ISSN 2182-8067 Órgão Oficial da Sociedade Portuguesa de Oncologia Volume 1 | Número 0 | Dezembro 2012 Destaque: visão Joaquim Abreu de Sousa “A Medicina de hoje é muito mais complexa” opinião do especialista Sem inovação, não há desenvolvimento Fernando Schmitt Uma aposta na formação médica contínua Gabriela Sousa Desafios da inovação terapêutica Eurico Castro Alves Revista Portuguesa de Oncologia índice introdução ficha técnica conselho editorial 04 05 06 normas de publicação 08 editorial 12 Ricardo da Luz visão 14 Joaquim Abreu de Sousa “A Medicina de hoje é muito mais complexa” opinião do especialista Sem inovação, não há desenvolvimento Fernando Schmitt Uma aposta na formação médica contínua Gabriela Sousa Desafios da inovação terapêutica Eurico Castro Alves 22 26 29 oncologia e a sociedade Sociedade Portuguesa de Oncologia comemora 30 anos 32 atualize os seus dados 35 Revista Portuguesa de Oncologia Revista Portuguesa de Oncologia ficha técnica ISSN 2182-8067 Direção Presidente: Joaquim Abreu de Sousa Vice-Presidente: Gabriela Sousa Secretário: José Dinis da Silva Tesoureira: Ana Pais Vogais: Camila Coutinho; Paula Alves; Paulo Cortes introdução Revista Portuguesa de Oncologia Volume 1 – Número 0 – Dezembro de 2012 A Revista Portuguesa de Oncologia visa proporcionar informação útil e credível sobre a atualidade em Oncologia, quer no que respeita à política da Saúde, quer no que se refere à investigação científica nacional, e pretende ser a fonte de informação de excelência sobre a Oncologia a nível nacional e internacional. Esta revista aceita com prazer a inclusão de trabalhos de autores nacionais e estrangeiros. /////////////////////////////////////////////////////////////////// The Portuguese Journal of Oncology aims to provide useful and reliable information about the current Oncology, both in terms of health policy and in respect to the national scientific research, and aims to be the source of information about the excellence of national and international Oncology. This magazine accepts with pleasure the contribution of national and foreign authors. 04 Propriedade Sociedade Portuguesa de Oncologia Avenida Afonso Henriques, Lote 2, nº 55, Escritório 3/8 3000-011 Coimbra Tel/Fax: (+351) 239 702 200 E-mail: [email protected] Website: www.sponcologia.pt Correspondência geral e envio de trabalhos Ricardo da Luz Editor-chefe da Revista Portuguesa de Oncologia Rua Tenente Espanca, nº 3 • 5ºA • 1050-220 Lisboa Tel.: (+351) 217 611 010 • Fax: (+351) 217 611 019 E-mail: [email protected] Edição, coordenação e produção bloom up™ Edifício Berna Rua Tenente Espanca, nº 3 • 5ºA • 1050-220 Lisboa E-mail: [email protected] • Website: www.bloom.pt Direção editorial: Liliana de Almeida Design gráfico: Mafalda Barbado e Ana Sofia Conceição Fotografia: António Aires Gomes Periodicidade: Quadrimestral Tiragem: 1.000 exemplares 05 Revista Portuguesa de Oncologia Revista Portuguesa de Oncologia Revista Portuguesa de Oncologia Órgão oficial da Sociedade Portuguesa de Oncologia The Journal of the Portuguese Society of Oncology conselho editorial Conselho Editorial Editor-chefe Ricardo da Luz Editores Adjuntos Helena Gervásio Helena Pereira Helena Rodrigues João Moura Pereira Joaquim Abreu de Sousa Manuel Limbert Paula Alves Paulo Cortes Rui Rodrigues Editores Ana Cristina Raimundo Anabela Sá Ângelo Oliveira António Moreira Carlos Lopes Deolinda Pereira Fátima Cardoso Fernando Castro Fernando Barata Fernando Schmitt Gabriela Sousa Hélder Mansinho João Moura Pereira João Oliveira João Pedro Vargas Moniz 06 Jorge Rosa Santos José Dinis José Laranja Pontes José Luís Passos Coelho José Machado Lopes Lúcio Lara Luís Campos Pinheiro Luís Costa Luís de Sousa Lurdes Batarda Manuel Teixeira Margarida Damasceno Margarida Ferreira Matilde Braga Noémia Afonso Nuno Abecassis Olímpia Cid Paula Chaves Raquel Seruca Rui Henrique Rui Medeiros Sandra Bento Saudade André Sérgio Dias Apoio à revisão técnica Prime Focus Health 07 Revista Portuguesa de Oncologia Revista Portuguesa de Oncologia normas publicação A Revista Portuguesa de Oncologia, órgão oficial da Sociedade Portuguesa de Oncologia, é uma publicação científica na área oncológica (clínica e investigação). Publica artigos originais, artigos de revisão, casos clínicos, imagens em Oncologia, estudos de farmacoeconomia, investigação em serviços de saúde, artigos especiais e cartas ao editor. Rege-se pelas normas adotadas pela Comissão Internacional dos Editores de Revistas Médicas (International Commitee of Medical Journal Editors) que podem ser consultadas em http://www.icmje.org. Os artigos podem ser redigidos em Português ou em Inglês. O rigor, veracidade e exatidão dos conteúdos e opiniões dos autores são da exclusiva responsabilidade dos mesmos, devendo os autores declarar potenciais conflitos de interesses. Os artigos devem ser originais e não podem ter sido anteriormente publicados noutra revista. Deverá ser enviado via e-mail um documento digitalizado e assinado por todos os autores, cedendo à Revista Portuguesa de Oncologia os direitos de autor. Após publicação dos artigos, estes passam a ser propriedade da Revista Portuguesa de Oncologia, não podendo, sem autorização prévia, ser reproduzidos total ou parcialmente. A publicação dos artigos está sujeita a aceitação por parte do conselho editorial. Após análise os artigos podem ser: a) Aceites sem alterações; b) Aceites após modificações propostas pelos revisores; c) Recusados. Os autores, independentemente da resposta, são avisados da decisão do conselho editorial. A Revista Portuguesa de Oncologia tem uma periodicidade quadrimestral e é editada em papel e online. Instruções aos Autores Todos os artigos que não estejam de acordo com as instruções que se seguem podem ser enviados para modificação antes de serem apreciados pelo concelho editorial. Os artigos devem ser enviados em formato digital para [email protected], acompanhados por um formulário devidamente preenchido e assinado – ver Anexo I. Os autores podem solicitar o formulário utilizando o mesmo endereço eletrónico. Para a redação dos artigos os autores devem utilizar o programa Word para Windows (ou compatível), tipo de letra calibri tamanho 11, texto justificado, avanço da primeira linha de 1,25 cm, espaçamento simples 6 pto (depois), margens das folhas: superior e inferior – 2,5 cm, esquerda e direita – 3 cm. As imagens devem ser enviadas num ficheiro adicional em formato JPEG ou TIFF com resolução de 300 dpi. Após envio de proposta de alteração do artigo, por parte dos revisores da Revista Portuguesa de Oncologia, os autores devem enviar uma versão revista do artigo, utilizando a função do Word de registo de alterações (track changes) do Word (ou compatível) num prazo de 10 dias. 08 09 Revista Portuguesa de Oncologia Revista Portuguesa de Oncologia Anexo I Os textos devem ter a seguinte estrutura: Página 1 a) Título em português e em inglês (menos 130 carateres com espaços) – deve ser uma descrição breve sobre o conteúdo do artigo; b) N ome dos autores pela seguinte ordem: nome próprio, seguido do apelido (máximo dois nomes); c) Filiação dos Autores; d) I nstituição, Serviço, cidade ou país onde foi desenvolvido o trabalho; e) Financiamentos e conflitos de interesses; f) N ome, morada, telefone e e-mail do autor para correspondência; g) T ítulo breve para rodapé. Página 2 a) Título; b) Resumo em português e em inglês. Estrutura do resumo: a) Objetivos; b) Métodos; c) Resultados; d) Conclusões. Máximo 842 carateres (com espaços); b) P alavras-chave em português e em inglês. Máximo de 5 palavras-chave, de acordo com o Index Medicus: «Medical Subject Headings» (MeSH). Página 3 e seguintes Artigos originais e Revisões: o texto deve conter os seguintes subtítulos: a) Introdução; b) Métodos; c) Resultados; d) Discussão; e) Conclusões; f) Referências. Máximo 25.000 carateres (com espaços). Casos clínicos: o texto deve conter os seguintes subtítulos: a) Introdução; b) Caso clínico; c) Discussão; d) Referências. Máximo 15.000 carateres (com espaços) e não deve exceder 8 figuras e/ ou tabelas. As legendas das figuras e das tabelas não devem ultrapassar os 98 carateres (com espaços). Artigos Especiais: o texto deve conter os seguintes subtítulos: a) Introdução; b) Métodos; c) Resultados; d) Discussão; e) Conclusões; f) Referências. Máximo 25.000 carateres (com espaços). Investigação em Serviços de Saúde: o texto deve conter os seguintes subtítulos: a) Introdução; b) Métodos; c) Resultados; d) Discussão; e) Conclusões; f) Referências. Máximo 25.000 carateres (com espaços). Imagens em Oncologia: Não devem exceder 6 figuras. Devem ser enviadas em formato JPEG ou TIFF – 300 dpi. Texto explicativo não deve ultrapassar os 2.500 caracteres (com espaços). 10 Cartas ao Editor: Comentário crítico a um artigo publicado na Revista Portuguesa de Oncologia. Máximo 4.000 carateres (com espaços). Referências: As referências bibliográficas devem ser numeradas pela ordem de aparecimento no texto e assinaladas em superscript. Trabalhos não publicados, comunicações em reuniões ou quaisquer dados não publicados devem ser mencionados, entre parêntesis, ao longo do texto. As revistas médicas são referenciadas de acordo com as abreviaturas utilizadas pelo Index Medicus. Nas referências com seis ou menos autores todos devem ser listados. Nas referências com sete ou mais autores, devem ser nomeados os três primeiros autores seguido da abreviatura latina et al. As referências são da exclusiva responsabilidade do(s) autor(es). Revista Apelido e iniciais do(s) autor(es). Título do artigo. Nome da revista ano; Volume: Páginas. Ex.: Pao W, Girard N. New driver mutations in non-small-cell lung cancer. Lancet Oncol 2011; 12(2): 175–180. Capítulo em livro Nome(s) e iniciais do(s) autor(es) do capítulo. Título do capítulo. In: Nome(s) e iniciais do(s) editor(es). Título do livro. Cidade: Nome da casa editora, ano de publicação: primeira a última página do capítulo. Ex.: Remy J, Remy-Jardin M, Voisin C. Endovascular management of bronchial bleeding. In: Butler J (ed). The Bronchial Circulation. New York: Dekker, 1992; 667–723. Livro Nome(s) e iniciais do(s) autor(es). Título do livro. Cidade: Nome da casa editora, ano de publicação: páginas(s) consultada(s) [se aplicável]. Ex.: Vainio H, Bianchini F, eds. IARC handbook of cancer prevention. Vol 7. Breast cancer screening. Lyon, France: IARC Press, 2002. Documento eletrónico Surveillance Epidemiology and End Results (SEER) Program of the National Cancer Institute. SEER. Stat Fact Sheets. http://www.seer.cancer.gov/statfacts/ html/all.html (10 May 2011, date last accessed). Tabelas: As tabelas deverão ser referenciadas no texto em numeração romana pela ordem que surgem no texto. Cada tabela deve ser apresentada em página separada. Na parte inferior devem apresentar um título sucinto e as explicações das abreviaturas utilizadas. Figuras: As figuras a incluir devem ser referenciadas ao longo do texto em numeração árabe pela ordem que surgem. Formato de envio – JPEG ou TIFF – 300 dpi. As legendas das figuras e das tabelas não devem ultrapassar os 98 carateres (com espaços). Revista Portuguesa de Oncologia Formulário Autores Todos os manuscritos submetidos à Revista Portuguesa de Oncologia têm de ser acompanhados por este formulário devidamente preenchido e assinado. Preencha, digitalize e envie para o endereço eletrónico – [email protected]. Este formulário está também disponível no site da SPO (www.sponcologia.pt), onde poderá fazer download e impressão para preenchimento e envio após digitalização. Para mais informações ou em caso de dúvidas contactar Liliana de Almeida – (+351) 217 611 011. Título do Manuscrito: Autor(es): ////////////////////////////////////RPO Aprovação ética para a investigação: Não Não se aplica Sim Nome do principal investigador: Possível conflito de interesses: Sim Não Se sim, qual(is) Contactos: E-mail: Telefone/Telemóvel: Confirmo: • Que todos os autores leram e concordaram com o manuscrito submetido e que todos estão de acordo com a sua submissão à Revista Portuguesa de Oncologia. • Que o manuscrito submetido é original, não tendo sido antes publicado. • Que após submissão o manuscrito passa a propriedade da Revista Portuguesa de Oncologia e a sua reprodução parcial ou total deverá ser alvo de autorização por parte da Revista Portuguesa de Oncologia. • A autorização de divulgação dos meus dados pessoais – nome, especialidade, local de trabalho e email – na revista ou no site para eventuais contactos de leitores. Assinatura: Data: 11 APROVAD O Revista Portuguesa de Oncologia YERVOY™: o primeiro fármaco aprovado a prolongar significativamente a sobrevivência global no melanoma avançado*2 A Sociedade Portuguesa de Oncologia, como sociedade médica científica, tem como mandato contribuir para a evolução e desenvolvimento da oncologia portuguesa. Na prossecução deste objetivo vários projetos têm sido desenvolvidos, ao longo dos últimos anos, principalmente, nas áreas da formação médica em oncologia e do desenvolvimento da multidisciplinaridade e interdisciplinaridade como pedra fundamental de uma prática clínica de qualidade. Mas muito há ainda por fazer. A Revista Portuguesa de Oncologia, agora criada, destina-se a preencher uma lacuna há muito existente na literatura médica científica portuguesa. Pretende ser um espaço em que os profissionais que se dedicam à Oncologia, qualquer que seja a sua especialidade ou área de interesse, possam divulgar os seus trabalhos. Desde a investigação básica à investigação clínica, passando, com certeza, pela investigação de translação, da fármaco-economia à investigação em serviços de saúde, da oncologia psicossocial às políticas de saúde em Oncologia, todos terão na Revista Portuguesa de Oncologia um fórum disponível para divulgação e discussão científica. Queremos que a Revista se constitua num veículo para o incremento da colaboração e cooperação entre todos aqueles que contribuem para a evolução da Oncologia. 12 Não esquecemos nunca os jovens médicos, internos e especialistas, que aqui encontrarão o apoio necessário e fundamental para o desenvolvimento dos seus curricula. Não faria sentido desenvolver este projeto sem o adequar às normas internacionais com o objetivo de vir a obter a sua indexação. Assim a Revista terá uma periodicidade quadrimestral e os artigos publicados serão submetidos a revisão pelos membros do Conselho Editorial. Sem o apoio de todos os seus elementos seria impossível levar este projeto a bom termo. Temos consciência que muitas dificuldades se colocarão no nosso caminho. Portugal é um país pequeno e a produção científica nacional, também na área da Oncologia, está de acordo com a sua dimensão. Mas cremos que a existência de uma revista científica, regida por normas de publicação internacionais, poderá contribuir para o desenvolvimento científico desta área da Medicina. É nosso desejo que todos aqueles que se preocupam com a Oncologia se revejam na Revista e possam contribuir para o sucesso deste projeto. A Revista Portuguesa de Oncologia constituirá o órgão oficial da Sociedade Portuguesa de Oncologia. 1,0 YERVOY ™ (n=137) 0,9 gp100 (n=136) 0,8 46% 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 PTIP-K0001B PROPORÇÃO DE DOENTES VIVOS Iniciar um projeto editorial científico, em Portugal, é sempre um grande desafio, apenas justificado pela vontade de se continuar a lutar pela afirmação da qualidade da Oncologia no nosso país, mesmo em tempos difíceis e ingratos, como aqueles que agora vivemos. Sobrevivência global prolongada com YERVOY™2 24% 0,2 0,1 0,0 0 1 2 2 3 4 ANOS Adaptado de Hodi FS et al. 2010 YERVOY™: uma terapêutica inovadora, potenciadora dos linfócitos T, que activa o sistema imunitário para destruir os tumores1 • YERVOY™ não tem como alvo o tumor directamente, mas bloqueia especificamente o sinal inibitório do antigénio-4 dos linfócitos T citotóxicos (CTLA-4) de supressão das células T, resultando na potenciação da resposta imunitária contra os tumores.1,3 Para informações de segurança importantes, queira consultar o Resumo das Características do Medicamento de YERVOY™ © 2011 Bristol-Myers Squibb. Todos os direitos reservados. editorial Data de preparação: 11/2011 731HQ11PM042(21) YERVOY™ (ipilimumab) é indicado para o tratamento do melanoma avançado (irressecável ou metastático) em adultos que receberam tratamento prévio.1 YERVOY (IPILIMUMAB) Informações essenciais compatíveis com o RCM. Nome do medicamento: YERVOY (ipilimumab) 5 mg/ml concentrado para solução para perfusão. Indicações terapêuticas: YERVOY é indicado para o tratamento do melanoma avançado (irressecável ou metastático) em adultos que receberam tratamento prévio. Posologia e modo de administração: Posologia: O regime de indução de YERVOY recomendado é de 3 mg/kg administrado por via intravenosa durante um período de 90 minutos cada 3 semanas para um total de 4 doses. Os doentes devem receber todo o regime de indução (4 doses) como tolerado, independentemente do aparecimento de novas lesões ou agravamento de lesões já existentes. A avaliação da resposta tumoral deve ser realizada apenas após o final da terapia de indução. Os testes à função hepática e à função da tiróide devem ser avaliados no início do tratamento e antes de cada dose de YERVOY. Adicionalmente, quaisquer sinais ou sintomas de reacções adversas imunitárias, incluindo diarreia e colite, têm de ser avaliadas durante o tratamento com YERVOY (ver RCM completo para informação adicional). A gestão das reacções adversas imunitárias pode requerer a omissão de uma dose ou a interrupção permanente da terapia com YERVOY e a instituição de corticosteróides sistémicos em doses elevadas ou, em alguns casos, a adição de outra terapia imunossupressora (ver RCM completo para informação adicional). A redução da dose não é recomendada. As doses que são omitidas devido a uma reacção adversa não podem ser substituídas. Modo de administração: O período de perfusão recomendado é de 90 minutos. YERVOY pode ser utilizado para administração intravenosa sem diluição ou pode ser diluído em solução injectável de cloreto de sódio 9 mg/ml (0,9%) ou solução injectável de glucose 50 mg/ml (5%) para concentrações entre 1 e 4 mg/ ml. YERVOY não pode ser administrado por via intravenosa rápida nem como injecção em bólus. Contra-indicações: Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes. Efeitos indesejáveis: YERVOY é mais frequentemente associado com reacções adversas resultantes de actividade imunitária aumentada ou excessiva. A maioria destas, incluindo as reacções graves, tiveram resolução após o início de terapia médica adequada ou após YERVOY ser retirado. Em doentes que receberam 3 mg/kg de YERVOY em monoterapia no estudo MDX010-20, as reacções adversas notificadas mais frequentemente (≥ 10% dos doentes) foram diarreia, erupção cutânea, prurido, fadiga, náuseas, vómitos, apetite diminuído e dor abdominal. A maioria foram ligeiras a moderadas (grau 1 ou 2). A terapia com YERVOY foi interrompida devido a reacções adversas em 10% dos doentes. YERVOY é associado a reacções gastrointestinais imunitárias graves. A mediana do tempo para aparecimento de reacções gastrointestinais imunitárias graves ou fatais (grau 3-5) foi de 8 semanas (intervalo 5 a 13 semanas). Com as normas orientadoras de gestão especificadas no protocolo, na maioria dos casos (90%) ocorreu a resolução (definida como melhoria para ligeiro [grau 1] ou inferior ou para a gravidade no basal) com uma mediana de tempo de 4 semanas (intervalo 0,6 a 22 semanas) desde o aparecimento até à resolução. YERVOY é associado a hepatoxicidade imunitária grave. O tempo para o aparecimento de hepatotoxicidade imunitária moderada a grave ou fatal (grau 2-5) variou de 3 a 9 semanas desde o início do tratamento.Com as normas orientadoras especificadas no protocolo, o tempo para a resolução variou de 0,7 a 2 semanas. YERVOY é associado a reacções adversas cutâneas graves que podem ser imunitárias. A mediana do tempo para o aparecimento de reacções adversas cutâneas moderadas a graves ou fatais (grau 2-5) desde o início do tratamento foi de 3 semanas (intervalo 0,9-16 semanas). Com as normas orientadoras especificadas no protocolo, a resolução ocorreu na maioria dos casos (87%), com uma mediana do tempo desde o aparecimento até à resolução de 5 semanas (intervalo 0,6 a 29 semanas). YERVOY é associado a reacções adversas neurológicas imunitárias graves, endocrinopatia imunitária e outras reacções adversas imunitárias. O tempo para o aparecimento de endocrinopatia imunitária moderada a muito grave (grau 2-4) variou de 7 a perto de 20 semanas desde o início do tratamento. Advertências e precauções especiais de utilização: YERVOY está associado a reacções adversas inflamatórias resultantes de actividade imunitária aumentada ou excessiva (reacções adversas imunitárias), provavelmente relacionadas com o seu mecanismo de acção. As reacções adversas imunitárias, que podem ser graves ou potencialmente fatais, podem ser gastrointestinais, hepáticas, cutâneas, do sistema nervoso, do sistema endócrino ou de outros sistemas de órgãos. Apesar da maioria das reacções adversas imunitárias ocorrer durante o período de indução, foi também notificado o aparecimento meses após a última dose de YERVOY. Caso não tenha sido identificada uma etiologia alternativa, a diarreia, frequência de defecação aumentada, o sangue nas fezes, as elevações nos testes da função hepática, a erupção cutânea e a endocrinopatia têm de ser considerados inflamatórios e relacionados com YERVOY. Um diagnóstico precoce e uma gestão adequada são essenciais para minimizar as complicações potencialmente fatais. Os doentes com melanoma ocular, melanoma primário do SNC e metástases cerebrais activas não foram incluídos no ensaio clínico principal. Cada ml do medicamento contém 0,1 mmol (ou 2,30 mg) de sódio. Esta informação deve ser tida em consideração em doentes com ingestão controlada de sódio. Interacções medicamentosas e outras formas de interacção: O ipilimumab é um anticorpo monoclonal humano e não se espera que tenha um efeito nas CYPs nem noutras enzimas que sejam inibidoras ou indutoras da metabolização de fármacos. Consequentemente, não se espera que o ipilimumab tenha interacções farmacocinéticas. A utilização de corticosteróides sistémicos no basal, antes do início de YERVOY, deve ser evitada. No entanto, os corticosteróides sistémicos ou outros imunossupressores podem ser utilizados após o início de YERVOY para tratar as reacções adversas imunitárias. Uma vez que a hemorragia gastrointestinal é uma reacção adversa com YERVOY, os doentes que requerem terapia anticoagulante concomitante devem ser monitorizados cuidadosamente. Fonte: RCM aprovado em Julho de 2011. Medicamento de receita médica restrita. Nome e morada do representante do titular da autorização de introdução no mercado: Bristol-Myers Squibb Farmacêutica Portuguesa, S.A. Quinta da Fonte, 2780-730 Paço de Arcos. Para mais informações deverá contactar o representante do titular da autorização de introdução no mercado. A aquisição de YERVOY™ (ipilimumab), pelos hospitais do SNS, está condicionada ao deferimento do pedido de avaliação prévia pelo INFARMED, I.P., tal como definido pelo DL 195/2006, alterado pelo DL 48-A/2010. Enquanto decorre a avaliação deste pedido, o INFARMED, I.P., pode autorizar o acesso de doentes a este medicamento. Ricardo da Luz *Num ensaio aleatorizado, controlado, de fase 3. 1. Resumo das Características do Medicamento de YERVOY™. 2. Hodi FS et al. N Engl J Med. 2010;363(8):711-723. 3. Fong L, Small EJ. J Clin Oncol. 2008;26(32):5275-5283. concentrado para solução para perfusão Revista Portuguesa de Oncologia Revista Portuguesa de Oncologia “A Medicina de hoje é muito mais complexa” Joaquim Abreu de Sousa, cirurgião e diretor do serviço de Cirurgia no Instituto Português de Oncologia do Porto, é o atual presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO). A Revista Portuguesa de Oncologia (RPO) falou com este responsável, numa entrevista em que confessa sentir “uma grande responsabilidade” por presidir à Sociedade, um desafio que encara de cabeça erguida já que acredita que a SPO é “abrangente e inclusiva”, na qual os profissionais têm de ser capazes de falar a mesma linguagem. RPO – A Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) nasceu há 30 anos. Ao longo deste período, qual considera ter sido o maior contributo científico que permitiu um avanço na compreensão do cancro? Joaquim Abreu de Sousa (JAS) – A Oncologia, como especialidade organizada para o estudo, o diagnóstico, o tratamento e a investigação de uma patologia tão específica como o cancro, é ainda jovem. De entre os enormes avanços verificados nas últimas décadas em Oncologia, destacaria a sequenciação completa do genoma humano, concluído no ano de 2000, como um marco histórico da evolução do conhecimento, fundamental para a interpretação de muitas doenças, entre elas o cancro. No entanto, acredito que a sequenciação do genoma humano e a investigação que tem vindo a ser realizada nos últimos anos para determinar o perfil genético dos tumores irá permitir que se encontrem respostas para muitas questões, ainda que muitas outras surgirão. Por exemplo, hoje em dia ainda não se entende por que é que tumores com características muito similares, que ocorrem em indivíduos parecidos, têm comportamentos biológicos tão diferenciados. Provavelmente a investigação genómica e a proteómica poderão, num futuro próximo, dar resposta a alguns desses comportamentos paradoxais. visão entrevista de fundo 14 Joaquim Abreu de Sousa Presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia RPO – Nas últimas três décadas de história da SPO, de que forma é que a Sociedade tem contribuído para a formação e atualização dos conhecimentos em Oncologia? JAS – A SPO tem tido um papel fundamental e muito importante ao longo dos últimos 30 anos na promoção do conhecimento da Oncologia em Portugal. Enquanto 15 Revista Portuguesa de Oncologia sociedade científica tem procurado reunir e congregar os esforços do conjunto de profissionais de diferentes áreas da Medicina que se dedicam ao tratamento do cancro. É um processo que se tem vindo a desenvolver e a consolidar, com a promoção do conhecimento, a educação e a formação médica contínua e a disseminação das boas práticas em Oncologia. O papel do Colégio da Especialidade de Oncologia Médica da Ordem dos Médicos, tem sido essencial ao criar bases sólidas para a formação pós-graduada em Oncologia. O resultado é a qualidade oncológica que hoje se pratica em Portugal. Do ponto técnico-científico a formação que existe no nosso país está ao nível do melhor do que faz no mundo. Atualmente, a Oncologia é exercida por profissionais com programas de formação bem estruturados que praticam uma Oncologia de alto nível. RPO – Como podemos classificar a Oncologia portuguesa? JAS – Temos uma Oncologia que está ao nível dos países mais avançados do mundo. E a prova disso são os resultados em saúde! Ultimamente tem-se falado muito, no que se refere ao tratamento do cancro, sobre o facto de Portugal apresentar resultados que estão ao nível dos países mais ricos da Europa, mas com orçamentos e com um financiamento da Oncologia muito abaixo desses países. A verdade é que temos uma Oncologia financiada ao nível dos últimos países da Europa de 27, mas que apresenta resultados equiparados aos melhores países da Europa de 11. O nosso deficit não está ao nível da qualidade técnico-científica dos profissionais, mas sim ao nível da organização estrutural. RPO – Em 2008 foi apresentada a Carta de Princípios de Coimbra, um documento que refletiu uma análise sobre a realidade da prática oncológica em Portugal, apresentado pelas então direções da Sociedade Portuguesa de Oncologia, do Colégio da Especialidade de Oncologia Médica e do Colégio da Especialidade de Radioterapia. Este documento, que chegou a ser debatido na Comissão Parlamentar para a Saúde, levou à implementação de alguns dos princípios então evocados? JAS – A Carta de Princípios de Coimbra foi uma declaração pública sobre as disfuncionalidades do sistema de saúde português relativamente à Oncologia, procurando alertar a sociedade e os decisores políticos para uma série de problemas técnicos e organizativos identificados pela 16 Revista Portuguesa de Oncologia “Temos uma Oncologia que está ao nível dos países mais avançados do mundo.” comunidade oncológica portuguesa. Foi uma forma de denunciar para a sociedade em geral aqueles que eram os maiores problemas e deficiências na prática da Oncologia em Portugal. Foram identificados muitos problemas ao nível da estrutura, das regras de referenciação, da acessibilidade, do processo de prestação de cuidados e, concretamente, foi denunciado que para fazer face ao aumento exponencial do número de novos casos de cancro previsto para os próximos anos, seria necessário dotar as instituições de saúde em Portugal de mais especialistas em Oncologia. RPO – Mas a Carta de Princípios de Coimbra levantou, há quatro anos, questões relacionadas com o nível organizacional e estrutural e que ainda permanecem atuais… JAS – Sim. A Carta de Princípios de Coimbra contribuiu de forma decisiva para aumentar o número de vagas para a formação de novos oncologistas, mas muitas das questões evocadas continuam em aberto, concretamente, a rede de referenciação em Oncologia, a certificação de qualidade dos Serviços de Oncologia, a definição de requisitos mínimos para a prática da especialidade, entre outros. É um trabalho que está por fazer. RPO – A Oncologia em Portugal tem outros problemas? JAS – Os problemas da Oncologia em Portugal têm uma base estrutural. Estão relacionados com a nossa dificuldade em avaliar os resultados em Saúde, particularmente em Oncologia. Somos eficazes no tratamento do cancro e a prova disso são as taxas de sobrevivência obtidas como resultado das nossas intervenções. Mas a eficiência nem sempre é avaliada, não temos o hábito de medir de forma sistemática a eficiência dos nossa atividade, ou seja, medir o que fazemos, quanto gastamos para o fazer e que resultados obtemos, analisar se os processos são eficientes, o que neste momento é essencial atendendo ao cenário socioeconómico em que vivemos. RPO – E como é que se consegue provar e avaliar a eficiência? RPO – Considera, então, que a Carta de Princípios serviu os seus interesses? JAS – A Carta de Princípios de Coimbra serviu os seus objetivos e alertou as autoridades para os problemas atuais e futuros da Oncologia em Portugal. Posteriormente à sua discussão pública, a Ordem dos Médicos propôs a criação de mais vagas para formação de jovens oncologistas. Além disso, as entidades decisoras foram alertadas para a absoluta necessidade da existência de uma estrutura dentro do Ministério da Saúde, especialmente vocacionada para a organização da Oncologia em Portugal. Papel que esperamos seja desempenhado com sucesso pela Coordenação Nacional para Doenças Oncológicas e para o qual contará com todo o apoio da SPO. aproveitar os recursos existentes. O problema é que um projeto desta natureza não pode ser implementado por decreto, elaborado com as melhores intenções, em qualquer gabinete ou secretaria. Tem de ser construído da base para o vértice, tendo em conta as especificidades de cada região, depois da análise minuciosa da capacidade instalada, dos recursos humanos e técnicos existentes em cada centro, e sobretudo a sua implementação nunca será efetiva se não for complementada por uma adequada auditoria. RPO – Por que razão há tanta dificuldade em se arrancar com uma rede de referenciação? JAS – Já foram produzidos vários documentos pelas anteriores administrações de saúde com propostas de implementação de uma rede de referenciação de doentes com cancro, com o objetivo de garantir a equidade de acesso e JAS – É um processo complexo que passa pela definição e implementação no terreno de políticas de qualidade. No entanto, sempre que pretendemos medir a qualidade deparamo-nos com vários problemas. Antes de fazermos qualquer medição temos de definir os indicadores de avaliação. Por outro lado, para se medir a qualidade de um processo de prestação de cuidados temos de ser capazes de auditar todas as etapas desse processo e avaliar se estamos, ou não, a ser eficientes desde o início até ao fim do tratamento. Para além de sermos capazes de avaliar os resultados em termos de sobrevivência, é muito importante avaliar também o impacto em termos sociais e económicos. É uma tarefa complexa e é por isso que a medição da qualidade e da eficiência, feita de forma sistemática e consistente, é uma disciplina pendente em todos os países da Europa. 17 Revista Portuguesa de Oncologia Revista Portuguesa de Oncologia RPO – Mas estão a ser preparados os indicadores de eficiência tendo em vista a avaliação da qualidade? assim, apresentar bons resultados. Se as prioridades das políticas de Saúde da União Europeia são a diminuição da mortalidade por cancro e a eliminação de disparidades observadas ao nível dos resultados de tratamento de cancro na Europa, como é que se impõem cortes de 30% na despesa em saúde a um país, que já é dos que menos gasta na Europa, sem que isso tenha implicações na qualidade dos cuidados prestados aos cidadãos? Isto é eticamente reprovável e discordo que alguma organização possa obrigar um país soberano aceitar uma imposição deste tipo. JAS – Sim, mas ainda há muito para fazer. A proposta da Direção-Geral da Saúde, da Ordem dos Médicos e das Sociedades científicas de, em conjunto, elaborarem normas de orientação clínica (NOC) visa, entre outras coisas, a promoção da qualidade. E por quê? Por que se formos capazes de definir as NOC para tratar a maioria dos tumores sólidos, ou os mais prevalentes, não estamos apenas a identificar quais os recursos necessários para tratar aquela patologia. Estamos também a propor a forma mais adequada do ponto de vista de custo-efetividade, para tratar uma determinada patologia. Esta normalização permite, posteriormente, auditar o que foi realizado. Só se pode medir a forma como se prestam cuidados, bem como os que são prestados, se antes se definirem e identificarem quais são. Mas uma coisa é escrever uma norma e outra é a capacidade de implementar a norma na prática clínica e avaliar se a norma está ou não a ser aplicada. Se a Ordem dos Médicos, através dos Colégios de Especialidade, em conjunto com as sociedades científicas conseguirem definir os requisitos mínimos para a prática da Oncologia, será possível certificar as unidades que praticam a especialidade com determinados padrões de qualidade. RPO – A SPO está a planear ações tendo em vista a certificação e a formação em Oncologia? JAS – Sim. Em primeiro lugar porque estamos já a participar de forma direta, com representantes da SPO, na elaboração das NOC. Em segundo lugar porque a atual direção da SPO tenciona realizar uma importante aposta na área da educação médica contínua, quer através do desenvolvimento de cursos de formação básica em Oncologia para os internos de especialidades relacionadas com a Oncologia, que sirva para adquirir os fundamentos para o início da sua atividade profissional, quer pela realização de cursos de formação avançada para os jovens oncologistas em fase final de formação. Se conseguirmos que estas formações sejam creditadas por um organismo nacional ou internacional, a SPO está a prestar um contributo importante para a formação médica em Oncologia. 18 RPO – Mas é certo que já muito foi alterado… JAS – Os momentos de crise também nos obrigam e estimulam a procurar soluções, buscar alternativas e reformar as nossas práticas. E por isso este pode ser um excelente momento para fazermos o que já deveria, e poderia, ter sido feito sem que houvesse necessidade de autoridades externas nos obrigarem a fazê-lo. Ou seja, avaliar as nossas práticas, analisar o custo e efetividade das nossas intervenções, identificar as áreas passíveis de melhoria, eliminar o desperdício, em resumo sermos mais eficientes. Tenho a convicção que na área de intervenção médica podemos eliminar algum excesso e redundância, mas onde podemos realmente poupar é na reformulação dos processos de prestação de cuidados e na reforma organizacional. RPO – Então, onde mais se pode poupar dinheiro? RPO – Atualmente, perante o memorando de entendimento e todas as exigências que a “troika” tem feito nas mais diversas áreas e em muito no que respeita à saúde, quais considera serem as implicações imediatas no que respeita à Oncologia caso seja efetuado um corte cego? JAS – Do ponto de vista ético, qualquer corte cego tem implicações questionáveis, sobretudo quando se trata da saúde e da vida das pessoas. É algo que deve ser muito ponderado. Não é eticamente aceitável que se faça um corte cego num país que já gasta pouco em Saúde e que consegue, mesmo JAS – Em toda a estrutura de suporte à prestação de cuidados médicos. Os recursos humanos e a manutenção da estrutura são responsáveis pela maior fatia da despesa em saúde. Atos médicos e meios complementares de diagnóstico desnecessários e redundantes, a prática de uma medicina defensiva, as intervenções de valor não provado, atividades que não geram valor para o doente, são os alvos para eliminar o desperdício, para o qual só é necessária organização. Penso que a estratégia de um corte cego, que implique fechar a porta à inovação, é perigoso. Os profissionais e a SPO esperam que quer na saúde, quer noutras áreas tão críticas para a qualidade de vida das pessoas, a inovação seja contínua, que todos os dias haja avanços no conhecimento e progressos nas técnicas que nos permitam viver melhor e mais tempo. Acho que a sociedade não iria tolerar cortes cegos que impedissem a inovação, que faz parte da própria evolução das sociedades modernas. RPO – O que é que os oncologistas de hoje têm ao seu dispor, mais do que aquilo que existia há 30 anos? JAS – Os oncologistas de hoje praticam uma medicina mais complexa numa sociedade mais exigente. Num ambiente de muito maior complexidade, a sua formação e os seus conhecimentos assumem um papel crítico. Há uma citação recorrente de Chandler que afirma que “a Medicina há alguns anos era simples, pouco eficaz e segura, em contraste com a Medicina atual que é complexa, muito eficaz e perigosa”. Quer isto dizer que hoje, ao contrário das gerações que nos antecederam, temos à disposição todo um armamentário tecnológico e toda uma herança de conhecimento que faz com que tenhamos muito mais armas para diagnosticar e tratar a doença. Isto introduz muita complexidade, o que significa que o oncologista moderno tem de estar muito mais alerta para a importância das decisões que toma e para implicações económicas das suas escolhas. Hoje em dia um oncologista está muito mais pressionado pela própria sociedade relativamente à evidência das suas opções e todos os dias tem de fazer ponderações de custo-efetividade nas suas decisões. Num contexto de recursos limitados, um cenário tão complexo, tecnologicamente muito sofisticado, gera, obviamente, tensões e atritos. Sem pretender retirar mérito aos nossos mestres e antecessores, diria que os oncologistas de hoje têm um enorme desafio pela frente. RPO – Ao nível da investigação, Portugal tem bons investigadores e com resultados extraordinários a nível internacional, patentes pelo reconhecimento do trabalho efetuado através da atribuição de vários prémios. De que forma é que a SPO pode contribuir para aumentar o interesse pela investigação? JAS – Em várias áreas. Temos perfeita noção de que a investigação é o motor do progresso. Todas a fases do processo de investigação desde a investigação básica, passando pela investigação translacional até à investigação clínica, e a forma como elas se interrelacionam é importante para o progresso. Esta é também uma das chaves para eliminar desperdício, para diminuir variabilidade clínica, para introduzir eficiência no sistema, que é fazer com que a investigação clínica esteja presente no dia-a-dia da prática médica. Ou seja, se o ato médico estiver sempre inserido numa dimensão de investigação clínica, em que se avalia de forma sistemática 19 Revista Portuguesa de Oncologia os processos e os resultados, podemos introduzir muitas melhorias no sistema. RPO – Este processo ainda não é efetuado? JAS – Há muitos resultados da investigação básica que não passam para a investigação de translação e desta para a investigação clínica. Além disso, estima-se que qualquer avanço na área médica tarda, em média, 15 anos a ter implicações na prática clínica. É extraordinariamente complexo e daí a importância de nós, na prática diária, incluirmos cada vez mais doentes em ensaios clínicos, avaliarmos permanentemente os resultados das nossas intervenções e, no fundo, fazer investigação sempre que estamos a tratar um doente em particular. RPO – A RPO será, então, um espelho da investigação em Oncologia e um veículo facilitador de publicação de informação relevante? JAS – Com a RPO a SPO pretende ter um veículo, uma forma de fazer com que os avanços na Oncologia portuguesa e, de alguma forma, no mundo, facilitem esta circulação de informação, entre as diferentes fases do processo de investigação. Acredito que se formos capazes de congregar no seio da SPO todas as áreas da investigação básica, translacional e clínica das diferentes especialidades, podemos ter um órgão de divulgação científica útil à comunidade científica portuguesa. ////////////////////////////////////////////////////RPO A SPO é transversal a várias especialidades Para Joaquim Abreu de Sousa, ser presidente da SPO representa “muita honra e satisfação”, um reconhecimento possível pela eleição dos seus pares. No entanto, confessa que o desempenho desta função representa “uma grande responsabilidade”. “Não sou o primeiro cirurgião presidente da SPO, mas tenho uma responsabilidade acrescida face aos meus antecessores: procurar que as pessoas entendam que uma Oncologia de qualidade não se consegue apenas com uma Oncologia Médica de qualidade”, declara. Considera que a especialidade é “essencial” e que tem “contribuído de forma marcada para a evolução da Oncologia”. Porém, sublinha que a área é muito mais que a especialidade em si e acredita que o facto de ter sido eleito presidente da SPO significa a concordância da maioria das especialidades que integram a SPO de que a Oncologia é uma área multidisciplinar. “Os oncologistas sabem que não conseguem praticar uma Oncologia de qualidade se a Cirurgia, a Radioterapia, o Diagnóstico Imagiológico, a Anatomia Patológica, a Genética, entre outras especialidades, não alcançarem padrões de qualidade elevados no tratamento do cancro. A Oncologia, no seu todo, engloba muitas áreas de conhecimento e o meu grande desafio é ser capaz de congregar no seio da SPO todas as especialidades, grupos cooperativos e de investigação que se dedicam ao tratamento do cancro”, realça, e alerta: “A SPO é abrangente e inclusiva, em que todos temos de falar a mesma linguagem.” Procuramos soluções inovadoras para problemas de saúde não solucionados. A nossa especialidade é o combate a doenças graves como, por exemplo, o cancro. As nossas inovações ajudam milhões de pessoas, atenuando o seu sofrimento e melhorando a sua qualidade de vida. Nós proporcionamos esperança. Inovamos na saúde 20 Revista Portuguesa de Oncologia Revista Portuguesa de Oncologia Ainda há muito para descobrir opinião do especialista “No passado acreditávamos que, num cancro, todas as células eram exatamente iguais. Assim, confiávamos que se se achasse um mecanismo comum era possível destruir o cancro. Hoje, sabe-se que tal não é possível.” Fernando Schmitt Diretor Médico da Unidade de Patologia no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) e Professor do Departamento de Patologia e Oncologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto Sem inovação, não há desenvolvimento Nos últimos anos, foram várias as descobertas que em muito contribuíram para o conhecimento sobre o cancro. Destas, destaque para a descoberta das terapêuticas-alvo no tratamento do cancro, bem como a sua validação e o início da sua aplicação clínica. Este avanço deveu-se ao facto de ter existido uma grande investigação nos mecanismos moleculares e nas vias de sinalização do cancro, que forneceram as bases científicas para a descoberta destas terapêuticas. Foi, sem dúvida, um avanço extraordinário na investigação e com imediata aplicação terapêutica. A título de exemplo, ao se analisar a sobrevida de doentes com cancro de mama num período de 10 a 20 anos a esta data verifica-se que o tipo de cancro mais agressivo, com uma maior mortalidade, era o que tinha a sobre-expressão HER2. Neste período foram descobertas duas terapêuticas que atuam contra esta molécula e a sobrevida deste tipo de cancro melhorou. De tal forma que o tipo de cancro com sobre-expressão HER2 já não é o que mais mata as mulheres. Trata-se de um exemplo claro do contributo da investigação: alguém que tivesse este tipo de doença há 20 anos teria um mau prognóstico, hoje o panorama é completamente diferente. Tudo graças à investigação e à descoberta destes mecanismos. 22 Contudo, o caminho a percorrer ainda é longo. Estes tratamentos têm ainda muitos efeitos indesejáveis e há muitos mecanismos de resistência. Apesar de ter existido uma melhoria significativa nos doentes persiste um número significativo de indivíduos que possuem alterações moleculares e que mesmo ao serem tratados com estas terapêuticas não têm a resposta adequada. Hoje em dia, as novas tecnologias, como a sequenciação de nova geração, têm permitido efetuar um mapa do genoma do cancro. De forma muito rápida, é possível perceber muitas das alterações que o cancro sofre de forma simultânea. É um grande passo para conseguirmos entender melhor o que se denomina por heterogeneidade tumoral. No passado acreditávamos que, num cancro, todas as células eram exatamente iguais. Assim, confiávamos que se se achasse um mecanismo comum era possível destruir o cancro. Hoje, sabe-se que tal não é possível. Estamos a descobrir e a aprender sobre a heterogeneidade e acredito que depois de a perceber seremos capazes de desenhar terapêuticas mais eficazes que possam abranger as múltiplas e fundamentais alterações, o que se traduzirá numa melhoria do tratamento. A verdade é que quando se estuda a genética de um cancro existem milhares de alterações. Algumas são significativas para a sobrevivência das células, outras são de menor interesse. É necessário aprender quais são as mais significativas, bem como ter um mecanismo comum, com combinação de terapêuticas, que possam abranger a maior parte das alterações e impedir a progressão destas células. Este é um ponto fundamental. Todos os avanços que se têm conseguido atingir nos últimos anos no tratamento do cancro, só são possíveis através de um melhor conhecimento dos mecanismos da patologia. Só depois deste conhecimento é possível desenhar e desenvolver novas terapêuticas. Mas, por outro lado, existe também o ponto de vista do hospedeiro e, por isso, é fundamental entender a farmacogenómica, ou seja, de que forma é que o doente metaboliza as drogas. A maior parte dos tratamentos não são administrados na sua forma ativa, mas sim de maneira a que sejam ativados pelo nosso metabolismo. E como as pessoas reagem e metabolizam de forma distinta é crucial estudar e entender o lado do hospedeiro, ou seja, as suas defesas, a forma como este manipula as terapêuticas. Este estudo está a ser realizado e é já alvo de muitos trabalhos de investigação que também nos podem trazer benefícios, no que respeita a um maior conhecimento sobre o cancro para, assim, o podermos tratar melhor. 23 Revista Portuguesa de Oncologia Financiamento é essencial para a inovação Um dos grandes problemas que afeta diretamente a realização de investigação em Portugal é a falta de financiamento. Nos últimos 20 anos, houve, em Portugal, um avanço extraordinário na investigação científica em geral. Tal possibilitou que hoje existam grupos de investigação reconhecidos internacionalmente, com papers aceites em revistas científicas com elevado factor de impacto. O que falta é consistência na investigação no que diz respeito a uma consolidação de financiamento. É verdade que os cérebros são fundamentais, mas sem dinheiro não é possível trabalhar em novas descobertas. Assim, o financiamento é fundamental para a investigação científica. A sua falta coloca em risco a capacidade científica em Portugal e aumenta a possibilidade de se perderem os melhores investigadores portugueses, cuja qualidade é já indiscutível a nível internacional. Para tal, basta olhar para as centenas de jovens em pós-doutoramento ou investigadores de áreas básicas que estão espalhados por todo o mundo a trabalhar e a ajudar os grupos internacionais na produção de investigação e inovação. A falta de investimento na educação e na investigação científica é, enfim, uma tragédia com consequências graves para o futuro do país. Algo que já é visível quando se analisa todo o potencial de investigadores nacionais que está a trabalhar no estrangeiro, formados com dinheiro português. Ou seja, numa altura em que os investigadores começam a poder retribuir o investimento que o Governo fez na sua educação, perante a situação económico-financeira de Portugal e face a um cenário de desinvestimento ao nível de financiamento, estes optam por sair de Portugal e apostar num país que os acolhe, que se aproveita do seu conhecimento e potencial, sem que antes tenha investido na sua formação. De facto, é muito difícil para um país manter-se inovador se não investir na educação. Um país rico pode dar-se a esse luxo porque pode importar cérebros. Portugal precisa de continuar a investir na formação e ser capaz de aproveitar o seu investimento. A título de exemplo, a China, que sempre enviou milhares de pessoas para serem formadas nos EUA, passa agora a ter grupos de investigação e de boa qualidade. Investem no seu regresso ao país natal e estabelecem um programa sustentável. O Brasil está a fazer a mesma coisa. Mas mesmo na Europa, onde a situação financeira é frágil, o investimento devia ser mantido ao nível da educação. Se já havia um fosso quando comparávamos Portugal a outros países europeus, hoje em dia este tende a aumentar. Sidney Brenner dizia que um dos grandes motores de avanço é a melhoria tecnológica. Mas esta implica investimento de qualidade. E muito embora o investimento massivo tenha sido feito pelo Estado, não nos podemos esquecer de que algumas entidades privadas, nomeadamente a indústria farmacêutica, têm contribuído. Mas com as dívidas acumuladas do Estado a estes fornecedores, o seu interesse em investirem em Portugal é cada vez menor. Quais são as entidades privadas em Portugal que estão interessadas em financiar a investigação? Se porventura tivéssemos ao dispor fundações com bons coortes de avaliação e que fornecessem dinheiro para instituições, talvez trouxesse mais benefícios do que cada fundação ter a sua própria instituição na investigação. ////////////////////////////////////////////////////RPO “O financiamento é fundamental para a investigação científica. A sua falta coloca em risco a capacidade científica em Portugal e aumenta a possibilidade de se perderem os melhores investigadores portugueses, cuja qualidade é já indiscutível a nível internacional.” A TRABALHAR PARA QUE CADA DOENTE ONCOLÓGICO TENHA O TRATAMENTO CERTO. O Cancro continua a ser um dos maiores e mais duradouros desafios da Indústria Farmacêutica. É por esta razão que o nosso compromisso de continuar a avançar na luta contra o Cancro é mais forte do que nunca. A Pfizer está a trabalhar para desenvolver terapêuticas alvo tendo por base o conhecimento biológico da doença. Isto ajudar-nos-á a direccionar o tratamento certo para a pessoa certa, no momento certo, e a melhorar a vida daqueles que vivem com cancro. EM CONJUNTO ESTAREMOS MAIS PERTO DA CURA. Colaboramos hoje com múltiplos parceiros públicos e privados, incluindo Universidades, Fundações e Agências Governamentais e contamos com mais de 1000 cientistas para nos ajudarem a encontrar uma resposta. Saiba mais em pfizer.pt A trabalhar em conjunto para um mundo mais saudávelTM 24 Copyright © 2010 Pfizer Inc. Direitos reservados. A Wyeth foi adquirida pela Pfizer Inc. A integração da Wyeth e da Pfizer a nível local depende ainda do cumprimento de requisitos legais e regulamentares Revista Portuguesa de Oncologia Revista Portuguesa de Oncologia “Ao longo da história da Medicina foi-se verificando uma tendência crescente para a fragmentação do conhecimento médico tendo a Oncologia Médica sido reconhecida como especialidade independente apenas na década de noventa.” opinião do especialista Ao longo da história da Medicina foi-se verificando uma tendência crescente para a fragmentação do conhecimento médico tendo a Oncologia Médica sido reconhecida como especialidade independente apenas na década de noventa. Gabriela Sousa Assistente Hospitalar em Oncologia Médica no Instituto Português de Oncologia de Coimbra e vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia Uma aposta na formação médica contínua A Sociedade Portuguesa de Oncologia é uma sociedade científica formada por médicos oriundos de todas as especialidades médicas envolvidas no diagnóstico e tratamento das doenças oncológicas. Não é uma sociedade constituída por uma única especialidade médica, mas congrega as várias especialidades que, de forma horizontal, se cruzam ou interagem na abordagem da doença oncológica fazendo jus à multidisciplinaridade necessária na abordagem das doenças oncológicas. Torna-se, assim, fundamental como garante da qualidade assistencial ao doente oncológico que todos os intervenientes no processo de decisão diagnóstica ou de tratamento falem a mesma linguagem e tenham o mesmo nível de formação. 26 A evolução do conhecimento científico e tecnológico aplicado ao diagnóstico e tratamento do cancro tem tornado premente a necessidade de aquisição de competências mais alargadas ao nível das várias áreas de intervenção. Aos internos das várias áreas é dado o ensino prático e o apoio científico para o crescimento e desenvolvimento das competências necessárias ao melhor desempenho da Oncologia, seja qual for a sua área de intervenção. Contudo, muito lhes é exigido! A par da elevada exigência assistencial, é-lhes exigido cada vez mais conhecimentos científicos e elevada competitividade! E acreditamos que a melhor ferramenta para a competitividade será a formação! A formação médica deve ser entendida como um contínuo. Inicia-se nas faculdades, continua nos internatos e prossegue todos os dias da nossa vida… Este processo deve ser coerente, exigente e ter como objetivo fundamental a melhoria na qualidade da assistência médica proporcionada ao doente. Poderiam ser definidas várias áreas de intervenção… Para o triénio 2012-2014 a Sociedade Portuguesa de Oncologia definiu como prioritária a sua ação no campo da formação médica. Assim, colocou em marcha um projeto ambicioso de formação em áreas científicas paralelas, mas fundamentais para o exercício da Medicina baseada na evidência: quatro cursos teórico-práticos, sob a responsabilidade formativa da Springer, empresa líder mundial na área da publicação médica: • Bioestatística; • Interpretação de ensaios clínicos; • Medical writing; • Capacidades de comunicação e media training. 27 Revista Portuguesa de Oncologia Revista Portuguesa de Oncologia Este programa de quatro cursos a desenvolver em cada ano, tem como objetivo maior preparação de novos leaders em Oncologia. Pretendemos que os mais jovens especialistas e internos sejam dotados de ferramentas que num futuro próximo se traduza num aumento da capacidade de realizar trabalhos, de os apresentar e publicar. Pretendemos com estes cursos aumentar a capacidade de comunicar os resultados da investigação que se faz nas nossas instituições e no nosso país. Os 20 candidatos selecionados para cada um dos cursos, de forma entusiasta, curso após curso, vão aprofundando o seu conhecimento nestes vários temas e com sentido crítico, muito têm contribuído para um maior aperfeiçoamento deste programa. A criação da revista científica que agora nos é apresentada vem de encontro à existência deste programa de formação dedicado à investigação, fomentando e dando espaço para as publicações científicas. Também é objetivo desta Sociedade proporcionar formação básica e específica em Oncologia, com a criação já no próximo ano de um Curso Básico de Oncologia, onde os formandos possam adquirir conhecimentos em áreas fundamentais, como biologia molecular, anatomia patológica, patologia clínica, meios auxiliares de diagnóstico e estadiamento das várias neoplasias. Pretendemos que este curso possa vir a existir com a periodicidade anual e que venha a primar pela excelência e qualidade na formação daqueles que iniciarem a sua atividade em áreas relacionadas com a Oncologia. Outros projetos estão em curso, alguns ainda muito embrionários, como por exemplo a possibilidade de um programa de e-learning que permitiria, utilizando as novas tecnologias, que os membros da sociedade interessados pudessem fazer a sua formação de forma individualizada e personalizada, de acordo com as suas áreas específicas de interesse. Estamos a ser ambiciosos porque entendemos que os nossos recursos serão cada vez mais escassos, com uma competitividade cada vez mais forte, e que se a formação garantida pela Sociedade for de excelência em muito contribuirá para todos alcançarmos de forma mais eficaz o objetivo proposto: o exercício da Oncologia com a sua máxima qualidade! opinião do especialista Mário Amorim/Infarmed Notícias “A criação da revista científica que agora nos é apresentada vem de encontro à existência deste programa de formação dedicado à investigação, fomentando e dando espaço para as publicações científicas.” Eurico Castro Alves Presidente do Conselho Diretivo do INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P Desafios da inovação terapêutica Embora o investimento em investigação e desenvolvimento por parte da indústria farmacêutica tenha crescido significativamente, o número de novos fármacos que entram no mercado tem vindo a diminuir de forma consistente nos últimos anos, dando a perceção de que o modelo utilizado até agora não será o mais eficiente. Ao mesmo tempo, vivemos hoje o limiar de uma nova revolução na indústria farmacêutica, que poderá contribuir para a mudança de paradigma no desenvolvimento de novos medicamentos num futuro próximo. O conhecimento do controlo genético de funções celulares importantes, como resultado da descodificação do genoma humano, constitui hoje um dos pilares fundamentais para a identificação de alvos terapêuticos e para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento de doenças. Desenvolvimentos científicos como estes impõem novos desafios também às autoridades competentes, como o INFARMED, I.P., na adaptação regulamentar às novas realidades no campo da inovação terapêutica. ///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////RPO 28 29 Revista Portuguesa de Oncologia Revista Portuguesa de Oncologia Nova realidade científica Para além dos novos conhecimentos trazidos pela genética, também o avanço técnico-científico nas áreas da química e da biologia assim como o aparecimento de novos ramos da ciência como a bioinformática, a quimioinformática ou a genómica funcional, por exemplo, vieram contribuir para esta nova realidade da inovação terapêutica. Começam cada vez mais a aparecer no mercado, os chamados medicamentos biológicos, resultantes da inovação científica e que respondem a necessidades terapêuticas até aqui sem resposta. Outro aspeto importante desta nova realidade é a possibilidade de dividir a população de doentes em subgrupos de acordo com a resposta a determinado fármaco, tendo por base a realização de testes genéticos. A utilização de terapia génica ou a terapia com engenharia de tecidos, o que hoje se denomina como “terapias avançadas”, começa a dar passos promissores em diversas áreas, como por exemplo, no tratamento de defeitos embrionários ou no tratamento de doenças degenerativas. Neste aspeto, salienta-se o facto de que foi aprovado, em outubro de 2012, o primeiro medicamento de terapia génica, indicado no tratamento da deficiência em lipoproteína lipase em doentes com pancreatite aguda. Os novos sistemas terapêuticos, nomeadamente os que envolvem as nanotecnologias, suscitam também hoje um grande interesse no que diz respeito à investigação em tecnologia farmacêutica. Abrem-se novas perspetivas no que respeita à administração destes fármacos e à sua libertação no organismo, permitindo um efeito mais eficaz e com menos efeitos adversos. Será assim uma abordagem mais centrada no doente, traduzindo-se na já denominada “medicina personalizada”. Outro aspeto importante é o esbater das fronteiras entre classes de produtos. Um exemplo é a classificação de um produto que combina um dispositivo médico com um produto de terapia avançada. Esta nova realidade científica obriga à adaptação e mesmo à criação de legislação. É o caso do novo 30 “Começam cada vez mais a aparecer no mercado, os chamados medicamentos biológicos, resultantes da inovação científica e que respondem a necessidades terapêuticas até aqui sem resposta.” Regulamento Europeu relativo a medicamentos de terapias avançadas, que introduz novas regras para a avaliação, autorização e supervisão deste tipo de medicamentos. Desafios da regulação Um dos possíveis constrangimentos da inovação terapêutica é o facto de os fármacos descobertos de acordo com a nova realidade científica continuarem, em grande parte, a ser desenvolvidos e regulados de acordo com as regras estabelecidas para uma realidade anterior. Existem assim novos desafios para as autoridades nacionais como o Infarmed e para a Agência Europeia de Medicamentos (EMA na sigla inglesa). Tendo em conta as suas características biológicas, funcionais e estruturais, estes novos medicamentos necessitarão, em muitos casos, de dados farmacêuticos, pré-clínicos e clínicos específicos, para demonstrar a sua qualidade, segurança e eficácia. Estes e outros aspetos resultarão, a curto prazo, em alterações nas exigências regulamentares aplicáveis ao desenvolvimento de um medicamento que recorra a estas tecnologias. O desenvolvimento de novos modelos experimentais ou mesmo o desenvolvimento de novas ferramentas para o tratamento de dados de farmacovigilância destes medicamentos são apenas alguns dos aspetos que terão que ser adaptados. Um dos desafios que se coloca às autoridades reguladoras, no sentido de apoiar e estimular a inovação farmacêutica é a disponibilização de aconselhamento científico desde os primeiros passos do desenvolvimento destes novos produtos, e até mesmo após a concessão da autorização de introdução no mercado. Ou seja, é fundamental criar canais de comunicação efetiva entre as autoridades reguladoras e a indústria nas fases críticas do desenvolvimento. “Para que o cidadão tenha acesso a estas novas tecnologias de saúde, com a qualidade, segurança e eficácia adequadas, as autoridades competentes têm que adaptar as suas exigências ao estado do conhecimento.” Neste âmbito, e desde 2007, o Infarmed dispõe na sua estrutura orgânica de um Gabinete de Aconselhamento Regulamentar e Científico (GARC). Este aspeto é de crucial importância no sentido de permitir um mais rápido acesso dos cidadãos a estes medicamentos ou produtos de saúde. Outro desafio, mais abrangente, é o de criar condições para a implementação e o desenvolvimento de empresas inovadoras no espaço europeu. Para que o cidadão tenha acesso a estas novas tecnologias de saúde, com a qualidade, segurança e eficácia adequadas, as autoridades competentes têm que adaptar as suas exigências ao estado do conhecimento. A adaptação, segura mas célere, constitui um desafio para a EMA e para o conjunto das Agências de Medicamentos dos Estados-membros, incluindo o Infarmed, mas contribuirá de forma significativa para uma Europa mais competitiva na área da inovação terapêutica. Realidade europeia No âmbito da Estratégia 2020, a política de Conhecimento e Inovação é uma das prioridades da União Europeia (UE) para tornar a economia europeia mais coesa e sustentável. A Educação, a Investigação e a Inovação formam o “triângulo do conhecimento” que permitirá à Europa melhorar o seu dinamismo económico e modelo social. Para atingir estes objetivos foram estabelecidas algumas iniciativas com impacto no desenvolvimento da Inovação Terapêutica: O 7.º Programa Quadro para a Investigação 2007-2013 (Seventh Framework Programme - FP7), que procura consolidar a Área de Investigação Científica Europeia (European Research Area - ERA) e estimular o investimento de I&D em cada país (que inclui tópicos especificos para acelerar a descoberta e desenvolvimento de novos medicamentos na área oncológica); A Iniciativa público-privada de Medicamentos Inovadores (Innovative Medicines Initiative - IMI), que se debruça sobre o futuro da investigação biomédica e aponta caminhos para alcançar um desenvolvimento rápido de novos medicamentos, seguros e mais eficazes que ajudarão a revitalizar a área de investigação biofarmacêutica e a criação em 2009 do Instituto Europeu de Tecnologia (European Institute of Technology) que permite que a excelência europeia tome forma. Custo vs Benefício Conforme referido, as áreas da investigação e desenvolvimento de medicamentos estão a viver um intenso processo de mudança, tanto no campo científico como no regulamentar. Os avanços científicos em tecnologias altamente especializadas e a revolução do conhecimento dos sistemas biológicos contribuem de forma significativa para esta mudança. No entanto, a transformação das terapêuticas para uma abordagem seletiva e individualizada exige, por inerência, recursos financeiros superiores que importa analisar na perspetiva da relação custo/beneficio. No atual contexto socioeconómico, o investimento associado à inovação terapêutica deverá assentar em pressupostos que promovam aquilo que é verdadeiramente inovador e de interesse para os doentes, em detrimento daquilo que, sem trazer benefícios reais, consome recursos essenciais que deixam de poder ser usados onde é mais necessário e clinicamente relevante. /RPO 31 Revista Portuguesa de Oncologia Revista Portuguesa de Oncologia Sociedade Portuguesa de Oncologia comemora 30 anos m m m m m m m m m mm G G m m m m m % G % G % G G G m % % G % G G m m m % % G m m m m m % m % m m m m O m m m m m m m m m m m m m m O m O m m m m m m m m G m m m % O m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m O m m m m m m m % m m m m m m m m m m m m mm m m m m m m m m m m mm m O m m m m m m m m m m m m mm m m m m m m m m m m O m m m m m m m m 33 m m m m m m % m m m m m m m m m O m m m m m m m % m m m % m G m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m mm m m m m m m m m m m m % m m m m m m m m m m m m m m m m m G m % m mm m m m O m m m m O % m m O m m m m m m m m m % m m m m m m O m m m m m m G m m m m m m m m m m m m % M m m m m m m m m O m m m % G M m m m m m m m m % m m Mm m m m m m m m m m M m m m m m m m m O m m m m m m m m m M m m m m m m m m m M O m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m M M M m m m m m m m mm m m m m m m m m m M m m m m O M m m m m m m O m m m m m Q m m m M m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m m % m m m m O m % m m m m m m m % M m m m mm m m m m % % % % m m m % m m O m m m m m m m % m m m m % m m m m % % m m % m m m % % m m m m % m m m m % m m m m m m m m m m % m % m m m m m m m m m % m m % G % G % m m m m m m % m % % O m m m m m m m O m m % m m O m m m m m m m m m m O % % m m m m m m m M M M M m % G % m m m m m m m m m O m m m m m m m m m m O m m m M m G % % % % m % % m G m m m m % m % % m m m m % m m m m m m m Mm M O OM m M m m mm m M m G G G m m m m m m m m % % % O m m m O m m m m M m m m m m m m m G G G m m % m m m m m m m m m % m m m m m % m m m m m m m M M M M M M M M M m m m m m m m M m O m m % m m m m m m m m M M m m m m m m m m m m m m % mm % m m m m m % m m m m m m m m m m M YON0312-465 Q m m m m m m m m m m m m O m m m m m m m m m m % O m m m % m % m m m m m m O m m m m % m M O m 32 *Obtido de dados laboratoriais m m m m % m m m M Por fim, a SPO lança a Revista Portuguesa de Oncologia, publicação científica que contará, a partir do número 1, com a divulgação de artigos científicos sobre Oncologia e das áreas relacionadas com o objetivo de promover e divulgar a investigação básica, translacional e clínica feita em Portugal. ///////////////////////////////////////////RPO m m m m m m m m O m m m % % m m m m m M Os internos são também um público-alvo da celebração dos 30 anos da SPO, pois representam o futuro da Oncologia. Para eles, a SPO vai organizar o curso de formação básica, aberto a internos das especialidades que se interligam com a Oncologia, com o objetivo de os dotar de conhecimentos técnico-científicos úteis para o desenvolvimento dos seus estudos e prática clínica futura. m m m m m m m m m m m m m % M Em maio de 2013 decorrerá no Brasil, em Fortaleza, o 1º Congresso Luso-Brasileiro de Oncologia Clínica, uma parceria estabelecida entre a SPO e a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica. Esta organização conjunta tem como objetivos a atualização de conhecimentos dos profissionais que trabalham em Oncologia, a apresentação de novos tratamentos, a promoção de discussões frutíferas em Oncologia através de um programa científico variado e completo, bem como a colaboração com o Estado para a formulação e execução de políticas públicas voltadas para a universalidade e equidade de cuidados abrangentes aos doentes. m m m m m m m M m M O M m m m A qualidade em Oncologia será debatida por conceituados especialistas da área, numa iniciativa a realizar em Coimbra, em abril de 2013, da responsabilidade da SPO em conjunto com o Colégio de Especialidade de Oncologia Médica da Ordem dos Médicos. % m m m m m % m m Será realizada, em data a anúnciar, uma conferência sobre “O passado, presente e o futuro da Oncologia” à qual se seguirá um jantar comemorativo, ações que irão marcar o arranque desta celebração. Nesta iniciativa pretende-se traçar aquela que foi a evolução da Oncologia nos últimos 30 anos, apresentar os desafios atuais e perspetivar o que será o futuro e a evolução do tratamento pela visão de um investigador. m m m m m m mm m No âmbito desta comemoração, a SPO preparou um conjunto de atividades a desenvolver durante 2013, com o objetivo de debater a atualidade em Oncologia. m m O O % M % m oncologia e a sociedade A Sociedade Portuguesa de Oncologia inicia em 2012 a celebração dos seus 30 anos de existência. mNomemdo medicamento: m Yondelis.mComposição qualitativa e quantitativa. Cada frasco para injetáveis contém m 0,25 m mg ou m 1 mg de trabectedina. m 1 ml de solução reconstituída contém m 0,05 m mg de trabectedina.mForma m farmacêutica. Pó para concentrado para solução para perfusão. Indicações terapêuticas. Yondelis é indicado para o m tratamento de doentes m com sarcoma m avançado dos tecidos m moles, após insucesso das antraciclinas e ifosfamida, m ou de doentes amquem não convenha receber estes agentes. O Os dados de eficácia baseiam-se m principalmente m m em doentes m com liposarcoma m emleiomiosarcoma. m Yondelis m combinado m com doxorrubicina lipossomal m peguilada (PLD) é indicado para o m tratamento de doentes que sofreram m m uma recaída de cancro do ovário sensível à platina. Posologia m e modo de m administração: Yondelis m tem de ser m administrado sob supervisãomdemum médico m com experiência no uso de m quimioterapia. O O uso deste m medicamento m deve estar m limitado a oncologistas qualificados ou outros profissionais de saúde especializados na m administração de agentes citotóxicos. Posologia Para o m tratamento de sarcoma m dos tecidos m moles, a dosemrecomendada é dem1,5mmg/m2 de área de superfície corporal, m administrada sob m a forma de perfusão i. v. durante 24 horas, m com m um intervalo de três m semanas entre ciclos. Para o m tratamento de cancro do ovário, Yondelismé administrado dem3 emm3 semanas sob m a formamde uma perfusão de 3 horas, m numa dose dem1,1mmg/m2, m imediatamente m a seguir a PLDm30mmg/m2. Para m mminimizar o risco de reações à perfusão de PLD, a dose inicial mé administradama uma velocidade não superiorma 1mmg/minuto. Se não for observada qualquer reação à perfusão, as perfusões de PLD subsequentes podem m ser m administradas ao longo mde um período de 1 hora. Todos os doentes m devem receber corticosteroides, por mexemplo,m20 mg de m dexametasona por via intravenosam30 minutos antes da m administração de PLD m (em terapêutica m combinada) ou de Yondelis mm (em monoterapia), não só m como profilaxia m antiemética m como m também m porque parece proporcionar efeitos hepatoprotetores. Podem m m administrar-se m antieméticos adicionais 3 3 m de plaquetas 100.mm 000/mm ; bilirrubina m limite superior domnormal (LSN); fosfatase alcalina 2,5 x LSN (considerar as isoenzimas m conforme m o necessário. É necessáriomo cumprimento m dos seguintes critérios parampermitir om tratamento m com Yondelis: contagem m absoluta de neutrófilos (CAN) 1.mm 500/mm ; contagem hepáticas 5-nucleotidaseGG ou GGT, caso a elevação possa ser de origem m óssea);malbumina 25 g/l; ALT e AST 2,5 x LSN; depuração da creatinina m30m ml/min m (monoterapia), creatinina sérica m1,5 mg/dl ( 132,6 m ȝmol/l) ou depuração de creatinina m60m ml/min (terapêutica m combinada); CPK 2,5 x LSN; m hemoglobina 9 g/dl. Devem m m cumprir-semosmmesmos critérios, enunciados m acima, antes de novo m tratamento. Caso contrário, o m tratamento terá de ser adiado durante m um período de atém3 semanas até que os critériosmsejam m cumpridos. m A monitorização adicional dos m parâmetros m hematológicos bilirrubina, fosfatase alcalina, m aminotransferases e CPK deve ocorrer m semanalmente m durante os m primeiros dois Q QuadroQ 1 - Quadromde modicação das doses para Yondelis e PLD ciclos da terapêutica, e m pelo menos m uma vez entre m tratamentos nos ciclos subsequentes. Deve m administrar-se m ammesma dose para todos os ciclos, desde que nãomsejam observadas toxicidades de grau Sarcoma m dos tecidos m moles Cancro do ovário 3–4 e que o doente m cumpra os critérios para novo m tratamento. Ajustes da dose durante o m tratamento Antes de novo m tratamento, os doentes m têm de m cumprir os critérios de referência definidos m acima. Caso ocorra qualquer dos acontecimentos m seguintes a qualquer altura entre os ciclos, a dose terá de ser reduzida m um nível, de acordo m com o quadro 1 a seguir para os ciclos subsequentes: neutropenia < Yondelis Yondelis PLD m mais de 5 dias ou esteja associada a febre ou infeção;m trombocitopenia < 25. mm 000/mm3m; aumento da bilirrubina > LSN e/ou fosfatase alcalina> 2,5 x LSN;m aumento das mm 500/mm3, que dure 2 2 2 Dose inicial m1,5mmg/m m1,1mmg/m m 30mmg/m m aminotransferases (AST ou ALT) > 2,5 x LSN m (monoterapia) ou > 5 x LSN (terapêutica m combinada), que não tenha recuperado ao dia 21; quaisquer outras reações adversas de grau 3 ou 4 (tais m como náusea, m vómito, fadiga).mAssim que se faça m uma redução da dose devido a toxicidade, não semrecomenda a escalada da dose m em ciclos subsequentes. Caso reapareça qualquer destas toxicidades m em m 25mmg/m2 m Primeira redução m1,2mmg/m2 m0,9mmg/m2 ciclos subsequentes m num doente que apresente benefício clínico, a dose poderá voltar a ser reduzida. Podem m ser m administrados fatoresmestimulantes de colónias para toxicidade m hematológica de acordo 2 2 2 m 0,75mmg/m m 20mmg/m Segunda redução m 1mmg/m m com as práticas locais habituais. Na eventualidade demserem necessárias reduções adicionais da dose, deve considerar-se a descontinuação do m tratamento. Duração do m tratamento Nos ensaios clínicos, não houve m limites pré-definidos ao m número de ciclos m administrados. O Om tratamento foi continuado enquanto se observou benefício clínico. m Administrou-se Yondelis durante m 6 ou mais ciclos m em% 29,5%%e 52% Q Quadro 2. de doentes tratados m com a dose e calendarizaçãomde monoterapia e terapêutica m combinada, respetivamente. m O Osmregimesmde monoterapia e terapêutica m combinadamforam utilizados durante até 38 e 21 ciclos, respetivamente. m Não se observaram m toxicidades m cumulativas m em doentes tratados m com ciclos m múltiplos. População pediátrica. A segurança Classes de m sistemas de Reações adversas noticadas m em% 1% dos doentes m em ensaios clínicos e eficácia de trabectedina na população pediátrica nãomforam ainda estabelecidas. Não existem m dados disponíveis. Doentes idosos. Não se efetuaram m estudos específicos m em órgãos nomregime m recomendadom[1,5mmg/m 2, 24horas de perfusão a cadam3 semanas] doentes idosos. G Globalmente, m % 20% dos 1164 doentes na análise integrada de segurança de ensaios clínicosmde monoterapia m tinham m mais de 65 anos. Dos 333 doentes m com mExames m complementares m M Muito frequentes cancro do ovário que m tomaram m trabectedina m combinada m com PLD, % 24% tinha m uma idade igual ou superior a 65 anos,%e 6% tinha m mais de 75 anos. Não se observaram m diferenças de diagnóstico Creatina fosfocinase sérica m aumentada* G (Grau 3-4 % = 4%), relevantes no perfil de segurança para esta população de doentes. Aparentemente, m a depuraçãomplasmática e omvolume de distribuição de trabectedina não são influenciados creatinina sérica m aumentada*,malbumina sérica m diminuída* pela idade. Por conseguinte, não semrecomendam m ajustes de rotina na dose m com base unicamente m m em critérios etários. Doentes m com afeção hepática: Não se efetuaram m estudos Frequentes m com omregime proposto m em doentes m com disfunção hepática. Portanto, não estão disponíveis dados para a mrecomendação mde uma dose inicial m mais reduzida m em doentes m com m Diminuição do peso afeção hepática. Contudo, aconselha-se m um cuidado especial e poderão ser necessários ajustes na dose nestes doentes, dado que a exposição m sistémica será provavelmente m m aumentada e o risco de hepatotoxicidade poderá estar m aumentado. O Os doentes m com bilirrubina elevada não m devem ser tratados m com Yondelis (ver Advertências e precauções Doenças do sangue e M Muito frequentes especiais de utilização). Doentes m com m compromisso m renal. Não se conduziram m estudos que incluíssem m doentes m com m compromisso m renal (depuração da creatinina <m30m ml/min domsistema linfático Neutropenia* G (Grau 3%= 26%, G Grau 4%= 24%), para m monoterapia, e <m60m ml/min para omregime m combinado) e, por conseguinte, Yondelis não deve ser utilizado nesta população de doentes (ver Advertências e precauções m trombocitopenia* G (Grau 3%= 11%, G Grau%4 = 2%) especiais de utilização). Considerando as características m farmacocinéticas de trabectedina, não se justificam m ajustes na dose m em doentes m com m compromisso m renal ligeiro ou manemia* G (Grau 3%= 10%, G Grau%4 = 3%), leucopenia* m moderado. M Modo de m administração Recomenda-se m mvivamentema administração atravésmde um cateter venoso central. Contraindicações Hipersensibilidade à trabectedina ou a Frequentes qualquer m um dos excipientes m do medicamento. m Infeção concomitante m ou não controlada. Aleitamento m (ver Fertilidade, gravidez e aleitamento). m m Combinação m com vacina contra a Neutropenia febril febre m amarela (ver Advertências e precauções especiais de utilização). Advertências e precauções especiais de utilização: Afeção hepática O Os doentes m têm de m cumprir Doenças domsistema M Muito frequentes critérios específicos relativamente m am parâmetros da função hepática antes de iniciarem m om tratamento m com Yondelis. Dado que a exposição m sistémica a trabectedina fica nervoso Cefaleia provavelmente m m aumentada devido à afeção hepática e, por conseguinte, o risco de hepatotoxicidade poderá estar m aumentado, os doentes m com patologias hepáticas clinicamente m Frequentes relevantes, m como pormexemplo hepatite crónica ativa, m têm demser monitorizados atentamente m e a dose terá de ser ajustada se necessário. O Os doentes m com bilirrubina elevada não Neuropatia sensorial periférica, disgueusia, tonturas, parestesia m devem ser tratados m com trabectedina (ver Posologia m e modo de m administração).m Compromisso m renal: A depuração da creatinina m tem demser monitorizada antes e durante o Doenças respiratórias, Frequentes m tratamento. O Osmregimesmde monoterapia e terapêutica m combinada m com Yondelis não m devem ser utilizados m em doentes m com depuração da creatinina <m30m ml/min e <m60m ml/min torácicas m e do mediastino Dispneia G (Grau 3-4 % = 2%), tosse respetivamente m (ver Posologia m e modo de m administração). Neutropenia m e trombocitopenia m Foram notificadas mm com muita frequência neutropenia m e trombocitopenia de graus 3 ou 4 associadas a terapêutica m com Yondelis. Deve efetuar-se m um m hemograma m m completo, incluindo a contagem m diferencial e de plaquetas na situação basal, m semanalmente m durante Doenças gastrointestinais M Muito frequentes os dois m primeiros ciclosme, em seguida, m uma vez entre os ciclos. O Os doentes que desenvolvam m febre m devem procurar assistência m médica prontamente. m Caso tal aconteça, deve m Vómito G (Grau 3-4 % = 6,5%), náusea G (Grau 3-4 % = 6%), iniciar-se m imediatamente m terapêutica de suporte ativa. Yondelis não deve ser m administrado a doentes que na situação basal apresentaram m contagens de neutrófilos inferiores a obstipação G (Grau 3-4 % < 1%) 3 3 3 e contagem m de plaquetas inferior a 100. 000 células/mm mm . Se ocorrer neutropenia grave (ANC < 500 células/mm mm ) durando m mais de 5 dias ou associada a 1. 500 células/mm mm Frequentes febre ou infeção,mrecomenda-se a redução da dose (ver Posologia m e modo de m administração). Náuseame vómito Deve m administrar-se profilaxia m antiemética m com corticosteroides Diarreia G (Grau 3-4 % < 1%),mestomatite G (Grau 3-4 % < 1%), dor m abdominal, dispepsia, dor m abdominal superior m como, pormexemplo, m dexametasona a todos os doentes (ver Posologia m e modo de m administração). Rabdomiólise m e elevações graves de CPK (> 5 x LSN) A trabectedina não deve Afeções dos tecidos Frequentes ser utilizada m em doentes m com CPK > 2,5 x LSN (ver Posologia m e modo de m administração). A rabdomiólise m foi notificada m com pouca frequência, geralmente m m em associação m com cutâneos e subcutâneos Alopecia m mielotoxicidade,manomalias graves nos testes da função hepática e/ou m compromisso m renal m ou em vários órgãos. Por conseguinte, a CPK devemser monitorizada atentamente m m sempre que m um doente possa estar a experimentar m qualquer destas toxicidades ou fraqueza oumdor muscular. Caso ocorra rabdomiólise, m m devem estabelecer-se prontamente m m medidas de suporte, tais m como hidratação parentérica, alcalinização da urina e diálise, tal m como indicado. Deve descontinuar-se o m tratamento m com Yondelis até que o doente Afeções m musculosqueléticas Frequentes recupere inteiramente. m Deve ter-se cuidado casomsejam m administrados m medicamentos m associados a rabdomiólise m (por ex. estatinas) m em m simultâneo m com trabectedina, m uma vez e dos tecidos conjuntivos M Mialgia, artralgia, m lombalgia que o risco de rabdomiólise m poderá ser m aumentado.mAnomalias nos testes da função hepática m Foram notificados m aumentos agudos reversíveis na AST e ALTmna maior parte dos doentes. Yondelis não deve ser utilizado m em doentes m com bilirrubina elevada. O Os doentes m com m aumentos na AST, ALT e fosfatase alcalina entre ciclos poderão necessitar de Doenças m do metabolismo m M Muito frequentes redução da dose (ver Posologia m e modo de m administração). Reações no local de injeção Recomenda-se m mvivamente o uso mde um acesso venoso central (ver Posologia m e modo e da nutrição Anorexia G (Grau 3-4 % < 1%) de m administração). O Os doentes poderão desenvolver m uma reação potencialmente m grave no local de injeção caso a trabectedina seja m administrada atravésmde um cateter venoso Frequentes periférico. A extravasão de trabectedina pode causar necrose nos tecidos requerendo a sua m remoção. Não existe antídoto específico para extravasão de trabectedina. A Desidratação, m diminuição do apetite, hipocalemia m extravasão deve ser tratada utilizando a prática local. O Outros: Deve evitar-se a m coadministração de Yondelis m com inibidores potentes da menzima CYP3A4 (ver Interações Infeções e infestações Frequentes m medicamentosas m e outras m formas de interação). Caso tal não seja possível, será necessária m a monitorização atenta das toxicidades e m devem considerar-se reduções na dose de Infeção trabectedina. Deve ter-se cuidado caso msejam m administrados m medicamentos m associados a hepatotoxicidade m em m simultâneo m com trabectedina, m uma vez que o risco de hepatotoxicidade poderá ser m aumentado. O O uso concomitante m de trabectedina m com fenitoína poderá reduzir a absorção de fenitoína, conduzindoma uma exacerbação das Vasculopatias Frequentes convulsões. Não semrecomendama combinação de trabectedina m com fenitoína ou m com vacinas vivas atenuadas, e está especificamente m contraindicadama combinação m com a vacina Hipotensão, rubor contra a febre m amarela (ver Contraindicações). Deve evitar-se o uso concomitante m de trabectedina m com álcool (ver Interações m medicamentosas m e outras m formas de interação). O Os Perturbações gerais e M Muito frequentes m homens m em idade fértil emas mulheres m em risco de engravidar terão de usar contraceção eficaz durante o m tratamento; nos m 3 meses após o m tratamento,mas mulheres m devem alterações no local de Fadiga G (Grau 3-4 % = 9%), astenia G (Grau 3-4 % = 1%) continuar a usar contraceção eficaz eminformar m imediatamente m m o médico que está a conduzir o m tratamento caso ocorra m uma gravidez; m ommesmo se aplica para os m homens nos 5 m administração Frequentes m meses após o m tratamento (ver Fertilidade, gravidez e aleitamento). m Este m medicamento m contém m potássio m em concentração inferiormm a 1 mmolm(39 mg) por frasco para injetáveis, ou Pirexia,medema,medema periférico, reação no local da injeção seja, é essencialmente m “isento de potássio”. Interações m medicamentosas m e outrasmformas de interação. Nãomforam realizados estudos de interação in vivo. Dado que a Afeções hepatobiliares M Muito frequentes trabectedina m é metabolizada sobretudo pela CYP3A4, a m coadministração de substâncias que m inibem esta isoenzima, m por ex. cetoconazol, fluconazol, rotinavir, claritromicina m ou Hiperbilirrubinemia* m G (Grau%3 = 1%), aprepitant, pode m diminuir m o metabolismo m me aumentar as concentrações de trabectedina. Casomsejam necessárias m combinações deste tipo, será necessária m uma m monitorização alanina m aminotransferase m aumentada* G (Grau 3%= 38%, G Grau%4 = 3%), atenta das toxicidades (ver Advertências e precauções especiais de utilização).mDammesma m forma, a m coadministração m com indutores potentes destamenzima (por ex.mrifampicina, aspartato m aminotransferase m aumentada* G (Grau 3%= 44%, G Grau%4 = 7%), fenobarbital, fosfatase alcalina sérica m aumentada*, m gama-glutamiltransferase m m aumentada* hipericão) poderáQ Q m diminuir a expoPerturbações do foro Frequentes m m% % O O sição m sistémica a psiquiátrico Insónia trabectedina. O *Obtido de dados laboratoriais Deve evitar-se o consumo m de álcool durante o m tratamento m com trabectedina, devido à hepatotoxicidademdo medicamento m (ver Advertências e precauções especiais de utilização). O Os dados pré-clínicos m m m demonstraram m que a trabectedinamé um substrato para a glicoproteína P (P-gp).mA administração concomitante m de inibidores da P-gp, por ex. ciclosporina e G G G G G G G G verapamilo, m poderá alterar a distribuição e/ou m eliminação de trabectedina. Não foi estabelecida a relevância desta interação, por ex. toxicidade para o SNC. % % % % % % % % % % % % Deve ter-se cuidado m em situações deste tipo. Fertilidade, gravidez e aleitamento. m G Gravidez Não estão disponíveis dados clínicos suficientes acerca da exposição na gravidez. Contudo, m com basemno mecanismo m de ação conhecido, a trabectedina poderá causar gravesmanomalias congénitas m em caso de m administração durante a gravidez. A trabectedina não deve ser utilizada durante a gravidez m a menos que tal seja m claramente necessário. Se for utilizada m m durante a gravidez, a doente deve serminformada do potencial risco para o feto e deve ser cuidadosamente m m monitorizada. Caso a trabectedina seja utilizada m m m m m m no final da gravidez, m devem m monitorizar-se cuidadosamente m as potenciais reações adversas nos mrecém-nascidos. m m Amamentação Desconhece-se se a trabectedina é excretada no leite m humano. A excreção de trabectedina no leite não foi estudada m emm animais.mAmamamentação está contraindicada durante M M om tratamento e nos m 3 meses seguintes (ver Contraindicações). Fertilidade O Os m homens m em idade fértil m e as mulheres m em risco de engravidar terão de usar m m contraceção eficaz durante o m tratamento; nosm 3 meses após o m tratamento,mas mulheres m devem continuar a usar contraceção eficaz e minformar m imediatamente m m o médico que está a conduzir o m tratamento caso ocorra m uma gravidez; m ommesmo se aplica para os m homens nos m 5 meses após o m tratamento (ver Advertências e precauções especiais de utilização). A trabectedina pode ter efeitos genotóxicos. Deve procurar-se aconselhamento m acerca da m m conservação do esperma m antes do m tratamento, devido à possibilidade de infertilidade irreversível devido à terapêutica m com Yondelis. Caso ocorra m uma m m gravidez durante o m tratamento, deve considerar-se a possibilidade de aconselhamento m genético. m Também m semrecomenda o aconselhamento m genético para doentes que desejem m ter filhos após a terapêutica. Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar m máquinas Nãomforam estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar m máquinas. Contudo,mforam notificadas fadiga e/ou astenia m em doentes a receberem m trabectedina. O Os doentes m emmquem ocorra qualquer destes acontecimentos m durante a terapêutica não m devem conduzir ou utilizar m máquinas. Efeitos indesejáveis m A menos que especificado m m m em contrário, o perfil de segurança de Yondelis, apresentado a seguir, baseia-se na avaliação de ensaios clínicos de doentes tratados m com osmregimes de m tratamento mrecomendados para m ambas as indicações. Pode esperar-se que m a maioria dos doentes tratados m com Yondelis tenha reações adversas de qualquer grau%(91% m mem monoterapia % e 99% m em terapêutica m combinada) m e menos mde um terço reações adversas m com gravidade de grau 3 ou 4%(10% m em m monoterapia % e 25% m em terapêutica m combinada). As reações adversas m mais frequentes, m com qualquer grau de gravidade,mforam neutropenia, náusea, m vómito, m aumentos da AST/ALT,manemia, fadiga, m trombocitopenia, anorexia e diarreia. O Ocorreram m reações adversas fatais m em%1,9% e%0,9% dos doentes tratados nosmregimesmde monoterapia e terapêutica m combinada, respetivamente. m m Foram frequentemente m o resultadomde uma m combinação de acontecimenm tos, incluindo pancitopenia, neutropenia febril, nalguns casos m com sepsia, envolvimento m hepático, falência renal m ou em vários órgãos e rabdomiólise. m Reações adversas A frequência das reações adversas referidas abaixo classifica-se m mem: muito frequentes ( 1/10), frequentes ( 1/100, < 1/10) e poucom m frequentes ( 1/1. 000, < 1/100). O O quadro 2 apresenta as reações adversas notificadas m em% 1% dos doentes tratados m com omregimemrecomendado para M M m3 emm3 semanas), segundo as classes de m sistemas de órgãos da base de dados M MedDRA. sarcoma m dos tecidos m molesm(1,5mmg/m2, perfusão de 24 horas de m Foram utilizadas tanto as reações adversas m como os valores laboratoriais para a obtenção das frequências. O Os efeitos indesejáveis são apresentados por m m m ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência. O O quadro 3 contém m a frequência e a gravidade de efeitos indesejáveis considerados O O m como estando possivelmente m relacionados m com m o fármaco do estudo e registados m em% 5% dos doentes m com cancro do ovário randomizados m para m tomar 2 2 2 O m Foram utilizadas reações adversas e valores laboratoriais. O Os Yondelism1,1mmg/m / PLDm30mmg/m ou PLDm50mmg/m no ensaio principal ET743-OVA-301. m m efeitos indesejáveis são apresentados por m ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência. As reações que se seguem m mforam registadas m com m uma frequência inferior %a 5% no braço da terapêutica m combinada, m masmforam incluídas aqui pela sua relevância clínica: infeção neutropénica %(< 1%), sepse neutropénica%(< 1%), pancitopenia%(1,8%), falênciamda medula óssea%(1,5%), granulocitopenia%(1,5%), desidratação, insónia, neuropatia sensorial periférica, síncope, disfunção ventricular esquerda%(< 1%), m embolismo m m pulmonar%(1,2%),medema m pulmonar%(< 1%), tosse, hepatotoxicidade%(< 1%), m m m gama-glutamiltransferase m m aumentada, bilirrubina conjugada m aumentada, mdor musculosquelética, m mialgia, creatinina sérica m aumentada,medema/medema periférico, reações no local do cateter. No braço de Yondelis+PLD, os doentes não brancos (principalmente m asiáticos) tiveram m m uma incidência m maior do que os doentes brancos de reações adversas de grau 3 ou 4%(96% versus % 87%), e reações adversas graves%(44% versus % 23% todos os graus). As diferenças M M m m verificaram-se m principalmente m m em relação à neutropenia%(93% versus % 66%),manemia%(37% versus % 14%) m e trombocitopenia%(41% versus % 19%). No entanto, m m as incidências de m complicações clínicas relacionadas m com toxicidade m hematológica m como, pormexemplo, infeções graves ou m hemorragias, ou que levaram m à m morte ou m terminação do m tratamento,mforam m semelhantes m em m ambas as subpopulações. Reações adversas m mais frequentes. Doenças do sangue e do m sistema linfático. Neutropenia: A neutropenia é a toxicidade m hematológica m mais frequente. Seguiu m um padrão previsível de início rápido e reversibilidade, e mraramente esteve associada a febre ou infeção. O Os nadires de neutrófilos ocorreram m m numa m mediana de 15 dias e recuperaram m m numa m semana. A análise por ciclo realizada m em doentes tratados m com omregimemde monoterapia m mostrou neutropenia de graus 3 m e 4 em cerca de % 19%%e 8% dos ciclos, respetivamente. m m m Nesta população, a neutropenia febril ocorreu m em % 2% dos doentesme em%< 1% dos ciclos.mTrombocitopenia: O Ocorreram m acontecimentos m m hemorrágicos M M associados m a trombocitopenia m em%< 1% dos doentes tratados m com omregimemde monoterapia. A análise por ciclo realizada nestes doentes m mostrou m trombocitopenia de graus 3 m e 4 em cerca%de 3% e%< 1% dos ciclos, respetivamente. m mAnemia: O Ocorreumanemia m em % 93%%e 94% dos doentes tratados m com osm m m m mregimesmde monoterapia e terapêutica m combinada, respetivamente. m As percentagens de doentesmanémicos na situação basal mforam% 46% % e 35%, respetivamente. m A análise por ciclo realizada m em doentes tratados m commregimemde monoterapia m mostroumanemia de graus 3 em4 em cerca% de 3%%e 1% dos m m ciclos, respetivamente. m Afeções hepatobiliares m Aumentos de AST/ALT: O mO tempo m mediano para atingir os valores de pico foi de 5 dias, tanto para AST m como para ALT. m A maior parte dos valores m diminuiu para grau 1 ou resolveu-se até ao dia 14–15 (ver Advertências e precauções especiais de utilização). A análise por ciclo realizada m em doentes tratados m commregime mde monoterapia m mostrou elevações de grau 3 na AST e ALT m em % 12%%e 20% dos ciclos, respetivamente. m M M O Ocorreram m elevações de grau 4 na AST e ALT m % em 1% %e 2% dos ciclos, respetivamente. m m A maior parte das elevações de transaminase m m melhorou para o grau 1 ou para os valores anteriores ao novo m tratamento no prazo de 15 dias, m e menos % de 2% dos ciclos tiveram m m tempos de recuperação superiores a 25 dias. O Os m aumentos de ALT e AST não seguiram m m um padrão m cumulativo, m m mas mostraram m m uma tendência para elevaçõesmde menor gravidade ao longo do m tempo. m m Hiperbilirrubinemia: m A bilirrubina m tem m um pico cerca mde uma m semana após o início e resolve-se cerca de duas m semanas após o início. O Os testes à função m mm m hepática prevendo toxicidade grave (indo ao encontro da lei de Hy) m e as manifestações clínicas de lesões hepáticas graves, m com m uma incidência inferior a % 1% de sinais e m sintomas individuais, incluindo icterícia, hepatomegalia m ou dor hepáticamforam pouco frequentes. O Ocorreu m mortalidade na presença de lesão hepática m mem menos%de 1% dos doentes m m em ambos osmre m O O m m O O m m m m % % m mm m m m m m m m m m m m m m mmmm M M m m % % m m % % m m m mm m m m m m m m m m m m m m m m m Nome do medicamento: Yondelis. Composiçãomqualitativa para injetáveis contém 0,25 mg ou 1 mg demtrabectedina. 1 ml de solução Forma farmacêutica. Indicações m m e quantitativa. Cada frasco m m reconstituída contém 0,05 mg de trabectedina. O m Pó para concentrado m m para solução m para perfusão. m m mterapêuticas. de eficácia m baseiam-se principalmente em m doentes commliposarcoma e leiomiosarcoma. m Yondelis émindicado para o tratamento m de doentes com sarcoma avançado dos m tecidos moles, após insucesso m das m antraciclinas e ifosfamida, ou de doentes a quem não convenha m receber estes m agentes. Os dados m m m Yondelis peguilada (PLD) é indicado para o tratamento de doentes que sofreram uma recaídamde cancro do ovário sensível à platina. Posologia e modo Yondelis tem O combinado m commdoxorrubicina lipossomal m m de administração: m m de ser administrado m sob supervisãomdemum médico com experiência no uso de m quimioterapia. O ou outros profissionais demsaúde especializados na administração de Para omtratamento moles, a dose recomendada administrada sob m uso deste medicamento deve estar limitado m ma oncologistas qualificados m m agentes citotóxicos. m Posologia m m de sarcoma dos tecidos m m m m é dem1,5 mg/m2 de área de superfície m m corporal, m m a forma de perfusão i. v. durante 24 horas, com de Para minimizar o risco de m um intervalo m de três semanas entre ciclos. Para m mo tratamento de cancro do ovário, Yondelis é administrado de 3 em 3 semanas sob a forma de uma perfusão m m 3 horas, numa dose de 1,1 m mg/m2, imediatamente a seguir a PLD 30 mg/m2. m à perfusão de Se não m for observada qualquer reação podem ser administradas ao longo de um período de 1 hora. Todos os doentes por mreações m m PLD, a dose inicial é administrada m a uma velocidade m não superior a 1 mg/minuto. m m m à perfusão, as perfusões m de PLD subsequentes m m m m m mdevem receber corticosteroides, m exemplo, 20 mg de dexametasona pormviamintravenosa 30 minutos antes da administração de ou de Yondelis (em monoterapia), não antiemética como também m mm 3 porque parece m proporcionar efeitos m hepatoprotetores. Podem administrar-se antieméticos adicionais m m m m PLD (em m terapêutica combinada) m mm só 3como profilaxia conforme o necessário. ÉGG necessário o cumprimento dos seguintes critérios para permitir ; contagem de plaquetas 100.m000/mm ; bilirrubina LSN (considerar as isoenzimas m m o tratamento com Yondelis: contagem absoluta de neutrófilos (CAN) m m1. 500/mm m m limite superior do normal (LSN); fosfatase m m alcalina 2,5 x m hepáticas 5-nucleotidase ou GGT, caso a elevação possa ser de origem óssea); albumina 25 g/l; ALT e AST creatinina m30 ml/min (monoterapia), creatinina m 2,5 x LSN; depuração m da m m m sérica 1,5 mg/dl (m132,6 ȝmol/l) ou depuração de m creatinina 60 ml/min (terapêutica m combinada); CPK m2,5 x LSN; hemoglobina 9mg/dl.mDevem cumprir-se os mesmos critérios, enunciados acima, antes de novo tratamento. Caso contrário, o tratamento terá de ser adiado durante semanas até m m m m m um m período de até 3 m Q Q m que os critérios sejam cumpridos. Ammonitorização adicional dos parâmetros hematológicos bilirrubina, fosfatase aminotransferases e CPK deve ocorrer semanalmente durante os primeiros dois Quadro 1 - Quadro de modicação das doses para Yondelis e PLD m m m m alcalina, m m ciclos da terapêutica, nos ciclos subsequentes. Deve m m m e pelo menos uma vez entre tratamentos m m administrar-se a mesma m dose para todos osm ciclos,mdesde que não sejam observadas toxicidades m de grau Sarcoma dos tecidos moles Cancro do ovário 3–4 e que o doente cumpramos critérios para novo tratamento. Ajustes da dose durante o tratamento Antes de novo têm de cumprir os critérios de referência definidos acima. Caso m tratamento, os doentes m ocorra dos acontecimentos seguintes a qualquer altura entre os ciclos, amdose terá de ser reduzida um nível, de acordo com o quadro 1 a seguir para os ciclos subsequentes: neutropenia < Yondelis Yondelis PLD m mm m m mm qualquer 3 < 25. 000/mm3; aumento da bilirrubina > LSN e/ou fosfatase alcalina> 2,5 x LSN; aumentomdas m m m m 2 m m 2 m 500/mm , que dure mais de 5 dias ou esteja m associada a febre ou infeção; trombocitopenia m Dose inicial 1,5 mg/m2 1,1 mg/m 30 mg/m aminotransferases (AST ou ALT) > 2,5 x LSN (monoterapia) ou > 5 x LSN (terapêutica combinada), que não tenha recuperado ao dia 21; quaisquer outras reações adversas de grau 3 ou 4 (tais como m m m m m m m m 2 m m m m m 2 náusea, vómito, fadiga). Caso reapareça qualquermdestas toxicidades em 0,9 mg/m 25 mg/m Primeira redução 1,2 mg/m2 m Assim que se faça uma redução da dose devido a toxicidade, não se recomendama escalada m da dose em ciclos subsequentes. m m m m m 2 m m mciclos subsequentes num doente que apresente benefício m clínico, a dose poderá voltar a ser reduzida. Podem ser administrados fatores estimulantes m de colónias para toxicidade m hematológica de acordo 0,75 mg/m2 20 mg/m Segunda redução 1 mg/m2 com as práticas locais habituais. Na Nosmensaios m m eventualidade de m serem necessárias O m reduções adicionais da dose, deve considerar-se a descontinuação m do tratamento. Duração do tratamento m % clínicos, % não houve limites pré-definidos ao número de ciclos benefício clínico. durante 6 ou mais ciclos m em 29,5% e 52% Q m administrados. O tratamentomfoi continuado enquanto se observou m m Administrou-se O m Yondelis m m Quadro 2. de doentes tratados com a dose e calendarização de monoterapiame terapêutica combinada, respetivamente. Os regimes demmonoterapia e terapêutica combinada foram m m m m m m % m utilizados durante até 38 e 21 ciclos, respetivamente. Nãomse observaram toxicidades cumulativas em doentes tratados com ciclos múltiplos. População m m pediátrica. A segurança m Classes de sistemas de Reações adversas noticadas m m m m mem 2 1% dos doentes em ensaios clínicos e eficácia de trabectedina na população pediátrica não foram ainda estabelecidas. Não existem dados disponíveis. Doentes idosos. Não se efetuaram estudos específicos em G m % m mm m órgãos no regime recomendado [1,5 mg/m , 24horas de perfusão a cada 3 semanas] doentes idosos. Globalmente, m m m M m m 20% dos 1164 m doentes na m análise integrada % mde segurança de ensaios clínicos de monoterapia % m tinham mais de 65 anos. Dos 333mdoentes com Exames complementares Muito frequentes cancro do ovário que tomaram trabectedina combinada com PLD, 24% tinha uma idade igual ou superior a 65 anos, e 6% tinha mais de 75 anos. Não se observaram diferenças m G % m m m de diagnóstico Creatina fosfocinase sérica aumentada* (Grau 3-4 = 4%), relevantes no perfil de segurança para esta população de doentes. Aparentemente, a depuração plasmática e o volume de distribuição de trabectedina não são influenciados m m m m m m m m m m creatinina sérica aumentada*, albumina sérica diminuída* pela idade. Por conseguinte, não se recomendam ajustes de rotina na dose com base unicamente em critérios etários. Doentes com afeção hepática: Não se efetuaram estudos m m m m m m m m m Frequentes com o regime proposto em doentes com disfunção hepática. Portanto, não estão disponíveis dados para a recomendação de uma dose inicial mais reduzida em doentes com m m m m Diminuição do peso afeção hepática. Contudo, aconselha-se um cuidado especial e poderão ser necessários ajustes na dose nestes doentes, dado que a exposição sistémica será provavelmente m m O m m m M aumentada e o risco de hepatotoxicidade poderá estar aumentado. Os doentes com bilirrubina elevada não devem ser tratados com Yondelis (ver Advertências e precauções Doenças do sangue e Muito frequentes m m m m m m m m m m m G % G % especiais de utilização). Doentes com compromisso renal. Não se conduziram estudos que incluíssem doentes com compromisso renal (depuração da creatinina < 30 ml/min do sistema linfático Neutropenia* (Grau 3 = 26%, Grau 4 = 24%), m m m m m m G % G % para monoterapia, e < 60 ml/min para o regime combinado) e, por conseguinte, Yondelis não deve ser utilizado nesta população de doentes (ver Advertências e precauções trombocitopenia* (Grau 3 = 11%, Grau 4 = 2%) m m m m m m m G % G % especiais de utilização). Considerando as características farmacocinéticas de trabectedina, não se justificam ajustes na dose em doentes com compromisso renal ligeiro ou anemia* (Grau 3 = 10%, Grau 4 = 3%), leucopenia* m M m m m m m moderado. Modo de administração Recomenda-se vivamente a administração através de um cateter venoso central. Contraindicações Hipersensibilidade à trabectedina ou a Frequentes m m m m m m m m qualquer um dos excipientes do medicamento. Infeção concomitante ou não controlada. Aleitamento (ver Fertilidade, gravidez e aleitamento). Combinação com vacina contra a Neutropenia febril m de cumprir m febremamarela (ver Advertências e precauções especiais de utilização). Advertências e precauções especiais de utilização: Afeção hepáticaOOs doentes têm m M m m m m m m Doenças do sistema Muito frequentes critérios específicos relativamente a parâmetros da função hepática antes de iniciarem o tratamento com Yondelis. Dado que a exposição sistémica a trabectedina fica nervoso Cefaleia m maumentada devido à afeção hepática e, por conseguinte, o risco de hepatotoxicidade poderá estar aumentado, m m patologias hepáticas clinicamente m provavelmente os doentes com Frequentes m m monitorizados atentamente m m bilirrubina elevada não relevantes,mcomo por exemplo hepatite crónica ativa,mtêm de ser e a dose terá de ser ajustada se necessário.O Os doentes com Neuropatia sensorial periférica, disgueusia, tonturas, parestesia m ser tratados mcom trabectedina (ver Posologia me modo de m m m devem administração). Compromisso renal: A depuração da creatinina m tem de sermmonitorizada antes e durante o m O Os regimes m m monoterapia e terapêutica m m ser utilizadosmem doentes com m depuração da creatinina < 30mml/min m e < 60mml/min m Doenças respiratórias, Frequentes tratamento. de combinada m com Yondelis não devem G (Grau 3-4%= 2%), tosse m m m notificadas com m m muita frequência neutropenia e trombocitopenia m torácicas emdo mediastino Dispneia respetivamente (ver Posologiame modo de m administração). Neutropenia e trombocitopenia Foram de graus 3 ou m m m diferencial e de plaquetas na situação basal, semanalmente m m 4 associadas a terapêuticamcom Yondelis. Deve efetuar-semum m hemograma completo, incluindo a contagem durante Doenças gastrointestinais M Muito frequentes O Os doentes que desenvolvam m febre devem m procurar assistênciammédica prontamente. m mVómito G (Grau 3-4 =%6,5%), náusea G (Grau 3-4%= 6%), os doismprimeiros ciclos e,mem seguida,muma vez entre os ciclos. Caso tal aconteça, deve m imediatamente m m m contagens de neutrófilos inferiores a G (Grau 3-4%< 1%) iniciar-se terapêutica de suporte ativa. Yondelis não deve ser administrado a doentes que na situação basal apresentaram obstipação m de plaquetas inferior a 100. 000 células/mm mm 3. Se ocorrer neutropenia grave (ANC < 500 células/mm mm 3) durandommais de 5 dias ou associada a mm 3 e contagem 1. 500 células/mm Frequentes m m m m m m corticosteroides G (Grau 3-4%< 1%), estomatite m G (Grau 3-4%< 1%), dor abdominal, m m recomenda-se a redução da dose (ver Posologiame modo de administração). Náusea e vómito Deve administrar-se profilaxia antiemética com Diarreia dispepsia, dor abdominal superior mfebre ou infeção, m m m m como, por exemplo, dexametasona a todos os doentes (ver Posologiame modo de administração). Rabdomiólise e elevações graves de CPK (> 5 x LSN) A trabectedina não deve m m m pouca frequência, geralmente m m m Afeções dos tecidos Frequentes ser utilizadamem doentes mcom CPK > 2,5 x LSN (ver Posologiame modo de administração). A rabdomiólise foi notificada com em associação com cutâneos e subcutâneos Alopecia m mielotoxicidade, anomalias m m m graves nos testes da função hepática e/ou m compromisso renal oumem vários órgãos. Por conseguinte, a CPK deve sermmonitorizada atentamente msempre quemum doente possa estar a experimentar m m muscular. Caso ocorra rabdomiólise, m m estabelecer-se prontamente m qualquer destas toxicidades ou fraqueza ou dor devem m medidas de suporte, tais mcomo hidratação parentérica, alcalinização da urina e diálise, tal como m m m Yondelis até que o doente m musculosqueléticas indicado. Deve descontinuar-se o tratamento com Afeções Frequentes m m m m medicamentos m m m trabectedina, m m lombalgia recupere inteiramente. Deve ter-se cuidado caso sejam administrados associados a rabdomiólise (por ex. estatinas)mem m simultâneo com uma vez e dos tecidos conjuntivos M Mialgia, artralgia, m m m notificados aumentos m que o risco de rabdomiólise poderá ser m aumentado. Anomalias nos testes da função hepática Foram agudos reversíveis na AST e ALT nammaior parte dos m m O m m doentes. Yondelis não deve ser utilizado em doentes com bilirrubina elevada. Os doentes com aumentos na AST, ALT e fosfatase alcalina entre ciclos poderão necessitar de m M Muito frequentes Doençasmdo metabolismo m m m m m redução da dose (ver Posologia e modo de administração). Reações no local de injeção Recomenda-se vivamente o uso de um acesso venoso central (ver Posologia emmodo G (Grau 3-4%< 1%) e da nutrição Anorexia O Os doentes poderão desenvolvermuma reação potencialmente m m demadministração). grave no local de injeção caso a trabectedina seja administrada através de m um cateter venoso Frequentes periférico. A extravasão de trabectedina pode causar necrose nos tecidos requerendo a sua m remoção. Não existe antídoto específico para extravasão de trabectedina. A m diminuição do apetite, hipocalemia m Desidratação, O Outros: Deve evitar-se a coadministração m m inibidores potentes da enzima m CYP3A4 (ver Interações extravasão deve ser tratada utilizando a prática local. de Yondelis com m medicamentosas m m considerar-se reduções na dose de Infeções e infestações Frequentes e outras m formas de interação). Caso tal não seja possível, será necessária m a monitorização atenta das toxicidades e devem m m m medicamentos m m trabectedina, muma vez que o risco de Infeção trabectedina. Deve ter-se cuidado caso sejam administrados associados a hepatotoxicidade mem m simultâneo com O O uso concomitante m hepatotoxicidade poderá ser m aumentado. de trabectedina m com fenitoína poderá reduzir a absorção de fenitoína, conduzindo a m uma exacerbação das Vasculopatias Frequentes m m m m a vacina convulsões. Não se recomenda am combinação de trabectedina m com fenitoína ou m com vacinas vivas atenuadas, e está especificamente contraindicada a combinação com Hipotensão, rubor m m álcool (ver Interações m medicamentosas m m contra a febremamarela (ver Contraindicações). Deve evitar-se o uso concomitante de trabectedina com e outras formas de interação).OOs M Perturbações gerais e Muito frequentes mhomensmem idade fértil e as m mulheresmem risco de engravidar terão de usar contraceção eficaz durante o tratamento; m m meses após o tratamento, m mmulheres devem m nos 3 as G (Grau 3-4%= 9%), astenia G (Grau 3-4%= 1%) alterações no local de Fadiga m m imediatamente m mo médico que está a conduzir o tratamento m m se aplica para os homens m continuar a usar contraceção eficaz e informar caso ocorramuma gravidez; m o mesmo nos 5 m administração Frequentes m meses após o tratamento m m m medicamento m m potássiomem concentração inferior a mm (ver Fertilidade, gravidez e aleitamento). Este contém 1 mmol (39mmg) por frasco para injetáveis, ou m m Pirexia, edema, edema periférico, reação no local da injeção m m medicamentosas m m m realizados estudos de interação in vivo. Dado que a seja, é essencialmente “isento de potássio”. Interações e outras formas de interação. Não foram M Muito frequentes m m esta isoenzima, m m Afeções hepatobiliares trabectedinamé metabolizada sobretudo pela CYP3A4, a coadministração de substâncias que inibem por ex. cetoconazol, fluconazol, rotinavir, claritromicina ou m G (Grau 3%= 1%), m m necessárias combinações m Hiperbilirrubinemia* aprepitant, podemdiminuirmo metabolismo em aumentar as concentrações de trabectedina. Caso sejam deste tipo, será necessária m umammonitorização m aminotransferasemaumentada* G (Grau 3 =%38%, G Grau 4%= 3%), m mesma m m m m indutores potentes desta enzima m (por ex. rifampicina, m alanina atenta das toxicidades (ver Advertências e precauções especiais de utilização). Da forma, a coadministração com m aminotransferasemaumentada* G (Grau 3 =%44%, G Grau 4%= 7%), aspartato fenobarbital, m maumentada* fosfatase alcalina séricamaumentada*,mgama-glutamiltransferase hipericão) poderá Q Quadro 3. mdiminuir a expoPerturbações do foro Frequentes O Reações adversas registadasmem %5% de doentes no ensaio clínico ET743-OVA-301 m sição sistémica a psiquiátrico Insónia trabectedina. O *Obtido de dados laboratoriais Yondelis+PLD PLD Deve evitar-se o n=333 n=330 m consumo de álcool durante o Classes de m m com trabectedina, devido à hepatotoxicidademdo medicamento m O Os dados pré-clínicos tratamento (ver Advertências e precauções especiais de utilização). m sistemas de Frequência Evento m demonstraram m m que a trabectedinamé um substrato para a glicoproteína P (P-gp). Amadministração concomitante de inibidores da P-gp, por ex. ciclosporina e órgãos Todos os Todos os GGrau 3 GGrau 4 G Grau 3 G Grau 4 m verapamilo, poderá alterar a distribuição e/oumeliminação de trabectedina. Não foi estabelecida a relevância desta interação, por ex. toxicidade para o SNC. graus graus %(%) %(%) %(%) %(%) %(%) %(%) Deve ter-se cuidado m em situações deste tipo. Fertilidade, gravidez e aleitamento. m G Gravidez Não estão disponíveis dados clínicos suficientes acerca da exposição na gravidez. Contudo,mcom basemno mecanismo de ação conhecido, a trabectedina poderá causar graves anomalias congénitasmem caso de m m necessário. Se for utilizada m administração durante a gravidez. A trabectedina não deve ser utilizada durante a gravidezma menos que tal seja claramente m Frequentes Creatina fosfocinase sérica Exames m durante a gravidez, a doente deve ser informada do potencial risco para o feto e deve ser cuidadosamente m m m monitorizada. Caso a trabectedina seja utilizada aumentada* 22,0 0,9 0,9 13,7 de m mcomplementares m no final da gravidez, devem as potenciais reações adversas nos recém-nascidos. Desconhece-se se a m m monitorizar-se cuidadosamente m m mAmamentação m diagnóstico trabectedina é excretada no leitemhumano. A excreção de trabectedina no leite não foi estudada A amamentação está contraindicada durante m em manimais. m m Doenças do sangueM Muito frequentes Neutropenia* 91,6 29,7 42,3 73,5 19,7 9,8 o tratamento e nos as mulheres m m 3 meses seguintes (ver Contraindicações). Fertilidade O Osmhomens m em idade fértil e m m em risco de engravidar terão de usar e do sistema m contraceção eficaz durante o tratamento; nosm3 meses após o tratamento, as mulheres devem continuar a usar contraceção eficaz e informar m m m m m Leucopenia* linfático 94,9 44,7 17,7 81,8 16,0 4,0 caso ocorra se aplica para osmhomens nosm5 meses após o tratamento m imediatamente m m o médico que está a conduzir o tratamento m m uma gravidez;mo mesmo m m (ver Advertências e precauções especiais de utilização). A trabectedina pode ter efeitos genotóxicos. Deve procurar-se aconselhamento acerca da m Anemia* m 94,9 12,9 5,7 82,1 6,2 2,2 conservação do esperma antes do tratamento, devido à possibilidade de infertilidade irreversível devido à terapêuticamcom Yondelis. Caso ocorramuma m m Trombocitopenia* gravidez durante o tratamento, deve considerar-se a possibilidade de aconselhamento genético.mTambém o aconselhamento genético para m m m m se recomenda m m 63,7 12,3 10,8 27,4 2,5 1,8 doentes que desejem ter filhos após a terapêutica. Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram estudados os efeitos sobre m m m Frequentes Neutropenia febril* 6,9 4,5 2,4 2,1 1,8 0,3 a capacidade de conduzir e utilizar foram notificadas fadiga e/ou astenia m máquinas. Contudo, m m em doentes a receberem m trabectedina. O Os doentesmem quem m ocorra qualquer destes acontecimentos durante a terapêutica não devem conduzir ou utilizar m m m máquinas. Efeitos indesejáveismA menos que especificado Doenças do sistema Frequentes Cefaleia 6,6 0,3 2,4 m de m em contrário, o perfil de segurança de Yondelis, apresentado a seguir, baseia-se na avaliação de ensaios clínicos de doentes tratadosmcom os regimes m nervoso tratamento recomendados para m m m ambas as indicações. Pode esperar-se quema maioria dos doentes tratadosmcom Yondelis tenha reações adversas de Disgeusia 5,4 0,3 2,7 qualquer grau%(91% em monoterapia e%99% mm m em terapêuticamcombinada)me menos de m um terço reações adversasmcom gravidade de grau 3 ou 4 (10% % mem neutropenia, náusea, m monoterapia e%25% m em terapêuticamcombinada). As reações adversas m mais frequentes,mcom qualquer grau de gravidade, foram m anemia, fadiga,mtrombocitopenia, anorexia e diarreia. reações adversas fataism em % 1,9% e % 0,9% dos doentes m vómito,maumentos da AST/ALT, m O Ocorreram m Doenças Frequentes Dispneia tratados nosmregimesmde monoterapia e terapêuticamcombinada, respetivamente. Foram frequentemente o resultado de respiratórias, m m m m umamcombinação de acontecimenm 6,6 0,3 3,3 0,3 0,3 tos, incluindo pancitopenia, neutropenia febril, nalguns casosmcom sepsia, envolvimento hepático, falência renal oum em vários órgãos e rabdomiólise. torácicas e do m m Reações adversas A frequência das reações adversas referidas abaixo classifica-se m em: m muito frequentes ( 1/10), frequentes ( 1/100, < 1/10) e pouco m mediastino frequentes ( 1/1. 000, < 1/100). 1% dos doentes tratadosmcom o regime recomendado para O O quadro 2 apresenta as reações adversas notificadas m em % m m Doenças 70,9 8,7 37,6 2,4 M Muito frequentes Náusea de órgãos da base de dados sarcoma dos tecidos mg/m2, perfusão de 24 horas dem3 em 3msemanas), segundo as classes de sistemas m M MedDRA. m m moles (1,5 m m gastrointestinais Foram utilizadas tanto as reações adversasmcomo os valores laboratoriais para a obtenção das frequências. Vómitos m O Os efeitos indesejáveis são apresentados por 0,3 23,9 2,1 51,7 9,9 m ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência. a frequência e a gravidade de efeitos indesejáveis considerados m O O quadro 3 contém m relacionadosmcom omfármaco do estudo e registados 5% dos doentesmcom cancro do ovário randomizados paramtomar 15,5 0,3 20,4 0,9 O Obstipação m como estando possivelmente m m em % m Yondelism1,1mmg/m2/ PLDm30 m mg/m2 ou PLDm50 m mg/m2 no ensaio principal ET743-OVA-301. Foram utilizadas reações adversas e valores laboratoriais. O m O Os Estomatite 19,2 0,9 31,2 4,8 0,3 m efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência. As reações que se seguem m m foram m registadas incluídas aqui pela sua relevância clínica: infeção neutropénica m com m uma frequência inferior%a 5% no braço da terapêuticamcombinada, m mas foram m Diarreia 17,1 2,1 10 1,2 (< 1%), sepse neutropénica % (< 1%), pancitopenia % (1,8%), falência m da medula óssea (1,5%), granulocitopenia (1,5%), desidratação, insónia, neuropatia % % % sensorial periférica, síncope, disfunção ventricular esquerda % (< 1%), edema pulmonar (< Frequentes Dor abdominal m embolismo m mpulmonar (1,2%), % m m % 1%), tosse, hepatotoxicidade (<%1%), 9,3 0,6 7 0,9 m edema m gama-glutamiltransferase m maumentada, bilirrubina conjugadamaumentada, dor m musculosquelética, m mialgia, creatinina sérica maumentada, edema/ m m Dispepsia periférico, reações no local do cateter. No braço de Yondelis+PLD, os doentes não brancos (principalmente asiáticos) tiveram 7,5 0,3 6,1 0,6 m m m uma incidência m maior do que os doentes brancos de reações adversas de grau 3 ou 4%(96% versus%87%), e reações adversas graves % (44% versus%23% todos os graus). As diferenças da eritrodisestesia Afeções dos verificaram-se principalmente anemia % (37% versus%14%) emtrombocitopenia % (41% versus%19%). No entanto, M Muitos frequentes Síndrome m 24 3,9 53,6 18,5 1,2 m m m em relação à neutropenia%(93% versus%66%), m palmar-plantar tecidos cutâneos e as incidências demcomplicações clínicas relacionadasmcom toxicidademhematológicamcomo, por exemplo, infeções graves oumhemorragias, ou que levaram m m m à subcutâneos morte ou terminação do tratamento, foram semelhantes em ambas as subpopulações. Reações adversas mais frequentes. Doenças do sangue e do Alopecia 12 13,3 0,3 m m m m m m m m sistema linfático. Neutropenia: A neutropenia é a toxicidademhematológica m m mais frequente. Seguiu m um padrão previsível de início rápido e reversibilidade, e Frequentes Erupção cutânea 8,1 16,1 0,9 raramente esteve associada a febre ou infeção. m O Os nadires de neutrófilos ocorreram m mnuma m mediana de 15 dias e recuperaram m mnumamsemana. A análise por ciclo realizada regimemde monoterapia 4 em cerca de%19% % e 8% dos ciclos, respetivamente. Hiperpigmentação cutânea m em doentes tratadosmcom o m m mostrou neutropenia de graus 3 e m m 5,4 7 m Nesta população, a neutropenia febril ocorreu e em % < 1% dos ciclos. m Trombocitopenia: acontecimentos m em % 2% dos doentes m O Ocorreram m m mhemorrágicos 28,8 2,1 20 1,5 Doenças do associados amtrombocitopenia < 1% dos doentes tratadosmcom o m regime m de monoterapia. A análise por ciclo realizada nestes doentes M Muito frequentes Anorexia m em % m mostrou metabolismo e da Anemia: mtrombocitopenia de graus 3 em4 em cerca de % 3% e%< 1% dos ciclos, respetivamente. m m O Ocorreu anemia m m em%93% e%94% dos doentes tratadosmcom os m nutriçãom As percentagens de doentes anémicos na situação basal foram 35%, mregimes mde monoterapia e terapêuticamcombinada, respetivamente. m m m %46% e % respetivamente. A análise por ciclo realizada regimemde monoterapia de graus 3 e m 4 em cerca de%3% e%1% dos Frequentes Hipocalemia m m em doentes tratadosmcom m m mostrou anemia m m ciclos, respetivamente. Afeções hepatobiliares Aumentos de AST/ALT: O tempo mediano para atingir os valores de pico foi de 5 dias, tanto para AST como 6,3 2,1 2,1 m m O m m m para ALT. A maior parte dos valores diminuiu para grau 1 ou resolveu-se até ao dia 14–15 (ver Advertências e precauções especiais de utilização). A análise m m por ciclo realizada em doentes tratados com regime de monoterapia mostrou elevações de grau 3 na AST e ALT em 12% e 20% dos ciclos, respetivamente. Perturbações gerais Muito frequentes Fadiga m m m m m m % % m 42,3 5,7 0,3 29,7 2,4 0,3 M Ocorreram elevações de grau 4 na AST e ALT em 1% e 2% dos ciclos, respetivamente. A maior parte das elevações de transaminase melhorou para o grau e alterações no O m m % % m m m m 1 ou para os valores anteriores ao novo tratamento no prazo de 15 dias, e menos de 2% dos ciclos tiveram tempos de recuperação superiores a 25 dias. local de Astenia m m % m m 15,3 1,2 9,1 0,3 Os aumentos de ALT e AST não seguiram um padrão cumulativo, mas mostraram uma tendência para elevações de menor gravidade ao longo do tempo. administração O m m m m m m m m m m m Hiperbilirrubinemia: A bilirrubina tem um pico cerca de uma semana após o início e resolve-se cerca de duas semanas após o início. Os testes à função Inamação mucosa m m m m m m O 11,4 2,1 18,8 5,8 m m hepática prevendo toxicidade grave (indo ao encontro da lei de Hy) e as manifestações clínicas de lesões hepáticas graves, com uma incidência inferior a m m m 1% de sinais e sintomas individuais, incluindo icterícia, hepatomegalia ou dor hepática foram pouco frequentes. Ocorreu mortalidade na presença de lesão % m m m O m Pirexia 10,2 0,9 4,5 0,3 hepática em menos de 1% dos doentes em ambos os regimes. Outras reações adversas. Elevações de CPK e rabdomiólise: Observaram-se elevações de mm % m m m O m O m CPK, de qualquer grau, em 23-26% dos doentes em ambos os regimes. Foram notificados aumentos de CPK em associação com rabdomiólise em menos Afeções Muito frequentes Hiperbilirrubinemia* (12,9) (0,3) m % m m m m m m m m m m (25,2) (0,3) M de 1% dos doentes. Alopecia: Foi notificada alopecia em cerca de 3% dos doentes tratados com o regime de monoterapia; na maior parte dos casos, m hepatobiliares % m % Durante a vigilância pós-comercialização m m m foram comunicados m tratou-se de alopecia de grau 1. Experiência pós-comercialização: alguns casos de Alanina aminotransferase m dos tecidos requerendo a sua remoção m m 96,1 45,6 4,5 36,0 2,2 m extravasão de trabectedina com subsequente necrose (ver Advertências emprecauções especiais de utilização). aumentada* m m m Lista dos excipientes: Sacarose, fosfato monopotássico, ácido fosfórico concentrado (para ajuste do pH), hidróxido de potássio (para ajuste do pH). Aspartato aminotransferase 89,5 12,0 1,8 42,6 1,2 0,3 Titular da Autorização de Introdução m no Mercado: Pharma Mar, S. A. Avda. de los Reyes 1, Polígono Industrial La Mina. 28770 Colmenar Viejo (Madrid) m aumentada* M 2012. O RCM m Mcompleto encontra-se disponível no website da AgênciaMEuropeia do Medicamento. m M Espanha. Data de revisão do texto: janeiro Consultar o m m M m 30 de Agosto. Para Fosfatase alcalina sérica RCM da PLD para informação específica sobreOeste M medicamento. MSRM restrita-alínea a) do Artigo 118º do Decreto-Lei 176/2006 de 61,3 1,5 41,8 1,2 Mmais informações deverá m m m de Introdução M M no Mercado. aumentada* contactar o titular da Autorização m m m M YON0312-465 Nome do medicamento: Yondelis. Composição qualitativa e quantitativa. Cada frasco para injetáveis contém 0,25 mg ou 1 mg de trabectedina. 1 ml de solução reconstituída contém 0,05 mg de trabectedina. Forma farmacêutica. Pó para concentrado para solução para perfusão. Indicações terapêuticas. Yondelis é indicado para o tratamento de doentes com sarcoma avançado dos tecidos moles, após insucesso das antraciclinas e ifosfamida, ou de doentes a quem não convenha receber estes agentes. Os dados de eficácia baseiam-se principalmente em doentes com liposarcoma e leiomiosarcoma. Yondelis combinado com doxorrubicina lipossomal peguilada (PLD) é indicado para o tratamento de doentes que sofreram uma recaída de cancro do ovário sensível à platina. Posologia e modo de administração: Yondelis tem de ser administrado sob supervisão de um médico com experiência no uso de quimioterapia. O uso deste medicamento deve estar limitado a oncologistas qualificados ou outros profissionais de saúde especializados na administração de agentes citotóxicos. Posologia Para o tratamento de sarcoma dos tecidos moles, a dose recomendada é de 1,5 mg/m2 de área de superfície corporal, administrada sob a forma de perfusão i. v. durante 24 horas, com um intervalo de três semanas entre ciclos. Para o tratamento de cancro do ovário, Yondelis é administrado de 3 em 3 semanas sob a forma de uma perfusão de 3 horas, numa dose de 1,1 mg/m2, imediatamente a seguir a PLD 30 mg/m2. Para minimizar o risco de reações à perfusão de PLD, a dose inicial é administrada a uma velocidade não superior a 1 mg/minuto. Se não for observada qualquer reação à perfusão, as perfusões de PLD subsequentes podem ser administradas ao longo de um período de 1 hora. Todos os doentes devem receber corticosteroides, por exemplo, 20 mg de dexametasona por via intravenosa 30 minutos antes da administração de PLD (em terapêutica combinada) ou de Yondelis (em monoterapia), não só como profilaxia antiemética como também porque parece proporcionar efeitos hepatoprotetores. Podem administrar-se antieméticos adicionais conforme o necessário. É necessário o cumprimento dos seguintes critérios para permitir o tratamento com Yondelis: contagem absoluta de neutrófilos (CAN) 1. 500/mm3; contagem de plaquetas 100. 000/mm3; bilirrubina limite superior do normal (LSN); fosfatase alcalina 2,5 x LSN (considerar as isoenzimas hepáticas 5-nucleotidase ou GGT, caso a elevação possa ser de origem óssea); albumina 25 g/l; ALT e AST 2,5 x LSN; depuração da creatinina 30 ml/min (monoterapia), creatinina sérica 1,5 mg/dl ( 132,6 ȝmol/l) ou depuração de creatinina 60 ml/min (terapêutica combinada); CPK 2,5 x LSN; hemoglobina 9 g/dl. Devem cumprir-se os mesmos critérios, enunciados acima, antes de novo tratamento. Caso contrário, o tratamento terá de ser adiado durante um período de até 3 semanas até que os critérios sejam cumpridos. A monitorização adicional dos parâmetros hematológicos bilirrubina, fosfatase alcalina, aminotransferases e CPK deve ocorrer semanalmente durante os primeiros dois Quadro 1 - Quadro de modicação das doses para Yondelis e PLD ciclos da terapêutica, e pelo menos uma vez entre tratamentos nos ciclos subsequentes. Deve administrar-se a mesma dose para todos os ciclos, desde que não sejam observadas toxicidades de grau Sarcoma dos tecidos moles Cancro do ovário 3–4 e que o doente cumpra os critérios para novo tratamento. Ajustes da dose durante o tratamento Antes de novo tratamento, os doentes têm de cumprir os critérios de referência definidos acima. Caso ocorra qualquer dos acontecimentos seguintes a qualquer altura entre os ciclos, a dose terá de ser reduzida um nível, de acordo com o quadro 1 a seguir para os ciclos subsequentes: neutropenia < Yondelis Yondelis PLD 500/mm3, que dure mais de 5 dias ou esteja associada a febre ou infeção; trombocitopenia < 25. 000/mm3; aumento da bilirrubina > LSN e/ou fosfatase alcalina> 2,5 x LSN; aumento das Dose inicial 1,5 mg/m2 1,1 mg/m2 30 mg/m2 aminotransferases (AST ou ALT) > 2,5 x LSN (monoterapia) ou > 5 x LSN (terapêutica combinada), que não tenha recuperado ao dia 21; quaisquer outras reações adversas de grau 3 ou 4 (tais como náusea, vómito, fadiga). Assim que se faça uma redução da dose devido a toxicidade, não se recomenda a escalada da dose em ciclos subsequentes. Caso reapareça qualquer destas toxicidades em 0,9 mg/m2 25 mg/m2 Primeira redução 1,2 mg/m2 ciclos subsequentes num doente que apresente benefício clínico, a dose poderá voltar a ser reduzida. Podem ser administrados fatores estimulantes de colónias para toxicidade hematológica de acordo 0,75 mg/m2 20 mg/m2 Segunda redução 1 mg/m2 com as práticas locais habituais. Na eventualidade de serem necessárias reduções adicionais da dose, deve considerar-se a descontinuação do tratamento. Duração do tratamento Nos ensaios clínicos, não houve limites pré-definidos ao número de ciclos administrados. O tratamento foi continuado enquanto se observou benefício clínico. Administrou-se Yondelis durante 6 ou mais ciclos em 29,5% e 52% Quadro 2. de doentes tratados com a dose e calendarização de monoterapia e terapêutica combinada, respetivamente. Os regimes de monoterapia e terapêutica combinada foram utilizados durante até 38 e 21 ciclos, respetivamente. Não se observaram toxicidades cumulativas em doentes tratados com ciclos múltiplos. População pediátrica. A segurança Classes de sistemas de Reações adversas noticadas em 1% dos doentes em ensaios clínicos e eficácia de trabectedina na população pediátrica não foram ainda estabelecidas. Não existem dados disponíveis. Doentes idosos. Não se efetuaram estudos específicos em órgãos no regime recomendado [1,5 mg/m 2, 24horas de perfusão a cada 3 semanas] doentes idosos. Globalmente, 20% dos 1164 doentes na análise integrada de segurança de ensaios clínicos de monoterapia tinham mais de 65 anos. Dos 333 doentes com Exames complementares Muito frequentes cancro do ovário que tomaram trabectedina combinada com PLD, 24% tinha uma idade igual ou superior a 65 anos, e 6% tinha mais de 75 anos. Não se observaram diferenças de diagnóstico Creatina fosfocinase sérica aumentada* (Grau 3-4 = 4%), relevantes no perfil de segurança para esta população de doentes. Aparentemente, a depuração plasmática e o volume de distribuição de trabectedina não são influenciados creatinina sérica aumentada*, albumina sérica diminuída* pela idade. Por conseguinte, não se recomendam ajustes de rotina na dose com base unicamente em critérios etários. Doentes com afeção hepática: Não se efetuaram estudos Frequentes com o regime proposto em doentes com disfunção hepática. Portanto, não estão disponíveis dados para a recomendação de uma dose inicial mais reduzida em doentes com Diminuição do peso afeção hepática. Contudo, aconselha-se um cuidado especial e poderão ser necessários ajustes na dose nestes doentes, dado que a exposição sistémica será provavelmente aumentada e o risco de hepatotoxicidade poderá estar aumentado. Os doentes com bilirrubina elevada não devem ser tratados com Yondelis (ver Advertências e precauções Doenças do sangue e Muito frequentes especiais de utilização). Doentes com compromisso renal. Não se conduziram estudos que incluíssem doentes com compromisso renal (depuração da creatinina < 30 ml/min do sistema linfático Neutropenia* (Grau 3 = 26%, Grau 4 = 24%), para monoterapia, e < 60 ml/min para o regime combinado) e, por conseguinte, Yondelis não deve ser utilizado nesta população de doentes (ver Advertências e precauções trombocitopenia* (Grau 3 = 11%, Grau 4 = 2%) especiais de utilização). Considerando as características farmacocinéticas de trabectedina, não se justificam ajustes na dose em doentes com compromisso renal ligeiro ou anemia* (Grau 3 = 10%, Grau 4 = 3%), leucopenia* moderado. Modo de administração Recomenda-se vivamente a administração através de um cateter venoso central. Contraindicações Hipersensibilidade à trabectedina ou a Frequentes qualquer um dos excipientes do medicamento. Infeção concomitante ou não controlada. Aleitamento (ver Fertilidade, gravidez e aleitamento). Combinação com vacina contra a Neutropenia febril febre amarela (ver Advertências e precauções especiais de utilização). Advertências e precauções especiais de utilização: Afeção hepática Os doentes têm de cumprir Doenças do sistema Muito frequentes critérios específicos relativamente a parâmetros da função hepática antes de iniciarem o tratamento com Yondelis. Dado que a exposição sistémica a trabectedina fica nervoso Cefaleia provavelmente aumentada devido à afeção hepática e, por conseguinte, o risco de hepatotoxicidade poderá estar aumentado, os doentes com patologias hepáticas clinicamente Frequentes relevantes, como por exemplo hepatite crónica ativa, têm de ser monitorizados atentamente e a dose terá de ser ajustada se necessário. Os doentes com bilirrubina elevada não Neuropatia sensorial periférica, disgueusia, tonturas, parestesia devem ser tratados com trabectedina (ver Posologia e modo de administração). Compromisso renal: A depuração da creatinina tem de ser monitorizada antes e durante o Doenças respiratórias, Frequentes tratamento. Os regimes de monoterapia e terapêutica combinada com Yondelis não devem ser utilizados em doentes com depuração da creatinina < 30 ml/min e < 60 ml/min torácicas e do mediastino Dispneia (Grau 3-4 = 2%), tosse respetivamente (ver Posologia e modo de administração). Neutropenia e trombocitopenia Foram notificadas com muita frequência neutropenia e trombocitopenia de graus 3 ou 4 associadas a terapêutica com Yondelis. Deve efetuar-se um hemograma completo, incluindo a contagem diferencial e de plaquetas na situação basal, semanalmente durante Doenças gastrointestinais Muito frequentes os dois primeiros ciclos e, em seguida, uma vez entre os ciclos. Os doentes que desenvolvam febre devem procurar assistência médica prontamente. Caso tal aconteça, deve Vómito (Grau 3-4 = 6,5%), náusea(Grau 3-4 = 6%), iniciar-se imediatamente terapêutica de suporte ativa. Yondelis não deve ser administrado a doentes que na situação basal apresentaram contagens de neutrófilos inferiores a obstipação (Grau 3-4 < 1%) 1. 500 células/mm3 e contagem de plaquetas inferior a 100. 000 células/mm3. Se ocorrer neutropenia grave (ANC < 500 células/mm3) durando mais de 5 dias ou associada a Frequentes febre ou infeção, recomenda-se a redução da dose (ver Posologia e modo de administração). Náusea e vómito Deve administrar-se profilaxia antiemética com corticosteroides Diarreia (Grau 3-4 < 1%), estomatite (Grau 3-4 < 1%), dor abdominal, dispepsia, dor abdominal superior como, por exemplo, dexametasona a todos os doentes (ver Posologia e modo de administração). Rabdomiólise e elevações graves de CPK (> 5 x LSN) A trabectedina não deve Afeções dos tecidos Frequentes ser utilizada em doentes com CPK > 2,5 x LSN (ver Posologia e modo de administração). A rabdomiólise foi notificada com pouca frequência, geralmente em associação com cutâneos e subcutâneos Alopecia mielotoxicidade, anomalias graves nos testes da função hepática e/ou compromisso renal ou em vários órgãos. Por conseguinte, a CPK deve ser monitorizada atentamente sempre que um doente possa estar a experimentar qualquer destas toxicidades ou fraqueza ou dor muscular. Caso ocorra rabdomiólise, devem estabelecer-se prontamente medidas de suporte, tais como hidratação parentérica, alcalinização da urina e diálise, tal como indicado. Deve descontinuar-se o tratamento com Yondelis até que o doente Afeções musculosqueléticas Frequentes recupere inteiramente. Deve ter-se cuidado caso sejam administrados medicamentos associados a rabdomiólise (por ex. estatinas) em simultâneo com trabectedina, uma vez e dos tecidos conjuntivos Mialgia, artralgia, lombalgia que o risco de rabdomiólise poderá ser aumentado. Anomalias nos testes da função hepática Foram notificados aumentos agudos reversíveis na AST e ALT na maior parte dos doentes. Yondelis não deve ser utilizado em doentes com bilirrubina elevada. Os doentes com aumentos na AST, ALT e fosfatase alcalina entre ciclos poderão necessitar de Doenças do metabolismo Muito frequentes redução da dose (ver Posologia e modo de administração). Reações no local de injeção Recomenda-se vivamente o uso de um acesso venoso central (ver Posologia e modo e da nutrição Anorexia (Grau 3-4 < 1%) de administração). Os doentes poderão desenvolver uma reação potencialmente grave no local de injeção caso a trabectedina seja administrada através de um cateter venoso Frequentes periférico. A extravasão de trabectedina pode causar necrose nos tecidos requerendo a sua remoção. Não existe antídoto específico para extravasão de trabectedina. A Desidratação, diminuição do apetite, hipocalemia extravasão deve ser tratada utilizando a prática local. Outros: Deve evitar-se a coadministração de Yondelis com inibidores potentes da enzima CYP3A4 (ver Interações Infeções e infestações Frequentes medicamentosas e outras formas de interação). Caso tal não seja possível, será necessária a monitorização atenta das toxicidades e devem considerar-se reduções na dose de Infeção trabectedina. Deve ter-se cuidado caso sejam administrados medicamentos associados a hepatotoxicidade em simultâneo com trabectedina, uma vez que o risco de hepatotoxicidade poderá ser aumentado. O uso concomitante de trabectedina com fenitoína poderá reduzir a absorção de fenitoína, conduzindo a uma exacerbação das Vasculopatias Frequentes convulsões. Não se recomenda a combinação de trabectedina com fenitoína ou com vacinas vivas atenuadas, e está especificamente contraindicada a combinação com a vacina Hipotensão, rubor contra a febre amarela (ver Contraindicações). Deve evitar-se o uso concomitante de trabectedina com álcool (ver Interações medicamentosas e outras formas de interação). Os Perturbações gerais e Muito frequentes homens em idade fértil e as mulheres em risco de engravidar terão de usar contraceção eficaz durante o tratamento; nos 3 meses após o tratamento, as mulheres devem alterações no local de Fadiga (Grau 3-4 = 9%), astenia (Grau 3-4 = 1%) continuar a usar contraceção eficaz e informar imediatamente o médico que está a conduzir o tratamento caso ocorra uma gravidez; o mesmo se aplica para os homens nos 5 administração Frequentes meses após o tratamento (ver Fertilidade, gravidez e aleitamento). Este medicamento contém potássio em concentração inferior a 1 mmol (39 mg) por frasco para injetáveis, ou Pirexia, edema, edema periférico, reação no local da injeção seja, é essencialmente “isento de potássio”. Interações medicamentosas e outras formas de interação. Não foram realizados estudos de interação in vivo. Dado que a Afeções hepatobiliares Muito frequentes trabectedina é metabolizada sobretudo pela CYP3A4, a coadministração de substâncias que inibem esta isoenzima, por ex. cetoconazol, fluconazol, rotinavir, claritromicina ou Hiperbilirrubinemia* (Grau 3 = 1%), aprepitant, pode diminuir o metabolismo e aumentar as concentrações de trabectedina. Caso sejam necessárias combinações deste tipo, será necessária uma monitorização alanina aminotransferase aumentada* (Grau 3 = 38%, Grau 4 = 3%), atenta das toxicidades (ver Advertências e precauções especiais de utilização). Da mesma forma, a coadministração com indutores potentes desta enzima (por ex. rifampicina, aspartato aminotransferase aumentada* (Grau 3 = 44%, Grau 4 = 7%), fenobarbital, fosfatase alcalina sérica aumentada*, gama-glutamiltransferase aumentada* hipericão) poderá Quadro 3. diminuir a expoPerturbações do foro Frequentes Reações adversas registadas em 5% de doentes no ensaio clínico ET743-OVA-301 sição sistémica a psiquiátrico Insónia trabectedina. *Obtido de dados laboratoriais Yondelis+PLD PLD Deve evitar-se o n=333 n=330 consumo de álcool durante o Classes de tratamento com trabectedina, devido à hepatotoxicidade do medicamento (ver Advertências e precauções especiais de utilização). Os dados pré-clínicos sistemas de Frequência Evento demonstraram que a trabectedina é um substrato para a glicoproteína P (P-gp). A administração concomitante de inibidores da P-gp, por ex. ciclosporina e órgãos Todos os Todos os Grau 3 Grau 4 Grau 3 Grau 4 verapamilo, poderá alterar a distribuição e/ou eliminação de trabectedina. Não foi estabelecida a relevância desta interação, por ex. toxicidade para o SNC. graus graus (%) (%) (%) (%) (%) (%) Deve ter-se cuidado em situações deste tipo. Fertilidade, gravidez e aleitamento. Gravidez Não estão disponíveis dados clínicos suficientes acerca da exposição na gravidez. Contudo, com base no mecanismo de ação conhecido, a trabectedina poderá causar graves anomalias congénitas em caso de administração durante a gravidez. A trabectedina não deve ser utilizada durante a gravidez a menos que tal seja claramente necessário. Se for utilizada Frequentes Creatina fosfocinase sérica Exames durante a gravidez, a doente deve ser informada do potencial risco para o feto e deve ser cuidadosamente monitorizada. Caso a trabectedina seja utilizada aumentada* 22,0 0,9 0,9 13,7 complementares de no final da gravidez, devem monitorizar-se cuidadosamente as potenciais reações adversas nos recém-nascidos. Amamentação Desconhece-se se a diagnóstico trabectedina é excretada no leite humano. A excreção de trabectedina no leite não foi estudada em animais. A amamentação está contraindicada durante Doenças do sangue Muito frequentes Neutropenia* 91,6 29,7 42,3 73,5 19,7 9,8 o tratamento e nos 3 meses seguintes (ver Contraindicações). Fertilidade Os homens em idade fértil e as mulheres em risco de engravidar terão de usar e do sistema contraceção eficaz durante o tratamento; nos 3 meses após o tratamento, as mulheres devem continuar a usar contraceção eficaz e informar Leucopenia* linfático 94,9 44,7 17,7 81,8 16,0 4,0 imediatamente o médico que está a conduzir o tratamento caso ocorra uma gravidez; o mesmo se aplica para os homens nos 5 meses após o tratamento (ver Advertências e precauções especiais de utilização). A trabectedina pode ter efeitos genotóxicos. Deve procurar-se aconselhamento acerca da Anemia* 94,9 12,9 5,7 82,1 6,2 2,2 conservação do esperma antes do tratamento, devido à possibilidade de infertilidade irreversível devido à terapêutica com Yondelis. Caso ocorra uma Trombocitopenia* gravidez durante o tratamento, deve considerar-se a possibilidade de aconselhamento genético. Também se recomenda o aconselhamento genético para 63,7 12,3 10,8 27,4 2,5 1,8 doentes que desejem ter filhos após a terapêutica. Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Não foram estudados os efeitos sobre Frequentes Neutropenia febril* 6,9 4,5 2,4 2,1 1,8 0,3 a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Contudo, foram notificadas fadiga e/ou astenia em doentes a receberem trabectedina. Os doentes em quem ocorra qualquer destes acontecimentos durante a terapêutica não devem conduzir ou utilizar máquinas. Efeitos indesejáveis A menos que especificado 6,6 0,3 2,4 Doenças do sistema Frequentes Cefaleia em contrário, o perfil de segurança de Yondelis, apresentado a seguir, baseia-se na avaliação de ensaios clínicos de doentes tratados com os regimes de nervoso tratamento recomendados para ambas as indicações. Pode esperar-se que a maioria dos doentes tratados com Yondelis tenha reações adversas de Disgeusia 5,4 0,3 2,7 qualquer grau (91% em monoterapia e 99% em terapêutica combinada) e menos de um terço reações adversas com gravidade de grau 3 ou 4 (10% em monoterapia e 25% em terapêutica combinada). As reações adversas mais frequentes, com qualquer grau de gravidade, foram neutropenia, náusea, vómito, aumentos da AST/ALT, anemia, fadiga, trombocitopenia, anorexia e diarreia. Ocorreram reações adversas fatais em 1,9% e 0,9% dos doentes Doenças Frequentes Dispneia tratados nos regimes de monoterapia e terapêutica combinada, respetivamente. Foram frequentemente o resultado de uma combinação de acontecimenrespiratórias, 3,3 0,3 0,3 6,6 0,3 tos, incluindo pancitopenia, neutropenia febril, nalguns casos com sepsia, envolvimento hepático, falência renal ou em vários órgãos e rabdomiólise. torácicas e do Reações adversas A frequência das reações adversas referidas abaixo classifica-se em: muito frequentes ( 1/10), frequentes ( 1/100, < 1/10) e pouco mediastino frequentes ( 1/1. 000, < 1/100). O quadro 2 apresenta as reações adversas notificadas em 1% dos doentes tratados com o regime recomendado para Doenças Muito frequentes Náusea 37,6 2,4 70,9 8,7 sarcoma dos tecidos moles (1,5 mg/m2, perfusão de 24 horas de 3 em 3 semanas), segundo as classes de sistemas de órgãos da base de dados MedDRA. gastrointestinais Foram utilizadas tanto as reações adversas como os valores laboratoriais para a obtenção das frequências. Os efeitos indesejáveis são apresentados por Vómitos 0,3 23,9 2,1 51,7 9,9 ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência. O quadro 3 contém a frequência e a gravidade de efeitos indesejáveis considerados Obstipação como estando possivelmente relacionados com o fármaco do estudo e registados em 5% dos doentes com cancro do ovário randomizados para tomar 15,5 0,3 20,4 0,9 Yondelis 1,1 mg/m2/ PLD 30 mg/m2 ou PLD 50 mg/m2 no ensaio principal ET743-OVA-301. Foram utilizadas reações adversas e valores laboratoriais. Os Estomatite 19,2 0,9 31,2 4,8 0,3 efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência. As reações que se seguem foram registadas com uma frequência inferior a 5% no braço da terapêutica combinada, mas foram incluídas aqui pela sua relevância clínica: infeção neutropénica Diarreia 17,1 2,1 10 1,2 (< 1%), sepse neutropénica (< 1%), pancitopenia (1,8%), falência da medula óssea (1,5%), granulocitopenia (1,5%), desidratação, insónia, neuropatia sensorial periférica, síncope, disfunção ventricular esquerda (< 1%), embolismo pulmonar (1,2%), edema pulmonar (< 1%), tosse, hepatotoxicidade (< 1%), Frequentes Dor abdominal 9,3 0,6 7 0,9 gama-glutamiltransferase aumentada, bilirrubina conjugada aumentada, dor musculosquelética, mialgia, creatinina sérica aumentada, edema/ edema Dispepsia periférico, reações no local do cateter. No braço de Yondelis+PLD, os doentes não brancos (principalmente asiáticos) tiveram uma incidência maior do que 7,5 0,3 6,1 0,6 os doentes brancos de reações adversas de grau 3 ou 4 (96% versus 87%), e reações adversas graves (44% versus 23% todos os graus). As diferenças Muitos frequentes Síndrome da eritrodisestesia Afeções dos verificaram-se principalmente em relação à neutropenia (93% versus 66%), anemia (37% versus 14%) e trombocitopenia (41% versus 19%). No entanto, 24 3,9 53,6 18,5 1,2 palmar-plantar tecidos cutâneos e as incidências de complicações clínicas relacionadas com toxicidade hematológica como, por exemplo, infeções graves ou hemorragias, ou que levaram à subcutâneos morte ou terminação do tratamento, foram semelhantes em ambas as subpopulações. Reações adversas mais frequentes. Doenças do sangue e do 12 13,3 0,3 Alopecia sistema linfático. Neutropenia: A neutropenia é a toxicidade hematológica mais frequente. Seguiu um padrão previsível de início rápido e reversibilidade, e Frequentes Erupção cutânea 8,1 16,1 0,9 raramente esteve associada a febre ou infeção. Os nadires de neutrófilos ocorreram numa mediana de 15 dias e recuperaram numa semana. A análise por ciclo realizada em doentes tratados com o regime de monoterapia mostrou neutropenia de graus 3 e 4 em cerca de 19% e 8% dos ciclos, respetivamente. Hiperpigmentação cutânea 5,4 7 Nesta população, a neutropenia febril ocorreu em 2% dos doentes e em < 1% dos ciclos. Trombocitopenia: Ocorreram acontecimentos hemorrágicos 28,8 2,1 20 1,5 Muito frequentes Anorexia Doenças do associados a trombocitopenia em < 1% dos doentes tratados com o regime de monoterapia. A análise por ciclo realizada nestes doentes mostrou metabolismo e da mNomemdo medicamento: m Yondelis.mComposição qualitativa e quantitativa. Cada frasco para injetáveis contém m 0,25 m mg ou m 1 mg de trabectedina. m 1 ml de solução reconstituída contém m 0,05 m mg de trabectedina.mForma m farmacêutica. Pó para concentrado para solução para perfusão. Indicações terapêuticas. Yondelis é indicado para o m tratamento de doentes m com sarcoma m avançado dos tecidos m moles, após insucesso das antraciclinas e ifosfamida, m ou de doentes amquem não convenha receber estes agentes. O Os dados de eficácia baseiam-se m principalmente m m em doentes m com liposarcoma m emleiomiosarcoma. m Yondelis m combinado m com doxorrubicina lipossomal m peguilada (PLD) é indicado para o m tratamento de doentes que sofreram m m uma recaída de cancro do ovário sensível à platina. Posologia m e modo de m administração: Yondelis m tem de ser m administrado sob supervisãomdemum médico m com experiência no uso de m quimioterapia. m m m m m m m m m m m m O O uso deste m medicamento m deve estar m limitado a oncologistas qualificados ou outros profissionais de saúde especializados na m administração de agentes citotóxicos. Posologia Para o m tratamento de sarcoma m dos tecidos m moles, a dose m recomendada é de m 1,5 m mg/m2 de área de superfície corporal, m administrada sob m m m m m m O m m m m m m m m a forma demperfusão i. v. durante 24 m com m um intervalo de três m semanas tratamento a forma m numa m imediatamente mm m amseguir a PLDm30mmg/m2. Para mm mminimizar o risco de m m horas, m entre ciclos. Para o m m mde cancro do ovário, Yondelismé administrado dem3 emm3 semanas m sob m m mde uma perfusão dem 3 horas, m dose dem1,1mmg/m2, é administradama uma velocidade não superiorma 1mmg/minuto. Se não for observada qualquer reação à perfusão, as perfusões de PLD m ser m administradas ao longo de um períodomdem1 hora. Todos os doentes m devem receber corticosteroides, por O reações àmperfusão m de PLD, a doseminicial m m m subsequentes m podem m m m m mexemplo, m20 mg de m dexametasona por viamintravenosa m30 minutosmantes da m administração de PLD mm (em terapêutica m combinada) ou de Yondelis (em monoterapia), m como m profilaxiamm antiemética m como m também m m porque parecemproporcionar efeitos hepatoprotetores. Podem m antieméticos adicionais m m m mm m m não só m m m m mm administrar-se m m m m de plaquetas 000/mm3; bilirrubina m limite m conforme m o necessário. É necessáriomo cumprimento mm dos seguintes critérios parampermitir m om tratamento m com Yondelis: contagem m absoluta de neutrófilos (CAN) 1.mm 500/mm3; contagem m m m 100. mmm m superior domnormal (LSN); fosfatase alcalina m 2,5 x LSN (considerar as isoenzimas hepáticas ou GGT, caso a elevação possa ser de origem m m m(monoterapia), creatinina m ȝmol/l) ou depuração de creatinina m60mmml/min m combinada); CPK 2,5 x LSN; m m5-nucleotidase m GG m móssea);malbumina 25 m g/l; ALT e AST m 2,5 x LSN; depuraçãomdamcreatinina m30m ml/min m mséricamm1,5 m mg/dl ( 132,6 m (terapêutica m m hemoglobina 9 g/dl. Devem m m cumprir-semosmmesmos critérios, m acima, antes tratamento. Caso contrário, tratamento terá de ser adiado durante m um período de até m enunciados mm de novo m m m om mm3 semanas até m m m m m m m mm que os critériosmsejam m cumpridos. m A monitorização parâmetros m hematológicos bilirrubina, m aminotransferases mmsemanalmente m durante os m primeiros dois Q QuadroQ 1 - Quadromde modicação das doses para Yondelis e PLD GG m m m m m adicional dos m m m fosfatase alcalina, m emCPK deve ocorrer pelo m uma vez entre m tratamentos nos ciclos m administrar-se m ammesma dose m ciclos da terapêutica,me m m menos m m m subsequentes. Deve m m para todos os ciclos, desde que m nãomsejam observadas m toxicidades de grau Sarcoma m dos tecidos m moles Cancro do ovário 3–4 e que o doente tratamento. da dose durante o m tratamento Antes de novo tratamento, os doentes m têm de m cumprir de referência m acima. Caso m m m cumpra os m critérios para novo m m Ajustes m mm m os critérios m m definidos Quadro 1 - Quadro de modicação das doses para Yondelis e PLD ocorra qualquer dos acontecimentos seguintesma qualquer altura entre os ciclos, a dosemterá de ser reduzida m com o quadro 1 a seguir m m m m mm um nível, de acordo m para os ciclos subsequentes: neutropenia < Yondelis Yondelis PLD Sarcoma dos tecidos moles Cancro do ovário m mais de 5 dias ou esteja < 25. mm 000/mm m aumento das mm 500/mm3, que mdure m associada a febre ou infeção;m trombocitopenia m m 3m; aumento dambilirrubina m > LSN e/ou fosfatase alcalina> 2,5 mx LSN; Dose inicial m1,5mmg/m2 m1,1mmg/m2 m 30mmg/m2 m aminotransferases (AST m (monoterapia) ou > 5 x LSN (terapêutica m combinada), que m como m ou ALT) > 2,5 x LSN m não tenha recuperado m ao dia 21; quaisquer outras reações adversas de grau 3 ou 4 (tais Yondelis Yondelis PLD m vómito, m uma redução da dose devido amtoxicidade, não semrecomenda escalada da dose m em ciclos subsequentes. Caso reapareça qualquermdestas toxicidades m em m fadiga).mAssim que se faça mm a m mmnáusea, m 25mmg/m2 m Primeira redução m1,2mmg/m2 m0,9mmg/m2 Dose inicial 1,5 mg/m2 1,1 mg/m2 30 mg/m2 m ciclos subsequentes m m m num doente que apresente benefício clínico, a dose poderá m voltar a ser reduzida. Podem m ser m administrados fatoresmestimulantes de colónias para toxicidade m hematológica de acordo 2 2 2 m 0,75 m mg/m m 20 m mg/m Segunda redução m 1mmg/m m m da dose, deve considerar-se m a descontinuação do m m m commas práticas locaismhabituais. Na eventualidade demserem necessárias reduções adicionais tratamento. Duração do m tratamento Nos ensaios clínicos, 0,9 mg/m2 25 mg/m2 Primeira redução 1,2 mg/m2 m pré-definidos ao m m observou benefício clínico. m m Administrou-se Yondelis durantemm não houve m limites m número de ciclos m administrados. O Om tratamento foi continuado enquanto se 6 ou mais ciclos m em% 29,5%%e 52% 0,75 mg/m2 20 mg/m2 1 mg/m2 m m Q Segunda Quadro redução 2. de doentes tratados m comm a dose e calendarizaçãomde monoterapia e terapêutica m combinada, respetivamente. m O mOsmregimesmde monoterapia e terapêutica m combinadamforam m m O respetivamente. mm m m pediátrica. % % A segurança utilizados durante atém38 e 21 ciclos, Não se observaram m toxicidades m cumulativas m emmdoentes tratados m com ciclos m múltiplos. População Classes sistemas de Reações adversas noticadas m em% 1% dos doentes m em ensaios clínicos Quadro 2. de m m m nãomforam ainda estabelecidas. m m m m e eficácia de trabectedina na população pediátrica Não existem m mdadosOdisponíveis. Doentes idosos. Não se efetuaram m m estudos específicos m em órgãos nomregime m recomendadom[1,5mmg/m 2, 24horas de perfusão a cadam3 semanas] m 1164 doentes na análise m integrada demsegurançamde ensaios clínicosmm m doentes idosos. G Globalmente, m % 20% dos de monoterapia m tinham m mais de 65 anos. Dos 333 doentes m com Classes de sistemas de Reações adversas noticadas em 1% dos doentes em ensaios clínicos m m com PLD, m igual ou superior a 65 anos,%e 6% tinha mExames m complementares m Mno regime Muito frequentes cancro do ovário que m tomaram m trabectedina m combinada % 24% tinha m uma idade m mais de 75manos. Não se observaram m m diferenças órgãos recomendado [1,5 mg/m 2, 24horas de perfusão a cada 3 semanas] G no perfil m de segurança % m de diagnóstico Creatina fosfocinase sérica m aumentada* G (Grau 3-4 % = 4%), relevantes para esta população de doentes. Aparentemente, m a depuraçãomplasmática e omvolumemdem distribuição de trabectedina não sãominfluenciados Exames complementares Muito frequentes m m m m % m % m m creatinina sérica m aumentada*,malbumina sérica m diminuída* pela idade. Por conseguinte, não semrecomendam m ajustes de rotina na dose m com base unicamente m m em critérios etários. Doentes m com afeção hepática: Não se efetuaram m estudos de diagnóstico Creatina fosfocinase sérica aumentada* (Grau 3-4 = 4%), m não estão disponíveis m dados para ammrecomendação m Frequentes m com omregime proposto m em doentes m com disfunção hepática. Portanto, de uma dose inicial m mais reduzida m em doentes m com creatinina sérica do aumentada*, albumina sérica diminuída* m mm um cuidado especial e poderão m ser necessários m majustes na dose nestes doentes, m dado que a exposição m m será provavelmente m Diminuição peso afeção hepática. Contudo, aconselha-se sistémica m Frequentes m m aumentada m m m m m m m m e o risco de hepatotoxicidade poderá estar m aumentado. O Os doentes m com bilirrubina elevada não m devem ser tratados m com Yondelis (ver Advertências e precauções Doenças do sangue e MDiminuição Muito frequentes do peso m m especiais de utilização). Doentes m mcom m compromisso m renal. Não se conduziram m estudos que incluíssem m doentes m com m compromisso m renal (depuração da creatinina <m30m ml/min domsistema linfático Neutropenia* G (Grau 3%= 26%, G Grau 4%= 24%), m m O m m m Doenças do sangue e Muito frequentes para m monoterapia, e <m60m ml/min para omregime m combinado) e, por conseguinte, Yondelis não deve ser utilizado nesta população de doentes (ver Advertências e precauções m trombocitopenia* G (Grau 3%= 11%, G Grau%4 = 2%) m m m m m m m m m m do sistema linfático Neutropenia* (Grau 3 = 26%, Grau 4 = 24%), especiais de utilização). Considerando as características m farmacocinéticas de trabectedina, não se justificam m ajustes na dose m em doentes m com m compromisso m renal ligeiro ou manemia* G (Grau 3%= 10%, G Grau%4 = 3%), leucopenia* m m m m m trombocitopenia* (Grau 3 = 11%, Grau 4 = 2%) m moderado. M Modo de m administração Recomenda-se m mvivamente ma administração atravésmde um cateter à trabectedina ou a Frequentes m m venoso central. Contraindicações m m mHipersensibilidade m anemia* (Grau 3 = 10%, Grau 4 = 3%), leucopenia* qualquer medicamento. m mm ou não controlada. Aleitamento m (ver Fertilidade, gravidez e aleitamento). m m Combinação m com vacina contra a Neutropenia febril m M m um dos m excipientesmdo m mInfeção concomitante m Frequentes febre mm amarela (ver Advertências e precauções especiais de utilização). Advertências e precauções especiais de utilização: Afeção hepática O Os doentes m têm de m cumprir m m m m m m m febril Doenças domsistema MNeutropenia Muito frequentes critérios específicos relativamente m am parâmetros da função hepática antes de iniciarem m om tratamento m com Yondelis. Dado que a exposição m sistémica amtrabectedina fica m O m nervoso Cefaleia Doenças do sistema Muito frequentes provavelmente m m aumentada devidomà afeção hepática e, por conseguinte, o riscomde hepatotoxicidade poderá estar m aumentado, os doentes m com patologias hepáticas clinicamente m m m m m Frequentes nervoso Cefaleia relevantes, mmcomo pormexemplo hepatite crónica ativa, m têm demser monitorizados atentamente m e a dose terámde ser ajustada se necessário. m com bilirrubina elevada não m m O Os doentes m Neuropatia sensorial periférica, disgueusia, tonturas, parestesia Frequentes m devemmser tratados mm e modo de m administração). m Compromisso m renal: A depuração da creatinina mser monitorizada antes e durante o mm com trabectedina (ver Posologia m m O m tem dem Neuropatia sensorial periférica, disgueusia, tonturas, parestesia Doenças respiratórias, Frequentes tratamento. O Osm não m devem ser utilizados m em doentes m com mm mregimesmde monoterapia e terapêutica m m combinada m m com Yondelis m m m depuração m da creatinina <m30m ml/min e <m60m ml/min torácicas m e do mediastino Frequentes Dispneia G (Grau 3-4 % = 2%), tosse m m e modo de m administração). Neutropenia m e trombocitopenia m Foram m notificadas mm com em trombocitopenia Doenças respiratórias, m respetivamente O m (vermPosologia m m m m muita frequência neutropeniamm m m de graus 3 ou 4 massociadas a terapêutica m com Yondelis. Deve efetuar-se m um m hemograma m m completo,mincluindo a contagem m semanalmente m durante torácicas e dogastrointestinais mediastino m m m m m diferencial e de plaquetas namsituação basal, Doenças MDispnMuito frequentes% os dois m primeiros ciclos m e, em seguida, m uma vez entre os ciclos. O Os doentes que desenvolvam m febre m devem procurar assistência m médica prontamente. m Caso tal aconteça, deve m m m m m m m m G (Grau 3-4 % = 6,5%), náusea G (Grau 3-4 % = 6%), Mm Vómito iniciar-se m não deve ser m administrado a doentes que na situaçãombasal apresentaram m contagens de neutrófilos inferiores a m m imediatamente m terapêutica m de suporte ativa. Yondelis O m m G (Grau 3-4 mobstipação %% < 1%) % 3 3 3 e contagem m de plaquetas inferior a 100. 000 células/mm mm . Se ocorrer neutropenia grave (ANC < 500 células/mm mm ) durando m mais de 5 dias ou associada a 1. m 500 células/mm mm m m m Frequentes % febre ou infeção,mrecomenda-se a redução da dose (ver Posologia m e modo de m administração). Náuseame vómito Deve m mm administrar-se mprofilaxia m antiemética m com corticosteroides m mm mm Diarreia G (Grau 3-4 % < 1%),mestomatite G (Grau 3-4 % < 1%), dor m abdominal, dispepsia, dor m abdominal superior m m e elevações graves de CPK m (> 5 xmLSN) A trabectedina não deve m como, pormexemplo, m dexametasona a todos os doentes (ver m Posologia m emmodo de m administração).mRabdomiólise m % m % m m Afeções dos tecidos Frequentes m ser utilizada m m em doentes m m com CPK > 2,5 x LSN (ver Posologia mme modo de mmadministração). A m rabdomiólise m foi notificada m com pouca frequência, geralmente m m em associação m com cutâneos e subcutâneos Alopecia m m m m compromisso m m m Por conseguinte, a CPK m devemser monitorizada m atentamente m mielotoxicidade, manomalias graves nos testes da funçãomhepática e/ou m renal ou em vários órgãos. m m m sempre que m m m mm m m m um doente possa estar a experimentar m qualquer destas toxicidades ou fraqueza oumdor muscular. Caso ocorra rabdomiólise, m devem estabelecer-se prontamente m m medidas m de suporte, tais m m m m como hidratação parentérica, alcalinização da urina e diálise, tal mm como indicado. Deve descontinuar-se om tratamento m com Yondelism até que o doente Afeções m musculosqueléticas Frequentes m m Deve ter-se cuidado casomsejam m associados a rabdomiólise m m em recupere inteiramente. m m administrados m medicamentos m m (por ex. estatinas) mm simultâneo m com trabectedina, m uma vez e dosmtecidos conjuntivos M Mialgia, artralgia, m lombalgia m de rabdomiólise m mmAnomaliasmnos testes m da função hepática m m notificados m reversíveis m na AST e ALTm mna maior parte dos M m que o risco m poderá ser m aumentado. Foram m aumentosmagudos m m m em doentes m m com bilirrubina elevada. mm com m na AST, ALT e fosfatase alcalina entre ciclos m poderão necessitar de doentes. Yondelis não deve ser utilizado O Os doentes m aumentos Doenças m do metabolismo m M Muito frequentes m m O m m redução da dose (ver Posologia m e modo de m administração). Reações no local de injeção Recomenda-se m mvivamente o uso mde um acesso venoso central (ver Posologia m e modo m m M Anorexia e da nutrição G (Grau 3-4 % < 1%) m poderão m desenvolver m no local deminjeção caso a trabectedina m de m administração). O Os doentes m uma reação potencialmente m grave seja m administrada atravésmde m um cateter venoso % Frequentes m periférico. AO extravasão de trabectedina pode m causar necrose nos m tecidos requerendo a sua m específico para extravasão m m remoção. Não existe antídoto de trabectedina. A Desidratação, m diminuição do apetite, hipocalemia m m extravasão deve ser tratada utilizando a prática local. O Outros: Deve evitar-se a m coadministração de Yondelis m com inibidores potentes da menzima CYP3A4 (ver Interações m m m necessária m atenta das toxicidades e m m Infeções e infestações Frequentes m medicamentosas m e outras m formas de interação).OCaso tal não seja possível, será m a monitorização devem considerar-se reduções na dose de m m m m m Infeção trabectedina. Deve ter-se cuidado caso msejam m administrados m medicamentos m associados a hepatotoxicidade m em m simultâneo m com trabectedina, m uma vez que o risco de m m m m m m m m hepatotoxicidade poderá ser m aumentado. O O uso concomitante m de trabectedina m com fenitoína poderá reduzir a absorção de fenitoína, conduzindoma uma exacerbação das Vasculopatias Frequentes m O m m m convulsões. Nãomsemrecomenda ma combinação de trabectedina m com fenitoína ou m com vacinas vivas atenuadas, e estámespecificamente m contraindicada ma combinação m com a vacina Hipotensão, rubor m m m m m contra amfebre m amarela (ver Contraindicações). Deve evitar-se o uso m de trabectedina Interações m m m formas deO interação). O Os m concomitante m m com álcool (ver m m medicamentosas me outras Perturbações gerais e MM Muito frequentes m homens m em idade fértil e m as mulheres m em risco de engravidar terão de usar contraceção eficaz durante o m tratamento; nos m 3 meses após o m tratamento, m as mulheres m devem m m m m m m m m m alterações no local de Fadiga G (Grau 3-4 % G (Grau 3-4 % = 1%) %= 9%), astenia % continuar a usar contraceção eficaz m m m o médico que está a conduzir tratamento caso m uma m gravidez; m homens nos 5 m eminformar m m mimediatamente m om m ocorra m m ommesmo se aplica m para os m madministração Frequentes m meses apósmo m tratamento (ver Fertilidade, gravidez e aleitamento). m Este m m medicamento m contém m potássio m em concentraçãomm inferiormm am 1 mmolm(39 mg) por frasco para injetáveis, ou m m m m m Pirexia,mmedema,m medema periférico, reação no local da injeção seja, é essencialmente “isento de potássio”. Interações m e outras m m m m mmedicamentosas m mformas de interação. m Nãomforam realizados estudos de interação in vivo. Dado que a Afeções hepatobiliares MM Muito frequentes trabectedina coadministração de substânciasmque m inibem esta m por ex. cetoconazol, fluconazol, rotinavir, claritromicina m ou m m é metabolizada sobretudo pela CYP3A4, m am m isoenzima, m Hiperbilirrubinemia* m %3 = 1%), aprepitant, mpode m diminuir e aumentar as concentrações de trabectedina. mCasomsejam necessárias m combinações deste tipo, será necessária m monitorização m G (Grau% m m o metabolismo m m m m m m m m uma alanina mm aminotransferase m G (Grau 3%%= 38%, G Grau%%4 = 3%), atenta das toxicidades (ver Advertências e precauções especiais de utilização). coadministração m com indutores potentes m aumentada* m mmDammesma m m forma, m am m m destamenzimam(por ex.mrifampicina, aspartato mm aminotransferase m aumentada* G (Grau 3%%= 44%, G Grau%%4 = 7%), fenobarbital, m fosfatase alcalina sérica m aumentada*, m gama-glutamiltransferase hipericão) poderáQ Quadro 3. m mm mm aumentada* m m diminuir a expoPerturbações do foro Frequentes Reações adversas registadas O m m% em% 5% de doentes no ensaio clínico ET743-OVA-301 sição sistémica a mm psiquiátrico Insónia trabectedina. O *Obtido de dados laboratoriais Yondelis+PLD PLD Deve evitar-se o n=333 n=330 mconsumo m de álcool durante o Classes de m m O O Os dados pré-clínicos m m m tratamento mmcom trabectedina, devido à hepatotoxicidademdo medicamento m (ver Advertências e precauções especiais de utilização). sistemas de Frequência Evento mmdemonstraram mm que a trabectedinammé um substrato para a glicoproteína P (P-gp).mmA administração m concomitante m de inibidores da P-gp, por ex. ciclosporina e órgãos Todos os Todos os G Grau 3 G Grau 4 G Grau 3 G Grau 4 m eliminação de trabectedina. Não foi estabelecida a relevância desta interação, por ex. toxicidade para o SNC. verapamilo, mm poderá alterar a distribuição e/ou m graus graus % % % % (%) % (%) % (%)% % (%)% % m m G % (%) % (%) Deve ter-se cuidado m em situações deste tipo. Fertilidade, gravidez e aleitamento. m G Gravidez Não estão disponíveis dados clínicos suficientes acerca da mno mecanismo m m manomalias congénitas m m em caso de exposição na gravidez. Contudo, mmcom basem m de ação conhecido, a trabectedina poderá causar graves m m m m administração durante a gravidez. A trabectedina não deve ser utilizada durante a gravidez m a menos que tal seja m claramente necessário. Se for utilizada m mExames Frequentes Creatina fosfocinase sérica mm mm monitorizada. Caso a trabectedina seja utilizadam m durante a gravidez, a doente deve sermm informada do potencial risco para o feto e deve ser cuidadosamente m m aumentada* 22,0 0,9 0,9 13,7 m complementares m de mmm monitorizar-se cuidadosamente m mmm m no final da gravidez, m devem m as potenciais reações adversas nosmmrecém-nascidos. Amamentação Desconhece-se se a diagnóstico m m m m m trabectedina é excretada no leite m humano. A excreção de trabectedina no leite não foi estudada m emm animais.mAmamamentação está contraindicada durante M m m O m m m m M Muito frequentes Neutropenia* Doenças do sangue 91,6 29,7 42,3 73,5 19,7 9,8 om tratamento e nos m 3 meses seguintes (ver Contraindicações). Fertilidade O Os m homens m em idade fértil m e as mulheres m em risco de engravidar terão de usar m m emdomsistema contraceção eficaz durante o m tratamento; nosm 3 meses após o m m tratamento,mmas mulheresmm devem continuar a usar contraceção eficaz me minformar Leucopenia* m m m m m m m m m m linfático 94,9 44,7 17,7 81,8 16,0 4,0 m imediatamente m m o médico que está a conduzir o m tratamento caso ocorra m uma gravidez; m ommesmo se aplica para os m homens nos m 5 meses após o m tratamento m m (ver Advertências em precauções especiais de utilização). A trabectedina pode ter efeitos genotóxicos. Deve procurar-se aconselhamento m acerca da mAnemia* 94,9 12,9 5,7 82,1 6,2 2,2 m m m conservação do esperma mm antes do m tratamento, devido à possibilidade de minfertilidade irreversível à terapêutica m com m Yondelis. Caso ocorra m uma m m m devido m m Trombocitopenia* gravidez durantemo m tratamento, deve considerar-se a possibilidade de aconselhamento m genético. m Também semrecomenda m genético para 63,7 12,3 10,8 27,4 2,5 1,8 mm m o aconselhamento doentes que desejem m ter filhos mapós a terapêutica. Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar m máquinas Não m foram estudados os efeitos sobre m m m O m m Frequentes Neutropenia febril* 6,9 4,5 2,4 2,1 1,8 0,3 a capacidade de conduzir e utilizar fadiga e/ou astenia m trabectedina. m emmquem m m máquinas. Contudo,mforam notificadas m mm em doentes a receberem m O Os doentes m m durante a terapêutica não m devem conduzir ou utilizar m máquinas. Efeitos indesejáveis m A menos que mocorra qualquer destes acontecimentos m m especificado Doenças domsistema Frequentes Cefaleia 6,6 0,3 2,4 m em contrário, o perfil de segurança de Yondelis, apresentado a seguir, baseia-se na avaliação de ensaios clínicos de doentes tratados m com os m regimes de m m m m m nervoso m tratamento mrecomendados para m ambas m a maioria dos doentes tratados m de % mm % as m indicações. Pode m esperar-se m que m m com Yondelis tenha reações%adversas m Disgeusia 5,4 0,3 2,7 (91% mmmem monoterapia e 99% m em terapêutica m combinada) de um m com gravidade de grau 3 ou 4%(10% m em m qualquer grau%% m% m m e menos m m terço reações adversas m m mmonoterapia % e 25% m em terapêutica m mais frequentes, mmcom qualquer grau de gravidade, m m m combinada). m As reações adversas O m %mforam%neutropenia, náusea, m vómito, m aumentos m trombocitopenia, anorexia e diarreia. mm reações adversas m damAST/ALT,manemia, fadiga, m m m O Ocorreram m fatais m em%1,9% e%0,9% mdos doentes Doenças Frequentes Dispneia tratados nosmregimesmde monoterapia e terapêutica m combinada, m Foram frequentemente m o resultado m combinação dem acontecimenm m respetivamente. mm mmde uma respiratórias, 3,3 0,3 0,3 6,6 0,3 tos, incluindo pancitopenia, neutropenia febril, nalguns casos m com sepsia, envolvimento mm m hepático, falência renal m ou em vários órgãos e rabdomiólise. m m torácicas e do Reações adversas A frequência m mmem: muito < 1/10) e poucom mediastino O das reações adversas referidas abaixo classifica-se % frequentes ( 1/10),mfrequentes m ( 1/100, m M m adversas m m M m m frequentes ( 1/1.m000, < 1/100). O mO quadro 2 apresenta as reações notificadas m em% 1% dos doentes tratados m com omregimemrecomendado para Doenças M Muito frequentes Náusea 37,6 2,4 70,9 8,7 m de 24 horas de m3 emm3 semanas), segundo as classesOde m sistemas de órgãos da base de dados M MedDRA. sarcoma mm dos tecidos m molesm(1,5mmg/m2, perfusão m gastrointestinais m utilizadas tanto as reações adversas O m m Foram m como os valores laboratoriais para a obtenção das frequências. O Os efeitos indesejáveis são apresentados por m Vómitos 0,3 23,9 2,1 51,7 9,9 mordem decrescentemde gravidade dentro de m cadamclasse de frequência. m % m m m O O quadro 3 contém m a frequência e a gravidade de efeitos indesejáveis considerados m mrelacionados O m em% 5% m dos doentes O m tomar m mpossivelmente O Obstipação m como estando m m mcommm o fármaco do estudo e registados m com cancro do ovário randomizados m para 15,5 0,3 20,4 0,9 m mmmg/m2 no ensaio principal ET743-OVA-301. m m O Os O m Foram utilizadas reações adversas e valores laboratoriais. Yondelism1,1mmg/m2/ PLDm30mmg/m2 ou PLDm50 mEstomatite m m % m m m 19,2 0,9 31,2 4,8 0,3 efeitos indesejáveis são apresentados por m ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência. As reações que se seguem m mforam % % inferior % da terapêutica m combinada, %foram incluídas aqui pela%sua relevância clínica: infeção neutropénica registadas m com m uma frequência %a 5% no braço m m masm Diarreia 17,1 2,1 10 1,2 m mdammedula m óssea%(1,5%), % m m m %(< 1%), sepse neutropénica%(< 1%), pancitopenia%(1,8%), % falência granulocitopenia %% (1,5%), desidratação, insónia, %neuropatia msensorialmperiférica, síncope, m disfunção ventricular esquerdam m medema m m %(< 1%), %(< 1%), m embolismo m m m pulmonar%(1,2%), m pulmonar%(< 1%),mtosse, hepatotoxicidade Frequentes Dor m abdominal 9,3 0,6 7 0,9 m mialgia, creatinina m sérica m m aumentada, m medema/medema m gama-glutamiltransferase m m aumentada, bilirrubina conjugada m aumentada, mdor musculosquelética, m % % % % periférico, reações no local do cateter. No braço de Yondelis+PLD, os doentes não brancos (principalmente m asiáticos) tiveram m m uma incidência m maior do que 7,5 0,3 6,1 0,6 M m Dispepsia m m m % % m % % m % % os doentes brancos de reações adversas de grau 3 ou 4%(96% versus % 87%), e reações adversas graves%(44% versus % 23% todos os graus). As diferenças m mm m %(93% versus m% 66%),manemia m %(37% versus m % 14%) m m %(41% versus m entanto, M Muitos frequentes Síndrome m da eritrodisestesia Afeções dos verificaram-se m principalmente m em relação à neutropenia e trombocitopenia % 19%). No 24 3,9 53,6 18,5 1,2 m m m m m m m m m palmar-plantar tecidos cutâneos e as incidências de m complicações clínicas relacionadas m com toxicidade m hematológica m como, pormexemplo, infeções graves ou m hemorragias, ou que levaram m à m m m m subcutâneos m morte ou m terminação do m tratamento,mforam m semelhantes m em m ambas as subpopulações. Reações adversas m mais frequentes. Doenças do sangue e do Alopecia 12 13,3 0,3 m O m m m m m m m sistema linfático. Neutropenia: A neutropenia é a toxicidade m hematológica m mais frequente. Seguiu m um padrão previsível de início rápido e reversibilidade, e m m m m m m % % m Frequentes mErupção cutânea 8,1 16,1 0,9 mraramente esteve associada a febre ou infeção. Om Os m mediana de 15Odias e recuperaram m semana. A análise por % nadires de neutrófilos m ocorreram % m m numa m m m mmnuma m ciclo realizada m mem doentes tratados mm mostrou de graus 3 m e 4 em cerca de % 19%%e 8% dos ciclos, respetivamente. M Hiperpigmentação m cutânea m m%com omregimemde monoterapia m neutropenia m m m 5,4 7 Nesta população, a neutropenia febril ocorreu m em % 2% dos doentes m e em % < 1% dos ciclos. m Trombocitopenia: O Ocorreram m acontecimentos m m hemorrágicos m m m m % % m m O m m % % m M Muito frequentes Anorexia 28,8 2,1 20 1,5 Doenças do associados a trombocitopenia m em%< 1% m % mostrou m mm m dos doentes tratados m m com omregimemde monoterapia. A manálise por ciclo realizada nestes m %doentes m e da m trombocitopenia de graus 3 m e 4 em cerca%de mAnemia: Om Ocorreumanemia % 93%%e 94% m m 3% e%< 1% dos ciclos, m respetivamente. mm m m m em m dos doentes % tratados % m com osm metabolismo m nutrição mregimesmde m monoterapia e terapêutica m combinada, respetivamente. m e 35%, m O m As mpercentagens de doentesmanémicos na situação basal mforam% 46% m % respetivamente. m m A análise por ciclo m em doentes tratados m commregimemde monoterapia m mostroumanemia de graus 3 em4 em cerca% de 3%%e 1% dos Frequentes Hipocalemia m m realizada ciclos, respetivamente. m m Afeções hepatobiliares de AST/ALT: m mediano para atingir os valores m como 6,3 2,1 2,1 m mm Aumentos m m O mO tempo m %de pico % foi de 5 dias, tanto para m AST M m diminuiumpara (ver Advertências e precauções O para ALT. mm A maior parte dos valores % grau % 1 ou resolveu-se atémao dia 14–15 m m especiais m de utilização). A análise por ciclo realizada m em doentes tratados m com mde monoterapia m mostrou elevações de grau 3 namASTme ALT m em % 12%%e 20% dos ciclos, respetivamente. m m mregime m % M Muito frequentes Fadiga Perturbações gerais 42,3 5,7 0,3 29,7 2,4 0,3 O O Ocorreram elevações de grau 4 na AST e ALT m % em 1% % m m m A maior parte das elevações m m melhoroumpara o graum mm m m me 2% dos m ciclos, m respetivamente. m de transaminase e alterações no 1 ou para osmvalores anterioresmaomnovo m tratamento mno prazo m e menos % de 2% dos ciclos tiveram m mm tempos de recuperação m de 15 dias, O superiores a 25 dias. local de Astenia m m 15,3 1,2 9,1 0,3 O Os m aumentos de ALT e AST não seguiram m m um padrão m cumulativo, m m mas m m uma tendência para elevaçõesmde menor m tempo. m administração m mostraram m mgravidade ao longo do %Hiperbilirrubinemia: m A bilirrubina mm semana após o início e m m m m tem m um pico cerca mde uma resolve-se cerca de Oduas m semanas após o início. O Os testes à função mInamação m mucosa 11,4 2,1 18,8 5,8 m prevendo m % m mao encontromda lei O de Hy) m m O m com hepática toxicidade grave (indo e as manifestações clínicas de lesões hepáticas graves, mmuma incidência inferior a m individuais, % m hepatomegalia m dor hepáticamforam m pouco frequentes. m O Ocorreu m m na presença mm % 1% de sinais e m sintomas incluindo m icterícia, m m ou m mortalidade de lesão M m Pirexia 10,2 0,9 4,5 0,3 % m mem menos% mmregimes. % m mde CPK m e rabdomiólise: hepática de 1% dos doentes m m em ambos os O Outras reações adversas. Elevações m O mObservaram-se m elevações de m m m com rabdomiólise CPK, de qualquer grau, m em 23-26% % dos doentes m m emm ambos osmregimes. m Foram notificados m aumentos de CPK m emmassociação m m mem menos Afeções M Muito frequentes mHiperbilirrubinemia* (12,9) (0,3) m (25,2) (0,3) m Foi notificada alopecia m tratados m % de 1% dos doentes. Alopecia: m em cerca % de 3% dos doentes m com omregimemde monoterapia;mna maior parte dos casos, hepatobiliares m tratou-se de alopecia de grau 1. Experiência pós-comercialização: m Durante a vigilância pós-comercialização m mforam m comunicados alguns casos de Alanina m m aminotransferase 96,1 45,6 4,5 36,0 2,2 M m dos M tecidos requerendo a sua M e precauções m especiaisMde utilização). extravasão de trabectedina m com subsequente necrose m remoção (ver Advertências m m aumentada* O M m M m Lista dos excipientes: Sacarose, fosfato m monopotássico, ácido fosfórico concentrado (para ajuste do pH), hidróxido de potássio (para ajuste do pH). Aspartato m aminotransferase M m de IntroduçãoMno Mercado: m m m M Mar, M S. M A. Avda. de los Reyes 1, Polígono Industrial 89,5 12,0 1,8 42,6 1,2 0,3 Titular da Autorização Pharma MLa Mina. 28770mColmenar Viejo M (Madrid) m m aumentada* m Espanha. m Data de revisão do texto: janeiro 2012. M O OMRCM m completo encontra-se disponível no website da Agência EuropeiaMdo Medicamento. m Consultar o m MRCM da PLD paraminformação específica sobre m este medicamento. m M MSRM M restrita-alínea a) do Artigo 118º do Decreto-Lei 176/2006 de 30 de Agosto. Para maisminformações deverá contactar o titular da Autorização de IntroduçãoMno Mercado. Fosfatase alcalina sérica m aumentada* O *Obtido de dados laboratoriais 61,3 1,5 41,8 1,2 atualize os seus dados A Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) encontra-se a efetuar a atualização da sua base de dados Dado o desenvolvimento das novas tecnologias a SPO passará de forma progressiva a comunicar com os seus associados também através do envio de mensagens por e-mail dando conta das suas atividades O objetivo é agilizar a comunicação entre a SPO e os seus membros quer no que respeita à divulgação das atividades promovidas pela Sociedade e seus parceiros quer na dinamização do debate sobre temas relacionados com a Oncologia e a atualidade Se já é associado da SPO por favor preencha o seguinte formulário com os seus dados e envie-o por correio para Sociedade Portuguesa de Oncologia Avenida Afonso Henriques Lote 2 nº 55 Escritório 3/8 3000-011 Coimbra Ou então se preferir basta enviar um e-mail para geral@sponcologia pt com os dados solicitados Para mais esclarecimentos por favor contecte-nos através do telefone 217 611 010 Nome Morada Código-Postal Telefone E-mail Situação profissional Hospital de serviço Localidade Especialidade clínica Cargo que ocupa Cidade Telemóvel