2009/2010
Cloud Computing e os Sistemas
Empresariais Móveis
Discentes:
José Brás – 20070027
Pedro Silva – 20053136
Vasco Sacramento – 20070094
A computação na nuvem vem potenciar as aplicações
móveis, particularmente as baseadas em standards
web, independentes de plataformas. Neste trabalho
discutem-se os modelos de cloud computing e a forma
como os mesmos irão impactar o desenvolvimento de
sistemas empresariais móveis.
Licenciatura em Informática de Gestão
Universidade Lusófona
2009/2010
Docente: Prof. Doutor Henrique S. Mamede
Disciplina de Sistemas Móveis Empresariais
Índice
Glossário................................................................................................................................... 3
Introdução ................................................................................................................................ 5
Definições ................................................................................................................................. 7
Mobile Services ..................................................................................................................... 7
Cloud Computing................................................................................................................... 7
Sistemas Empresariais Móveis............................................................................................... 8
Orientação do mercado .......................................................................................................... 10
Internet no mundo móvel - web mobile e widgets........................................................... 11
Vantagens e Desvantagens ..................................................................................................... 12
Vantagens ........................................................................................................................... 12
Desvantagens...................................................................................................................... 14
Cloud Computing e os Sistemas Empresariais Móveis.............................................................. 19
Implementações práticas de aplicações em Cloud Computing ................................................. 24
Sybase Unwired Platform .................................................................................................... 24
Amazon............................................................................................................................... 24
Conclusão ............................................................................................................................... 26
Bibliografia ............................................................................................................................. 27
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Glossário
Auto Scaling: Garante que o uso do EC2 aumente durante picos de tráfego
para manter o desempenho e diminua o uso durante períodos de menor
actividade para reduzir custos, tornando esse serviço particularmente
interessante para aplicativos com grandes flutuações de intensidade.
CloudWatch: Web service para gestão dos recursos da AWS, incluindo
métricas de uso de CPU, leituras e escritas no disco.
COLT: Companhia europeia de fornecimento de serviços de comunicações
de dados, voz e serviços de gestão a clientes empresariais
CRM: Customer Relationship Management
CXO: A revista CXO é uma publicação sobre tecnologias de informação e
comunicações destinada a executivos de topo (CEO, CIO, CSO, CMO, CFO e
similares), editada pela Computerworld - Workmedia, Comunicação SA
Elastic Load Balancing: Permite que as aplicações tenham maior
tolerância a falhas. O serviço detecta instância que não estão funcionando
bem e redirecciona o tráfego para instâncias com melhor funcionamento até
que as instancias com mau funcionamento sejam restauradas.
EC2:
Serviço
Web
que fornece capacidades de redimensionamento
informático em nuvem.
ERM: Enterprise Relationship Management
ERP: Enterprise Resource Planning
HRMS: Human Resources Management System
Keyless: Sistema sem chaves
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LDAP: Lightweight Directory Access Protocol - Directório de utilizadores de
acesso para autenticação(UFP 2005)1
PaaS : Platform as a service, em português, plataforma como serviço.
PCD: Personal Communications Device
SaaS : Software as a service, em português, software como serviço.
TCO: Total cost of ownership, em português, custo total de propriedade
VOIP: Ou voz sobre IP é uma tecnologia que permite a digitalização e a
codificação da voz e o empacotamento a sua transmissão numa rede que
utilize o protocolo TCP/IP.
Wireless: Tecnologia que envolve o uso de dispositivos ligados a uma rede
ou a outro aparelho por links de comunicação sem fio, como, por exemplo,
as redes de telefonia celular
1 http://ci.ufp.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=47&Itemid=106 acedido em 13 de
Janeiro de 2010
Pág. 4 de 28
Introdução
Quase
quarenta
anos
depois
do
primeiro
“celular”
(conhecido
por
telemóvel), o Homem e Organizações procuram desenvolver e aprimorar a
comunicação móvel estabelecendo métodos simples de realização de tarefas
(pessoais ou profissionais) no seu dia-a-dia com o mínimo de esforço e
comunicável em todo o lado e a toda a hora.
Os sistemas móveis caminham depressa para um futuro de possibilidades
infinitas. Tal deve-se à necessidade de comunicação do ser e da empresa e
à necessidade inerente de serviços que satisfaçam os seus desejos mais
intrínsecos. No caso das empresas e organizações, a comunicação tem um
objectivo de gerar lucros. No caso do Homem, a comunicação tem um
objectivo social.
Todo o Mundo quer comunicar mas nem todos o sabem fazer bem entre si.
A comunicação correcta transmite confiança e a informação é absorvida e
utilizada como referência pelo receptor.
Os sistemas móveis já deram os seus primeiros passos na era da
mobilidade. Sendo a comunicação uma necessidade, quanto mais se
expande (estes sistemas) mais se ganha (a nível de lucro e socialmente).
Hoje em dia temos touch-screen, QR-Code, RFID, Mobile Advertising, GPS,
3G, temos equipamentos portáteis com imensas capacidades que, estando
conectados, disponibilizam acesso à informação a toda a hora e em
qualquer local.
A necessidade de comunicar resultados
rapidamente,
com a maior
transparência possível e acessível em todo o lado (aliado ao baixo custo e
facilidade de implementação), o forte crescimento da colaboração nos
negócios, pela conexão de dispositivos, pela circulação de dados em tempo
real e pelas aplicações de Web 2.0 (exemplo do fluxo de media e
entretenimento, as redes sociais, comércio móvel e sistemas empresariais)
alimenta a necessidade de cloud computing e de sistemas móveis.
Pág. 5 de 28
As tecnologias e os sistemas móveis tornaram-se essenciais e parte
integrante da sociedade. Todos os anos aparece tecnologia nova, que
simplificam tarefas, convenientes e a baixo custo. Esta mudança é mais um
passo em direcção ao conceito de Computação Ubíqua introduzida por Mark
Weiser (Weiser 1991).1
A tecnologia móvel tornou-se um poderoso atractivo para as pessoas e
empresas pois não precisam de realizar comunicações para outras pessoas
para aceder à informação, o processamento de dados é mais barato, tudo
em formato digital, existindo uma optimização de custos e tempo (WAP
2009)2.
1
http://www.ubiq.com/hypertext/weiser/SciAmDraft3.html acedido a 9 de Janeiro de 2010
http://www.universowap.com.br/antenado/cloud-computing-o-que-e-isso/ acedido a 9 de Janeiro de
2010
2
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Definições
Mobile Services
Pode-se considerar que Mobile Services são serviços de comunicações via
rádio entre dispositivos, sejam estes, dispositivos portáteis ou pontos fixos
(Organization s.d.)1. Alguns autores pormenorizam mais e consideram que
o termo mobile se refere ao uso de dispositivos de comunicação móveis e
sem fio, ou seja, por exemplo, telefones celulares ou PDAs que podem ser
ligados a uma rede e especialmente à Internet, através de uma ligação
wireless (Saccol et al. 2007)2.
Cloud Computing
O
termo
de Cloud surge
representar
redes,
da
utilização
nomeadamente
da
grandes
imagem
de
redes
como
nuvem
a
para
internet.
Actualmente já não é utilizado o termo Cloud para representar conjuntos
de ligações, routers, switchs e servidores, mas sim para representar
serviços(Abreu et al. 2009)3.
A Cloud Computing pode ser dividida em cinco categorias: infra-estrutura
como
serviço,
plataforma
como
serviço,
software
como
serviço,
armazenamento como serviço e nuvens híbridas (Korzeniowski 2009)4.

Software como serviço: a automatização das forças de vendas foi uma
das primeiras áreas onde se verificou a utilização de software online, a
utilização de software online foi liderada pela Salesforce.com. O software
como serviço, ou SaaS, deixa de ter um custo com o seu licenciamento e
passa a ter uma assinatura mensal, tornando assim mais fácil a sua
aquisição/utilização5,
além
de
que
geralmente
é
mais
fácil
de
implementar, manter e actualizar, pois apenas é necessário aceder a um
website para ter acesso ao aplicativo. O SaaS tem-se expandido para
1
http://www.wto.org/english/tratop_e/serv_e/telecom_e/tel12_e.htm, acedido a 9 de Janeiro de 2010
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-65552007000400009&script=sci_arttext&tlng=en, acedido
em 9 de Janeiro de 2010.
3
http://www.di.uminho.pt/~prh/uce15-0809/g6.pdf, acedido em 6 de Janeiro de 2010
4
http://www.itweb.com.br/noticias/index.asp?cod=62826, acedido em 8 de Janeiro de 2010
5
Salesforce CRM: The Right Solution for Right Now (Grow your business, not your costs), excerto da
campanha de marketing da Salesforce.com
2
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quase todas as categorias de aplicações e é o modelo preferido de
software das empresas em inicio de vida.

Infra-estrutura como serviço: este tipo de serviço envolve a compra
de servidores virtuais a fornecedores como a Amazon, a IBM, a
Microsoft, entre outros. Os clientes pagam este serviço como se fosse
um serviço de água ou electricidade, ou seja, apenas pagam o que
consomem.
Estes
servidores
virtuais
têm,
regra
geral,
várias
configuração, assim, é possível o cliente escolher qual a configuração
que mais se adapta às suas necessidades.

Armazenamento como serviço: este serviço segue o mesmo modelo
de custos do anterior, ou seja, apenas se paga o que se consome. Os
fornecedores deste tipo de serviço, dizem poder reduzir os preços ao
assumir a gestão do armazenamento, pois o cliente não paga os custos
inerentes à actualização de hardware.

Plataforma como serviço: os webdevelopers cada vez mais utilizam
este serviço, pois vem com um ambiente de desenvolvimento, que torna
mais fácil e confiável os testes e consequente implementação das suas
aplicações. O PaaS é disponibilizado pela Google e Microsoft, entre
outras.

Nuvens híbridas: este modelo de nuvem, pretende unir o modelo de
data-center local, com a capacidade variável oferecida pelos serviços em
nuvem.
Sistemas Empresariais Móveis
Sistemas Empresariais Móveis, são sistemas que permitem a troca de
informações entre plataformas fixas, tais como aplicações em servidores,
bases de dados, sistemas de gestão integrada, business intelligence, CRM,
entre outras, e as plataformas instaladas em dispositivos móveis (Filho
2009)1, nomeadamente PCD’s (Personal Communications Device).
Devido ao facto de cada vez mais ser comum os profissionais das diversas
áreas de negócio, se deslocarem em trabalho, os serviços móveis
empresariais vêm eliminar a distância entre estes profissionais e a
1
http://fazion-mobile.blogspot.com/2009/01/solues-mveis-em-ambientes-corporativos.html, acedido
em 3 de Janeiro de 2010
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informação necessária ao exercício das suas funções. Estas funções podem
ser de produção, ou estratégicas (por exemplo vendas ou prospecção de
mercado, entre outras).
Os Sistemas Empresariais Móveis são utilizados em todas as situações em
que seja necessário enviar ou receber dados através de dispositivos móveis.
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Orientação do mercado
O
estabelecimento
do
conceito
de
Cloud
Computing
(ou
"nuvem
computacional") nas corporações está no seu inicio e vai levar alguns anos
até se consolidar, mas já provoca controvérsias entre empresas com
serviços na internet e prestadores de serviços como a Google, a Amazon e
Salesforce.com, além de gigantes da área de tecnologia como IBM, Sun
Microsystems, HP, Yahoo e Microsoft. Todos já anunciaram planos e
investimentos na área, e a Gartner, ainda não há muito tempo, referiu-se
ao Cloud Computing num dos seus relatórios como «uma das três mais
importantes tendências emergentes nos próximos três a cinco anos».
Também a Forrester1 no seu artigo recentemente publicado em que refere
as cinco aplicações chave a desenvolver este ano, como sendo a “nuvem” a
sua primeira escolha como a plataforma emergente a abraçar.
A ABI Research espera que algumas ou todas as principais plataformas
PaaS - Google, Amazon AWS e Force.com – iniciem acções de marketing de
forma muito mais agressiva para comercializarem os seus recursos móveis
a partir de 2010 (ABIresearch 2009)2.
Prevê-se que o número de subscritores de aplicações mobile em cloud
computing vá «explodir» para perto de 1 bilião em 2014.
Em 2008, apenas 42,8 milhões de utilizadores de equipamentos móveis
(aproximadamente 1,1% do total de assinantes móveis) subscreviam
serviços de Cloud Computing pois só assim podiam utilizar ferramentas e
armazenar dados, que os seus equipamentos móveis não permitiam, tais
como serviços on-demand ou cloud-based. A ABI prevê que em 2014 esse
número suba rapidamente para pouco mais de 998 milhões utilizadores de
telefones ou smartphones (aproximadamente 19% do total de assinantes
móveis).
1
http://www.forrester.com/rb/Research/top_five_changes_for_application_development_in/q/id/55646
/t/2, acedido a 8 de Janeiro de 2010
2
http://www.abiresearch.com/press/1484Mobile+Cloud+Computing+Subscribers+to+Total+Nearly+One+Billion+by+2014, acedido a 9 de Janeiro
de 2010
Pág. 10 de 28
Em 2010, a maioria (cerca de 60%) da nuvem de computação móvel será
composta por aplicações e serviços baseados em localização, tais como
aplicações de navegação e mapas, segundo o relatório. Mas, além disso, a
combinação de aplicações de computação móvel irá expandir-se para incluir
a partilha de documentos, agendas e aplicações de gestão como por
exemplo, de redes de vendas.
Um exemplo do tipo de aplicação para Cloud Computing foi criada pela
empresa Schlage1, que oferece o link de serviço, um sistema keyless que
permite abrir e fechar a porta de casa a partir do telemóvel, mas com
controle sobre as fechaduras, bem como uma quantidade de outros serviços
de domótica, como ligar o microondas, acender luzes, abrir portas de
garagem, ligar o televisor, etc.
"Em 2014, a mobile cloud computing irá ser o centro das atenções dos
programadores e vai determinar a estratégia de implementações das
aplicações móveis, que irão passar do uso das aplicações instaladas nos
equipamentos, para passar a usa-las na web num servidor, através dos
seus equipamentos móveis. O novo software executado na nuvem mudará
drasticamente a maneira de como os aplicativos móveis são desenvolvidos,
adquiridos e utilizados, libertando o mercado das limitações associadas à
limitação da potência de computação dos PCD’s. Este novo paradigma
poderá fornecer receitas de cerca de US$ 20 bilhões anualmente até ao fim
de 2014 ", disse o analista sénior da ABI, Mark Beccue.(ABIresearch 2009)2
Internet no mundo móvel - web mobile e widgets
A internet móvel está a surgir como uma alternativa de baixo custo para a
distribuição de aplicações móveis simples para vários dispositivos. Apesar
de esta tecnologia possuir algumas limitações que não serão resolvidas até
2010, como a inexistência de um browser standard, as claras vantagens em
termos de Custo Total de Propriedade para aplicações móveis, combinadas
com o leque de dispositivos que podem utilizá-las, perspectiva-se que esta
tecnologia será chave para os mercados B2E e B2C num futuro próximo.
1
2
http://link.schlage.com/Pages/home.aspx acedido a 9 de Janeiro de 2010
http://www.oncloudcomputing.com/en/tag/mark-beccue/, acedido a 9 de Janeiro de 2010
Pág. 11 de 28
Vantagens e Desvantagens
Vantagens
Para a Google, que já está a oferecer alguns serviços corporativos baseados
nesse conceito, o cloud computing traz três pontos básicos de vantagens:

Custos;

Confiabilidade;

Inovação.
“A missão do Cloud Computing é derrubar os custos de informática, alastrar
os serviços de TI para todas as empresas e tornar possível o amplo acesso
de novas ferramentas e recursos de tecnologia”, diz um dos representantes
da Google Brasil. Um exemplo desse novo cenário de possibilidades, foi o
recente lançamento do Android, uma infra-estrutura de software para
telemóveis com finalidade de oferecer experiências flexíveis, fáceis e que
sejam livres para usar esses dispositivos com intuito de aceder a
informações, fotos e aplicativos que estão na rede (Cezar 2008)1. A ideia de
redução de custos durante a actual recessão económica, é um factor muito
aliciante para os CEOs de qualquer empresa, ainda para mais que
consultoras como a BroadGroup, os aconselham a adoptarem iniciativas de
Cloud Computing.
No seu relatório sobre cloud computing, a
BroadGroup afirma que os
argumentos de redução de custos farão com que os CEOs instruam os seus
responsáveis de TI e CIOs a adoptar plataformas em nuvem rapidamente,
apesar da resistência à mudança por parte destes profissionais (ver contras
mais à frente). "Os departamentos de tecnologia vão precisar de um certo
empurrão para migrar rapidamente para o Cloud Computing, porque a
mudança envolve alguma perda de controlo da sua parte. No entanto, é
essencial que se envolvam no processo, porque existem numerosos riscos e
1
http://www.tiinside.com.br/News.aspx?ID=101756&C=262 , acedido em 09-01-2010.
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problemas a gerir durante a migração", diz o relatório da consultora
(BroadGroup 2009)1.
O Cloud Computing é, na opinião dos autores do relatório, "a tecnologia
perfeita para a recessão ". Isto porque “as reduções de custos que
proporciona são agora mais facilmente quantificáveis, e os grandes nomes
de peso da indústria começam a lançar produtos e serviços específicos para
esta plataforma”.
"Para as empresas que estão a considerar a implementação de software
empresarial, o Cloud Computing pode proporcionar potenciais poupanças de
custos de até 25%", sustenta o documento. Esta plataforma também
permite um corte nos custos relacionados com o desenvolvimento, ao
mesmo tempo que torna possível o rápido lançamento de produtos e
serviços no mercado, garante o BroadGroup.
O relatório cita um artigo do McKinsey Quarterly escrito por Abhijit Dubey e
Dilip Wagle, onde se dão exemplos concretos de reduções de custos
proporcionadas pelo Cloud Computing. Os autores do artigo concluem que
no caso de uma aplicação de CRM para 200 utilizadores, os custos de uma
solução in-house seriam de 2,3 milhões de dólares, enquanto uma solução
SaaS teria um custo de 1,6 milhões de dólares.
Reduzindo a complexidade operacional, as empresas no futuro vão
concentrar os esforços nos serviços fornecidos pela plataforma e não na
implementação dos mesmos.
Eliminação de custos
Redução de custos ao nível de Hardware, pois toda a infra-estrutura de
base que suporta os serviços passar a estar no lado do fornecedor de
serviço, conduzindo também a uma optimização dos recursos energéticos,
recursos justos e necessários em cada momento, sem prejudicar o serviço
em horas de mais utilização e sem desaproveitar os recursos de energia nas
horas de pouco uso.
1
http://sales.broad-group.com/sp/ecom/broadgroup.csp?cmlc=pbc09, acedido a 9 de Janeiro de 2010.
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Optimização dos capitais investidos
A redução do Total Cost of Ownership (TCO) da respectiva infra-estrutura,
aliada a uma maior consciência da importância dos custos, é outro dos
benefícios.
Desvantagens
Um estudo efectuado pela Gartner(WORLD 2009)1 sugere que, além dos
benefícios oferecidos pelo Cloud Computing, as empresas interessadas em
adoptar essa arquitectura estejam muito atentas aos riscos ainda inerentes
ao modelo, em especial, quanto à segurança da informação. Nesse sentido,
a consultora elaborou sete principais problemas que os seus futuros clientes
poderão enfrentar quando adoptarem e contratarem serviços baseados na
computação em nuvem:
1. Acesso privilegiado de utilizadores:
Dados sensíveis processados fora da empresa trazem um nível
inerente de risco. Assim, os serviços de terceiros fogem dos meios de
controlo “físicos, lógicos e pessoais” que as áreas de TI criam
internamente nas suas empresas. Segundo a Gartner, como forma de
precaução,
teremos
de
recolher
o
máximo
de
informação
relativamente a quem vai gerir os nossos dados e implementar e
assegurar meios de controlo rigorosos. Será então necessário manter
uma lista de quem detêm privilégios de administração das áreas
contratadas e respectivos acessos numa base regular.
2. Compliance com regulamentação do país:
As empresas são as responsáveis pela segurança e integridade de
seus próprios dados, mesmo quando essas informações são geridas e
mantidas por um fornecedor de serviços. Os tradicionais fornecedores
de serviços estão sujeitos a auditores externos e a certificações de
segurança. No entanto já os fornecedores de Cloud Computing que se
recusem a suportar esse tipo de averiguação dão indicações aos
1
http://computerworld.uol.com.br/negocios/2008/07/11/conheca-os-sete-riscos-de-seguranca-emcloud-computing/, acedido em 7 de Janeiro de 2010
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clientes que o único uso para Cloud Computing é para questões
triviais.
3. Localização dos dados:
Quando uma empresa está a usar esta plataforma, ela provavelmente
não sabe exactamente onde os dados estão armazenados. Na
verdade, a empresa pode nem saber qual é o país em que as
informações irão ser guardadas. Deveremos então perguntar aos
fornecedores
se
eles
estão
dispostos
a
se
comprometer
em
armazenar e em processar dados de acordo com jurisdições
específicas do país de origem e assumir esse compromisso em
contrato.
4. Segregação dos dados:
Dados de uma empresa “na nuvem” coabitam tipicamente num
ambiente com dados de outros clientes. A criptografia é efectiva, mas
não é a cura para tudo. É necessário entender como efectivamente é
efectuada a separação dos ambientes, em que moldes e que não
existe possibilidade de ambientes distintos possam ser acedidos por
quem não é suposto aceder. O fornecedor de Cloud Computing pode
e deverá fornecer provas que a criptografia foi criada e desenhada
por especialistas com experiência.
5. Recuperação dos dados:
Mesmo não sabendo onde os dados estão localizados, as empresas
que
adoptem
estes
serviços
devem
assegurar-se
que
o
seu
fornecedor de Cloud Computing, em caso de algum desastre, tem
planos de reposição de dados e serviços para os seus clientes, sendo
que estes planos de continência devem estar bem definidos e
testados de forma regular. Qualquer oferta que não replique os dados
e a infra-estrutura de aplicações em diversas localidades está
vulnerável a falhas.
6. Apoio à investigação criminal:
A investigação de actividades ilegais pode se tornar impossível em
Cloud Computing. Serviços desse tipo são especialmente difíceis de
investigar porque o acesso e os dados dos vários utilizadores podem
estar localizado em vários lugares e espalhados numa série de
servidores que mudam regularmente.
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7. Viabilidade a longo prazo:
No mundo ideal, um fornecedor de Cloud Computing nunca irá falir
ou ser adquirido por uma empresa maior que tem politicas e ideias
opostas às da anterior. Mas uma situação como esta pode ser grave e
todas as empresas precisam de garantir que os seus dados e serviços
críticos estarão sempre disponíveis caso algo aconteça ao seu
fornecedor de serviços.
Desconhecimento
O desconhecimento da plataforma por parte dos decisores, relativamente às
suas potencialidades ainda é um contra. Segundo uma pesquisa elaborada
pela Research Portio é elevado o nº de CIOs que reconhecem que não estão
familiarizados com o Cloud Computing - 56% e apenas 37% afirmam ter
conhecimento sobre o assunto. Este foi o resultado de um estudo
encomendado pela COLT(OJE 2009)1.
Resistência à mudança
Para um CIO que tem sob a sua responsabilidade uma larga equipa ou em
certos casos um grande volume de data centers (conceito que se iniciou no
sec.XXI), a sua preocupação mais óbvia é que o Cloud Computing
represente uma ameaça, tal como o já foi com o outsourcing de serviços,
podendo provocar com este novo paradigma, uma sensação de uma
diminuição do seu “império” e esferas de influência.
A CXO2 baseada num estudo da Gartner indica que o Cloud Computing
pode dar ainda mais controlo aos directores de TI. A mudança para soluções
empresariais em Cloud pode, na verdade, colocar o departamento de TI
numa posição de maior controlo do que antes, dada a possibilidade de
haver uma centralização maior da funcionalidade e da tomada de decisões.
1
http://www.oje.pt/analise/maioria-ainda-desconhece-o-cloud-computing, acedido em 9 de Janeiro de
2010
2
http://www.cxo.com.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=1075&Itemid=95, acedido em
9 de Janeiro de 2010
Pág. 16 de 28
Os profissionais da área, esses terão necessariamente que se adaptar às
novas realidades, e reciclar conhecimentos.
Confiança
A segurança, latência, dependência excessiva da Internet, níveis de serviço
e disponibilidade de serviços, são problemas que preocupam os executivos
das TI. A confiança nesta nova plataforma dependerá da evolução da
tecnologia que a suporta, dando a convicção necessária para ganharem a
sua confiança, vendo assim assegurados os níveis de serviço compatíveis
com as necessidades das empresas. A certeza de que os ISPs e os
fornecedores do serviço de Cloud Computing, são detentores de práticas de
ética bem regulamentadas, irá reduzir também os temores de práticas
menos éticas.
Custos
No entanto, a computação em nuvem, nem sempre significa poupar
dinheiro - na verdade ela pode levar uma empresa a aumentar os seus
custos se for usada apenas para substituir o trabalho desenvolvido nas
plataformas locais com uma cópia exacta para a nuvem. Saber quando
redesenhar uma infra-estrutura, ou quando usar esta plataforma como
forma de redução de custos é uma das questões críticas (Smith et al. 2009
)1.
Para os gestores de TI mais atentos, a questão dos custos poderá ser um
problema na adopção de novas plataformas, pois em alguns dos casos, e de
acordo com a Gartner, não devemos partir do princípio que a contratação
de software como serviço é mais barata que o desenvolvimento de soluções
in-house. A consultora de mercado acredita que a indústria de TI criou
alguns mitos em torno do tema e que a realidade pode ser bem
decepcionante se comparada a tais ideias, sobretudo no campo dos custos.
O SaaS é, de facto, mais barato nos dois primeiros anos do contrato, diz a
Gartner, mas o custo total de propriedade (TCO) ao fim de cinco anos seria
1
http://my.gartner.com/portal/server.pt?open=512&objID=260&mode=2&PageID=3460702&id=100701
2&ref=g_sitelink, acedido em 10 de Janeiro de 2010
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mais reduzido com o desenvolvimento de soluções in-house, uma vez que
permite a actualização constante das suas funcionalidades. Aconselhando as
empresas a analisar cuidadosamente todos os aspectos do SaaS, o vicepresidente do Gartner, Robert DeSisto, diz-se preocupado com o facto de
“muitas empresas estarem a optar por implementações SaaS baseadas em
falsos pressupostos" (CXO 2009)1.
1
http://www.cxo.com.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=799&Itemid=100, acedido em
10 de Janeiro de 2010
Pág. 18 de 28
Cloud Computing e os Sistemas Empresariais Móveis
Com o aumento exponencial do mercado móvel e a necessidade das
empresas acederem constantemente a recursos de modo a poderem
executar as suas acções, torna-se necessário o desenvolvimento de novos
serviços e aplicações que possam ser usados por dispositivos móveis, mais
flexíveis, mais adaptáveis e mais ricos em funcionalidades.
Estes desafios requerem uma infra-estrutura de suporte de software e
hardware adequada à manipulação nos diversos contextos de utilização,
originando ambientes dinâmicos com o objectivo de desenvolver serviços,
mecanismos e interfaces (que escondam a complexidade existente).
As empresas dispersas geograficamente usam cada vez mais tecnologias
móveis para melhorar a sua eficiência e produtividade. Os sistemas de
gestão de meios móveis são especialmente adequados para gerir, optimizar,
ampliar a autonomia e eficiência operacional destas empresas com
colaboradores dispersos.
A maioria das empresas estima um retorno do investimento em mobilidade
num prazo de dois anos. Para garantir o menor custo possível da solução é
necessário delinear-se um projecto de mobilidade que garanta uma
completa e adequada adaptação aos requisitos de cada empresa.
É inquestionável a utilidade de um sistema dinâmico de controlo e gestão de
meios que facilitem a organização e optimização de tarefas. No entanto,
cada
estrutura
possui
características
e
necessidades
distintas.
O
planeamento desta solução tem de ser personalizado.
Com a implementação de metodologias desenvolvidas para a mobilidade, as
empresas podem despender menos tempo em acções que por norma
retiram operacionalidade à execução das tarefas principais, por ex. sem
uma ligação em tempo real com os sistemas de back-office vêm-se
obrigados à utilização de papel e futura inserção no sistema (sujeitos a
perda de tempo, erros e falta de rigor).
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A própria imagem da empresa está em jogo. Um colaborador dessa
organização, que domine e use a tecnologia móvel para aceder à
informação necessária é, sem dúvida, competitivo e rentável (Knowledge
Worker ou Information Worker). O mesmo acesso imediato a planos de
trabalho e dados relevantes diminui drasticamente a necessidade de
contactos telefónicos e dificuldades de compreensão. Com esta simplificação
de processos controla-se as operações em tempo real, melhorando o
desempenho da empresa bem como a sua imagem.
A facturação é um ponto importante para a empresa cumprir o seu
objectivo principal (maximização do lucro). Um sistema empresarial móvel
permite-lhe concluir o processo de negócio com maior rapidez e fiabilidade.
Mas como tudo isto é possível? Os sistemas de gestão de meios móveis
actuam com base em informações recolhidas a partir de outros módulos de
back-office como ERM/CRM, ERP e HRMS. As tarefas são optimizadas para
melhorar o seu desempenho. Têm de ser acessíveis em qualquer lado e a
sua resposta (a pedidos de informação crítica) são encaminhados de acordo
com os factores tempo, tarefa, perfil do utilizador e perfil do equipamento.
Todas
as
informações
recolhidas
pelos
operadores
(durante
estas
transacções de dados) são recolhidas de modo a constituir a base normativa
da empresa, contribuindo para uma estruturação adequada dos dados,
serviços e acessos.
Com este tipo de recurso tecnológico as empresas economizam valores
significativos. O desafio da mobilidade não é novo e na última década as
grandes empresas de serviços e telecomunicações têm implementado
sistemas móveis para gerir e agilizar as forças operacionais das empresas.
As empresas podem assim dinamizar e potencializar os seus colaboradores
e tarefas a todos os níveis.
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É neste contexto que o cloud computing apresenta várias plataformas para
os sistemas móveis. É uma tecnologia contínua, ubíqua e que muda a
maneira de trabalhar, de pensar, do negócio e da comunicação1,2:
- Muda a maneira de trabalhar – o trabalho é mudar, inovar, criar. Pode ser
executado em casa ou num local fora da empresa. Comunicamos,
trabalhamos enquanto nos deslocamos e não há limites nem fronteiras
físicas!
- Muda a maneira de pensar – os serviços disponibilizados deixa-nos usar e
“abusar” de serviços com foco nos objectivos pessoais, deixando a cada um
o que lhes é destinado e específico.
- Muda a maneira como comunicamos – reduz-se distâncias entre
colaboradores, parceiros, clientes, fornecedores e amigos.
As empresas podem resistir à evolução das tecnologias mas sem elas não
conseguem viver ou serem melhores. As empresas que aproveitam os
benefícios
de
uma
nova
tecnologia
conseguem
um
posicionamento
estratégico melhor nos mercados onde estão inseridos e os sistemas
empresariais móveis oferecem essa capacidade!
O cloud computing não é só uma maneira de pensar e fazer as coisas.
Tornou-se uma ferramenta competitiva e de eficiência na economia global:
-
Colaboração
entre
estrategicamente
empresas
partilhada
– a
entre
informação
empresas
é
mais
(parceiros,
valiosa
se
fornecedores,
outsourcers em todo o mundo)
- Actividade/empreendimento empresarial – a existência de (cada vez mais)
pequenas e médias empresas com necessidade de acesso a recursos a um
baixo custo. Através do Cloud Computing podem ter esse acesso e
respectiva oportunidade de crescimento.
1
http://blogs.msdn.com/wcamb/archive/2009/12/10/cloud-computing-para-cio-e-gerentes-de-ti.aspx
acedido a 9 de Janeiro de 2010;
2
http://prlog.org/10135906, acedido em 9 de Janeiro de 2010
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- Outsourcing – cresce conjuntamente com o cloud computing. Fornece
serviços a baixo custo a esta tecnologia ubíqua (disponibilizada, também,
por sistemas móveis).
- Teleworking e Telecommuting – o cloud computing permite trabalhar a
partir de outro local fora da empresa. Através dos Sistemas Empresariais
disponíveis nos equipamentos móveis saltamos para uma nova era de
comunicabilidade.
Com
tantos
factores
e
necessidades,
o
Cloud
Computing
torna-se
“simbiótico” nas empresas e na sociedade.
Não podemos deixar de referir que além das necessidades que levaram ao
aparecimento da computação ubíqua e ao desenvolvimento de sistemas
empresariais móveis, temos factores que tornaram a sua utilização um
sucesso (Landis et al. 2009)1:
- Homogeneização da Computação: a pressão contínua sobre o custo de
computação empurra as TI para a homogeneização.
- Acesso à banda larga - cada vez mais rápida e abrangente.
- Economias de Escala - activadas pela ascensão de novos modelos de
programação e novas aplicações concebidas e disponibilizadas na internet e
acessíveis a todos.
- Partilha de recursos (Data Centers) -
software com um código base que
suporta todos os utilizadores. Este modelo dirige a utilização de servidores e
reduz significativamente os custos de apoio ao software aplicativo.
Mas apesar destes factores, muitos obstáculos impedem uma rápida
aprovação deste modelo, especialmente no empreendimento.
Aplicações
empresariais não podem ser reutilizadas na nuvem. Não consideram a
capacidade de partilhar dentro de vários utilizadores e não lidam bem com
1
http://www.cloudipedia.com/2009/12/21/cloud-computing-as-a-necessity acedido a 9 de Janeiro de
2010
http://flammarion.wordpress.com/2009/07/04/computacao-em-nuvem-impulsiona-negocios-na-areade-ti/ acedido a 9 de Janeiro de 2010
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aplicações móveis. Os prestadores de serviços também necessitam de lidar
com a complexidade, a segurança e a observância das regras em torno do
uso crítico de dados empresariais.
Temos igualmente o problema da legislação de cada país. Por exemplo, a
exigência de uma infra-estrutura própria com toda a informação do sector
bancário.
A demora de implementação e oferta de infra-estruturas como serviços
(IaaS) a nível global é outro problema. Só em 2008 foi desenvolvida a
primeira infra-estrutura europeia de cloud computing.(IBM 2008)1,(Howlett
2009)2 Em 2010 é iniciado o Azure da Microsoft mas ainda sem data center
na América Latina.
Continua a faltar um standard nos aplicativos móveis por causa da
variedade dos sistemas móveis, sistemas operativos e linguagens de
programação:
“ (…)
- Websites não funcionam bem em dispositivos móveis
- Falta de funcionalidades ou propósitos
- Leitura de textos grandes é difícil
- Pouca vontade em pagar por informação ou serviços que são gratuitos em
outras plataformas
(…) ”(Mamede 2009).
Entramos assim numa nova fase de desenvolvimento do cloud computing e
dos sistemas móveis: disponibilização dos serviços e infra-estruturas
globalmente,
normalização
das
linguagens
e
sistemas
operativos,
estandardização do equipamento móvel compatíveis com os sistemas em
uso.
1
http://www.ibm.com/news/pt/pt/2008/03/20/r626391d26116b89.html acedido a 9 de Janeiro de
2010
2
http://www.accmanpro.com/2009/10/20/why-eurocloud-might-be-a-necessity/ acedido a 9 de Janeiro
de 2010
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Implementações práticas de aplicações em Cloud Computing
Neste capítulo vamos abordar algumas aplicações e a sua implementação
pratica nos tipos de arquitrctura de Cloud Computing.
Sybase Unwired Platform
O Sybase Unwired Platform é a aplicação por nós escolhida para servir de
exemplo às aplicações para a arquitectura PaaS. O
Platform consiste
Sybase Unwired
num produto para desenvolvimento
e gestão de
aplicações móveis. Esta aplicação tem por objectivo a integração com backends e a gestão de aplicações móveis em múltiplos dispositivos. A sua
versão mais recente faz a integração com algumas ferramentas de
desenvolvimento, caso do Visual Studio 2008 e Eclipse 3.4.1(Palerm 2009)1.
Esta plataforma permite através dos seus Data Services, ligação a SAP e
Remedy (ITIL) e suporte completo a Web Services e a Bases de Dados,
oferece também suporte a vários formatos de documentos de texto e
multimédia.
Através do Mobile Middleware Server oferece uma arquitectura de servidor
com suporte de clustering. Integra um sistema de autenticação/autorização,
para permitir o acesso de aplicações móveis a Web Services e bases de
dados. Possibilita também a utilização de LDAP e repositórios em Active
Directory. Oferece suporte a tecnologia push para entrega de mensagens e
dados de forma pró-activa a dispositivos móveis.
Com o Messaging Services o Sybase Unwired Platform oferece suporte à
utilização de serviços de SMS/MMS.
Amazon
Desde de 2006, que a Amazon Web Services (AWS) fornece serviços de
infra-estrutura da web na “nuvem”, tais como armazenamento, computação
(escalável), Ip addressing, permissões de acessos, instanciamento de
sistemas operativos, entre outros. Permite por exemplo aceder a serviços
1
http://blogs.sybase.com/mobilidade/ acedido em 12 de Janeiro de 2009
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aos quais chamam EC2 Elastic Compute Cloud (Amazon EC2), este serviço
fornece capacidade de redimensionamento da “infra-estrutura” contratada,
caso o seu negócio assim o exija. É flexível ao ponto de permitir escolher a
plataforma onde se pretende efectuar desenvolvimento ou modelo de
programação de acordo com as necessidades do momento. A grande
vantagem é que os custos são de acordo com a necessidade e cessam na
altura em que deixam de ser necessários. Qualquer empresa pode tirar
proveito de poder de computação, armazenamento de dados, acesso a
diversos tipos de bases de dados, diversos sistemas operativos e simulações
de testes em larga escala, cuja infra-estrutura, escalável, confiável e
segura, está em desenvolvimento à mais de 13 anos pela Amazon.com.
O EC2 permite o deployment de soluções escaláveis através um web
interface, a partir do qual os clientes podem carregar Máquinas Virtuais
onde podem correr as suas aplicações (Sybase 2009b)1.
A Sybase Inc detém um acordo com a Amazon para que seus servidores de
análise e gestão de dados "Sybase SQL Anywhere", "Sybase IQ" e "Sybase
Adaptive Enterprise" estejam disponíveis na Amazon Elastic Compute Cloud
- EC2. Os produtos de análise e gestão de bases de dados Sybase
oferecerem requisitos a nível de segurança e performance. Esta parceria
oferece uma flexibilidade adicional de implementação da tecnologia de
ponta oferecida pela Sybase, permitindo aos seus clientes a rápida
implementação
de
soluções
sem
necessidades
adicionais
de
infra-
estruturas. O acesso a estes produtos será através da Amazon aplicando
taxas de sistema Pay as you Go. Um dos seus produtos, o Sybase SQL
Anywhere, é desenhado para clientes que exigem requisitos de gestão de
baixo custo para aplicações móveis e sites (Sybase 2009b)2 .
1
2
http://aws.amazon.com/ec2/
http://www.sybase.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=510&Itemid=112
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Conclusão
Para além das vantagens do Cloud Computing e das vantagens dos
sistemas móveis empresariais, podemos concluir que estas tecnologias são
usadas em conjunto pela facilidade de:
- Colaboração
- Escalabilidade
- Performance
- Fiabilidade
- Simplicidade
O cloud computing simplifica todo o processo de troca de informação,
assistência, prestação de serviços, comunicação entre pessoas (redes
sociais, VOIP, messaging, etc.), tudo, removendo a necessidade de
interacção física e abstraindo o utilizador da existência de servidores de
armazenamento, de aplicações e serviços.
É simplesmente impossível ignorar o SaaS e o suporte aplicacional aos
Sistemas Móveis Empresariais e todos os serviços disponibilizados para uma
economia global.
“Building a strategic ecosystem is critical to meeting the demands of the
rapidly growing enterprise mobility industry,” disse Willie Jow, vice
presidente da Sybase’s Enterprise Mobility Group(Sybase 2009a)1
A
tecnologia
interactividade
Web
e
2.0 deu-nos a
colaboração
da
“provar
internet.
o
sabor”
Blogs,
da
verdadeira
redes
sociais,
conectividade imediata e interactividade sobre a rede. Conseguimos agora
sugerir, tomar partidos, procurar e comprar produtos, comparar preços, ver
o
que
outros
pensam,
trabalhar,
partilhar
informação
(privado
ou
publicamente) e tudo sem conhecer o limite de fronteiras.
1 http://www.sybase.com.br/detail?id=1065893 acedido a 14 de Janeiro de 2010
Pág. 26 de 28
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Cloud Computing e os Sistemas Empresariais Móveis