COLÉGIO CAESP – EDUCAÇÃO INFANTIL, ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
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HISTÓRIA
 Profª MÁRCIA FABIANI
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2º ANO DO ENSINO MÉDIO
AULA 1
Século XIX
MOVIMENTOS SOCIAIS E POLÍTICOS:
BURGUESIA X PROLETARIADO
Cultura europeia no início do século
XIX – características:
 Europa se expande e tenta dominar o
mundo;
 Frequentes choques revolucionários: -
motivação: contra a ordem estabelecida,
regime político, ordem social e domínio
estrangeiro;
- defesa: da liberdade, da democracia política
ou social e da independência ou unidade
nacional
Cultura europeia no início do século XIX –
características:
 Desenvolvimento da revolução industrial,
que leva a:
- Movimento operário;
- Intensa urbanização;
- Mecanização da vida.
Cultura europeia no início do século XIX –
características:
 Restauração dos poderes monárquicos-
constitucionais, entre 1815 – 1830:
- mal-estar político, pois era vivida como
oposição do sentido de legitimidade;
- Tradicional: valor da perenidade – é legitimo o
que dura, o que representa a tradição
Cultura europeia no início do século XIX –
características:
 Legitimidade Tradicional: valor da perenidade
– é legítimo o que dura, o que representa a
tradição. O que permanece é o que
corresponde as necessidades porque é eficaz.
O tempo o canoniza;
 Revolucionária: o passado é ultrapassado. No
povo reside o poder de fazer e desfazer a
ordem, e na vontade da maioria reside a
legitimidade.
Cultura europeia no início do século XIX –
características:
 Oposição das noções de legitimidade:
- Tradição x história;
- Nação x revolução
Tipos de revolução
 1830 – movimentos liberais – contra o antigo
regime, em nome da liberdade;
 1830 – 1850 – o povo contra as elites, a favor
do sufrágio universal;
 Movimentos sociais de inspiração socialista;
 Movimentos nacionais – em busca da auto
afirmação da nacionalidade
 Com o desenvolvimento industrial surgiram várias
correntes ideológicas que pretendiam justificar e
apoiar o capitalismo (doutrinas liberais), ou
condená-lo e destruí-lo (doutrinas socialistas).
CAPITALISMO
SOCIALISMO
Propriedade privada (controle Propriedade coletiva
da burguesia).
(socialização).
O proletário trabalha para a
burguesia.
O proletário trabalha para a
sociedade.
Objetivo: LUCRO.
Objetivo: BEM-ESTAR coletivo.
Economia baseada no mercado.
Economia planificada pela
sociedade.
Liberalismo
Doutrina político-econômica e sistema doutrinário que se caracteriza
pela sua atitude de abertura e tolerância a vários níveis. Surgiu na
época do iluminismo contra o espírito absolutista.
Parte do conceito de que o conhecimento da razão humana e o direito
à ação e realização própria, livre e sem limites, é o melhor sistema
para a satisfação dos desejos e necessidades da humanidade.
Exigia não só a liberdade de pensamento mas também a liberdade
política e econômica.
Na sua origem, o liberalismo não era só partidário das liberdades
individuais mas também da dos povos, não sendo estranho aos
movimentos de libertação nacional surgidos durante o séc. XIX (Europa
e América Latina).
Síntese geral
1
2
3
Liberalismo
 é internacional e se expande para manter-se
vivo;
 Pertence ao ideário das elites e das camadas
populares;
Definindo-o: é a política econômica do sistema
capitalista e a superação final do sistema
mercantilista
Enquanto filosofia:
 Na política – defende a liberdade, base e
justificativa da vida social; os poderes
públicos funcionam na garantia dela por
meio de leis provindas da razão;
 No social – defende o individualismo, a pessoa
como unidade de liberdade e direitos;
Enquanto filosofia:
 Na história – concebida como realização dos
indivíduos e não das forças coletivas;
 No conhecimento – acredita na descoberta
progressiva da verdade pela razão individual.
Não é revelação divina, mas produto da razão
no confronto das experiências;
Enquanto filosofia:
 No jurídico – só as leis, criadas pelos
representantes do povo, podem evitar o abuso
do poder (este é mau em si); o poder deve ser
fracionado para que o indivíduo tenha sua
liberdade garantida;
 No Estado – o mais reduzido possível,
sendo um policial que garante o
cumprimento das leis, mas não a vontade do
governante;
Enquanto filosofia:
 Na família – peça básica do individualismo,
único “coletivo” admitido, pois isento de
concorrência e funcionando como base para a
educação dos caracteres e poupança financeira
e de mão-de-obra;
Enquanto Prática Social:
 é desigual, perpetua as diferenças entre os
grupos sociais, não atentando para as
diferenças construídas historicamente, que
impedem a concorrência “justa”
Enquanto Prática Social:
 É ideologia da burguesia – grupo social
dominante, que a sustenta e por ela é
sustentada;
 Ao localizar o êxito político e econômico ao
indivíduo dá autoridade sobre os demais que
“fracassaram” àquele que consegue sucesso;
Enquanto Prática Social:
 ao desvalorizar o coletivo desarticula a
classe trabalhadora no combate aos
empresários e desacredita toda e qualquer
associação de funcionar com êxito;
 ao garantir a propriedade privada e o direito de
herança garante a reprodução da riqueza entre
os seus e força os demais a vender sua força
de trabalho;
Liberalismo
Social
Política
Religiosa
Liberdade
Económica
Artística
Liberdade política
•Constituição/ Carta constitucional
•Separação tripartida dos poderes
•Soberania nacional ( a nação está
representada pelos cidadãos activos
que constituem as assembleias)
Liberdade social
 Defesa dos direitos naturais do cidadão:
 Liberdade
 Igualdade (continua distinção com base na riqueza,
coloca-se a questão da escravatura…)
 Segurança e propriedade
 Intervir na governança
Liberdade religiosa
 Secularização das instituições:
 Instituição do registo civil para nascimentos,
casamentos e óbitos
 Criação de hospitais e escolas públicas
 Expropriação e nacionalização dos bens das
ordens religiosas (por vezes extinção)
Liberdade econômica
 Livre – cambismo
 Iniciativa privada
 Lei da oferta e da procura
 Fisiocratismo – produção agrícola e livre
concorrência na venda dos produtos
 “ Laissez faire, laissez passer” Gournay
1 - DOUTRINAS LIBERAIS:
 Direitos individuais (ênfase na liberdade e
PROPRIEDADE).
 Liberdade de comércio e produção.
 Leis naturais da economia (oferta e procura, livre
concorrência...).
 Liberdade de contrato de trabalho (salários e jornada).
 NÃO INTERVENÇÃO do Estado na economia.
 ADAM SMITH (1723 – 1790) – “A Riqueza das Nações”-
 Riqueza = trabalho
 FISIOCRATAS  RIQUEZA = AGRICULTURA
 THOMAS MALTHUS (1766 – 1834) – “Ensaio
sobre a população”
 Teórico da “miséria inevitável”.
 Alimentos crescem em proporção aritmética
e população em proporção geométrica.
 Guerras e epidemias = equilíbrio entre a
população e produção.
 Contenção da natalidade.
 Limitação de assistencialismo.
 Lei dos pobres (1834) – Workhouses
 Confinamento de miseráveis.
As Casas de Trabalho (Workhouses) foram estabelecidas em Inglaterra
no século XVII. Segundo a Lei dos Pobres adoptada, em 1834, só era
admitida uma forma de ajuda aos pobres: o seu alojamento em casas
de trabalho com um regime prisional; os operários realizavam aí
trabalhos improdutivos, monótonos e extenuantes; estas casas de
trabalho foram designadas pelo povo de "bastilhas para os pobres".
 DAVID RICARDO (1772 – 1823) – “Princípios da economia
política e tributação”

Lei férrea dos salários: o preço natural tanto do
trabalho como dos alimentos deveriam andar
juntos, subir ou cair conforme o mercado.
2 - DOUTRINAS SOCIALISTAS:
A) Socialismo Utópico:
 Críticas a grande propriedade.
 Defesa da pequena propriedade.
 Acordo de classes.
 Iniciativas individuais sem resultados
 SAINT-SIMON (1760 – 1825):
 Sociedade sem ociosos (militares, clero,
nobreza...).
 Ausência de exploração.
 3 classes: sábios, proprietários e sem posses.
 Governo: conselho de sábios e artistas.
 CHARLES FOURIER (1772 – 1837):
 Falanstérios (fazendas coletivas
agroindustriais).
 ROBERT OWEN (1771 – 1858):
 Melhoria nas condições dos trabalhadores das
suas fábricas.
 Falência.
 Auxílio na criação de Trade Unions.
B) Socialismo Científico:
 Proposta revolucionária do proletariado.
 KARL MARX (1818 – 1883) – “Manifesto
Comunista” (1848) e “O Capital” (1867).
 FRIEDRICH ENGELS (1820 – 1895) – “A origem
da família, da propriedade privada e do Estado”.
 Materialismo Histórico – interpretação
socioeconômica da história, formulada por Marx.
 Modo de produção: como as sociedades
produzem seus meios num determinado período.
 Compreender a História = compreender a
produção.
 Meio de produção: bens necessário para produzir.
 Força de trabalho: capacidade de trabalhar.
 Relação de produção: relação entre os donos
dos meios de produção e os donos da força de
trabalho. SEMPRE é uma relação de
EXPLORAÇÃO.
 Mais valia: é a medida da exploração.
 Propriedade privada: motivo básico da
exploração. Deve ser abolida.
 Estado: instrumento de poder dos donos dos
meios de produção.
 Luta de classes: agente transformador (espécie
de “motor” da História).

No capitalismo: PROLETÁRIOS
X
BURGUESIA
 Socialismo: ditadura do proletariado.

Eliminação da propriedade privada (coletivização).

Fim da exploração e da luta de classes.

Etapa de transição para a posterior eliminação do
Estado e implantação do comunismo.
3 - ANARQUISMO ou COMUNISMO LIBERTÁRIO
 Supressão de toda a forma de governo.
 Liberdade geral.
 Contra a propriedade privada, a exploração e
qualquer tipo de hierarquia (governo, exército,
Igreja, partidos...).
 Mais radical que o socialismo.
 Passagem imediata ao comunismo e eliminação
do Estado.
 MIKHAIL BAKUNIN (1814 – 1876) – maior líder
anarquista.

Anarquismo terrorista.

Violência = método.

Objetivo: destruição de toda a ordem burguesa.
 PIERRE PROUDHON (1809 – 1865) – “O que é a
propriedade”



Aceita pequenas propriedades.
Empréstimos sem juros e cooperativas.
Estado abolido: república de pequenos proprietários.
 Outros representantes: LEON TOLSTOI (1828 –
1910), PETER KROPOTKIN (1842 – 1921).
"Aquele que botar as mãos sobre mim,
para me governar, é um usurpador, um
tirano.
Eu o declaro meu inimigo"
Pierre-Joseph Proudhon
REPRESENTANTES DO ANARQUISMO:
KROPOTKIN
PROUDHON
TOLSTOI
BAKUNIN
4 - Doutrina social da Igreja.
 Papa Leão XIII.
 Encíclica RERUM NOVARUM
(1891).
 Contra a exploração de operários.
 Contra a luta de classes e o
marxismo.
 Religião: instrumento de reforma e
justiça social.
 Apelo ao “espírito cristão” dos
empregadores para respeitassem os
operários.
5 - Positivismo
 AUGUSTE COMTE (1798 – 1857).
 Ignorância = fonte dos problemas.
 Ciência = evolução (caminho para a
resolução dos problemas).
 Governo: elite intelectual.
 Contra a democracia (possibilidade dos
ignorantes interferirem politicamente).
 Lema: “ORDEM E PROGRESSO”.
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