AGOSTO
2010
Ano XXII • Nº 257
Acordos com:
ADVANCECARE - MEDIS - MULTICARE - ADM
OEIRAS: 21 442 51 00
OEIRAS 2: 21 442 79 44 (M. Antas)
Paço d’Arcos: 21 442 27 17
Director: Paulo Pimenta
Preço 1.25 e
(IVA incluido)
Joaquim Raposo, Presidente da CM Amadora
“O meu projecto
não se esgota
em um, dois ou três
mandatos está em
mutação constante”
Páginas Centrais
Paço de Arcos
realiza festas
em honra do
Sr. Jesus dos
Navegantes
Destaques
• Quim Pereira
“Deixei de
jogar râguebi
federado perto
dos 50 anos”
Páginas 4 e 5
• J osé Paz
Um homem
das 1001
profissões
Páginas 14 e 15
Queluz recebeu
milhares
de visitantes
na Feira
Setecentista
Páginas 6 e 7
Junta de Freguesia
do Estoril
comemora
95.º aniversário
Páginas 16 e 17
Travessia Bessone Bastos
tem recorde de atletas
Páginas 20 e 21
Restaurante
A PETISQUEIRA DO GOULD
“Cozinha Portuguesa”
• Sangria de Espumante • Sopa Rica de Peixe
c/ Marisco • Arrozada de Grelos c/ Línguas
de Bacalhau • Posta Mirandeza à Gould
• Perdiz à Vilão • Bolo de Chocolate c/ Gelado
Sábados, só serve jantares. Encerra ao Domingo
Página 19
Rua Costa Pinto, 93 - Tel./Fax. 21 443 33 76
2770-213 PAÇO DE ARCOS
GPS: 9º 17´32´´ W 38º 41 42,5N
Actual
24 Agosto 2010
Oeiras investe 16 milhões em duas novas escolas
Decorrem a bom ritmo as obras de construção das novas escolas de Porto Salvo
e Algés, dois equipamentos público-pri­
vados que irão custar 16 milhões de euros aos cofres da Câmara Municipal de
Oeiras (CMO).
O presidente da autarquia oeirense,
Isaltino Morais, convidou a comunicação social para visitar os dois equipamentos, que nos últimos meses têm
vindo a crescer a olhos vistos. De tal forma que, pelo menos a escola de Porto
Salvo, deverá estar concluída já no próximo mês de Outubro.
A visita começou precisamente pela
Escola Básica 1/Jardim de Infância de
Porto Salvo onde irão funcionar 16 turmas do 1º ciclo (384 alunos) e três salas
de pré-escolar (75 crianças). A construção deste equipamento está orçada em
8,5 milhões de euros e, entre outras
mais-valias, vai permitir à autarquia triplicar o número de vagas de pré-escolar
da rede pública da freguesia de Porto
Salvo.
Recorde-se que esta é a freguesia do concelho que apresenta menor taxa de cobertura de pré-escolar, resumindo-se a
oferta a apenas três salas de actividades
na EB1/JI Pedro Álvares Cabral. Com
a entrada em funcionamento da nova
Escola Básica 1/Jardim de Infância de
Porto Salvo, em conjunto com a instalação na nova EB1/JI Custódia Marques
de três salas de pré-escolar com capacidade para 75 crianças, irá permitir um
reordenamento integral da rede educativa da freguesia de Porto Salvo, que
passará a dispor de 225 vagas na rede
pública de pré-escolar.
Por outro lado, com a entrada em funcionamento desta nova escola serão desactivadas a Escola Básica 1 José Canas,
em Vila Fria, a José Matias, na Ribeira
da Lage, e a Firmino Rebelo, em Porto
Salvo, todas elas a funcionar actual-
Isaltino acompanhou os trabalhos em Porto
Salvo…
mente em edifícios sem potencial de
requalificação.
Entende a autarquia que a concentração
dos cerca de 330 alunos destas escolas
num único equipamento escolar, mais
moderno e funcional, permitirá a constituição de turmas de um modo mais
equilibrado proporcionando, por isso,
melhores condições de aprendizagem.
Também a freguesia de Algés passará,
em breve, a dispor de um novo equipamento educativo: a Escola Básica
1/Jardim de Infância do Alto de Algés,
obra orçada em 7,3 milhões de euros.
Esta nova escola terá capacidade para
acolher 384 crianças distribuídas por 16
turmas do 1º ciclo, mais 75 crianças em
idade pré-escolar. Também aqui o número de vagas do pré-escolar aumentará consideravelmente, no caso 75 por
cento mais.
À semelhança do que irá acontecer com
outros equipamentos em Porto Salvo,
também em Algés será desactivada uma
escola, no caso a EB1 Sofia de Carvalho,
actualmente frequentada por mais de
350 alunos, população escolar considerada excessiva no actual equipamento
para os actuais padrões de educação.
No final da visita, Isaltino Morais lembrou aos jornalistas que “em 2006 fizemos um diagnóstico dos equipamentos escolares do concelho que, de facto, não estava
muito adequado aos padrões de qualidade
de Oeiras. No último mandato fizemos um
esforço para inverter essa situação, intervindo praticamente em todas as 37 escolas
do concelho. No total, houve intervenções
significativas em 27 escolas, mudou-se todo
o mobiliário das escolas do concelho, o que
se traduziu em melhorias extraordinárias”,
recorda.
O autarca lembrou depois uma frase
que marcou o seu último mandato:
“Dizíamos que queríamos fazer em Oeiras
as melhores escolas do país e muita gente
duvidava dessa nossa meta mas entendo
que temos de ser ambiciosos e definir objectivos difíceis mas que para nós mesmos
constituam um desafio. Estas duas escolas
são a prova de que falávamos verdade”,
opinou: “Num período de oito anos, os
últimos quatro e os próximos quatro, conseguimos fazer uma revolução ao nível dos
equipamentos educativos do concelho”,
concluiu.
O Arquitecto Viana Antunes é o respon­
sável pela autoria dos dois projectos
que O Correio da Linha visitou no passado dia 17 de Agosto, os primeiros
dois de cinco equipamentos que englo­
bam o projecto educativo da CMO
para os próximos anos, que inclui também a construção as escolas EB1/JI
Custódia Marques, em Porto Salvo,
a EB1 Gomes Freire de Andrade, em
Oei­ras, e a EB1/NI de Linda-a-Velha.
As duas primeiras já têm concluídos
os projectos de arquitectura e o projec­
to de execução enquanto a terceira
en­contra-se em fase de lançamento do
concurso para a sua construção.
… e na nova escola de Algés
Paço de Arcos
24 Agosto 2010
Paço de Artes organiza Bienal
A Paço de Artes – Associação dos
Artistas Plásticos de Paço de Arcos
organiza de 30 de Outubro a 14 de
Novembro uma exposição bienal de
pintura, desenho, escultura e fotografia,
inédita na freguesia de Paço de Arcos.
Há mais de dez anos que a Paço de
Artes lutava por conseguir organizar
um certame desta grandeza. Ao todo,
serão 40 os artistas convidados para expor nesta bienal, que estará patente, em
simultâneo, em quatro locais da freguesia: Salão Nobre da Paço de Artes, Salão
Nobre do Clube Desportivo de Paço de
Arcos, Salão Nobre dos Bombeiros de
Paço de Arcos e Oeiras Parque.
As obras serão distribuídas pelos
quatro locais de acordo com o espaço
disponível nos mesmos mas também
consoante os artistas, sendo que os trabalhos de cada artista ficarão sempre
agrupados. No Salão Nobre da Paço de
Artes irão ficar expostos pouco mais de
30 trabalhos, número em tudo semelhante ao do Salão Nobre do CDPA. O
Oeiras Parque irá receber cerca de 20
trabalhos e os restantes serão expostos
no Salão Nobre dos Bombeiros que, por
ser o espaço maior, será onde irão ficar
patentes cerca de 80 trabalhos.
Em exclusivo ao jornal O Correio da
Linha, o Presidente da Paço de Artes,
Barral Correia, salientou que “este é um
certame com uma dimensão e uma qualidade que se traduzem numa mais-valia para
a vila, não só em termos culturais como
até turísticos. Vila Nova de Cerveira, por
exemplo, é hoje em dia mais conhecida devido à sua bienal, e o mesmo pode acontecer
com Paço de Arcos”, salienta.
cento. Além de ser um dos patrocinadores,
Com esta bienal, diz Barral Correia, tem-se revelado uma parte muito interessa“queremos fundamentalmente divulgar as da no projecto que irá dar, por certo, grande
artes plásticas, divulgar os artistas da Paço visibilidade à freguesia de Paço de Arcos.
de Artes, os individuais e os de outras as- Importa, no entanto, dizer que temos vivisociações que colaboram connosco. Somos do dias de grande sufoco a nível financeiro
a única associação de artes plásticas devi- porque os orçamentos já foram aprovados
damente legalizada do concelho de Oeiras e mas, até à data, os subsídios atribuídos pela
queremos dar a conhecer o nosso trabalho, CMO, pela JF Paço Arcos e pelos SMAS
os projectos que já fizemos e que poderemos de Oeiras e Amadora ainda não chegaram,
vir a fazer”, adianta.
o que complica a nossa tarefa porque temos
Dez dos dezasseis anos de existência gasto o pouco dinheiro da associação”, lemda Paço de Artes foram passados a lu- bram.
tar pela realização desta bienal, sonho Com o intuito de dar visibilidade e
que está prestes a ser concretizado: “Há qualidade ao evento mas também de
muito que queríamos organizar uma expo- assegurar o apoio logístico e financeisição que fugisse aos parâmetros e à dimen- ro da Junta de Freguesia, da Câmara
são do que é organizado regularmente mas, Municipal de Oeiras e dos SMAS de
por diversas razões, nunca foi possível levar Oeiras e Amadora, a Paço de Artes viuesse projecto avante. A verdade é que tam- se na contingência de abrir a exposição
bém nunca houve um projecto devidamente a artistas plásticos que não fazem parte
fundamentado para apresentar às entidades da Associação. Do lote de artistas cone aos responsáveis superintendentes para que
estes nos pudessem ajudar”, refere.
Todavia, tudo mudou
com a chegada de
Nuno Campilho à presidência da Junta de
Freguesia de Paço de
Arcos: “Tivemos uma
reunião com o Presidente
da Junta e falámos-lhe da
ideia de organizarmos
uma bienal. Ele achou a
ideia interessante e nós
vimos aí uma janela de
oportunidade de termos
algumas possibilidades Nuno Campilho e Isaltino Morais com Barral Correia
de organizar. Criámos
um projecto sólido para apresentar à Junta,
de forma a podermos obter algumas verbas
que permitissem a realização da bienal”,
explica Vítor Martinez, Vice-Presidente
da Paço de Artes.
No final de 2009, já depois das eleições
autárquicas, a Paço de Artes teve uma
segunda reunião com Nuno Campilho
“e fomos desafiados a levar para a frente
o projecto da bienal. Como nunca fizemos
algo do género apontámos para um ano o
tempo que levaria a estar pronto a exposição. Quisemos que esta primeira bienal fosse destinada apenas a artistas convidados
sendo que, dentro de dois anos, pretendemos que as inscrições sejam abertas a qualquer pessoa”, adianta o Vice-presidente.
Para as entidades apoiantes, os responsáveis da Paço de Artes só têm palavras
de agradecimento pelo empenho e voluntarismo que têm empregue para que
este sonho se torne realidade: “A Junta
de Freguesia tem-nos apoiado a 500 por
Vítor Martinez e Barral Correia
vidados fazem parte nomes como Vítor
Lages, Luís Vieira-Baptista, Serrão de
Faria, Magnus Monserrate, Mariola,
Eunice Maia ou Fernanda Neves, entre
outros: “Pensávamos que alguns cabeças
de cartaz recusassem o nosso convite mas,
ao invés, não só aceitaram todos como ainda nos incentivaram e se mostraram muito entusiasmados, há até quem já tenha
os trabalhos todos feitos”, adianta Vítor
Martinez.
Cada artista plástico apresentará um
máximo de cinco obras, participando
nesta bienal artistas em nome individual mas também da Paço de Artes e
de três associações convidadas (Artiset
de Setúbal, Aquartis da Amadora e
Associação GART de Vila Franca).
A Associação Empresarial e Comercial
dos Concelhos de Oeiras e Amadora (ACECOA)
Paço de Artes já promoveu dezenas de exposições
vai promover, em parceria com
a Câmara Municipal de Oeiras,
uma Mostra Gastronómica na Rua Costa Pinto,
em Paço de Arcos, no dia 25 de Setembro,
com início pelas 13 horas e encerramento
às 23 horas do mesmo dia.
• Revendedor de Gaz BP
• Diverso material escolar
• Livros e revistas
• Pagamento payshop e recarregamento de telemóveis
• Brindes para oferta
Rua António Aleixo, 2-B • 2770-015 PAÇO DE ARCOS
Tel./Fax: 21 443 51 70
Paço de Arcos
• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J.R. e Q.P.
24 Agosto 2010
Quim Pereira
“Deixei de jogar râguebi federado
quando tinha praticamente 50 anos”
Quim Pereira residente em Paço
de Arcos é, ainda hoje, um dos
nomes maiores do râguebi nacional, modalidade que abraçou nos
tempos da faculdade e que abandonou quando contava já 55 anos.
Internacional por inúmeras vezes,
vestiu a camisola das quinas pela
última vez quando já contava quase 47 anos, enveredando depois
pelo triatlo onde chegou a participar nos Campeonatos Europeus
de Veteranos. Depois de muitos anos a dar aulas de Educação
Física no Colégio Vasco da Gama,
em Rio de Mouro, Quim Pereira
pertence agora ao Conselho de
Administração daquela instituição, onde continua a ir com regularidade para passar os seus ensinamentos aos mais novos.
O Correio da Linha (C.L.) - Quem é o
Professor Quim Pereira?
Quim Pereira (Q.P.) - Sou uma pessoa
que nasceu em Vila Nova de Ourém
em 1937. Estudei lá até à quarta classe,
altura em que os meus pais me mandaram, a mim e aos meus irmãos, para um
colégio interno onde fizemos todo o liceu, do primeiro ao sétimo ano. O meu
pai gostava que eu tirasse o curso de
Direito e fui para Coimbra, onde descobri a minha paixão pelo râguebi. Foi
lá que eu e o meu irmão Zé começámos
a jogar râguebi e logo no meu primeiro
ano fui convocado para a selecção nacional como aposta de futuro.
C.L. - O que o levou a querer jogar
râguebi no período que esteve em
Coimbra?
Q.P. - Foi o facto de ser um aventureiro
e um desportista. Quando fui estudar
para Coimbra nunca tinha visto uma
bola de râguebi mas depois fui para
uma residência de estudantes onde
estavam vários jogadores e quando
eles me viram a mim e ao meu irmão
convidaram-nos porque éramos altos e
encorpados. Gostei imenso de jogar em
Coimbra, fiz grandes amizades. Estive
lá durante dois anos mas acabei por
abandonar o curso porque sentia que
não era aquela a minha vocação.
C.L. - Como reagiu o seu pai a essa desistência?
Q.P. - Acabou por compreender e deixar que eu fosse para o curso que queria,
que era Educação Física. O meu pai era
um homem de negócios pelo que, falarlhe em ginástica, em «pinos» e «cambalhotas» fazia-lhe uma certa confusão.
Mas tinha um amigo, o Sérgio Ribeiro,
que influenciou o meu pai para me deixar vir para o INEF (actual Faculdade
Triatlo de Almodôvar em Junho de 88
casa dos cacetes
Restaurante • Pastelaria
aos 47 anos e sou o atleta que mais anos
jogou na selecção nacional em termos de
longevidade. Actualmente disputam-se
muito mais jogos porque os campeonatos internacionais sofreram bastantes
alterações. Hoje os jogadores têm jogos
praticamente o ano inteiro, pelo que os
atletas ultrapassam facilmente as internacionalizações anteriores.
C.L. - Com que idade se afastou dos
relvados?
Q.P. - Fiz o último jogo pela selecção
nacional aos 47 anos contra a Espanha,
sempre me senti bem e em condições
físicas e psicológicas para continuar a
carreira. Com 48 anos, fui convidado
pelo Professor Olegário Borges para
voltar ao Belenenses porque ele precisava de um pilar esquerdo e como eu ti-
Quim Pereira mostrou alguns dos ex-colegas
de equipa
nha uma paixão enorme pelo jogo aceitei o convite para jogar mais um ano e
voltar ao Belenenses. Acabei por fazer
um campeonato inteiro com 48 anos, e
mais meio campeonato com 49 e olhe
que não andava lá a coxear ou a brincar! Deixei de jogar râguebi federado
quando tinha praticamente 50 anos.
C.L. - Nessa altura não pensou em tornar-se treinador ou dirigente?
Q.P. – Fui treinador em vários escalões.
Comecei por treinar os infantis e iniciados do CDUL e, posteriormente, continuando com o trabalho dos iniciados e
infantis, consegui organizar uma excelente equipa de juvenis. Nessa altura,
treinava também os juniores do CDUL,
com quem ganhei vários campeonatos
nacionais e, em dias diferentes, treinava
a equipa sénior do CDUL com um gran-
Aberto todos os dias
ao almoço
das 12 às 15.30h
Único fabricante dos afamados
cacetes (especialidade)
de Motricidade Humana). Quando vim
para Lisboa fui assediado para jogar no
Belenenses mas como queria evoluir na
carreira mudei-me, dois anos depois,
para o CDUL, apesar de considerar o
Belenenses uma equipa muito simpática, com excelentes jogadores, e que ultimamente tem feito campeonatos muito
bons. É um clube com quem simpatizo
bastante e onde fiz grandes amizades.
C.L. - Quando saiu de Coimbra, veio
para Lisboa?
Q.P. - Não, entretanto fui mobilizado
para Angola, para fazer o serviço militar. Estive dois meses em Sá da Bandeira
(actual Huíla) e depois fui para Cabinda
durante dois anos, gostei bastante de lá
ter estado porque era um sítio ainda
bastante sossegado. Entretanto voltei
a Portugal e entrei no INEF, tendo sido
ali que acabei por concluir o curso de
professor de Educação Física. Depois
fiz um estágio já a trabalhar no Colégio
Vasco da Gama, onde ainda estou, já lá
vão 42 anos.
C.L. – Entretanto jogou no Bele­
nenses e depois passou para o
CDUL...
Q.P. - ...Onde estive cerca de
25 anos e onde conheci o En­ge­
nheiro Pinto Magalhães, figura
muito conhecida e de grande
prestígio no râguebi nacional,
que foi o melhor treinador que
tive na minha carreira e a quem
presto homenagem pela forma
como me influenciou. Aliás, há
quatro pessoas que marcaram
a minha vida: os meus pais, o
Engenheiro Pinto Magalhães e
o Dr. João Nabais [fundador do
Colégio Vasco da Gama] que
sempre foi uma pessoa que me
apoiou muito.
C.L. - O râguebi nunca atrapalhou o seu trabalho como professor?
Q.P. – Não, porque a maioria
dos jogos era feita em período
de férias, particularmente na
Páscoa e Carnaval, embora muitas vezes tenha saído em pleno período
de aulas. Nesses casos, procurava colmatar essas situações para não deixar
os meus alunos sem as aulas.
C.L. - Quantas vezes representou a selecção nacional?
Q.P. – Joguei na equipa portuguesa até
Especialidades
• Bacalhau à Lagareiro
• Cozido à Portuguesa
• Bacalhau com Natas
Pezinhos de Coentrada
• Doces Caseiros
Rua Costa Pinto, 111
2780-582 paço de arcos
Tel.: 21 442 00 45
Avenida
Patrão Joaquim
Lopes – 4
2770-134
Paço de Arcos
Tels.: 214 432 039
214 413 634
Paço de Arcos
24 Agosto 2010
O atleta jogou federado quase até aos 50 anos
de apoio do Professor José Cordevil. A
convite do Engenheiro Pedro Lynce, colaborei também nos treinos da Selecção
Nacional sénior e de esperanças. Mas
como aquilo que eu realmente gostava
era de jogar deixei o cargo de seleccionador para ser novamente jogador. Foi
uma satisfação para mim ter a oportunidade de posteriormente jogar com
antigos alunos do Colégio que foram
jogadores de grande qualidade, caso do
João Pinto Magalhães, do Carlos Moita
ou do Domingos Megre.
C.L. - Quando se retirou do râguebi
deixou de praticar desporto?
Q.P. - Não, depois do râguebi comecei
a fazer triatlo. Durante um ano não quis
ver mais râguebi à minha frente e, em
conversa com o meu amigo Cunha Reis,
fui convidado a experimentar o triatlo
porque nadava bem e estava habituado
a correr e a ter bastante resistência física. Entrei para o escalão de veteranos
mas competia com pessoas de todas as
idades e nunca fui o último.
C.L. - Em que clube competia?
Q.P. - Foi num clube que nós criamos
chamado «Picanço Rosete». Recordome que, para treinar, ia muitas vezes do
Colégio [Rio de Mouro] até à Ericeira,
onde o Dr. Nabais tinha uma casa, e
quando nos cruzávamos fazia-me sempre um sinal de cumprimento. Também
participei em algumas provas de triatlo
aqui no concelho de Oeiras.
C.L. - Durante quanto tempo fez triatlo?
Q.P. - Dos 50 aos 58! Adorei fazer triatlo
e houve mesmo alturas em que lamentei não ter descoberto aquele desporto
mais cedo. Cheguei a ser internacional
(masters) e a participar no Campeonato
da Europa de Veteranos, Hoje costumo
fazer, aos domingos, fazer uns largos
quilómetros de bicicleta e de natação.
C.L. - Actualmente com 72 anos, continua a desenvolver algum tipo de
manutenção física?
Q.P. - Vou três/quatros vezes ao ginásio por semana. Depois de ter feito
triatlo estive numa equipa de veteranos de râguebi como pretexto para
conviver e fazer alguns jogos. Isto
permitiu-nos organizar e participar
em torneios em países como Macau,
Hong Kong, Argentina, Rússia, Itália,
Inglaterra, França e Espanha. Num desses jogos de veteranos, em Mondragon,
Espanha, tive uma lesão complicada
que me afastou definitivamente dos
jogos de veteranos com grande mágoa.
Entretanto, tive que deixar de dar aulas e fiquei na escola como membro da
Administração do Colégio Vasco da
Gama, sem abandonar a relação tanto
com os alunos como com os pais, além
de outros trabalhos.
C.L. - Gostava de ter pertencido à
actual geração de jogadores de râguebi?
Q.P. - Adorava, aliás eu costumo dizer
em jeito de brincadeira que se voltasse
a ter os meus 38/39 anos seria o pilar
esquerdo da selecção nacional ou, pelo
menos, seria um suplente à altura. Por
vezes até brincava com o Tomás
Morais [actual seleccionador nacional] que se eu tivesse menos 30 anos
aquele lugar seria
meu e ele achava
piada. [risos]
C.L. - Há algum
jogador nacional
que aprecie particularmente?
Q.P. - Há vários,
gosto muito do
Vasco Uva, que é
um terceira linha
de grande categoria. Dos mais antigos, admiro também o Carlos Nobre,
o Raul Martins, assim como o António
Cardoso Pinto e o Bernardo Marques
Pinto que apesar da sua juventude já
não está entre nós. Muitos outros grandes jogadores haveria para citar.
No meu caso, tinha e tenho uma enorme paixão pela modalidade e acredito
que fui alguém que deu bastante ao râguebi. Joguei praticamente em todos os
lugares do pack avançado, até fui ponta internacional contra a Roménia mas,
para mim, o lugar onde mais gostei de
jogar foi como pilar apesar de não ter as
características físicas de um pilar mas
compensava com rapidez e com uma
grande condição física como hoje vejo
nos jogos actuais. Ganhei 13 campeonatos nacionais e várias taças de Portugal
e ganhei duas vezes o Torneio Ibérico.
Das homenagens com que foi distinguido, o prémio que mais me orgulho
de ter recebido foi a medalha de FairPlay do Comité Olímpico Português.
Além disso, pertenço, juntamente
com mais 14 ex-jogadores de râguebi,
à ConfraRubia, uma confraria onde o
elemento mais antigo tem 96 anos de
idade.
C.L. - Como define o râguebi?
Q.P. - É um desporto com uma filosofia
muito própria. É altamente educativo e
desenvolve o espírito de grupo, a grande amizade e coragem e desenvolve
psicologicamente e fisicamente os seus
praticantes. Hoje em dia há milhares
de miúdos a praticar râguebi. É uma
das modalidades que mais se tem desenvolvido em Portugal nos últimos
anos e esta zona da Linha de Cascais
tem demonstrado um grande potencial
para o desporto, e concretamente para
o râguebi.
C.L. - Como é o seu dia-a-dia actualmente?
Q.P. - Deixei o desporto e as aulas mas,
apesar de já estar reformado, continuo
a ir ao Colégio todos os dias onde faço
um pouco de tudo. Estou por ali, geralmente, entre as 10h00 e as 18h00 e por
lá fico a falar tanto com os alunos como
com os pais ou a ajudar em alguma coisa que seja necessária.
C.L. - Há quanto tempo está ligado a
Paço de Arcos?
Q.P. – Desde que vim para Lisboa que
sempre estive ligado a esta zona, nomeadamente a Caxias, Algés e Paço de
Arcos. Fui para Caxias quando ainda
era solteiro e voltei quando casei. De
Caxias fui morar para Algés, junto do
Palácio Anjos, e daí mudei-me mais tarde para Paço de Arcos, onde estou há 18
anos. Gosto muito do sítio onde vivo, é
sossegado e arranjado, da minha casa
Quim Pereira, um desportista nato
tenho uma vista formidável para o mar
e apanho uns óptimos banhos de sol,
embora para mim o local mais bonito
de Paço de Arcos seja a zona histórica
e o jardim.
Quim Pereira
com a camisola
do CDUL
vai travar
uma jogada
de um jogador
do Belenenses
Acordos com: ADVANCECARE - MEDIS - MULTICARE - ADM
SEDE - OEIRAS
Rua João Teixeira Simões, n.º 3
2780-254 Oeiras
Tel. 21 442 51 00
Fax. 21 442 14 53
Email: [email protected]
FILIAL 1
Rua Costa Pinto, n.º 97
2770-213 Paço d´Arcos
Tel. 21 442 27 17
Fax. 21 446 29 24
Email: [email protected]
www.ofetal.pt
FILIAL 2
Rua Dr. Francisco Sá Carneiro, n.º 5 A
2780-241 Oeiras
Tel. 21 442 79 44
Fax. 21 442 79 46
Email: [email protected]
Paço de Arcos
24 Agosto 2010
• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J.R. e J.F.P.A.
Paço de Arcos realiza festas em honra
ao Senhor Jesus dos Navegantes
A freguesia de Paço de Arcos comemora entre 27 de Agosto e 5
de Setembro mais uma edição
das tradicionais Festas em Honra
do Senhor Jesus dos Navegantes.
João Pedro Pais será a principal
atracção do cartaz musical, num
certame que este ano fica marcado
pelo crescimento das festas para a
conhecida Rua Costa Pinto onde
decorrerá a Artlive, uma das novidades desta edição. O Correio da
Linha falou com Alexandra Cruz,
a nova Presidente da Comissão
das Festas em Honra do Senhor
Jesus dos Navegantes, que nos
deu a conhecer o cartaz deste ano
daquelas que alguns dizem ser as
festas mais concorridas do concelho de Oeiras.
Procissão é um dos momentos altos das festas
O Correio da Linha (C.L.) - Quais as
novidades da edição deste ano das
Festas de Paço de Arcos?
Alexandra Cruz (A.C.) - As Festas
terão, este ano, uma dimensão completamente diferente! Tentámos que o
cartaz de artistas fosse substancialmente melhor e conseguimo-lo através da
contratação do João Pedro Pais, que é
o nosso cabeça-de-cartaz. Este ano iremos também fechar parte da Rua Costa
Pinto para alargar as festas para essa
importante artéria da freguesia. Com
isto, procurámos recuperar as festas
como antigamente se faziam, com uma
dimensão maior.
C.L. - Quais são os pontos-altos do
cartaz?
A.C. - As festas decorrem de 27 de Agos­
to a 5 de Setembro. Apostámos num cartaz diferente do habitual, recorremos à
ajuda de pessoas que conhecem melhor
este meio para a contratação de artistas dos quais
constam os Montelunai,
que é um grupo com uma
mu­si­calidade celta muito
atractiva. Temos depois as
noites temáticas como as
noites de fado, africana ou
brasileira, são noites onde
vamos tentar chegar a toda
a população com sonoridades e momentos musicais
diferentes. Temos ainda
alguns ranchos folclóricos
nas noites etnográficas e
vamos ainda ter um programa artístico chamado
Artlive que vai decorrer durante o período da tarde e da noite num troço da
Rua Costa Pinto que vai ser fechado.
Esta actividade inclui um programa
cultural a nível de pintura em que o
visitante tem à sua disposição tintas e
um cavalete, pinta o que quer e no final
paga pelo trabalho que fez.
C.L. - Por falar em actividades culturais, este ano volta a haver Salão
da Vila?
A.C. - Com certeza, Festa de Paço de
Arcos sem Salão da Vila não é festa!
C.L. - As festas contam também com
actividades desportivas...
A.C. - Na vertente de desporto irão
decorrer as Regatas do Patrão Lopes e,
pela primeira vez, terá lugar um Torneio
de Pesca na Praia dos Pescadores, organizado pelo Clube Desportivo de Paço
de Arcos. Vamos ainda ter actividades
físicas de ginástica com o Vivafit, com
o CDPA e com a Cooperativa Nova
Morada que nos vai ensinar Danças
Latinas.
C.L. - Existe depois o programa religioso, que é indispensável nas Festas
de Paço de Arcos...
A.C. - O programa religioso tem agendadas todas as cerimónias que normalmente decorrem durante o período das
festas, sendo que a que merece maior
destaque é, sem dúvida, a procissão
que vai decorrer no dia 29 de Agosto a
partir das 17h00.
C.L. - Em termos de afluência de público, quais são as expectativas da
Comissão de Festas?
A.C. - Existe uma estatística que diz
que as Festas de Paço de Arcos são as
festas mais concorridas deste concelho, superando inclusivamente as de
Oeiras em número de visitantes. Não
tenho a certeza que assim seja mas
acredito que possa ser mesmo verdade porque fizemos umas contas por
alto e concluímos que em dez dias as
nossas festas são visitadas, em média,
por cerca de 80 mil pessoas, o que
me parece ser um número bastante
simpático para o espaço físico que
nós temos. Convém referir que este
ano o João Pedro Pais não irá actuar
no palco do ringue mas sim na Praia
dos Pescadores, sendo que o palco vai
ser montado na muralha. Por questões de segurança estamos a solicitar
as devidas licenças para se fechar a
Marginal no dia 3 de Setembro entre
as 21h00 e a 01h00. Todos os outros
espectáculos musicais decorrem no
recinto da feira.
C.L. - Tal como nos anos anteriores,
o Jardim de Paço de Arcos receberá
uma feira com stands para todos os
gostos...
A.C. - Sim, os feirantes de Paço de
Arcos começaram a enviar os seus pedidos em Janeiro, este ano comecei a
Alexandra Cruz, Presidente da Co­missão
das Festas
fazer contractos em Abril e em Maio já
tinha 80 por cento dos contractos feitos. Neste momento tenho a feira toda
vendida, gostava de ter um segundo
patamar para poder satisfazer todos os
outros pedidos.
C.L. - Que género de stands poderão
os visitantes encontrar na Feira de
Paço de Arcos?
A.C. - Irão encontrar artesanato, nomeadamente bijutaria, produtos regionais, produtos para animais, tendas
esotéricas, venda de livros, uma imobiliária e, pela primeira vez, teremos
um stand onde se podem fazer tatuagens. Haverá depois as tradicionais
farturas, o torrão de Alicante, o pão
com chouriço, os stands de restauração ou um carrossel para as crianças.
Este ano tivemos a triste notícia que
a senhora que faz a venda do pregão
não vem à feira por motivos pessoais,
ela é uma referência e um pólo atractivo das festas e lamento que este ano
não possa assistir ao «espectáculo»
que ela dá.
C.L. - Uma vez mais, as festas irão
terminar com fogo-de-artifício...
A.C. - Vão terminar com um espectáculo de fogo-de-artifício da Pirotecnia
Oleirense, que são os nossos fornecedores habituais do fogo-de-artifício,
que tem lugar às 0h00 da noite de 5 de
Setembro.
C.L. - A comissão tem tido suficiente
apoio por parte da Junta de Freguesia
e da Câmara Municipal?
A.C. - Sim, temos tido. Quando entrei
para a Comissão de Festas, a convite do
então Presidente da Junta, João Serra,
não tinha noção do imenso trabalho
que as festas envolviam. Com o passar dos anos fui evoluindo e este ano
sou, pela primeira vez, presidente da
Comissão de Festas. O apoio que os
meus colegas me têm dado, tanto do
executivo da Junta como da Câmara,
tem sido fantástico. Houve realmente
um corte orçamental, tal como houve
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24 Agosto 2010
em todo o lado, mas sintome muito apoiada.
C.L. - Como é que explica
que com um orçamento
menor consiga trazer a
Paço de Arcos uma figura
de destaque como o João
Pedro Pais?
A.C. - Tivemos um sponsor
local que patrocinou a sua
vinda à freguesia de Paço
de Arcos.
C.L. - A comunidade local
voltou a apoiar e a dinami- Jardim de Paço de Arcos volta a receber feira e concertos
zar as festas?
A.C. - Desta vez não fomos bater porta à espera de organizar umas festas em
a porta para pedir às empresas locais tudo semelhantes às do ano passado
que nos apoiassem porque sabemos mas, não só pelo cartaz mas também
como os negócios estão mal. Mas sabe- pela possibilidade de crescermos para
mos que temos o apoio de todas por- a Rua Costa Pinto, o trabalho tem sido
que qualquer actividade que dinamiza mais acrescido que o esperado. No
a vila de Paço de Arcos é bem-vinda.
entanto, dá-me muito gozo trabalhar
C.L. - Como será feita a segurança do para as Festas do Senhor Jesus dos
recinto das festas?
Navegantes, elas são hoje em dia a meA.C. - O recinto será assegurado pelos nina dos meus olhos! [risos] É um traagentes da PSP e da Polícia Municipal, balho que desenvolvo com muito carisendo que este ano conseguimos arran- nho e os feirantes sentem esse carinho e
jar alguns voluntários que irão ajudar esse respeito da minha parte. Gosto da
na segurança da feira. Todos eles esta- confusão que é a contratação de artisrão identificados e o objectivo é sim- tas, as tendas e os pontos de luz e dáplesmente mostrar que estão presentes me um enorme gozo chegar ao início
para servirem como elemento dissua- das festas e ver que tudo corre conforsor de eventuais problemas.
me o planeado.
C.L. - Em termos de estacionamento, C.L. - Gostaria de continuar à frente
está prevista alguma medida adicio- da Comissão de Festas de Paço de
nal para auxiliar quem visita a feira e Arcos no próximo ano?
não sabe onde deixar o seu carro?
A.C. - [Risos] Ainda é muito prematuA.C. - O estacionamento é sempre o ro para se falar disso. Não tomo nada
principal problema destas festas por- por garantido, a Comissão de Festas é
que as pessoas têm por hábito querer nomeada todos os anos e se o senhor
estacionar a sua viatura praticamen- Presidente decidir renovar a sua conte dentro da feira. Vamos solicitar a fiança em mim pelo meu trabalho e
colaboração da Escola Náutica para pelo meu profissionalismo eu teria
minimizar o problema, solicitámos imenso gosto em aceitar. No entanto,
também o apoio da Escola Militar de também acho que se deve dar a hipóElectromecânica mas neste caso o pare- tese a outros porque eles podem trazer
cer não foi positivo.
novas ideias, novas mentalidades e noC.L. - Quantas pessoas estão envolvi- vos desafios que possam ser benéficos
das na realização das festividades?
para a população.
A.C. - A Comissão de Festas é compos- C.L. - Qual é a importância destas
ta por três pessoas: eu, o David Silva festividades para a freguesia de
que faz parte do Executivo da Junta e Paço de Arcos e para o próprio cono Nuno Ciríaco que, mesmo não fazen- celho de Oeiras?
do parte do Executivo, é uma pessoa A.C. - As Festas são muito tradicionais
da casa. Além disso, tenho 14 volun- em Paço de Arcos. Têm a vertente relitários que me ajudam na organização giosa e a vertente profana e a sua imdas festas, serão eles quem irá apoiar portância traduz-se na continuidade
na segurança do recinto. Temos depois que elas têm tido ao longo dos anos.
a Comissão de Honra dos quais cons- Nunca houve nenhum ano em que não
tam entidades como os Bombeiros, a houvesse festas, a população espera
Paróquia, o CDPA ou o Paço de Artes, ansiosamente por elas pelo que é imentre outras.
portante que elas continuam a realizarC.L. - Está pela primeira vez à frente se. Em relação ao concelho de Oeiras,
da Comissão de Festas, o desafio tem estas são mais umas festas de freguesia
sido o que estava à espera?
e há quem as considere as festas mais
A.C. – Tem sido muito superior! Estava visitadas de todo o concelho.
Festival de Gastronomia
A Rua Costa Pinto, em Paço de Arcos,
recebe no próximo dia 25 de Setembro
o I Festival de Gastronomia, promovido pela Associação Empresarial e
Comercial dos Concelhos de Oeiras e
Amadora (ACECOA).
Dinamizar a restauração local é o objectivo deste evento, que conta com o
apoio da Câmara Municipal de Oeiras
e do Projecto Modcom: “Pretendemos
tornar a restauração de Paço de Arcos mais
conhecida e o nosso intuito maior é trazer
novos clientes e assim teremos um comércio
local mais movimentado, com vantagens
para ambas as partes”, sublinha João
Antunes, Presidente da ACECOA.
Cada restaurante aderente irá apresentar um prato da sua especialidade, sendo que o polvo será rei e senhor desta
primeira edição, uma opção justificada
pelo promotor: “O polvo é dos moluscos
mais pescados na região de Paços de Arcos
pela Associação dos Pescadores de Paços de
Arcos”, adianta.
Para além desta actividade, a ACECOA
tem vindo a realizar vários eventos de
dinamização comercial no âmbito do
Projecto Modcom, nomeadamente no
Dia do Pai e no Dia da Mãe mas também uma «Mostra de Carros Antigos»,
ou uma «Caça ao Tesouro» em Oeiras.
Em Paços de Arcos já promoveu também o Dia do Pai, o Dia da Pascoa, o
Dia da Mãe e o Dia da Criança.
Futuramente, a ACECOA tem já calendarizados mais alguns eventos
para o que falta de 2010: “Em Agosto
vamos promover o Dia da Arte e a Festa
Gastronómica em Paço de Arcos bem como
o Dia dos Avos em Oeiras; também em
Setembro terá lugar a «Volta às Aulas»,
uma parceria com a PSP em três locais
do concelho: Algés, Oeiras e Carnaxide;
em Novembro teremos a Festa de São
Martinho, em Oeiras; e a Festa de Natal
terá lugar em algumas Freguesias dos
Concelhos de Oeiras e Amadora”, conclui.
A Junta de Freguesia de Paço de Arcos
convida a população a participar nas Festas
em Honra do Senhor Jesus dos Navegantes.
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24 Agosto 2010
Paço de Arcos tem adeptos de mini motos
Nuno Alexandre é ferrenho adepto das Mini
Honda
Nuno Alexandre é um dos principais dinamizadores dos passeios
de Mini Honda (motas em tamanho pequeno) no concelho de
Oeiras. Juntamente com os pais e
a irmã, já conheceu vários pontos
do país ao volante destas pequenas motorizadas.
O Correio da Linha (C.L.) - Como e
quan­do surgiu o gosto pelas Mini
Honda?
Nuno Alexandre (N.A.) - O gosto sur­
giu através de uma mini trail que o
meu pai trouxe de Angola em 1974.
Esteve muito tempo parada e quando
eu tinha sete anos mostrou-ma pela pri­
meira vez. Tentámos pô-la a trabalhar
e ela pegou à primeira e, a partir daí,
comecei a andar com a mota em volta
da casa onde morávamos. Entretanto
levámos a mota para a terra para poder
andar lá mais à vontade, serra acima,
serra abaixo, e nasceu daí a paixão.
Um dia estava na Net a pesquisar mais
informações sobre Mini Hondas e en­
contrei o Clube Mini Honda Portugal.
Juntei-me ao fórum e a partir daí come­
cei a participar em eventos em vários
pontos do país.
tão fiável.
C.L. - Qual é a velocidade máxima que
uma mota deste tipo
pode atingir?
N.A. – As originais,
dependendo dos anos
que tenham e do esta­
do, andarão entre os
40 e os 50 km/h. Bem
trabalhadas, já com
muitas alterações, po­
dem dar 80, 100 ou 120
km/h.
C.L. - Quais prefere?
As originais ou as trabalhadas?
N.A. - As duas, por
isso tenho uma de ca­
da. A de 1974 está hoje Concentrações reúnem dezenas de participantes
como saiu da fábrica
enquanto a de 1978 es­tá toda trabalha­ mente às motas «tradicionais»?
da e a andar à volta dos 90 km/h.
N.A. - O tamanho faz com que elas não
C.L. - Dado o reduzido tamanho das sejam indiferentes a ninguém. Onde
motas, não é desconfortável conduzir quer que passemos toda a gente olha
uma Mini Honda?
para elas e não tenha dúvidas que, se
N.A. - Não é nada desconfortável. Há passar uma grande mota ao mesmo
pessoas que ficam com essa sensação tempo que passa uma das nossas, a
porque vamos agachados mas acredite que vai ficar na retina é a Mini Honda.
que vamos naquela mota com a mesma Sempre que passamos e paramos numa
comodidade que se anda numa mota determinada terra toda a gente fica em­
de tamanho dito normal. Fazemos um bevecida a olhar para aquelas motas.
passeio de 40 ou 50 quilómetros em Às vezes são motivo de um certo gozo
cima de uma mota destas sem qualquer por parte de algumas pessoas que não
problema.
as conhecem mas, em geral, são muito
C.L. - As Mini Hondas servem ape- acarinhadas.
nas para lazer...
C.L. - Esta é uma mota com a qual
N.A. - Exactamente, são uma óptima se pode andar no dia-a-dia ou serve
forma de passear e conhecer novas zo­ apenas para passeios ocasionais?
nas mas também de almoçar em con­ N.A. - Pode, claro, todas elas têm livre­
junto e conviver com outros adeptos te, são um ciclomotor de 50 cc para a
das Mini Hondas. Houve uma altura qual basta ter licença de ciclomotor ou
em que íamos muito a restaurantes mas carta de condução de ligeiros. É comum
agora temos vindo a optar por fazer eu ir de Mini Honda para o trabalho,
piqueniques porque se convive muito sobretudo com a de 1998 dado que exis­
mais e porque estamos mais à vontade. tem muito poucas peças para a outra de
Existe um óptimo espírito de camara­ 1974, logo está mais guardada.
dagem entre todos, é comum ver as C.L. - Onde adquire novas peças?
motas mais potentes ajudar outras com N.A. - Só mesmo através de motas usa­
menos potência em subidas para nin­ das. Há pessoas que as têm à venda na
guém ficar para trás.
Internet porque, de resto, há muitos
C.L. - Além do tamanho, que têm anos que já não as há à venda em stan­
estas motas de tão diferente relativa- ds da Honda. Quanto muito, pode ha­
ver uma ou outra cujo proprietário seja
amigo do dono do stand e este autorize
que a mota lá esteja exposta para venda.
De vez em quando lá aparece uma ou
outra à venda na Internet mas a grande
maioria das pessoas que tem este tipo
de motas não as vende a não ser que
esteja numa enorme aflição económica
que as obrigue a livrar-se da mota. No
meu caso, só as vendo se me faltar co­
mida para pôr na mesa, caso contrário
nunca me irei desfazer delas.
C.L. - Em termos de manutenção, estas
motas são muito exigentes?
N.A. - Levam óleo e gasolina e é sem­
pre a andar! [risos] Têm muito pouca
manutenção, são motas muito fiáveis.
C.L. - Nunca teve nenhum susto ao voNuno Alexandre com a irmã numa Mini Honda
lante de uma Mini Honda?
N.A. - Já caí uma vez com uma no Da­
fundo. Ia para Belém e como a Marginal
C.L. - Em Oeiras também?
N.A. - Sim, já organizei aqui um passeio
em Oeiras. O clube funciona como um
grupo de amigos que se junta e promo­
ve encontros na sua área de residência.
Graças a isso, tanto eu como a minha
irmã e os meus pais já fomos a Leiria,
a Braga, a Castelo Branco ou à Nazaré,
vamos conhecendo o país graças a este
hobbie.
C.L. – Estão previstos mais passeios de
Mini Hondas no concelho de Oeiras?
N.A. - Era suposto ter havido um pas­
seio agora no final de Julho mas devido
a muitas pessoas estarem de férias op­
tou-se por o adiarmos, provavelmente
para Outubro. Antes disso, vai haver
ainda um grande evento em Leiria du­
rante o mês de Setembro e um passeio
a Góis onde nos vamos misturar com as
motas «grandes».
C.L. - Quantas Mini Hondas tem actualmente?
N.A. - Tenho três! Posso dizer-lhe que
em Braga conseguimos juntar 98 motas,
no ano passado aqui em Oeiras reunir
perto de 30, que é sensivelmente o nú­
mero de participantes que cada passeio
costuma ter.
C.L. - Quanto custa, em média, uma
Mini Honda?
N.A. - As mais antigas como a que o
meu pai trouxe de Angola em 1974 cus­
tam cerca de 5 mil euros, isto se estive­
rem restauradas. As outras mais recen­
tes, de 1998, rondam os 3 mil euros.
C.L. - Não há motas mais recentes que
de 1998?
N.A. - Não, ou por outra, a Honda lan­
çou agora um modelo novo em 2010
mas que não está à venda em Portugal,
tal como muitos outros modelos que
só chegam a países como a Alemanha,
o Japão ou a China. A maior parte das
mini trails que existem em Portugal
vieram de Angola porque cá vendiamse poucas mas na Bélgica, por exemplo,
um encontro consegue reunir cerca de
300 motas.
C.L. - É só a Honda que faz este género
de mini motas?
N.A. - Sim, é só a Honda. Os chineses
têm vindo agora a aparecer com algu­
mas réplicas mas
a qualidade não é
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24 Agosto 2010
Jardim Infantil
inaugurado
Paço de Arcos já recebeu uma concentração de Mini Hondas
estava fechada por causa de uma prova
de ciclismo fui pela estrada interior. Na
zona do Dafundo, ao tentar desviar-me
de um buraco, enfiei uma roda na linha
do eléctrico e caí mas felizmente nem
eu nem a mota tivemos qualquer problema.
C.L. - Os passeios implicam o corte do
trânsito e a colaboração da polícia?
N.A. - Nem sempre. Em Braga, como
eram quase 100 motas optou-se por
termos polícia porque se tratava de
um encontro oficial e muito participado. Nos passeios organizados pelos
núcleos simplesmente combinamos
através da Internet, marca-se um ponto de encontro e daí arrancamos para
passear. O ano passado saímos aqui do
Jardim de Paço de Arcos e passámos
por Barcarena e Belém, onde havia um
encontro de clássicos. No regresso viemos pela Marginal e terminámos igualmente no Jardim de Paço de Arcos. Este
ano quero levar as pessoas a conhecer
Cascais, mais concretamente a zona do
Guincho, que muitos participantes ain-
Pais e filhos unidos pelas Mini Honda
da não conhece.
C.L. - Que zona do país gostaria de
conhecer através de uma Mini Honda?
N.A. - Gostava de conhecer toda aquela zona de Salvaterra de Magos pois
nunca fizemos lá nada. Entretanto vai
chegar o Inverno mas quero ver se no
próximo ano organizo também um outro passeio na zona de Tomar. O Gerês e
o Algarve eram outros sítios que gostava de visitar e se houver alguém que os
organize é possível que participe.
C.L. - Há muitos adeptos das Mini
Hondas no concelho de Oeiras?
N.A. - Existem alguns, de vez em quando vejo algumas motas a passar por
mim na estrada mas algumas delas são
de pessoas que não se registam no fórum e cuja existência desconhecemos.
Também conheço algumas pessoas que
compraram uma Mini Honda só para
dizer que a têm, porque agora têm-na
parada na garagem, acredito que haja
entre 10 a 20 motas do género perdidas
no concelho, tal como existem muitas
por esse Portugal fora e que ninguém sabe que existem.
C.L. - Entre um carro luxuoso e
uma Mini Honda...
N.A. - ...Se for pelo prazer de conduzir escolho a Mini Honda, sem
qualquer dúvida. Posso não ter o
rádio, posso não andar tão depressa, posso apanhar com mosquitos
na cara mas, ainda assim, escolheria a Mini Honda sem hesitar.
C.L. - Olha para as suas pequenas motas como um meio de
transporte ou um brinquedo?
N.A. - Gosto de dizer que elas são
motas como as outras mas sim, é
verdade que também é um brinquedo que ali temos e que estimamos com muito carinho.
Áreas de Actuação:
Contabilidade, Consultoria Fiscal e de Apoio
à Gestão, Constituição de Sociedades,
Gestão de Pessoal e Tratamento de Alvarás
em regime de Outsourcing.
A Câmara Municipal de Oeiras e a Skip
inauguraram recentemente o Jardim
Infantil Skip, na Quinta do Salles,
Outurela, freguesia de Carnaxide.
Trata-se do primeiro jardim natural totalmente ecológico projectado
por crianças do bairro municipal da
Outurela juntamente com técnicos da
autarquia. O projecto está inserido na
estratégia da marca «toda a criança tem
o direito a... brincar» e reforça a campanha lançada em 2008!
O novo equipamento representa um investimento conjunto de cerca de 30 mil
euros e foi construído para ser usufruído por todas as crianças, em especial
por aquelas que residem nos diversos
bairros de realojamento da zona.
A Vereadora Madalena Castro da
Câmara Municipal de Oeiras e António
Casanova, CEO do Grupo Unilever
– Jerónimo Martins, inauguraram o
espaço infantil na presença de 150
crianças.
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O pintor Carlos Milhais esteve presente na segunda edição do Estoril
Summer Fun´10, evento que decorreu durante o passado mês de
Agosto no Centro de Congressos
do Estoril.
«Fim do Império» na Verney
A Livraria Galeria Verney, em Oeiras,
continua a organizar a tertúlia «Fim do
Império», estando já agendadas várias
datas num calendário que continua a
privilegiar o horário «333» (terceira terça-feira às três da tarde).
O quarto ciclo terá como tema «Olhares
Jornalísticos» e arrancará a 19 de Outubro com João Paulo Guerra, seguindo-se
a 16 de Novembro Ana Sofia Fonseca e a
15 de Setembro o lançamento do segundo livro da colecção «Fim do Império»,
com a quarta edição do livro de Manuel
Barão da Cunha, «Tempo Africano»,
prefaciado pelo General Ramalho Eanes e que conta com os testemunhos
da escultora luso-moçambicana Maria
Morais e do pintor Edgar Silva.
CDPA tem campeões nacionais
A equipa de infantis do Clube Desportivo Paço de Arcos (CDPA) sagrou-se campeã nacional daquele escalão pela décima vez depois de vencer o Campo por 11-5
no jogo decisivo.
No final do encontro, a festa foi grande e emocionante para jogadores e equipa
técnica, em especial para o treinador que foi muitas vezes contestado ao longo
da época. No regresso a casa foi cumprida a Tradição dos Campeões de erguer a
Taça no Coreto do Jardim de Paço de Arcos, já com muitos adeptos À espera da
equipa.
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Paço de Arcos
• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: P.Q. e M.A.
24 Agosto 2010
Poesia é palavra de ordem no CPPA
Não tem sede própria, nem estatutos nem um presidente de direcção. Tão pouco recebe subsídios
ou tem verbas próprias. Mas aqui
o dinheiro também é o que menos
importa. Por amor à arte, cerca
de uma dezena de poetas amadores reúne-se quinzenalmente no
Salão Nobre da Junta de Freguesia
de Paço de Arcos simplesmente
para dizer poesia. A actriz Maria
Aguiar é uma das que há cinco
anos ajudou a fundar o Clube dos
Poetas de Paço de Arcos (CPPA).
se reformou disse-me que gostava de
criar um projecto que interessasse às
pessoas e eu sugeri-lhe que começássemos por reunir em cafés onde apelássemos ao lado poético das pessoas.
Eu já gostava de poesia muito antes
desta ideia, recordo-me que ainda não
sabia ler mas já sabia dizer poemas.
O meu primeiro palco foi a Voz do
Operário quando tinha apenas cinco
anos e disse um poema do Guerra Junqueiro, que na altura era um poeta altamente proibido pelo antigo regime.
Durante algum tempo reuníamos aos
domingos no restaurante Aquarela
do Brasil para fazer uma sobremesa
poética. Acabámos por institucionalizar o Clube dos Poetas que é algo
anárquico, sem estatutos nem quota,
há encontros onde temos 9/10 pessoas, noutros somos capazes de ter 18
ou 19. Entretanto as nossas reuniões
passaram por outros locais pois havia
alturas em que se tornava desagradável porque não podíamos mandar
O Correio da Linha (C.L.) - Como e
quando surgiu este clube?
Maria Aguiar (M.A.) - O CPPA não
tem estatutos pelo que funciona como
uma tertúlia quinzenal cujo orientador é Mário Mata e Silva, Professor
licenciado em Filosofia. Quando ele
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calar as pessoas nem elas eram obriga- mar então o grupo de jograis.
das a ouvir-nos mas a verdade é que C.L. - Que poetas costumam declajá chegámos às cem sessões.
mar?
C.L. - Como surgiu o convite para M.A. - Todos, sobretudo nacionais!
reunir no Salão Nobre da Junta de Há dois anos fizemos dois programas
Freguesia?
que achei que tinham bastante interesM.A. - Já tinha falado nessa possibi- se, uma deles foi feito por ocasião da
lidade ao senhor Serra [antigo Presi- reunião intercultural da língua lusódente da Junta de Freguesia de Paço fona em que dissemos poemas desde
Arcos) mas, devido à sua idade e à sua Goa ao Minho, passando pelo Algarve
idade, tinha uma intervenção um pou- ou por São Tomé e Príncipe. Conseco limitada. Entretanto, a presidência guimos inclusivamente o poema de
da Junta mudou, expus o problema ao um autor português nascido em Beja
Dr. Campilho e foi ele que propôs o ainda antes de a nacionalização estar
Salão Nobre. Era mais do que o que eu consumada.
estava à espera e aceitei, obviamente. C.L. - Os elementos deste clube perDesde então, reunimos-lhe lá de 15 tencem todos à freguesia?
em 15 dias.
M.A. - A maioria é de Paço de Arcos
C.L. - O CPPA também já lançou uma mas também temos algumas pessoas
antologia...
de Porto Salvo, Talaíde, Oeiras... Este
M.A. - A Antologia foi lançada em não é um projecto dirigido exclusi2008, totalmente patrocinada pela vamente aos moradores de Paço de
Câmara de Oeiras, numa altura em Arcos porque a cultura deve ser divulque ainda não estávamos na Junta de gada da forma o mais ampla possível
Freguesia, tendo sido constituída por e diversificada.
trabalhos de pessoas ligadas ao clube. C.L. - O grupo é constituído fundaAnalisaram-se quase 400 trabalhos e mentalmente por pessoas seniores. A
fez-se uma triagem, foram selecciona- poesia está fora de moda?
dos os melhores, que tanto pertenciam M.A. - Não direi isso! Temos uma
a pessoas que toda a sua vida escre- rapariga que tem pouco mais de
veram como a outras que, até então, 20 anos, outra tem cerca de 40, não
só haviam escrito para si próprias. Ao ligamos muito às idades nem aos
todo, conseguimos editar 1.000 livros títulos porque para escrever basta
onde estavam incluídos 3 poemas de ter-se sensibilidade. Uma das pes19 poetas e também já gravámos um soas que frequenta o clube é uma
CD por mera iniciativa própria, no senhora de 85 anos, aqui de Paço de
estúdio de um amigo do Clube dos Arcos, que faz quadras fantásticas.
Poetas, o Igrejas Caeiro.
Não é essencial que a poesia rime, o
C.L. - Porque nunca formalizaram a fundamental é que tenha uma mensacriação do clube?
gem e a dessa senhora tem-na, tanto
M.A. - Porque não sou adepta das que foi recentemente convidada por
coisas certinhas e demasiado formais, uma editora para escrever estórias de
sou um pouco anárquica por natureza criança. Por isso lhe digo que não é
e se o objectivo deste clube é dar um uma questão de idade mas mais de
pouco de alegria às pessoas não pre- oportunidade.
cisamos de estar formalizados para C.L. - Qual a importância deste grupo
o fazer.
para a freguesia de Paço de Arcos?
C.L. – Esse facto não implica que o M.A. - Sabe, sou das poucas pessoas,
clube encontre certos entraves para, se não mesmo a única, que se preopor exemplo, ter uma sede?
cupa em divulgar o clube, os outros
M.A. - Temos ido a vários sítios, já es- elementos vão às tertúlias e gostam do
tivemos nos Lions de Oeiras e de Paço clube mas são incapazes de mexer um
de Arcos, já fomos a um instituto de dedo para apresentar novos projectos
invisuais em Lisboa e ao Instituto Ofi- e levar o CPPA para a frente.
cial das Forças Armadas, penso que C.L. - Como perspectiva o futuro do
pedir uma sede seria exigir demais até clube?
porque actualmente a Junta funciona M.A. - Já fiz oitenta anos e quando
como tal para as nossas reuniões quin- agora fizemos o último programa na
zenais. O objectivo deste projecto não Livraria Galeria Verney, em Maio, fié fazer dinheiro mas sim dar prazer zeram-me logo uma proposta para o
aos outros, daí que não veja a sede ano seguinte, que irá começar em Oucomo algo fundamental.
tubro. Fiquei de lhes dar uma resposta
C.L. - O Clube dos Poetas levou, mais porque há alturas em que me perguntarde, à criação de um grupo de jo- to se já não será demasiado aquilo que
grais...
estou a dar de mim. Não me quero
M.A. - Exactamente. Uma das pessoas comprometer e «dar barraca» mas as
amigas do clube lembrou-se de publi- pessoas incentivam-me porque dizem
car num jornal de âmbito nacional um que se eu me afastar é provável que o
convite para as pessoas participarem projecto acabe. Tenho sido acarinhada
numa sobremesa poética. A partir daí por toda a gente, o presidente da Junpassámos a ter um grupo fixo, entre os ta tem sido fantástico connosco, são
quais o senhor Manuel Andrade que, essas pequenas coisas que me fazem
desde a primeira vez que o ouvimos, continuar.
parecia um profissional a
dizer poesia. Por essa altura, eu e ele costumávamos
ser convidados a dizer poesia a duas vozes, chegámos
a ir ao Teatro Amélia Rey
Colaço no Dia da Mulher
e no Dia da Criança e foi
a partir daí que lhe sugeri
fazermos um grupo de jograis, que era algo que não
existia no concelho. Convidei uma amiga, a Ana Briz,
e o Manuel Andrade ficou
encarregado de encontrar
mais um homem para for- Amigos unidos pela poesia
12
Entrevista
• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J.R. e C.M.A.
24 Agosto 2010
Joaquim Raposo, Presidente da CM Amadora
“O futuro da Amadora está a ser
preparado há muito tempo”
Setembro é mês de aniversário
para o município da Amadora
que no próximo dia 11 assinala
o seu 31º aniversário. O presidente da edilidade amadorense,
Joaquim Raposo, estabelece a
educação, a terceira idade e a reabilitação do espaço público como
as três prioridades deste quadriénio. Projectos não faltam para
o autarca pôr em prática neste
seu último mandato à frente dos
destinos da Câmara Municipal
da Amadora (CMA) mas a crise
vai obrigar ao reagendamento de
alguns projectos úteis mas, ainda
assim, secundários.
O Correio da Linha (C.L.) - Setembro
é mês de festa para o município da
Amadora, de que forma irá o concelho
celebrar o seu 31º aniversário?
Joaquim Raposo (J.R.) - Da forma habitual, temos seguido o mesmo figurino nos últimos anos, é preciso alterá-lo
mas como não há tempo nem condições para o fazer este ano aquilo que
está acertado e concertado para o dia
do município, 11 de Setembro, é manter o modelo mais formal mas também
menos motivador para a população.
Posteriormente, queremos apostar
num figurino em que a população se
envolva e participe mais do que na
Sessão Solene onde durante duas horas
apenas assistem aos discursos de cada
uma das forças políticas eleitas.
C.L. - Não haverá, pois, nenhuma
novidade nas celebrações do aniversário...
Ensino é uma prioridade para Joaquim Raposo
J.R. - Haverá sim, da parte da tarde
iremos procurar movimentar a população jovem nas comemorações do Dia
do Município através de algumas iniciativas que vão ao encontro dos seus
interesses. Por outro lado, as comemorações do aniversário estendem-se ao
longo do mês, quer com actividades
da Câmara, quer com iniciativas das
Juntas de Freguesia.
C.L. - O 31º aniversário será assinalado com música, teatro, dança, desporto, exposições... Quais serão os pontos
altos deste aniversário?
J.R. - Não considero que haja pontos
mais altos e pontos mais baixos porque
me parece que este é um programa
complementar em que um conjunto de
iniciativas espalhadas pelo território
do concelho dão um somatório interessante. Em relação ao programa de
aniversário não tenho nenhuma crítica
a fazer, tenho sim em relação ao Dia do
Município cujo modelo é limitativo e
está já algo gasto.
C.L. - O ano de 2010 tem sido positivo
para o município da Amadora?
J.R. - Tem sido um ano positivo mas
com limitações. É preciso reformular
os objectivos que tínhamos traçado
quando apresentámos a candidatura
às últimas eleições mas temos vindo a
cumprir aquilo que foi a programação
e o planeamento que fizemos nas diferentes áreas, nomeadamente naquelas que têm sido as nossas principais
apostas que são a Educação, a Terceira
Idade e a Reabilitação do Espaço Público.
São áreas cujos projectos estão a avançar
a bom termo, apesar de algumas limitações financeiras que são notórias no
actual contexto. No entanto, não é por
esse motivo que temos de abandonar
determinados projectos, mas é claro
que temos de os acertar de acordo com
os dias de hoje porque não sabemos
aquilo que pode acontecer no próximo ano. Há questões que temos de
acautelar, sempre defendemos uma
gestão equilibrada e, como é público,
não temos nenhum ponto de conflito
a nível de tesouraria.
C.L. - Muito se tem falado acerca da
diminuição do orçamento atribuído
pelo Estado às autarquias. Em que
medida a CMA ficou afectada por esta
medida?
J.R. - Há algumas limitações, obviamente. Quando há um corte de transferências em relação aos municípios
na ordem dos cem milhões de euros
é óbvio que isso tem implicações nos
munícipes da Amadora. Todas
as verbas que nos são retiradas
fazem-nos falta uma vez que estabelecemos o nosso orçamento
e o plano de actividades de acordo com as verbas que estavam
definidas e não com as medidas
que entretanto foram tomadas.
Isso obriga a CMA a proceder a
alguns ajustamentos e a pensar
na possibilidade de alguns projectos poderem ter uma fase de
implementação mais lenta do
que o previsto. Por outro lado
verificou-se uma diminuição das
receitas, as derramas diminuem
porque as empresas dão menos
lucro e os impostos também
contribuem para essa situação.
Outra situação que nos está a
preocupar é a incapacidade de
o Governo garantir condições orça- câmaras que demoram dois/três anos
mentais que assegurem a sua parte para pagar os seus compromissos.
da comparticipação em matérias da C.L. - Apesar dos reajustamentos que
área da Habitação. Tínhamos como falou, a Amadora tem conseguido reobjectivo acabar neste mandato com o juvenescer parte do parque escolar
Bairro de Santa Filomena e começar a do município?
intervir noutros bairros mas, neste mo- J.R. - A Educação foi uma aposta que
mento, não tenho nenhuma garantia fizemos logo em 1998, recordo-me que
de que o Governo terá disponibilidade quando cheguei à Câmara o primeiro
financeira para assumir a sua parte do empréstimo que fiz foi para investir
projecto.
na área da Educação no sentido de
C.L. - A população saberá entender reabilitar as escolas da Amadora, que
o adiamento de algumas obras e per- estavam completamente degradadas. A
ceber o que é camarário e o que é maior parte não tinha condições para
estatal?
servir refeições, havia apenas seis salas
J.R. - Os munícipes sabem distinguir de pré-escolar, que em termos numéo trabalho feito por um autarca e o ricos era do pior que havia na Área
trabalho feito pelo Governo e isso é Metropolitana de Lisboa. Estes indinotório, nomeadamente nas respostas cadores foram sendo alterados e nos
que são dadas nos períodos eleitorais. próximos quatro a cinco anos acredito
Mas também é evidente que as pessoas que já iremos ter a possibilidade de
querem ver um conjunto de propostas todas as crianças poderem frequentar
e programas ser implementado, inde- o pré-escolar. Neste momento estamos
pendentemente de quem os faça ou de muito próximos dos 85 por cento e
onde venha o dinheiro. No entanto, as com as três novas escolas que iremos
pessoas estão muito mais sensíveis às ter prontas no início do ano lectivo
dificuldades porque vêm a situação chegaremos aos 90 por cento. Importa
em que o país está do ponto de vista também referir que temos um conjuneconómico. É importante que se expli- to de crianças a frequentar os nossos
que que há projectos que não foram equipamentos que não residem na
abandonados mas que tiveram de ser Amadora, vêm nomeadamente de Sinreprogramados tendo em conta um tra porque todos sabemos qual é o esconjunto de dificuldades que surgem, tado de degradação do parque escolar
não só hoje mas amanhã. Como tal, te- de Sintra e, se assim não fosse, talvez
remos que fazer adaptações, sobretudo já tivemos chegado à cobertura total
nas áreas que achamos que são menos do pré-escolar. Outra das questões asprioritárias.
sociadas à área da Educação são os
C.L. - Em que áreas será mais notória equipamentos desportivos presentes
a contenção da CMA?
em todas as escolas. Neste momento
J.R. - Uma das áreas é, como disse, a falta-nos construir dois pavilhões para
habitação e a nossa vontade em acabar que todas as escolas passem a ter o
com um conjunto de bairros. Tinha seu pavilhão. Importa também referir
definido para este mandato acabar com que estamos a fazer escolas que têm
o Bairro de Santa Filomena, neste mo- centro de creche, jardim-de-infância e
mento há mais alguns bairros proble- ensino básico até ao quarto ano e todas
máticos que urge resolver mas a Câma- elas têm um polidesportivo coberto
ra não tem capacidade financeira para para dar resposta às suas necessidades.
assumir esse projecto sozinha. Poderá Temos registado um maior atraso na
haver mais uma ou outra área onde questão das creches, tal como toda a
essa contenção será mais visível mas Área Metropolitana, em várias freguetambém haverá diversas áreas onde sias já temos uma cobertura acima dos
não vamos diminuir verbas. Uma é a 50 por cento mas também ainda temos
aposta que temos feito na área da Edu- outras abaixo desse valor. O objectivo
cação, onde podemos ter que reprogra- que tinha definido atingir neste manmar algumas questões, nomeadamente dato era chegar aos 33 por cento de codois pavilhões cuja construção podere- bertura, que são os mínimos da União
mos ter que fazer deslizar de 2011 para Europeia, sendo que neste momento já
2012. O mesmo acontece com algumas estamos com 37 por cento. Obviamente
escolas que deveríamos lançar mas, que ainda não estou satisfeito porque
neste caso, o problema não tem tanto o objectivo é dar resposta a todos os
a ver com as questões financeiras mas pedidos e iremos continuar a apostar
mais com a limitação que existe em nesta área, até porque uma das maiorelação à admissão de pessoal. Não res preocupações dos jovens quando
posso fazer as escolas,
ter as salas prontas e depois estar o equipamento
fechado por não poder
admitir os funcionários
necessários. Essas são
questões que teremos de
esclarecer com o Governo
e o que se aplica ao parque
escolar aplica-se também
às creches e ao pré-escolar. Espero no final do ano
ter uma perspectiva clara
em relação aquilo que vão
ser as prioridades deste
Executivo. A Amadora
não é conhecida por ser
má pagadora, antes pelo
contrário, e não gostaria
de fazer parte da lista de Na área do desporto a CM Amadora marca presença
Entrevista
24 Agosto 2010
se fixam num determinado sítio é a
existência de instituições capazes de
acolher os seus filhos.
C.L. - Não se torna por vezes difícil
ser leal aos amadorenses e ao seu partido em simultâneo?
J.R. - Não tenho qualquer complexo
por ser um autarca eleito pelo PS.
Tanto eu como os munícipes sabemos
perfeitamente distinguir as funções de
uns e de outros e considero que estas
situações não se resolvem com manifestações nem com greves de fome em
frente ao Ministério. As divergências
resolvem-se com um diálogo aberto e
sempre nos manifestámos disponíveis
para dialogar com o Governo.
C.L. - Outra das prioridades que
apontou foi a Terceira Idade. Quais
as preocupações do executivo neste
particular?
J.R. - Implementámos um conjunto de
actividades de âmbito cultural para
ocupação de tempos livres mas há outras questões importantes como as pequenas intervenções que temos vindo
a realizar na casa das pessoas, serviço
que tem funcionado através da nossa
Escola Intercultural das Profissões. O
número de intervenções tem aumentado de ano para ano e nem sempre falamos de pequenas intervenções. Além
da torneira que pinga, da dobradiça da
porta que se parte ou de uma lâmpada que precisa de ser mudada temos
intervindo muito na substituição de
banheiras por polibãs, ajudando assim
os idosos a vencer a barreira em que
a banheira se tornou. Estamos a realizar mais de 3.000 intervenções por
ano, número que reflecte a importância
desta nossa acção. Por outro lado, uma
das questões que mais me preocupa
está relacionada com o apoio domiciliário, nomeadamente refeições, aos
idosos. Grande parte dos acordos que
existem abrangem apenas de segunda
a sexta e esta questão não é aceitável
pelo que tivemos de arranjar condições
que permitissem a essas pessoas ter
uma refeição ao sábado e ao domingo. Escolhemos algumas IPSS´s que
têm condições de resposta para fazer o
apoio de sábado e domingo e todos os
anos temos vindo a aumentar os meios
e a dar uma resposta efectiva em relação a esta matéria. Outra das questões
tem a ver com as Unidades Familiares
porque muitas das pessoas idosas têm
ainda autonomia para viver sozinhas.
Já lançámos o concurso para a construção de uma primeira unidade com
cerca de 80 apartamentos, está já em
vista uma segunda residência, sendo
que estes projectos destinam-se a pessoas seniores autónomas que possam
usufruir de um conjunto de apoios,
nomeadamente ao nível da saúde, da
higiene e da ocupação de tempos livres. Por outro lado, vamos lançar a 1
de Outubro, Dia da População Sénior,
inserido no âmbito do Programa 65+,
O presidente apoia as IPSS
uma rede municipal de saúde ao domicílio através de uma parceria com uma
instituição do concelho, «O Vigilante».
Desde que estejam inscritos na instituição e sejam portadores do cartão
Amadora 65+, os idosos poderão ter
uma consulta médica em casa entre as
20h00 e as 08h00, no horário em que os
Centros de Saúde estão encerrados.
C.L. - Já se falou dos jovens e dos seniores, em termos de população activa
a Amadora tem conseguido manter os
seus níveis de desemprego abaixo da
média nacional?
J.R. - O desemprego quando ataca fá-lo
em todas as frentes e atinge todas as
áreas. Ao longo dos tempos foram-se
criando algumas unidades que foram
fixando novos postos de trabalho mas
reconheço que a situação de crise que
o país atravessa não é propícia a que
mais postos de trabalho sejam criados
e que outros não sejam extintos. Por
esse motivo, temos vindo a desenvolver um conjunto de programas e projectos que têm como objectivo a fixação
e criação de emprego neste território.
Para tal, temos procurado aproveitar
a nova centralidade da Amadora e o
facto de termos uma rede de transportes impressionante, esperamos que no
próximo ano esteja pronta a ligação de
metro da Falagueira à Reboleira, que
permite a interligação ao comboio e,
ao mesmo tempo, a toda a rede viária,
que permitirá que se feche este sistema
de transportes que dará todas as condições para a fixação de um conjunto de
actividades económicas no concelho.
Por outro lado, estamos também a desenvolver um conjunto de intervenções
com o objectivo de fixar alguns pólos
para a criação de actividade económica. Estamos nomeadamente a trabalhar
com a CP para trazer toda a estrutura
da empresa, incluindo a administração, para o concelho da Amadora, o
que envolve cerca de duas mil pessoas. Destaco também o investimento
que tem vindo a ser feito na Academia
Militar tendo como objectivo colocar
todos os génios da Academia até ao
quinto ano aqui na Amadora. Outro
projecto que esta definido mas que
depende das possibilidades financeiras
do Governo é a fixação dos Estados
Maiores do Exército nos antigos Comandos da Amadora. Ao mesmo tempo, junto ao Hospital, temos ainda o
projecto de fixação de todo o Comando
da GNR. Esses projectos irão provocar
um incentivo à actividade económica
no concelho que, seguramente, criarão
mais postos de trabalho.
C.L. - A terceira prioridade que apontou foi a Reabilitação do Espaço Público...
J.R. – Sim, temos vindo a fazer um
conjunto de equipamentos inovadores
na Amadora, começámos pela Ilha Mágica do Lido, depois fizemos o Parque
Aventura, o Jardim dos Aromas e o
Parque do Borel, ultimamente
realizámos uma intervenção forte no Parque Central no sentido
de o modernizar e adaptá-lo aos
tempos de hoje pois não tinha
nenhum equipamento capaz de
atrair a população. Hoje em dia
responde às necessidades dos
mais novos e dos mais velhos
e, graças a essa intervenção, o
Parque Central tem hoje um movimento que antes não tinha. Por
outro lado, espero que a curto
prazo o Parque Neudel esteja
pronto, será um parque vocacionado para crianças até aos dez
anos e que seguramente atrairá pessoas não só da Amadora
como de outros concelhos. É isso
precisamente que tem vindo a
13
“A educação, a terceira idade e a reabilitação dos espaços públicos estão a avançar a bom ritmo”
acontecer com o Parque Central da
Amadora, que é visitado e utilizado
por pessoas de outros concelhos. Temos depois outros projectos que não
estão ainda resolvidos, como é o caso
do Teatro D. João V que futuramente
será remodelado para uma sala de espectáculos, o projecto está em curso,
estamos a fazer o estudo prévio para
lançar o concurso e fazer uma intervenção de fundo naquele equipamento.
Também já reabilitámos o Jardim dos
Condes da Lousã e agora queremos
recuperar o próprio edifício, que é um
importante elemento patrimonial da
história da Amadora. Na área de desporto e lazer não posso ainda deixar
de referir o novo complexo de piscinas.
Queremos fazer um projecto diferente,
que não haja ainda em Portugal, vocacionado desde os mais jovens até aos
mais idosos mas que seja único. Está
também prevista a construção de campos sintéticos de futebol, existe uma
proposta do Nani [jogador do Manchester United, natural da Amadora]
para aqui fazer uma escola de futebol,
é uma possibilidade que ainda estamos
a estudar. Projectos não faltam, assim
não falte o dinheiro.
C.L. - Considera que a Amadora é hoje
um concelho competitivo e procurado
na Área Metropolitana de Lisboa?
J.R. - A Amadora é competitiva por
três motivos. Temos uma óptima rede
viária, temos uma óptima rede de
transportes e temos intervindo na requalificação urbana, não só ao nível da
habituação como na construção de um
conjunto de parques urbanos que são
únicos na Área Metropolitana e que
também são motivos de atracção num
território como este.
C.L. - A escassez de verbas originas
atrasos em algumas obras e, consequentemente, críticas por parte da
população. Considera que é ingrato
ser-se autarca nos dias que correm?
J.R. - Não acho que seja ingrato até
porque não tenho tido um feedback
negativo por parte da população, bem
pelo contrário. Sempre que tenho ido a
eleições aumento o número de votos,
sinal que reconhecem o meu trabalho.
A população é cada vez mais exigente,
ser autarca hoje em dia é totalmente
diferente de ser autarca há alguns anos
atrás, há um conjunto de condições
básicas que entretanto foram sendo
resolvidas e por isso agora existem outras, o que é perfeitamente normal. O
meu projecto não se esgota em um, dois ou
três mandatos, é um projecto que está em
mutação constante porque é importante
dar resposta às novas necessidades
que vão surgindo e por isso é que este
cargo é tão motivador.
C.L. - Encara este mandato com a mesma motivação que os anteriores?
J.R. - Naturalmente, até porque sinto
que tenho muito mais responsabilidades agora. Nesta última votação
alcancei o maior resultado desde que
sou presidente da CMA e, por outro
lado, quero que este projecto tenha
continuidade quando terminar o meu
mandato.
C.L. - Já está a ser preparado o futuro
e a sua sucessão?
J.R. - Sim, o futuro está a ser preparado
há muito tempo pois não sou dos que
defende a teoria que, depois de mim,
que venha o deserto para todos se lembrarem de mim. Quero que alguém
continue o projecto que iniciei e para
isso é necessário preparar alguém que
sinta este emprego e não faça isto por
sacrifício.
C.L. - Quem é essa pessoa?
J.R. - É a Vereadora Carla Tavares, uma
pessoa que trabalha comigo há vários
anos, estou certo que estará à altura do
cargo e não tenho dúvidas que será a
melhor opção que a Amadora tem para
o futuro. A educação, a terceira idade,
a habitação e as questões sociais são
áreas que ela domina bem e é notório
que gosta muito do que faz.
C.L. - O que pode a população esperar
de si nestes últimos três anos à frente
dos destinos da Amadora?
J.R. - Pode esperar alguém determinado em cumprir o que assumiu com
a população. Por algum motivo as
pessoas têm-me vindo a dar maiorias
sucessivas, é sinal que as expectativas
têm vindo a ser satisfeitas.
O autarca com o ministro Rui Pereira
14
Reportagem
24 Agosto 2010
• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J.R
José Paz
Um homem de 1001 profissões
Com bichos-carpinteiros, excesso
de adrenalina ou simplesmente
uma forma diferente de viver a
vida. O leitor defina como preferir
o dia-a-dia de José Paz, autêntico
«faz-tudo» no que à actividade
profissional diz respeito. Ele é actor, encenador, carpinteiro, taxista, romancista, poeta, encenador,
artesão, etc. Todavia, foi como
Maestro do Grupo de Música
Tradicional e Popular Portuguesa
de Alfazema (GMTPPA) que O
Correio da Linha falou com José
Paz, o verdadeiro homem dos 1001
ofícios.
O Correio da Linha (C.L.) - Como
surgiu o GMTPPA?
José Paz (J.P.) - O grupo foi criado
há ano e meio, a convite de uma professora de música que trabalha na
escola onde estou a aprender a tocar
acordeão. Nessa altura eu já havia
formado dois grupos de folclore mas
o que gostava mesmo era de música tradicional pelo que a professora
desafiou-me a lançar um grupo de
música tradicional independente da
escola, que está a funcionar no Casal
de S. Brás, embora esteja sedeado na
Amadora.
C.L. - Quantos elementos constituem
este grupo?
J.P. - O grupo é composto por 30 elementos, cujas idades vão desde os 18
aos 87 anos. O nosso repertório é constituído essencialmente por música popular tradicional, sendo a raíz o folclore e música da canção ligeira nacional
dos anos 30 a 70.
C.L. - Qual é o público-alvo do grupo?
J.P. - Os jovens gostam do que ouvem
mas procuram não tanto a variante da
música tradicional simples mas sim
aquela mais elaborada, onde há a perspectiva de se criar uma variante nova
dentro da música tradicional, adap-
tando-a à música contemporânea que se vai
fazendo. Todavia, esse
não é o nosso caso pois
este projecto procura
respeitar o cariz tradicional da música.
C.L. - Que instrumentos se juntam no
palco quando actua o
GMTPPA?
J.P. - Além da voz temos os acordeões, a
concertina, a guitarra clássica, os cavaquinhos, os bandolins, uma violeta
e alguns instrumentos de percussão
tradicionais.
C.L. - Que balanço faz do projecto
neste primeiro ano e meio?
J.P. - O projecto tem corrido muito
bem, houve desde logo uma boa aceitação por parte do grupo na forma
como os elementos interagem uns
com os outros visto. Este é um grupo
intergeracional, onde há grandes diferenças etárias, mas tem-se conseguido
criar uma forte amizade entre os vários elementos e, a nível de trabalho,
penso que tem sido muito bem conseguido e isso reflecte-se nos espectáculos que temos apresentado.
C.L. – Onde já actuaram?
J.P. - Por enquanto temos actuado
apenas na Área Metropolitana de
Lisboa, nomeadamente Amadora,
Cascais e Lisboa... Não somos ainda
muito conhecidos, o grupo ainda não
tem qualquer site, não está em blogs
nem em nenhuma rede social pelo
que toda a publicidade tem sido feita
sobretudo através do «boca a boca».
Queremos solidificar uma boa base
de trabalho para depois podermos
divulgar e publicitar mais o grupo.
C.L. - Com os actuais 30 elementos o
grupo está fechado?
J.P. - Não, o grupo continua disponível para receber novos elementos
mas como há carência em alguns
instrumentos a nossa principal dificuldade é arranjar verbas para ter
mais instrumentos uma vez que cada
músico tem que ter o seu próprio
instrumento já que os temas são interpretados através de pauta musical
e não de ouvido.
C.L. - Este grupo interpreta apenas
temas já existentes ou também tem
originais?
J.P. - Para já estamos a trabalhar apenas com músicas já existentes mas no
futuro a ideia é fazer alguns originais
que, no entanto, ainda não estão a ser
ensaiados pelo grupo.
C.L. - De que apoios vive este projecto?
J.P. - De momento vive apenas da carolice e da boa vontade dos elementos
que o compõem.
C.L. - Quando e onde ensaia o grupo?
J.P. - Ensaiamos todas as segundasfeiras, das 20h00 às 21h30, na Escola
de Música Maria Luzia, no Casal de
São Brás. É complicado conseguir conciliar horários que nos permitam ter
toda a gente disponível. Como não há
qualquer tipo de pagamento estamos
limitados à boa vontade das pessoas
que fazem parte do grupo. Por enquanto ainda não está em mente ter
uma sede própria mas era importante
termos uma sala de espectáculos ou
um auditório onde pudéssemos trabalhar as vozes e os instrumentos a
nível de sonoridades.
C.L. - Além de músico, tem também
outras ocupações...
J.P. - Sim, tenho várias outras ocupações, todas elas dentro do campo das
tradições. Não sou conservador, não
entendo a tradição como algo parado
no tempo, mas entendo que as nossas tradições devem ser preservadas
porque elas são a nossa identidade.
Gosto de conservar aquilo que me
foi passado pelos meus pais e pelos
meus avós, seja nas danças ou nos
trabalhos manuais ao nível dos têxteis como os bordados, a renda ou
os Arraiolos. Desde muito novo que
estou ligado à música tradicional e
ao folclore, influenciado pela minha
mãe e por duas tias. A minha avó paterna fazia Arraiolos e foi com ela que
aprendi essa arte. A minha mãe fazia
trabalhos de renda e bordados tradicionais, assim como bolos de noiva
que vendiam na região. Daí vem a
minha ligação às tradições, aos cantares e às ladainhas tradicionais. Com
o tempo fui-me dedicando a outras
Grupo de Música Tradicional e Popular
Alfazema actuou recentemente na FIARTIL
Jardim de Infância
dos 3 aos 6 anos
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Lote 41 Loja Esq.
2700-782 Amadora
Tel. 214 937 180
Tlm. 965 725 391
Tlm. 960 096 637
José Paz é um autêntico «faz-tudo»
actividades, nomeadamente o teatro
de revista através do teatro amador
de Santarém, sempre vi as artes como
algo que fazia por gosto e não como
uma actividade profissional.
C.L. - Mas considera-se um artesão?
J.P. - Para mim o artesão é um indivíduo que trabalha um objecto que
assume a identidade e a cultura de
um povo, seja a nível regional ou nacional. Todos aqueles que trabalhem
objectos que não sejam identificáveis
como um produto artesanal de uma
determinada zona já não os considero
um artesão mas sim um artista de arte
contemporânea. Como tal, defino-me
como um autor de artes embora quando trabalhe em Arraiolos seja, na realidade, um artesão. Não há ninguém
que olhe para um tapete de Arraiolos
e não o identifique como um produto
português. É o mesmo que olhar para
um lenço dos namorados
de Viana do Castelo ou
para o galo de Barcelos,
são símbolos identificativos de uma região.
C.L. - Neste momento
canta, dança, pinta, produz artesanato...
J.P. - Cantar não canto,
embora esteja a trabalhar
em originais para fazer
um disco meu em 2011.
Neste momento sou Maestro do Grupo de Música
Portuguesa de Tradicional Portuguesa,
faço uns pequenos sketches de uma canção de
pastoreio e conto duas/três anedotas
para intervalar o espectáculo musical.
Depois trabalho nos Arraiolos conforme o tempo que tenho disponível,
2010 tem sido um ano para esquecer
nesse campo porque tenho feito muito
pouca coisa, também faço aguarelas
mas não tenho tido muito tempo para
pintar. Faço ainda rendas e bordados
mas neste momento tenho muitas
coisas por acabar e estou a trabalhar
numa peça de revista que vou levar
a cena no Auditório Carlos Paredes,
em Benfica, nos dias 15, 16 e 17 de
Outubro, onde sou actor, encenador,
produtor e até carpinteiro. O espectáculo é um monólogo de duas horas e
meia onde apenas tenho mais quatro
músicos em palco para fazer a transferência entre cenas, tudo o mais fica
a meu cargo. Além disso, também já
Reportagem
24 Agosto 2010
15
Amadora celebra
XXXI aniversário
O grupo é constituído por cerca de 30 elementos
fiz um livro de poesia que falta editar mas que já está concluído e estou
também a escrever um romance que
dentro em breve estará igualmente
concluído. Além de tudo isto, ainda
sou motorista de táxis, profissão que
não só é uma fuga como é também
um encontro com as ideias. Muitas
vezes, é ao volante e no contacto com
o público que vou buscar as ideias que
depois ponho em prática.
C.L. - A música não lhe rouba tempo para desempenhar o seu trabalho
enquanto autor de artes?
J.P. - Rouba muito tempo, sim, mas
não é um tempo que eu dê por mal
empregue ou que sinta falta dele. Penso que seremos actualmente o único
grupo em Portugal que está a apostar
na música ligeira da canção nacional.
Não há ninguém a trabalhar nessa
área musical, por enquanto temos vindo a trabalhar na música tradicional,
Um encenador que também faz Arraiolos
por ser mais fácil, mas queremos ter
no nosso repertório música que passava na emissora nacional nos anos
30/40 e onde constavam vozes como
Maria Clara, Teresa Tavares, Helena
Silva ou Beatriz Costa, entre outras.
C.L. - Já tem espectáculos agendados?
J.P. - Estivemos no Estoril, na FIARTIL, no passado dia 17 de Agosto e,
para já, apenas temos agendado um
espectáculo no cineteatro de Loures
no mês de Outubro. Temos vindo a
apostar nas câmaras que nos vão cedendo os espaços municipais gratuitamente porque não temos patrocinadores, nem privados nem estatais. Perto
do final do ano queremos realizar um
espectáculo por ocasião do segundo
aniversário do grupo e acredito que
nessa altura o grupo já estará mais definido, o que nos permitirá enveredar
por outro caminho, que inclua uma
maior divulgação.
C.L. - Com tantas actividades profissionais
consegue arranjar
tempo para a família e
para os amigos?
J.P. - Muito pouco, ainda não tenho filhos, o
que facilita, mas a minha mulher já se vai
queixando. No entanto,
não consigo estar parado e até chega a haver
alturas em que estou
no táxi e, enquanto
espero pelos clientes,
vou fazendo Arraiolos
ou renda. Sempre gostei de ter gente à minha
volta, só estou fechado
em casa se estiver a fazer Arraiolos ou renda,
por exemplo, mas nunca serão muitas horas
porque sinto necessidade de falar e interagir
com as pessoas.
É com muita música, dança, desporto,
exposições e uma feira do livro, entre
outras iniciativas, que a Amadora assinala ao longo do mês de Setembro o
seu 31º aniversário.
As celebrações arrancam no dia 4 de
Setembro com uma Feira de Ervas
Medicinais, Aromáticas e Condimentares na Casa Roque Gameiro e com
a realização do Campeonato Nacional
Absoluto de Xadrez, prova que decorre
até 12 de Setembro na Residencial Jardim da Amadora. A partir desse dia,
poderá também optar por um leque
variado de exposições, nomeadamente
a documental sobre a vida e obra de
Laranjeira Santos na Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos, a exposição Utopia de Arte Fantástica na Casa
Roque Gameiro ou a exposição de Banda Desenhada alusiva à 1ª República,
patente no Centro Nacional de Banda
Desenhada e Imagem. Destaque também para a exposição de Esculturas
de Ar Livre de Laranjeira Santos, patente em locais como o Centro de Arte
Contemporânea, os Jardins da Casa
Roque Gameiro ou o Círculo Artístico
e Cultural Artur Bual, entre outros. Em
termos desportivos merece destaque a
iniciativa «Desporto na Rua» em que os
amadorenses poderão fazer exercícios
de Step, Fitball e Stretching na Estação
de Metro Amadora-Este nos dias 4, 11,
18 e 28 de Setembro. Já o Body Vive, o
Pilates e o Yoga podem ser vivenciados
no dia 5 de Setembro mas no Parque
Central da Amadora, infra-estrutura
que recebe também acções de Esgrima, Ténis de Mesa, Xadrez, Slide ou
Jogos Tradicionais. Nos dias 9 e 10 de
Setembro a população não irá querer
perder o espectáculo «Relações» que a
Companhia de Bailado Quórum Ballet
está a preparar para apresentar nos
Recreios da Amadora.
O dia que assinala o aniversário do
município, 11 de Setembro, será marcado pelo Hastear da Bandeira nos Paços
do Concelho e pela Sessão Solene que,
uma vez mais, decorre nos Recreios da
Amadora. Nessa noite, a população
poderá também assistir a um espectáculo nos Recreios da Amadora a cargo
dos Ciganos de Ouro.
Merecem também destaque o Passeio
em BTT organizado pelo Grupo de
Cicloturismo Estrelas da Amadora no
dia 12 de Setembro e o concerto que
os Pontos Negros e os Corvos irão dar
no Parque Central no dia 17. Nesse
mesmo dia arranca mais uma edição
da Feira do Livro da Amadora que
poderá ser visitada no Parque Delfim
Guimarães até 5 de Outubro.
Dia 18 será a vez de os Deolinda actuarem no Parque Central e, no dia
seguinte, ocorrerá o Desfile de Fanfarras dos Bombeiros da Amadora. Por
sua vez, Mr. Smith sobem ao palco no
dia 24 de Setembro e no dia seguinte tem lugar na Casa Roque Gameiro
a Feira de Antiguidades, Velharias e
Coleccionismo. Também no dia 25 o
Radical Skate Clube organiza na Ilha
Mágica do Lido o Amadora Extreme
Cup, podendo a população terminar
esse animado dia escutando as músicas
de Cristina Nóbrega nos Recreios da
Amadora. O Festival de Bandas Filarmónicas terá lugar no dia 26, no
Parque Aventura, enquanto a Sessão
Pública de entrega da 13ª edição do
Prémio Literário Orlando Gonçalves
está marcada para dia 30, na Biblioteca
Municipal Fernando Piteira Santos.
O programa das festas conta ainda com
dezenas de iniciativas promovidas e
dinamizadas pelas onze freguesias do
concelho da Amadora e que abrangem
áreas tão distintas como o desporto, a
cultura ou o lazer.
A Junta de Freguesia de Alfragide
associa-se às Comemorações do XXXI Aniversário
das Festas da Cidade de Amadora
e deseja a toda a população do Concelho
as melhores Festividades.
A Presidente,
Beatriz Felisbela de Noronha
Rua Miguel Torga, 2 – Alfragide - 2610-089 Amadora
Tel: 21 471 49 24 - Fax: 21 471 93 96 – E-mail: [email protected]
www.freg-alfragide.pt
Rua 5 de Outubro, n.º 7 A/B
2700-197 AMADORA • Tel. 21 498 99 00
IPSS
Urgências
www.ovigilante.pt • [email protected]
ao Domicílio 24 horas aos Sábados, Domingos e Feriados
dias da semana das 21.00 horas às 06.00 horas
16
Reportagem
• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: P.Q. e J.R.
24 Agosto 2010
Queluz recebeu milhares de visitantes
Personalidades provaram ginjinha
Marquesas, peruqueiros, modistas, ar­
tesãos, vendedores de carvão e de pei­
xe, aguadeiros, oleiros e vendedores de
produtos tradicionais... ninguém faltou
à III Feira Setecentista de Queluz, que
se realizou junto ao Palácio Nacional
Marquesa quis comprar vestido novo
Frade franciscano também não faltou à feira
de Queluz nos passados dias 30 e 31 de tam de vestidos brilhantes mas nem sempre Santo António: Agora ouvi sim, foi um
Julho e 1 de Agosto.
têm bom gosto”, refere bem-disposta.
passarinho, disse-lhe. - Um passarinho a
Uma das figuras mais proeminentes Envolta entre dezenas de tecidos de cantar assim tão bem?, perguntou o meque se pavoneavam pela feira era a Mar­ texturas e tonalidades diferentes, a mo­ nino. – Anda, vamos ver da tua mãe que
quesa Genoveva de Menezes, também dista contou ao jornal O Correio da Linha já estás a querer saber de mais, disse-lhe
ela atingida pela crise que já naquela o seu papel nesta Feira Setecentista: o Frei. E por esse motivo ele é conhecido
altura se fazia sentir: “Vim à feira mercar “Tenho aqui os moldes das roupas e vim a como o Santo protector dos namorados”.
porque o meu queridíssimo esposo Gervásio esta feira para tirar as medidas às pessoas Quem também marcou presença na
de Menezes é alérgico a gastar dinheiro e e para mostrar os moldes das roupas a to- feira foi Lino Ramos, Vereador do
por isso temos pouca criadagem, de maneira dos aqueles que queiram e possam comprar. Turismo da Câmara Municipal de
que tenho de ser eu a vir mercar”.
Costuro, coloco rendas e faço bordados, en- Sintra (CMS), entidade responsável
Quando perguntamos à nobre senhora fim, uma parafernália de coisas que ajuda as pela organização da iniciativa: “Este
quem procurava na feira, Genoveva de damas a compor as suas toilettes para esta- tipo de eventos destinam-se a dinamizar
Menezes explica ao nosso jornal que rem apresentáveis nos bailes”, esclarece.
o turismo mas também a mostrar o bom
“espero que o senhor peruqueiro me aten- Outra figura que não passou desperce­ que aqui fazemos em termos de artesanada porque tenho a peruca toda desgrenhada bida aos milhares de visitantes que ao to. Por outro lado, esta iniciativa resulta
e não quero que me confundam com essas longo dos três dias visitaram a Feira de um conjunto de sinergias entre várias
criaturas horrendas que por aí andam por- Setecentista de Queluz foi um Padre entidades como os expositores, o quartel, a
que sou uma pessoa de condição e que, ain- Franciscano que se fazia acompanhar CMS e a Junta de Freguesia de Queluz”,
da por cima, está de esperanças”, diz por pela tradicional imagem de Santo An­ ressalva.
entre um imenso sorriso de felicidade.
tónio: “Trago a imagem de
Como qualquer grávida que se preze, Santo António, que foi quem
também a Marquesa tem os seus dese­ ajudou a criar as regras da
jos e caprichos. E neste caso específico, Ordem de São Francisco de
o desafio foi bem difícil de superar... Assis. Santo António tornoupelo seu marido: “Tive um desejo muito se muito popular por várias
grande logo pela manhã, que foi que o meu razões, algumas serão veríqueridíssimo esposo Gervásio de Menezes dicas, outras meras lendas.
fosse a pé até ao Porto e voltasse. Ele ainda Porque é que Santo António
não voltou, não sei se será bom sinal, e por é considerado o protector dos
causa disso tive de vir mercar sozinha”, diz namorados? Reza a lenda que
num tom altivo.
certa noite Santo António foi
Pouco depois, a figura nobre era recebi­ passear para um jardim e, às
da pelo atarefado peruqueiro Senhorito tantas, encontrou um menino
Pirelli, sem mãos a medir tantas eram – que se pensa ser o Menino
as solicitações para os seus serviços: Jesus - que se tinha perdido.
“Faço a construção das perucas e dos tou- Pegou nele ao colo – daí a ra­
cados, bem como a aplicação dos cabelos na zão da figura dele surgir com Peruqueiro explicou os segredos da peruca
cabeça das senhoras marquesas. Além dis- um menino ao colo – e às tanso, dou-lhes conselhos sobre a moda do que tas chegaram a uma fonte onde estava um
se passa em França e na Itália e com certeza casal de namorados. Eles trocaram um
que aconselho as damas a usar o penteado beijo mais ruidoso e o menino perguntou
que lhes fica melhor”, explica.
ao Frei António que barulho era aquele.
E quais serão as tendências da moda – Não ouvi nada, disse-lhe o Santo Ansetecentista? “Este ano usam-se os touca- tónio. Nisto o casal troca mais um beijo
dos muito grandes. Reza a história que uma ruidoso e o menino voltou a interpelar o
princesa francesa escondeu o colchão que tinha
na cama debaixo do toucado pois a moda é mesmo essa: toucados muito
volumosos”, refere.
Quem partilhava da
opi­nião do peru­queiro
era a simpática modista
para quem a palavra vo­
lume condizia com es­
tatuto social: “Na moda
estão as rendas, os bordados e os trabalhos espampanantes. Quanto mais
nas vistas der o vestido,
melhor! Os nobres gos- Animação esteve sempre presente
Uma artesã e os seus trabalhos em cerâmica
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Reportagem
24 Agosto 2010
na Feira Setecentista
Os actores tiveram um papel sempre interventivo e de animação
porque a Câmara Municipal de Sintra
também se interessou por esta vertente. As feiras setecentistas têm sido um
enorme êxito e tanto os visitantes como
os expositores têm-nos pedido sucessivamente para que voltemos a realizar esta
feira”, adiantou.
Comparativamente com as duas edi­
ções anteriores, a deste ano tem o do­
bro dos expositores e a expectativa
era que o mesmo acontecesse com o
público: “Vai ter com certeza muito mais
gente, ainda para mais porque a feira foi
divulgada pela televisão pelo que estou
certo que esta feira será um enorme êxito”, perspectivava o autarca.
À semelhança de Lino Ramos, tam­
bém António Barbosa de Oliveira
conseguiu entrar no espírito setecen­
tista: “Não posso vir mascarado como
eles porque senão ninguém me reconhecia
mas o ambiente está fantástico, podemos
comprar a ginja tal e qual era feita no
Imbuído no espírito da feira, Lino
Ramos era o testemunho fiel dos
sen­timentos vividos pelos visitantes
desta iniciativa histórica: “Quem cá
vem consegue recuar facilmente ao
século XVII, ainda recentemente
assisti a uma pequena desavença
setecentista muito bem representada pelos animadores e estou certo
que todos aqueles que aqui vêm
conseguem transportar-se para o
século XVII”, promete.
Também o Presidente da Junta
de Freguesia de Queluz, Antó­
nio Barbosa de Oliveira, não
faltou à inauguração da Feira
Setecentista, que classificou de
êxito: “Esta é a terceira feira setecentista que se realiza em Queluz.
Temos apostado em ajudar na organização deste tipo de iniciativas O presidente da Junta de Freguesia com amigos
século XVII, o pão ou os licores. Vive-se o
espírito da época, onde se encontra calçado e roupa feita à mão”, exemplifica.
Entre os vários animadores da feira,
o Presidente da Junta de Freguesia
de Queluz destacou “a recriação da
corte da Rainha D. Maria I, que é uma
referência para muita gente. Há uns anos
pusemos um actor a fazer de rainha a passear pelas ruas da freguesia num coche,
as pessoas interiorizaram-no como sendo mesmo a rainha e queriam saudá-la e
cumprimentá-la de tal forma que a rainha
improvisada teve de ir a uma janela do
Palácio de Queluz acenar às pessoas que
não se calavam porque a queriam ver”,
conclui por entre risos.
Com 90 expositores e cerca de 40 ani­
madores em permanência, a organi­
zação deste evento demorou vários
meses a preparar para chegar aos três
17
Alguns dos animadores da Feira Setecentista
dias de feira e ter tudo pronto para
um fim-de-semana que se revelou de
festa contínua e muita animação.
Berçário • Creche • Jardim de Infância
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Apoio Escolar 1.º e 2.º Ciclo • Expressão Motora Expressão
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Musical • Expressão Dramática
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Expressão
Plástica • Natação •
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 Karaté • Dança
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• Informática • Actividades de Verão
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Aprender
é divertido
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18
Entrevista
24 Agosto 2010
• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J.R.
Mais um final feliz na Fiartil
A poucos dias de cair o pano sob
mais uma edição da FIARTIL, o
jornal O Correio da Linha falou
com António Martins, director do
evento, que se mostrou extremamente satisfeito com os números
provisórios alcançados pela feira deste ano. Comparativamente
com o ano transacto, a FIARTIL
registou um aumento de 7% no
número de visitantes, valor que
explica pelas noites quentes que
se têm feito sentir em Cascais e
pela menor deslocação de cascalenses para outras zonas do país
em período de férias.
a esta edição de 2010: “Em comparação
com a última edição, este ano temos mais 7
por cento de pessoas a entrar na feira até à
data, pelo que os objectivos foram conseguidos”, sustenta António Martins.
Além das boas condições climatéricas,
António Martins encontra ainda outro
factor que justifica o aumento de visitantes da FIARTIL na edição deste ano:
“É provável que este ano as pessoas tenham
ido menos de férias para fora do concelho”,
adianta.
Pelas conversas que tem mantido
com alguns dos artesãos presentes na
FIARTIL, “as vendas têm sido semelhantes
a outros anos mas, como é lógico, eles [artesãos] têm sempre tendência a querer mais.
Apesar da crise, creio que as vendas correm
dentro dos parâmetros normais”, ressalva.
A FIARTIL tem mantido nos últimos o
mesmo modelo de feira, sinal de que
em equipa vencedora não se mexe...
ou, pelo menos, mexe-se muito pouco: “A única alteração que fizemos em
Visivelmente feliz! Foi com este estado de espírito que, a poucos dias
de terminar a 47ª edição da Feira do
Artesanato do Estoril (FIARTIL), falámos com António Martins, director do
certame: “A edição de 2010 tem
vindo a decorrer muito bem, temos
tido a sorte deste Verão estar a ser
excepcional, com noites quentíssimas e sem vento, que nesta feira é
condição sine quo non para termos
muita gente. As pessoas vêm ver
e comprar artesanato, aproveitam
para jantar e para assistir aos
espectáculos musicais. Este ano
temos tido mais gente que no ano
passado”, assume, satisfeito.
Ao contrário de outros anos, S.
Pedro tem sido amigo da organização da FIARTIL. Depois de
dois anos muito complicados,
2009 já foi um ano favorável mas,
ainda assim, nada comparável Uma feira onde casas para pássaros se comercializam
relação a outros anos
foi a criação de mais
um espaço de restauração porque notámos que
quando recebemos mais
de 1.500 pessoas a feira
começa a «engasgar-se».
Este ano já tivemos aqui
noites com mais de 2 mil
pessoas e nessas situações há quem acabe por
ir embora porque não há
hipóteses de os restaurantes atenderem toda
a gente”, lamenta o
Director da FIARTIL,
i n c a p a z d e o p i n a r Uma das expositoras presentes na FIARTIL
sobre os pontos mais
altos da feira deste ano: “Todos os fins- a visitar semanalmente a FIARTIL,
de-semana são fortes, nomeadamente as será esta feira um dos principais focos
sextas-feiras e os sábados onde, com as de atracção do concelho de Cascais
verbas que dispomos para a animação, du­rante os meses de Verão? António
conseguimos reunir um cartaz agradável Martins não tem dúvidas: “Para as
e equilibrado. Temos dias de semana onde famílias com crianças este é, sem dúvida,
conseguimos ter mais de 1.500 pessoas, um dos pontos de paragem obrigatória no
números que são pouco comuns mas que concelho de Cascais. Para este target, esta
nos deixam muito satisfeitos. Mas, como feira será uma das principais atracções do
digo, para isso muito tem contribuído Verão de Cascais”.
o estado do tempo, que tem
sido fantástico”.
Por todos estes motivos, o
responsável não tem dúvidas em afirmar que, em anos
futuros, o actual modelo da
FIARTIL é para manter pois
“parece-me o mais adequado e
o espaço também é bastante
satisfatório, não está previsto
sairmos de onde estamos. Por
outro lado, estamos satisfeitos
com o actual número de artesãos, não temos espaço para receber mais mas iremos manter
a tendência de contar apenas
com artesãos nacionais”.
Com milhares de pessoas A arte de fazer sabonetes artesanais de diversas formas
Troca de nomes
O jornal O Correio da Linha publicou
na passada edição de Julho uma entrevista com Paula Marques, bailarina e coreógrafa da Companhia de
Dança Paula Marques.
Por lapso, a recém criada instituição
foi denominada, em subtítulo, de
Companhia de Dança Paula Neves
pelo que entendemos aqui atribuir
o seu a seu dono.
A Companhia de Dança Paula Mar­
ques foi criada no passado mês de
Janeiro, sendo já responsável pelos espectáculos «Lágrimas que Secam» e
«Sentimentos e Batuques».
Entrevista
24 Agosto 2010
19
Estoril celebra 95º aniversário
A freguesia do Estoril assinala no
mês de Setembro o seu 95º aniversário com um programa simples
mas que seguramente irá cativar
a atenção da população pelas suas
actividades de índole cultural. O
jornal O Correio da Linha falou
em exclusivo com o Presidente
da Junta de Freguesia do Estoril,
Luciano Mourão, sobre esta importante data e a forma como a
mesma será comemorada.
O Correio da Linha (C.L.) - De que forma vai a freguesia do Estoril assinalar
o 95º aniversário?
Luciano Mourão (L.M.) - De uma maneira muito simples! Não estamos em
condições de fazer grandes festas pelo
que iremos celebrar o aniversário de
uma forma singela. Vamos aproveitar
para fazer uma exposição de cerca
de 80 quadros oferecidos por antigos
expositores à Junta de Freguesia e vamos vende-los para que a receita angariada reverta a favor de instituições
de solidariedade social da freguesia
do Estoril.
C.L. - Quando estará patente essa
exposição?
L.M. - A exposição decorrerá no Salão
Alguns dos quadros que vão ajudar IPSS
da Junta de Freguesia entre os dias 4
e 18 de Setembro, das 10h00 às 18h00,
excepto domingos e segundas-feiras.
As pessoas podem vir para comprar
mas também só para visitar e apreciar
as obras. Trata-se de quadros extremamente interessantes, alguns dos
quais da autoria de artistas nacionais
muito conceituados que podem ser
adquiridos por um preço inferior ao
normal. De realçar também que a
inauguração será ainda abrilhantada
por um concerto de música coral a
cargo do «Coral Vozes do Estoril»,
que é o grupo que pertence à Junta
de Freguesia.
C.L. - Como serão seleccionadas as
instituições?
L.M. - Ainda não estão definidas
quais irão ser seleccionadas mas serão, seguramente, instituições que se
destacaram no apoio social na freguesia do Estoril. Se no final houver quadros que não tiverem sido vendidos
deveremos fazer um leilão porque o
que nos interessa não é ter quadros
em armazém mas sim vendê-los para
angariar verbas para distribuir pelas
ditas instituições.
C.L. - Que outras iniciativas estão
programadas para assinalar o aniversário?
L.M. - Tínhamos pensado fazer pela
primeira vez a atribuição
de Medalhas de Mérito
da freguesia mas, para
terem valor, as medalhas têm de ser registadas na Heráldica, o que
não conseguimos. Como
tal, ainda não será este
ano que iremos atribuir
Medalhas de Mérito mas
iremos lançar no dia
18, pelas 18h30, o livro
«A Toponímia do Estoril», editado pela Junta
de Freguesia do Estoril.
Nesse dia faremos ainda
um jantar de aniversário
para o qual convidámos
SMAS investe 10 milhões
Os SMAS de Oeiras e Amadora vão investir no próximo ano 10 milhões de euros
na remodelação das redes dos dois concelhos. Ao todo, são cerca de 40 quilómetros
de condutas de saneamento e 65 quilómetros da rede de abastecimento de água.
Entre as empreitadas consta a remodelação das redes de água de Linda-a-Velha,
a remodelação das redes de abastecimento de água de Vila Fria, a remodelação
das redes de abastecimento de água do Torneiro, Bairro Francisco Sá Carneiro ou
Bairro São João de Deus, entre outros.
No entender dos SMAS de Oeiras e Amadora, a realização destas obras é essencial
para manter a qualidade da água e reduzir as perdas de água nos concelhos de
Oeiras e Amadora que, ainda assim, são percentualmente das mais baixas do
país.
as forças mais representativas
da freguesia. É apenas este o
programa que escolhemos para
assinalar o 95º aniversário do
Estoril.
C.L. - É um programa que vai
ao encontro da contenção que
o país vive actualmente...
L.M. - Obviamente que sim.
Temos que levar em linha de
conta as restrições que nos são
impostas a nível de receitas
porque se há cortes nos lucros
também tem necessariamente
de haver cortes nos gastos. Não
pode haver despesas sem haver
receitas!
C.L. - Tanto a exposição como
a apresentação do livro serão Um presidente satisfeito com a obra desenvolvida
iniciativas abertas à população...
Quando chegar ao final deste manL.M. - Sim, iremos enviar alguns dato completarei 20 anos neste cargo
convites a várias personalidades mas pelo que há que dar o lugar a outros.
tanto uma iniciativa como a outra são É óbvio que é uma tarefa que deixa
abertas à população. Apenas o jantar sempre saudades mas também sei que
não é aberto a toda a gente! [risos]
vou terminar este mandato com 70
C.L. - Qual é a importância desta anos de idade pelo que devemos saber
celebração para a população do Es- sair enquanto estamos em condições.
toril?
C.L. - O programa comemorativo do
L.M. - É difícil medir a importância 95º aniversário é essencialmente culque esta comemoração terá para a tural. Esta é uma área primordial para
população. O que sei é que fizemos a a Junta de Freguesia do Estoril?
comemoração do 90º aniversário e de- L.M. - É uma área importante mas não
finimos então que, até ao centenário, é a principal prioridade, essa será a
apenas comemoraríamos os 95 anos Área Social. Dentro das nossas limide existência sendo que, a partir dos tações, a vertente social tem sido e
cem, a efeméride passaria a celebrar- vai continuar a ser a área onde mais
se anualmente.
iremos investir porque, apesar de ter
C.L. - Esta será a última celebração fama de rica, esta freguesia não o é. O
antes do centenário?
Estoril tem várias bolsas de pobreza
L.M. - Comigo é, no próximo mandato e é preciso, dentro das nossas limijá não poderei concorrer a este cargo tações, apoiar as pessoas com mais
porque a lei limita os mandatos dos necessidades através de outras instiPresidentes de Junta e, como já ul- tuições com as quais colaboramos. De
trapassei essa limitação, não poderei qualquer forma, a Cultura é uma área
concorrer mais uma vez.
importante e também por isso criámos
C.L. - Tem pena de não ser o presi- um Grupo Coral e desenvolvemos
dente do Estoril quando a freguesia inúmeras iniciativas com diversas
celebrar o seu centenário?
entidades como a Câmara Municipal
L.M. - Não sou saudosista nem uma de Cascais ou a Academia de Letras
pessoa que se amarra ao passado. e Artes, entre outras.
Rua de São José - Alvide
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20
Entrevista
• Texto: Pedro Quaresma • Fotos: P.Q. e C.M.O.
24 Agosto 2010
Travessia Bessone Basto tem recorde
Luís Salgueiro, Bessone Basto e Rafael Sal­
gueiro
A orla ribeirinha do concelho de Oeiras acolhe na manhã do próximo dia
12 de Setembro a quinta edição da
Travessia António Bessone Basto que
este ano deverá receber cerca de 200
nadadores divididos por três provas.
Organizada pela Câmara Municipal
de Oeiras (CMO) e pela Federação
Portuguesa de Natação (FPN), em
parceria com a Oeiras Viva, os SMAS
de Oeiras e Amadora e a Sanest, a
V Travessia António Bessone Basto
irá arrancar pelas 10h00 com o início
do Campeonato Nacional de Masters,
que decorrerá entre o Centro Náutico
de Paço de Arcos e o Porto de Recreios
Atletas da estafeta do SAD Campeão Nacional
de Oeiras. Nesta primeira prova o
grande aliciante será a participação
do patrono da travessia que se associa
pela primeira vez, enquanto participante, a este evento. Pelas 10h45 terá
início a Taça COMEN que levará os
nadadores a percorrer os cinco quilómetros entre o Forte de S. Bruno,
em Caxias, e o Porto de Recreio de
Oeiras. Quinze minutos mais tarde,
tem início o Campeonato Nacional de
Águas Abertas no qual são esperados
os melhores especialistas nacionais
desta vertente da natação.
Em entrevista exclusiva ao jornal O
Correio da Linha, o Chefe da Divisão de
Desporto da CMO, Rafael Salgueiro,
salientou que “a iniciativa tem feito
parte do circuito de Águas Abertas mas
este ano deixa de ser uma prova aberta
ao circuito pois irá incluir o Campeonato
Nacional de Masters e o Campeonato Nacional de Águas Abertas”, destaca.
Assim sendo, a Travessia passará este
ano a ser um dos momentos mais altos
das competições nacionais em Águas
Abertas depois de a Federação ter escolhido o concelho de Oeiras como o
local privilegiado para esta disciplina.
“Decidir nas nossas águas o Campeão
Nacional de Águas Abertas vem dar ainda
mais brilho à homenagem que há cinco
anos fazemos ao António Bessone Basto,
ao darmos o seu nome a esta travessia”,
sublinha o responsável
que, apesar de “alguns
constrangimentos orçamentais” resultantes de “um
ano complicado”, garante
ter “tudo o que é necessário
para o sucesso da prova, isto
é, um rio com boas condições
naturais e, a nível logístico,
temos dado provas de que
conseguimos fazer um bom
trabalho. Aliás, só não fazemos mais provas porque o
tempo de maré não nos possibilita”.
Dada a boa experiência
verificada há dois anos, a
Confederação Mediterrânica de Natação vai voltar
a aproveitar a Travessia
António Bessone Basto
para realizar a terceira
edição da Taça COMEN.
“Será uma competição que
vai reunir algumas selecções
jovens estrangeiras e é para nós um or- te António Bessone Bastos, hoje com
gulho merecer essa confiança, o que quer 65 anos e já com milhares de quilómedizer que a organização e as condições tros de braçadas dadas.
que proporcionamos são interessantes”, Depois de quatro anos em que apenas
destaca Rafael Salgueiro.
assistiu de fora à disputa das várias
No total, a organização perspectiva provas da travessia com o seu nome, o
ter nesta quinta edição da Travessia antigo atleta olímpico aceitou finalmenBessone Basto perto de 200 nadadores, te o desafio de, também ele, participar
número que assegura um fantástico na prova de veteranos. “Decidi voltar a
espectáculo náutico: “Durante largos competir este ano porque todos os nadadominutos, vai estar sempre gente a chegar res me pediam para participar na «minha»
ao Porto de Recreios de Oeiras, o que prova. No fim da quarta edição prometi, em
acaba por ser um desafio interessante em jeito de brincadeira, que iria participar na
termos organizativos e um bom espectácu- seguinte e em Novembro, no dia dos meus
lo para quem vier assistir, só espero que o anos, o meu amigo Luís Salgueiro ligou-me
tempo também ajude”, perspectiva.
e lembrou-me do que eu havia prometido.
O facto de acolher pela primeira vez o Comecei então a pensar mais a sério nisso
Campeonato Nacional de Águas Aber- e optei por recomeçar a nadar, que era algo
tas motivou não só
que a travessia se
destinasse apenas
a atletas federados
mas também a um
encurtamento do
percurso: “Nas
quatro edições anteriores a prova
decorreu de Algés a
Oeiras, entre os dois
limites do concelho
na sua zona ribeirinha, antecipando
aquilo que será o
Passeio Marítimo
entre as duas localidades”, salientou Elementos da estafeta mista no Sport Álges e Dafundo
Rafael Salgueiro.
Em termos de segurança, o Chefe da que já não fazia há muito tempo pois ganhei
Divisão de Desporto da CMO afiançou uma aversão à Federação do meu tempo peque a travessia “tem garantidos vários las suas politiquices. De qualquer forma,
meios de socorro, nomeadamente através encaro esta volta à natação como uma brinde Bombeiros e da Polícia Marítima mas cadeira porque continuo a sentir que devia
também do Clube do Mar de Paço de Ar- ter nascido 300 quilómetros aqui ao lado,
cos. Além disso, teremos barcos rígidos em Espanha”, refere.
e motas de água ao longo do percurso, é Todavia, as críticas que tem para com
uma logística bastante complicada que a Federação do seu tempo dissipam-se
obriga a ter vários barcos de apoio porque por completo quando António Bessone
é preciso prever o imprevisto”, refere.
Bastos fala da CMO: “Em jeito de brinHá muitos anos que o concelho de cadeira, costumo dizer que esta câmara já
Oeiras está tradicionalmente ligado merecia fazer fronteiras porque é tão difeaos feitos da natação portuguesa, rente de tudo quanto vemos por esse país
nomeadamente através do trabalho fora. Oeiras tem feito muito pelo desporto e
desenvolvido pelo Sport Algés e Da- essa vontade ajuda-nos a nós, atletas, a ter
fundo (SAD), que aliás já deu ao país aquela «gasolina» e a não nos sentirmos veatletas olímpicos não só ao nível da lhos. Esta prova acaba por ser também um
Natação como de outras modalidades cartão-de-visita de um rio que em tempos
como o Judo, a Vela ou a Ginástica. foi um pouco maltratado mas que agora está
Um dos valores mais seguros de sem- uma maravilha”, destaca.
pre da natação nacional é precisamen- Recordando os seus tempos de nadador olímpico, António Bessone Basto
não se coíbe de criticar os clubes, que
“hoje têm muito melhores condições mas
falta-lhes mística, falta-lhes amizade entre
os elementos. Foram esses os elementos que
mais tarde levei para outros clubes quando
fui experimentar outras modalidades”.
Lembrando grandes nomes da natação
lusa como “Vítor Fonseca, Luís Vaz Jorge,
Fábio Ribeiro ou Fernando Madeira, entre
muitos outros”, o nosso entrevistado
acredita que a distinção de ter uma prova com o seu nome se deve “às diversas
provas que ganhei no Tejo. Sou uma figura
conhecida não só na natação, fiz várias modalidades e por isso me escolheram a mim
mas sou só o fiel depositário de várias gerações anteriores à minha, que também ganharam muitas provas. Para ter uma ideia,
só Travessias do Tejo o meu avô ganhou
doze”, diz bem-disposto.
O regresso à competição não tem sido
encarado de ânimo leve pela família
que se queixa da ausência de tempo do
nadador sénior: “Toda a gente na minha
família me diz que a natação me deixa muito
magro e é verdade que nesta idade as marcas dos treinos reflectem-se mais facilmente
no nosso rosto. Quando faço algo, gosto de
estar próximo da perfeição mas continuo a
Entrevista
24 Agosto 2010
de atletas
Exposição de fotografias
não conseguir nadar como queria porque além de reformado
sou mariscador, faço a apanha
do perceve e o mergulho é muito
duro. Chego a mergulhar quatro
dias por semana cerca de cinco
horas e depois descanso o resto
do dia e nado à noite. Manter
este ritmo para alguém com quase 65 anos é muito difícil, tenho
um primo-irmão, o José António
Sacadura, que sempre que pode
me dá uns treinos mas há semanas em que só vou à piscina um Bessone Bastos um atleta de alto gabarito
dia”, explica.
Apesar do cansaço e das dificuldades Inatel promove sete provas pelo que, quem
que espera encontrar ao longo do per- quer levar isto com regularidade, tem todos
curso da prova, o nadador traça expec- os meses oportunidade de participar numa
tativas elevadas para a travessia: “O que prova”, sublinha.
espero é que venha muita gente, eu também De momento, cerca de 90% da equipa
lá vou estar e vou fazer a minha prova com de Masters do CCD Oeiras nada tamalgum cuidado porque não posso esquecer- bém no SAD. A justificação deve-se
me que já tenho alguma idade, quero fazer também à inexistência de mais clubes
a prova em ambiente de festa e divertir-me. masters de natação no concelho de
A vergonha não é perder mas sim desistir Oeiras: “Temos neste momento 11 atlede tentar ganhar. A derrota é um incentivo tas e uma das lacunas que existiam no
para a vitória e quando se perde há que se concelho era a inexistência de um clube
saber perder para quando ganhar também para atletas masters. Anteriormente, os
saber ganhar”.
atletas do concelho que queriam naPara melhor se preparar para a prova, dar nas provas do Inatel tinham que ir
António Bessone Basto voltou, no final para outros clubes como o Estoril ou o
do ano passado, a fazer parte da equipa Belenenses”, recorda Luís Salgueiro.
do SAD mas também do recém-criado Em pouco mais de meio ano, António
Clube de Natação CCD Oeiras, um Bessone Basto bateu, a nadar pelos dois
clube dedicado exclusivamente a atle- clubes, mais de 20 recordes nacionais.
tas masters e que conta nas suas filei- Todavia, tal feito não deslumbra o naras com nomes como Ricardo Pedroso, dador: “Não ligo muito aos recordes que
Rafael Salgueiro, Luís V. Salgueiro ou bati até porque este foi um ano em que apeIsabel Castro Raimundo, entre outros. nas comecei a «olear a máquina». Não me
A necessidade de nadar por dois clubes interessa se nado com atletas de 20, 30 ou
diferentes é explicada pelo atleta e ami- 40 anos, o que pretendo é atingir bons rego Luís Salgueiro: “É tudo uma questão sultados e procurar fazer cada vez melhores
de regulamentos, nadamos pelo Algés nas tempos”, promete.
provas ligadas à Federação e pelo CCD Competitivo por natureza, o patroOeiras em provas organizadas pelo Inatel. no da travessia de Águas Abertas de
A FPN organiza duas provas, um Open Oeiras tem já traçado um objectivo
de Inverno e outro de Verão, enquanto o muito concreto para a época que se avizinha: “Se arranjar um
patrocinador espero ir
à Ucrânia em Setembro
de 2011 para participar
nos Campeonatos da
Europa. Toda a minha
vida gastei dinheiro do
meu bolso com o desporto, fui a Campeonatos do
Mundo em que paguei
tudo e só quando os bons
resultados surgiram é
que aqueles que estavam
escondidos finalmente
apareciam para me dar
palmadinhas nas costas”, conclui.
Atletas de estafeta em representação do CCD Oeiras
Gerência da Pastelaria “Os Santinhos”
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tudo bem acompanhado com uma excelente vista sobre o Oceano
e em ambiente natural todos os dias das 10h às 24h
Muitas das fotografias
que participaram no IV
Con­curso de Fotografia
«Ambiente dá Vida»,
pro­movido pelo nosso
jor­nal, estiveram recentemente patentes no Oeiras
Parque e no Centro de
Interpretação Ambiental
da Pedra do Sal.
Entre 02 e 08 de Agosto,
a mostra esteve patente
no Shopping da Linha e
terá sido vista ao longo
da semana por cerca de
200 mil visitantes, entre Milhares de pessoas visitaram a exposição no Oeiras Parque
os quais Maria Vanda
Mendes e os seus dois filhos: “Apesar de não costumar participar em concursos de
fotografia gosto de apreciar imagens bonitas e esta exposição tem muitas fotos interessantes. Não sabia desta mostra mas decidi vir passear ao Oeiras Parque com os meus
filhos e deparei-me com esta exposição, que é uma iniciativa de louvar”.
A poucos metros encontrámos a visitante Margarida Rodrigues, muito atenta
aos trabalhos: “É uma exposição extraordinária, com imagens espectaculares. Gosto
muito de fotografar e, porque sou amadora, não costumo participar em concursos mas
talvez concorra para o ano no quinto concurso de fotografia promovido pelo vosso
jornal”, promete.
Quem se mostrou extremamente satisfeita com a adesão da população à exposição
foi Ana Pestana, Directora de Marketing do Oeiras Parque: “O balanço é manifestamente positivo porque traduz a capacidade de dois agentes locais, no caso um centro comercial e um jornal, desenvolverem com êxito uma parceria que tem significado para o concelho.
Para o Oeiras Parque, esta exposição representou mais um factor de atracção para os seus
visitantes e que enriquece a vida cultural local. Esperamos que a exposição tenha contribuído
para sensibilizar a população para as questões do ambiente, que era outro dos nossos objectivos”, afiança.
A mostra seguiu, dias depois, para o concelho de Cascais onde esteve patente de 17 a
31 de Agosto no Centro de Interpretação Ambiental da Pedra do Sal (CIAPS).
Carlos Carreiras, Vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, fez questão
de se associar à iniciativa marcando presença na inauguração: “É mais um êxito
deste jornal, de ano para ano apercebo-me que os artistas vão melhorando cada vez mais
a qualidade das fotografias que apresentam a concurso e, uma vez mais, dou os meus
parabéns porque esta é uma iniciativa que ajuda a promover a criatividade e a capacidade
de tantos e bons fotógrafos que existem em Portugal”, sublinha.
Quem também não faltou à chamada foi Rui Libório, Presidente do Conselho
de Administração da EMAC, uma das empresas parceiras desta iniciativa
desde a sua criação: “Apoiamos este concurso desde a primeira hora porque ele tem
todo o mérito, que é visível pela qualidade dos trabalhos mas também porque continua
a perseguir objectivos difíceis de manter em alturas de grande dificuldade económica.
Ambientalmente, esta iniciativa tem dimensões e preocupações estruturadas e espelhadas nas próprias fotografias. Todavia, e apesar da nobreza deste local, a qualidade desta
exposição merece um local onde haja mais circulação de pessoas”, sugeriu.
Outra personalidade presente no CIAPS foi o Presidente da Junta de Freguesia
do Estoril, Luciano Mourão, que admitiu ser um apaixonado pela fotografia: “A
primeira impressão é que esta exposição de fotografia está espectacular. Durante alguns
anos também realizámos concursos de fotografia na freguesia do Estoril, nos últimos
anos não temos feito mas não quis deixar de marcar presença neste evento, que decorre
no território da freguesia”, destaca.
Mas nem só de personalidades viveu a inauguração da exposição no concelho de
Cascais. Também alguns participantes quiseram associar-se e rever algumas das
imagens do concurso: “Quis voltar a ver a exposição por considerar que é muito importante a presença dos fotógrafos para conviver e estar neste meio do qual entendi fazer parte
ao participar no concurso. O espaço é muito bonito, as fotografias ficaram bem expostas e
valoriza o nosso trabalho”, confirmou Erick Miranda, um dos quinze vencedores do IV
Concurso de Fotografia «Ambiente dá Vida».
Ao seu lado estava Josefina Gonçalves, que veio de Oeiras propositadamente
para rever os trabalhos: “Sou licenciada em Direito mas já não exerço pelo que me
dedico quase em full time à fotografia e à pintura. Foi exactamente aqui na Ponta do
Sal que pela primeira vez contactei com uma exposição do Correio da Linha, na altura
alusiva ao tema «Água – Fonte de Vida». Fiquei atenta porque sabia que o jornal iria
lançar novo concurso, pratiquei bastante e os resultados valeram a pena, embora não
tenha ganho qualquer prémio. Acima de tudo quis participar e mostrar os meus olhares
pelo que estas exposições são como um prémio para mim”, finaliza.
O Correio da Linha não pode deixar de agradecer o apoio do Oeiras Parque e do
CIAPS que disponibilizaram os seus espaços
para receber os nossos
trabalhos, assim como
a EMAC que ofereceu o
beberete da inauguração
da exposição de Cascais
e os SMAS de Sintra que,
uma vez mais, cederam
gentilmente os expositores onde as fotografias
estiveram expostas em
ambas as exposições.
Algumas
personalidades presentes
na Pedra do Sal
22
Previsões para Setembro
Carneiro
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 11
Carta do Mês: 10 de Paus, que significa
Sucessos Temporários, Ilusão.
Amor: Avalie os prós e os contras de uma
relação que se mostra saturada. Não se deixe
manipular pelos seus próprios pensamentos!
Saúde: Relaxe. Deixe as coisas fluírem natural­
mente.
Dinheiro: Possíveis mudanças no sector pro­
fissio­nal.
Número da Sorte: 32
Touro
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 12
Carta do Mês: O Mágico, que significa
Habilidade. Amor: Uma crise conjugal
poderá fazer com que a sua relação seja
reforçada. Domine a sua agitação, permaneça
sereno e verá que tudo lhe sai bem!
Saúde: período marcado pela alegria e boa
disposição.
Dinheiro: Concentre-se nos planos que traçou
para este mês. Caso contrário corre o risco de
prejudicar o bom desempenho do seu trabalho.
Número da Sorte: 1
Gémeos
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 13
Carta do Mês: O Louco, que significa
Excentricidade.
Amor: Se desconfia de algo, fale aberta­
mente sobre as suas dúvidas com a pessoa que
tem a seu lado. Não perca o contacto com as
coisas mais simples da vida.
Saúde: Imponha um pouco mais de disciplina
alimentar a si próprio.
Dinheiro: Deve ter mais atenção com a forma
como gere as suas economias.
Número da Sorte: 22
Caranguejo
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 14
Carta do Mês: Rei de Ouros, que significa
Inteligente, Prático.
Amor: Prepare um jantar romântico com a
sua cara-metade e desfrute cada momento que
estejam juntos. Que o Amor e a Felicidade sejam
uma constante na sua vida! Saúde: Proteja o seu
sistema imunitário através daquilo que come.
Dinheiro: Iniciará um momento de viragem na
sua vida profissional, imponha as suas ideias e
faça com que as respeitem.
Número da Sorte: 78
Leão
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 15
Carta do Mês: Rainha de Copas, que signi­
fica Amiga Sincera. Amor: Deixe que a sua
cara-metade tenha uma palavra a dar na
forma como a vossa relação se tem desenvolvido.
Seja menos autoritário. Que a leveza de espíri­to
seja uma constante na sua vida! Saúde: Psicologica­
mente, estará um pouco instável. Não acumule
dentro de si tantas preocupações. Dinheiro:
Trabalhe com determinação e afinco mas de forma
que não prejudique o seu bem-estar. Não seja tão
obcecado pela perfeição. Número da Sorte: 49
Virgem
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 16
Carta do Mês: 4 de Paus, que significa
Ocasião Inesperada, Amizade.
Amor: A sua cara-metade poderá dar-lhe
uma notícia muito agradável. A vida é uma
surpresa, divirta-se!
Saúde: Aproveite o tempo livre e vá dar um
passeio ao fim do dia. O contacto com a Natureza
fará com que se sinta revigorado.
Dinheiro: Dedique mais tempo ao descanso e
não pense tanto nos problemas profissionais.
Lembre-se que amanhã é um novo dia.
Número da Sorte: 26
24 Agosto 2010
Balança
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 17
Carta do Mês: 8 de Paus, que significa
Rapidez.
Amor: Evite as discussões com alguém que
lhe é muito querido. Agora é tempo para desen­
volver a paciência e a vontade de partilhar.
Saúde: Previna-se contra gripes.
Dinheiro: Dê mais valor ao seu trabalho, e só
terá a ganhar com isso.
Número da Sorte: 30
Escorpião
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 18
Carta do Mês: A Força, que significa Força,
Domínio.
Amor: Os seus amigos vão dar-lhe toda a
atenção de que precisa. Cultive o relacionamento
interpessoal e verá que obterá benefícios.
Saúde: Perigo de fracturas. Atenção a degraus.
Dinheiro: Uma actividade extra poderá
estabilizar as suas finanças.
Número da Sorte: 11
Sagitário
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 19
Carta do Mês: 9 de Espadas, que significa
Mau Pressentimento, Angústia. Amor: É
possível que sofra uma desilusão. Convide
os seus amigos para sair, espaireça, não fique em
casa. Trate-se com amor! Saúde: poderá cometer
um pequeno excesso de vez em quando. Não
se prive sempre das delícias de que mais gosta.
Satisfaça a sua gula, desde que seja com conta,
peso e medida. Dinheiro: Esqueça as tristezas
dedicando-se no trabalho. Mãos à obra, tem
muito trabalho pela frente.
Número da Sorte: 59
Capricórnio
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 20
Carta do Mês: 2 de Espadas, que significa
Afeição, Falsidade.
Amor: Viva romanticamente e demonstre
à pessoa amada que pode acreditar nas suas
intenções. Que a alegria de viver esteja sempre
na sua vida!
Saúde: Aproveite ao máximo a vitalidade que
sentirá nestes dias.
Dinheiro: Poderá ser-lhe atribuída uma tarefa
de grande responsabilidade.
Número da Sorte: 52
Aquário
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 21
Carta do Mês: A Roda da Fortuna, que si­
gnifica que a sua sorte está em movi­men­to.
Amor: Demonstre ao máximo o seu
romantismo, deixe-se conduzir pela intuição.
Permita-se a si próprio a visão da alegria e sintaa diariamente.
Saúde: Em vez de ter pensamentos negativos,
consulte o seu médico e seja mais optimista.
Dinheiro: Seja astuto e conseguirá aquela promo­
ção que deseja.
Número da Sorte: 10
Peixes
Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 22
Carta do Mês: Valete de Espadas, que
significa Vigilante e Atento.
Amor: Evite uma relação amorosa que já
não o faça feliz. O seu bem-estar depende da
forma como encara os problemas.
Saúde: Alguns problemas familiares poderão
fazer com que se sinta triste. Cuide da sua saúde.
Não é uma questão de querer, é um dever.
Dinheiro: Deverá evitar ter problemas com
identidades bancárias.
Número da Sorte: 61
P r o v é r b i o s
- Agosto tem a culpa, e Setembro leva a fruta.
- Em Setembro, ardem os montes, secam-se as fontes.
- Todo o burro come palha, é preciso é saber dar-lha.
- O casamento e a mortalha no céu se talha.
95º ANIVERSÁRIO DA FREGUESIA DO ESTORIL
18 DE SETEMBRO DE 2010 – PROGRAMA
4/Setembro
18h – Inauguração da exposição e venda de quadros na Junta de
Freguesia. A receita das vendas dos quadros reverterá para
Instituições de Solidariedade Social da Freguesia do Estoril.
18:30h – Concerto de Música Coral pelo Grupo
“Coral Vozes do Estoril”
19h – Beberete
18/Setembro
18:30h – Apresentação do Livro “A Toponímia do Estoril”
19:30h – Jantar de Aniversário
Rua de Santa Rita, 45 • 2765-281 ESTORIL
Tel.: 21 464 61 40/8 • Fax: 21 464 61 49
Arte & Sol
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para Homem e Senhora
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Sintra
24 Agosto 2010
23
De 18 a 26 de Setembro
Sintra recebe festas
de Nª Sr.ª do Cabo Espichel
É já muito antigo o culto a Nª Sr.ª do
Cabo Espichel. Existem documentos
que dão conta da sua existência no sé­
culo XIII, mas foi a partir de 1410, quan­
do um saloio de Alcabideche e uma
idosa da Caparica, atraídos por uma
luz intensa, se deslocaram ao Cabo
Espichel, onde Nossa Senhora lhes terá
aparecido montada num jumentinho,
que o culto se revitalizou e ganhou ex­
pressão tal que, em 1414, o rei D. João I
decidiu doar aqueles terrenos para re­
ceber os inúmeros peregrinos que ali se
dirigiam. A devoção a Nª Sr.ª do Cabo
Espichel cresceu rapidamente e esteve
na origem da edificação, naquele local,
de uma ermida em sua honra.
Do século XIII até aos dias de hoje o cul­
to a Nossa Senhora do Cabo Espichel
passou por várias fases e tem-se adap­
tado à mudança de hábitos e gostos
das populações. A pouca expressão
que tinha no século XIII, o seu renasci­
mento dois séculos mais tarde e a insti­
tuição da Confraria de Nossa Senhora
do Cabo Espichel e a criação do Giro
Saloio, foram algumas das mudanças
que o culto sofreu, não na essência, a
devoção a Maria, mas na forma como
essa devoção se manifesta. Se era di­
fícil, na época, a deslocação dos fiéis
ao Cabo Espichel, seria então Nossa
Senhora que iria ao encontro dos fiéis.
Foi assim que nasceu o Giro Saloio, que
inicialmente percorria 30 freguesias da
margem norte do rio Tejo, número esse
que está agora reduzido a 26.
Estas festas transformaram-se rapida­
mente em momentos de grande emoção
e significado para as populações visita­
das pela imagem da Virgem, ganhando
uma dimensão e um esplendor cada vez
maiores e transformando-se num dos
mais importantes acontecimentos festi­
vos em cada uma dessas freguesias.
No concelho de Sintra, designadamente
nas freguesias de Almargem do Bispo,
Belas, Montelavar, Rio de Mouro, Santa
Maria e S. Miguel, S. João das Lampas,
S. Martinho, S. Pedro de Penaferrim e
Terrugem, as festas em honra de Nª Sr.ª
do Cabo, são vividas sempre com uma
enorme emoção em que as lágrimas de
alegria se misturam com as da saudade.
São talvez a festas que melhor harmo­
nizam o sagrado com o profano e que
mais tocam o coração do
povo.
Este ano, a Freguesia de
Sintra (Santa Maria e S.
Miguel), a exemplo de
anos anteriores, vai orga­
nizar estas festas com
gran­de dignidade. O mo­
mento mais espectacular e
faustoso e também o mais
comovente, será a chega­
da da imagem e o desfile
do Círio que a levará até
à Igreja co-Paroquial de S.
Miguel. É uma cerimónia
que é sempre seguida com
Culto é festejado anualmente em freguesias diferentes
muita emoção por muitos
milhares de pessoas ao
longo de todo o percurso.
Haverá também um ar­
raial, cerimónias religio­
sas e culturais, desfiles,
es­pectáculos
musicais,
ex­po­sições, etc. Para além Festas remontam ao século XIII
do Círio, os momentos al­
tos serão certamente a missa campal ce­
lebrada por D. José Policarpo, Cardeal
Patriarca de Lisboa, e transmitida pela
TVI, o VI Cortejo Regional de Sintra, o
III Desfile de «Veículos com História no
Centro Histórico de Sintra», o Festival
de Folclore Saloio e os vários espectácu­
los musicais. Todos os dias será celebra­
da a Eucaristia na Igreja co-Paroquial de
S. Miguel, antecedida de um momento
cultural. Haverá ainda uma procissão
das velas entre as Igrejas de S. Miguel
e Santa Maria.
O arraial e os espectáculos musicais
decorrerão nos terrenos anexos à Igreja
de S. Miguel e em parte da Quinta de
Santo António, gentilmente cedida pe­
los seus proprietários, para a realização
destas festas. Espera a Comissão das
Festas presidida por Guilherme Duarte
“uma grande adesão da população de Sintra
e das localidades vizinhas” e entre o Círio,
os desfiles, o arraial os espectáculos, e
cerimónias religiosas estimam que “várias dezenas de milhar de pessoas assistirão
às festas ao longo dos onze dias que estas
duram”.
Desfile é o momento alto das festas
Menção ainda para os membros da
Comissão de Festas, composta por mais teve o apoio da Câmara Municipal de
de três dezenas de pessoas e algumas Sintra, que as reconheceu como «Festas
dezenas de colaboradores que, de há de Sintra», da Junta de Freguesia de
cinco anos a esta parte, têm vindo a Sintra (Santa Maria e S. Miguel) e da
trabalhar empenhadamente para que Paróquia, esperando agora ter também
estas festividades sejam um sucesso. o apoio da população pois é para ela
De salientar que a Comissão das Festas que a comissão tem vindo a trabalhar.
Vinho de Colares em exposição
A Câmara Municipal de Sintra tem patente até 10 de Outubro a exposição
«O Vinho de Colares» 2010, na Adega Visconde de Salreu, em Colares com o
objectivo de recordar o papel de excelência dos vinhos da centenária Região
Demarcada de Colares como motor de desenvolvimento económico-social
da região, assim como a importância deste legado cultural e patrimonial na
promoção do Concelho de Sintra.
Para além de ser uma homenagem à actividade vinícola local, a reabertura da
Adega Visconde de Salreu é mais um importante passo para a integração do Vinho
de Colares nas potencialidades turísticas de Sintra a desenvolver.
Pretende-se implementar um plano de acções, a concretizar a curto e médio prazo,
com vista à criação, divulgação e promoção de um produto turístico de elevada
qualidade que fomente a descoberta e interpretação da Cultura do Vinho nesta re­
gião. No Dia Europeu do Enoturismo, comemorado a 14 de Novembro, realizamse percursos pedestres e em bicicleta na região vinícola de Colares, com o intuito
do desenvolvimento na região de um conceito de enoturismo sustentável e que
contará com a cooperação dos intervenientes vitivinícolas e turísticos locais.
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31.º Aniversário do
município da
Design: [email protected] - CMA/GIRP/GDC- Setembro 2010 - PROGRAMA
SUJEITO A ALTERAÇÕES SEM AVISO PRÉVIO -
www.cm-amadora.pt
11 de Setembro de 2010
Câmara Municipal da
Amadora
apoio:
dança
Quórum Ballet
concerto
“Relações”
Pontos Negros
e Corvos
Recreios da Amadora
21h30 - 9 e 10 de Setembro
Parque Central
22h00 - 17 de Setembro
concerto
concerto
concerto
Mr. Smith
Recreios da Amadora
21h30 - 24 de Setembro
concerto
Ciganos de Ouro
Deolinda
Cristina Nóbrega
Recreios da Amadora
21h30 - 11 de Setembro
Parque Central
22h00 - 18 de Setembro
Recreios da Amadora
21h30 - 25 de Setembro
Feira do Livro e Feirarte - Parque Delfim Guimarães - 17 Setembro a 5 Outubro
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Agosto - Jornal o Correio da Linha