ocasiões que
permitem certa informalidade mas clamam por
elegância. A combinação
do blazer com camiseta foi
popularizada nos anos 80,
com o personagem Don
Johnson, da série “Miami
Vice”, e chegou intacta aos
dias atuais, juntando o despojamento do básico com
a austeridade do traje formal. Esta é uma tendência
da moda chamada de hi-lo,
corruptela de “high and
low” (alto e baixo em inglês), e tem como proposta
subverter o total look, neste
caso, do costume (camisa,
paletó e calça do mesmo
tecido) e adotar elementos
de origens tão diferentes
quanto contrastantes nas
produções, como o “luxuoso x ordinário”, “exclusivo x popular”, “caro x
barato”. Porque tanto na
moda quanto na vida, muitas vezes só a transgressão
possibilita o surgimento do
novo, não é mesmo?
MUITO
MAIS QUE
‘CLOTHING
SWAPS’
Vanessa Piazza
[email protected]
Quando as relações de trabalho ultrapassam fronteiras e
novas amizades são construídas
aquela colega de trabalho passa
a ser a pessoa com a qual você
pode trocar experiências e alegrias. Então por que também não
trocar aquelas peças de roupa e
acessórios que estão encostados
no armário, que sempre se tem a
esperança de voltar a usar? Com
esse mote, um grupo de funcionárias, professoras e alunas da
Unimep promoveu em 2004 um
primeiro encontro. Naquela época, Rosa Meneghetti, Maria Izalina Ferreira Alves, Patrícia Corrêa, Nilza Facco Preeg, Sílvia
Morales Pereira, Walkíria Akileida Orgaes, Daniela Urbano,
Mirian Polla e as alunas Viviane
Petruz e Ariane de Camargo Fernandes integravam a Coordenação de Avaliação Institucional.
Hoje em setores distintos, as
amigas continuam a se reunir e a
levar novas companheiras, como
as também funcionárias Silvana
Bortolotti, Heloisa Bernardino e
Ivonete Savino, para participar
dessa prática que virou quase
um compromisso. Para Ariane,
o melhor dos eventos é conseguir se reunir fora do local de
trabalho, uma aproximação que
fortalece os laços. Já Silvana,
que participou pela primeira vez
esse ano, conta que tinha muitas
peças que já não usava e que fizeram feliz quem as recebeu. Na
opinião de Walkíria, o encontro
é uma oportunidade de guardar
um pouco do outro. “As peças
acabam tendo um valor sentimental”, completa.
A troca de roupas ou acessórios entre amigas não é novidade. A moda surgiu nos Estados
Unidos, onde é conhecida como
“clothing swaps”, e se espalhou
pela Europa, Japão e Brasil.
Música Faz Bem
Choro, a Música
do Brasil
A gravadora Acary Records lançou uma
coleção de 9 CDs – “Choro Carioca,
Música do Brasil” – que resgata a obra
de compositores de diversos estados
brasileiros, complementando gravação
anterior, “Princípios do Choro”, que
registrava o nascimento, no Rio de Janeiro, da música urbana mais antiga do Brasil. As gravações
foram patrocinadas pela Petrobras, através da Lei de Incentivo
Cultural.
A importância da nova gravação é registrar a presença do choro, carioca de nascimento, em outras regiões do Brasil, constatando-se sua influência em vários gêneros de música, como
frevo, baião, maxixe, valsa e tango brasileiro. Pesquisa do violonista carioca Maurício Carrilho revelou a incrível soma de
mais de oito mil chorinhos e gêneros afins compostos entre
1870 e 1920 no Brasil.
O choro, gênero surgido ao redor de 1870 no Rio de Janeiro, é
a primeira música urbana tipicamente brasileira. A abolição do
tráfico de escravos, em 1850, fez surgir uma classe média urbana que deu os primeiros passos na formação da nova música,
criada a partir da mistura de danças de salão européias, como
valsa, minueto e polca, com música popular portuguesa e africana. O flautista carioca Joaquim Calado (1848-1880) foi um
dos “pais” do choro, incorporando, ao solo de flauta, dois violões e um cavaquinho, que são a base dos conjuntos chorões.
A origem do termo choro é controversa. Segundo o folclorista
Luís da Câmara Cascudo, provém de “xolo”, tipo de baile dos
escravos. Para o musicólogo Ary Vasconcelos, a palavra vem
de choromeleiros, conjuntos de músicos da época colonial. De
acordo com José Tinhorão, musicólogo, choro vem da maneira
“chorosa” e melancólica de tocar, sensação transmitida pelos
baixos do violão.
Essa coleção de CDs é dividida por regiões brasileiras, com
compositores do Sul, Sudeste, Nordeste, Norte e Centro-Oeste.
Traz obras de 74 compositores, alguns desconhecidos entre
os muitos famosos, como Canhoto, Donga, João Pernambuco, Rocha Vianna e seu filho Pixinguinha. Entre os chorões
do sudeste figuram alguns conhecidos da nossa região, como
Belmácio Pousa Godinho, Erothides de Campos e Zequinha
de Abreu. Boas surpresas aparecem, como músicas de Antonio
dos Santos Monteiro, avô de Villa-Lobos, e do italiano Alessandro Gnatalli, pai de Radamés Gnatalli.
É incluída na coleção, em excelente arranjo para quatro violões, a valsa Tristorosa (1910), de Villa-Lobos, que mais tarde viria universalizar o gênero choro dentro do estilo erudito,
criando sua polêmica série “Choros”.
Carol Aleoni é jornalista
e produtora de moda
[email protected]
13
Da esquerda para direita: Walkíria, Ariane, Silvana, Sílvia e Nilza
Beatriz de Castro Victoria
Dir. da Escola de Música de
Piracicaba Maestro Ernst Mahle
[email protected]
14
CULTURA...
CALDEIRÃO
CULTURAL
Medos,
costumes, tradições, dores,
amores e vida cotidiana com freqüência são
expressadas nas artes, seja na música, teatro,
cinema, pintura, escultura e fotografia. Esta gama de
manifestações culturais integra o dia-a-dia da Unimep
em seus quatro campi. A variedade é um dos diferenciais
da instituição, já que o universitário pode ter aliado ao
ensino uma formação humanística conseguida
por meio da arte.
Salão de Humor
Artes Plásticas
No Taquaral, estão previstas
cerca de 20 exposições anuais
para o hall do prédio administrativo, com artistas experientes
e novatos. Em Santa Bárbara
d´Oeste, mais de 30 expositores irão colorir o campus com
suas obras e criações. Em Lins,
a agenda inclui oito mostras individuais e três institucionais
ao longo do ano. E no campus
Centro, elas estarão presentes
no Centro Cultural Martha Watts
(CCMW).
A inovação para 2008 é a incursão do Salão Universitário de
Humor no cenário mundial. Em
sua 16ª edição, o evento antes divulgado no Brasil e América Latina, a partir de agora envolverá
também universidades de todas
as partes do mundo. O novo
projeto conta com o apoio da
Assessoria para Assuntos Internacionais da Unimep, que fará
Artista plástica Michele Canalli
Cinema
Na Unimep, há ainda os
projetos destinados à sétima
arte. Com exibições gratuitas, o Cine Humberto Mauro
Artista plástica Márcia Guibal
Teatro e Música
No Teatro está prevista a estréia no final do primeiro semestre da peça do grupo Andaime, a
partir de pesquisas baseadas na
obra e vida do bandeirante Cornélio Pires (1884-1958). A trupe
também deve realizar uma série
de oito apresentações de o “Lugar Onde o Peixe Pára”, em seis
cidades do interior paulista, por
meio da captação de recursos financeiros do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A agenda inclui ainda apresentações de “O Pequenino Grão
de Areia”, do Cochichonacoxia;
“Sobre Dores e Amores”, com
o No Espaço, e um evento es-
pecial em comemoração aos
dez anos do Teatro Unimep.
Na música, serão retomadas
as apresentações do musical
“O Tempo não Pára”, encenado pelo coral universitário
Apepú-Yamí (Som da Noite),
além de uma integração maior
dos corais Taquaral, Lins e
Santa Bárbara d´Oeste.
o contato com as instituições do
exterior. Mais informações no
tel.: (19) 3124-1610.
trará cerca de 40 filmes no campus Taquaral ao longo de 2008
e continuará o projeto Reflita,
com debates após as exibições.
Na programação está prevista
a exibição de lançamentos da
cinematografia produzidos em
países como Espanha, Argentina
e Japão, que dificilmente estarão
disponíveis em salas comerciais.
Estarão mantidas as exibições
nas praças e centros comunitários por meio do projeto Cinema
de Rua, garantindo o acesso ao
cinema praticamente sem sair de
casa. A iniciativa é fruto de parce-
ria entre a Unimep e a Prefeitura Municipal de Piracicaba.
Para conferir as programações, acesse www.cinehumbertomauro.com.br
LITERATURA
MARKETING
1ª OBRA DE TRILOGIA
com os artigos científicos de
conclusão de curso das próximas
turmas da pós.
Em Marketing: Percepções
e Aplicações (vol. 1), a docente
reuniu artigos científicos de 23
pós-graduados em MBA (Master of Business Administration)
em marketing da Unimep. Colaboraram na produção, Regina
Antônia Azanha, bacharel em
administração de empresas, e
Edival A. Oliveira Júnior, também pós-graduado em MBA em
marketing.
15
Nesta edição, os
livros mais lidos
e retirados nas
bibliotecas dos
campi
Lins
Serviço
O livro “Marketing: Percepções e Aplicações” está à venda
nas livrarias Nobel de Piracicaba (Shopping, Galeria Unimep
e Centro). R$ 25.
Patologia Oral & Maxilofacial (1998); de Brad W.
Neville,­ Editora Guanabara Koogan; 705 págs.
Taquaral
Valéria Rueda
Estudos e pesquisas sobre a
percepção do som no ambiente
de compra; as embalagens como
elemento de proteção dos produtos e o papel das concessionárias
diante do consumo das mulheres
no setor automotivo são alguns
dos exemplos encontrados em
“Marketing: Percepções e Aplicações (vol. 1)”, obra organizada
por Valéria Rueda Elias Spers,
coordenadora do curso de pósgraduação em gestão e negócios
da Unimep. O livro foi lançado
no final do ano passado. A idéia
é publicar outros dois volumes,
Valéria também é organizadora da obra “Administração:
Evolução, Desafios, Tendências” (2001) e “Gestão e Negócios: entre o Social e o Administrativo” (2004) e autora da
obra “Responsabilidade Social:
o Potencial Transformador da
Atuação Social das Empresas”,
de 2003.
Santa Bárbara
Família Real:
200 anos
Feche os olhos, concentre-se e tente imaginar
a vida política, social, cultural e econômica do Brasil, precisamente no Rio
de Janeiro, há 200 anos. A
oportunidade, imperdível
para os apaixonados por
história, será oferecida
para alunos, comunidade e
interessados, por meio da
realização de eventos especiais alusivos aos 200
anos da vinda da família
real portuguesa ao Brasil
em 1808, esse ano. Na
Unimep as atividades estão sendo planejadas pela
Valéria planeja lançar
outros dois livros sobre o tema
Entendendo A Gordura: os
Ácidos Graxos (2002); de
Rui Curi; Editora Barueri;
580 págs.
que não era tão caricata como
se diz, é uma das análises mais
interessantes que as comemorações podem trazer”, destaca.
Destino Brasil
coordenação e professores do
curso de história.
“A programação oficial será
definida este ano. Entre as possibilidades estão a realização de
eventos próximos à data ou a
definição do tema para a semana
de estudos históricos”, adianta Valéria Alves Esteves Lima,
professora de história da arte do
curso de história que, ao de lado
de outros docentes, coordenará
os eventos.
“Foi o único caso de transferência de uma corte européia
para uma colônia e representou
o marco de uma transformação
em todos os campos. Pensar o
significado para a população de
estar diante da corte portuguesa,
As naus que trouxeram os
membros da família real chegaram em Salvador em 22 de
janeiro de 1808, após 55 dias
de viagem no mar. A breve
parada possibilitou o preparo
para a segunda etapa da viagem. Em 26 de fevereiro de
1808, a esquadra zarpou rumo
ao Rio de Janeiro, cidade na
qual a família chegou em 7
de março. (Fonte site www.
monarquia.org.br e livro “D.
João VI no Brasil”, de Oliveira Lima).
Prevenção e Controle
da Poluição nos Setores Energético, Industrial
e de Transporte (2004);
de Electo Eduardo Silva
Nora; Editora Interciência, 481 págs.
Fonte:
Bibliotecas Unimep
Os Mais, Mais...
16
SÉRIEBAÚ
Angela Rodrigues
tas, processos, documentos da
Câmara Municipal de 1888,
ata de apuração de eleitores
de 1869 e o livro eleitoral do
município de Piracicaba de
1900, além de mapas e exemplares de jornais. Entre as
raridades está a relação de escravos que residiram em Piracicaba entre os anos de 1872
e 1888 e o nome dos seus
senhores, conforme pedido
da Comarca Municipal. Com
estes dados é possível identificar quantos e quem eram os
fazendeiros mais ricos do período, considerando o fato de
que a aquisição e manutenção
de escravos era apenas para
famílias abastadas.
Há ainda uma cópia da
carta original escrita em latim
sobre a instalação da Diocese
de Piracicaba, em 1944. O documento será uma das fontes
para a pesquisa do Monsenhor Jamil Nassif Abib, 67,
pároco da catedral do Santo
Antônio e da cúria diocesana
da Catedral de Santo Antônio, em Piracicaba. “Sempre
tive interesse pela história da
diocese. Com as informações
do acervo podemos comparar como as coisas ocorriam
antes e como ocorrem hoje”,
afirma Abib. Segundo ele, por
falta de dados históricos algumas lacunas são preenchidas
por fatos imaginários e aí surgem os mitos. “A história se
faz com documentos, não é
intocável e pode ser reinterpretada à luz das descobertas
anteriores. Não precisamos
ter medo da história e desses
documentos”, analisa.
[email protected]
Apaixonado por genealogia – estudo da origem,
formação do indivíduo ou
da espécie por meio de
diagrama com os nomes
dos antepassados – e história, ele não mediu esforços
para guardar informações
que considerava fundamentais. Ao longo de mais
de 50 anos foram centenas
de anotações e recortes dos
mais diferentes impressos:
embalagens de cigarros,
rótulos de alimentos, recortes de jornais e revistas,
coleção de livros, entre
outros. Essa foi uma das
principais atividades de
Jair Toledo Veiga, personagem principal da quinta
edição da série Baú, que
tem como objetivo apresentar à comunidade parte
dos acervos e raridades
históricas da instituição.
Tal como um doutor guarda-tudo, Veiga foi o criador do acervo que leva seu
nome, localizado no Espaço Memória Piracicabana,
no Centro Cultural Martha
Watts (CCMW).
Formado paralelamente à atuação como serventuário de justiça, o acervo
de Veiga é documental e
concentra principalmente
anotações sobre genealogia, conforme conta Joceli
Cerqueira Lazier, responsável pelo espaço. “São
fontes de informações que
se interagem”, afirma ela,
exemplificando que informações escritas ou recortes
de jornal, como necrologia
ou editais de proclamas
guardados por ele, podem
completar as existentes nas
coleções de livros sobre
genealogia paulistana, brasileira e latina.
Ainda não quantificado, o arquivo também reúne documentos de valor
histórico para o município,
como ofícios públicos, car-
“A história se faz
com documentos.”
Vovô Arquivista
Jair Toledo Veiga nasceu em
Itaberá (SP) em 1917. Casou-se
em 1939 com Sarah Duarte Toledo
Veiga, com quem teve seis filhos.
Transferiu-se para Piracicaba em
1946 e por várias décadas atuou
no Cartório do 2° Ofício de Notas e Anexos. Aposentou-se como
serventuário do cartório do Depositário Público de Piracicaba.
Apreciador da história e da
genealogia, publicou vários artigos e estudos sobre esses temas
na imprensa local. Morreu em
2003, aos 86 anos. No mesmo
ano, o Instituto Educacional
Piracicabano (IEP) recebeu seu
acervo em doação. “Após sua
morte, ficou a sensação de não
ter aproveitado muito as informações que ele reuniu”, afirma
Gabriel Toledo Veiga Sampaio
Mattos, 27, neto de Veiga e alu-
no do 8º semestre do curso
de negócios internacionais da
Unimep.
Além da lembrança do
avô sempre lendo ou estudando, a experiência mais
forte de Mattos foi em sua
primeira viagem internacional. “Antes de partir, meu
avô me passou informações
e referências históricas sobre
os lugares que conheceria”,
relembra.
Gabriel Mattos: neto de Jair Toledo
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Págs. 8 e 9