Manual Auxiliar
Para Dinamizadores
Adolescentes
4º Trimestre / ANO B
Departamento da Escola Sabatina e dos Ministérios da Criança
UPASD
Manual Auxiliar
Para Dinamizadores
Adolescentes
4º Trimestre / ANO B
Departamento da Escola Sabatina e dos Ministérios da Criança
UPASD
Autor: Pr. Jorge Mário de Oliveira
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INTRODUÇÃO
A lição da Escola Sabatina dos adolescentes é muito interessante! Os temas são atuais e relevantes para
a faixa etária com a qual trabalhamos.
No entanto, os apelos do mundo em que vivem os nossos adolescentes são desafiadores, exigindo que
nós, os dinamizadores, nos esforcemos ao máximo para que o estudo da lição faça diferença na vida deles.
Como pertencem a uma geração altamente sinestésica e visual, uma das melhores formas é usar recursos de aprendizagem ativa, através dos quais possam interagir com o processo, mantendo-se interessados
em aprender e praticar o que a Bíblia ensina.
É por isso que este Manual é importante, pois dá ao dinamizador sugestões de como pode fazer algumas
coisas diferentes das convencionais.
Percebo que alguns dinamizadores prefiram o método expositivo ultrapassado, por ser mais fácil, não
exigindo nada além do estudo da lição. É uma pena. Use as ideias aqui contidas. Não precisa de usar todas.
Faça uma seleção daquelas que melhor se encaixem na realidade em que vive. E, se preferir, crie outras que
sejam mais eficientes. O que não pode acontecer é um dinamizador ficar a falar, a falar e a falar para um grupo desinteressado em aprender. E depois dizem que os adolescentes são irreverentes. Só que o problema,
na maioria das vezes, é criado pela metodologia adotada pelo dinamizador.
Ao colocar nas suas mãos mais um Manual, faço-o na certeza de que o usará com sabedoria para inspirar
os seus adolescentes a crescerem em graça diante de Deus e dos homens.
Pr. Jorge Mário de Oliveira
e-mail: [email protected]
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Lidar com Sentimentos
A Montanha Russa
Lição 1
Versículo Bíblico: “Vale mais ser paciente do que ser valente; mais vale saber-se dominar a si mesmo do que
conquistar uma cidade.” Provérbios 16:32.
Resumo da Lição:
Deus fez-nos seres com sentimentos e emoções. Lidar com isso é algo que necessita de ser aprendido. Ninguém escolhe o que vai sentir, pois as emoções são apenas a forma como o corpo reage a pensamentos
intensos. Não há como evitar ter certos/as sentimentos/emoções, diante de situações da vida sob as quais
não se tem controlo; porém, há maneiras positivas de lidar com eles/elas. Isso pode ser aprendido. E quanto
mais cedo na vida uma pessoa aprender a lidar com as suas emoções, com lógica racional, melhor será para
si mesma e para aqueles com quem convive.
Objetivos: O aluno deverá:
– Relacionar maneiras positivas de lidar com os seus sentimentos/emoções.
– Identificar sentimentos/emoções que experimenta com mais frequência.
– Descrever uma situação em que tende a perder o controlo das suas emoções, apresentando formas de se
manter em equilíbrio emocional.
Destaque a ideia:
O controlo das emoções é fundamental para qualquer pessoa que queira viver bem em sociedade. Jesus
foi tremendamente pressionado a perder o controlo das Suas emoções, mas deu-nos um grande exemplo
de que “TODOS” podemos viver acima dos nossos sentimentos feridos ou grandemente entusiasmados.
Materiais Necessários:
– Uma massa mole, gelatinosa, vendida em papelarias.
– Trouxa de roupas relativamente grande.
– Dois cartazes (painéis) e cópias de frases para fixar na parede da sala.
– Tabela – Diferenças Significativas – Uma cópia para cada aluno.
– Um sapo, uma aranha ou uma cobra de borracha que sejam capazes de provocar medo.
– Um saco de risadas, um ursinho muito fofinho e a miniatura de um Ferrari ou outro carro interessante.
– Músicas instrumentais (não religiosas). Uma muito romântica, outra de suspense (que provoque medo,
terror), outra muito alegre e uma quarta que desperte o sentimento de tristeza.
Estudando a Lição:
1º Passo: Atividades de Abertura
– Ponha nas mãos de cada aluno uma massa gelatinosa. Se forem muitos, faça a atividade com apenas uns
três ou quatro. Oriente para que a segurem apenas com uma das mãos, sem que a deixem cair. Depois de
algum tempo, devem usar as duas mãos. Em seguida, analise o que isso ensina sobre o lidar com os nossos
sentimentos/emoções. (As nossas emoções/sentimentos são maleáveis, volúveis e instáveis. Ora sentimos
uma coisa, ora outra. Como essa massa mole, alguns têm muita dificuldade em manter as emoções em
equilíbrio. Perdem facilmente o controlo.) Continue a conversar. O que é mais fácil, pergunte, manter a
massa com uma só mão, ou com as duas? (Claro, com as duas mãos.) E as nossas emoções? (Da mesma
forma. Podemos usar recursos adicionais para nos ajudarem a mantê-las em equilíbrio. Oração, leitura da
Bíblia, prática de desportos, etc..) Se desejar, faça com que uma terceira pessoa ajude a manter a massa nas
mãos de um deles. (Dialogue mostrando que essa pessoa poderia representar o Espírito Santo, os anjos
que podem ajudar-nos a manter os sentimentos e as emoções nos seus devidos lugares. Embora as nossas
emoções sejam maleáveis, sob o controlo e a ajuda externa do poder de Deus, podemos vencer.)
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2º Passo: Atividades de Aprendizagem Ativa:
– Faça três cartazes (painéis) com os seguintes textos de EGW. Primeiro: “Cada emoção e desejo tem de ser
mantido em sujeição à razão e à consciência.” – Mente, Caráter e Personalidade, Vol. 1, pág. 325. (Aparece na
lição de quinta-feira.) Segundo: “Nenhum esforço se deve fazer para levar a mente a certa intensidade de
emoção. Podemos não sentir hoje a paz e alegria que sentimos ontem; mas devemos, pela fé, tomar a mão
de Cristo, e confiar n’Ele tão plenamente nas trevas como na luz.” – Mensagens aos Jovens, págs. 111 e 112.
(Aparece na lição de sexta-feira.) Estes cartazes poderiam permanecer expostos durante todo o trimestre.
Terceiro: Use as frases que aparecem na lição de terça-feira: Maneiras positivas de lidar com as emoções.
Faça pelo menos umas três cópias de cada uma dessas frases e distribua pelas paredes da Unidade. O objetivo é chamar a atenção para a importância do que fazer para controlar as emoções.
– Quando nascemos não sabíamos muita coisa. Pergunte: O que sabe uma criança quando nasce? (Chorar,
sugar os seios da mãe…) À medida que a criança cresce, vai incorporando novas aprendizagens, o que
aprende? (A reconhecer as pessoas, a gatinhar, a bater palmas, a dizer adeus, a comer sozinha, a andar, a falar, etc..) A vida é uma escola e uma pessoa só para de aprender quando morre. Hoje vamos aprender como
lidar com os sentimentos/emoções que possuímos. Os que de facto incorporarem na vida as sugestões da
lição sobre como viver bem com as suas emoções, terão aprendido algo fantástico!
– Quando estiver a estudar a necessidade de manter em equilíbrio o que sentimos, use a seguinte atividade: Pegue numa trouxa de roupas relativamente grande e coloque-a na cabeça de um aluno. Peça que
ande pela sala tentando manter a trouxa equilibrada sem usar as mãos. Não é uma coisa fácil de fazer. O
que aprendemos sobre as nossas emoções? (Precisamos de aprender a manter os nossos sentimentos/
emoções em equilíbrio.) Em certas regiões, há pessoas que conseguem andar com latas de água na cabeça, feixes de lenha e grandes trouxas de roupa em perfeito equilíbrio. Porquê? (Porque foram ensinadas
quando eram pequenas. Notem a importância de aprender a lidar com os sentimentos/emoções quando
ainda se é adolescente. Há adultos que vivem a enfrentar dificuldades de relacionamento porque não conseguem controlar os seus sentimentos/emoções.)
Pesquisa Bíblica:
(1) Dê a cada aluno um pedaço de papel em que possa escrever o que não nos pode separar do amor de
Deus, segundo a carta de Paulo aos Romanos 8:35, 37-39. (Tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez,
perigo, espada, morte, vida, anjos, principados, coisas do presente, coisas do porvir, poderes, altura, profundidade, nem qualquer outra criatura.) Depois de completarem a lista, analise a sua abrangência. Observe
que Paulo indica nesses versos todas as coisas básicas desta terra. Em seguida, diga se há alguma coisa que
nos pode separar de Deus que Paulo não mencione aqui. Aparece em Isaías 59:2. (As nossas iniquidades.
A palavra grega para iniquidade significa: contra a lei, transgressor da lei. Sabemos que transgredir a lei é
pecado. Logo, o pecado é que nos pode separar do amor de Deus.) Por isso, é importante saber como lidar
com os nossos sentimentos/emoções, uma vez que daí podem surgir muitos pecados. Quer contra as pessoas, quer contra Deus.
Pesquisando os textos abaixo, descubra as emoções que Jesus sentiu em cada uma das situações que ali
aparecem.
Mateus 27:12
Situação
Emoção
Sentimento
O que fez Jesus?
Em que situação posso
sentir a mesma coisa?
Como é que posso agir?
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Marcos 14:32-34
Situação
Emoção
Sentimento
O que fez Jesus?
Em que situação posso
sentir a mesma coisa?
Como é que posso agir?
Marcos 16:14
Situação
Emoção
Sentimento
O que fez Jesus?
Em que situação posso
sentir a mesma coisa?
Como é que posso agir?
Marcos 3:1-5
Situação
Emoção
Sentimento
O que fez Jesus?
Em que situação posso
sentir a mesma coisa?
Como é que posso agir?
Marcos 10:13 e 14
Situação
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Emoção
Sentimento
O que fez Jesus?
Em que situação posso
sentir a mesma coisa?
Como é que posso agir?
Marcos 11:15 e 16
Situação
Emoção
Sentimento
O que fez Jesus?
Em que situação posso
sentir a mesma coisa?
Como é que posso agir?
– Identificando sentimentos/emoções. Cada aluno deverá ter um pedaço de papel nas mãos. Diga que
escrevam o que sentirão ao ouvirem as músicas instrumentais. Peça silêncio. Não precisa de executar toda
a música, mas pequenos trechos de uns três minutos cada um. Coloque primeiro a música romântica, depois a de suspense, em seguida a música alegre e, por último, a triste. Analise o que escreveram. Leve-os a
concluir que as emoções do grupo flutuaram de um extremo a outro, pois enquanto a música romântica
tocava, tiveram uma emoção romântica. Quando a de suspense, medo; a alegre, alegria; e a triste, tristeza.
Em poucos minutos, as emoções oscilaram como cana ao sabor do vento. Se desejar, coloque um heavy
metal e deixe que digam o que sentem enquanto a música toca. (A música tem o poder de alterar os nossos sentimentos/emoções. Ela mexe connosco de forma poderosa. Um rock heavy metal transmite ira, ódio,
raiva, revolta. Uma pessoa que se condiciona a ouvir certas músicas acaba por ter os seus sentimentos/
emoções semelhantes aos que a música sugere. Muitos, sob o efeito do rock, acabam por fazer o que não
queriam fazer.)
– Analise e veja se seria conveniente usar. Aqui há duas histórias: Uma triste e outra com piada. Como será
que reagiriam a essas narrativas? Dependendo dos seus alunos, dá para fazer uma excelente análise sobre
como é que as nossas emoções mudam de um facto para o outro. Conte primeiro a que produz alegria,
depois a triste.
(1) Uma família pobre decidira comprar apenas um presente de Natal para toda a família. Numa época em
que as coisas não eram tão fáceis e comuns como hoje, decidiram comprar um espelho, pois não havia nenhum em casa. No dia em que o espelho chegou, todos queriam contemplar-se. Assim, um por um, todos
olhavam curiosos e admirados de si mesmos. Quando chegou a vez do pequeno Mike, ele ficou surpreso
com o que via. O seu rosto era deformado e ele não sabia. Quando tinha três anos, tinha recebido um coice
de um cavalo e ficara com uma cicatriz muito feia no rosto. Dirigindo-se à mãe, pergunta: “Mamã, tu sabias
que eu era assim?”“Claro”, responde a mãe.“E amavas-me?”“Sim, sempre te amei.”“Porque é que me amas?”
“Porque tu és meu filho, Mike.”
(2) Um indivíduo chega a casa e diz à mulher que tinha economizado a passagem do autocarro porque
viera a correr atrás dele. A mulher olha para ele e diz:“Pois terias economizado muito mais, se tivesses vindo
a correr atrás de um táxi!”
OBS.: Se vir que contar essas histórias provocaria irreverência, não as conte.
– Use um sapo, uma aranha ou uma cobra de borracha para pregar um susto em determinado momento
do estudo da lição. Analise a reação do corpo em termos de sentimentos/emoções. Diante de um estímulo
que provoca medo, ver como o corpo reage. Se preferir, poderá usar elementos que transmitam outros
tipos de emoções, como um saco de riso que certamente produzirá risos. Um ursinho de peluche muito
fofinho agradará às meninas e uma miniatura de um Ferrari aos rapazes. Analise as diferentes reações.
– Algumas pessoas negam as suas emoções. O conceito de que uma pessoa cristã não deve sentir raiva faz
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com que muitos seguidores de Jesus Cristo neguem o sentimento quando estão, de facto, com raiva. Sentir
raiva neste mundo de pecados é algo que não se consegue evitar. A questão não é sentir ou não raiva, mas
sim o que se faz quando se está com raiva. Agredir, partir para a ignorância, é que um cristão nunca deveria
fazer. Analisar o texto: Efésios 4:26 diz: “Irai-vos mas não pequeis...” (Entre sentir ira (raiva) e pecar existe
uma grande distância. Um cristão pode sentir raiva diante de certas situações sobre as quais não tem controlo, mas pecar sob o domínio da emoção da raiva é que não deveria. Para tanto, necessita de usar recursos
externos para ser um vencedor.)
– Faça o exercício. Dê uma cópia a cada aluno. Compare os resultados.
Diferenças Significativas
Como é que alguém que não ama Jesus
reage diante destas situações?
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Como é que alguém que não ama Jesus
reage diante destas situações?
Raiva
Raiva
Medo
Medo
Alegria
Alegria
Deceção, Abandono
Deceção, Abandono
Tristeza
Tristeza
Possíveis respostas:
Não cristãos:
Raiva = Dando socos, pontapés, insultando, etc..
Medo = Gritando, correndo, desesperando-se, etc..
Alegria = Bebendo, dançando, fazendo uma festa, etc..
Deceção, abandono = Bebendo bebidas alcoólicas, usando drogas, procurando sexo ilícito, etc..
Tristeza = Fugindo, refugiando-se em músicas pesadas, chorando, gritando, etc..
Cristãos:
Raiva = Praticando desportos, correndo, jogando à bola, etc..
Medo = Orando, cantando, lendo a Bíblia, etc..
Alegria = Cantando, pulando, etc..
Deceção, Abandono = Ajudando alguém, andando, procurando refúgio em Deus, etc..
Tristeza = Chorando, orando, etc..
– Analise a expressão do Salmo 30:5 onde diz: “VAI PASSAR...” Qual seria o seu significado? (É que tudo neste mundo vai passar. Assim como a alegria passa, a tristeza também passa. É só uma questão de tempo.)
Ajuda para o Dinamizador:
Como a lição tratou do assunto das emoções e de como lidar corretamente com os sentimentos, sugiro
que alugue um filme para assistir com os seus alunos no Sábado à noite. Só que, desta vez, deverá dar a
cada um papel e caneta para que, durante a passagem do filme, anotem as emoções e sentimentos que
perceberem que os personagens terão durante o desenrolar da história, bem como o que cada um terá
durante todo o processo. Quando terminar, converse sobre o que escreveram e analise o efeito negativo
dos filmes sobre o comportamento das pessoas em termos de sentimentos/emoções. Compare também o
que sentiram com a forma como cada ator vivenciou o seu papel. Acho que dá para extrair grandes lições
do efeito destrutivo do cinema na vida de um adolescente cristão. Um bom exercício é assistir a um vídeo
de futebol, analisando como é que as claques lidam com as suas emoções durante o jogo. Se quiser filmar
um adolescente jogando um jogo de vídeo, para observar o efeito do jogo sobre as suas emoções, será
muito interessante.
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Depressão
Zona de Perigo
Lição 2
Versículo Bíblico: “Porque hei de estar desanimado e preocupado? Quero confiar no Senhor e ainda o hei de
louvar. Ele é o meu Deus e o meu salvador!” Salmo 43:5.
Resumo da Lição:
A lição declara que raiva reprimida é uma das causas da depressão, bem como a culpa pelo pecado. Crer
no perdão de Deus remove a culpa, trazendo de volta a alegria de viver. O stresse da vida com tudo o que
significa, é outro elemento altamente depressivo. Seja como for, a depressão profunda pode levar ao suicídio e a lição menciona características de um suicida em potencial. Apresenta várias sugestões de como
identificar sinais em alguém que pensa em se suicidar. Conclui dando formas de combater a depressão
evitando que venha a dominar a vida.
Objetivos: O aluno deverá:
– Diferençar a tristeza corriqueira da depressão.
– Explicar as cinco ideias de como podemos evitar que a depressão venha a dominar-nos.
– Apresentar a única alternativa para o sentimento de culpa.
Destaque a ideia:
De que depressão, e tudo o que a ela se relaciona, está intimamente ligada ao pecado como prática da
transgressão da Lei de Deus. A pessoa pratica o pecado como se fosse algo comum e natural. Depois vem
a tristeza, o remorso, a culpa, o desejo de morrer. A única saída para tal situação é Jesus.
Materiais Necessários:
– Desenho de um adolescente (em papel). Mais perto possível do tamanho natural.
– Elástico largo.
– Colete cheio de ganchos bem firmes.
– Diversos objetos pesados que possam ser fixados nos ganchos do colete.
– Uma peça de barro.
– Um balão muito grande.
– Balões pequenos.
– Roda de carro com pneu calibrado corretamente.
– Placas de trânsito – “depressão” e “aclive”.
– Cópias individuais da tabela para aplicação.
Estudando a Lição:
1º Passo: Atividades de Abertura:
– Reproduza duas placas de trânsito. “Depressão” e “Aclive acentuado”. Coloque-as na parede à frente dos alunos.
Inicie a lição analisando a placa da “Depressão”. Pergunte:
Qual é o significado desta placa? (Faz parte das placas de
advertência e indica que há uma depressão, um rebaixamento do nível da pista de rodagem. A pista está abaixo
do nível normal. Pode ser perigoso se a velocidade não for
diminuída.)
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– O corpo também dá sinais de depressão emocional. Quais serão? (Uma tristeza muito grande. Vontade de
ficar muito tempo na cama. Falta de apetite. Vontade de não fazer nada. Uma angústia sem razão aparente,
etc..) Estes e outros sintomas indicam que há um desnível no caminho normal da vida. Alguma coisa tem
que ser feita. Em contrapartida, o que significa a outra placa? (Aclive acentuado. Subida à frente.) O que
poderia representar em termos da vida? (Que a pessoa está a subir. Galgando as alturas.) Compare com a
depressão. (Uma é para baixo, a outra é para cima. Buraco e altura.) A lição desta semana trata da depressão.
Uma doença que está a destruir milhares de vidas. Inclusivamente jovens.
– Prepare dois balões gigantes. Um totalmente cheio e o outro murcho. Pergunte: Qual destes dois balões
representa bem a depressão? (Claro, o balão murcho.) Porquê? (Porque é assim que uma pessoa deprimida
fica. Murcha. Vazia…) Compare os dois balões. Permita que encontrem semelhanças (Mesma espessura
de borracha. Mesmo volume, capacidade de ar. Mesmas oportunidades, etc.) e diferenças (Está exclusivamente na quantidade de ar dentro deles. Talvez tenha um furo. Um furo microscópico, etc.). Qual dos dois
balões promove e estimula a alegria? (O cheio. Porque o vazio é para baixo.) O que é que isso ensina sobre
depressão? (Estimule o diálogo.)
2º Passo: Atividades de Aprendizagem Ativa:
– Molde um boneco de papel (ou desenhe num painel grande) do tamanho normal de um adolescente.
Coloque na parede. Disponibilize: Flechas, bolinhas de tinta colorida, etc., para que atirem ao boneco. Analise como se sente a pessoa que é constantemente atacada pelos seus conhecidos e amigos. (Certamente deprimida, triste, com baixa autoestima. Sente-se um zero à esquerda.) Pergunte: Já te sentiste assim?
Quando? Como foi que superaste? Muitas pessoas entregam-se. Assimilam de tal forma o que dizem a seu
respeito como se fosse verdade, que perdem o estímulo de viver. Considere o que a lição fala sobre o tema.
– Pegue num pedaço de elástico largo. Deverá ter um tamanho proporcional à sua Unidade. Analise a sua
capacidade de elasticidade. Então, mantenha-o bem esticado durante todo o processo de ensino da lição.
Analise no final o que aconteceu. Observar o efeito de pressão contínua sobre a sua capacidade natural de
esticar e voltar ao normal. O que podemos aprender sobre as pressões da vida? (Que, como o elástico, uma
pessoa constantemente pressionada perderá a sua capacidade de agir com normalidade. É a isso que os
especialistas chamam stresse.)
– Crie um colete cheio de ganchos. Devem ser bem costurados em vários lugares. Na frente, nas costas e
nos lados. Esses ganchos deveriam ser de metal com capacidade de aguentar pesos relativamente altos.
Vista o colete a um dos seus alunos e vá pendurando objetos pesados nos ganchos. Procure ser bem criativo. A ideia é fazer com que o colete fique pesado. Seria como se o indivíduo estivesse a carregar um fardo
muito grande. Alguns desses objetos deveriam ser realmente grandes, tornando os movimentos difíceis.
Analisar o que isso pode ensinar sobre a culpa (É um fardo pesado. Que leva a pessoa para baixo). Como
é possível uma pessoa libertar-se da culpa? (Através da fé em Jesus.) O que é que o sentimento de culpa
faz em termos de depressão? (Deprime. Leva o indivíduo para o buraco.) A sobrecarga é de facto pesada.
O que Jesus queria dizer com o texto: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos
aliviarei...”? (Mateus 11:28.)
– Demonstre o que pode acontecer a uma pessoa sobrecarregada. Dê um balão de tamanho normal a um
dos seus alunos. Combine que cada palavra que você dissesse, deveria enchê-lo de ar. As palavras seriam:
Medo, culpa, ira, ódio, raiva, rancor, perda, abandono,… Coisas que geram depressão. Os seus alunos poderão ajudar. O que está a encher, deverá fazê-lo até o balão rebentar. Analise a atividade (todos esses elementos exercem uma tremenda pressão sobre a pessoa até que, sem aguentar, acaba por rebentar). Como
é que uma pessoa pode sobreviver com problemas, sem explodir? (Praticar desportos, ajudar alguém, lutar
contra a ansiedade, etc..)
– Quebre uma peça de barro diante dos alunos. Analise o suicídio. A pessoa que tira a sua vida transgride
um mandamento da Lei de Deus pelo que só Deus é soberano para julgar essa sua ação. Acabar com tudo
resolve? (Claro que não… Cria outros problemas. Sobretudo, um maior, a possível condenação eterna.)
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Analise o ditado: “Depois da Inês morta...” O que significa? (Que depois de morto, nada se pode fazer.)
– Providencie um pneu de automóvel. Deverá estar na jante e com calibragem normal. Em determinado
momento do estudo da lição, analise as capacidades técnicas do pneu. (Tem resistência a pancadas, é forte,
resiste a aquaplanagem, etc..) Qual será a função do ar? (Manter o equilíbrio. Fazer pressão de dentro para
fora. Para que o pneu possa resistir às pressões externas.) Agora tire a parte interna do bico para que saia
o ar até que o pneu fique totalmente vazio. O que é que isso nos ensina? (Que algumas pessoas perdem a
capacidade interna de enfrentar as lutas da vida quando permitem que a depressão as domine.) Qual seria
a saída? (Observar as sugestões da lição de sexta-feira.)
3º Passo: Aplicação:
– Como é que posso aplicar, na minha vida, o que aprendi nesta lição? Dê uma cópia desta tabela a cada
aluno, deixando que respondam a seu jeito. Faça uma análise geral posterior.
1. Tendo em mente que momentos de tristezas são normais na vida de qualquer pessoa.
2. Que haverá problemas enquanto eu viver, considero:
O QUE POSSO FAZER QUANDO:
Perdi uma pessoa que
amava…
Não souber que
profissão escolher…
Houver
desentendimentos
entre mim e os meus
pais…
Estiver a ir mal nos
estudos…
Estiver stressado…
Estiver com vontade de
não fazer nada dias a
fio…
Estiver com vontade de
morrer…
4º Passo: Serviço:
– Cada um com papel e caneta nas mãos. Ao sinal, todos devem movimentar-se pela sala à procura de assinaturas dos colegas. Depois de algum tempo, dê um aviso para que parem. Verificar quem obteve mais
assinaturas. Analisar: Quem teve mais assinaturas pode ser que se tenha preocupado tanto em receber, que
dera pouco. Quem teve menos assinaturas, pode ser que se preocupasse tanto em dar, que recebeu pouco.
O que é que isso pode ensinar sobre partilhar o que aprendemos? (Pode ser que, na perspetiva humana,
quanto mais dermos, menos teremos. Só que na de Deus é diferente, pois é dando que a pessoa garante a
sua própria sobrevivência.) Muitas vezes, a depressão ataca pessoas egoístas que só se preocupam consigo
mesmas. Uma boa alternativa para a depressão é ajudar os outros.
– O grande serviço que cada adolescente pode exercer na sua própria família é abrir esse tema para discus12
são em casa. Será muito interessante conversar sobre isto com os pais e irmãos. Quem sabe se não estará a
ajudar alguém sem perceber? A forma como o assunto será analisado vai depender muito de cada família.
Dos limites que cada um tem. Confira no Sábado seguinte.
Ajuda para o Dinamizador:
Estes textos de Ellen G. White são interessantes. Talvez possam ajudá-lo nas suas considerações sobre a
depressão:
“A relação existente entre a mente e o corpo é muito íntima. Quando um é afetado, o outro ressente-se.
O estado da mente atua muito mais na saúde do que muitos julgam. Muitas das doenças sofridas pelos
homens são resultado de depressão mental. Desgosto, ansiedade, descontentamento, remorso, culpa, desconfiança, todos tendem a consumir as forças vitais, e a convidar a decadência e a morte”. CBV, 241.
Depressão causada pelo uso de bebidas com cafeína.
“Chá e café estimulam por algum tempo as energias debilitadas, mas, passada a sua influência imediata, resulta uma sensação de depressão. Essas bebidas não têm absolutamente nenhum nutriente em si
mesmas… Tomar chá e café é pecado, condescendência prejudicial que, como outros males, causa dano
à alma. Esses diletos ídolos criam estímulos, ação mórbida do sistema nervoso; e, cessada a influência imediata dos estimulantes, há uma depressão abaixo do normal na mesma proporção que as suas propriedades estimulantes elevaram acima do normal.” CSRA, 425.
“Como esses estimulantes produzem, no momento, resultados tão agradáveis, muitos chegam à conclusão de que realmente necessitam deles, e continuam a usá-los. Há sempre, porém, uma reação. O sistema
nervoso, havendo sido indevidamente estimulado, tomou emprestado para o uso presente, energias reservadas para o futuro. Todo esse fortalecimento temporário do organismo é seguido de depressão. Proporcional a esse passageiro aumento de forças do organismo será a depressão dos órgãos assim estimulados,
após haver cessado o efeito do excitante.” CSS, 124.
“Quantas vezes os que estão com saúde esquecem as maravilhosas bênçãos que lhes são continuamente
cedidas dia-a-dia, ano após ano! Não rendem a Deus tributo de louvor por todos os Seus benefícios. Quando sobrevem a doença, porém, lembram-se de Deus. O forte desejo de restabelecer-se induz a fervorosa
oração; e isto é direito. Deus é nosso refúgio tanto na enfermidade como na saúde. Muitos, no entanto, não
Lhe entregam o seu caso; eles promovem a fraqueza e a doença preocupando-se consigo mesmos. Caso
deixassem de afligir-se, e se erguessem acima da depressão e das sombras, mais certa seria a cura. Devem
lembrar-se com gratidão por quanto tempo aproveitaram a bênção da saúde; e, fosse essa preciosa graça a
eles restituída, não deveriam esquecer que se acham sob nova obrigação para com o seu Criador. Quando
os dez leprosos foram curados, unicamente um volveu em busca de Jesus e deu-Lhe glória. Não sejamos
nós como os ingratos nove, cujo coração não foi tocado pela misericórdia de Deus.” CSS, 382.
Observe alguns textos sobre o suicídio:
“Cada dia testifica do aumento da loucura, do assassínio, do suicídio. Quem pode duvidar de que agentes
satânicos se achem em operação entre os homens, numa atividade crescente, para perturbar e corromper
a mente, contaminar e destruir o corpo?” CBV, 143.
Comentando sobre a morte de Saul:
“Na planície de Suném e nas encostas do Monte Gilboa, os exércitos de Israel e as hostes dos Filisteus
empenharam-se em combate mortal. Embora a cena terrível na caverna de En-Dor lhe tivesse repelido do
coração toda a esperança, Saul combateu com arrojada bravura em favor do seu trono e do seu reino. Mas
foi em vão. ‘Os homens de Israel fugiram, e caíram atravessados na montanha de Gilboa.’ Três bravos filhos
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do rei morreram ao seu lado. Os freicheiros apertaram Saul. Tinham visto os seus soldados caírem em redor
de si, e os seus filhos príncipes cortados pela espada. Ele próprio, estando ferido, não podia nem combater,
nem fugir. Escapar era impossível; e, resolvido a não ser tomado vivo pelos Filisteus, ordenou ao seu pajem
de armas: ‘Arranca a tua espada e atravessa-me com ela.’ I Sam. 31:1, 4. Recusando-se o homem a erguer a
mão contra o ungido do Senhor, Saul tirou a sua própria vida, lançando-se sobre a espada. Assim pereceu o
primeiro rei de Israel, com o crime de suicídio na sua alma… A vida fora-lhe um fracasso, e sucumbira com
desonra e em desespero, porque pusera a sua vontade própria e perversa contra a vontade de Deus.” PP,
681 e 682.
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Dúvida
Abandonada!
Lição 3
Versículo Bíblico: “De facto, desde a criação do mundo, Deus que é invisível mostrou claramente o seu poder
eterno e a sua divindade nas suas obras, por isso, não têm desculpa.” Romanos 1:20.
Resumo da Lição:
A nossa mente finita não pode compreender a plenitude de Deus. É impossível. Podemos ter evidências da
Sua presença na jornada da nossa vida. Somos limitados. Ele é infinito, omnisciente. Sabe todas as coisas,
conhece todos os mistérios. Não existe nada que desconheça. As pessoas que não O entendem, duvidam
da sua existência ou da Sua capacidade. Dúvida é falta de confiança, é não acreditar. No entanto, a melhor
forma de lidar com a dúvida é fazer perguntas para que pelas respostas, sejam eliminadas. Todos os seres
humanos, até mesmo os profetas, em maior ou em menor proporção, duvidaram de Deus. A procura de
discernir factos que podem ser discerníveis, é capaz de transformar a dúvida numa nova fé e, consequentemente, numa nova vida. Um bom caminho para a dúvida é duvidar da própria dúvida.
Objetivos: O aluno deverá:
– Identificar três limitações humanas, contrastando-as com três características próprias de Deus (atributos
divinos).
– Distinguir dúvida construtiva de dúvida destrutiva.
– Descrever o papel das Escrituras Sagradas como eliminador de dúvidas.
Destaque a ideia:
Quando comparado com Deus, o homem é limitado. (1) Por ser criatura de Deus e (2) por ter sido afetado
pelo pecado. Logo, a sua compreensão acerca de Deus também é limitada. Não que Deus deseje esconder
algo a Seu respeito. É que o homem não consegue entender mesmo. Seria como se alguém tentasse encaixar uma grande cidade numa pequena cidade do interior. Não cabe. O ser humano precisa de viver pela fé.
E isso não é difícil. Cremos em tantas coisas feitas pelo homem, porque duvidar de Deus? É tolice!
Materiais Necessários:
– Garrafa de vidro escuro.
– Sumo de laranja ou de maracujá.
– Computador.
– Cartolina com desenho da fórmula E=mc2.
– Garrafão com água. Use um que não dê para se ver o conteúdo.
– Material para vedar os olhos e peças diversas para serem examinadas.
– Disco de papelão.
– Pedaço de vidro escuro.
– Chapas de radiografia.
Estudando a Lição:
1º Passo: Atividades de Abertura:
– Mostre uma garrafa de vidro escuro com sumo de laranja dentro. Pergunte a um aluno: De que fruta é
este sumo? (Dificilmente saberá.) Pergunte então: Será de laranja ou maracujá? (Também não saberá.) Coloque então o sumo num copinho descartável, de café, para que prove. Ele não deve dizer o que descobriu.
Pergunte então a outro aluno: Que sumo é este? (Como vou saber se não experimentei?) Analise: O que é
que isso nos ensina sobre Deus? (Somos incapazes de O conhecer na Sua plenitude, mas aqueles que “O
experimentam”, são capazes de O conhecer o suficiente para crerem n’Ele, a ponto de entregarem a vida ao
Seu domínio.) Conseguem entender porque há tantas pessoas que duvidam de Deus?
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– Arranje um computador. Tanto faz se for um desktop ou um portátil. Pergunte a um aluno qualquer:
Sabes como é que isto funciona? Consegues explicar-me? (Preste atenção às possíveis respostas. A mais
direta seria: Não. Uma outra seria uma tentativa de explicar. Certamente todas as explicações seriam limitadas. A não ser que tenha um especialista em informática na sua Unidade.) Alguém aqui duvida de que este
computador exista só porque não consegue entender o seu funcionamento? (Claro que não. Estamos a vê-lo!) E Deus? O que é que as pessoas costumam fazer? (Descartam a Sua existência porque não são capazes
de O compreender. Duvidam d’Ele porque não O podem ver!) A existência do computador não depende
da nossa capacidade para compreender os detalhes do seu funcionamento. Assim, também acontece com Deus. Ele não depende da nossa compreensão sobre Si mesmo. Ele é o que é, e pronto. Nós é que
dependemos d’Ele e não Ele de nós. Aqui há um grande princípio: A incapacidade de compreender Deus
não O afeta como Deus, mas impede que sejamos abençoados como poderíamos ser.
2º Passo: Atividades de Aprendizagem ativa:
– Numa cartolina, desenhe esta fórmula de física: E=mc . Pergunte: Quem é capaz de explicar a mais
simples das equações de Einstein? (Tenho a impressão de que ninguém.) Se não conseguimos entender
uma fórmula de física, vamos querer entender Deus? Não é muita petulância do ser humano pecador? No
entanto, é possível conhecer Deus, dentro das limitações da autorrevelação de Si mesmo através da Bíblia,
da pessoa de Jesus Cristo e da Natureza.
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– Como é que um avião consegue voar? São toneladas de ferragens que se levantam e atravessam continentes a uma velocidade incrível! Não entendemos. Só que o aparelho não depende da nossa compreensão para levantar voo. Ele foi simplesmente programado para fazer isso, e sob boas condições e peritos
capazes, fá-lo-á. Com Deus não é diferente. É claro, numa escala infinitamente maior.
– Há uma ideia na lição que diz que Deus não nos dá certas respostas porque não saberíamos o que fazer
com elas. Se quiser explorar esse pensamento, volte à ilustração do computador. Como é que funciona
essa máquina? Existem pessoas capazes de explicar em detalhes. Mas pergunto-vos: Somos capazes de
lidar com as respostas e explicações que nos dariam? (Claro que não. Por mais que explicassem, não entenderíamos muita coisa. As suas explicações não fariam muita diferença para nós.) Na maioria das vezes,
é bom Deus não responder às nossas dúvidas porque não saberíamos o que fazer com a resposta. Não
saberíamos como lidar com ela.
– Usando um garrafão (daqueles de cinco litros) que não se consegue ver o seu conteúdo, traga-o cheio
de água. Quando estiver a considerar o conteúdo da lição de terça-feira, ofereça água do garrafão aos seus
alunos. Depois de terem bebido, pergunte: Porque beberam? (Porque estávamos com sede, poderia ser a
resposta.) Como sabiam que era água o que havia no garrafão? (Porque disse: Vocês querem água?) E se
esta água estiver contaminada? Porque creram que a água era boa? (Porque o conhecemos.) Em algum
momento duvidaram de mim? O que é que isso nos ensina sobre as razões pelas quais as pessoas são capazes de duvidar de Deus? (Elas duvidam porque não O conhecem. Se O conhecessem confiariam n’Ele.)
– Vende os olhos de um dos seus alunos. Coloque um objeto qualquer para que o apalpe. Peça que fale
sobre o que percebe acerca do objeto. Tipo, cor, material, tamanho, forma, etc.. Enquanto examina, solte um
perfume no ar. Peça agora para descrever o odor do ambiente. O que é que isso tem a ver com o que estamos a estudar sobre Deus? (Não podemos vê-l’O, mas podemos percebê-l’O. Cuidado com a resposta:“Senti-l’O.” Se aparecer, analise bem o significado da expressão. Se “sentir” for com o sentido de perceber, está
bem. Mas se for com o sentido de sentimento, então há o perigo das pessoas acharem que Deus depende
do sentimento que teriam. Se eu sinto, Ele existe. Se eu não sinto, Ele não existe. Eu não sinto, é PERIGOSO.)
Poderá discutir um pouco a diferença entre perceber e sentir Deus. Nós percebemos a Sua existência e
poder pelas obras da Sua Criação. Mas podemos não sentir a Sua presença numa situação difícil. Jesus por
exemplo, quando estava pendurado na cruz clamou: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?”
Deus estava ali, mas Jesus não O sentia. Note que a presença de Deus não dependia dos sentimentos que
Jesus tinha a respeito do facto.
– Faça um disco de papelão com mais ou menos 20 centímetros de diâmetro. Se desejar, revista-o com
papel colorido. Num lado escreva: Sim e no outro Não. Faça uma pergunta: A Maria (uma aluna da Unidade)
existe? Jogue então o disco para cima e veja que resposta dará. Se for sim, a Maria existe. Se não, a Maria
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não existe. E vá fazendo várias perguntas de coisas ali da Unidade e dependendo das respostas do disco,
faça declarações absurdas. De repente, pare e diga: Não é assim que muita gente faz com Deus? Colocam-n’O sob a análise de um jogo de Sim e Não? Como se isso fosse alguma coisa! Analisem esses absurdos!
– Em algum momento, analise o significado de Isaías 55:8-9 ... “Os meus pensamentos não são os vossos
pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os céus são
mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus
pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.” Pergunte: O que é que Deus está de facto a querer dizer com esses textos? (Que Ele é ilimitado e que nós somos limitados.) Estaria porventura Deus a ser
arrogante? (Creio que não. A realidade é essa mesma. Ele é o que é e nós somos os que somos. Ele é Eterno,
Omnisciente, Omnipotente, Omnipresente e não há como ser diferente disso, enquanto nós somos Suas
criaturas maculadas pelo pecado.) Para se entender melhor esses textos, leve à Unidade um pai com o seu
filho bebé. O pai deve conversar com o filho. “Tu não consegues entender. Os teus pensamentos, não são
os meus pensamentos assim como os teus caminhos não são os meus. Olha para as chaves do meu carro.
Confia em mim ... Não precisas de duvidar ... Eu sei conduzir ... Há anos que eu conduzo ... Desde o tempo
em que ainda não existias, eu já conduzia ... Vamos ... Não tenhas medo ... Vou cuidar de ti ... sou teu pai,
sabias?” Analise como poderiam fazer uma analogia com a realidade divina e o ser humano. Acho que será
muito bom ...
– Um texto muito interessante para ser analisado é o de Job 11:7-20. Pode parecer um longo trecho, mas as
ideias sobre Deus que aparecem ali são fantásticas. Observar as expressões: “O que poderás fazer?” Dando
a entender que Deus é o que é, e pronto. No fim aparece a sugestão de que podemos confiar n’Ele.
3º Passo: Aplicação:
– Se nesse Sábado for um dia ensolarado, leve-os um pouco para fora. Peça que olhem para o Sol. É impossível fazê-lo sem uma proteção. Use então um pedaço de vidro escuro ou um pedaço escuro de uma chapa
de radiografia. Agora sim, pode-se ver o Sol. Só que não na sua plenitude. (Voltando à Unidade.) Examinem
os seguintes textos bíblicos. Divida a Unidade em dois grupos. Dê a um grupo Il Pedro 1:19 e a outro I Cor.
13:9-12. Peça que descubram nesses textos o que dizem sobre Deus e o ser humano pecador. (Possíveis
respostas: A revelação que Deus faz de Si mesmo é gradual. Como a luz da aurora que vai crescendo mais e
mais até ser dia perfeito. Não é uma coisa rápida, de uma única vez, mas paulatinamente. E essa encontra-se
na Bíblia. Hoje, vemos as coisas como por espelho. Uma visão parcial, limitada, mas um dia, veremos face a
face. Hoje vemos as coisas como as veem os meninos, mas um dia teremos uma visão mais clara dos factos.)
O que posso fazer com o que aprendi nesta lição? Como posso confiar mais em Deus? O que posso fazer
quando vierem dúvidas à minha mente? Tente fazer com que respondam a estas questões fundamentais.
Obs: Mesmo que não haja Sol, vale a pena fazer esta atividade mesmo na Unidade.
4º Passo: Serviço:
– Há uma atividade interessante na Ação da parte de terça-feira. Pergunta a amigos da escola quais são os
tipos de dúvidas que eles têm sobre Deus. Resume as respostas num caderno e depois pesquisa na Bíblia
para ver se Deus tem algo a dizer sobre cada uma das dúvidas. Volta a conversar com os teus amigos partilhando os resultados da tua pesquisa. Se tiveres dificuldades na pesquisa, procura o pastor da tua igreja
ou um membro experiente para que te ajude. Auxiliando outros a sanarem as suas dúvidas também nos
ajudamos a nós.
Ajuda para o Dinamizador:
– Um dos grandes problemas relacionados com a dúvida sobre Deus são as falsas expectativas que as
pessoas podem ter sobre Ele. Por exemplo: (1) Deus cura sempre; (2) Deus ouve sempre as orações que
fazemos. Sejam quais forem. Basta ter fé; (3) Um filho de Deus, que ama o Senhor, nunca ficará doente;
(4) Nada de ruim poderá acontecer a um filho de Deus porque o Senhor cuida dele. Quando essas falsas
expectativas não são cumpridas, a pessoa fica dececionada e duvida de Deus. Realmente, Deus tem poder
para curar e seria capaz de curar todos os doentes. Teria o maior prazer em atender a todas as orações. Só
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que vivemos na realidade do Grande Conflito, e algumas coisas não podem ser feitas do jeito que achamos
que deveriam ser. Precisamos de viver pela fé...
– Há diferença entre ter evidências acerca de Deus e sentir Deus. As evidências são vistas e percebidas nas
coisas criadas e mantidas por Ele. Apesar do pecado, há como perceber a atuação divina. As evidências apelam para a razão. Os sentimentos humanos não são confiáveis. Eles são instáveis. Mudam a cada instante
e não são um guia seguro. É muito perigoso confiar nos sentimentos. Satanás pode manipulá-los com a
intenção de confundir e enganar a pessoa. O melhor é confiar nas evidências racionais e não esperar pelos
sentimentos para crer no que Deus é capaz de fazer.
Talvez estes textos de Ellen G. White lhe deem
algumas ideias sobre os efeitos da dúvida na vida de um filho de Deus.
“Nossas orações por semelhança com a imagem de Cristo podem não ser respondidas exatamente como
desejamos. Podemos ser testados e provados, pois Deus percebe ser melhor colocar-nos sob um curso de
disciplina que nos é essencial antes que sejamos súbditos habilitados para as bênçãos que ansiamos. Não
deveríamos nos tornar desanimados e dar lugar à duvida, e pensar que nossas orações não são notadas.
Devemos nos firmar seguramente sobre Cristo e deixar nosso caso com Deus para responder nossas orações a Seu próprio modo. Deus não prometeu conceder Suas bênçãos através dos canais que temos assinalado. Deus é sábio demais para errar e cuidadoso demais com o nosso bem para permitir-nos escolher
por nós mesmos.” MM, 1995, 297.
Comentando a ordem de Deus para o povo cruzar pela fé o Mar Vermelho, veja o que EGW diz:
“A grande lição ali ensinada é para todos os tempos. Frequentemente, a vida cristã é assediada de perigos,
e o dever parece difícil de cumprir-se. A imaginação desenha uma ruína iminente perante nós, e, atrás, o
cativeiro ou a morte. Contudo, a voz de Deus fala claramente: ‘Avante!’ Devemos obedecer a esta ordem
mesmo que nossos olhares não possam penetrar nas trevas, e sintamos as frias vagas em redor de nossos
pés. Os obstáculos que embaraçam o nosso progresso nunca desaparecerão diante de um espírito que
se detém ou duvida. Aqueles que adiam a obediência até que toda a sombra da incerteza desapareça, e
não fique perigo algum de fracasso ou derrota, nunca absolutamente obedecerão. A incredulidade fala ao
nosso ouvido: ‘Esperemos até que os impedimentos sejam removidos, e possamos ver claramente nosso
caminho’; mas a fé corajosamente insiste em avançar, esperando tudo, em tudo crendo.” PP, 290.
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Temor do Futuro
Está Quase na Hora
Lição 4
Versículo Bíblico: “Sabemos que já são horas de despertarmos do sono. A nossa salvação está agora mais
próxima do que na altura em que recebemos a fé.” Romanos 13:11, BBN.
Resumo da Lição:
Existimos no tempo. Ele não para. No entanto, limitados pelo pecado, um dia deixaremos de viver. As expectativas do futuro assombram muita gente. A ansiedade quanto ao amanhã destrói as alegrias da vida
presente. Deus, no entanto, tomou todas as providências para que os seres humanos tenham um futuro
glorioso. Jesus assumiu a natureza humana e demonstrou o quanto nos ama. Há evidências suficientes
para repousarmos confiantes nas promessas de Deus de um futuro diferente daquele que o pecado tem
para nos oferecer. Pessoas angustiadas procuram no espiritismo uma resposta às suas inquietações futuras, mas só Deus é capaz de garantir o que promete. Na Bíblia a previsão futurística é fiel. Deus empenhou
a Sua Palavra de que vale a pena confiar n’Ele.
Objetivos: O aluno deverá:
– Comparar as expectativas futuras de um cristão, com as de uma pessoa não cristã.
– Identificar pelo menos duas demonstrações feitas por Deus para desenvolver confiança no futuro.
– Escrever três sonhos futuros incluindo Deus nos planos para torná-los concretos.
Destaque a ideia:
O futuro de cada pessoa depende exclusivamente das suas decisões no presente. Quem vive bem o presente não precisa de ter medo do futuro.
Materiais Necessários:
– Barra de ferro de mais ou menos dois metros. (Resistente o suficiente para um adolescente andar sobre
ela, porém estreita de modo a que dificulte o equilíbrio.)
– Máquina de filmar.
– Três folhas de papel A4 coladas na vertical formando uma tira. Uma para adolescente da Unidade. (Também pode ser tiras mais ou menos largas de outro tipo de papel qualquer.)
– Envelopes com cartões.
– Folhas A4 tendo escrito em um lado: ‘expectativas de uma pessoa que conhece Jesus’ enquanto, no outro
lado, ‘expectativas de uma pessoa que não conhece Jesus’.
Estudando a Lição:
1º Passo: Atividades de Abertura:
– Monte uma barra de ferro de mais ou menos 2 metros de comprimento, sobre duas bases resistentes,
de tal forma que a barra fique a uns 50 centímetros do chão. Essa barra tem que suportar o peso de uma
pessoa, pois andarão sobre ela. No início da lição peça que individualmente, andem sobre a barra tentando
manter o equilíbrio. A barra precisa de oferecer certa dificuldade para o equilíbrio. Depois de algumas tentativas, ofereça a mão e segure um deles. Analise as diferenças de andar sozinho e de ter alguém a apoiar. O
que é que isso significa quando comparado com nossa vida? (A vida é difícil e necessitamos de auxílio divino para evitar quedas e sofrimentos.) Quais seriam as dificuldades enfrentadas quando decidimos andar
sozinhos? (Os riscos são muito grandes. Muito mais sofrimento. Muito mais dor. Muito mais problemas.) O
que pensaria de alguém que tentasse atravessar uma corda de aço sobre um grande precipício e recusasse
a ajuda disponível? (Um tolo. Alguém que quer de facto morrer.) Porventura não é assim que muitas vezes,
fazemos com Deus? Deixe que falem. Guie as ideias na descoberta do ensino da lição sobre o futuro.
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2º Passo: .Atividades de Aprendizagem Ativa:
– Passe o trecho de um vídeo qualquer. Pode ser um filme, um documentário, Tc ... Pequeno, poucos minutos. Com uma máquina de filmar, filme o momento. Também por pouco tempo. O objetivo aqui não é ver
um filme nem fazer filmagens. Analise fazendo perguntas do tipo: Qual a diferença básica entre o filme e
a máquina de filmar? (O filme já está pronto. O que foi filmado foi filmado. Está no passado e não pode ser
alterado sem perda da realidade captada. Já a máquina de filmar não. Está a capturar a imagem real no momento.) O que é que isso ensina sobre nossa vida? (O que estamos a viver no presente podemos mudar. As
nossas decisões é que determinarão a nossa história. A história é aberta. Nós estamos a escrevê-la. Poderá
ser uma boa ou uma péssima história. Dependerá de cada um.) O futuro existe? (Não.) O que é que existe?
(O presente.) E o passado? (Existiu. Já não existe.) Diante desse facto, o que é mais importante? Com o que
é que nos devemos, de facto, preocupar? (Com o nosso presente.) Como podemos resolver questões do
passado? (Pedindo e crendo no perdão de Deus.)
– Colar umas três folhas de papel A4 no sentido vertical da folha, de tal forma que fique em formato de
uma tira comprida. Dar uma a cada adolescente. Pedir que façam no meio da folha (Deitada. Formato espelho) uma linha de um lado a outro. Mais ou menos no meio da linha escrever HOJE. Em cima para o lado
esquerdo PASSADO e para o lado direito FUTURO (veja modelo). No lado do passado escrever com caneta
os eventos principais da vida até ao momento. Todos acontecimentos que já passaram tais como: Data de
nascimento; Ano em que começou a estudar; Dia do batismo; Viagem especial; Doença; Uma felicidade
muito grande ou uma tristeza muito grande, etc. .. No lado do futuro, escrever a lápis, o que deseja fazer:
Terminar o ensino secundário; Entrar na faculdade; Terminar curso de informática; Estudar um instrumento musical; Casar; Ter filhos; Comprar um carro, etc. .. Analise: Porque escrevemos o passado a caneta e o
futuro à lápis? (Porque o passado já não podemos mudar, mas o futuro sim. Por exemplo: Quem planeou
casar daqui a 10 anos, de repente casa-se daqui a 15 e assim por diante.) À medida que o futuro sonhado
se transforma em presente real e nós o confirmamos, o que foi escrito a lápis, passa a ser agora a caneta. O
que Jesus pode fazer? (O acontecimento já não pode ser mudado. O que Ele faz é perdoar os arrependidos
e, consequentemente, eliminar os efeitos destrutivos do pecado. Uma menina que ficou grávida solteira
terá o seu filho. Não há outra saída. Jesus poderá perdoar-lhe ajudando-a a suportar o sofrimento de uma
escolha mal feita.)
PASSADO
HOJE
FUTURO
Pesquisa Bíblica:
Em grupos, ler Génesis 5, escrevendo a idade com a qual morreu cada um dos descendentes de Adão que
ali aparecem. (Adão 930 anos; Sete 912; Enos 905; Cainã 910; Maalalel 895; Jarede 962; Matusalém, 969; Lameque 777). Fazer a média do tempo de vida que viveram. (Dá cerca de 907 anos e meio). Qual é a expectativa de vida atualmente? (Cerca de 65 anos. Eles viviam 13 vezes mais do que nós.) Pergunte o que pensam:
É melhor viver mais ou viver menos? Peça que justifiquem a resposta. Qual era o plano de Deus para a vida
do ser humano? (Que ele nunca morresse.) Qual é a promessa de Deus em Jesus Cristo? (Vida Eterna.)
– Três pessoas adultas à frente cada uma segurando um cartaz que a identifica: Primeiro cartaz – “Sou um historiador. Tenho 56 anos. Estudo história desde minha juventude. Conheço todos os principais monumentos
históricos da humanidade. Viajei pelos cinco continentes. Falo fluentemente o inglês, o espanhol e o alemão”.
Segundo cartaz – “O meu nome é João. Há 20 anos que sou camionista. Já viajei por todas as províncias de
Portugal. Conheço algumas delas como as palmas das minhas mãos”. Terceiro cartaz - “Tenho 38 anos e sou
um apaixonado por astronomia. Aos 29 anos tornei-me astronauta. Já fiz 8 viagens ao espaço. Participo da
equipe que coordena as principais explorações espaciais”. Cada aluno deverá ter um envelope fechado nas
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suas mãos. Dentro do envelope há um cartão com uma das frases abaixo. Em cada cartão, uma única frase.
1. O meu sonho é conhecer o Brasil.
2. O meu sonho é ver a terra do espaço.
3. O meu sonho é conhecer as pirâmides do Egito.
4. Quero conhecer as cataratas do Niagára (Dependendo de onde você estiver, coloque um outro lugar.).
5. O meu sonho é conhecer o sítio da antiga Babilónia.
6. O meu sonho é um dia ir à Lua.
7. Quero visitar as praias mais famosas do Algarve.
8. Gostaria de ir à Índia.
9. O meu sonho é entrar numa nave espacial.
Quando os três estiverem posicionados, dê um tempo para lerem o que está nos respetivos cartazes. Em
seguida, peça que abram os envelopes e descubram o sonho que está no cartão. Pergunte: Qual destes três
personagens escolherias como guia para alcançar o sonho impresso no cartão do teu envelope? Permita
que expliquem porque escolheram o personagem escolhido. O que isso ensina sobre ter um guia seguro?
(Claro, só uma pessoa com conhecimento espacial poderia levar alguém numa uma viagem espacial. Um
camionista que conhece todo o Portugal seria capaz de guiar qualquer um que queira conhecer as melhores praias do Algarve. Da mesma forma, quem tem o sonho de ter um futuro feliz precisa de ter um guia
que seja capaz de conduzir a esse final esperado. Deus conhece tudo. Ele é capaz de guiar qualquer pessoa
em segurança. Ele conhece o futuro. Ele é um guia fiável.) O que significa a frase: “Do presente depende o
futuro?”(É que dependendo das escolhas que fizermos no presente, será nosso futuro. Quem escolhe roubar no presente corre o risco de passar o futuro numa cadeia. A pessoa que no presente escolhe servir ao
deus dinheiro, certamente perderá a vida eterna no futuro.)
– Expectativas do futuro que afetam o presente das pessoas que as têm.
– O indivíduo quer ser um médico ...
– Uma moça quer casar e ser uma excelente dona de casa e mãe ...
– Uma outra moça quer ser uma secretária executiva bilingue ...
– Alguém quer construir uma casa ...
– Um casal deseja ter filhos saudáveis e felizes ...
– Uma determinada pessoa quer viver eternamente ...
Possíveis respostas: (1) Precisa de pagar um preço muito alto, estudando horas e horas, para conseguir ser
aprovado na admissão à universidade. (2) Essa moça tem um excelente sonho e para isso necessita conhecer o funcionamento de uma família e como cuidar bem de filhos. Precisará de ler e preparar-se para isso.
(3) Uma língua não se aprende do dia para a noite. Se ela sonha em ser secretária bilingue, precisa de se
esforçar e investir tempo e recurso para falar pelo menos inglês e espanhol. (4) Uma casa requer dinheiro
e a pessoa precisa de planear, com anos de antecedência, a construção de uma casa além do projeto ser
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compatível com os recursos disponíveis. (5) Tanto o homem como a mulher, precisam de ser saudáveis.
Cuidar da saúde é requisito fundamental. Ter um ambiente familiar adequado com carinho e amor. (6) A
única esperança que uma pessoa tem de viver eternamente, é aceitar Jesus como Salvador pessoal e obedecer à Sua vontade, enquanto viver. Observar como o futuro depende do presente. Muitas pessoas estão
preocupadas com o futuro, vivendo displicentemente o presente.
3° Passo: Aplicação:
– O Futuro pode ser brilhante ou sombrio, dependendo das expectativas que uma pessoa possui quanto
ao seu próprio futuro. Isso porque as expectativas deverão de direcioná-la na tomada de decisões presentes. Entregue a cada adolescente uma folha de papel. Dum lado da folha deverá estar escrito: ‘expectativas
futuras de uma pessoa que conhece Jesus’. Do outro lado: ‘expectativas futuras de uma pessoa que não
conhece Jesus’. Peça que escrevam pelo menos três expectativas para cada um. (Para quem conhece Jesus
poderiam ser estas: Ser fiel até a morte: Receber a coroa da vida eterna; Ter filhos fiéis a Deus; Construir uma
casa; Fazer um curso de pós-graduação; etc.. Para quem não aceita Jesus: Ganhar na lotaria; Ficar rico; Ter
prestígio e poder; Construir uma casa; etc..) Depois da lista pronta, analisar o que escreveram. Perceber que
há itens que poderão estar em ambas as listas como, por exemplo: Construir uma casa. Estabeleça então
comparações e coisas distintas. Analise: Onde é que eu me encaixo nisto tudo? O que é que esta lição tem
a ensinar-me? Como é que posso praticar tudo isso para ter um futuro feliz?
4° Passo: Serviço:
– Escreve três ideias de como é que podes ajudar alguém durante esta semana. Identificar a(s) pessoa(s)
dizendo o que podes fazer por elas em termos de futuro. Poderá ser: A minha tia. Preciso de lhe dizer que
se ela não cuidar de seu presente, o seu futuro será um desastre. O meu vizinho que fuma e ingere bebidas
alcoólicas precisa de saber que se continuar a beber e a fumar poderá sofrer muito no futuro. Vou escrever-lhe uma carta. Quem sabe ele não fica tocado com as admoestações de um adolescente como eu.
Ajuda para o Dinamizador:
A Bíblia declara que: “O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do
SENHOR” (Provérbios 16:1). Deus conhece o futuro. Ele sabe o que é melhor para cada um dos Seus filhos.
“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8:28). Os que confiarem n’Ele no presente, entregando a vida
para que seja dirigida por Ele, não se arrependerão no futuro.
Talvez estes textos de Ellen G. White forneçam algumas ideias no estudo sobre o tema do medo.
“A totalidade do mundo cristão está envolvida no grande conflito entre fé e descrença. Todos tomarão
partido. Alguns, aparentemente, podem não envolver-se em nenhum lado do conflito. Podem não parecer
colocar-se contra a verdade, mas não assumem ousadamente uma posição por Cristo com medo de perder
propriedades ou sofrer reprovação; esses tais são contados como inimigos de Deus.” MM, 2002, 123.
“Se já houve um tempo na história em que os adventistas do sétimo dia devem levantar-se e resplandecer,
é agora. Nenhuma voz deve ser impedida de proclamar a terceira mensagem angélica. Que ninguém, por
medo de perder o prestígio junto ao mundo, obscureça um raio de luz vindo da Fonte de toda luz. Realizar
a obra de Deus para estes últimos dias requer coragem moral, mas não sejamos guiados pelo espírito de
sabedoria humana. A verdade deve ser tudo para nós. Aqueles que desejam ter um nome diante do mundo, que se unam com o mundo.” Ibid., 357.
“Deus nunca força a vontade ou a consciência; porém o recurso constante de Satanás para alcançar domínio sobre os que de outra maneira não pode seduzir, é o constrangimento pela crueldade. Por meio do
medo ou da força, procura reger a consciência e conseguir para si mesmo homenagem. Para realizar isto,
opera tanto pelas autoridades eclesiásticas como pelas seculares, levando-as à imposição de leis humanas
em desafio à lei de Deus.” GC. 591.
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“Pelo medo de perder seu poder e autoridade, Pilatos consentiu na morte de Jesus. E, ainda que pusesse o
sangue de Jesus sobre os Seus acusadores, e a multidão o recebesse, clamando: ‘O seu sangue caia sobre
nós e sobre nossos filhos’ (Mat. 27:25), Pilatos, todavia, não ficou inocente; foi culpado do sangue de Cristo.
Pelo seu próprio interesse egoísta, seu amor às honras dos grandes homens da Terra, entregou para ser
morto um homem inocente. Se Pilatos houvesse seguido as próprias convicções, nada teria tido que ver
com a condenação de Jesus.” HR., 219.
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Alegria
Salvação a 175km/h
Lição 5
Versículo Bíblico:“O Senhor é o meu poderoso protetor; nele confiei plenamente e ele socorreu-me, por isso me
sinto feliz e lhe cantarei louvores.” Salmo 28:7, BBN.
Resumo da Lição:
Para os hebreus dos tempos bíblicos, a alegria era algo realmente interligada com coisas palpáveis como
comer, beber e fazer festas. Uma pessoa muito alegre normalmente pulava de alegria. Paulo, no entanto,
fala de outra alegria. Uma alegria calma, um suave resultado da vida de obediência à vontade de Deus.
De uma vida constante na justiça, na bondade e na graça do Senhor. É a alegria de fazer o que é correto
porque é correto. Paulo demonstra, através da sua própria vida, o significado dessa alegria em Cristo, pois
mesmo passando por adversidades, não perdia a sua alegria. No AT., os livros de Isaías e de Salmos tratam
exaustivamente do tema da alegria como resultado da salvação. A alegria cristã é uma alegria serena que
se manifesta numa vida de obediência e fidelidade a Deus.
Objetivos: O aluno deverá:
– Diferenciar alegria segundo o mundo e a alegria segundo o Espírito.
– Identificar três formas de como um adolescente cristão pode demonstrar a alegria pela salvação de Jesus
Cristo.
– Descrever como é que um adolescente cristão pode vencer a pressão do grupo de amigos que pendem
para uma alegria barulhenta.
Destaque a ideia:
– Da diferença existente entre a alegria do mundo e a alegria como resultado da salvação de Deus. Uma
são picos de êxtases passageiros enquanto outra é constante, serena e tranquila, manifestando-se numa
vida de obediência a Deus.
Materiais Necessários:
– Saco de Risadas.
– Concordância Bíblica ou lista de textos bíblicos que falem sobre alegria.
– Fotocópias: (1) Do eletrocardiograma; (2) da tabela e (3) do texto para aplicação.
– Quadrado de papelão de mais ou menos 50 cm.
– Uma quadrado, um losango e um triângulo de papelão cada um com mais ou menos 20cm.
Estudando a Lição:
1º Passo: Atividades de Abertura:
– Tente conseguir um saco de risadas. É um aparelhinho pequeno, movido a pilha em que estão gravados
muitos risos. Ao começar o estudo da lição, ligue o saco de risadas e deixe que por alguns segundos sejam
influenciados pelo que estarão a ouvir. Certamente também irão rir. Analise: O poder dos estímulos para
mover uma pessoa à alegria. (Toda a alegria tem um estímulo por de trás. Ter ido bem numa prova difícil e
ser aceite como namorado por uma pessoa de que se gosta exemplificam estímulos de alegria.) O que faz
Deus por nós que seriam estímulos para a alegria? (Protege; abençoa e, sobretudo salva-nos do pecado.)
A lição mostra o contraste entre a alegria gerada pelas ações de Deus na vida e a alegria estimulada pelo
mundo.
2º Passo: Atividades de Aprendizagem Ativa:
– Quando é que, na nossa cultura, uma pessoa pula de alegria? Está tão alegre que acaba por pular? (Quando no campeonato mundial, o nosso País mete um golo. Quando alguém vê o seu nome na lista de aprovados nos exames. Quando a equipa em que joga está a ganhar. Quando o desempregado consegue em24
prego. Quando um jogador inveterado ganha na lotaria.)
– Divida-os em dois grupos. Dê a cada um uma concordância bíblica. Peça a um dos grupos que encontre
cinco passagens bíblicas do AT onde aparece a palavra alegria enquanto o outro grupo procurará cinco
outras passagens no NT. Cada passagem deve ser entendida no contexto em que está inserida. (Exemplos:
AT - Génesis 31:27 – “Porque fugiste ocultamente, e me lograste, e nada me fizeste saber, para que eu te
despedisse com alegria, e com cânticos, e com tamboril, e com harpa?” – Labão está a repreender Jacob
por ter saído de sua casa sem uma festa; Ester 8:17 – “Também em toda província e em toda cidade aonde chegava a palavra do rei e a sua ordem, havia entre os judeus alegria e regozijo, banquetes e festas; e
muitos, dos povos da terra, se fizeram judeus, porque o temor dos judeus tinha caído sobre eles.” – Após a
libertação divina, através da intervenção de Ester, os judeus ficaram muito alegres; Job 20:5 – “O júbilo dos
perversos é breve, e a alegria dos ímpios, momentânea?”; NT – Lucas 2:10 – “O anjo, porém, lhes disse: Não
temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo.” – Os anjos declararam
que as boas novas de salvação eram novas de grande alegria; Lucas 8:40 – “Ao regressar Jesus, a multidão o
recebeu com alegria, porque todos o estavam esperando.” – A multidão ficou feliz quando Jesus regressou;
Atos 16:34 – “Então, levando-os para a sua própria casa, lhes pôs a mesa; e, com todos os seus, manifestava
grande alegria, por terem crido em Deus.” Aqui encontra-se a alegria pela salvação de outros. Há muitos
exemplos na Bíblia. Depois da pesquisa, solicite que expliquem o que produziu a alegria descrita nos textos encontrados. Se não tem acesso a uma concordância bíblica, faça uma lista de textos que falem sobre
alegria e dê uma cópia a cada grupo pedindo que selecionem cinco dentre eles.)
– Descobrir o significado da ALEGRIA de Romanos 14:17.“Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.” (Paulo está a corrigir o conceito popular de alegria como
uma expressão meramente exterior através de comida e bebida. A alegria aqui é uma alegria verdadeira. É
resultado da salvação. Brota do Espírito. É totalmente diferente da alegria que o mundano tem.)
– Fotocopie, para cada aluno, o eletrocardiograma abaixo. Analise os “picos” que aparecem nos exames.
Pergunte: Sem levar em consideração o real significado desses risos, o que esses picos poderiam representar em termos de alegria na vida de muitas pessoas? (Que eles são alegres (felizes) apenas em algumas
situações. Felicidade em solavancos.) Que gráfico poderia representar a vida de uma pessoa cristã? (O primeiro porque demonstra ser mais estável. A felicidade de um cristão é estável. Ele é constantemente feliz.
Não depende de situações externas. Muitas pessoas para se sentirem alegres, precisam de ingerir bebidas
alcoólicas. O cristão não necessita desses estímulos externos. A sua vida é de constante felicidade e alegria.
Mesmo quando enfrenta situações difíceis.)
– Na mesma linha de consideração, analise a experiência de Paulo e Silas na masmorra de Filipos em Atos
16:25 – “Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companhei25
ros de prisão escutavam”” Porque é que cantavam enquanto estavam presos? (Porque tinham paz e eram
felizes em Jesus.) O que é que normalmente se esperaria deles? (Que chorassem, reclamassem e murmurassem.) O que é que o Salmo 23:4 quer dizer com: ‘”Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não
temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam”? (Que aquele que
ama a Deus nada teme. É feliz. A sua alegria não depende de estímulos externos.)
– Estudando a lição de quinta feira, descubra porque é que as pessoas ficaram felizes no livro de Isaías?
(Porque foram salvas.) Salvas do quê? (1. Teriam água e flores no deserto; 2. Seriam salvas das ameaças e
dos perigos dos inimigos. A insegurança deixá-las-ia; 3. Seriam salvas da tristeza e do desespero; 4. Da morte; 5. Das dificuldades; 6. Teriam salvação eterna. Observar que a razão da felicidade e alegria em Isaías não
era algo temporário, passageiro, mas perene, eterno. Isso é fantástico!)
– Sem olhar para a Bíblia, diga com qual das histórias de salvação mais se identifica. Mais gosta. (Pode ser
com a libertação do Egito no êxodo. Passagem do mar vermelho. Ló em Sodoma e Gomorra. Filho Pródigo
quando regressou a casa e foi aceite pelo pai. Pessoa curada da lepra. Do cego de nascença. Da ressurreição
de Lázaro.) Explique porque é que escolheu essa história.
– Você fica preso num elevador. Está sozinho quando de repente, o equipamento se avaria e você fica ali
durante 5 horas. Pergunte: Fica alegre quando o tiram dali? Ou você é raptado. Fica um mês em poder dos
bandidos. Quando o libertam fica alegre? Sofre um acidente e não se magoa. O carro dá perda total. Você
fica feliz? O que faz para expressar este tipo de felicidade? Pula? Grita? Abraça alguém? Chega a chorar?
Pois foi exatamente isso o que Jesus fez por nós ... Ele salvou-nos. Estávamos a morrer sob o domínio do
pecado, mas Jesus nos libertou. Somos alegres? Vivemos em estado de alegria? Mesmo quando há problemas? Faça-os pensar nisso.
– Não será difícil encontrar um papelão grosso. Desses usados para embalagens. Corte um quadrado de
mais ou menos 50cm. No meio, tire um círculo com uns 15 cm. Deixando o buraco no papelão. Separadamente, tenha peças no formato de: Um quadrado, um losango e um triângulo todos com 20cm. Dê a um
dos adolescentes para que tente encaixar uma dessas peças na abertura no centro do quadrado. (Claro,
não ocorrerá o encaixe. As peças são diferentes.) Só há uma peça que se encaixaria bem. A peça redonda. O
que podemos aprender? (Que as pessoas tentam encaixar algumas coisas nas suas vidas, mas não funciona. A verdadeira alegria, só no plano de Deus.) Que coisas poderiam ser essas? (Cinema, prazeres, diversões,
etc. .. que não trazem felicidade alguma. Só a aparência de uma alegria efémera e passageira.)
– Faça um rápido exercício. Peça que contem um ao outro um facto mau que aconteceu durante a última
semana. Algum acontecimento vivido como uma nota baixa numa prova; a morte de um membro da família; um acidente, etc. .. Na sequência, peça que procurem encontrar algo de bom nessa história desagradável. (Tirei uma nota baixa na prova de matemática, por exemplo, mas aprendi que se eu estudar poderei
tirar melhores notas. Aconteceu um acidente com .... O carro foi para a sucata, mas graças a Deus não houve vítimas fatais. Além do mais, aprendemos que se fizermos a manutenção do carro antes de uma viagem,
poderíamos evitar tragédias como as que vivemos. E assim por diante.)
– Aprendendo por contraste. Fotocopie a tabela abaixo. Uma cópia, para cada aluno. Permita que escrevam
sobre as diferenças entre quem serve a Deus e quem não serve.
26
Geralmente como é que as pessoas que não aceitam a Jesus
demonstram a alegria que sentem Quando a equipa de futebol a que
pertencem ganha o campeonato? Quando ganham um dinheiro que não esperavam ganhar? Quando comemoram o casamento de um membro da família? Geralmente como é que as pessoas que aceitam a Jesus demonstram a alegria que sentem. Quando a equipa de futebol a que
pertencem ganha o campeonato? Quando ganham um dinheiro que não esperavam ganhar? Quando comemoram o casamento de um membro da família? Analise: Existe diferença? (Deveria existir. Se não há é porque está havendo algum problema na prática da
vida cristã daquele que tem professado servir a Jesus.) Quais são? Como deveria ser? Não perca a oportunidade de ensinar que, como seguidores de Jesus, devemos ser diferentes. A alegria criada pelo consumo
de drogas como bebidas alcoólicas e outras, não é uma alegria sadia. É falsa e passageira.
3º Passo: Aplicação:
– Faça uma fotocópia do texto abaixo e dê a cada aluno orientando para que preencha com a palavra que
falta para tornar a frase verdadeira. Depois de pronto, pegar nas palavras chaves de cada frase e formar a
mensagem desta lição que pode ser aplicada na vida.
1. A alegria do ____________ é a mesma alegria de um não cristão.
2. A forma como um cristão ________________ sua alegria é que é diferente da forma como um não cristão
a demonstra.
3. Comer e beber é a forma mais usual de comemorar a _______________ entre os mundanos.
4. Quando a pessoa está alegre gosta de ouvir ____________.
5. ______________-se de uma pessoa e observe como vive e saberá quem ela é.
6. A salvação produz verdadeira ____________ na vida de quem aceita a Jesus.
6. O verdadeiro ______________ é uma pessoa alegre.
7. Alegria é um dom do____________tanto quanto o amor.
8. A vida cristã é uma vida de ________________ obediência à vontade de Deus.
10. Quem não ama a Deus têm uma vida de____________. Ora está lá em cima, ora lá em baixo.
11. Na vida cristã a alegria é ____________ pela graça.
27
0 ____________ ____________ sua ouvindo ________ que o_____________ de Deus. A_________do ____________vem do _______ . É ____________________. Não tem ________ ___ __________. Vem e é ____________ por Deus.
EU _________________________ SOU UM ___________ PORQUE SIGO _____________ .
Respostas: (1) cristão; (2) demonstra; (3) alegria; (4) música; (5) aproxime; (6) alegria; (7) cristão; (8) Espírito;
(9) constante; (10) altos e baixos; (11) mantida.
O cristão demonstra sua alegria ouvindo música que o aproxime de Deus. A alegria do cristão vem do Espírito. É constante. Não tem altos e baixos. Vem e é mantida por Deus.
4º Passo: Serviço:
– O conceito popular de que quem está alegre tem que fazer barulho e confusão é tão grande que é quase
impossível dizer a alguém algo diferente disso. Antes de quereres mostrar essa verdade aos teus amigos,
experimenta tu mesmo. Isso não significa que ficarás por fora, que deixarás de rir ou que nunca irás a festas.
Não é isso. O que Deus espera é que sejas sempre feliz. Que não dependa de estímulos exteriores para seres feliz porque a verdadeira felicidade brota da certeza da salvação. Existem dois tipos básicos de influência. A positiva e a negativa. Que a tua seja positiva. Enquanto estiveres a almoçar, inicia uma conversa sobre
esse tema com os membros de tua família. Lança as ideias e vê o que eles pensam. Vais surpreender-te ao
ver quantas pessoas cristãs são influenciadas pelos conceitos mundanos.
Ajuda para o Dinamizador:
– A sociedade hebraica do AT era uma sociedade teocêntrica. Isso significa que tudo o que faziam o faziam
em nome de Deus. A cultura estava permeada com a religião. Não separavam uma coisa da outra como
fazemos hoje. Isso implica dizer que as expressões seculares de alegria, satisfação e prazer eram realizadas
em nome de Deus. Quando um leitor da sociedade atual lê o texto bíblico tirando-o dessa moldura sociológica, interpreta-o de forma totalmente distorcida. Por exemplo: Ao ler que as mulheres saíram ao encontro
de Davi com tambores e danças para saudá-lo pela sua vitória na guerra contra os filisteus dizem: Porque
é que não podemos fazer a mesma coisa no nosso culto? Elas fizeram-no. Acontece que as mulheres não
estavam a prestar culto a Deus. O que faziam era uma manifestação secular. No Templo elas não dançavam.
O culto a Deus era solene. O ambiente era de contrição e reverência. O israelita não tinha os problemas que
temos hoje quando queremos expressar de forma secular os nossos sentimentos e as nossas emoções. As
dificuldades atuais é que nossa cultura é altamente paganizada, sensual, imoral e permissiva. Precisamos
de filtrar. Não podemos simplesmente fazer o que todos fazem. Sobretudo, quando diz respeito à adoração
a Deus. Ao culto racional e aceitável ao Senhor.
Talvez estes textos de Ellen G. White forneçam algumas ideias no estudo sobre o tema da verdadeira alegria:
“Lembrai-vos, porém, de que não encontrareis a felicidade encerrando-vos em vós mesmos, satisfeitos com
entornar toda a vossa afeição um sobre o outro. Aproveitai toda oportunidade de contribuir para a felicidade dos que vos rodeiam. Lembrai-vos de que a verdadeira alegria só se encontra no serviço desinteressado.” CBV., 362.
“O capítulo 58 de Isaías é uma prescrição tanto para as doenças do corpo como para as da alma. Se desejamos saúde e a verdadeira alegria da vida, devemos pôr em prática as regras dadas nesta escritura. Diz o
Senhor quanto ao serviço que Lhe é aceitável e a suas bênçãos.” Ibid., 256.
“Verdadeira cortesia, de combinação com a verdade e justiça, torna a vida não só útil, mas bela e fragrante.
Palavras bondosas, olhares de simpatia, semblante animoso, lançam em torno do cristão um charme que
torna sua influência quase irresistível. No esquecimento de si, na luz, na paz e felicidade que está constantemente a conceder aos outros, ele encontra verdadeira alegria.” MM, 1968, 180.
28
“A verdadeira religião leva o homem à harmonia com as leis de Deus - físicas, mentais e morais. Ensina o
domínio de si mesmo, a serenidade, a temperança. A religião enobrece o espírito, apura o gosto e santifica
o juízo. Faz a alma participante da pureza celestial. A fé no amor de Deus e em Sua providência que todas as
coisas dirige, alivia o fardo da ansiedade e cuidados. Enche o coração de alegria e contentamento, seja na
mais elevada condição ou na mais humilde. A religião tende, diretamente, a promover a saúde, a prolongar
a vida, e a aumentar a alegria que experimentamos em todas as suas bênçãos. Abre à alma uma fonte de
felicidade que nunca cessa. Oxalá todos os que não escolheram a Cristo pudessem compenetrar-se de que
Ele tem algo imensamente melhor para lhes oferecer do que aquilo que se acham eles a procurar para si. O
homem se encontra a fazer o maior dano e injustiça à sua própria alma quando pensa e age contrariamente à vontade de Deus. Nenhuma verdadeira alegria pode ser encontrada no caminho proibido por Aquele
que conhece o que é melhor, e que planeja o bem de Suas criaturas. A senda da transgressão conduz à
miséria e à destruição; mas os caminhos da sabedoria “são caminhos de delícias, e todas as suas veredas
paz.” Prov. 3:17. PP,600.
29
Ouvir
Porquê Dar Ouvidos a Deus?
Lição 6
Versículo Bíblico: “Louvarei ao Senhor, porque ele me orienta; até durante a noite ele me corrige. Tenho sempre o Senhor diante dos meus olhos; com ele à minha direita, jamais vacilarei.” Salmo 16:7 e 8.
Resumo da Lição:
Identificar a voz de Deus quando Ele de facto está a falar é algo que pode ser aprendido. Alguns fatores
precisam de ser levados em consideração, como comparar com a Bíblia porque Deus nunca diria algo que
contrariasse a Sua Palavra. Estar disposto a obedecer é outra questão fundamental. Ninguém precisa de se
isolar do mundo para obedecer a Deus. Ele quer dirigir e guiar a vida dos Seus filhos pelas
instruções da Palavra escrita, a Bíblia. Se a situação exigir algo mais dramático Deus fá-lo-á. Precisamos de
estar atentos. O que Deus faz connosco podemos fazer com os nossos amigos. Deus pode usar-nos como
canais da Sua vontade. É fundamental ouvir o que os outros querem dizer. A Bíblia diz que o tolo responde
antes de ouvir. A maioria das pessoas não sabe escutar, consequentemente, não sabe escutar o que Deus
tem a dizer-lhes. É uma tragédia. O barulho, o stresse e a correria da vida moderna tiram as pessoas de
sintonia. Deus nunca está ocupado. Está sempre disposto a ouvir, mas há muitos que preferem ouvir-se a
si mesmos a ouvir Deus.
Objetivos: O aluno deverá:
– Enumerar três ideias que a lição apresenta para identificar a voz de Deus a falar-nos.
– Identificar situações em que poderá ser usado por Deus como um canal da Sua voz a outras pessoas.
– Descrever a importância da disposição de obedecer a Deus para que Ele continue a falar com alguém.
Destaque a ideia:
– Necessitamos de desenvolver a capacidade de ouvir quando Deus nos quer falar. Prestar atenção ao que
os outros querem dizer ajuda-nos a aperfeiçoar essa capacidade.
Materiais Necessários:
– Uma pessoa para fazer o pino no início da lição.
– Tigela de vidro transparente.
– Giz.
– Pedra.
– Esponja.
– Gravação das instruções de um comissário de bordo antes da decolagem de um avião.
– Bebé e a sua mãe.
– Papéis.
– Telefone (fixo).
– Objetos diversos para fazer barulho (tampa de panelas, etc. .. )
Estudando a Lição:
1º Passo: Atividades de Abertura:
– No momento em que iniciar o estudo da lição, combine com alguém que faça o pino diante de todos os
alunos. Enquanto fica ali, com as pernas levantadas, pergunte: Isso diz-vos alguma coisa? (A resposta deveria ser a história de abertura da lição.) Vocês fariam isto? (Ouça as respostas que darão. Uns dirão que não,
outros sim. Pergunte porque fariam ou porque não fariam.) Analise a maneira fantástica como Deus agiu
através da menina que fez o pino. O que é que Deus vos pediria?
– Coloque numa tigela transparente cheia de água um pedaço de giz, uma pedra e uma esponja. Observe
o que acontece com cada um deles. O que é que isso significa? (Que cada objeto reagiu de uma forma di30
ferente dentro da água. A mesma água. A mesma tigela, mas a reação dos objetos é que foi diferente.) As
pessoas reagem da mesma forma à voz de Deus? (Não. Umas são recetivas, atentas, dispostas a obedecer
enquanto outras são incrédulas e indiferentes.) A qual desses objetos se poderiam comparar? Pergunte
porque pensa assim. (À pedra, porque ela não se deixou modificar
diante da ação da água. Ficou insensível. Ao giz que se derreteu sob o efeito da água. Sempre que Deus
me quer dizer alguma coisa, eu entrego-me à Sua vontade. À esponja, poderia alguém dizer, porque ela
está sempre disposta a absorver novas orientações. O que Deus diz é sempre bem vindo.) As respostas são
abertas e dá uma boa discussão na introdução da lição.
2° Passo: Atividades de Aprendizagem Ativa:
– Tente conseguir uma gravação das instruções que um comissário de bordo dá aos passageiros no início
de uma viagem de avião. Ouça com os alunos e analise se Deus não faz o mesmo connosco. A vida é um
jogo. Estamos no campo a lutar para sobreviver e, pela graça de Deus, vencer. A equipa de Jesus já é vencedora. Cada pessoa que Lhe pertence é que, individualmente, precisa de vencer. Em qualquer jogo, seja de
futebol, de basquete ou de vólei, o treinador fica na bancada a observar o desempenho dos jogadores. Em
tendo oportunidade, dá instruções detalhadas de como devem proceder. Ele faz então os ajustes necessários de acordo com o desenvolvimento do jogo. Com Deus é mais ou menos assim. Ele observa-nos e fala
connosco na tentativa de ouvirmos a Sua voz para fazermos as devidas correções. Precisamos de prestar
atenção ao que Ele diz. Dentro de um avião muitas pessoas ficam indiferentes às orientações dos comissários até que surja uma emergência. Precisaria de ser assim connosco? Precisaríamos de ser tolos em não
prestar atenção às advertências de Deus? (Claro que não. É tão fácil obedecer. É para nosso bem. Viveremos
melhor e seremos mais felizes.)
– Leve para a sala um bebé. Combine com a mãe para que lhe dê alimento diante dos alunos. Pode ser
biberão ou papinha de acordo com a idade da criança. Pergunte aos alunos enquanto o bebé está a ser
alimentado. O que é que algumas pessoas querem que Deus faça com elas? (Que lhes dê comidinha na
boca o tempo inteiro. Isto é, dizendo-lhes o que fazer a cada instante, a toda hora e em cada situação.) Deus
age assim? (Pode ser.) Quando? (Quando necessário. Uma mãe dará comida ao seu bebé enquanto ele não
sabe comer sozinho. Chegará o dia em que lhe dará a comida e esperará que coma sozinho. Para que o
mesmo aconteça connosco em relação a Deus, necessitamos de conhecer a Bíblia, pois Deus fala através
dela. Deus não dirá que o dia da semana a ser guardado é o sábado porque já disse isso. Está claramente
revelado nas Escrituras Sagradas. Também não dirá a um adolescente adventista que não deve namorar
com uma pessoa que não seja adventista. Ele já disse isso. Já disse que um cristão não deve namorar com
um não cristão. Esperar que Deus repita o que já disse na Bíblia é tolice.)
– Dê um papel a cada um e peça que façam uma relação das sugestões dadas pela lição sobre como ouvir a voz de
Deus.
1. Ter paciência. Isto é, saber esperar.
2. Analisar pela Bíblia se a voz é de fato de Deus ou não.
3. Obedecer ao que Deus diz.
4. Para obedecer a Deus a pessoa não precisa de ser uma beata. Precisa de ser simplesmente
um cristão.
No verso do papel escrever: Como é que eu devo proceder quando um amigo está a passar por uma situação difícil e me procura para falar do seu problema.
1. Dar tempo para que fale.
2. Demonstrar interesse.
3. Prestar atenção ao que ele diz.
4. Ouvir tentando compreender o que está por detrás das palavras.
5.Concordar fazendo expressões que demonstrem que está a acompanhar as suas ideias.
6. Fazer perguntas para esclarecer o que ele diz.
7. Não interromper.
8. Não fazer sermões.
9. Guardar segredo.
31
Compare as duas situações - Deus como bom ouvinte dos seus problemas e você como bom ouvinte dos
problemas dos outros. Encontre semelhanças e diferenças.
– Com um aparelho telefónico nas mãos. Pode ser do tipo fixo ou telemóvel. Diga que o aparelho pode ser
usado como veículo de transmissão da vontade de alguém. Em que situações podemos ser o aparelho de
Deus? (Quando estivermos ligados a Ele. Um aparelho telefónico sem estar ligado a uma central não vale
nada. Da mesma forma ligados a Deus podemos ser facilmente usados por Ele.) Deus fala connosco e usa-nos para falar com outras pessoas. Um privilégio!
– Ponha um adolescente a ler uma mensagem a um colega. Assim que começar a ler, com o uso de tampas de panelas e outros objetos, faça bastante barulho. Muito ruído e o mais alto possível. Isso se não for
incomodar outras Unidades vizinhas. Seria algo bem rápido. Analise então como o barulho e o ruído da sociedade moderna nos atrapalham levando-nos a não ouvir o que as pessoas nos querem dizer. E também
impedindo que ouçamos a voz de Deus. (As respostas podem ser diversas, mas a música, a televisão e o
cinema poderão estar a bloquear a nossa mente fazendo ruídos que nos impeçam de ouvir Deus.)
– Se houver possibilidades, faça um telefone sem fio. Todos os alunos sentados um ao lado do outro. O
professor transmite uma mensagem no ouvido do primeiro. Esse passa ao ouvido do próximo e assim por
diante. No fim faz-se uma comparação da mensagem para ver se chegou ao fim como foi iniciada. Analisar
as razões das distorções ocorridas no caminho. Quantas distorções as mensagens de Deus poderão sofrer
no caminho? Como é isso possível? (Quando confiamos mais nos homens do que em Deus. Quando ficamos distraídos com outras coisas e não prestamos a devida atenção ao que Deus nos quer dizer, etc..)
Ajuda para o Dinamizador:
“Que dizer quanto aos livros mágicos? Que tendes estado a ler? De que maneira haveis empregado vosso
tempo? Tendes estado buscando estudar as Sagradas Escrituras, a fim de poderdes ouvir a voz de Deus a
vos falar por Sua Palavra? O mundo está inundado de livros que semeiam o ceticismo, a incredulidade, o
ateísmo e, em maior ou menor escala, tendes estado a aprender lições desses livros; e são livros de magia.
Expulsam a Deus do espírito, separando a alma do verdadeiro Pastor.” Ellen G. White, Mensagem aos Jovens, 276.
“No incidente ocorrido com Filipe e o etíope, é-nos apresentada a obra para que o Senhor chama o Seu
povo. O etíope representa uma numerosa Unidade que necessita de missionários como Filipe, missionários
que hão de ouvir a voz de Deus, e ir aonde Ele os envia. Há no mundo pessoas que leem as Escrituras, mas
não compreendem sua importância. Necessitam-se, pois, homens e mulheres que possuam o conhecimento de Deus para explicar a Palavra a essas almas.” Ellen G. White. Serviço Cristão, 142.
32
Empatia
O Lamento de uma Estudante
Lição 7
Verso Bíblico: “E tu, quando voltares para mim, encoraja os teus irmãos.” Lucas 22:32.
Resumo da Lição:
Uma pessoa que já experimentou o que alguém está a enfrentar, é capaz de compreender melhor. É por
isso que Jesus nos compreende bem. A solidão, a dor, o sofrimento, a miséria, a pobreza e todos os infortúnios da raça humana são-Lhe familiares. Ele viveu aqui. Embora nunca tenha pecado, fez-Se pecado para
vencer o pecado e salvar os pecadores. Pedro foi um exímio pastor das ovelhas de Deus pela empatia que
sentia por elas. Como pecador arrependido e perdoado, entendia a necessidade das pessoas e procurava
ajudá-las assim como ele mesmo tinha sido. Jesus, no entanto, é o nosso grande exemplo de empatia. Odiava o pecado, mas amava o pecador. Deus é misericordioso, benigno e compassivo. Trata a todos com muita
bondade e amor. Deveríamos agir para com os outros da mesma forma como gostaríamos de ser tratados.
Objetivos: O aluno deverá:
– Diferenciar simpatia de empatia estabelecendo o elemento distintivo entre elas.
– Descrever uma cena de empatia em ação vivida recentemente por si ou alguém conhecido.
– Identificar três situações na vida de Jesus na qual demonstrara empatia por algum necessitado.
Destaque a ideia:
– De que às vezes, Deus permite que algumas coisas aconteçam connosco para sermos capazes de compreender alguém em uma situação semelhante no futuro.
Materiais Necessários:
– Material para enfaixar os braços de uma pessoa (de tal forma que fique impossibilitado de usá-los).
– Cadeira com assento furado.
– Limão ou sal de cozinha.
– Casaco grande.
– Sapatos grandes.
– Material para amarrar as mãos e as pernas de algum aluno.
– Faixa para vedar os olhos.
– Duas chávenas de farinha de trigo.
– Uma tigela.
– Uma chávena (ou copo) com água.
– Duas colherzinhas de chá de fermento em pó.
Estudando a Lição:
1° Passo: Atividades de Abertura:
– No momento em que iniciar o estudo da lição, introduza na Unidade uma pessoa com os dois braços
totalmente enfaixados. As ligaduras devem ser de tal forma, que os dois braços estejam totalmente imobilizados. Pergunte: Como te sentes assim imobilizado? É bom ou é mau? Porquê? Em seguida, pergunte a
um dos seus alunos: Qual é o teu sentimento para com ele? (Provavelmente dirá: Estou com pena.) A outro
aluno: Que tipo de ajuda achas que ele precisa? (Que alguém lhe dê comida na boca; que o ajude a trocar
de roupa; tornar banho; ir à casa-de-banho, etc..) Tu ajudavas? Por quanto tempo serias capaz de fazer isso?
Davas-lhe todos os tipos de ajuda de que precisa ou só em algumas situações? Depois de falarem diga que
é muito fácil estudar sobre empatia (Sentimento de se colocar no lugar do outro para ajudá-lo nas suas
necessidades), difícil é pôr em prática. Deus quer que sejamos verdadeiramente empáticos.
Jesus foi o grande exemplo de empatia. Ele nunca pecou, mas viveu como homem pecador para que entendendo o sofrimento causado pelo pecado, pudesse salvar os pecadores.
33
2° Passo: Atividades de Aprendizagem Ativa:
– Providencie uma cadeira com o assento furado. Pode ser do tipo palhinha ou qualquer outra que revele
que o indivíduo nela sentado esteja muito desconfortável. Não deixe que os alunos percebam esse detalhe. Em determinado momento do estudo da lição mande um aluno sentar-se na cadeira. Converse com o
grupo perguntado: Olhando para esta pessoa aqui sentada, como é que a veem? (O ideal é que digam que
está numa situação confortável. De facto, essa deveria ser a aparência.) Se estivesse numa festa, gostarias
de estar no lugar dele? Porquê? Depois de um tempo, revele que a cadeira tem o assento furado. Que a
aparência de conforto, não tem nada de conforto. Estás com pena? Sentes empatia pelo seu estado? Na
maioria das vezes, ser empático não é algo agradável. Há desconforto, dificuldades, desafios. Mas quem já
viveu a situação, tende a ser mais empático e a tendência é agir para ajudar a pessoa sofredora.
– Dê um limão (ou um pouco de sal) a um aluno voluntário para que chupe o sumo (ou o sal) diante de
todos. Enquanto assim procede, analise: Compreendem a situação pela qual ele está a passar? (Sim. Todos
conhecemos o gosto azedo do limão ou o sabor do sal.) Porque reagimos da forma como reagimos diante
de alguém a chupar um limão? (Porque somos empáticos. Entendemos o que passa porque já passámos
por isso.) O que é que isso nos ensina sobre o que Jesus fez por nós? (Ele sabe o gosto amargo e azedo do
limão porque viveu entre nós e experimentou. Jesus tem misericórdia, benignidade, bondade, amor e, sobretudo empatia para com cada um de nós.) Se vivermos como Ele, sentiremos como Ele. Demonstraremos
como Ele. Teremos o mesmo sentimento que teve e tem às necessidades dos que sofrem.
– Vista um aluno com um casaco bem maior do que ele e um outro com sapatos também maiores do que
o seu pé. Pergunte como se sente em estar assim vestido? Bem? Mal? Ridículo? Imaginem que, ao entrarem num ambiente festivo, encontram um amigo assim vestido. Como se sentiriam? (Com pena.) De que
adianta ficar só com pena? (De nada. A pessoa continua vestida daquele jeito.) O que seria ser empático?
(Colocar-se no lugar da pessoa.) O que seria colocar-se no lugar dela? (Vestir o seu casaco. Calçar os seus
sapatos.) Mas isso é transferir um problema de um para o outro. Então o que fazer? (Arranjar maneira de
o ajudar a vestir-se de forma adequada.) Ser empático sem ação para mudar a situação de quem se tem
empatia, não resolve nada. Deixe bem claro que empatia sem ação não passa de simpatia e fica tudo da
mesma maneira. Não há mudança. Para completar esta atividade, mude o casaco para um de tamanho
normal bem como os sapatos.
– Amarre um aluno. As suas mãos para trás e, sobretudo, as suas pernas. O objetivo é dificultar a sua mobilização. Coloque-o num ponto estratégico da sala e peça que ande até chegar um determinado lugar. Será
difícil. Num determinado momento, solicite que alguém o ajude. Analise a diferença. Em qual das situações,
a coisa foi bem melhor? (Claro, na segunda. Quando o indivíduo recebeu a ajuda.) O que é que isso nos
ensina sobre o que uma pessoa empática pode fazer sobre alguém que precisa de ajuda? (Que apesar das
dificuldades, uma pessoa ajudada consegue fazer o que muitas vezes, não faria sozinha.)
– Uma experiência semelhante, com o mesmo objetivo, seria vendar os olhos de um aluno levando-o para
um lugar estratégico na sala. Girá-la para que perca o senso de direção. Peça que encontre a saída. Sem
auxílio, seria impossível. Auxilie-a e com facilidade encontrará a porta. Analisar o que sentimos, quando em
dificuldades, somos ajudados por alguma pessoa que se torna empática para connosco.
– Coloque duas chávenas de farinha de trigo numa tigela, duas colherzinhas de chá de fermento em pó
noutro recipiente e uma chávena (ou copo) de água. Observem que cada elemento está separado e, como
tal, manterão as suas características peculiares de trigo, de fermento e de água. Misture e observe que se
transforma em massa de bolo (se acrescentar outros ingredientes), pizza, etc. .. Analise: O que é que isso
ensina sobre as pessoas quando passam por dificuldades? (Elas sofrem sozinhas. Choram, lamentam-se e
desesperam). O que acontece quando você é empático e oferece ajuda? (A vida dessa pessoa muda para
melhor). E em termos de transformação? (Reestruturada, a pessoa transforma-se numa bênção para os
outros.)
– Jesus foi o nosso exemplo máximo de empatia. Descubra isso em Isaías 53. A expressão que aparece ali
é: ELE LEVOU. .. Levou o quê? (As nossas dores, as nossas enfermidades, etc..) Dê o desenho de uma cruz a
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cada um dos alunos. Podem ser fotocópias da que aparece abaixo. Peça que de dois em dois, pesquisem
Isaías 53, escrevendo na cruz o que Jesus levou sobre si. (Respostas: Enfermidades (doenças), dores, aflições,
transgressões, iniquidades, o nosso castigo, nossas pisaduras, etc..)
Pesquisa Bíblica:
Analisar o texto de Mateus 7:12: “Façam aos outros tudo que desejariam que eles vos fizessem. Aqui está o
essencial da lei do ensino dos profetas”, BBN, respondendo às seguintes perguntas: (1) O que é que Jesus está
a querer dizer com estas palavras? (2) Como é que eu poderia exemplificar esse princípio na minha vida?
4º Passo: Serviço:
Escrever um plano pessoal de ser mais empático ajudando amigos e colegas que estejam a precisar de ajuda. Não é fácil colocar em execução, mas há pessoas que têm um plano com Deus, de que, cada dia, alguém
em necessidade procurará a sua ajuda. Se tiveres fé suficiente, estabelece um plano semelhante para três
meses mais ou menos assim:“Senhor, põe no meu caminho, todos os dias dos próximos três meses, alguém
que esteja a necessitar de ajuda. Pela Tua graça, vou ajudar.”
Ajuda para o Dinamizador:
A lição dá a entender que seremos mais empáticos se tivermos experimentado o que a pessoa está a viver.
Esta é uma ideia interessante. Deus muitas vezes conduz a nossa vida de tal maneira que um dia possamos
usar a nossa experiência para entender, compreender e ajudar uma pessoa necessitada. O perigo é a ideia
de que para ser útil, preciso de experimentar de tudo. Para ajudar um dependente de drogas não preciso
usar drogas para o entender melhor. Portanto deixe claro que:
1.Não precisamos de errar para ajudar pessoas que erram.
2. Jesus nunca errou e esteve sempre disposto a ajudar.
3. O sentimento de empatia é natural numa pessoa que ama e serve Jesus.
4. Uma pessoa que errou e foi perdoada porque aceitou o perdão de Jesus tem maiores motivos para
entender e ajudar aqueles que necessitam de ajuda por causa dos erros cometidos.
5. Quem ama é empático. Quem é empático age. Amor sem ação não é amor.
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Serenidade
Paz Numa Cela de Prisão
Lição 8
Versículo Bíblico: “É a minha paz que vos deixo. É a minha paz que vos dou. Mas não a dou como a dá o mundo. Não se preocupem nem tenham medo.” João 14:27, BBN.
Resumo da Lição:
O conceito bíblico de serenidade é dado pela palavra Shalom, traduzida por paz. O cristão tem paz com
Deus, consigo mesmo e com as pessoas, mesmo envolvido em situações de guerra entre o bem e o mal.
Aceita pela fé o que não pode mudar e ao mesmo tempo promove mudanças sobre aquilo que tem controlo. Serenidade é uma prova do relacionamento com Deus. Jesus não perdeu a Sua paz, mesmo quando
sofria as mais cruéis torturas. Nesse mundo há muitas barreiras à nossa serenidade, mas a história do povo
de Deus está repleta de exemplos de pessoas que permaneceram firmes nas situações mais inimagináveis.
Há como criar uma atmosfera de serenidade colocando em prática, recursos como entender Deus, permanecer ligado a Ele e esquecer o passado. Jesus é soberano num reino de contradições. Uma das formas de
mantermos a serenidade é o envolvimento na satisfação das necessidades dos outros. O sentimento de
serenidade é, em última instância, o resultado natural de um relacionamento sólido com Deus.
Objetivos: O aluno deverá:
– Definir serenidade contrastando-a com o que seria o contrário de serenidade.
– Identificar três situações do quotidiano de um adolescente em que teria tudo para perder a sua tranquilidade ( serenidade).
– Descobrir como é possível ser sereno em meio a situações adversas.
– Descrever a importância do relacionamento constante com Deus para se ter poder, graça e forças nos
momentos difíceis e adversos da vida.
Destaque a ideia:
– De que devemos desenvolver um relacionamento seguro e estável com Deus em tempos de tranquilidade. Só assim teremos poder e forças, para enfrentarmos em paz, os momentos difíceis da vida.
Materiais Necessários:
– Decoração da Unidade: Bandeiras brancas e, se desejar, balões também de cor branca com promessas
bíblicas sobre paz, dentro deles.
– Pelo menos cinco aparelhos de cds.
– Frase para fixar na parede da sala.
– Andas.
– Planta de Cato.
– Buquê de rosas com galhos cheios de espinhos.
– Se conseguir encontrar, amoras silvestres ou fruta típica de arbustos ou árvores com espinhos.
– Pomba branca.
– Quilo de feijão (arroz ou milho de acordo com sua preferência).
– Gato.
– Música suave e música barulhenta.
– Jogo de dominó.
– Respetivas fotocópias.
Estudando a Lição:
1º Passo: Atividades de Abertura:
– Para começar a Escola Sabatina deste sábado, cantem o hino 237 do Hinário Adventista.“Junto ao Bondoso Deus”.
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– Pegue em vários toca cds. Tenha pelo menos cinco. Na abertura do estudo da lição, ponha a todos a tocar
ao mesmo tempo em uma altura de som razoável. As músicas, tocadas juntas, irão produzir uma confusão
de sons. Pergunte se conseguem identificar uma delas? (A resposta deveria ser não.) Porquê? (Porque elas
se misturam e ficam confusas.) Analisar a importância de serenidade e da paz. Faça com que percebam
que esta confusão de som é o contrário de paz. Muitas vezes, a vida psíquica e emocional de uma pessoa
parece-se com isso. A lição desta semana revela como é possível ter paz em meio a grandes dificuldades.
2° Passo: Atividades de Aprendizagem Ativa:
– Decore a Unidade com bandeiras brancas, símbolo da paz. Na parede ou sobre um quadro, tenha os seguintes dizeres em forma de uma equação matemática:
Relacionamento
Saudável com Deus
=
Confiança e Fé
em Deus
=
Serenidade
e Paz
Se quiser, tenha também balões brancos pendurados por toda a sala. Dentro de cada um deles, poderia colocar mensagens bíblicas de segurança em tempos difíceis. Textos que a lição apresenta. Em determinado
momento, permita que sejam rebentados e que cada um leia o texto que encontrou. Claro essa atividade
vai depender do ambiente que tem para estar com os adolescentes. Lembre-se sempre que essas atividades não são brincadeiras e que não devem atrapalhar as Unidades vizinhas.
– Providencie umas andas. Em algum momento do estudo da lição, para ensinar a necessidade de viver
uma vida equilibrada em Cristo, peça que um dos seus adolescentes ande sobre as andas. Dê oportunidade a outros e analise as dificuldades de se andar com andas sem se exercitar.. O que é que isso quer dizer
sobre a vida de relacionamento que devemos ter com Deus? (Se não desenvolvermos um relacionamento
com Ele em tempo de paz, não teremos poder e graça para enfrentar em paz, os momentos de adversidade.) Um jogador de futebol ou corredor de maratonas não entra numa competição sem estar fisicamente
preparado. Às vezes, o jogo vai para a prolongamento e o jogador necessita de condicionamento físico
para resistir “ao dia mau”. O mesmo acontece com um maratonista. Ele sabe que é capaz de correr 45km, por
exemplo, porque durante os meses anteriores, se envolveu num condicionamento físico capaz de fazê-lo
competir. Tem resistência de reserva. Ninguém sabe como estará o tempo no dia da competição, exigindo
forças extras. O que é que isso nos diz sobre o relacionamento com Deus? (É o dia a dia com Ele que nos
prepara para enfrentarmos os dias adversos que podem surgir sem esperarmos. Aliás, nunca esperamos
dias difíceis. Eles aparecem. Vêm sem ser encomendados.)
– Consiga uma planta de cato. Não necessita de ser grande. O ideal é que tenha flores. Observar como
sobrevive num ambiente tão hostil. Seco, pedregoso, etc.. Como um cristão pode passar por experiências
semelhantes? (Quando enfrenta dificuldades na vida. As lutas, os problemas e as adversidades podem ser
grandes desafios.) Necessita de perder a serenidade? (Não. Pode viver em paz, mesmo na adversidade.
Tudo dependerá de como se tem relacionado com Deus.)
– Pegue num buquê de rosas. Dê preferências às que tenham espinhos no caule. Se for possível, consiga
amoras silvestres ou outra fruta da sua região que se desenvolve no meio dos espinhos. Analisar os resultados apesar dos espinhos. (As rosas desenvolvem-se entre espinhos bem como as amoras silvestres. Um
cristão poderá produzir muitos frutos mesmo enfrentando dificuldades e desafios.) A serenidade é um
estado de espírito cultivado através do relacionamento com Deus.
– Tenha uma pomba branca presa numa gaiola. No fim da Unidade, leve os alunos para fora e solte-a. Analisar as diferenças entre estar na prisão e viver em liberdade. Como isso pode acontecer na vida de um filho
de Deus? Pode um cristão ser livre enquanto prisioneiro? (Pode. Tudo vai depender da sua mente e do seu
relacionamento com Deus.)
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– Despeje um quilo de feijão (pode ser arroz ou milho) sobre a mesa. Dê cinco minutos para que dois
adolescentes contem quantos grãos ali existem. Assim que começam a contar, a Unidade inteira começa a
contar também. Dizendo em voz alta números diversos. O objetivo é confundir a contagem deles. Analisar
a falta de paz no mundo em que vivemos, cheio de ruídos, de coisas que atrapalham a nossa concentração.
É possível viver em paz? (Sim. Pela concentração em Deus. Pelo Seu poder. Pela experiência de um relacionamento seguro e constante.)
– Existem muitas barreiras para a serenidade. São agressões externas que afetam a vida destruindo a paz.
Em momentos que menos se espera. Pegue num gato e aproxime da gaiola com o pombo. Observar a
reação da ave. Certamente ficará agitada. Ela não tem alternativa. Está encurralada. O que poderiam ser
barreiras que impediriam a nossa serenidade?
– Coloque uma música muito suave. Peça que escrevam os sentimentos que estão a ter. Depois mude para
uma música muito louca, agitada e barulhenta. Comparem os efeitos de uma e de outra sobre os sentimentos e as emoções. Analisem as diferenças. O que é que isso diria sobre o tipo de música que ouvimos?
(Dependendo da música teremos serenidade ou não.) E dos ruídos? Do barulho? Da gritaria? Da confusão?
(É para pensar! Às vezes não há como fugir, mas quando temos oportunidade e por opção preferimos viver
sob o efeito destrutivo dos ruídos?)
– Organize as peças de um dominó. Uma ao lado da outra. Derrube uma e todas cairão em efeito de cascata. Analisar o efeito da serenidade sobre a vida de uma pessoa. (É muito grande! A pessoa que permanece
serena diante de situações adversas, recebe grandes benefícios em termos de paz, segurança, saúde e
bem-estar. Também os que vivem ao seu redor serão beneficiados.) O oposto também seria verdadeiro?
(Claro. Se uma pessoa perde o equilíbrio emocional as pessoas com as quais convive serão afetadas.)
Pesquisa Bíblica:
Faça uma lista de personagens bíblicos que permaneceram serenos diante de situações adversas porque
mantinham um relacionamento constante com Deus.
AT
Personagem Situação
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NT
Personagem Situação
Resposta:
AT
Personagem Situação José
No sequestro. Na casa de
Potifar e na prisão. Nunca
deixou de ser fiel a Deus.
Ester Não perdeu a confiança em
Deus nem se abalou diante
das ameaças de morte.
NT Personagem Situação Jesus
Em nenhum momento perdeu a Sua
serenidade mesmo diante da tortura
Estevão
Morrendo apedrejado o seu rosto resplandecia com a glória da serenidade
que só tem quem tem Deus.
Daniel
Continuou a orar vezes por
dia mesmo sendo
ameaçado. Paulo e Silas
Prisioneiros na masmorra de Filipos,
cantavam com a paz que tinham de
Deus.
Os amigos
de Daniel
Não adoraram a estátua de
Nabucodonozor. Ficaram
firmes, mesmo sendo
ameaçados de morte.
Os
discípulos
Mais importa obedecer a Deus
do que aos homens.
3º Passo: Aplicação:
– Entregue uma fotocópia da tabela abaixo a cada um seus adolescentes para que realizem a atividade
através da qual saberão como aplicar os conceitos dessa lição na vida deles.
Escreva na tabela:
O que é que posso fazer para:
Entender mais a Deus? Permanecer na Sua
presença?
Esquecer o passado?
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4° Passo: Serviço:
– A serenidade é contagiante. Uma pessoa pacífica influência positivamente aqueles com quem convive.
Experimenta durante a próxima semana ser menos agressivo e mais compreensivo com os teus pais, irmãos e amigos. Observa a diferença. Sente como a vida se torna melhor vivendo dessa forma. Partilha o
resultado com os teus colegas na Escola Sabatina da próxima semana. Não te esqueças de conversar com
a tua família sobre as ideias aprendidas nesta lição. Será interessante!
Ajuda para o Dinamizador:
Estes textos de Ellen G. White sobre a serenidade na vida de um cristão são fantásticos. Use-os para apoiar
o estudo da lição.
“Os judeus apresentam contra Paulo as velhas acusações de sedição e heresias, e tanto judeus como romanos o denunciaram como tendo instigado o incêndio da cidade. Enquanto insistiam nessas acusações
contra ele, Paulo conservava uma inquebrantável serenidade. O povo e os juízes olhavam para ele com surpresa. Tinham presenciado muitos julgamentos, e olhado para muitos criminosos; mas nunca tinham visto
um homem apresentar um aspeto de tão santa calma como apresentava o prisioneiro perante eles. Os
olhos perspicazes dos juízes, acostumados a ler o rosto dos prisioneiros, pesquisavam em vão a fisionomia
de Paulo a fim de descobrirem alguma evidência de crime. Quando lhe foi permitido falar em sua própria
defesa, todos escutaram com ávido interesse.” AA, 494.
“A religião pura e imaculada não é um sentimento, mas a prática de obras de misericórdia e amor. Essa religião é necessária à saúde e à felicidade. Penetra no poluído templo da alma, expulsando, com um açoite,
o pecado intruso. Tomando o trono, tudo consagra pela sua presença, iluminando o coração com os brilhantes raios do Sol da Justiça. Abre as janelas da alma em direção ao Céu, dando entrada à luz do amor de
Deus. Com ela sobrevêm a serenidade e o domínio próprio. Aumenta a resistência física, mental e moral em
virtude da atmosfera do Céu, à medida que um vivo e ativo poder enche a alma. Cristo é formado em vós,
a esperança da glória.” BS, 38.
“O amor difundido por Cristo por todo o ser é um poder vitalizante. Todo órgão vital – o cérebro, o coração,
os nervos – esse amor toca, transmitindo cura. Por ele são despertadas para a atividade as mais altas energias do ser. Liberta a alma da culpa e da dor, da ansiedade e do cuidado que consomem as forças vitais.
Vêm com ele serenidade e compostura. Implanta na alma uma alegria que coisa alguma terrestre pode
destruir – a alegria no Espírito Santo – alegria que comunica saúde e vida.” CBV 115.
“A verdadeira religião leva o homem à harmonia com as leis de Deus – físicas, mentais e morais. Ensina o
domínio de si mesmo, a serenidade, a temperança. A religião enobrece o espírito, apura o gosto e santifica
o juízo. Faz a alma participante da pureza celestial. A fé no amor de Deus e em Sua providência que todas as
coisas dirige, alivia o fardo da ansiedade e cuidados. Enche o coração de alegria e contentamento, seja na
mais elevada condição ou na mais humilde. A religião tende, diretamente, a promover a saúde, a prolongar
a vida, e a aumentar a alegria que experimentamos em todas as suas bênçãos. Abre à alma uma fonte de
felicidade que nunca cessa. Oxalá todos os que não escolheram a Cristo pudessem compenetrar-se de que
Ele tem algo imensamente melhor para lhes oferecer do que aquilo que se acham eles a procurar para si.”
MM, 1995, 328.
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Fé
o Jogo da Apanhada e a Confiança
Lição 9
Versículo Bíblico: “A fé é a certeza de já se possuírem as coisas que se esperam e a garantia das coisas que se
não veem.” Hebreus 11:1.
Resumo da Lição:
Adão e Eva não confiaram em Deus com poderiam ter confiado. Preferiram acreditar nas palavras mentirosas de uma serpente que não conheciam e acabaram por se dar mal. No entanto, Deus tratou-os com
bondade dando-lhes a promessa de redenção. Na dor, aprenderam a ter fé n’Ele. Com a entrada do pecado,
o conhecimento de Deus passou a ser transmitido de forma oral. De pai para filho de geração a geração.
Noé aprendeu a confiar em Deus e foi salvo do dilúvio juntamente com a sua família. Eles creram na Palavra de Deus e fizeram-no pela fé. Quando saíram da arca, creram na promessa de que a terra nunca mais
seria destruída por um dilúvio. Não foi assim com seus descendentes. Construíram uma torre rebelando-se
contra o “Assim diz o Senhor”. Abraão foi fiel e isso foi-lhe imputado como justiça. No tempo de Eliseu, uma
viúva salvou os seus filhos porque creu na Palavra do profeta de Deus. Apesar de ter razões suficientes para
ter fé em Jesus, não foi esse o caso de Pedro. Ele negou o seu Mestre. Arrependido, viveu uma vida de total
dependência de Deus. Satanás tem feito uma propaganda negativa sobre Deus. Jesus, no entanto, veio
mostrar que podemos confiar no Senhor. Ele é confiável. Nunca falha. Cumpre as Suas promessas. Nunca
seremos dececionados.
Objetivos: O aluno deverá:
– Definir fé, com as próprias palavras e tendo Hebreus 11:1 como base.
– Identificar três razões pelas quais podemos confiar em Deus.
– Comparar a fé que temos no ser humano, nas suas invenções e obras, com a fé que podemos ter em Deus.
Destaque a ideia:
– De que somos capazes de confiar no homem, nas suas invenções e coisas absurdas que nos parecem
comuns, porque é que não confiamos em Deus?
Materiais Necessários:
– Receita médica.
– Caixas de remédios.
– Mapa rodoviário.
– Chicletes apimentados.
– Venda para os olhos.
– Pai com filho pequeno que tenha aprendido a andar recentemente.
– Garrafa de querosene.
– Vasinho com planta viva.
– Caixa ou recipiente transparente com sapo (vivo) ou um rato de laboratório.
Estudando a Lição:
1º Passo: Atividades de Abertura:
– Comece a lição fazendo o seguinte comentário: Vai-se ao médico. Depois do diagnóstico, ele passa uma
receita. Vai-se a uma farmácia e compra-se os remédios. (Mostre um saco com várias caixas de remédios.)
Chega-se a casa abre-se o saco. Examina-se. Vê-se a hora certa em que se deve tomar cada um deles. O antibiótico deve ser tomado a cada 8 horas. Pergunte: Toma o remédio? (Claro.) Porque? (Porque estou doente.
Paguei caro pela consulta e caro pelos medicamentos. Quero ficar bom.) Ótimo. Eu também faria o mesmo.
Agora diga-me uma coisa: Que garantia tem de que o medicamento que está a usar não é falsificado? (Nenhuma.) O que o leva a tomá-lo? (A fé. A confiança que tem no laboratório.) Tempos atrás houve uma onda
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de remédios falsificados. Uma senhora que tomava um anticoncecional acabou por ficar grávida. Descobriram que o remédio era falso. Como podia saber? Observem como temos fé?
– O teu pai para com o carro em um posto de gasolina. Dá a chave ao empregado e pede que encha o
tanque. Porque é que faz isso? (Porque confia.) E se ele colocar álcool em vez de gasolina? E se o produto
estiver adulterado? (Ele tem fé ... Ficará a saber mais tarde se estava ou não adulterado pelo trabalhar do
carro. Aí sim, perderá a confiança e provavelmente, nunca mais abastecerá nesse posto.) Perceberam como
há o elemento fé em tudo o que fazemos?
2° Passo: Atividades de Aprendizagem Ativa:
– Providencie um mapa rodoviário. Abra e pergunte: O que significa confiar nas orientações do mapa? (É
fazer o ele sugere.) Fazendo à sua maneira em vez de obedecer ao que o mapa sugere é confiar nele? (Não.
É tolice. Alguém já fez o percurso antes. Sabendo o que está a dizer sugere o caminho melhor e mais seguro.) O médico manda tomar 3 comprimidos por dia. Um a cada 8 horas. Se tomar 2 ou apenas 1 ou 5. Isso é
confiar no médico? (Não. A confiança leva o indivíduo a seguir as orientações do outro.) O que é que isso
nos ensina sobre fé? (De que a fé, embora sendo um conceito abstrato, se materializa através de atitudes
concretas.) E quando transferimos esse conceito para o nosso relacionamento com Deus? (Quando temos
fé n’Ele, fazemos o que Ele pede e diz.)
– Analise um convite de casamento. Poderá ser um que já se realizou ou um que ainda se realizará. Porque
que é que essa moça se casou ou se vai casar com esse rapaz? (Porque confia nele. Acredita nas suas palavras. Nas suas demonstrações de amor.) Perceberam o que é que é fé? (É ação. Atitudes. Se em determinado
momento, e isso não é incomum acontecer, determinada moça perde a confiança no rapaz, ou vice versa,
acaba o casamento.) Fé que não age não é fé.
– Escreva numa folha de papel situações do nosso quotidiano em que demonstramos que temos fé: (O
que podem escrever seria: Entrar no carro e crer que ele funciona; ligar uma extensão a uma tomada crendo que ela tem energia; Comer num restaurante e acreditar que a comida foi higienicamente preparada;
Sentar-se numa cadeira de cabeleireiro e crer de que o indivíduo é capaz de cortar o cabelo da maneira
que gostamos; Entrar num autocarro e dormir a noite inteira acreditando que o motorista nos levará onde
queremos de facto ir; Pegar num aparelho de telefone para telefonar porque cremos que ele tem linha
disponível; Ligar a TV esperando sintonizar determinado canal porque cremos que é possível sintonizá-lo, e assim por diante. São inúmeras as demonstrações de fé e credibilidade da nossa parte. Mais do que
imaginamos.) Então, porque é que não podemos entregar a nossa vida na direção de Deus? Ele que é o
soberano do Universo?
– Ninrode significa: “Ele se rebela.” Foi quem idealizou a Torre de BabeI. Um plano contrário à fé no Deus
que tinha dito que as águas do dilúvio nunca mais destruiriam a terra. Dê um tempo para que pensem e
escrevam uma torre moderna (não literal, mas figurada) que as pessoas que não creem em Deus fazem
atualmente. (As torres dos rebeldes modernos poderiam ser: Observância do domingo; culto à música rock;
grandes impérios empresariais; Conglomerados de lojas patrocinando o consumo, etc..) Trace agora um
paralelo com o que fazem os que têm fé e confiança em Deus. (Esses esperam no Senhor. Trabalham para
ter o necessário e uma sobra razoável e não para perderem a vida em busca de riqueza. Compram porque
necessitam e não para satisfazer a sede de consumo sem controlo. A música que ouvem é compatível com
sua fé. Obedecem a Deus. Ouvem a Sua voz. Andam nos Seus caminhos.)
– Compre pastilha elástica apimentada em casas que vendem objetos para mágicos. Em determinado momento do estudo da lição, dê uma a cada aluno. Alguns colocá-lo-ão logo na boca, e assim que sentirem o
ardor da pimenta, o cuspi-lo-ão. Pergunte: Porque colocaram a pastilha elástica na boca? (Porque acreditaram que era do boa.) Porque cuspiram? (Porque perceberam que não sabia bem. Perderam a fé. Rejeitaram.) A fé pode ser adquirida ou abandonada. Satanás tem feito propagandas enganosas acerca de Deus
para que as pessoas não confiem n’Ele. Jesus veio demonstrar que Deus é fiável. Ele nunca dá pastilhas
elásticas com pimenta. Nunca disfarça a verdade. O que é verdade é verdade e não tem conversa. Satanás
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não. Ele mascara. Tudo dele é disfarçado. O que ele de facto é, diz que Deus é. E há pessoas que acreditam
nele. Preferem rejeitar a Deus para acreditarem numa serpente mentirosa.
– Vende os olhos de um adolescente. Peça que fique em pé, com olhos vendados entre duas colegas, que
farão dele um sempre-em-pé, empurrando-o de um lado para o outro. Depois de algum tempo, analise
como se sentiu. Tinha de facto fé? Demonstrou em todos os momentos que confiava nas suas amigas? O
que é que isso ensina sobre como nos relacionamos com Deus? (Muitas vezes confiamos, desconfiando.
Ficamos com um pé atrás quando poderíamos entregar-nos totalmente. Ele é capaz de nos segurar. O que
promete cumpre.)
– Se achar conveniente, leve à Unidade um pai com um filho que aprendeu a andar recentemente. Demonstre o que é fé observando a criança ficar em pé e dirigir-se ao pai com os braços estendidos. Compare
connosco e Deus.
– Obtenha uma garrafa de querosene. Tire a querosene e depois de bem limpa encha a garrafa com água
de tal forma que possa parecer que ainda tem querosene. Com a garrafa sobre a mesa diga: Estás no deserto com muita sede. Encontras esta garrafa cheia de querosene. Ficas dececionado Nessa altura, aparece
alguém e diz: É água, bebe. O que é que fazes? (Provavelmente vais provar para saber se de facto é água.)
O que é que isso nos ensina sobre a nossa fé em Deus? (Deus dá-nos evidências sobre as quais a nossa fé
deve ser sustentada. Deus não quer que tenhamos uma fé cega, mas uma confiança inteligente e racional.)
Onde obtemos estas evidências? (Nas Escrituras Sagradas. É ali que Deus se revela de forma fantástica,
demonstrando-nos como age para que possamos basear a nossa fé em evidências. É claro que não conseguiremos entender tudo, mas o suficiente para acreditarmos que o líquido dentro da garrafa de querosene
é, de facto, água e não querosene. Experimentei e vi com meus próprios olhos. Provei e senti gosto de
água.) É o que Deus deseja de cada pessoa.
– Poderia ter em cirna da mesa um vasinho com uma planta viva. Do que é que essa planta precisa para se
desenvolver e sobreviver? (De luz do sol. De água. Dos nutrientes da terra). Necessita da interferência de
alguém? (Sim). Para quê? (para remover as ervas daninhas. Para afofar a terra, etc.. ). O que é que Deus faz
connosco? O que espera da nossa fé? (Que cresça. Que se desenvolva como esta planta).
– O que leva um agricultor a plantar sementes de soja? (Pode ser trigo, milho, etc..) A fé que tem na colheita.
Um coqueiro, por exemplo, leva mais ou menos cinco anos para produzir. O que leva alguém a plantá-lo?
(A certeza de que colherá cocos. A fé.) O que é que a fé pode fazer na vida de um adolescente cristão? O
que leva um adolescente a estudar? (A fé que tem de ser alguém com uma profissão.) Para que vamos à
igreja? Estudarmos a lição, a Bíblia e testemunharmos da nossa fé? (Para termos a nossa fé aprimorada e,
consequentemente, desenvolvida. É o que Deus de facto espera.)
– Esta não é uma atividade fácil, mas pode conseguir fazê-la. Providencie uma caixa transparente com um
sapo vivo dentro dela. Pode ser um rato de laboratório. Não mostre a ninguém o que está dentro da caixa.
Peça, como voluntária, uma garota. Vende-lhe os olhos. Agora mostre a todos o conteúdo da caixa. Provavelmente reagirão deixando a pessoa com os olhos vendados apavorada. Peça então que coloque a mão
dentro da caixa para descobrir o que existe ali dentro. As outras meninas ficarão apavoradas e tentarão
impedir. Analise: o que é que isso nos ensina sobre fé? (As pessoas podem fazer com que percamos a nossa
fé. Os amigos, por exemplo.) O descrédito é contagiante, portanto, muito perigoso.
3º Passo: Serviço:
– Se conseguir, selecione o trecho de algum filme sobre a morte de algum mártir do evangelho e passe-o na conclusão da lição mostrando o poder da fé na vida das pessoas que se entregam sem reservas, de
corpo e alma a Deus e ao Seu trabalho nesta terra. Pergunte: Serias capaz de fazer o mesmo? O que estás a
fazer hoje para enfrentar uma situação semelhante? Como é que podes servir a Deus onde vives? Peça que
escrevam essas ideias num papel. Conclua a Unidade orando pela decisão tomada.
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Ajuda para o Dinamizador:
Há grandes ideias nestes textos de Ellen G. White sobre a fé em Deus. Pensar sobre eles o ajudá-lo-á no
estudo da lição sobre fé.
“Na promoção de Sua obra, nem sempre o Senhor torna todas as coisas claras a Seus servos. Algumas vezes Ele prova a confiança de Seu povo deparando-lhes circunstâncias que o compelirão a prosseguir pela
fé. Não raro leva-os a lugares difíceis e apertados, e ordena que avancem quando seus pés parecem estar
tocando as águas do Jordão. É em tais ocasiões, quando as orações de Seus servos ascendem a Ele em fervente fé, que Deus abre o caminho diante deles e leva-os a um lugar espaçoso.” AA, 357.
“É um facto terrível, e que deve fazer tremer o coração dos pais, que em tantas escolas e colégios a que
se mandam os jovens, em busca de cultura e disciplina intelectual, dominam influências que deturpam o
caráter, desviam a mente dos verdadeiros objetivos da vida, e aviltam a moral. Mediante o contacto com
os irreligiosos, os amantes de prazeres e os corrompidos, muitíssimos jovens perdem a simplicidade e a
pureza, a fé em Deus e o espírito de sacrifício que pais cristãos incentivaram e conservaram mediante cuidadosas instruções e fervorosas preces.” CBV, 403.
“Nos dias mais sombrios, quando as aparências se mostram mais adversas, tende fé em Deus. Está cumprindo Sua vontade, fazendo todo o bem em auxílio de Seu povo. A força dos que O amam e servem será
renovada dia após dia.” Ibid., 482.
“Seja o que for que enfraqueça a fé em Deus, rouba a alma do poder de resistir à tentação. Remove a única
salvaguarda real contra o pecado.” CPPE, 378.
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Perdão
Branca Como a Neve
Lição 10
Versículo Bíblico: “Pedro aproximou-se então de Jesus e fez-lhe esta pergunta: “Senhor, quantas vezes devo
perdoar o meu irmão, se ele continuar a ofender-me? Até sete vezes?” Mateus 18:21.
Resumo da Lição:
O nosso bem-estar emocional, físico, espiritual e social às vezes, pode depender da nossa capacidade de
perdoar o imperdoável. Há várias razões pelas quais devemos perdoar, e uma delas são as nossas próprias
imperfeições. Também erramos e necessitamos de perdão. Sem perdão, é impossível manter relacionamentos saudáveis. A Bíblia apresenta um Deus disposto a perdoar. São inúmeros os exemplos de um Pai
misericordioso e bem disposto a esquecer os erros dos seus filhos. Este deveria ser o espírito a caracterizar
a nossa vida. Os que assim o fizerem serão mais felizes porque a paz que o perdão proporciona é indescritível. Na Bíblia, a palavra perdão traz consigo a ideia de reconciliação. Quando Deus nos perdoou, reatou
connosco o relacionamento rompido pelo pecado. Isso é tremendo, porém, real e necessário. Perdoar sem
esquecer não é perdoar. É claro que o esquecimento biológico é impossível. Fica lá. Registado na nossa
mente. O que Deus espera é um esquecimento espiritual resultado da decisão de esquecer.
Objetivos: O aluno deverá:
– Reconhecer que, como seres humanos, cometemos erros e que necessitamos de perdão; por isso, deveríamos ser pacientes e misericordiosos para com os que erram.
– Comparar o perdão divino com o perdão humano.
– Descobrir três razões pelas quais devemos perdoar.
– Identificar os passos a serem dados para um perdão real.
Destaque a ideia:
– De que o perdão é algo que não se merece. Necessita-se dele para restaurar o equilíbrio emocional, físico,
espiritual e social. Se o outro não merece, então perdoe por si mesmo. Você merece a paz e a alegria do
perdão.
Materiais Necessários:
– Folhas de papel para escrever.
– Lápis, borracha e corretor.
– Engrenagens ou pistões de motor de carro.
– Material para desenhar. Cartolinas e canetas de feltro.
– Recortes de jornais da semana. Só os títulos de artigos policiais.
– Pássaro selvagem preso numa gaiola.
– Tecido listado. Máquina de costura, agulha e linha para chulear.
– Bacia com água, detergente ou sabão e esponja.
– Panela suja para ser lavada diante dos alunos.
– Mãe - Entrevista filmada ou pessoalmente.
– Gravação de uma fita com alguém insultando alguém.
– Aparelho para reprodução de fita de vídeo e televisão.
– Graxa de sapatos e algodão embebido num produto para remover a graxa.
– Vaso com terra e plantinha para plantar no vaso.
Estudando a Lição:
1º Passo: Atividades de Abertura:
– Dê um papel, um lápis e uma borracha a cada adolescente da sua Unidade. No início do estudo da lição,
peça que escrevam no papel algo do interesse de cada um. Agora peça que
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apaguem o que escreveram. Pergunte então: O que é que essa experiência ensina sobre o perdão? (Que
o perdão funciona como uma borracha. Apaga o erro. Alguns, no entanto, poderão dizer que embora a
borracha tenha apagado, as marcas do erro permaneceram no papel. Se essa ideia vier à tona, diga que o
perdão não remove as consequências do pecado. Um assassino é perdoado pela família da vítima, mas o
morto não reviverá.) Se quiser ampliar no conceito, solicite que agora escrevam uma frase a caneta tentando apagá-la com o uso da borracha. Será mais difícil. Quase impossível. Provavelmente, o papel rasgar-se-á.
O que podemos aprender? (Que há casos mais difíceis de perdoar.) Há forma de apagar? (Sim. Usando corretor ou rasgando o papel.) O que é que isso nos ensina sobre o perdão de Deus? (Ele perdoa para sempre.
Apaga para sempre. Usa corretor ou rasga o papel. Deita fora. Nunca mais Se lembra. Quando Deus perdoa,
perdoa mesmo, de facto e de verdade.)
2° Passo: Atividades de Aprendizagem Ativa:
– Não será uma coisa fácil de conseguir, mas tente trazer para a Unidade algumas engrenagens, válvulas
ou pistões de um motor de carro. Talvez haja na igreja um irmão que seja mecânico e tenha esse material
à mão. Mostre de forma rápida como essas peças trabalham ajustadas entre si. Para que não haja desgaste, necessitam de lubrificante. Sem óleo, não há como funcionar. As peças travam. Pergunte: Transferindo
essa realidade para os relacionamentos humanos, o que podemos aprender? (O relacionamento entre as
pessoas é semelhante às engrenagens de uma máquina. Necessitam do lubrificante do perdão. Sem isso,
as peças chocam entre si e desgastam-se)..
Escreva ao lado algumas coisas que você sente que deve perdoar nessas pessoas O que devo perdoar?
O que farei para perdoar?
Meu Pai Minha Mãe Meu irmão Minha irmã Meu professor Meu amigo Pesquisa Bíblica:
De dois em dois, peça que pesquisem os textos abaixo desenhando numa cartolina, sem o uso de palavras,
uma cena que represente o que o texto quer dizer.
Provérbios 15:1
Mateus 5:43-46
Mateus 18:15
Romanos 12:21
Efésios 4:26
Depois dos desenhos prontos, analise o significado de cada um deles. Há muito a aprender com esse tipo
de atividade.
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– Selecionar recortes da secção policial, de alguns jornais da semana. Não o texto da reportagem, mas frases de destaque. Não gaste tempo a ler porcarias. Pergunte: É possível perdoar casos como estes? Como?
(Só pela graça de Deus.) Deus perdoa uma pessoa que tenha feito algo tão mau? (Sim. Se a pessoa se arrepender, Deus perdoa.)
– Tenha uma gaiola com um pássaro. Tem que ser um pássaro selvagem. Não nascido em cativeiro. Analisar
as dificuldades da vida, os seus desafios e obstáculos como sendo uma prisão. Pergunte: como pode uma
pessoa ser prisioneira das suas mágoas? (Guardando a sua ira e o seu rancor, sem perdoar os que deveriam
ser perdoados.) Em determinado momento da análise, solte o pássaro e converse sobre a
alegria da liberdade, comparando com a paz que encontramos ao perdoarmos como Jesus perdoa.
– Pegue num pedaço de tecido listado. Corte-o em duas partes mesmo em cima da linha de uma das listas.
O que é que essa atitude nos ensina sobre o erro? (Quando erramos, separamo-nos. Os pecados e erros
rompem relacionamentos). Com o auxílio de uma máquina de costura, una outra vez as duas partes. O que
é que o perdão faz? (Reconcilia. Une um relacionamento rompido.) Só que às vezes, o perdão é superficial.
Usando outros dois pedaços de tecidos, faça a união chuleando as duas partes manualmente. Analise a diferença das duas costuras. A feita pela máquina e a que acaba de ser feita à mão. Como é que isso se aplica
ao perdão? (Quando não ocorre um perdão verdadeiro, não há reconciliação de facto e de verdade. Ele é
superficial, aparente, frágil como a união desses tecidos chuleados juntos. Aparentemente unidos, porém,
de forma muito delicada. Excessivamente vulnerável. Não se dá o mesmo com os tecidos costurados à máquina.) Perdão verdadeiro restaura relacionamentos.
– Com o auxílio de uma bacia com água, lave uma panela suja, muito suja, diante dos alunos. Use detergente, esponja e água. Enquanto lava, pergunte: O que é perdão? (A resposta poderia ser: Purificação. Limpeza.
Regeneração.) Quantas vezes lavamos uma panela suja? Setenta vezes sete? (Cada vez que a usamos. Independentemente das vezes.)
– Leve para a Unidade uma cena gravada em casa, de alguém dizendo: “Seu parvo ... Não gosto de ti ... Poderias morrer ...” Volte a reproduzir a cena pelo menos umas cinco vezes. Pergunte: Porventura não é assim
que uma pessoa magoada faz? (Sim. Ela revê a cena muitas vezes. Quanto mais revive, mais magoada e
aborrecida fica.) O que deveria fazer? (Perdoar. Esquecer.) Como? (Como o que fazemos com um vídeo.
Apagando o que está gravado.) Apague a gravação. É exatamente isso que uma pessoa precisa para ser
feliz. Esquecer o passado. Perdoar de facto e de verdade. É a melhor coisa que alguém pode fazer por si
mesmo.
– Tenha uma garrafa de água suja. Ofereça para que bebam. Evidentemente ninguém aceitará. O que é que
isso ensina sobre o pecado? Os erros e as culpas? (São intragáveis. Difíceis de engolir.) O que precisamos de
fazer com esse tipo de coisas? Deitar fora. Limpar a garrafa e começar uma nova vida. Uma nova experiência.) O perdão é, na maioria das vezes, a única forma de recomeçar um relacionamento estragado
pelo erro. Não há nada melhor do que fazer isso para se viver em paz.
– Desenhe os degraus de uma escada ou fotocopie a que aparece abaixo dando uma cópia a cada aluno.
Peça que escrevam em cada degrau os estágios pelos quais uma pessoa passa pelo processo do perdão.
De baixo para cima seria: (1) Reconhecer a raiva, a culpa e o desapontamento. Dizer para si mesmo que
está com raiva; (2) Expressar a mágoa, a tristeza e o desapontamento. Dizer aos outros; (3) Admitir os seus
medos, inseguranças e feridas emocionais; (4) Expressar arrependimento e responsabilidade pela parte
que teve no problema; (5) Declarar os seus desejos e intenções. Sugerir soluções; (6) Declarar o seu amor,
perdão e apreciação.
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– Se tiver adolescentes que tenham uma máquina de filmar, encarregue-os de fazer uma entrevista com
uma mãe. Devem perguntar se quando o seu filho nasceu sofreu muito? (Deixe que conte em poucas
palavras o sofrimento experimentado.) Em seguida, perguntem se hoje, com o bebé, ela se lembra do sofrimento. (Dirá que não. Embora tenha vívida na sua mente, a lembrança, não a afeta porque a presença do
filho traz-lhe grandes alegrias.) Se não for possível fazer a filmagem, faça a entrevista ao vivo. Pergunte o
que isso ensina sobre o tipo de perdão que devemos dar. (Um perdão completo implica em esquecimento
completo. Claro que o esquecimento não será biológico, mas não afetará a vida presente da pessoa. Como
uma mãe não fica a lembrar-se das dores que teve no parto.) Já pensaram o que seria para um filho se a
sua mãe lhe dissesse, cada dia: Quando nasceste, eu sofri muito. Tive muitas dores. És o culpado pela cirurgia que fui obrigada a fazer. As deformações físicas do meu corpo foram por tua culpa. (Que desastre! Que
tristeza! Que traumas!) Porventura não é assim que muitas vezes fazemos com aqueles que erram?
3° Passo: Aplicação:
– Suje a mão de um dos alunos com graxa de sapatos. Quando erramos, manchamos a vida de alguém ou a
nossa vida. O que fazer? (A única alternativa é fazer a remoção da mancha. Limpar o sujo.) Com o auxílio de
um algodão embebido num produto próprio, remova o sujo. O que fazer com o algodão sujo? Deitar fora.)
Olhem o que Deus faz. (Pegue no algodão e enterre-o na terra de um vaso e plante a muda de uma planta
por cima.) É exatamente isso que Deus faz quando erramos e pedimos o seu perdão. Ele perdoa mesmo.
Necessitamos de aprender com Ele a ter o mesmo espírito para com aqueles que erram. Podemos viver em
paz. Podemos receber o perdão de Deus e perdoar aqueles que
erram contra nós. O perdão é um dom, uma dádiva e um grande presente de Deus para cada um de nós.
4º Passo: Serviço:
– Escreve a decisão de perdoar mais àqueles que erram contra ti. Isso seria válido para qualquer pessoa.
Quer sejam os teus pais, irmãos, amigos ou colegas. Como Deus perdoa, que também tu tenhas o mesmo
espírito. É a melhor coisa que podemos fazer. Partilha a tua decisão com pessoas que amas.
Ajuda para o Dinamizador:
Há grandes ideias nestes textos de Ellen G. White sobre o perdão. Pensar sobre eles ajudá-lo-á no estudo
da lição sobre o perdão.
“As condições para se alcançar misericórdia de Deus são simples e razoáveis. O Senhor não requer que
façamos alguma coisa penosa para alcançarmos perdão. Não precisamos fazer longas e exaustivas peregri48
nações ou praticar dolorosas penitências para encomendar a nossa alma ao Deus do Céu ou expiar nossa
transgressão. Aquele que “confessa e deixa” os seus pecados ‘alcançará misericórdia.’” Prov. 28:13, AA, 552.
“Haveis errado? Não permitais que isso vos desanime. O Senhor pode permitir-vos cometer pequenos erros para vos livrar de cometerdes erros maiores. Ide a Jesus, pedi-Lhe perdão, e então crede que Ele o faz.”
BS, 152.
“Tal amor é incomparável. Filhos do celeste Rei! Preciosa promessa! Tema para a mais profunda meditação!
O inigualável amor de Deus por um mundo que O não amou! Este pensamento exerce um poder subjugante sobre a alma e leva cativo o entendimento à vontade de Deus. Quanto mais estudarmos o caráter
divino à luz que vem da cruz, tanto mais veremos a misericórdia, a ternura e o perdão aliados à equidade e
à justiça, e tanto mais claro discerniremos as inumeráveis provas de um amor que é infinito, e de uma terna
compaixão que sobrepuja o amor anelante de uma mãe para com o filho extraviado.” CC, 15.
“Exatamente aqui está o ponto em que muitos erram, sendo por isso privados de receber o auxílio que
Cristo lhes desejava conceder. Pensam que não podem chegar a Cristo sem primeiro arrepender-se e que
é o arrependimento que os prepara para o perdão dos seus pecados. É certo que o arrependimento precede o perdão dos pecados, pois unicamente o coração quebrantado e contrito é que sente a necessidade
de um Salvador. Mas terá o pecador de esperar até que se tenha arrependido, antes de poder ir a Jesus?
Deve fazer-se do arrependimento um obstáculo entre o pecador e o Salvador? A Bíblia não ensina que o
pecador tenha de se arrepender antes de poder aceitar o convite de Cristo: ‘Vinde a mim, todos os que
estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.’ Mat. 11:78. É a virtude que emana de Cristo, que conduz ao
genuíno arrependimento. Pedro elucidou este ponto na sua declaração aos israelitas, dizendo:‘Deus, com a
sua destra, o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados.’ Atos
5:31. Assim como não podemos alcançar perdão sem Cristo, também não podemos arrepender-nos sem
que o Espírito de Cristo nos desperte a consciência.” CC, 26.
“As condições para obter misericórdia de Deus são simples, justas e razoáveis. O Senhor não requer de
nós atos penosos a fim de que alcancemos o perdão dos pecados. Não precisamos empreender longas e
cansativas peregrinações, nem praticar duras penitências a fim de recomendar nossa alma ao Deus do Céu
ou expiar nossas transgressões; mas o que confessa os seus pecados e os deixa, alcançará misericórdia.
Diz o apóstolo: ‘Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis.’ Tia. 5:16.
Confessai vossos pecados a Deus, que é o único que os pode perdoar, e vossas faltas uns aos outros. Se
ofendestes a vosso amigo ou vizinho, deveis reconhecer vossa culpa, e é seu dever perdoar-vos plenamente. Deveis buscar então o perdão de Deus, porque o irmão a quem feristes é propriedade de Deus e, ofendendo-o, pecastes contra seu Criador e Redentor. O caso será levado perante o único Mediador verdadeiro,
nosso grande Sumo Sacerdote, que ‘como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado’, e que Se compadece
‘das nossas fraquezas’ (Heb. 4:15), sendo apto para purificar-nos de toda mancha de iniquidade.” Ibid., 37.
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Consciência
Parceiros com o Espírito
Lição 11
Versículo Bíblico: “Quando vier o Espírito de verdade, vai guiar-vos por toda a verdade.” João 16:13, BBN.
Resumo da Lição:
– A consciência é a voz interior que nos alerta que alguma ação ou atitude é errada. O autor da lição declara que, o que chamamos de consciência, é o Espírito Santo incentivando-nos a fazer o que é correto. Seja
como for, sem a atuação do Espírito Santo, nenhum ser humano poderia ser cristão. É Ele que convence
do pecado, da justiça e do juízo. Ele é uma pessoa com o qual nos podemos relacionar como um amigo.
Sempre esteve ativo na vida dos profetas e lideres da nação israelita. E ainda hoje atua poderosamente.
Devemos ser usados por Ele. Limitamos a Sua atuação quando queremos controlar a nossa vida. Devemos
deixá-la nas Suas boas mãos. JESUS permitia que o Espírito Santo O guiasse diariamente. Foi assim que teve
condições de estar no lugar certo no momento certo. O Espírito Santo falará sempre de acordo com a Bíblia
levando a pessoa a Jesus e não a Si mesmo. Ele encorajará sempre e incentivará à prática do bem. Quando
permitirmos que Ele guie a nossa vida,
encontraremos paz e felicidade.
Objetivos: O aluno deverá:
– Mencionar três características pessoais que o Espírito Santo tem que demonstram ser Ele uma pessoa.
– Identificar dois testes para saber quando é que o Espírito Santo está a orientar.
– Listar três vantagens de permitir que o Espírito Santo guie a nossa vida.
Destaque a ideia:
– De que o Espírito Santo é uma Pessoa assim como Deus o Pai e Jesus também o são. Se permitirmos, Ele
guiará a nossa vida.
Materiais Necessários:
– Ventilador.
– Tiras de papel.
– Ponteiro de luz laser.
– Rádio.
– Bússola.
– Campainha residencial sem fio.
– Fotografias de navio no mar, trem e carros em autoestradas para decorar a Unidade.
Estudando a Lição:
Decore a Unidade com fotografias de navios em alto mar, de carros em auto estradas e de locomotivas
(comboio). Será útil para ilustrar algumas coisas.
1º Passo: Atividades de Abertura:
– Com o auxílio de um ventilador mais ou menos distante, faça com que, ligado, o vento produzido por
ele agite algumas tiras de papel. No início do estudo da lição, pergunte: Conseguem ver o vento? (Não.) O
que é que veem? (As tiras de papel a balançar.) Conseguiriam sentir o vento? (Sim.) Se não pudessem ver
o efeito do vento nos papéis a balançar significaria que o vento não existe? (Não.) O que é que isso ensina
sobre o Espírito Santo? (De que Ele é Deus tanto quanto o Pai e o Filho.
É uma pessoa com personalidade distinta. Não O vemos. Só percebemos o efeito do Seu trabalho atuando
na conversão das pessoas. Portanto, porque não O vemos, não significa que não existe.)
2º Passo: Atividades de Aprendizagem Ativa:
– Pegue num ponteiro de luz laser e projete a luz na parede da sala. Pergunte: Está ligada? (Sim.) Como
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sabem? (Porque vemos a luz na parede.) Conseguem ver o feixe de luz? O trajeto que ele faz? (Não.) Porque não se vê, significa que não exista? (Claro que não. Pode ver-se o resultado final na parede.) Da mesma
forma é com o Espírito Santo. Como Deus, têm-se relevado como um vento, uma força, um poder? Não
podemos Vê-l´O, mas somos capazes de identificar as Suas ações nas vidas transformadas pelo Seu poder.
– Com um rádio sobre a mesa (prefira um grande a um pequeno), sintonize uma frequência qualquer. Não
vemos as ondas. Nem tão-pouco as sentimos. Mas elas estão aí. Basta termos condições técnicas e fazermos a sintonia correta. Ora, se isso ocorre no mundo físico, quanto mais no mundo espiritual?
– Pode usar o rádio da forma que quiser. Porém, se desejar sintonizar determinada estação, terá de se
submeter à frequência emitida pela emissora. Qualquer coisa diferente disso, não receberá a informação
desejada. Pergunto: É diferente com o Espírito Santo? (Evidentemente que não. Dependemos d’Ele e precisamos de estar sempre em sintonia para que fale connosco, guie e conduza a nossa vida.)
Pesquisa Bíblica:
Analisar o texto de Isaías 11:2 – “Repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do SENHOR”. Esse
texto é uma profecia messiânica, mas podemos ver nele uma promessa de Deus para nossa vida também.
Qual é o significado dessas palavras? O que é que elas nos querem dizer da atuação do Espírito Santo na
nossa vida? O que é que o Espírito Santo pode fazer em
nós?
Sabedoria
Entendimento
Conselho
Fortaleza
Conhecimento
Temor do Senhor
– Com uma bússola nas mãos pergunte o que ela representaria na vida de um cristão? (A Bíblia – A Palavra
de Deus. “Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra e luz para o meu caminho” – Sal. 119:105). Para que
serve uma bússola? (Para orientar. Para guiar uma pessoa perdida na mata, por exemplo. Os navios em
alto-mar e os aviões orientam-se pela bússola. Se dependessem do sentido de orientação do ser humano,
andariam em círculo. Um homem perdido numa mata fechada, sem uma bússola, faz o mesmo. Caminha
sem sair do lugar.) Que força atua sobre a agulha magnetizada de uma bússola? (Uma força magnética
fazendo com que a agulha aponte sempre para o norte.) Vemos essa força? (Não.) Sentimos essa força?
(Também não.) Então ela não existe? (Não. Ela existe a despeito de não a vermos.) Quem é que essa força
poderia representar? (O Espírito Santo. A Bússola é a Bíblia, mas o Espírito Santo é a Pessoa que através do
Seu poder guia a vida de quem quer ser guiado.) Quais são as duas alternativas que tem uma pessoa que
precisa de uma bússola? (Guiar-se ou não por ela. Seguir ou não as suas orientações.)
– Veja as possibilidades de ter na sala uma campainha residencial sem fio. Aquelas usadas para chamar a
atenção de alguém que esteja dentro de casa. Mostre como funciona. O que é que isso poderia ensinar
sobre o Espírito Santo e a Sua atuação na nossa consciência? (Ele desperta as nossas sensibilidades espirituais através da nossa consciência, dizendo-nos o que é errado para que optemos pelo que é correto.) Qual
deveria, então, ser a nossa melhor escolha? (Ouvir a Sua voz. Seguir as Suas orientações.)
3° Passo: Aplicação:
- Como um carro depende das estradas, um comboio dos trilhos sobre os quais anda e os navios da água,
nós dependemos do Espírito Santo para nos guiar, ensinar e instruir no caminho em que devemos seguir.
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Qual deveria ser a nossa decisão senão submeter a vida ao controlo do Espírito?
4° Passo: Serviço:
– O maior serviço que um adolescente pode fazer em termos do que foi estudado nesta lição é deixar-se
usar pelo Espírito Santo para que, usado por Ele, possa abençoar a vida de alguém. Quem sabe, de um
membro da família, um amigo ou um colega de atividades sociais.
Ajuda para o Dinamizador:
Ajuda para o Dinamizador:
– Em Ezequiel 8:1-3 – “No sexto ano, no sexto mês, aos cinco dias do mês, estando eu sentado em minha
casa, e os anciãos de Judá, assentados diante de mim, sucedeu que ali a mão do SENHOR Deus caiu sobre
mim. Olhei, e eis uma figura como de fogo; desde os seus lombos e daí para baixo, era fogo e, dos seus
lombos para cima, como o resplendor de metal brilhante. Estendeu ela dali uma semelhança de mão e me
tomou pelos cachos da cabeça; o Espírito me levantou entre a terra e o céu e me levou a Jerusalém em
visões de Deus, até à entrada da porta do pátio de dentro, que olha para o norte, onde estava colocada a
imagem dos ciúmes, que provoca o ciúme de Deus”. Temos claramente nesses versículos a revelação de
características físicas da pessoa do Espírito Santo. (1) Figura como de fogo; (2) Com lombos (costas); (3)
Com algo parecido com uma mão. Isso é fantástico’ O Espírito Santo não é uma mera força, um mero poder,
pensamento ou coisa parecida. Ele é uma PESSOA. Ele é DEUS.
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Sentimentos entre Amigos
Só para Nós!
Lição 12
Verso Bíblico: “Não tenham medo ... porque o Senhor, vosso Deus, vai convosco e não vos deixará nem vos
abandonará.” Deuteronómio 31:6, BBN.
Resumo da Lição:
Sentir-se aceite e pertencer a um grupo é uma das necessidades básicas do ser humano. Pessoas inseguras
procuram desesperadamente fazer parte de determinados grupos, chegando para isso, a fazer concessões
perigosas. O cristão age de forma diferente. A inveja e a cobiça tornam uma pessoa infeliz. Deus não quer
que os Seus filhos vivam assim. Propõe o altruísmo, a simpatia, o amor e os relacionamentos saudáveis. A
timidez e o medo assombram muitas pessoas e a mensagem de Deus é: “Não temam, confiem em Mim.”
Quando todos os amigos falham, Deus está presente. Quando descobrimos que somos capazes de fazer
algumas coisas, Ele é capaz de nos dar forças para suportar situações constrangedoras em público. Um
amigo deve ser uma pessoa em quem confiamos. Sem este elemento não há relacionamento saudável.
Há pessoas egoístas que querem ter amigos, mas não querem ser amigos de ninguém. Cultivar amizades
é algo saudável. Devemos agradecer a Deus pelos amigos que temos. É uma bênção. De todos os amigos,
Jesus é o melhor porque nunca falha.
Objetivos: O aluno deverá:
– fazer uma lista das características que a lição apresenta de um relacionamento entre amigos verdadeiros.
– Identificar inimigos de uma verdadeira amizade.
– Destacar três características de Jesus que O tornam um grande amigo.
Destaque a ideia:
– De que como vivemos em sociedade, não há forma de não nos relacionarmos com pessoas. Dentre elas,
podemos ter amigos que nos auxiliam a viver melhor. Só que é uma estrada de dois sentidos. O processo é
dar para receber. Sendo amigo, é que teremos amigos.
Materiais Necessários:
– Encenação – Mãe e dois filhos. Mesa, cadeiras e duas taças com sobremesa.
– Vários tipos de canetas. De tamanhos e formas diferentes.
– Gelado e secador de cabelos.
– Mala de viagem sem alça.
– Tijolos e pedras para usar dentro da mala.
– Nota de 50 euros e uma de 5 euros.
– Lixo.
– 1 frasco com perfume malcheiroso (muito forte) e 1 com perfume bom.
– Saco de carvão vegetal.
– Lâmpadas no casquilho, ligado a uma tomada.
– Travessa de vidro com água.
– Sal de cozinha.
– Jarra com água.
– Um copo de açúcar.
– Uma pilha de tijolos. (Claro, não precisa de ser grande.)
– Cola e pedaços de papel.
– Livro.
– Ingredientes para fazer um bolo.
– Uma t-shirt limpa, bem passada e dobrada e outra suja, toda amarrotada e mal cheirosa.
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Estudando a Lição:
1º Passo: Atividades de Abertura:
– Comece o estudo da lição com uma rápida encenação. Uma mesa, a mãe e dois filhos juvenis. Os filhos
estão sentados e a mãe em pé. Sobre a mesa, duas grandes taças com sobremesas diferentes.
Mãe: (Dirigindo-se a um dos filhos) Escolhe.
Filho 1: Não! eu quero que ele escolha primeiro.
Mãe: Gostei do teu altruísmo. Parabéns. Então qual dos dois queres?
Filho 2: Eu quero que ele escolha primeiro.
Filho 1: Não. Escolhe tu primeiro.
Mãe: Não vos estou a entender. O que é que está a acontecer?
Filho 1: É que eu quero aquele que ele escolher ...
Filho 2: Eu também ...
Congela a imagem ...
Esta cena é mais comum do que imaginamos. O que é que ela nos ensina? (O egoísmo do ser humano. O
espírito de discórdia, de conflito. De quebra de relacionamentos.) O que pensam do querer o que é dos
outros? Porque não escolher eu mesmo. Sem me preocupar com as escolhas e preferências dos outros?
(Observar que os irmãos poderiam ser felizes, mas não o eram porque cada um estava preocupado não
consigo mesmo, mas com o outro.) Analisar como o interesse pelo que o outro tem poder de destruir grandes relacionamentos deixando a vida infeliz. (A pessoa que age assim, perde o interesse pelo que possui.
Os bens que tem perdem o valor e ela fica amargurada e totalmente infeliz.)
2° Passo: Atividades de Aprendizagem Ativa:
– Coloque sobre mesa vários tipos de canetas. As mais variadas possíveis em termos de formato, tamanho,
cor, das mais sofisticadas que conseguir encontrar, até às mais simples. Peça que observem as canetas. Que
falem um pouco das diferenças, da versatilidade de cada uma delas, etc.. Em seguida analise: O que é que
isso quer dizer sobre nós, como indivíduos? (Somos diferentes uns dos outros, mas cada um com a sua
utilidade.) Pergunte: Que inveja poderia ter esta caneta simples desta sofisticada? (Da beleza. Do perfil. Do
tamanho. Das mãos ricas que a usam, etc..) Vamos usá-las para ver se há diferenças entre elas? (Dê então as
canetas a dois alunos. A caneta simples vai escrever a sofisticada não. Está sem tinta.) Perceberam? (A inveja
que sentimos está fundamentada em premissas falsas. Nas aparências. Nem tudo o que luz é ouro. Muitas
vezes, temos inveja de alguém, até descobrirmos a vida dura que leva e as dificuldades e problemas que
enfrenta.) Já sentiste inveja de um amigo? De quê? (Deixe que falem sobre aquilo de que sentiram inveja.
Dos ténis? Do telemóvel novo? Etc..) Analisem se este sentimento aumentou ou diminuiu a amizade entre
eles. Se foi benéfico ou prejudicial.
– Examinem os dedos das mãos. Quando estão todos completos, temos 5 dedos em cada mão. São diferentes, mas cada um deles tem uma função específica. Um ajuda o outro. Um dedo não pode desprezar o
outro. Eles precisam de trabalhar em equipa. O que é que isso nos diz sobre um grupo de amigos? (De que
cada um deve explorar os pontos fortes do outro. Os fracos devem ser auxiliados pelos fortes. Assim eles
deixarão de ser fracos e os fortes sentir-se-ão bem pelo espírito de desprendimento.)
– Pegue num gelado e num secador de cabelo. Ligue o secador no quente e direcione o vento sobre o gelado que derreterá rapidamente. Analise o efeito do egoísmo, da inveja, do orgulho, da crítica, etc. sobre as
amizades. (Não há amizade que resista o efeito destrutivo desses sentimentos maus que algumas pessoas
têm.)
– Providencie uma mala sem alça. Encha de tijolos e pedras para que fique muito pesada. Peça a um adolescente que tente carregá-la. Analise o fardo que alguns amigos podem ser para nós ou nós para eles.
Abrir a mala e retirar o que pesa. O que é que isso pode representar em termos de uma amizade? Do relacionamento com as pessoas? (Muitas vezes temos de renunciar a gostos e preferências. Temos que mudar.
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Com muita frequência as pessoas querem que os outros mudem, quando são elas que precisam de mudar.
Retirar da nossa vida o que pesa na vida dos outros ... Deus pode nos ajudar a fazer isso. Uma pessoa chata,
irritadiça, por exemplo, ninguém aguenta.)
– Mostre uma nota de cinquenta euros. Dobre, amarrote bem (sem rasgar). Faça um bolinho de papel
amassado e deite no lixo. (Cuidado com o uso do dinheiro. A nota não nos pertence. O que estou a sugerir
é apenas uma ilustração para educar.) Pergunte: Se eu te desse oportunidade, irias ao lixo buscar essa nota?
(Tenho a certeza que todos diriam que sim). Porquê? (porque ela tem um valor simbólico.) E as pessoas?
(Elas também têm valor pelo que representam como seres humanos.) Perceberam que, às vezes, fazemos
assim com os nossos amigos? (Magoamo-los, tratamo-los mal e até chegamos a deitá-los no lixo. Isso é
muito comum em adolescentes. Atira-se fora um grande amigo, como se tivesse pouco valor.) Se desejar,
pode comparar com uma nota de cinco euros. Atira-se fora uma de cinquenta por uma de cinco, significando a troca de um amigo valioso por um de pouco valor.
– Tente conseguir um frasco de perfume mal-cheiroso, horrível mesmo. Provavelmente encontrará em lojas
que vendem produtos para mágicas e brincadeiras. Tenha um outro frasco com perfume de verdade. Permita que sintam o cheiro de um e do outro. Analise: Que tipo de amigo estamos a ser? Um perfume para
aqueles com quem nos relacionamos? Ou um “fedor”? É para pensar. Paulo um dia falou de algo muito
interessante. Em II Coríntios 2:15 ele diz:“Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto
nos que são salvos como nos que se perdem.” (Um perfume torna o ambiente agradável. Os relacionamentos solidificam-se quando as pessoas são agradáveis e manifestam boa disposição de serem de facto e de
verdade amigas. Mas eles deterioram-se quando o indivíduo exala mau cheiro em vez de perfume.) Leve-os a pensaram seriamente nisso.
– Pode ser que dependendo do ambiente em que está, seja difícil fazer esta atividade. Mas se for possível,
valerá a pena. Compre um saco de carvão vegetal. Daqueles usados para churrasqueiras. Combine que dois
adolescentes. Um rapaz e uma moça. Peguem em pedaços de carvão do saco e atirem a alguém que esteja
a uma distância razoável. Vai sujar tudo, mas procure formas de fazê-lo sem sujar de mais. Depois de um
tempo, pergunte: Quem se sujou mais? Quem atirou o carvão ou quem foi atingido? (Claro quem atirou o
carvão.) O que é que isso ensina? (Quem critica um amigo é mais afetado do que o próprio amigo. Embora
seja também afetado quando é de facto atingido.) Leve-os a entenderem que para um relacionamento
de amizade ser de facto saudável, precisa de haver confiança mútua. Nada de críticas destrutivas que só
produzem manchas e dor.
– Esta é uma experiência interessante. Talvez precise do auxílio de um eletricista por uma questão de segurança. Faça o teste em casa para ver se vai dar certo. Pegue numa lâmpada no casquilho, ligada a uma
extensão com uma tomada no fim. Um dos fios entre o casquilho e a tomada deverá estar cortado com a
ponta descascada. Coloque água numa travessa de vidro (do tipo pirex). Ponha as duas pontas cortadas
dentro dessa água e ligue a tomada. (Claro que colocará uma ponta dum lado da travessa e a outra do
outro lado. Caso contrário fecharia um curto circuito.) Vai observar que a lâmpada não acenderá. Desligue
a tomada. Retire os fios de dentro da água e agora coloque na água sal de cozinha. Dependendo da quantidade de água, uma chávena ou copo de sal. Mexa e repita a experiência de colocar as duas pontas do
fio cortado dentro de água e ligar a tomada. Agora a lâmpada acenderá. O sal na água conduz a energia
elétrica. O que é que aprendemos com isso? (De que o relacionamento com Deus é fundamental para uma
amizade sólida e verdadeira.) É Ele que faz a ligação. Com o poder do Espírito Santo, as coisas funcionam,
os relacionamentos são de facto bem melhores do que sem Ele.
– Coloque água numa jarra de vidro transparente. Despeje na água um copo de açúcar cristal, mas não
mexa. O açúcar dever ficar parado no fundo. O que é que isso ensina sobre relacionamentos e amizades?
(Poderia ser: Há pessoas que ficam à espera que façam alguma coisa por elas. Há outras que são tímidas,
quietas, reservadas. Não se misturam.) Agora mexa a água para que o açúcar se dissolva. O que necessitamos de fazer para termos boas amizades? (Envolver-se com as pessoas. Procurar ser amigo para fazer
amigos. Dar-se. Observar que tanto o açúcar como a água perderam características individuais para formar
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uma terceira solução. A água continua a ser água e o açúcar continua a ser açúcar, porém, deram-se de si
mesmos para formar uma unidade. Assim é com uma amizade verdadeira e sólida. As pessoas continuam a
ser elas mesmas, porém, renunciam a gostos e preferências para que o relacionamento prospere.)
– Durante toda a Unidade, monte num dos cantos da sala uma pilha de tijolos. Analise no momento da
aplicação: Para que servem tijolos? (Para construir. Para edificar. Para proteger do frio e do calor, etc..) Porém, há usos indevidos. Diferentes daqueles a que se destinam. As pessoas podem usar tijolos pata atirar
aos outros. Para ferir e magoar. Para partir vidros e destruir. Exatamente o oposto do construir. Num relacionamento entre amigos, o que posso fazer para ser de facto um amigo de verdade? Como posso aplicar na
minha vida os conceitos desta lição? Em que preciso melhorar? Que passo necessito de dar? Quem sabe
se os problemas que estou a enfrentar com os meus amigos não estão a ser provocados por mim mesmo? (Leve-os à reflexão pessoal. Os tijolos servem tanto para uma como para outra coisa. As pessoas que
preferem usá-lo mal, acabam por se dar mal. É exatamente o que acontece na vida de muitos. Em vez de
construírem, eles estão a destruir a vida dos outros deles mesmos.)
– A confiança está para a amizade como a cola está para dois pedaços de papel. Una então duas folhas de
papel usando cola comum. Mostre um livro encadernado. Ele é feito em cadernos. Isto é, um conjunto de
folhas que, unidas, acabam por formar o livro. O que tem isso que ver com amizade? (Todos os cadernos
de um livro se juntam para formar o livro inteiro. Cada caderno é diferente do outro, mas juntos formam o
livro com tudo aquilo que ele representa. Com a amizade não é diferente. Duas ou mais pessoas unem-se
em torno de interesses comuns. Por isso que devemos escolher bem os nossos amigos. Se eles forem maus,
mais cedo ou mais tarde, acabaremos por ser influenciados por eles.)
– Amizade é DAR E RECEBER. Se alguém só quer receber nunca terá amigos. É dando que se recebe já diz
Francisco de Assis. Isso é pura verdade! Basta colocar em prática.
3° Passo: Aplicação:
– Coloque em cima da mesa todos os ingredientes necessários para se fazer um bolo. Farinha de trigo, ovos,
margarina, fermento em pó, etc. ... Usando uma receita, comece por analisar os elementos separadamente.
Cada um distinto do outro em cor, textura, e características peculiares. E não é só isso. Cada um desses elementos possui uma função no processo do bolo. Comece a fazer o bolo usando uma receita caso não saiba
de cor. Analisar: Onde está a farinha? Onde está o açúcar? Os ovos e o leite? (Desapareceram. Juntaram-se
em prol de um fim comum.) E com as amizades? (Não é diferente. As pessoas necessitam de se entregarem
para que uma amizade seja de facto duradoura.)
4º Passo: Serviço:
– Duas t-shirts. Uma bem lavada, passada, dobrada e perfumada, enquanto outra toda suja, amarrotada e
mal cheirosa. Analise a diferença entre ambas. (Está na forma como foram tratadas. Uma foi bem cuidada
enquanto a outra não.) E as amizades? (A mesma coisa. Há amizades que são bem cuidadas. Os amigos
investem tempo e recursos. Mas há outras amizades que são desprezadas. As pessoas não valorizam como
deveriam valorizar os amigos que tem.) Decide ajudar alguém a ser um amigo verdadeiro. Troca ideias sobre isso com alguém da tua família.
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Sentimentos sobre a Família
A Decisão do Ezequiel
Lição 13
Verso Bíblico: “Levantou-se e voltou para o pai. Mas ainda ele vinha longe de casa e já o pai o tinha visto.
Cheio de ternura, correu para ele apertou-o nos braços e cobriu-o de beijos .... Tragam, depressa o melhor fato
e vistam-lho. Ponham-lhe também um anel no dedo e calcem-lhe sandálias. Tragam o bezerro mais gordo e
matem-no. Vamos fazer um banquete, porque este meu filho estava morto e voltou a viver, estava perdido e
apareceu.” Lucas 15:20-24, BBN.
Resumo da Lição:
A parábola do filho pródigo é uma das mais conhecidas da Bíblia. Mostra o poder do amor e da aceitação.
Toca o nosso coração porque sabemos o quanto é bom ser valorizado por aqueles a quem amamos. A
aceitação em família ajuda uma pessoa a desenvolver de forma saudável. Um ambiente familiar estável
dá segurança aos membros da família. Sabendo disso, Deus dá-nos a segurança do Seu interesse por nós
declarando que cuida até de um pardal. Tudo se resume na prática do amor. Numa família em que o amor
reina, as pessoas respeitar-se-ão umas às outras e viverão mais felizes. Os nossos sentimentos mudam e
com frequência afetam o relacionamento familiar. Cada pessoa pode fazer a sua parte para ajudar no bem-estar da sua família. Deixar a família de origem pode ser traumático para alguns; no entanto, se tudo tiver
ido bem na vida familiar, o momento poderá ser de satisfação.
Objetivos: O aluno deverá:
– Identificar valores na sua família.
– Enumerar três coisas que pode fazer para tornar o seu ambiente familiar melhor.
– Compreender que os nossos sentimentos são instáveis podendo afetar o relacionamento familiar.
Destaque a ideia:
– O valor da família para o desenvolvimento normal de uma pessoa e que Deus pode suprir, com a Sua
graça, o que porventura pode faltar na vida de alguém.
Materiais Necessários:
– Fotos de Famílias para decorar a sala.
– Tarrafa (rede de pesca, redonda).
– Peças para montar casas e prédios. (Espécie de jogo usado na educação infantil.) Também podem ser
legos.
– Cinto de segurança de automóvel.
– Pencas de bananas.
– Cartolinas e material para desenhar.
– Pessoa idosa para ser entrevistada.
– Garrafa transparente de vidro ou plástico com água.
– Óleo de cozinha.
– Guarda-Sol ou guarda-chuva grandes e pequenos.
Estudando a Lição:
– Seria interessante decorar a Unidade com fotos de famílias de vários tipos e tamanhos. Varie também as
raças das pessoas. De pobres a ricas, de asiáticas a americanas. Fica interessante.
1º Passo: Atividades de Abertura:
– Se reside numa região marítima, não será difícil conseguir uma tarrafa para decorar a sala. Pendure-a no
forro abrindo de um lado a outro da parede. Mesmo que não viva no litoral tente conseguir uma. Vai valer
a pena. Não será difícil encontrar alguém que goste de pescar. No início do estudo da lição, analise as tramas que formam a tarrafa. É um conjunto de linhas entrelaçadas que podem representar muito bem uma
família. Analise semelhanças e diferenças. (Semelhanças: É tecida de nó em nó, de laçada a laçada. Lenta
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e demoradamente. Da mesma forma uma família não se forma de um dia para o outro, mas lentamente.
Surge de um olhar que passa para uma conversa e de uma convivência durante anos e anos. Diferenças: A
tarrafa existe para prender os peixes. Não é assim com uma família. Ela nunca será uma prisão. Embora o
seja para alguns que não a construíram bem.
Uma família é um lugar de liberdade. Onde cada pessoa pode ser ela mesma sem necessitar de esconder
nada.)
2° Pano: Atividades de Aprendizagem Ativa:
– Use um jogo de montar casas e prédio de blocos pré-moldados. Usa-se muito na educação infantil. Se
desejar, poderia ter uma casa montada em cima da mesa. Analise a importância do alicerce. Ele é fundamental para uma construção. Sem uma estrutura sólida, a construção não se sustenta. Observar as peças
umas encaixadas nas outras. O que é que isso nos diz sobre uma família? (Deve ser construída sob uma
base bem sólida. Cada um dos seus elementos precisa de estar integrado entre si. Unidos, com o os outros
membros da família; caso contrário, tudo vai para o chão.)
– Leve para a Unidade um cinto de segurança de automóvel. Diga que houve uma época na qual ninguém
usava esses cintos aqui em Portugal. Hoje, tornou-se um hábito na vida da maioria dos motoristas e é obrigatório, por lei. Entram no carro e colocam o cinto. A pessoa sente-se insegura sem eles. Em que aspetos se
pareceria uma família com um cinto de segurança? (Uma família bem estruturada dá segurança aos filhos.
Como um cinto que aperta, mas que segura. Embora, muitas vezes, os filhos possam reclamar, precisam da
segurança que os pais e o ambiente familiar lhes oferecem.) Assim, como um cinto de segurança oferece
probabilidades de bem-estar e conforto ao passageiro, a família dá segurança às pessoas que a têm.
– Providencie uma penca de bananas. Pode ser mais de uma. Peça que observem as bananas escrevendo
frases sobre suas igualdades e diferenças. Depois de algum tempo, analise o que escreveram. (Provavelmente dirão: São iguais porque são da mesma família, porém, cada uma é diferente da outra em tamanho,
cor, textura, etc..) O que podemos aprender quando transferimos estes conceitos para uma família? (Que
embora membros de uma mesma família, as pessoas mantêm características peculiares no aspeto físico,
psíquico, emocional, etc. .. Os gostos podem variar, etc..) Em termos de família, em que aspetos é que as
diferenças podem ajudar? (As diferenças em vez de se tornarem um fator de divisão, poderão ser um forte
fator de união. Onde um é fraco, o outro é forte. Como todos trabalham e vivem para o bem comum, todas
as coisas seguem bem melhor do que dando tiros para todos os lados.)
– Usando uma cartolina, façam um desenho sem usar palavras, divididos em pequenas equipas, no
qual mostrariam uma família no plano de Deus e uma família no conceito do mundo pós-moderno
atual. A cartolina pode ser dividida ao meio. Analisar as consequências de um plano comparado com o
outro. (Certamente o plano de Deus é bem melhor e eficiente.)
– Combine com antecedência com um par de alunos para que façam uma entrevista ao vivo com uma
pessoa com mais de 60 anos. As perguntas devem versar sobre como era a família. Como viviam? O que
faziam? Perguntem sobre hábitos familiares numa época em que não havia televisão nem as muitas tecnologias que hoje possuímos. Enquanto responde às perguntas, os alunos deverão anotar numa folha de
papel dividido ao meio os pontos positivos e negativos da época a que a pessoa se refere, comparando
com os pontos positivos e negativos da época atual. Em seguida, analise os resultados do que escreveram.
(Certamente dirão que os tempos atuais são melhores em função da tecnologia que possuímos; porém, os
dias do passado tinham vantagens como a presença da mãe no lar. Os momentos de diálogo entre a família, etc..) Tentem chegar a um denominador do que seria uma família ideal no plano de Deus num mundo
conturbado como o que temos hoje.
– Uma outra experiência que pode ser feita seria colocar água numa garrafa de vidro ou plástico transparente acrescido de óleo de cozinha. As duas não se misturam. Cada uma ocupa o seu espaço físico, embora
estejam na mesma garrafa. Assim acontece numa família. Os pais e cada um dos membros da família têm
a sua identidade própria. Dividir, por causa de diferenças, só acarreta dor e sofrimento.
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– Com o uso de um guarda-chuva ou guarda-sol, coloque os membros de uma família debaixo dele. Pai,
mãe e dois filhos. O que é que isso ensina sobre o casamento? (Que todos devem estar debaixo do mesmo
guarda-chuva ou guarda-Sol. Cada um cuidando do bem-estar do outro.) E se o guarda-chuva for pequeno? Pegar num menor. (Poderá ser mais difícil permanecer debaixo dele, mas é a única solução que trás
segurança e bem-estar familiar.)
– As formigas e as abelhas dão uma lição ao ser humano, no estilo de vida familiar coletiva. Elas não vivem
para si mesmas. Não estão interessadas no próprio bem-estar, mas sim, no bem-estar do formigueiro ou
colmeia. Dão a vida pelo todo. Movidas pelo instinto, dão de 10 X 0 ao ser pensante e racional que com muita frequência pensa só em si mesmo ignorando o bem-estar da família como um todo. É muito comum o
divórcio na tentativa de procurar novas aventuras e a tão esperada felicidade em detrimento da segurança
e da felicidade de criaturas indefesas como os filhos.
Pesquisa Bíblica:
– Analise o significado de Eclesiastes 4:9-12 – “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga
do seu trabalho. Porque se caírem, um levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não
haverá quem o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará? Se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; o cordão de três dobras não se rebenta
com facilidade.” Qual seria o significado dessas palavras em termos de unidade familiar? De apoio que um
membro da família daria ao outro?
3° Passo: Aplicação:
– Escreve sobre o sonho que possuis para a tua família. Como imaginas que será teu lar? O teu marido? A
tua esposa? Os teus filhos? Como os educarás? Onde pensas que residirás? Sonha. Sonha alto, mas com
os pés no chão. Escreve, em seguida, os planos que farás para que tudo seja de facto realidade. Uma visão
sem um programa de metas é um sonho mais do que idiota. Não funciona e não dá certo. (Poderias ter um
plano de metas mais ou menos assim: Vou começar a namorar com 20 anos, quando já estiver na faculdade.
Encontrarei uma pessoa cristã. Depois de me formar .... etc..) Lembra-te de incluir Deus nos teus planos.
4° Passo: Serviço:
– O melhor serviço que um adolescente pode prestar sobre o tema desta lição é fazer a sua parte para que
a família em que vive seja uma família bem estruturada e feliz. Pode ser que algumas coisas não dependam
de ti, mas tenho certeza de que poderás fazer muita coisa se: (1) Desejares e (2) Buscares o poder de Deus.
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