FAMÍLIA
Introdutório em ESF – Cajati - SP
FAMÍLIA
A família constitui um sistema aberto,
dinâmico e complexo, cujos membros
pertencem a um mesmo contexto
social e dele compartilham. É o lugar
do reconhecimento da diferença e do
aprendizado quanto ao unir-se e
separar-se, é a sede das primeiras
trocas afetivo-emocionais e da
construção da identidade
TIPOS DE FAMÍLIA
TIPO
CONCEITO RESUMIDO
Nuclear
Formada pelos familiares
consanguíneos da pessoa-referência,
possuindo geralmente um núcleo de
um casal e seus filhos
Extensiva
Constituída por mais de uma geração,
podendo ter também vínculos
colaterais como tios, primos,
padrinhos, etc...
Unitária
Composta por uma só pessoa como,
por exemplo, uma viúva sem filhos
Monoparental
Constituída por um dos pais biológicos
e o(s) filho(s), independentemente de
vínculos externos ao núcleo
TIPOS DE FAMÍLIA
TIPO
CONCEITO RESUMIDO
Reconstituída
Composta por membros de uma
família que, em algum momento, teve
outra configuração, sofreu uma
ruptura e passou a ter um novo
formato
Instituição
Instituto que possui a função de criar e
desenvolver afetivamente a
criança/adolescente
Homossexual
União de pessoas do mesmo sexo,
que constituem um casal
Famílias com constituição funcional
Pessoas que moram juntas e
desempenham papéis parentais em
relação a uma criança/adolescente
ESTRUTURA DA FAMÍLIA
A estrutura da família é composta por
um sistema que abriga subsistemas
familiares, formados pelos membros
da família e suas relações
SUBSISTEMAS FAMILIARES
Subsistema conjugal
Composto por um casal, unido por um
vínculo afetivo que o leva a formar uma
família. O casal negocia, organiza as bases
da convivência e
mantém uma
atitude de
reciprocidade
interna e uma
relação com
outros sistemas
SUBSISTEMAS FAMILIARES
Sistema parental
Refere-se às mesmas pessoas que compõem o
casal ou pessoas que desempenham o papel de
pais através de um vínculo afetivo, podendo ser
biológico ou não, com os filhos. Este sistema é
chamado de executivo, pois deve desempenhar a
socialização, afeto, proteção,
desenvolvimento e educação
SUBSISTEMAS FAMILIARES
Subsistema filial
Formado pelos filhos,
podendo ser subdividido de acordo com
características específicas como sexo, idade,
relação com os irmãos, etc. As relações dos
pais e entre os irmãos ajudam a desenvolver
a capacidade de negociar, cooperar e
também a desenvolver a relação com figuras
de autoridade e entre iguais.
DINÂMICA FAMILIAR
COMUNICAÇÃO
É todo o tipo de troca dos seres vivos
entre si e destes com o meio
ambiente (gestos, posturas, silêncios,
ouvidos, equívocos, etc.)
DINÂMICA FAMILIAR
PAPÉIS
Os papéis orientam a estrutura das
relações familiares
DINÂMICA FAMILIAR
REGRAS OU
NORMAS
As regras,
necessárias para
qualquer estrutura de
relação, constituem a
expressão dos
valores da família e
da sociedade
DINÂMICA FAMILIAR
PADRÕES DE
COMPORTAMENTO
Os padrões de
comportamento constituem
o resultado do
funcionamento familiar e
das relações da família
com o meio. São
repetitivos e estáveis,
definindo os limites e a
estrutura do sistema
familiar e estabelecendo
os meios de informações
dentro e fora deste
sistema.
DINÂMICA FAMILIAR
RELAÇÕES TRIANGULARES
Tradicionalmente, as relações da família
são analisadas na forma de díades.
Quando há formação de um triângulo,
geralmente isso resulta em uma relação
disfuncional.
O contexto familiar possui alianças de
coalizão em função da inclusão ou
exclusão de um terceiro. O fenômeno da
formação de triângulos adota formas muito
variadas, que nos permite compreender os
conflitos e as tensões.
DINÂMICA FAMILIAR
COESÃO/DIFERENCIAÇÃO
A coesão familiar é a força que une
os membros de uma família e se
traduz em condutas tais como: fazer
coisas juntos, ter amigos e interesses
comuns, estabelecer coalizões,
compartilhar tempo e espaço
POSSIBILIDADES DE
COESÃO/DIFERENCIAÇÃO
Família normal
Família
desintegrada
Família simbiótica
Equilíbrio
entre as
tendências
Predomínio
da
diferenciação
sobre a
coesão
Predomínio
da coesão
sobre a
diferenciação
CICLO DE VIDA DA FAMÍLIA
É o processo evolutivo que cumpre a
família no curso dos anos através da
passagem de uma fase a outra da vida
CICLO DE VIDA FAMILIAR
A utilidade do modelo de ciclo vital
consiste na possibilidade, por parte
do observador, de identificar a fase
na qual se encontra a família em
dado momento, propondo ajuda neste
período crítico e, através da
continuidade, observar a mudança e
a reorganização na passagem de
uma fase à outra
ESTÁGIOS DO CICLO DE VIDA
FAMÍLIAR DE CLASSE MÉDIA
ESTÁGIO DE CICLO DE
VIDA FAMILIAR
PROCESSO EMOCIONAL
DE TRANSIÇÃO
MUDANÇAS DE SEGUNDA
ORDEM NO STATUS
FAMILIAR NECESSÁRIAS
PARA PROSSEGUIR O
DESENVOLVIMENTO
1. Saindo de casa, jovens
solteiros
Aceitar a responsabilidade
emocional e financeira
a)
b)
c)
Diferenciação do eu
em relação à família
de origem
Desenvolvimento de
relacionamentos
íntimos com adultos
iguais
Estabelecimento do
eu com relação ao
trabalho e
independência
financeira
ESTÁGIOS DO CICLO DE VIDA
FAMÍLIAR DE CLASSE MÉDIA
ESTÁGIO DE CICLO DE
VIDA FAMILIAR
PROCESSO EMOCIONAL
DE TRANSIÇÃO
MUDANÇAS DE SEGUNDA
ORDEM NO STATUS
FAMILIAR NECESSÁRIAS
PARA PROSSEGUIR O
DESENVOLVIMENTO
2. A união familiar através do
casamento: novo casal
Comprometimento com um
novo sistema
a)
b)
Formação do sistema
marital
Realinhamento dos
relacionamentos com
as famílias ampliadas
e os amigos, de
forma a incluir o
cônjuge
ESTÁGIOS DO CICLO DE VIDA
FAMÍLIAR DE CLASSE MÉDIA
ESTÁGIO DE CICLO DE
VIDA FAMILIAR
PROCESSO EMOCIONAL
DE TRANSIÇÃO
MUDANÇAS DE SEGUNDA
ORDEM NO STATUS
FAMILIAR NECESSÁRIAS
PARA PROSSEGUIR O
DESENVOLVIMENTO
3. Famílias com filhos
pequenos
Aceitar novos membros no
sistema
a)
b)
c)
Ajustar o sistema
conjugal para criar
espaço para o(s)
filho(s)
Unir-se nas tarefas de
educação dos filhos e
nas tarefas
financeiras e
domésticas
Realinhamento dos
relacionamentos com
a família ampliada
para incluir os papéis
de pais e avós
ESTÁGIOS DO CICLO DE VIDA
FAMÍLIAR DE CLASSE MÉDIA
ESTÁGIO DE CICLO DE
VIDA FAMILIAR
PROCESSO EMOCIONAL
DE TRANSIÇÃO
MUDANÇAS DE SEGUNDA
ORDEM NO STATUS
FAMILIAR NECESSÁRIAS
PARA PROSSEGUIR O
DESENVOLVIMENTO
4. Famílias com
adolescentes
Aumentar a flexibilidade das
fronteiras familiares para
incluir a independência dos
filhos e a fragilidade dos
avós
a)
b)
c)
Modificar o
relacionamento com
o(s) filho(s) para
permitir ao
adolescente
movimentar-se para
dentro e para fora do
sistema
Novo foco nas
questões conjugais e
profissionais nesta
fase do meio da vida
Começar a mudança
no sentido de cuidar
da geração mais
velha
ESTÁGIOS DO CICLO DE VIDA
FAMÍLIAR DE CLASSE MÉDIA
ESTÁGIO DE CICLO DE
VIDA FAMILIAR
PROCESSO EMOCIONAL
DE TRANSIÇÃO
MUDANÇAS DE SEGUNDA
ORDEM NO STATUS
FAMILIAR NECESSÁRIAS
PARA PROSSEGUIR O
DESENVOLVIMENTO
5. Lançando os filhos e
seguindo em frente
Aceitar várias saídas e
entradas no sistema familiar
a)
b)
c)
d)
Renegociar o sistema
conjugal como díade
Desenvolvimento de
relacionamentos dos
adultos e destes com
os filhos
Realinhamento dos
relacionamentos para
incluir parentes por
afinidade e netos
Lidar com
incapacidades e
morte dos pais (avós)
ESTÁGIOS DO CICLO DE VIDA
FAMÍLIAR DE CLASSE MÉDIA
ESTÁGIO DE
CICLO DE VIDA
FAMILIAR
PROCESSO
EMOCIONAL DE
TRANSIÇÃO
MUDANÇAS DE SEGUNDA ORDEM NO
STATUS FAMILIAR NECESSÁRIAS PARA
PROSSEGUIR O DESENVOLVIMENTO
6. Famílias no
estágio tardio da
vida
Aceitar a mudança dos
papéis em cada
geração
a)
b)
c)
d)
Manter o funcionamento e interesses
próprios e/ou do casal em face do
declínio fisiológico
Apoiar um papel mais central da
geração do meio
Abrir espaço no sistema para a
sabedoria e experiência dos idosos,
apoiando a geração mais velha sem
superfuncionar por ela
Lidar com a perda do cônjuge,
irmãos e outros iguais e preparar-se
para a própria morte. Revisão e
integração da vida
CICLO DE VIDA DA FAMÍLIA DE
CLASSE POPULAR
A família de classe popular é descrita
como uma família extensa, que vive
em um espaço pequeno,
compartilhado por vários membros,
que estabelecem relações fluidas,
não bem-delimitadas e com uma
relação de tempo segmentada ao
longo da vida
CICLO DE VIDA DA FAMÍLIA DE
CLASSE POPULAR
Etapas
Família composta por jovemadulto
Família composta por filhos
pequenos
Famílias no estágio tardio
Os primeiros esforços da equipe para ajudar as
famílias a mudar devem consistir em
Explorar a forma como elas definem os seus
problemas;
Detectar quem tem o poder de influenciar os
resultados;
Verificar qual a rede de apoio com que podem
contar,
Saber que forças individuais e familiar possuem
Procurar saber quais recursos da comunidade
podem ser mobilizados para efetivar este auxílio
As habilidades para reunir
informações e explorar as
possibilidades incluem
Ouvir
Observar
Mapear
Redefinir
Ajudar as famílias a explorar acordos
e desacordos através de ações
espontâneas e orientadas
Caso 1
Vc está visitando Maria, uma mãe de primeira viagem, ele tem um bebê de cinco dias.
Ela teve uma gestação normal e ganhou um bebê saudável porém perdeu 100 gramas
desde a alta. João, o pai do bebê faz companhia a ea. Maria está amamentando e tendo
dificuldade com a pega, e ela pena que não produz leite suficiente. Ela parece muito
cansada e começa a chorar.
Como vc perguntaria a ela sobre seus sentimentos?
Como vc responderia as dúvidas de Maria sobre seus problemas para amamentar e
sobre a perda de peso do bebê?
Maria disse que ela não tem saído de casa desde que o bebê nasceu e tem chorado
frequentemente. Ela está preocupada porque a casa está uma bagunça quando chega
visita. João é compreensivo com suas lágrimas e diz que isso é normal. Ele está
preocupado sobre seus sentimentos e discretamente pergunta a vc se é depressão.
Como vc responderia a pergunta de joão
Quais informações adicionais vc precisa obter
Como manejar essa situação.
O que te preocupa nesta família? Em relação a mãe? E ao bebê?
Como vc vai acompanhar esta família
Usando o ciclo de vida familiar, o que é uma tarefa normal para ser completa por
essa família ao nascimento de seu primeiro filho
Caso 2
Peggy e Bill trazem seu bebê de seis meses para consulta
de rotina. Eles tem uma outra filha chamada Julie. Após o
exame, com o bebe normal, vc pergunta como as coisas têm
andado com as duas crianças. Os dois pais descrevem os
problemas que eles tem tido com Julie que tem sido
desobediente. Ela recusa ir dormir, briga com seu irmão
menor, e tem frequentemente agredido a todos. Durante a
visita, o pai frequentemente grita com Julie, enquanto sua
mãe tenta distraí-la. Rapidamente parece obvio que Peggy
e Bill tem uma grande tarefa de lidar com essa nova
situação, os dois tiveram formas diferentes de criação.
Que tipo de abordagem deverá ser feita com a criança e
seus pais?
Como ajudar essa família hoje.
Caso 3
Ruth, é nova na área, ela vem para uma consulta e refere que é saudável,
feliz como esposa e mãe de 3 filhos. Miriam, tem 10 anos; David 8, Michael
2. ela conta que David tem atraso no desenvolvimento, ele não fala, não se
veste e precisa de ajuda para a maioria das atividades.
Durante a visita o que vc perguntaria a ruth sobre essa situação?
Como o estress pode afetar essa família?
De que forma o Ciclo de vida dessa família é diferente de uma família
comum?
De que forma o Ciclo de vida dessa família é igual ao de uma família
comum?
Uma semana depois, Ruth visita o posto e diz que Miriam, seu “anjo” que
sempre foi boazinha, útil, dócil. Começou a aterrorizar na escola e em
casa. Ruth não sabe o que aconteceu e pede ajuda para sua filha
O que pode estar afetando Miriam?
E se Miriam fosse mais nova que David ao invés de ser mais velha?
Que tipo de ajuda pode ser dada a Miriam?
Caso 4
Senhor e Senhora B. estão preocupados com seu
filho Bobby. Eles acreditam que alguma coisa
deve estar acontecendo entre ele e seu vizinho,
D., que ocasionalmente cuida dele como babá prá
eles. Eles conheceram D. (13 anos) desde que a
família dele se mudou há 3 anos atrás. Na última
semana, Bobby atipicamente resistiu em ser
deixado com d., chorando e chamando pelos pais.
Senhor e Senhora B. Estão preocupados sobre
possível abuso sexual, mas estão hesitantes para
confrontar D.
Como vc irá iniciar a abordagem nesse caso
Que tipo de informações adicionais vc precisa
fazer
Caso 5
Desde que tinha 15, Dana passa longos períodos nas ruas.
Qual a definição de morador de rua
Que fatores contribuem para que um adolescente more nas ruas
Porque a vida na rua parece mais interessante que a vida em casa
Os pais de Dana são separados desde que ela tinha 8 anos. De início as
coisas estavam bem, mas a medida que a adolescencia ia chegando ela
começou a achar mais “difícil” ficar em casa. Sua mãe, Brenda, começou
um novo relacionamento quando Dana tinha 12, e logo o seu namorado
Doug, se mudou. Doug era um bebedor problema, e sempre perdia o
emprego por causa do seu temperamento. Ele e dana tinham brigas
constantes. Ele começou a agredir fisicamente e fisicamente Dana, ela se
recusa a ir a escola ou trabalhar e sua mãe ficou frustrada ao tentar
encorajá-la a fazer algo por si mesma. Quando fez 15 ela decidiu sair de
casa.
Após 2 meses na rua, Dana conheceu Eric e engravidou. Nove meses
depois Ashley nasceu, pequena para a idade gestacional.
Que problemas de saúde esperamos para essa adolescente de rua
Que fatores na situação de Dana contribuiram para que ela engravidasse
Como esses fatores afetaram sua gestação
Como a equipe de saude da família pode atuar nessa situação
Caso 6
Sra . M, casada por 26 anos, tem 3 filhos, dos quais todos com
exceção do último já saíram de casa. Ela é geralmente saudável,
no entanto nos últimos 3 anos tem experimentado sudorese
noturna e sua menstruação se tornou muito irregular. Ela não
menstrua a 4 meses e agora está experimentando calorões e
interrupção do sono. Ela acha estes sintomas muito incômodos, e
durante a visita ela parece agitada e pergunta o que ela deve fazer.
Como vc responde sua questão?
O que mais vc precisa saber sobre sua história?
Quais perguntas vc tem sobre possíveis causas de sua agitação.
Durante a entrevista vc descobre que seu filho mais jovem está
deixando a casa para morar um amigo, e a senhora M, foi demitida.
Ela está muito preocupada sobre sua idade, se ela não está apta a
encontrar outro trabalho, e como ela e o marido vão sustentar a
casa
Quais dilemas do ciclo de vida a senhora M. está confrontando
agora
Como ajudar Sra M. a perceber a sua situação e agir
Como ajudar dentro da família a Senhora M.
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