Inauguração: 28 de novembro de 2007, às 19h30
Museu Nacional do Conjunto Cultural da República
Setor Cultural Sul . 70310-000 . Brasília DF
de 28 de novembro de 2007 a 11 de fevereiro de 2008
de terça a domingo, das 9h às 18h30
Workshop Jum Nakao
29 e 30 de novembro de 2007
10h às 13h e 14h às 17h
Informação Grupo AG (61) 33645987
[email protected]
Grupo AG
Embaixada da Suíça
Realização
Grupo AG
Embaixador da Suíça
no Brasil
Rudolf Baerfuss
Curadoria Geral
Nicola Goretti
Produção Executiva
Thaís Pena
Produção Geral
Clarice Paiva
Ministro Conselheiro
Claude Crottaz
Assessora Cultural
Ana Cláudia Basto
Bertolazi
Arquitetura
Caetano Xavier
de Albuquerque
Marcelle Borges
Montagem
Nathalia Ungarelli
Chico Sassi
Manuel Oliveira
Consultoria Financeira
Fernanda
Nepomuceno
Hércules Soares
Tatiane Meira
Iluminação
Dalton Camargos
Programa Educativo
Marília Panitz
Carlos Silva
Produção Brasília
Danilo Antonelli
Juliana Xavier
Juliana Aragão
Cleonice Ferreira
Assessoria de
Imprensa
Tátika Comunicação
e Produção
Assessoria
Sainy Veloso
Design Gráfico
Clarissa Teixeira
Convidado Especial
Pedro Rosa dos
Santos
Fotografia
Fabio Scrugli
Cristiano Sérgio
APOIO
Museu Nacional do
Conjunto Cultural
da República
Governo do Distrito
Federal
Governador José
Roberto Arruda
Secretaria de Cultura
do Distrito Federal
Secretário Silvestre
Gorgulho
Sec. Adjunto
Beto Sales
Sec. Políticas Públicas
TT Catalão
Equipe DEphA
Cooperação Técnica
Diretor de Patrimônio
José Carlos
Córdova Coutinho
Ass. Geral
Martita Icó
Conservação e
Restauro
Zeli Dubinevics
Tec. Museologia
Ana Frade
Tec. Segurança
Eugênio Pacele
Maia
Holcim
Comissão
Intergovernamental
do Conjunto Cultural
da República
Carlos Alberto
Xavier, TTCatalão e
Wagner Barja
Museu Nacional
Direção Executiva
Wagner Barja
Administração Geral
Lamartine Mansur
Coop. Técnica de
Programas
Nilcéia Dorázio
Secretaria Executiva
João Bastos
Presidente da Holcim
Brasil
Carlos F. Bühler
Diretor Comercial e
de Relações Externas
Carlos Eduardo
Garrocho de
Almeida
Gerente de
Comunicação
Ana Cláudia Paes
Coordenadora de
Comunicação
Salete da Hora
APOIO INSTITUCIONAL
REALIZAÇÃO
PATROCÍNIO
CURADORIA E REALIZAÇÃO
A questão do habitat nas grandes cidades é parte de um
repertório de exigências elementares para a sobrevivência
e para o surgimento das sociedades. Esses núcleos de habitação, muitas vezes precários e transitórios, expressam
desejos e sonhos de convivência, permitindo compartilhar
espaços e objetos dentro de pequenos refúgios que refletem
o sentido do ninho, com primária intensidade. São sistemas
que prevalecem por fora do pentagrama urbano e legal. Em
cada operação de ‘habitar’, esses organismos vivos se resignificam, incubando arquiteturas orgânicas, mutantes,
flexíveis e lógicas, de mobilidade migratória surpreendente.
A exposição Moradias Transitórias atravessa esse olhar
ziguezagueante, estimulando processos de agregação
convalidados simplesmente pelos elementos da existência
humana, dos sentidos, da perda e da memória. Processos
de coesão iniciados há tempos, mas que nem sempre conseguimos perceber.
Nicola Goretti
CURADORIA GERAL
Os temas da casa são as
bases para inúmeras pesquisas formais e simbólicas
por parte de arquitetos, designers e artistas, moldadas
em manifestações culturais
que abordam o tema da precariedade, entendida dentro
dos parâmetros sociológicos e antropológicos.
São refúgios alternativos
que protegem e resguardam as massas de pessoas
em busca de um lugar onde
estabelecer-se. São várias as manifestações artísticas que expõem e procuram respostas.
Em 2005, o Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova York expôs Safe, Design Takes on Risk, imaginando um mundo
repleto de aparatos para a proteção e a segurança. Em 2006, a exposição italiana Less, Strategie Altenative dell`Abitare
nos conduziu a exemplos que falavam sobre esta relação que nós humanos mantemos com o espaço construído, unindo
espaço público com arte, design e arquitetura, caracterizando diferentes sistemas construtivos alternativos à disposição.
No mesmo ano, Safety Nest, realizada no SESC Pinheiros e Santo André de São Paulo, introduzia alguns temas impactantes sobre a relação que estabelecemos com nossos espaços de vida, nossos ninhos. Como se fossem elementos produzidos em laboratório, estas estranhas obras oscilavam entre os universos do design experimental e da arte conceitual.
Podem ser tendas de toda espécie, cápsulas futuristas e
primitivas, caixas para habitar, bolhas semi-tecnológicas,
veículos multifuncionais, barracas “estilo árabe”, cabanas
rudimentares, estruturas em forma de iglu e carrinhos de
supermercado com tecidos e caixas de papelão que armam
espécies de contêineres para dormir.
Esta lacerante realidade vem acompanhada de um fenômeno que cruza nosso presente: as migrações. Existem as
migrações locais que originam deslocamentos medidos e,
de alguma forma, controlados. Existem outras, de maior
impacto, provocadas em sua maioria por um fenômeno
típico da modernidade: a fuga dos habitantes de países ex-
tremamente pobres em direção aos países considerados
“ricos”. Uma realidade que se vê ainda mais dificultada pela
sintonia perversa e ambígua de controles fronteiriços, onde
os limites geográficos são fechados e elásticos ao mesmo
tempo.
As novas construções que se localizam entre os universos
artesanal e industrial provocam arquiteturas orgânicas, mutantes, flexíveis e lógicas, permitindo-nos uma mobilidade
migratória surpreendente, como se fossem organismos vivos.
O sentido experimental e artístico deste momento, que formula constantemente a questão da sobrevivência como
tema prioritário, estabelece outro ponto de reflexão e de
entendimento sobre a importância de uma exposição brasileira com matizes locais.
Estes objetos de design e arte são objetos-símbolo em
transformação que formulam conceitualmente as casas/
ninhos como prolongação de nós mesmos, de nossos corpos.
Podem ser muitas as manifestações desta realidade, entendidas às vezes como organismos que possuem uma segunda pele própria, ou uniformes sensíveis e tatuados onde
as frases não ditas estão escritas na superfície dos tecidos
- como ocorre com as emocionantes obras de Lucy Orta.
É assim que a cidade se torna uma resultante deste processo dinâmico de superposição: habitat construído e habitat
alternativo disseminados em territórios que fogem de sua
condição de auto-definição.
Atividades
Exposição brasileira e internacional
Público Alvo
Fundamentalmente, o grande público. Acreditamos que um número expressivo de pessoas se sinta atraído por esta exposição, tratando-se de conceitos que refletem, fortemente, novos usos e formas de viver e habitar o
nosso planeta.
Escolas de ensino básico, superior e pós-graduação em áreas de design,
arquitetura e arte, público específico (designers, artistas plásticos, críticos
de arte, filósofos, antropólogos, sociólogos e outros especialistas de distintas áreas) e um numeroso público geral.
Bens Culturais
Edição de um pequeno catálogo com as obras e autores. Textos críticos e
de introdução dos curadores.
Emiliano Godoy
Nora Correas
Domenec
A77
Jum Nakao
Ana Miguel
Mana Bernardes
México
Argentina
Espanha
Argentina
Brasil
Brasil
Brasil
Ralph Gehre
Lucy & Jorge
Orta
Brasil
França
Dirigible
Sin Destino
Superquadra casa-armario
Plug Out Unit Brasil
Paisagem Urbana-1
Rosa morada (máquina de áudio-transporte 2)
No papel não caberia o que no corpo já não cabia,
na poesia caberá!
Adulterações objetivas - Tomos I a XVIII
Urban Life Guard – Ambulatory Sleeper
Connector Mobile Village I
Body Architecture – Foyer D
Brasil 2007 Artistas e Designers
A77
Buenos Aires
Gustavo Diéguez (n. 1968) e Lucas Gilardi (n. 1968) são
arquitetos graduados na Universidade de Buenos Aires.
Formaram o coletivo m777 até 2004, onde desenvolveram
projetos de arquitetura e urbanismo em diferentes países
como Holanda, Espanha, Alemanha e Estados Unidos da
América.
Atualmente, com o nome de A77, desenvolvem projetos de
habitação experimental e desenho através do conceito Plug
and Live System [1], assim como projetos que entrelaçam
modalidades da arte contemporânea com o urbanismo em
relação à cidade de Buenos Aires e a complexidade de sua
área metropolitana.
É dessa forma que integram os projetos coletivos Charlas
de Gasolinería e Rally Conurbano. Ambos são professores
na área de urbanismo e projeto da Universidade de Palermo
e na Universidade de Buenos Aires, respectivamente.
ANA MIGUEL
Rio de Janeiro
A artista que nasceu no Rio de Janeiro em 27 de julho de
1962, começou seu percurso como gravadora, desenvolve, a partir dos anos 80, obras tridimensionais. Colabora
também com projetos de teatro. As relações humanas, os
deslizamentos dos sentidos, a experiência dos sentimentos
e afetos constituem a matéria do seu trabalho desconcertante e pleno de humor.
Recebeu inúmeros prêmios por seu trabalho que se encontra em coleções públicas e privadas, como a de Gilberto
Chateaubriand, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro,
Museu de Arte Moderna da Bahia, Mudeu de Arte de Brasília, Centro de Leitura de Reus, Espanha, Fundação ARTEBA de Buenos Aires, Argentina, entre outras. Participou da
Oficina de Gravura do Ingá, onde recebeu orientação dos
principais gravadores cariocas, de 1979 a 1985. Estudos
de gravura e pintura na Escola de Artes Visuais do Parque
Lage e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, assim como História da Arte, com Alair Gomes, em 1981 e
1982.
Paralelamente seguiu cursos de Antropologia e Filosofia
Contemporânea, na Universidade Federal Fluminense e na
Universidade de Brasília. Viveu em Barcelona de 1991 a 94, onde cursou os ateliers de
Montesquiu. No Arteleku, San Sebastian, assistiu aos seminários coordenados por Francisco Jarauta em 1993, 1994 e 1995.
DOMENEC
Barcelona
Artista visual. Criou uma
obra escultórica, fotográfica, instalações e intervenções no espaço público
que tomam o projeto arquitetônico como uma das
construções imaginárias
mais complexas da modernidade. Realizou numerosas
exposições e projetos in
situ [2] em diferentes lugares como Irlanda, México,
Bélgica, França, Itália e Estados Unidos da América. É
co-editor da publicação de
arte Roulotte.
Principais exposições e intervenções:
2007 Passe-By. Estúdios de Artistas de Tel Aviv, Tel Aviv (Israel). Rieres / rambles, Observatório Nômade, Barcelona
(Espanha). 2006 Not Sheep, New Urban Enclosures and Commons. Galeria Artspeak. Vancouver (Canadá). Dynamicity
(ON: Immaginare Corviale). NAI. Rotterdam (Holanda). Campagna Romana. Observatório nômade. Roma (Itália). Brigade
des images. Moscú. GlasKultur, ¿que paso con la transparencia? Koldo Mitxelena, Donostia / La panera, Lleida (Espanha). 2005 Brigade des images Divan du Monde, Paris. Mira como se mueven Fundación Telefónica, Madrid (Espanha).
Unité Mobile (roads are also places). Intervención en la Unité d’Habitation de Marsella (França). Living Landscape. West
Corck Art Center, Skebereen (Irlanda). 2004 Immaginare Corviale. ON y Fundación Adriano Olivetti, Roma (Itália). Maps
and Mirrors. MAP, Denver (USA) 2003 Kunst & Zwalm. Rosebeke (Bélgica). Stand By, Listos para actuar, Laboratório Arte
Alameda. México DF. (México) 2002 Existenzminimum. Fundació Espais, Girona (Espanha). Sans domicile fixe. Halle au
poisson, Perpiñan (França). Pis compartit. 22A, Barcelona. 2001 Qui est là?
EMILIANO GODOY
Cidade do México
Mestre em Desenho Industrial pelo Pratt Institute (Nova
York, 2004), formado em Desenho Industrial pela Universidade Ibero-Americana (México, 1997) e com estudos em
mobiliário pela Danish Design School (Copenhague, 2003).
Dirige o espaço de desenho Godoylab e é diretor da empresa de mobiliários Pirwi. É professor das graduações em
Desenho Industrial no Centro de Investigações em Desenho Industrial da UNAM (México) e no Instituto Tecnológico
e de Estudos Superiores de Monterrey, ITESM (México).
Lecionou na Universidade Ibero-Americana (México) e no
Pratt Institute (Nova York). Compõe o conselho editorial da
revista de arquitetura e desenho Arquine, na qual publica
periodicamente artigos e resenhas de desenho. É parte do
coletivo de desenho NEL e é membro do Advisory Board da
UNESCO/Felissimo Social Design Network.
Emiliano Godoy trabalhou para empresas como Nouvel,
Weidmann, Lacoste, Pepsico, Holland Chemical International (HCI), Pipeline Integrity International (PII), Pipetronix,
Gamesa e Frito Lay.
JUM NAKAO
São Paulo
Jum Nakao é estilista e diretor de criação, brasileiro e neto
de japoneses. Vive na cidade de São Paulo onde se localiza
seu ateliê.
Inicialmente acreditava que o suporte do seu trabalho poderia ser a eletrônica e a computação, mas abandona esse
setor por considerar os estudos extremamente distantes do
olhar humano.
Foi na moda que Jum percebeu a possibilidade desta aproximação e inicia sua formação em 1984 através do CIT –
Coordenação Industrial Textil – onde tem os primeiros contatos com profissionais da área, entre eles as professoras
Vera Lígia P. Gilbert e Marie Ruckie. Em 1988 cursa licenciatura em Artes Plásticas na Faculdade Armando Álvares
Penteado e em 1989 faz extensão universitária em História
da Vestimenta no Instituto de Museologia de São Paulo e
História da Moda. Em 1996 é considerado a grande revelação da 6a Edição do Phytoervas Fashion e passa a ocupar o
cargo de Diretor de Estilo de uma das maiores empresas de
moda do Brasil, a Zoomp, onde permanece por seis anos.
Em 2004 o Banco do Brasil solicita uma campanha para
estreitar elos com arte, moda, cinema e dança. Participam
deste projeto diretores de arte, fotografia, publicidade e
companhias de dança.
Jum Nakao é o estilista convidado para Design de Conceito
e Figurinos. No mesmo ano assina contrato como diretor
Criativo de uma das mais tradicionais empresas de moda
feminina: VIVAVIDA. É convidado ainda pela FAAP, ABIT e
MASP para ser o Mentor Criativo do projeto: Instituto Brasil
de Arte e Moda. Realiza em junho de 2004, no São Paulo
Fashion Week, uma performance em que, ao final do desfile, modelos rasgaram elaboradas roupas feitas de papel
vegetal confeccionadas em mais de 700 horas de trabalho.
referências do desfile de verão 2004, editado pelas Editoras
SENAC. Em junho de 2005, desfila e expõe em Paris na
Galeries Lafayette nas comemorações do ano do Brasil na
França. Na comemoração de dez anos de moda no Brasil,
através do São Paulo Fashion Week, seu trabalho “a costura
do invisível” é homenageado como o desfile da década.
Em agosto de 2005, ineditamente, Moda passa a fazer parte das Mostras Culturais do SESC e Jum Nakao é convi-
dado p/ a concepção e realização da exposição “Conflitos
e Caminhos”. Em 2005 passa a assinar as coleções do
tenista Guga Kuerten. Em parceria com a Curtlo lança em
2006 uma coleção de bolsas: Curtlo por Jum Nakao que é
selecionada para a I Bienal Brasileira de Design. É convidado em janeiro de 2006 pela curadora internacional Anne
Zazzo do Galliera, Fashion Museum of Paris, para participar
da Mostra Internacional dos mais representativos trabalhos
de Moda de todo o século XX até hoje. Em julho de 2006
lança a coleção OXTO – JUM NAKAO. Realiza em 2006 a
direção criativa da ópera Kseni de Jocy de Oliveira. A convite do Museu de Arte Brasileira concebe o espaço cenográfico da exposições GRAN SERA e PERCURSOS. Expõe no
MON – Museu Oscar Niemeyer – em Curitiba a instalação
REVOLVER em maio de 2007. Jum realiza diversas palestras e workshops pelo país e no exterior sobre o processo
criativo.
Em sua produção, Jum Nakao é capaz de conciliar os recursos da tecnologia digital à sofisticação de peças únicas
confeccionadas à mão, como o encontro em clima de suspense e contos de fadas, da elaborada moda do século XIX
com o universo lúdico dos bonecos playmobil.
Como disse um dia Lautréamont, o que depois virou um
slogan surrealista, “Belo como o encontro entre uma máquina de costura e um guarda-chuva sobre uma mesa de
dissecação”. Dissecando o mundo, Jum Nakao costura o imprevisível.
LUCY ORTA & JORGE ORTA
Londres, Paris
A impressionante obra de Lucy Orta está presente em coleções privadas e nos grandes museus do mundo como o G.
Pompidou de Paris e no Museu da Arte Moderna de Nova
York (MoMA). Este novo e sugestivo olhar faz parte de uma
estratégia de pensamento que se contrapõe à visão paradigmática e reinante que estimula o atual desenvolvimento
social, como si este fosse o único possível.
Os trabalhos de Lucy Orta tomam impulso nos anos oitenta, quando a Guerra fria se dilui provocando um sim numero
de fatos políticos e sociais.
A artista cristaliza seu pensamento no meio deste panorama de fragilidade e precariedade, paralelamente aos acontecimentos que marcaram o mundo como a caída do Muro
de Berlim, a uni-polaridade do poder político, a rotação do
eixo do poder -dando espaço a novos modelos econômicos- e a irresolução dos modelos sociais propostos pela
cultura ocidental.
A sua arte denuncia o desespero das novas sociedades,
onde a ética e a estética tomam um valor quase equivalente,
igualitário. As obras são produto desta pulsão, onde vestiário, invólucro e superfície atuam como se fossem uma segunda pele, possibilitando slogans a partir das frases escritas,
onde o vestiário vira arquitetura e refugio pelo poder da transformação e da persuasão.
O pensamento coletivo é o que norteia este olhar. O individuo para se salvar precisará da sua comunidade, podendo ser
esta própria ou alehia, mais
sim lugar a duvida adquirida.
Os sistemas de parentesco
já não são de ordem biológica, sendo a estrutura dos
laços familiares dependente
de outros mecanismos de
convivência, promovendo
novas maneiras de vincularse.
As experiências no campo
do idealismo e do ativismo
político se completa com
a obra de Jorge Orta, seu
companheiro de vida a par-
tir dos anos noventa. A visão
pluri-centrista deste fantástico artista sudamericano
aporta um olhar maduro e
complementar ao trabalho
da dupla, questionando os
estereótipos e as convenções sociais.
Baseado na projeção de
“novos e possíveis mundos” (segundo um dos
críticos do MoMA de Nova
York) sobre territórios naturais e fachadas de prédios,
a obra indaga as novas
formas de comunicação
em oposição aos modelos
sociais e econômicos propostos pela sociedade de
consumo, tentando retratar
os novos anelos possíveis
e os desejos comunitários
que derivam da esperança,
outorgando visibilidade aos aspectos invisíveis deste sistema muitas vezes perverso.
O estúdio reúne, alem destes dois nomes, um singular grupo de profissionais e artistas de diversas áreas, composto por
arquitetos, engenheiros, desenhistas, diretores de arte e de moda e artesãos que trabalham sobre os nexos entre as questões sociais, a vida contemporânea e suas contradições.
MANA BERNARDES
Rio de Janeiro
Mana Bernardes é uma jovem designer de jóias, poetisa e
artista plástica. Tão múltipla que consegue circular entre o
Chelsea Art Museum em Nova York e as ruas populares do
Rio de Janeiro. Seus colares estão à venda em conceituadas lojas de design - como a Collete, em Paris e a Zona D
em São Paulo. Já sua invenção o Magnomento, um fecho
magnético de ímã que não pesa, é comercializado em larga
escala para os fabricantes de bijuteria do Saara, no Rio.
Com o irmão Pedro Bernardes, escreve um livro de poemas
musicados. Ela ainda viaja pelo Brasil multiplicando em oficinas o seu trabalho.
Mana nasceu no Rio de Janeiro e vem de uma família comprovadamente criativa. Seu pai é o cineasta Sérgio e o avô,
o arquiteto Sergio Bernardes. Sua história profissional começou aos 7 anos, quando fez seu primeiro colar. Aos 11,
já criava peças para a loja carioca Cantão e também as
tiaras de Babalu, personagem de Letícia Spiller da novela
“Quatro por quatro”. Seguiu inventando objetos. Tudo para
expressar um conceito: “o poder de transformação é a jóia
do ser humano”.
Suas peças são chamadas de jóias pela maneira como ela
enxerga a nobreza nos materiais. Assim, utiliza mini frascos,
garrafas Pet, palitos, grampos, pérola, prata e ouro, criando
um resultado moderno e instigante. Bolas de gude se transformam no colar “Esferas que Flutuam na Rede”. A partir de
uma colher de café, surge o “Mexedor”. Gargantilhas com
espelhos são chamadas de “Você é Algo em Mim”.
NORA CORREAS
Buenos Aires
Nasceu em Mendoza, em 1942. Completou seus estudos
na Escola Superior de Belas Artes da Universidade de Cuyo,
Mendoza. Em 1966, obteve uma bolsa do Fundo Nacional
de Belas Artes para estudar pintura no Ateliê de Juan Batlle Plans, em Buenos Aires. Trabalhou em arte têxtil desde
1967 até 1985. Em 1970, durante três anos, dirigiu um ateliê no Rio de Janeiro, Brasil. A partir de 1979, desenvolveu
atividades docentes em seu ateliê. Atualmente, vive e trabalha em Buenos Aires.
Como presidenta da AAVRA (Associação de Artistas Visuais da República Argentina), e em conjunto com um grupo
de artistas, vêm coordenando projetos e ações tais como,
o No a La Guerra a Irak (Não à Guerra do Iraque), ao tingir
as águas das fontes da Avenida 9 de Julho; a convocação
Las Camitas (2002-2003) que, com 500 artistas, tornou
visível a situação da saúde.
Finalmente, o Projeto Patagônia, que levou três anos
para amadurecer. Mesas
redondas no Malba, a curadoria da mostra Patagonia,
Pasado y Presente, Ayer y
Hoy (Patagônia, Passado
e Presente, Ontem e Hoje)
no Centro Cultural Recoleta
da cidade de Buenos Aires,
e a instalação em Ushuaia
de Temaukel, Las Banderas
de lo Posible (As Bandeiras
do Possível), onde centenas
de artistas apresentaram
bandeiras com símbolos
daquilo que devemos proteger enquanto país, a água, a
terra, os minérios, a pesca,
os hidrocarbonetos, etc.
RALPH GEHRE
Brasília
Ralph Gehre expõe regularmente desde 1980, tem por formação básica arquitetura e artes gráficas e trabalha essencialmente o desenho, a pintura e a fotografia. Algumas
exposições:
Individuais: não precisa ser assim você pode mudar as coisas, ECCO - Espaço Cultural Contemporâneo, 2006 e Des
Enhos, Referência Galeria de Arte, Brasília-DF, 2004.
Coletivas: Gentil Reversão: versão Castelo, Castelinho do
Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, 2003; Eixo Brasília, Galeria
Ecco, Brasília e ArtFrankfurt, Alemanha, 2003; Gentil Reversão, CCBB-Brasília, 2001; Uma pintura, com Dominic
Dennis, The Britsh Council, Galeria Mezanino da Sala VillaLobos do TNCS-BsB, 1999.
Durante as duas décadas que se seguiram à Segunda Guerra Mundial,
desenvolveu-se na Suíça um estilo gráfico que ficou conhecido no mundo todo como “swiss style”. As fontes das quais se alimentavam esses
projetos gráficos foram, entre outras, as idéias da Bauhaus que, por sua
vez, tinha assimilado elementos do construtivismo russo e do movimento
holandês “De stijl”. Depois da Segunda Guerra Mundial, o estilo suíço manifestou-se em vanguardas como a Arte Concreta na cidade de Zurique,
chegando finalmente à Exposição Nacional de 1964, com a contribuição
de vários artistas.
A exposição, composta de 100 cartazes que provêm do acervo do Museu de Cartazes de Basiléia (“Basler Plakatsammlung”, curadoria: Dr. Rolf
Thalmann), identifica a história apaixonante do Design Gráfico Suíço durante o período de maior efervescência cultural do século 20.
Museu Nacional do Conjunto Cultural da República
Setor Cutural Sul
70310-000 . Brasília DF
Datas
Inauguração Brasília
28 de novembro de 2007
Exposição
29 de nov 2007 a 11 de fevereiro 2008
Produção
Produção Geral
Grupo AG
Produção Executiva
Thaís Pena
Curadoria
Nicola Goretti
Atividades
80 cartazes medindo 105cm x 75cm
15 cartazes medindo 128 cm x 90,5cm
05 cartazes medindo 128 cm x 271,5 cm
(opcionais para itinerância)
Lançamento
Concurso Holcim Awards
Conferência A77
Gustavo Dieguez e Lucas Gilardi
29 de novembro de 2007, 20h
Workshop Jum Nakao
29 e 30 de novembro 2007
10-13h / 14-17h
APRESENTAÇÃO
O Consulado Geral da Suíça em Brasília tem como um dos
seus objetivos institucionais a divulgação da cultura suíça
no Brasil através de manifestações que estimulem e intensifiquem o interesse pela Suíça e, sobretudo, que permitam a ampliação do diálogo intercultural. Composta de 100
cartazes que provêm do acervo de cartazes da Basiléia,
pertencente à Escola de Artes da Basiléia (antiga Escola
de Ofícios, Departamento de Decoração). Esta coleção foi
reunida pela primeira vez em 1896 por ocasião da exposição suíça de cartazes no Museu de Ofícios. E tornou-se
uma referência para os designers gráficos e tipógrafos em
uma época em que os livros e as revistas eram inacessíveis aos estudantes.
Hoje o acervo do Museu de Cartazes de Basel possui mais
de 50.000 cartazes suíços de todos os setores (eventos,
bens de consumo, turismo, política etc.), a exposição Gráfica Suíça apresenta pela primeira vez ao público brasileiro
um recorte muito significativo desta coleção e do design
gráfico suíço.
Desta forma, o Consulado Geral da Suíça acredita que esta
exposição é bastante rica para o Brasil, abrindo novas possibilidades de parcerias, e reforçando as já existentes, com
entidades culturais brasileiras, ao tratar de uma matéria - o
design gráfico - que já é, por excelência, um tema constante do diálogo entre o Brasil e a Suíça.
cartazes presentes
na exposição:
80 cartazes de 105cm x 75cm
15 cartazes de 128 cm x 90,5cm
05 cartazes de 128 cm x 271,5 cm (opcionais para itinerância)
(poderá ser viabilizada uma seleção menor para itinerância)
Claros, despojados, objetivos
Durante as duas décadas que se seguiram à Segunda Guerra Mundial desenvolveu-se na
Suíça com muito êxito um estilo gráfico que ficou conhecido no mundo todo como “swiss
style”. Suas características mais destacadas foram a estrutura rigorosa e, geralmente, geométrica, o uso de um único tipo de caracteres (lineal, universal ou helvética) e a restrição
freqüente às letras minúsculas. Além disso, são quase sempre dispensados os desenhos
ilustrativos, em seu lugar se recorre de preferência a formas gráficas ou fotografias em
preto e branco.
As fontes das quais se alimentavam esses projetos gráficos foram, entre outras, as idéias
da Bauhaus que, por sua vez, tinha assimilado elementos do construtivismo russo e do
movimento holandês “De stijl”. É nítido também o paralelismo com as idéias sobre a elaboração de cartazes, propagadas por Jan Tschichold em seus primeiros escritos. Além
disso, existia nos anos vinte a tradição do cartaz concreto, seja no estilo marcado pela
nova objetividade de um grupo de artistas de Basiléia, imitando fotos coloridas, seja na
reprodução fotográfica do objeto.
O ponto de partida do “estilo suíço” nascido depois da Segunda Guerra Mundial foi a cidade de Zurique, onde, desde os anos trinta, se cultivava de modo especial a “arte concreta”,
baseada em estruturas geométricas. Nesta cidade atuara no século XVI o reformador religioso Huldrych Zwingli, cujas idéias, inicialmente hostis às imagens e concentradas exclusivamente na palavra da Bíblia, exerceram desde então uma grande influência na cidade.
Até os dias de hoje, a cidade se distingue por um certo ar puritano e sóbrio.
Alguns desses artistas concretistas (entre eles Max Bill, Richard P. Lohse, Karl Gerstner,
Nelly Rudin, Gottfried Honegger e Warja Lavater) criaram não apenas pinturas e esculturas,
mas também arte gráfica aplicada que, aos olhos deles, não deveria ser considerada como
arte de segunda classe. A respeito dela, Max Bill se manifestou nesses termos: “Estou
interessado num meio de comunicação que apresente processos simples e complicados
de tal maneira que qualquer um que o contemple entenda imediatamente seu sentido.”
Aos artistas plásticos se juntaram, depois artistas gráficos como Josef Müller-Brockmann,
Hans Neuburg, Carlo Vivarelli, Siegfried Odermatt e muitos outros.
Entre 1958 e 1965, alguns dos artistas influenciados pela arte concreta fundaram uma
revista com o título programático de “Neue Grafik – Internationale Zeitschrift für Grafik
und verwandte Gebiete” (Nova arte gráfica – Revista internacional de arte gráfica e áreas
afins), O primeiro número foi lançado por ocasião da exposição “Arte gráfica construtiva”,
que se realizou na Kunstgewerbemuseum de Zurique. O cartaz para esta exposição é uma
criação de Hans Neuburg.
O “swiss style” genuíno chegou ao fim com a Exposição Nacional de 1964, para a qual
contribuíram vários desses artistas gráficos, e com o encerramento da publicação da revista, em 1965. Diversos artistas passaram então a dedicar-se exclusivamente à arte livre
e, ao lado das formas gráficas habituais, começaram a surgir novas formas.
Uma outra tendência importante da segunda metade do século XX foi a “nova escola de Basiléia”, marcada nitidamente pela tipografia. Seus expoentes principais foram Emil Ruder e
Armin Hofmann. Trabalhando na mesma direção dos artistas gráficos de Zurique e visando
enfatizar o enunciado, insistiram na ligação íntima entre o texto e a imagem (quase sempre fotografias). Seus trabalhos e os de seus numerosos discípulos também encontraram
atenção e reconhecimento fora da Suíça.
Muitos dos impulsos que partiram do Swiss Style e da nova escola de Basiléia exerceram
sua influência sobre as gerações posteriores de artistas gráficos, mesmo que esta influência tenha ficado limitada, geralmente, a trabalhos isolados. O artista gráfico versátil Niklaus
Troxler, por exemplo, recorreu por diversas vezes a soluções inspiradas na linha de trabalho
do Swiss Style.
Numa visão geral salta à vista o fato de que grande parte desses cartazes austeros foram
criados para eventos culturais (exposições, teatro, música). É que muitos dos cartazes
eram dirigidos a um grupo relativamente pequeno de pessoas de mentalidade progressista
que estavam familiarizadas com essa linguagem figurativa. Os cartazes contavam com um
intenso efeito de identificação, criando, portanto uma espécie de vínculo espiritual entre o
contratante e o observador, que era geralmente também o freqüentador desses eventos.
Rolf Thalmann / Curador Basler Plakatsammlung (Museu de Cartazes de Basel, Suíça); tradução –
Alfred J. Keller
O prêmio Holcim Awards for Sustainable Construction promove inovação e criatividade na
construção, por meio de uma série de competições regionais e globais, tendo como focos
a arquitetura, o paisagismo, o desenho urbano, a engenharia civil e mecânica e outras
disciplinas de âmbitos similares. Esse mecanismo ético e sensível promove a geração
de grupos de profissionais de excelência, reconhecidos nos conceitos que derivam da
ecologia, das condições geográficas, das culturas regionais, da vocação do lugar e do
desenvolvimento sustentável.
Com esta e outras iniciativas, a Holcim Foundation fortalece seus compromissos e promove a sustentabilidade. O lançamento do prêmio Holcim Awards em 2007 abrirá, mais uma
vez, a possibilidade de novos sonhos realizados, conscientizando o público do papel social
da arquitetura.
www.holcimawards.com
Um dos objetivos da Holcim Foundation para a Construção Sustentável é o reconhecimento
por meio de premiação para projetos inovadores, eficientes e de visão futura. Os prêmios
são uma forma comprovada de incentivar e inspirar descobertas que vão além do convencional, explorando novas formas e técnicas, atraindo e identificando a excelência. A
Holcim Foundation entende o Holcim Awards como uma atividade que contribui para este
objetivo.
O Holcim Awards promove inovação na construção sustentável através de uma série de
competições regionais e globais. Juntas, estas premiações totalizam USD 2 milhões para
cada ciclo de competição. As cinco competições regionais serão lançadas em cooperação
com aproximadamente 50 empresas do Grupo Holcim em 50 países, no último trimestre
de 2004. O prêmio global, em 2006, estará aberto aos melhores vencedores dos prêmios
regionais. Os júris contarão com a participação de especialistas independentes e internacionalmente comprometidos com o desenvolvimento sustentável da sociedade, bem como
projetistas, especialistas em materiais construção e construtores.
O Holcim Awards reconhece toda contribuição para a construção sustentável – independentemente da escala – em arquitetura, paisagismo, desenho urbano, engenharia civil e
mecânica e outras disciplinas relacionadas. Na data de inscrição da competição, o projeto
deverá ter alcançado um estágio de projeto avançado antes do início de execução de obras.
O projeto deverá demonstrar evidência de sustentabilidade de acordo com cinco temas alvos conforme previamente definidos pela Holcim Foundation e as universidades parceiras.
A Holcim Foundation possui uma parceria com cinco universidades no mundo: o Instituto
Federal Suíço de Tecnologia (ETH), em Zurique, Suíça; o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Cambridge, EUA; a Universidade de Tongji em Xangai (TDX), China;
a Universidade de São Paulo (USP), Brasil, e a Universidade de Witwatersrand (Wits), em
Johanessburgo, África do Sul. As universidades parceiras definem o critério de avaliação a
ser aplicado nas competições do Holcim Awards e formam os painéis de jurados que avaliam os projetos inscritos nas competições. O Instituto Federal Suíço de Tecnologia (ETH),
em Zurique, em seu papel de Centro de Competência Técnica, promove a colaboração
entre as universidades parceiras e os jurados.
O Holcim Awards regional é dividido em cinco regiões geográficas: Europa, América do
Norte, América Latina, África Oriente Médio e Ásia Pacífica. As empresas do Grupo Holcim,
em aproximadamente 50 países, organizam as competições regionais do Holcim Awards
patrocinadas pela Holcim Foundation. Os projetos inscritos serão avaliados por júris regionais, liderados por uma universidade parceira, e serão compostos por representantes
independentes do setor da ciência, do setor empresarial e da sociedade civil. O valor total da premiação por região é USD 220,000: primeiro lugar USD 100,000; segundo USD
50,000; terceiro USD 25,000; e três prêmios de reconhecimento de USD 10,000 cada. Os
júris também poderão conferir três prêmios de incentivo a partir de um orçamento de USD
15,000 por região. Todas as premiações serão entregues durante uma cerimônia a ser
realizada em cada região.
Os três projetos vencedores de cada região participarão da competição global do Holcim Awards no ano seguinte, em 2006. Os projetos inscritos serão avaliados por um júri
global composto por representantes independentes do setor da ciência, empresarial e da
sociedade civil. Os três projetos receberão um total de USD 900,000: primeiro lugar USD
500,000; segundo USD 250,000; terceiro USD 150,000. As premiações serão entregues
na cerimônia global do Holcim Awards em 2006.
O Holcim Awards busca progressivamente gerar um grupo de profissionais de excelência,
reconhecidos em construção sustentável. Porém, as soluções identificadas como sustentáveis em uma parte do mundo não poderão simplesmente ser aplicadas à outra. As
soluções devem ser reinterpretadas para que possam se adequar às restrições locais bem
como respeitar as condições culturais e geográficas específicas de outras regiões.
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