PROGRAMA DE SAÚDE DA
FAMÍLIA
Prof.ª Dr.ª MIRIAM GRACIANO
O QUÉ O PSF?
 Uma estratégia de política de saúde
que incorpora e reafirma princípios
básicos do SUS, destacando-se:




Universalização.
Eqüidade no acesso.
Integralidade de ações.
Participação da comunidade.
QUANDO SURGIU NO BRASIL?
 Esta estratégia foi iniciada em junho
de 1991, com a implantação do
Programa de Agentes Comunitários
de Saúde (PACS).
 Em JANEIRO DE 1994, por iniciativa
do MS, foram formadas as primeiras
Equipes de Saúde da Família (ESF),
incorporando e ampliando a atuação
dos agentes comunitários.
 Apenas NOB-96 cria condições reais.
POR QUE SURGIU?
 Para reorganizar a prática da
atenção à saúde em novas bases.
 Substituir o modelo tradicional,
levando a saúde para mais perto
das famílias.
 Melhorar a qualidade de vida dos
brasileiros.
OBJETIVOS PRINCIPAIS
 Possibilitar ações de prevenção de
doenças, promoção da qualidade
de vida e recuperação da saúde
das pessoas de forma integral e
contínua.
 Gerar práticas de saúde que
integrem
ações
individuais
e
coletiva.
COMO CUMPRI-LOS?
 Criando
vínculos
de
coresponsabilidade entre profissionais
de saúde e população, facilitando a
identificação e o atendimento aos
problema de saúde da comunidade.
 Utilizando o enfoque de risco como
método
de
trabalho,
visando
adequação
de
recursos
às
necessidades locais.
O QUE EXIGE?
 Profissional com visão sistêmica e
integral do indivíduo, da família e
da comunidade na qual esta família
está inserida.
 Prática humanizada, competente e
resolutiva.
 Permanente
interação
com
comunidade,
mobilizando-a
e
estimulando sua participação.
O QUE MAIS ENVOLVE?
 Habilidade para articular diversos
setores relacionados à promoção
da saúde.
 Capacidade
para
planejar,
organizar, desenvolver e avaliar
ações de saúde.
 Avaliação permanente, por meio do
acompanhamento de indicadores de
saúde da área de abrangência.
COMO SE ESTRUTURA O PSF?
 A partir da Unidade de Saúde da
Família (USF), com base em:
 Territorialização e cadastramento da
clientela.
 Integralidade e hierarquização.
 Equipe multiprofissional.
TERRITORIALIZAÇÃO E
CADASTRAMENTO DA CLIENTELA
 Área de abrangência previamente
definida.
 Cadastramento e o acompanhamento
da população adscrita a esta área.
 Uma equipe se responsabilizará por,
no máximo, 4.500 pessoas.
 Entre 600 e 1.000 famílias.
 Um agente: em média 575 pessoas.
CARTÃO DA FAMÍLIA
 NOME: quem
respondeu ao
ACS na hora do
cadastramento.
 Escrever atrás,
nome de todos
os membros da
família.
SIAB – FICHA A
Cadastramento das famílias
INTEGRALIDADE E
HIERARQUIZAÇÃO
 Insere-se no primeiro nível de ações e
serviços
do
sistema
local
de
assistência:
 Atenção básica.
 Deve estar vinculada
serviços, garantindo:
à
rede
de
 Referência
e
contra-referência
para
clínicas e serviços de maior complexidade,
quando assim for necessário.
EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
 Equipe mínima:




1
1
1
6
Médico.
enfermeiro.
auxiliar de enfermagem.
agentes comunitários de saúde (ACS).
 Outros profissionais (dentista, fisio,
assistente social, psicólogo...) podem
ser incorporados às equipes ou formar
equipes de apoio.
ATRIBUIÇÕES DO MÉDICO
 Atender a todos os integrantes de
cada família, independente de sexo
e idade.
 Desenvolver
com
os
demais
integrantes
da
equipe,
ações
preventivas e de promoção da
qualidade de vida da população.
ATRIBUIÇÕES DO ENFERMEIRO
 Supervisionar o trabalho do Agente
Comunitário de Saúde e do Auxiliar
de Enfermagem.
 Realizar consultas na unidade de
saúde.
 Assistir pessoas que necessitem de
cuidados de enfermagem, no
domicílio.
ATRIBUIÇÕES DO AUXILIAR DE
ENFERMAGEM
 Realizar
procedimentos
de
enfermagem na unidade básica de
saúde e no domicílio.
 Executar ações de orientação
sanitária.
ATRIBUIÇÕES DOS AGENTES
 Realizar mapeamento de cada microárea.
 Cadastrar as famílias.
 Visitar cada domicílio pelo menos um
vez por mês.
 Estimular a comunidade para práticas
que proporcionem melhores condições
de saúde e de vida.
 Fazer a ligação entre as famílias e o
serviço de saúde.
ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE
 Conhecer a realidade das famílias
pelas quais é responsável, por meio
de cadastramento e diagnóstico de
suas
características
sociais,
demográficas e epidemiológicas.
 Identificar os principais problemas de
saúde e situações de risco aos quais a
população que ela atende está
exposta.
ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE
 Prestar
assistência
integral,
respondendo de forma contínua e
racionalizada à demanda, organizada
ou espontânea:




Na USF.
Na comunidade.
No domicílio.
Acompanhar atendimento nos serviços
de referência ambulatorial ou hospitalar.
ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE
 Elaborar, com a participação da
comunidade, um plano local para
enfrentar os determinantes do
processo saúde-doença.
 Desenvolver ações educativas e
inter-setoriais para enfrentar os
problemas de saúde identificados.
ATRIBUIÇÕES DA SECRETARIA
MUNICIPAL DE SAÚDE
 Identificar áreas prioritárias para a
implantação do programa.
 Mapear número de habitantes em
cada área.
 Calcular número de equipes e de
agentes necessários.
ATRIBUIÇÕES DA SECRETARIA
MUNICIPAL DE SAÚDE
 Adequar espaços e equipamentos
para
a
implantação
e
o
funcionamento do programa.
 Solicitar formalmente à SES adesão
do município ao PSF.
 Selecionar, contratar e capacitar os
profissionais
que
atuarão
no
programa – cursos introdutórios!
A ORGANIZAÇÃO DO
TRABALHO EM UMA ESF
ALGUMAS SUGESTÕES
PARA O MÉDICO
 Cinco períodos de atendimento em
consultório, agendados na recepção
ou pelo ACS:
 Para cada 4 horas de atendimento,
agendar 12 consultas, deixando espaço
para 4 atendimentos eventuais. (n=16)
 Agendar 3 pacientes a cada hora, com
espaço para um acolhimento a cada hora.
PARA O MÉDICO
 Três períodos de visita domiciliar,
realizada a partir da orientação da
necessidade:




Pacientes com dificuldade de locomoção.
Resistentes a tratamento.
Paciente de grupo de risco.
Domicílios com necessidade de
intervenção.
 Realizar 6 visitas por período.
PARA O MÉDICO
 Dois períodos para alternar:
 Reuniões de equipe.
 Reuniões com coordenação, setor de
vigilância, Gerência Regional.
 Grupos operativos, instituições...
PARA O ENFERMEIRO
 Quatro períodos para consultas de
enfermagem na unidade, agendadas
na recepção ou pelo ACS:
 Para cada 4 horas de atendimento,
agendar 8 consultas, deixando espaço
para 4 atendimentos eventuais.(n=12)
 Agendar 2 pacientes a cada hora, com
espaço para um acolhimento a cada hora.
PARA O ENFERMEIRO
 Quatro
períodos
de
visitas
domiciliares
específicas
e
para
supervisão das ações do auxiliar.
 Realizar 6 visitas por período.
 Dois períodos para alternar:
 Reuniões de equipe.
 Reuniões com coordenação, setor de
vigilância, Gerência Regional...
 Grupos operativos e instituições.
PARA O AUXILIAR
 Seis períodos de atividade na unidade
com necessidade de rodízio de suas
funções em sala de vacina, farmácia
básica, coleta de exames etc.
 Dois períodos de visita domiciliar:
 Retirada de pontos, troca de curativo...
 Dois períodos para alternar reuniões
de equipe com reuniões fora da
unidade, grupos operativos.
PARA OS ACS
 Oito períodos de visitas domiciliares,
com
organização
geográfica
e
garantia da periodicidade.
 Dois períodos para alternar reuniões
de equipe com reuniões fora da
unidade,
grupos
operativos,
instituições...
PARA A EQUIPE
 Reuniões diárias e rápidas para
orientações práticas do dia-a-dia.
 Reuniões semanais, em dia fixo, com
duração máxima de 2:30h, visando:
 Planejamento de ações, estabelecimento
de metas e tomadas de decisões.
 Discussão de casos.
 Participação de terceiros: mini-cursos!
PARA O COORDENADOR
 Reuniões mensais, em dia fixo (por
exemplo: toda última segunda-feira
do mês), com todas as equipes para:
 Planejar ações conjuntas.
 Discutir problemas.
 Estabelecer metas e fazer
regionais.
propostas
PARA O COORDENADOR
 Reuniões trimestrais por categoria,
visando:
 Troca de experiências.
 Discussão do papel da categoria no
processo de trabalho em ESF.
 Realização de mini-cursos temáticos
solicitados pelo grupo com convidados
(internos ou externos).
PARA O COORDENADOR
 Reuniões semestrais na regional com
coordenação, médicos, enfermeiros e
representantes de instituições
formadoras para:
 Discussão técnico-científica de casos.
 Planejamento e estabelecimento de
metas.
 Criar ou rever protocolos estabelecidos.
 Realização de mini-cursos.
PARA O GESTOR
 Promover seminários anuais para
todas as equipes e profissionais.
 Fazer avaliação bi-anual por meio da
contratação
de
um
observador
externo.
PROCESSO DE TRABALHO EM USF
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


Trabalho em equipe.
Organização da demanda.
Atenção domiciliar.
Grupos operativos.
Educação permanente em saúde.
Alimentação e análise de banco de
dados (SIAB).
TRABALHO EM EQUIPE
RESPEITO PROFISSIONAL
 Poder, status e formação técnica do
médico não pode submeter prática
clínica e vivencia humanista dos
demais membros da equipe.
 O conhecimento sobre a dinâmica,
valores e dificuldades da comunidade
do ACS é fundamental.
ILUSTRAÇÃO
 O conhecimento do ACS não deriva
da clínica, nem por isso ele é o
membro
menos
importante
da
equipe.
 Resolve
situações
emocionais
aflitivas, de aconselhamento e de
necessidades de contato social.
 Idosos.
ORGANIZAÇÃO DA DEMANDA
 “Desafogar” unidade
espontânea:
de
demanda
 Organizando fluxo de demanda.
 Fazendo abordagem coletiva de grupos
humanos prioritários.
 Monitoramento de doenças crônicas.
 Elaboração de protocolos clínicos e de
consulta de enfermagem.
EXEMPLOS DE
FLUXOGRAMAS
SAÚDE DA MULHER
Demanda
espontânea
ACS
Acolhimento
Consulta
enf. (Papa)
Grupo
Contracep.
Consulta
médica
Externos
Atenção Especializada
Assistência Jurídica
Movimentos de mulheres
Org. Sindicais
Atraso
menstrual
Consulta
enf.
Gesta
Grupo
pré-natal e
aleitamento
Encaminhamentos
Pré-natal
Ind.
Internos
odonto
Saúde mental
Fono...
Parto
EXEMPLOS DE
FLUXOGRAMAS
SAÚDE DO ADOLESCENTE
Demanda espontânea
(12 a 18 anos)
Captação
Atividades comunitárias
Grupos de
Adolescentes
Grupo Prénatal
Externos
Atenção Especializada
Assistência Jurídica
Prática esportiva
Atividades culturais
Acolhimento
Inscrição
Consulta
Médica
Consulta
Enfermagem
Encaminhamentos
Internos
Odonto.
Saúde mental,
da mulher...
ATENÇÃO DOMICILIAR
 Permite monitoramento da situação
de saúde de cada família.
 Realizada cotidianamente pelo ACS.
 Resultado de cada visita é encaminhado
à equipe para condução de casos.
 Consultas médicas e de enfermagem são
então agendadas.
 Pacientes com dificuldade de locomoção.
 Grupos de risco.
GRUPOS OPERATIVOS
 Organizado a partir da lógica de:
 Ciclos de vida:
 Adolescentes, gestantes, idosos...
 Patologias referidas:
 Hipertensão, diabetes...
 Tem por objetivo permitir expressão
de
sentimentos
e
trocas
de
experiências ou vivências.
GRUPOS OPERATIVOS
 Não é simples.
 Deve utilizar elementos da cultura
local.
 Mobilizar e sensibilizar comunidade sobre
cuidados de saúde e situações que com
ela interferem:
 Saneamento.
 Alcoolismo e drogas.
 Práticas de exercícios...
METODOLOGIA PARA GRUPOS
OPERATIVOS
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
Teatro, vídeos, literatura de cordel.
Gincanas, programas de rádio.
Grupos de auto-ajuda.
Oficinas ou dinâmicas de grupo.
Trabalhos artesanais.
Mutirões, passeatas.
Caminhadas.
Bailes.
FICHA D – ENFERMEIRO
FICHA D – VERSO
FICHA DO SISVAN
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM
SAÚDE
 Melhorar qualificação da equipe:
 Especialização.
 Capacitação.
 Atualização.
 Função do Pólo de EPS:
 Pólo sul.
Passos
Alfenas
Pouso Alegre
Varginha
Poços de Caldas
RESULTADOS ESPERADOS
Prestar atendimento de bom nível.
Evitar internações desnecessárias.
Impacto nos indicadores de saúde.
Resolubilidade de 85% dos problemas
de saúde em sua comunidade.
 Melhorar a qualidade de vida da
população por ela assistida.
 Satisfação de usuário e profissionais.
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PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA