AGOSTO 2010 Ano XXII • Nº 257 Acordos com: ADVANCECARE - MEDIS - MULTICARE - ADM OEIRAS: 21 442 51 00 OEIRAS 2: 21 442 79 44 (M. Antas) Paço d’Arcos: 21 442 27 17 Director: Paulo Pimenta Preço 1.25 e (IVA incluido) Joaquim Raposo, Presidente da CM Amadora “O meu projecto não se esgota em um, dois ou três mandatos está em mutação constante” Páginas Centrais Paço de Arcos realiza festas em honra do Sr. Jesus dos Navegantes Destaques • Quim Pereira “Deixei de jogar râguebi federado perto dos 50 anos” Páginas 4 e 5 • J osé Paz Um homem das 1001 profissões Páginas 14 e 15 Queluz recebeu milhares de visitantes na Feira Setecentista Páginas 6 e 7 Junta de Freguesia do Estoril comemora 95.º aniversário Páginas 16 e 17 Travessia Bessone Bastos tem recorde de atletas Páginas 20 e 21 Restaurante A PETISQUEIRA DO GOULD “Cozinha Portuguesa” • Sangria de Espumante • Sopa Rica de Peixe c/ Marisco • Arrozada de Grelos c/ Línguas de Bacalhau • Posta Mirandeza à Gould • Perdiz à Vilão • Bolo de Chocolate c/ Gelado Sábados, só serve jantares. Encerra ao Domingo Página 19 Rua Costa Pinto, 93 - Tel./Fax. 21 443 33 76 2770-213 PAÇO DE ARCOS GPS: 9º 17´32´´ W 38º 41 42,5N Actual 24 Agosto 2010 Oeiras investe 16 milhões em duas novas escolas Decorrem a bom ritmo as obras de construção das novas escolas de Porto Salvo e Algés, dois equipamentos público-pri vados que irão custar 16 milhões de euros aos cofres da Câmara Municipal de Oeiras (CMO). O presidente da autarquia oeirense, Isaltino Morais, convidou a comunicação social para visitar os dois equipamentos, que nos últimos meses têm vindo a crescer a olhos vistos. De tal forma que, pelo menos a escola de Porto Salvo, deverá estar concluída já no próximo mês de Outubro. A visita começou precisamente pela Escola Básica 1/Jardim de Infância de Porto Salvo onde irão funcionar 16 turmas do 1º ciclo (384 alunos) e três salas de pré-escolar (75 crianças). A construção deste equipamento está orçada em 8,5 milhões de euros e, entre outras mais-valias, vai permitir à autarquia triplicar o número de vagas de pré-escolar da rede pública da freguesia de Porto Salvo. Recorde-se que esta é a freguesia do concelho que apresenta menor taxa de cobertura de pré-escolar, resumindo-se a oferta a apenas três salas de actividades na EB1/JI Pedro Álvares Cabral. Com a entrada em funcionamento da nova Escola Básica 1/Jardim de Infância de Porto Salvo, em conjunto com a instalação na nova EB1/JI Custódia Marques de três salas de pré-escolar com capacidade para 75 crianças, irá permitir um reordenamento integral da rede educativa da freguesia de Porto Salvo, que passará a dispor de 225 vagas na rede pública de pré-escolar. Por outro lado, com a entrada em funcionamento desta nova escola serão desactivadas a Escola Básica 1 José Canas, em Vila Fria, a José Matias, na Ribeira da Lage, e a Firmino Rebelo, em Porto Salvo, todas elas a funcionar actual- Isaltino acompanhou os trabalhos em Porto Salvo… mente em edifícios sem potencial de requalificação. Entende a autarquia que a concentração dos cerca de 330 alunos destas escolas num único equipamento escolar, mais moderno e funcional, permitirá a constituição de turmas de um modo mais equilibrado proporcionando, por isso, melhores condições de aprendizagem. Também a freguesia de Algés passará, em breve, a dispor de um novo equipamento educativo: a Escola Básica 1/Jardim de Infância do Alto de Algés, obra orçada em 7,3 milhões de euros. Esta nova escola terá capacidade para acolher 384 crianças distribuídas por 16 turmas do 1º ciclo, mais 75 crianças em idade pré-escolar. Também aqui o número de vagas do pré-escolar aumentará consideravelmente, no caso 75 por cento mais. À semelhança do que irá acontecer com outros equipamentos em Porto Salvo, também em Algés será desactivada uma escola, no caso a EB1 Sofia de Carvalho, actualmente frequentada por mais de 350 alunos, população escolar considerada excessiva no actual equipamento para os actuais padrões de educação. No final da visita, Isaltino Morais lembrou aos jornalistas que “em 2006 fizemos um diagnóstico dos equipamentos escolares do concelho que, de facto, não estava muito adequado aos padrões de qualidade de Oeiras. No último mandato fizemos um esforço para inverter essa situação, intervindo praticamente em todas as 37 escolas do concelho. No total, houve intervenções significativas em 27 escolas, mudou-se todo o mobiliário das escolas do concelho, o que se traduziu em melhorias extraordinárias”, recorda. O autarca lembrou depois uma frase que marcou o seu último mandato: “Dizíamos que queríamos fazer em Oeiras as melhores escolas do país e muita gente duvidava dessa nossa meta mas entendo que temos de ser ambiciosos e definir objectivos difíceis mas que para nós mesmos constituam um desafio. Estas duas escolas são a prova de que falávamos verdade”, opinou: “Num período de oito anos, os últimos quatro e os próximos quatro, conseguimos fazer uma revolução ao nível dos equipamentos educativos do concelho”, concluiu. O Arquitecto Viana Antunes é o respon sável pela autoria dos dois projectos que O Correio da Linha visitou no passado dia 17 de Agosto, os primeiros dois de cinco equipamentos que englo bam o projecto educativo da CMO para os próximos anos, que inclui também a construção as escolas EB1/JI Custódia Marques, em Porto Salvo, a EB1 Gomes Freire de Andrade, em Oeiras, e a EB1/NI de Linda-a-Velha. As duas primeiras já têm concluídos os projectos de arquitectura e o projec to de execução enquanto a terceira encontra-se em fase de lançamento do concurso para a sua construção. … e na nova escola de Algés Paço de Arcos 24 Agosto 2010 Paço de Artes organiza Bienal A Paço de Artes – Associação dos Artistas Plásticos de Paço de Arcos organiza de 30 de Outubro a 14 de Novembro uma exposição bienal de pintura, desenho, escultura e fotografia, inédita na freguesia de Paço de Arcos. Há mais de dez anos que a Paço de Artes lutava por conseguir organizar um certame desta grandeza. Ao todo, serão 40 os artistas convidados para expor nesta bienal, que estará patente, em simultâneo, em quatro locais da freguesia: Salão Nobre da Paço de Artes, Salão Nobre do Clube Desportivo de Paço de Arcos, Salão Nobre dos Bombeiros de Paço de Arcos e Oeiras Parque. As obras serão distribuídas pelos quatro locais de acordo com o espaço disponível nos mesmos mas também consoante os artistas, sendo que os trabalhos de cada artista ficarão sempre agrupados. No Salão Nobre da Paço de Artes irão ficar expostos pouco mais de 30 trabalhos, número em tudo semelhante ao do Salão Nobre do CDPA. O Oeiras Parque irá receber cerca de 20 trabalhos e os restantes serão expostos no Salão Nobre dos Bombeiros que, por ser o espaço maior, será onde irão ficar patentes cerca de 80 trabalhos. Em exclusivo ao jornal O Correio da Linha, o Presidente da Paço de Artes, Barral Correia, salientou que “este é um certame com uma dimensão e uma qualidade que se traduzem numa mais-valia para a vila, não só em termos culturais como até turísticos. Vila Nova de Cerveira, por exemplo, é hoje em dia mais conhecida devido à sua bienal, e o mesmo pode acontecer com Paço de Arcos”, salienta. cento. Além de ser um dos patrocinadores, Com esta bienal, diz Barral Correia, tem-se revelado uma parte muito interessa“queremos fundamentalmente divulgar as da no projecto que irá dar, por certo, grande artes plásticas, divulgar os artistas da Paço visibilidade à freguesia de Paço de Arcos. de Artes, os individuais e os de outras as- Importa, no entanto, dizer que temos vivisociações que colaboram connosco. Somos do dias de grande sufoco a nível financeiro a única associação de artes plásticas devi- porque os orçamentos já foram aprovados damente legalizada do concelho de Oeiras e mas, até à data, os subsídios atribuídos pela queremos dar a conhecer o nosso trabalho, CMO, pela JF Paço Arcos e pelos SMAS os projectos que já fizemos e que poderemos de Oeiras e Amadora ainda não chegaram, vir a fazer”, adianta. o que complica a nossa tarefa porque temos Dez dos dezasseis anos de existência gasto o pouco dinheiro da associação”, lemda Paço de Artes foram passados a lu- bram. tar pela realização desta bienal, sonho Com o intuito de dar visibilidade e que está prestes a ser concretizado: “Há qualidade ao evento mas também de muito que queríamos organizar uma expo- assegurar o apoio logístico e financeisição que fugisse aos parâmetros e à dimen- ro da Junta de Freguesia, da Câmara são do que é organizado regularmente mas, Municipal de Oeiras e dos SMAS de por diversas razões, nunca foi possível levar Oeiras e Amadora, a Paço de Artes viuesse projecto avante. A verdade é que tam- se na contingência de abrir a exposição bém nunca houve um projecto devidamente a artistas plásticos que não fazem parte fundamentado para apresentar às entidades da Associação. Do lote de artistas cone aos responsáveis superintendentes para que estes nos pudessem ajudar”, refere. Todavia, tudo mudou com a chegada de Nuno Campilho à presidência da Junta de Freguesia de Paço de Arcos: “Tivemos uma reunião com o Presidente da Junta e falámos-lhe da ideia de organizarmos uma bienal. Ele achou a ideia interessante e nós vimos aí uma janela de oportunidade de termos algumas possibilidades Nuno Campilho e Isaltino Morais com Barral Correia de organizar. Criámos um projecto sólido para apresentar à Junta, de forma a podermos obter algumas verbas que permitissem a realização da bienal”, explica Vítor Martinez, Vice-Presidente da Paço de Artes. No final de 2009, já depois das eleições autárquicas, a Paço de Artes teve uma segunda reunião com Nuno Campilho “e fomos desafiados a levar para a frente o projecto da bienal. Como nunca fizemos algo do género apontámos para um ano o tempo que levaria a estar pronto a exposição. Quisemos que esta primeira bienal fosse destinada apenas a artistas convidados sendo que, dentro de dois anos, pretendemos que as inscrições sejam abertas a qualquer pessoa”, adianta o Vice-presidente. Para as entidades apoiantes, os responsáveis da Paço de Artes só têm palavras de agradecimento pelo empenho e voluntarismo que têm empregue para que este sonho se torne realidade: “A Junta de Freguesia tem-nos apoiado a 500 por Vítor Martinez e Barral Correia vidados fazem parte nomes como Vítor Lages, Luís Vieira-Baptista, Serrão de Faria, Magnus Monserrate, Mariola, Eunice Maia ou Fernanda Neves, entre outros: “Pensávamos que alguns cabeças de cartaz recusassem o nosso convite mas, ao invés, não só aceitaram todos como ainda nos incentivaram e se mostraram muito entusiasmados, há até quem já tenha os trabalhos todos feitos”, adianta Vítor Martinez. Cada artista plástico apresentará um máximo de cinco obras, participando nesta bienal artistas em nome individual mas também da Paço de Artes e de três associações convidadas (Artiset de Setúbal, Aquartis da Amadora e Associação GART de Vila Franca). A Associação Empresarial e Comercial dos Concelhos de Oeiras e Amadora (ACECOA) Paço de Artes já promoveu dezenas de exposições vai promover, em parceria com a Câmara Municipal de Oeiras, uma Mostra Gastronómica na Rua Costa Pinto, em Paço de Arcos, no dia 25 de Setembro, com início pelas 13 horas e encerramento às 23 horas do mesmo dia. • Revendedor de Gaz BP • Diverso material escolar • Livros e revistas • Pagamento payshop e recarregamento de telemóveis • Brindes para oferta Rua António Aleixo, 2-B • 2770-015 PAÇO DE ARCOS Tel./Fax: 21 443 51 70 Paço de Arcos • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J.R. e Q.P. 24 Agosto 2010 Quim Pereira “Deixei de jogar râguebi federado quando tinha praticamente 50 anos” Quim Pereira residente em Paço de Arcos é, ainda hoje, um dos nomes maiores do râguebi nacional, modalidade que abraçou nos tempos da faculdade e que abandonou quando contava já 55 anos. Internacional por inúmeras vezes, vestiu a camisola das quinas pela última vez quando já contava quase 47 anos, enveredando depois pelo triatlo onde chegou a participar nos Campeonatos Europeus de Veteranos. Depois de muitos anos a dar aulas de Educação Física no Colégio Vasco da Gama, em Rio de Mouro, Quim Pereira pertence agora ao Conselho de Administração daquela instituição, onde continua a ir com regularidade para passar os seus ensinamentos aos mais novos. O Correio da Linha (C.L.) - Quem é o Professor Quim Pereira? Quim Pereira (Q.P.) - Sou uma pessoa que nasceu em Vila Nova de Ourém em 1937. Estudei lá até à quarta classe, altura em que os meus pais me mandaram, a mim e aos meus irmãos, para um colégio interno onde fizemos todo o liceu, do primeiro ao sétimo ano. O meu pai gostava que eu tirasse o curso de Direito e fui para Coimbra, onde descobri a minha paixão pelo râguebi. Foi lá que eu e o meu irmão Zé começámos a jogar râguebi e logo no meu primeiro ano fui convocado para a selecção nacional como aposta de futuro. C.L. - O que o levou a querer jogar râguebi no período que esteve em Coimbra? Q.P. - Foi o facto de ser um aventureiro e um desportista. Quando fui estudar para Coimbra nunca tinha visto uma bola de râguebi mas depois fui para uma residência de estudantes onde estavam vários jogadores e quando eles me viram a mim e ao meu irmão convidaram-nos porque éramos altos e encorpados. Gostei imenso de jogar em Coimbra, fiz grandes amizades. Estive lá durante dois anos mas acabei por abandonar o curso porque sentia que não era aquela a minha vocação. C.L. - Como reagiu o seu pai a essa desistência? Q.P. - Acabou por compreender e deixar que eu fosse para o curso que queria, que era Educação Física. O meu pai era um homem de negócios pelo que, falarlhe em ginástica, em «pinos» e «cambalhotas» fazia-lhe uma certa confusão. Mas tinha um amigo, o Sérgio Ribeiro, que influenciou o meu pai para me deixar vir para o INEF (actual Faculdade Triatlo de Almodôvar em Junho de 88 casa dos cacetes Restaurante • Pastelaria aos 47 anos e sou o atleta que mais anos jogou na selecção nacional em termos de longevidade. Actualmente disputam-se muito mais jogos porque os campeonatos internacionais sofreram bastantes alterações. Hoje os jogadores têm jogos praticamente o ano inteiro, pelo que os atletas ultrapassam facilmente as internacionalizações anteriores. C.L. - Com que idade se afastou dos relvados? Q.P. - Fiz o último jogo pela selecção nacional aos 47 anos contra a Espanha, sempre me senti bem e em condições físicas e psicológicas para continuar a carreira. Com 48 anos, fui convidado pelo Professor Olegário Borges para voltar ao Belenenses porque ele precisava de um pilar esquerdo e como eu ti- Quim Pereira mostrou alguns dos ex-colegas de equipa nha uma paixão enorme pelo jogo aceitei o convite para jogar mais um ano e voltar ao Belenenses. Acabei por fazer um campeonato inteiro com 48 anos, e mais meio campeonato com 49 e olhe que não andava lá a coxear ou a brincar! Deixei de jogar râguebi federado quando tinha praticamente 50 anos. C.L. - Nessa altura não pensou em tornar-se treinador ou dirigente? Q.P. – Fui treinador em vários escalões. Comecei por treinar os infantis e iniciados do CDUL e, posteriormente, continuando com o trabalho dos iniciados e infantis, consegui organizar uma excelente equipa de juvenis. Nessa altura, treinava também os juniores do CDUL, com quem ganhei vários campeonatos nacionais e, em dias diferentes, treinava a equipa sénior do CDUL com um gran- Aberto todos os dias ao almoço das 12 às 15.30h Único fabricante dos afamados cacetes (especialidade) de Motricidade Humana). Quando vim para Lisboa fui assediado para jogar no Belenenses mas como queria evoluir na carreira mudei-me, dois anos depois, para o CDUL, apesar de considerar o Belenenses uma equipa muito simpática, com excelentes jogadores, e que ultimamente tem feito campeonatos muito bons. É um clube com quem simpatizo bastante e onde fiz grandes amizades. C.L. - Quando saiu de Coimbra, veio para Lisboa? Q.P. - Não, entretanto fui mobilizado para Angola, para fazer o serviço militar. Estive dois meses em Sá da Bandeira (actual Huíla) e depois fui para Cabinda durante dois anos, gostei bastante de lá ter estado porque era um sítio ainda bastante sossegado. Entretanto voltei a Portugal e entrei no INEF, tendo sido ali que acabei por concluir o curso de professor de Educação Física. Depois fiz um estágio já a trabalhar no Colégio Vasco da Gama, onde ainda estou, já lá vão 42 anos. C.L. – Entretanto jogou no Bele nenses e depois passou para o CDUL... Q.P. - ...Onde estive cerca de 25 anos e onde conheci o Enge nheiro Pinto Magalhães, figura muito conhecida e de grande prestígio no râguebi nacional, que foi o melhor treinador que tive na minha carreira e a quem presto homenagem pela forma como me influenciou. Aliás, há quatro pessoas que marcaram a minha vida: os meus pais, o Engenheiro Pinto Magalhães e o Dr. João Nabais [fundador do Colégio Vasco da Gama] que sempre foi uma pessoa que me apoiou muito. C.L. - O râguebi nunca atrapalhou o seu trabalho como professor? Q.P. – Não, porque a maioria dos jogos era feita em período de férias, particularmente na Páscoa e Carnaval, embora muitas vezes tenha saído em pleno período de aulas. Nesses casos, procurava colmatar essas situações para não deixar os meus alunos sem as aulas. C.L. - Quantas vezes representou a selecção nacional? Q.P. – Joguei na equipa portuguesa até Especialidades • Bacalhau à Lagareiro • Cozido à Portuguesa • Bacalhau com Natas Pezinhos de Coentrada • Doces Caseiros Rua Costa Pinto, 111 2780-582 paço de arcos Tel.: 21 442 00 45 Avenida Patrão Joaquim Lopes – 4 2770-134 Paço de Arcos Tels.: 214 432 039 214 413 634 Paço de Arcos 24 Agosto 2010 O atleta jogou federado quase até aos 50 anos de apoio do Professor José Cordevil. A convite do Engenheiro Pedro Lynce, colaborei também nos treinos da Selecção Nacional sénior e de esperanças. Mas como aquilo que eu realmente gostava era de jogar deixei o cargo de seleccionador para ser novamente jogador. Foi uma satisfação para mim ter a oportunidade de posteriormente jogar com antigos alunos do Colégio que foram jogadores de grande qualidade, caso do João Pinto Magalhães, do Carlos Moita ou do Domingos Megre. C.L. - Quando se retirou do râguebi deixou de praticar desporto? Q.P. - Não, depois do râguebi comecei a fazer triatlo. Durante um ano não quis ver mais râguebi à minha frente e, em conversa com o meu amigo Cunha Reis, fui convidado a experimentar o triatlo porque nadava bem e estava habituado a correr e a ter bastante resistência física. Entrei para o escalão de veteranos mas competia com pessoas de todas as idades e nunca fui o último. C.L. - Em que clube competia? Q.P. - Foi num clube que nós criamos chamado «Picanço Rosete». Recordome que, para treinar, ia muitas vezes do Colégio [Rio de Mouro] até à Ericeira, onde o Dr. Nabais tinha uma casa, e quando nos cruzávamos fazia-me sempre um sinal de cumprimento. Também participei em algumas provas de triatlo aqui no concelho de Oeiras. C.L. - Durante quanto tempo fez triatlo? Q.P. - Dos 50 aos 58! Adorei fazer triatlo e houve mesmo alturas em que lamentei não ter descoberto aquele desporto mais cedo. Cheguei a ser internacional (masters) e a participar no Campeonato da Europa de Veteranos, Hoje costumo fazer, aos domingos, fazer uns largos quilómetros de bicicleta e de natação. C.L. - Actualmente com 72 anos, continua a desenvolver algum tipo de manutenção física? Q.P. - Vou três/quatros vezes ao ginásio por semana. Depois de ter feito triatlo estive numa equipa de veteranos de râguebi como pretexto para conviver e fazer alguns jogos. Isto permitiu-nos organizar e participar em torneios em países como Macau, Hong Kong, Argentina, Rússia, Itália, Inglaterra, França e Espanha. Num desses jogos de veteranos, em Mondragon, Espanha, tive uma lesão complicada que me afastou definitivamente dos jogos de veteranos com grande mágoa. Entretanto, tive que deixar de dar aulas e fiquei na escola como membro da Administração do Colégio Vasco da Gama, sem abandonar a relação tanto com os alunos como com os pais, além de outros trabalhos. C.L. - Gostava de ter pertencido à actual geração de jogadores de râguebi? Q.P. - Adorava, aliás eu costumo dizer em jeito de brincadeira que se voltasse a ter os meus 38/39 anos seria o pilar esquerdo da selecção nacional ou, pelo menos, seria um suplente à altura. Por vezes até brincava com o Tomás Morais [actual seleccionador nacional] que se eu tivesse menos 30 anos aquele lugar seria meu e ele achava piada. [risos] C.L. - Há algum jogador nacional que aprecie particularmente? Q.P. - Há vários, gosto muito do Vasco Uva, que é um terceira linha de grande categoria. Dos mais antigos, admiro também o Carlos Nobre, o Raul Martins, assim como o António Cardoso Pinto e o Bernardo Marques Pinto que apesar da sua juventude já não está entre nós. Muitos outros grandes jogadores haveria para citar. No meu caso, tinha e tenho uma enorme paixão pela modalidade e acredito que fui alguém que deu bastante ao râguebi. Joguei praticamente em todos os lugares do pack avançado, até fui ponta internacional contra a Roménia mas, para mim, o lugar onde mais gostei de jogar foi como pilar apesar de não ter as características físicas de um pilar mas compensava com rapidez e com uma grande condição física como hoje vejo nos jogos actuais. Ganhei 13 campeonatos nacionais e várias taças de Portugal e ganhei duas vezes o Torneio Ibérico. Das homenagens com que foi distinguido, o prémio que mais me orgulho de ter recebido foi a medalha de FairPlay do Comité Olímpico Português. Além disso, pertenço, juntamente com mais 14 ex-jogadores de râguebi, à ConfraRubia, uma confraria onde o elemento mais antigo tem 96 anos de idade. C.L. - Como define o râguebi? Q.P. - É um desporto com uma filosofia muito própria. É altamente educativo e desenvolve o espírito de grupo, a grande amizade e coragem e desenvolve psicologicamente e fisicamente os seus praticantes. Hoje em dia há milhares de miúdos a praticar râguebi. É uma das modalidades que mais se tem desenvolvido em Portugal nos últimos anos e esta zona da Linha de Cascais tem demonstrado um grande potencial para o desporto, e concretamente para o râguebi. C.L. - Como é o seu dia-a-dia actualmente? Q.P. - Deixei o desporto e as aulas mas, apesar de já estar reformado, continuo a ir ao Colégio todos os dias onde faço um pouco de tudo. Estou por ali, geralmente, entre as 10h00 e as 18h00 e por lá fico a falar tanto com os alunos como com os pais ou a ajudar em alguma coisa que seja necessária. C.L. - Há quanto tempo está ligado a Paço de Arcos? Q.P. – Desde que vim para Lisboa que sempre estive ligado a esta zona, nomeadamente a Caxias, Algés e Paço de Arcos. Fui para Caxias quando ainda era solteiro e voltei quando casei. De Caxias fui morar para Algés, junto do Palácio Anjos, e daí mudei-me mais tarde para Paço de Arcos, onde estou há 18 anos. Gosto muito do sítio onde vivo, é sossegado e arranjado, da minha casa Quim Pereira, um desportista nato tenho uma vista formidável para o mar e apanho uns óptimos banhos de sol, embora para mim o local mais bonito de Paço de Arcos seja a zona histórica e o jardim. Quim Pereira com a camisola do CDUL vai travar uma jogada de um jogador do Belenenses Acordos com: ADVANCECARE - MEDIS - MULTICARE - ADM SEDE - OEIRAS Rua João Teixeira Simões, n.º 3 2780-254 Oeiras Tel. 21 442 51 00 Fax. 21 442 14 53 Email: [email protected] FILIAL 1 Rua Costa Pinto, n.º 97 2770-213 Paço d´Arcos Tel. 21 442 27 17 Fax. 21 446 29 24 Email: [email protected] www.ofetal.pt FILIAL 2 Rua Dr. Francisco Sá Carneiro, n.º 5 A 2780-241 Oeiras Tel. 21 442 79 44 Fax. 21 442 79 46 Email: [email protected] Paço de Arcos 24 Agosto 2010 • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J.R. e J.F.P.A. Paço de Arcos realiza festas em honra ao Senhor Jesus dos Navegantes A freguesia de Paço de Arcos comemora entre 27 de Agosto e 5 de Setembro mais uma edição das tradicionais Festas em Honra do Senhor Jesus dos Navegantes. João Pedro Pais será a principal atracção do cartaz musical, num certame que este ano fica marcado pelo crescimento das festas para a conhecida Rua Costa Pinto onde decorrerá a Artlive, uma das novidades desta edição. O Correio da Linha falou com Alexandra Cruz, a nova Presidente da Comissão das Festas em Honra do Senhor Jesus dos Navegantes, que nos deu a conhecer o cartaz deste ano daquelas que alguns dizem ser as festas mais concorridas do concelho de Oeiras. Procissão é um dos momentos altos das festas O Correio da Linha (C.L.) - Quais as novidades da edição deste ano das Festas de Paço de Arcos? Alexandra Cruz (A.C.) - As Festas terão, este ano, uma dimensão completamente diferente! Tentámos que o cartaz de artistas fosse substancialmente melhor e conseguimo-lo através da contratação do João Pedro Pais, que é o nosso cabeça-de-cartaz. Este ano iremos também fechar parte da Rua Costa Pinto para alargar as festas para essa importante artéria da freguesia. Com isto, procurámos recuperar as festas como antigamente se faziam, com uma dimensão maior. C.L. - Quais são os pontos-altos do cartaz? A.C. - As festas decorrem de 27 de Agos to a 5 de Setembro. Apostámos num cartaz diferente do habitual, recorremos à ajuda de pessoas que conhecem melhor este meio para a contratação de artistas dos quais constam os Montelunai, que é um grupo com uma musicalidade celta muito atractiva. Temos depois as noites temáticas como as noites de fado, africana ou brasileira, são noites onde vamos tentar chegar a toda a população com sonoridades e momentos musicais diferentes. Temos ainda alguns ranchos folclóricos nas noites etnográficas e vamos ainda ter um programa artístico chamado Artlive que vai decorrer durante o período da tarde e da noite num troço da Rua Costa Pinto que vai ser fechado. Esta actividade inclui um programa cultural a nível de pintura em que o visitante tem à sua disposição tintas e um cavalete, pinta o que quer e no final paga pelo trabalho que fez. C.L. - Por falar em actividades culturais, este ano volta a haver Salão da Vila? A.C. - Com certeza, Festa de Paço de Arcos sem Salão da Vila não é festa! C.L. - As festas contam também com actividades desportivas... A.C. - Na vertente de desporto irão decorrer as Regatas do Patrão Lopes e, pela primeira vez, terá lugar um Torneio de Pesca na Praia dos Pescadores, organizado pelo Clube Desportivo de Paço de Arcos. Vamos ainda ter actividades físicas de ginástica com o Vivafit, com o CDPA e com a Cooperativa Nova Morada que nos vai ensinar Danças Latinas. C.L. - Existe depois o programa religioso, que é indispensável nas Festas de Paço de Arcos... A.C. - O programa religioso tem agendadas todas as cerimónias que normalmente decorrem durante o período das festas, sendo que a que merece maior destaque é, sem dúvida, a procissão que vai decorrer no dia 29 de Agosto a partir das 17h00. C.L. - Em termos de afluência de público, quais são as expectativas da Comissão de Festas? A.C. - Existe uma estatística que diz que as Festas de Paço de Arcos são as festas mais concorridas deste concelho, superando inclusivamente as de Oeiras em número de visitantes. Não tenho a certeza que assim seja mas acredito que possa ser mesmo verdade porque fizemos umas contas por alto e concluímos que em dez dias as nossas festas são visitadas, em média, por cerca de 80 mil pessoas, o que me parece ser um número bastante simpático para o espaço físico que nós temos. Convém referir que este ano o João Pedro Pais não irá actuar no palco do ringue mas sim na Praia dos Pescadores, sendo que o palco vai ser montado na muralha. Por questões de segurança estamos a solicitar as devidas licenças para se fechar a Marginal no dia 3 de Setembro entre as 21h00 e a 01h00. Todos os outros espectáculos musicais decorrem no recinto da feira. C.L. - Tal como nos anos anteriores, o Jardim de Paço de Arcos receberá uma feira com stands para todos os gostos... A.C. - Sim, os feirantes de Paço de Arcos começaram a enviar os seus pedidos em Janeiro, este ano comecei a Alexandra Cruz, Presidente da Comissão das Festas fazer contractos em Abril e em Maio já tinha 80 por cento dos contractos feitos. Neste momento tenho a feira toda vendida, gostava de ter um segundo patamar para poder satisfazer todos os outros pedidos. C.L. - Que género de stands poderão os visitantes encontrar na Feira de Paço de Arcos? A.C. - Irão encontrar artesanato, nomeadamente bijutaria, produtos regionais, produtos para animais, tendas esotéricas, venda de livros, uma imobiliária e, pela primeira vez, teremos um stand onde se podem fazer tatuagens. Haverá depois as tradicionais farturas, o torrão de Alicante, o pão com chouriço, os stands de restauração ou um carrossel para as crianças. Este ano tivemos a triste notícia que a senhora que faz a venda do pregão não vem à feira por motivos pessoais, ela é uma referência e um pólo atractivo das festas e lamento que este ano não possa assistir ao «espectáculo» que ela dá. C.L. - Uma vez mais, as festas irão terminar com fogo-de-artifício... A.C. - Vão terminar com um espectáculo de fogo-de-artifício da Pirotecnia Oleirense, que são os nossos fornecedores habituais do fogo-de-artifício, que tem lugar às 0h00 da noite de 5 de Setembro. C.L. - A comissão tem tido suficiente apoio por parte da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal? A.C. - Sim, temos tido. Quando entrei para a Comissão de Festas, a convite do então Presidente da Junta, João Serra, não tinha noção do imenso trabalho que as festas envolviam. Com o passar dos anos fui evoluindo e este ano sou, pela primeira vez, presidente da Comissão de Festas. O apoio que os meus colegas me têm dado, tanto do executivo da Junta como da Câmara, tem sido fantástico. Houve realmente um corte orçamental, tal como houve Paço d'Arcos Escola de Condução Investimos no futuro dos condutores. Trata de toda a documentação referente a veículos e condutores 21 442 76 28 | 21 442 78 03 Fax 21 442 78 03 [email protected] | www.ecpa.pt Rua José Moreira Rato, 6A 2770-106 Paço de Arcos (nas traseiras da Clínica da Linha) Paço de Arcos 24 Agosto 2010 em todo o lado, mas sintome muito apoiada. C.L. - Como é que explica que com um orçamento menor consiga trazer a Paço de Arcos uma figura de destaque como o João Pedro Pais? A.C. - Tivemos um sponsor local que patrocinou a sua vinda à freguesia de Paço de Arcos. C.L. - A comunidade local voltou a apoiar e a dinami- Jardim de Paço de Arcos volta a receber feira e concertos zar as festas? A.C. - Desta vez não fomos bater porta à espera de organizar umas festas em a porta para pedir às empresas locais tudo semelhantes às do ano passado que nos apoiassem porque sabemos mas, não só pelo cartaz mas também como os negócios estão mal. Mas sabe- pela possibilidade de crescermos para mos que temos o apoio de todas por- a Rua Costa Pinto, o trabalho tem sido que qualquer actividade que dinamiza mais acrescido que o esperado. No a vila de Paço de Arcos é bem-vinda. entanto, dá-me muito gozo trabalhar C.L. - Como será feita a segurança do para as Festas do Senhor Jesus dos recinto das festas? Navegantes, elas são hoje em dia a meA.C. - O recinto será assegurado pelos nina dos meus olhos! [risos] É um traagentes da PSP e da Polícia Municipal, balho que desenvolvo com muito carisendo que este ano conseguimos arran- nho e os feirantes sentem esse carinho e jar alguns voluntários que irão ajudar esse respeito da minha parte. Gosto da na segurança da feira. Todos eles esta- confusão que é a contratação de artisrão identificados e o objectivo é sim- tas, as tendas e os pontos de luz e dáplesmente mostrar que estão presentes me um enorme gozo chegar ao início para servirem como elemento dissua- das festas e ver que tudo corre conforsor de eventuais problemas. me o planeado. C.L. - Em termos de estacionamento, C.L. - Gostaria de continuar à frente está prevista alguma medida adicio- da Comissão de Festas de Paço de nal para auxiliar quem visita a feira e Arcos no próximo ano? não sabe onde deixar o seu carro? A.C. - [Risos] Ainda é muito prematuA.C. - O estacionamento é sempre o ro para se falar disso. Não tomo nada principal problema destas festas por- por garantido, a Comissão de Festas é que as pessoas têm por hábito querer nomeada todos os anos e se o senhor estacionar a sua viatura praticamen- Presidente decidir renovar a sua conte dentro da feira. Vamos solicitar a fiança em mim pelo meu trabalho e colaboração da Escola Náutica para pelo meu profissionalismo eu teria minimizar o problema, solicitámos imenso gosto em aceitar. No entanto, também o apoio da Escola Militar de também acho que se deve dar a hipóElectromecânica mas neste caso o pare- tese a outros porque eles podem trazer cer não foi positivo. novas ideias, novas mentalidades e noC.L. - Quantas pessoas estão envolvi- vos desafios que possam ser benéficos das na realização das festividades? para a população. A.C. - A Comissão de Festas é compos- C.L. - Qual é a importância destas ta por três pessoas: eu, o David Silva festividades para a freguesia de que faz parte do Executivo da Junta e Paço de Arcos e para o próprio cono Nuno Ciríaco que, mesmo não fazen- celho de Oeiras? do parte do Executivo, é uma pessoa A.C. - As Festas são muito tradicionais da casa. Além disso, tenho 14 volun- em Paço de Arcos. Têm a vertente relitários que me ajudam na organização giosa e a vertente profana e a sua imdas festas, serão eles quem irá apoiar portância traduz-se na continuidade na segurança do recinto. Temos depois que elas têm tido ao longo dos anos. a Comissão de Honra dos quais cons- Nunca houve nenhum ano em que não tam entidades como os Bombeiros, a houvesse festas, a população espera Paróquia, o CDPA ou o Paço de Artes, ansiosamente por elas pelo que é imentre outras. portante que elas continuam a realizarC.L. - Está pela primeira vez à frente se. Em relação ao concelho de Oeiras, da Comissão de Festas, o desafio tem estas são mais umas festas de freguesia sido o que estava à espera? e há quem as considere as festas mais A.C. – Tem sido muito superior! Estava visitadas de todo o concelho. Festival de Gastronomia A Rua Costa Pinto, em Paço de Arcos, recebe no próximo dia 25 de Setembro o I Festival de Gastronomia, promovido pela Associação Empresarial e Comercial dos Concelhos de Oeiras e Amadora (ACECOA). Dinamizar a restauração local é o objectivo deste evento, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras e do Projecto Modcom: “Pretendemos tornar a restauração de Paço de Arcos mais conhecida e o nosso intuito maior é trazer novos clientes e assim teremos um comércio local mais movimentado, com vantagens para ambas as partes”, sublinha João Antunes, Presidente da ACECOA. Cada restaurante aderente irá apresentar um prato da sua especialidade, sendo que o polvo será rei e senhor desta primeira edição, uma opção justificada pelo promotor: “O polvo é dos moluscos mais pescados na região de Paços de Arcos pela Associação dos Pescadores de Paços de Arcos”, adianta. Para além desta actividade, a ACECOA tem vindo a realizar vários eventos de dinamização comercial no âmbito do Projecto Modcom, nomeadamente no Dia do Pai e no Dia da Mãe mas também uma «Mostra de Carros Antigos», ou uma «Caça ao Tesouro» em Oeiras. Em Paços de Arcos já promoveu também o Dia do Pai, o Dia da Pascoa, o Dia da Mãe e o Dia da Criança. Futuramente, a ACECOA tem já calendarizados mais alguns eventos para o que falta de 2010: “Em Agosto vamos promover o Dia da Arte e a Festa Gastronómica em Paço de Arcos bem como o Dia dos Avos em Oeiras; também em Setembro terá lugar a «Volta às Aulas», uma parceria com a PSP em três locais do concelho: Algés, Oeiras e Carnaxide; em Novembro teremos a Festa de São Martinho, em Oeiras; e a Festa de Natal terá lugar em algumas Freguesias dos Concelhos de Oeiras e Amadora”, conclui. A Junta de Freguesia de Paço de Arcos convida a população a participar nas Festas em Honra do Senhor Jesus dos Navegantes. PASTELARIA OCEANIA, LDA. 58 anos sempre a bem servir FABRICO PRÓPRIO Especialidades em: Sticks Os Amigos (queijadas especiais) Trouxas de Ovos Russos Folhados e Lampreia de Ovos Pastelaria Fina Diversa Encomende o seu bolo de aniversário Agentes Totoloto e Totobola Av. Patrão Joaquim Lopes, 7-A • Paço de Arcos - Oeiras • Tel.: 21 443 23 03 Paço de Arcos • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: P.Q. e N.A. 24 Agosto 2010 Paço de Arcos tem adeptos de mini motos Nuno Alexandre é ferrenho adepto das Mini Honda Nuno Alexandre é um dos principais dinamizadores dos passeios de Mini Honda (motas em tamanho pequeno) no concelho de Oeiras. Juntamente com os pais e a irmã, já conheceu vários pontos do país ao volante destas pequenas motorizadas. O Correio da Linha (C.L.) - Como e quando surgiu o gosto pelas Mini Honda? Nuno Alexandre (N.A.) - O gosto sur giu através de uma mini trail que o meu pai trouxe de Angola em 1974. Esteve muito tempo parada e quando eu tinha sete anos mostrou-ma pela pri meira vez. Tentámos pô-la a trabalhar e ela pegou à primeira e, a partir daí, comecei a andar com a mota em volta da casa onde morávamos. Entretanto levámos a mota para a terra para poder andar lá mais à vontade, serra acima, serra abaixo, e nasceu daí a paixão. Um dia estava na Net a pesquisar mais informações sobre Mini Hondas e en contrei o Clube Mini Honda Portugal. Juntei-me ao fórum e a partir daí come cei a participar em eventos em vários pontos do país. tão fiável. C.L. - Qual é a velocidade máxima que uma mota deste tipo pode atingir? N.A. – As originais, dependendo dos anos que tenham e do esta do, andarão entre os 40 e os 50 km/h. Bem trabalhadas, já com muitas alterações, po dem dar 80, 100 ou 120 km/h. C.L. - Quais prefere? As originais ou as trabalhadas? N.A. - As duas, por isso tenho uma de ca da. A de 1974 está hoje Concentrações reúnem dezenas de participantes como saiu da fábrica enquanto a de 1978 está toda trabalha mente às motas «tradicionais»? da e a andar à volta dos 90 km/h. N.A. - O tamanho faz com que elas não C.L. - Dado o reduzido tamanho das sejam indiferentes a ninguém. Onde motas, não é desconfortável conduzir quer que passemos toda a gente olha uma Mini Honda? para elas e não tenha dúvidas que, se N.A. - Não é nada desconfortável. Há passar uma grande mota ao mesmo pessoas que ficam com essa sensação tempo que passa uma das nossas, a porque vamos agachados mas acredite que vai ficar na retina é a Mini Honda. que vamos naquela mota com a mesma Sempre que passamos e paramos numa comodidade que se anda numa mota determinada terra toda a gente fica em de tamanho dito normal. Fazemos um bevecida a olhar para aquelas motas. passeio de 40 ou 50 quilómetros em Às vezes são motivo de um certo gozo cima de uma mota destas sem qualquer por parte de algumas pessoas que não problema. as conhecem mas, em geral, são muito C.L. - As Mini Hondas servem ape- acarinhadas. nas para lazer... C.L. - Esta é uma mota com a qual N.A. - Exactamente, são uma óptima se pode andar no dia-a-dia ou serve forma de passear e conhecer novas zo apenas para passeios ocasionais? nas mas também de almoçar em con N.A. - Pode, claro, todas elas têm livre junto e conviver com outros adeptos te, são um ciclomotor de 50 cc para a das Mini Hondas. Houve uma altura qual basta ter licença de ciclomotor ou em que íamos muito a restaurantes mas carta de condução de ligeiros. É comum agora temos vindo a optar por fazer eu ir de Mini Honda para o trabalho, piqueniques porque se convive muito sobretudo com a de 1998 dado que exis mais e porque estamos mais à vontade. tem muito poucas peças para a outra de Existe um óptimo espírito de camara 1974, logo está mais guardada. dagem entre todos, é comum ver as C.L. - Onde adquire novas peças? motas mais potentes ajudar outras com N.A. - Só mesmo através de motas usa menos potência em subidas para nin das. Há pessoas que as têm à venda na guém ficar para trás. Internet porque, de resto, há muitos C.L. - Além do tamanho, que têm anos que já não as há à venda em stan estas motas de tão diferente relativa- ds da Honda. Quanto muito, pode ha ver uma ou outra cujo proprietário seja amigo do dono do stand e este autorize que a mota lá esteja exposta para venda. De vez em quando lá aparece uma ou outra à venda na Internet mas a grande maioria das pessoas que tem este tipo de motas não as vende a não ser que esteja numa enorme aflição económica que as obrigue a livrar-se da mota. No meu caso, só as vendo se me faltar co mida para pôr na mesa, caso contrário nunca me irei desfazer delas. C.L. - Em termos de manutenção, estas motas são muito exigentes? N.A. - Levam óleo e gasolina e é sem pre a andar! [risos] Têm muito pouca manutenção, são motas muito fiáveis. C.L. - Nunca teve nenhum susto ao voNuno Alexandre com a irmã numa Mini Honda lante de uma Mini Honda? N.A. - Já caí uma vez com uma no Da fundo. Ia para Belém e como a Marginal C.L. - Em Oeiras também? N.A. - Sim, já organizei aqui um passeio em Oeiras. O clube funciona como um grupo de amigos que se junta e promo ve encontros na sua área de residência. Graças a isso, tanto eu como a minha irmã e os meus pais já fomos a Leiria, a Braga, a Castelo Branco ou à Nazaré, vamos conhecendo o país graças a este hobbie. C.L. – Estão previstos mais passeios de Mini Hondas no concelho de Oeiras? N.A. - Era suposto ter havido um pas seio agora no final de Julho mas devido a muitas pessoas estarem de férias op tou-se por o adiarmos, provavelmente para Outubro. Antes disso, vai haver ainda um grande evento em Leiria du rante o mês de Setembro e um passeio a Góis onde nos vamos misturar com as motas «grandes». C.L. - Quantas Mini Hondas tem actualmente? N.A. - Tenho três! Posso dizer-lhe que em Braga conseguimos juntar 98 motas, no ano passado aqui em Oeiras reunir perto de 30, que é sensivelmente o nú mero de participantes que cada passeio costuma ter. C.L. - Quanto custa, em média, uma Mini Honda? N.A. - As mais antigas como a que o meu pai trouxe de Angola em 1974 cus tam cerca de 5 mil euros, isto se estive rem restauradas. As outras mais recen tes, de 1998, rondam os 3 mil euros. C.L. - Não há motas mais recentes que de 1998? N.A. - Não, ou por outra, a Honda lan çou agora um modelo novo em 2010 mas que não está à venda em Portugal, tal como muitos outros modelos que só chegam a países como a Alemanha, o Japão ou a China. A maior parte das mini trails que existem em Portugal vieram de Angola porque cá vendiamse poucas mas na Bélgica, por exemplo, um encontro consegue reunir cerca de 300 motas. C.L. - É só a Honda que faz este género de mini motas? N.A. - Sim, é só a Honda. Os chineses têm vindo agora a aparecer com algu mas réplicas mas a qualidade não é LIMPEZA A SECO LAVANDARIA PELES CARPETES CORTINADOS Rua Patrão Joaquim Lopes, 15 • Paço D’Arcos 2780 OEIRAS • Telef.: 21 443 67 31 Apesar do tamanho, as motas são confortáveis Paço de Arcos 24 Agosto 2010 Jardim Infantil inaugurado Paço de Arcos já recebeu uma concentração de Mini Hondas estava fechada por causa de uma prova de ciclismo fui pela estrada interior. Na zona do Dafundo, ao tentar desviar-me de um buraco, enfiei uma roda na linha do eléctrico e caí mas felizmente nem eu nem a mota tivemos qualquer problema. C.L. - Os passeios implicam o corte do trânsito e a colaboração da polícia? N.A. - Nem sempre. Em Braga, como eram quase 100 motas optou-se por termos polícia porque se tratava de um encontro oficial e muito participado. Nos passeios organizados pelos núcleos simplesmente combinamos através da Internet, marca-se um ponto de encontro e daí arrancamos para passear. O ano passado saímos aqui do Jardim de Paço de Arcos e passámos por Barcarena e Belém, onde havia um encontro de clássicos. No regresso viemos pela Marginal e terminámos igualmente no Jardim de Paço de Arcos. Este ano quero levar as pessoas a conhecer Cascais, mais concretamente a zona do Guincho, que muitos participantes ain- Pais e filhos unidos pelas Mini Honda da não conhece. C.L. - Que zona do país gostaria de conhecer através de uma Mini Honda? N.A. - Gostava de conhecer toda aquela zona de Salvaterra de Magos pois nunca fizemos lá nada. Entretanto vai chegar o Inverno mas quero ver se no próximo ano organizo também um outro passeio na zona de Tomar. O Gerês e o Algarve eram outros sítios que gostava de visitar e se houver alguém que os organize é possível que participe. C.L. - Há muitos adeptos das Mini Hondas no concelho de Oeiras? N.A. - Existem alguns, de vez em quando vejo algumas motas a passar por mim na estrada mas algumas delas são de pessoas que não se registam no fórum e cuja existência desconhecemos. Também conheço algumas pessoas que compraram uma Mini Honda só para dizer que a têm, porque agora têm-na parada na garagem, acredito que haja entre 10 a 20 motas do género perdidas no concelho, tal como existem muitas por esse Portugal fora e que ninguém sabe que existem. C.L. - Entre um carro luxuoso e uma Mini Honda... N.A. - ...Se for pelo prazer de conduzir escolho a Mini Honda, sem qualquer dúvida. Posso não ter o rádio, posso não andar tão depressa, posso apanhar com mosquitos na cara mas, ainda assim, escolheria a Mini Honda sem hesitar. C.L. - Olha para as suas pequenas motas como um meio de transporte ou um brinquedo? N.A. - Gosto de dizer que elas são motas como as outras mas sim, é verdade que também é um brinquedo que ali temos e que estimamos com muito carinho. Áreas de Actuação: Contabilidade, Consultoria Fiscal e de Apoio à Gestão, Constituição de Sociedades, Gestão de Pessoal e Tratamento de Alvarás em regime de Outsourcing. A Câmara Municipal de Oeiras e a Skip inauguraram recentemente o Jardim Infantil Skip, na Quinta do Salles, Outurela, freguesia de Carnaxide. Trata-se do primeiro jardim natural totalmente ecológico projectado por crianças do bairro municipal da Outurela juntamente com técnicos da autarquia. O projecto está inserido na estratégia da marca «toda a criança tem o direito a... brincar» e reforça a campanha lançada em 2008! O novo equipamento representa um investimento conjunto de cerca de 30 mil euros e foi construído para ser usufruído por todas as crianças, em especial por aquelas que residem nos diversos bairros de realojamento da zona. A Vereadora Madalena Castro da Câmara Municipal de Oeiras e António Casanova, CEO do Grupo Unilever – Jerónimo Martins, inauguraram o espaço infantil na presença de 150 crianças. Praça da República, nº 3 - 1º Dt. 2770-150 Paço de Arcos Telf: 214 418 514 / 214 697 881 - Fax: 214 418 515 - Telem: 93 927 53 41 E-mail: [email protected] O pintor Carlos Milhais esteve presente na segunda edição do Estoril Summer Fun´10, evento que decorreu durante o passado mês de Agosto no Centro de Congressos do Estoril. «Fim do Império» na Verney A Livraria Galeria Verney, em Oeiras, continua a organizar a tertúlia «Fim do Império», estando já agendadas várias datas num calendário que continua a privilegiar o horário «333» (terceira terça-feira às três da tarde). O quarto ciclo terá como tema «Olhares Jornalísticos» e arrancará a 19 de Outubro com João Paulo Guerra, seguindo-se a 16 de Novembro Ana Sofia Fonseca e a 15 de Setembro o lançamento do segundo livro da colecção «Fim do Império», com a quarta edição do livro de Manuel Barão da Cunha, «Tempo Africano», prefaciado pelo General Ramalho Eanes e que conta com os testemunhos da escultora luso-moçambicana Maria Morais e do pintor Edgar Silva. CDPA tem campeões nacionais A equipa de infantis do Clube Desportivo Paço de Arcos (CDPA) sagrou-se campeã nacional daquele escalão pela décima vez depois de vencer o Campo por 11-5 no jogo decisivo. No final do encontro, a festa foi grande e emocionante para jogadores e equipa técnica, em especial para o treinador que foi muitas vezes contestado ao longo da época. No regresso a casa foi cumprida a Tradição dos Campeões de erguer a Taça no Coreto do Jardim de Paço de Arcos, já com muitos adeptos À espera da equipa. Na edição de 24 de Setembro Acompanhamento constante e personalizado, profissionais qualificados com experiência Prestamos os nossos serviços a Sociedades por Quotas, Sociedades Anónimas e Trabalhadores Independentes nos concelhos de Lisboa, Oeiras, Cascais, Sintra, Mafra e Caldas da Rainha. Carlos Milhais no Estoril Jornal Especial ar ara Inform p Existimos Queluz Notícias • Entrevistas • Reportagens Divulgue a sua EMPRESA na melhor IMPRENSA 10 Paço de Arcos • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: P.Q. e M.A. 24 Agosto 2010 Poesia é palavra de ordem no CPPA Não tem sede própria, nem estatutos nem um presidente de direcção. Tão pouco recebe subsídios ou tem verbas próprias. Mas aqui o dinheiro também é o que menos importa. Por amor à arte, cerca de uma dezena de poetas amadores reúne-se quinzenalmente no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Paço de Arcos simplesmente para dizer poesia. A actriz Maria Aguiar é uma das que há cinco anos ajudou a fundar o Clube dos Poetas de Paço de Arcos (CPPA). se reformou disse-me que gostava de criar um projecto que interessasse às pessoas e eu sugeri-lhe que começássemos por reunir em cafés onde apelássemos ao lado poético das pessoas. Eu já gostava de poesia muito antes desta ideia, recordo-me que ainda não sabia ler mas já sabia dizer poemas. O meu primeiro palco foi a Voz do Operário quando tinha apenas cinco anos e disse um poema do Guerra Junqueiro, que na altura era um poeta altamente proibido pelo antigo regime. Durante algum tempo reuníamos aos domingos no restaurante Aquarela do Brasil para fazer uma sobremesa poética. Acabámos por institucionalizar o Clube dos Poetas que é algo anárquico, sem estatutos nem quota, há encontros onde temos 9/10 pessoas, noutros somos capazes de ter 18 ou 19. Entretanto as nossas reuniões passaram por outros locais pois havia alturas em que se tornava desagradável porque não podíamos mandar O Correio da Linha (C.L.) - Como e quando surgiu este clube? Maria Aguiar (M.A.) - O CPPA não tem estatutos pelo que funciona como uma tertúlia quinzenal cujo orientador é Mário Mata e Silva, Professor licenciado em Filosofia. Quando ele Largo Leonor Faria Gomes, Nº 12 B Largo da Estação 2770-108 P. de Arcos Tel.: 214 413 144 Ambiente seleccionado Encerra à Segunda-feira JOALHARIA VALBOM COMPRA Ouro - Prata Relógios (marcas) Penhores Avaliações gratuitas Cobrimos Ofertas R. Frederico Arouca (R. Direita), 385 B • Cascais Tel.: 214 836 035 / 917 705 079 e-mail: [email protected] calar as pessoas nem elas eram obriga- mar então o grupo de jograis. das a ouvir-nos mas a verdade é que C.L. - Que poetas costumam declajá chegámos às cem sessões. mar? C.L. - Como surgiu o convite para M.A. - Todos, sobretudo nacionais! reunir no Salão Nobre da Junta de Há dois anos fizemos dois programas Freguesia? que achei que tinham bastante interesM.A. - Já tinha falado nessa possibi- se, uma deles foi feito por ocasião da lidade ao senhor Serra [antigo Presi- reunião intercultural da língua lusódente da Junta de Freguesia de Paço fona em que dissemos poemas desde Arcos) mas, devido à sua idade e à sua Goa ao Minho, passando pelo Algarve idade, tinha uma intervenção um pou- ou por São Tomé e Príncipe. Conseco limitada. Entretanto, a presidência guimos inclusivamente o poema de da Junta mudou, expus o problema ao um autor português nascido em Beja Dr. Campilho e foi ele que propôs o ainda antes de a nacionalização estar Salão Nobre. Era mais do que o que eu consumada. estava à espera e aceitei, obviamente. C.L. - Os elementos deste clube perDesde então, reunimos-lhe lá de 15 tencem todos à freguesia? em 15 dias. M.A. - A maioria é de Paço de Arcos C.L. - O CPPA também já lançou uma mas também temos algumas pessoas antologia... de Porto Salvo, Talaíde, Oeiras... Este M.A. - A Antologia foi lançada em não é um projecto dirigido exclusi2008, totalmente patrocinada pela vamente aos moradores de Paço de Câmara de Oeiras, numa altura em Arcos porque a cultura deve ser divulque ainda não estávamos na Junta de gada da forma o mais ampla possível Freguesia, tendo sido constituída por e diversificada. trabalhos de pessoas ligadas ao clube. C.L. - O grupo é constituído fundaAnalisaram-se quase 400 trabalhos e mentalmente por pessoas seniores. A fez-se uma triagem, foram selecciona- poesia está fora de moda? dos os melhores, que tanto pertenciam M.A. - Não direi isso! Temos uma a pessoas que toda a sua vida escre- rapariga que tem pouco mais de veram como a outras que, até então, 20 anos, outra tem cerca de 40, não só haviam escrito para si próprias. Ao ligamos muito às idades nem aos todo, conseguimos editar 1.000 livros títulos porque para escrever basta onde estavam incluídos 3 poemas de ter-se sensibilidade. Uma das pes19 poetas e também já gravámos um soas que frequenta o clube é uma CD por mera iniciativa própria, no senhora de 85 anos, aqui de Paço de estúdio de um amigo do Clube dos Arcos, que faz quadras fantásticas. Poetas, o Igrejas Caeiro. Não é essencial que a poesia rime, o C.L. - Porque nunca formalizaram a fundamental é que tenha uma mensacriação do clube? gem e a dessa senhora tem-na, tanto M.A. - Porque não sou adepta das que foi recentemente convidada por coisas certinhas e demasiado formais, uma editora para escrever estórias de sou um pouco anárquica por natureza criança. Por isso lhe digo que não é e se o objectivo deste clube é dar um uma questão de idade mas mais de pouco de alegria às pessoas não pre- oportunidade. cisamos de estar formalizados para C.L. - Qual a importância deste grupo o fazer. para a freguesia de Paço de Arcos? C.L. – Esse facto não implica que o M.A. - Sabe, sou das poucas pessoas, clube encontre certos entraves para, se não mesmo a única, que se preopor exemplo, ter uma sede? cupa em divulgar o clube, os outros M.A. - Temos ido a vários sítios, já es- elementos vão às tertúlias e gostam do tivemos nos Lions de Oeiras e de Paço clube mas são incapazes de mexer um de Arcos, já fomos a um instituto de dedo para apresentar novos projectos invisuais em Lisboa e ao Instituto Ofi- e levar o CPPA para a frente. cial das Forças Armadas, penso que C.L. - Como perspectiva o futuro do pedir uma sede seria exigir demais até clube? porque actualmente a Junta funciona M.A. - Já fiz oitenta anos e quando como tal para as nossas reuniões quin- agora fizemos o último programa na zenais. O objectivo deste projecto não Livraria Galeria Verney, em Maio, fié fazer dinheiro mas sim dar prazer zeram-me logo uma proposta para o aos outros, daí que não veja a sede ano seguinte, que irá começar em Oucomo algo fundamental. tubro. Fiquei de lhes dar uma resposta C.L. - O Clube dos Poetas levou, mais porque há alturas em que me perguntarde, à criação de um grupo de jo- to se já não será demasiado aquilo que grais... estou a dar de mim. Não me quero M.A. - Exactamente. Uma das pessoas comprometer e «dar barraca» mas as amigas do clube lembrou-se de publi- pessoas incentivam-me porque dizem car num jornal de âmbito nacional um que se eu me afastar é provável que o convite para as pessoas participarem projecto acabe. Tenho sido acarinhada numa sobremesa poética. A partir daí por toda a gente, o presidente da Junpassámos a ter um grupo fixo, entre os ta tem sido fantástico connosco, são quais o senhor Manuel Andrade que, essas pequenas coisas que me fazem desde a primeira vez que o ouvimos, continuar. parecia um profissional a dizer poesia. Por essa altura, eu e ele costumávamos ser convidados a dizer poesia a duas vozes, chegámos a ir ao Teatro Amélia Rey Colaço no Dia da Mulher e no Dia da Criança e foi a partir daí que lhe sugeri fazermos um grupo de jograis, que era algo que não existia no concelho. Convidei uma amiga, a Ana Briz, e o Manuel Andrade ficou encarregado de encontrar mais um homem para for- Amigos unidos pela poesia 12 Entrevista • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J.R. e C.M.A. 24 Agosto 2010 Joaquim Raposo, Presidente da CM Amadora “O futuro da Amadora está a ser preparado há muito tempo” Setembro é mês de aniversário para o município da Amadora que no próximo dia 11 assinala o seu 31º aniversário. O presidente da edilidade amadorense, Joaquim Raposo, estabelece a educação, a terceira idade e a reabilitação do espaço público como as três prioridades deste quadriénio. Projectos não faltam para o autarca pôr em prática neste seu último mandato à frente dos destinos da Câmara Municipal da Amadora (CMA) mas a crise vai obrigar ao reagendamento de alguns projectos úteis mas, ainda assim, secundários. O Correio da Linha (C.L.) - Setembro é mês de festa para o município da Amadora, de que forma irá o concelho celebrar o seu 31º aniversário? Joaquim Raposo (J.R.) - Da forma habitual, temos seguido o mesmo figurino nos últimos anos, é preciso alterá-lo mas como não há tempo nem condições para o fazer este ano aquilo que está acertado e concertado para o dia do município, 11 de Setembro, é manter o modelo mais formal mas também menos motivador para a população. Posteriormente, queremos apostar num figurino em que a população se envolva e participe mais do que na Sessão Solene onde durante duas horas apenas assistem aos discursos de cada uma das forças políticas eleitas. C.L. - Não haverá, pois, nenhuma novidade nas celebrações do aniversário... Ensino é uma prioridade para Joaquim Raposo J.R. - Haverá sim, da parte da tarde iremos procurar movimentar a população jovem nas comemorações do Dia do Município através de algumas iniciativas que vão ao encontro dos seus interesses. Por outro lado, as comemorações do aniversário estendem-se ao longo do mês, quer com actividades da Câmara, quer com iniciativas das Juntas de Freguesia. C.L. - O 31º aniversário será assinalado com música, teatro, dança, desporto, exposições... Quais serão os pontos altos deste aniversário? J.R. - Não considero que haja pontos mais altos e pontos mais baixos porque me parece que este é um programa complementar em que um conjunto de iniciativas espalhadas pelo território do concelho dão um somatório interessante. Em relação ao programa de aniversário não tenho nenhuma crítica a fazer, tenho sim em relação ao Dia do Município cujo modelo é limitativo e está já algo gasto. C.L. - O ano de 2010 tem sido positivo para o município da Amadora? J.R. - Tem sido um ano positivo mas com limitações. É preciso reformular os objectivos que tínhamos traçado quando apresentámos a candidatura às últimas eleições mas temos vindo a cumprir aquilo que foi a programação e o planeamento que fizemos nas diferentes áreas, nomeadamente naquelas que têm sido as nossas principais apostas que são a Educação, a Terceira Idade e a Reabilitação do Espaço Público. São áreas cujos projectos estão a avançar a bom termo, apesar de algumas limitações financeiras que são notórias no actual contexto. No entanto, não é por esse motivo que temos de abandonar determinados projectos, mas é claro que temos de os acertar de acordo com os dias de hoje porque não sabemos aquilo que pode acontecer no próximo ano. Há questões que temos de acautelar, sempre defendemos uma gestão equilibrada e, como é público, não temos nenhum ponto de conflito a nível de tesouraria. C.L. - Muito se tem falado acerca da diminuição do orçamento atribuído pelo Estado às autarquias. Em que medida a CMA ficou afectada por esta medida? J.R. - Há algumas limitações, obviamente. Quando há um corte de transferências em relação aos municípios na ordem dos cem milhões de euros é óbvio que isso tem implicações nos munícipes da Amadora. Todas as verbas que nos são retiradas fazem-nos falta uma vez que estabelecemos o nosso orçamento e o plano de actividades de acordo com as verbas que estavam definidas e não com as medidas que entretanto foram tomadas. Isso obriga a CMA a proceder a alguns ajustamentos e a pensar na possibilidade de alguns projectos poderem ter uma fase de implementação mais lenta do que o previsto. Por outro lado verificou-se uma diminuição das receitas, as derramas diminuem porque as empresas dão menos lucro e os impostos também contribuem para essa situação. Outra situação que nos está a preocupar é a incapacidade de o Governo garantir condições orça- câmaras que demoram dois/três anos mentais que assegurem a sua parte para pagar os seus compromissos. da comparticipação em matérias da C.L. - Apesar dos reajustamentos que área da Habitação. Tínhamos como falou, a Amadora tem conseguido reobjectivo acabar neste mandato com o juvenescer parte do parque escolar Bairro de Santa Filomena e começar a do município? intervir noutros bairros mas, neste mo- J.R. - A Educação foi uma aposta que mento, não tenho nenhuma garantia fizemos logo em 1998, recordo-me que de que o Governo terá disponibilidade quando cheguei à Câmara o primeiro financeira para assumir a sua parte do empréstimo que fiz foi para investir projecto. na área da Educação no sentido de C.L. - A população saberá entender reabilitar as escolas da Amadora, que o adiamento de algumas obras e per- estavam completamente degradadas. A ceber o que é camarário e o que é maior parte não tinha condições para estatal? servir refeições, havia apenas seis salas J.R. - Os munícipes sabem distinguir de pré-escolar, que em termos numéo trabalho feito por um autarca e o ricos era do pior que havia na Área trabalho feito pelo Governo e isso é Metropolitana de Lisboa. Estes indinotório, nomeadamente nas respostas cadores foram sendo alterados e nos que são dadas nos períodos eleitorais. próximos quatro a cinco anos acredito Mas também é evidente que as pessoas que já iremos ter a possibilidade de querem ver um conjunto de propostas todas as crianças poderem frequentar e programas ser implementado, inde- o pré-escolar. Neste momento estamos pendentemente de quem os faça ou de muito próximos dos 85 por cento e onde venha o dinheiro. No entanto, as com as três novas escolas que iremos pessoas estão muito mais sensíveis às ter prontas no início do ano lectivo dificuldades porque vêm a situação chegaremos aos 90 por cento. Importa em que o país está do ponto de vista também referir que temos um conjuneconómico. É importante que se expli- to de crianças a frequentar os nossos que que há projectos que não foram equipamentos que não residem na abandonados mas que tiveram de ser Amadora, vêm nomeadamente de Sinreprogramados tendo em conta um tra porque todos sabemos qual é o esconjunto de dificuldades que surgem, tado de degradação do parque escolar não só hoje mas amanhã. Como tal, te- de Sintra e, se assim não fosse, talvez remos que fazer adaptações, sobretudo já tivemos chegado à cobertura total nas áreas que achamos que são menos do pré-escolar. Outra das questões asprioritárias. sociadas à área da Educação são os C.L. - Em que áreas será mais notória equipamentos desportivos presentes a contenção da CMA? em todas as escolas. Neste momento J.R. - Uma das áreas é, como disse, a falta-nos construir dois pavilhões para habitação e a nossa vontade em acabar que todas as escolas passem a ter o com um conjunto de bairros. Tinha seu pavilhão. Importa também referir definido para este mandato acabar com que estamos a fazer escolas que têm o Bairro de Santa Filomena, neste mo- centro de creche, jardim-de-infância e mento há mais alguns bairros proble- ensino básico até ao quarto ano e todas máticos que urge resolver mas a Câma- elas têm um polidesportivo coberto ra não tem capacidade financeira para para dar resposta às suas necessidades. assumir esse projecto sozinha. Poderá Temos registado um maior atraso na haver mais uma ou outra área onde questão das creches, tal como toda a essa contenção será mais visível mas Área Metropolitana, em várias freguetambém haverá diversas áreas onde sias já temos uma cobertura acima dos não vamos diminuir verbas. Uma é a 50 por cento mas também ainda temos aposta que temos feito na área da Edu- outras abaixo desse valor. O objectivo cação, onde podemos ter que reprogra- que tinha definido atingir neste manmar algumas questões, nomeadamente dato era chegar aos 33 por cento de codois pavilhões cuja construção podere- bertura, que são os mínimos da União mos ter que fazer deslizar de 2011 para Europeia, sendo que neste momento já 2012. O mesmo acontece com algumas estamos com 37 por cento. Obviamente escolas que deveríamos lançar mas, que ainda não estou satisfeito porque neste caso, o problema não tem tanto o objectivo é dar resposta a todos os a ver com as questões financeiras mas pedidos e iremos continuar a apostar mais com a limitação que existe em nesta área, até porque uma das maiorelação à admissão de pessoal. Não res preocupações dos jovens quando posso fazer as escolas, ter as salas prontas e depois estar o equipamento fechado por não poder admitir os funcionários necessários. Essas são questões que teremos de esclarecer com o Governo e o que se aplica ao parque escolar aplica-se também às creches e ao pré-escolar. Espero no final do ano ter uma perspectiva clara em relação aquilo que vão ser as prioridades deste Executivo. A Amadora não é conhecida por ser má pagadora, antes pelo contrário, e não gostaria de fazer parte da lista de Na área do desporto a CM Amadora marca presença Entrevista 24 Agosto 2010 se fixam num determinado sítio é a existência de instituições capazes de acolher os seus filhos. C.L. - Não se torna por vezes difícil ser leal aos amadorenses e ao seu partido em simultâneo? J.R. - Não tenho qualquer complexo por ser um autarca eleito pelo PS. Tanto eu como os munícipes sabemos perfeitamente distinguir as funções de uns e de outros e considero que estas situações não se resolvem com manifestações nem com greves de fome em frente ao Ministério. As divergências resolvem-se com um diálogo aberto e sempre nos manifestámos disponíveis para dialogar com o Governo. C.L. - Outra das prioridades que apontou foi a Terceira Idade. Quais as preocupações do executivo neste particular? J.R. - Implementámos um conjunto de actividades de âmbito cultural para ocupação de tempos livres mas há outras questões importantes como as pequenas intervenções que temos vindo a realizar na casa das pessoas, serviço que tem funcionado através da nossa Escola Intercultural das Profissões. O número de intervenções tem aumentado de ano para ano e nem sempre falamos de pequenas intervenções. Além da torneira que pinga, da dobradiça da porta que se parte ou de uma lâmpada que precisa de ser mudada temos intervindo muito na substituição de banheiras por polibãs, ajudando assim os idosos a vencer a barreira em que a banheira se tornou. Estamos a realizar mais de 3.000 intervenções por ano, número que reflecte a importância desta nossa acção. Por outro lado, uma das questões que mais me preocupa está relacionada com o apoio domiciliário, nomeadamente refeições, aos idosos. Grande parte dos acordos que existem abrangem apenas de segunda a sexta e esta questão não é aceitável pelo que tivemos de arranjar condições que permitissem a essas pessoas ter uma refeição ao sábado e ao domingo. Escolhemos algumas IPSS´s que têm condições de resposta para fazer o apoio de sábado e domingo e todos os anos temos vindo a aumentar os meios e a dar uma resposta efectiva em relação a esta matéria. Outra das questões tem a ver com as Unidades Familiares porque muitas das pessoas idosas têm ainda autonomia para viver sozinhas. Já lançámos o concurso para a construção de uma primeira unidade com cerca de 80 apartamentos, está já em vista uma segunda residência, sendo que estes projectos destinam-se a pessoas seniores autónomas que possam usufruir de um conjunto de apoios, nomeadamente ao nível da saúde, da higiene e da ocupação de tempos livres. Por outro lado, vamos lançar a 1 de Outubro, Dia da População Sénior, inserido no âmbito do Programa 65+, O presidente apoia as IPSS uma rede municipal de saúde ao domicílio através de uma parceria com uma instituição do concelho, «O Vigilante». Desde que estejam inscritos na instituição e sejam portadores do cartão Amadora 65+, os idosos poderão ter uma consulta médica em casa entre as 20h00 e as 08h00, no horário em que os Centros de Saúde estão encerrados. C.L. - Já se falou dos jovens e dos seniores, em termos de população activa a Amadora tem conseguido manter os seus níveis de desemprego abaixo da média nacional? J.R. - O desemprego quando ataca fá-lo em todas as frentes e atinge todas as áreas. Ao longo dos tempos foram-se criando algumas unidades que foram fixando novos postos de trabalho mas reconheço que a situação de crise que o país atravessa não é propícia a que mais postos de trabalho sejam criados e que outros não sejam extintos. Por esse motivo, temos vindo a desenvolver um conjunto de programas e projectos que têm como objectivo a fixação e criação de emprego neste território. Para tal, temos procurado aproveitar a nova centralidade da Amadora e o facto de termos uma rede de transportes impressionante, esperamos que no próximo ano esteja pronta a ligação de metro da Falagueira à Reboleira, que permite a interligação ao comboio e, ao mesmo tempo, a toda a rede viária, que permitirá que se feche este sistema de transportes que dará todas as condições para a fixação de um conjunto de actividades económicas no concelho. Por outro lado, estamos também a desenvolver um conjunto de intervenções com o objectivo de fixar alguns pólos para a criação de actividade económica. Estamos nomeadamente a trabalhar com a CP para trazer toda a estrutura da empresa, incluindo a administração, para o concelho da Amadora, o que envolve cerca de duas mil pessoas. Destaco também o investimento que tem vindo a ser feito na Academia Militar tendo como objectivo colocar todos os génios da Academia até ao quinto ano aqui na Amadora. Outro projecto que esta definido mas que depende das possibilidades financeiras do Governo é a fixação dos Estados Maiores do Exército nos antigos Comandos da Amadora. Ao mesmo tempo, junto ao Hospital, temos ainda o projecto de fixação de todo o Comando da GNR. Esses projectos irão provocar um incentivo à actividade económica no concelho que, seguramente, criarão mais postos de trabalho. C.L. - A terceira prioridade que apontou foi a Reabilitação do Espaço Público... J.R. – Sim, temos vindo a fazer um conjunto de equipamentos inovadores na Amadora, começámos pela Ilha Mágica do Lido, depois fizemos o Parque Aventura, o Jardim dos Aromas e o Parque do Borel, ultimamente realizámos uma intervenção forte no Parque Central no sentido de o modernizar e adaptá-lo aos tempos de hoje pois não tinha nenhum equipamento capaz de atrair a população. Hoje em dia responde às necessidades dos mais novos e dos mais velhos e, graças a essa intervenção, o Parque Central tem hoje um movimento que antes não tinha. Por outro lado, espero que a curto prazo o Parque Neudel esteja pronto, será um parque vocacionado para crianças até aos dez anos e que seguramente atrairá pessoas não só da Amadora como de outros concelhos. É isso precisamente que tem vindo a 13 “A educação, a terceira idade e a reabilitação dos espaços públicos estão a avançar a bom ritmo” acontecer com o Parque Central da Amadora, que é visitado e utilizado por pessoas de outros concelhos. Temos depois outros projectos que não estão ainda resolvidos, como é o caso do Teatro D. João V que futuramente será remodelado para uma sala de espectáculos, o projecto está em curso, estamos a fazer o estudo prévio para lançar o concurso e fazer uma intervenção de fundo naquele equipamento. Também já reabilitámos o Jardim dos Condes da Lousã e agora queremos recuperar o próprio edifício, que é um importante elemento patrimonial da história da Amadora. Na área de desporto e lazer não posso ainda deixar de referir o novo complexo de piscinas. Queremos fazer um projecto diferente, que não haja ainda em Portugal, vocacionado desde os mais jovens até aos mais idosos mas que seja único. Está também prevista a construção de campos sintéticos de futebol, existe uma proposta do Nani [jogador do Manchester United, natural da Amadora] para aqui fazer uma escola de futebol, é uma possibilidade que ainda estamos a estudar. Projectos não faltam, assim não falte o dinheiro. C.L. - Considera que a Amadora é hoje um concelho competitivo e procurado na Área Metropolitana de Lisboa? J.R. - A Amadora é competitiva por três motivos. Temos uma óptima rede viária, temos uma óptima rede de transportes e temos intervindo na requalificação urbana, não só ao nível da habituação como na construção de um conjunto de parques urbanos que são únicos na Área Metropolitana e que também são motivos de atracção num território como este. C.L. - A escassez de verbas originas atrasos em algumas obras e, consequentemente, críticas por parte da população. Considera que é ingrato ser-se autarca nos dias que correm? J.R. - Não acho que seja ingrato até porque não tenho tido um feedback negativo por parte da população, bem pelo contrário. Sempre que tenho ido a eleições aumento o número de votos, sinal que reconhecem o meu trabalho. A população é cada vez mais exigente, ser autarca hoje em dia é totalmente diferente de ser autarca há alguns anos atrás, há um conjunto de condições básicas que entretanto foram sendo resolvidas e por isso agora existem outras, o que é perfeitamente normal. O meu projecto não se esgota em um, dois ou três mandatos, é um projecto que está em mutação constante porque é importante dar resposta às novas necessidades que vão surgindo e por isso é que este cargo é tão motivador. C.L. - Encara este mandato com a mesma motivação que os anteriores? J.R. - Naturalmente, até porque sinto que tenho muito mais responsabilidades agora. Nesta última votação alcancei o maior resultado desde que sou presidente da CMA e, por outro lado, quero que este projecto tenha continuidade quando terminar o meu mandato. C.L. - Já está a ser preparado o futuro e a sua sucessão? J.R. - Sim, o futuro está a ser preparado há muito tempo pois não sou dos que defende a teoria que, depois de mim, que venha o deserto para todos se lembrarem de mim. Quero que alguém continue o projecto que iniciei e para isso é necessário preparar alguém que sinta este emprego e não faça isto por sacrifício. C.L. - Quem é essa pessoa? J.R. - É a Vereadora Carla Tavares, uma pessoa que trabalha comigo há vários anos, estou certo que estará à altura do cargo e não tenho dúvidas que será a melhor opção que a Amadora tem para o futuro. A educação, a terceira idade, a habitação e as questões sociais são áreas que ela domina bem e é notório que gosta muito do que faz. C.L. - O que pode a população esperar de si nestes últimos três anos à frente dos destinos da Amadora? J.R. - Pode esperar alguém determinado em cumprir o que assumiu com a população. Por algum motivo as pessoas têm-me vindo a dar maiorias sucessivas, é sinal que as expectativas têm vindo a ser satisfeitas. O autarca com o ministro Rui Pereira 14 Reportagem 24 Agosto 2010 • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J.R José Paz Um homem de 1001 profissões Com bichos-carpinteiros, excesso de adrenalina ou simplesmente uma forma diferente de viver a vida. O leitor defina como preferir o dia-a-dia de José Paz, autêntico «faz-tudo» no que à actividade profissional diz respeito. Ele é actor, encenador, carpinteiro, taxista, romancista, poeta, encenador, artesão, etc. Todavia, foi como Maestro do Grupo de Música Tradicional e Popular Portuguesa de Alfazema (GMTPPA) que O Correio da Linha falou com José Paz, o verdadeiro homem dos 1001 ofícios. O Correio da Linha (C.L.) - Como surgiu o GMTPPA? José Paz (J.P.) - O grupo foi criado há ano e meio, a convite de uma professora de música que trabalha na escola onde estou a aprender a tocar acordeão. Nessa altura eu já havia formado dois grupos de folclore mas o que gostava mesmo era de música tradicional pelo que a professora desafiou-me a lançar um grupo de música tradicional independente da escola, que está a funcionar no Casal de S. Brás, embora esteja sedeado na Amadora. C.L. - Quantos elementos constituem este grupo? J.P. - O grupo é composto por 30 elementos, cujas idades vão desde os 18 aos 87 anos. O nosso repertório é constituído essencialmente por música popular tradicional, sendo a raíz o folclore e música da canção ligeira nacional dos anos 30 a 70. C.L. - Qual é o público-alvo do grupo? J.P. - Os jovens gostam do que ouvem mas procuram não tanto a variante da música tradicional simples mas sim aquela mais elaborada, onde há a perspectiva de se criar uma variante nova dentro da música tradicional, adap- tando-a à música contemporânea que se vai fazendo. Todavia, esse não é o nosso caso pois este projecto procura respeitar o cariz tradicional da música. C.L. - Que instrumentos se juntam no palco quando actua o GMTPPA? J.P. - Além da voz temos os acordeões, a concertina, a guitarra clássica, os cavaquinhos, os bandolins, uma violeta e alguns instrumentos de percussão tradicionais. C.L. - Que balanço faz do projecto neste primeiro ano e meio? J.P. - O projecto tem corrido muito bem, houve desde logo uma boa aceitação por parte do grupo na forma como os elementos interagem uns com os outros visto. Este é um grupo intergeracional, onde há grandes diferenças etárias, mas tem-se conseguido criar uma forte amizade entre os vários elementos e, a nível de trabalho, penso que tem sido muito bem conseguido e isso reflecte-se nos espectáculos que temos apresentado. C.L. – Onde já actuaram? J.P. - Por enquanto temos actuado apenas na Área Metropolitana de Lisboa, nomeadamente Amadora, Cascais e Lisboa... Não somos ainda muito conhecidos, o grupo ainda não tem qualquer site, não está em blogs nem em nenhuma rede social pelo que toda a publicidade tem sido feita sobretudo através do «boca a boca». Queremos solidificar uma boa base de trabalho para depois podermos divulgar e publicitar mais o grupo. C.L. - Com os actuais 30 elementos o grupo está fechado? J.P. - Não, o grupo continua disponível para receber novos elementos mas como há carência em alguns instrumentos a nossa principal dificuldade é arranjar verbas para ter mais instrumentos uma vez que cada músico tem que ter o seu próprio instrumento já que os temas são interpretados através de pauta musical e não de ouvido. C.L. - Este grupo interpreta apenas temas já existentes ou também tem originais? J.P. - Para já estamos a trabalhar apenas com músicas já existentes mas no futuro a ideia é fazer alguns originais que, no entanto, ainda não estão a ser ensaiados pelo grupo. C.L. - De que apoios vive este projecto? J.P. - De momento vive apenas da carolice e da boa vontade dos elementos que o compõem. C.L. - Quando e onde ensaia o grupo? J.P. - Ensaiamos todas as segundasfeiras, das 20h00 às 21h30, na Escola de Música Maria Luzia, no Casal de São Brás. É complicado conseguir conciliar horários que nos permitam ter toda a gente disponível. Como não há qualquer tipo de pagamento estamos limitados à boa vontade das pessoas que fazem parte do grupo. Por enquanto ainda não está em mente ter uma sede própria mas era importante termos uma sala de espectáculos ou um auditório onde pudéssemos trabalhar as vozes e os instrumentos a nível de sonoridades. C.L. - Além de músico, tem também outras ocupações... J.P. - Sim, tenho várias outras ocupações, todas elas dentro do campo das tradições. Não sou conservador, não entendo a tradição como algo parado no tempo, mas entendo que as nossas tradições devem ser preservadas porque elas são a nossa identidade. Gosto de conservar aquilo que me foi passado pelos meus pais e pelos meus avós, seja nas danças ou nos trabalhos manuais ao nível dos têxteis como os bordados, a renda ou os Arraiolos. Desde muito novo que estou ligado à música tradicional e ao folclore, influenciado pela minha mãe e por duas tias. A minha avó paterna fazia Arraiolos e foi com ela que aprendi essa arte. A minha mãe fazia trabalhos de renda e bordados tradicionais, assim como bolos de noiva que vendiam na região. Daí vem a minha ligação às tradições, aos cantares e às ladainhas tradicionais. Com o tempo fui-me dedicando a outras Grupo de Música Tradicional e Popular Alfazema actuou recentemente na FIARTIL Jardim de Infância dos 3 aos 6 anos A sua Lavandaria Especializada Recolha e entrega ao domicílio Serviço de Lavandaria: 7 às 19h Horário das pt estrelasdeluz. E-mail. geral@ Para Cabeleireiros (1.00e/Kilo) Para Restaurantes (1.30e/Kilo) www.estrelasdeluz.pt Av. Fernando Valle, Lote Nº 30 Loja B • Urbanização de Vila Chã 2700-392 Casal de S. Brás - Amadora Tel. 309 902 496 • Tlm. 962 455 937 | 963 925 114 Todos os dias das 9 às 13h e das 15 às 19.30h Sábados das 9 às 13h. Urbanização Vila Chã Av. Canto e Castro, Lote 41 Loja Esq. 2700-782 Amadora Tel. 214 937 180 Tlm. 965 725 391 Tlm. 960 096 637 José Paz é um autêntico «faz-tudo» actividades, nomeadamente o teatro de revista através do teatro amador de Santarém, sempre vi as artes como algo que fazia por gosto e não como uma actividade profissional. C.L. - Mas considera-se um artesão? J.P. - Para mim o artesão é um indivíduo que trabalha um objecto que assume a identidade e a cultura de um povo, seja a nível regional ou nacional. Todos aqueles que trabalhem objectos que não sejam identificáveis como um produto artesanal de uma determinada zona já não os considero um artesão mas sim um artista de arte contemporânea. Como tal, defino-me como um autor de artes embora quando trabalhe em Arraiolos seja, na realidade, um artesão. Não há ninguém que olhe para um tapete de Arraiolos e não o identifique como um produto português. É o mesmo que olhar para um lenço dos namorados de Viana do Castelo ou para o galo de Barcelos, são símbolos identificativos de uma região. C.L. - Neste momento canta, dança, pinta, produz artesanato... J.P. - Cantar não canto, embora esteja a trabalhar em originais para fazer um disco meu em 2011. Neste momento sou Maestro do Grupo de Música Portuguesa de Tradicional Portuguesa, faço uns pequenos sketches de uma canção de pastoreio e conto duas/três anedotas para intervalar o espectáculo musical. Depois trabalho nos Arraiolos conforme o tempo que tenho disponível, 2010 tem sido um ano para esquecer nesse campo porque tenho feito muito pouca coisa, também faço aguarelas mas não tenho tido muito tempo para pintar. Faço ainda rendas e bordados mas neste momento tenho muitas coisas por acabar e estou a trabalhar numa peça de revista que vou levar a cena no Auditório Carlos Paredes, em Benfica, nos dias 15, 16 e 17 de Outubro, onde sou actor, encenador, produtor e até carpinteiro. O espectáculo é um monólogo de duas horas e meia onde apenas tenho mais quatro músicos em palco para fazer a transferência entre cenas, tudo o mais fica a meu cargo. Além disso, também já Reportagem 24 Agosto 2010 15 Amadora celebra XXXI aniversário O grupo é constituído por cerca de 30 elementos fiz um livro de poesia que falta editar mas que já está concluído e estou também a escrever um romance que dentro em breve estará igualmente concluído. Além de tudo isto, ainda sou motorista de táxis, profissão que não só é uma fuga como é também um encontro com as ideias. Muitas vezes, é ao volante e no contacto com o público que vou buscar as ideias que depois ponho em prática. C.L. - A música não lhe rouba tempo para desempenhar o seu trabalho enquanto autor de artes? J.P. - Rouba muito tempo, sim, mas não é um tempo que eu dê por mal empregue ou que sinta falta dele. Penso que seremos actualmente o único grupo em Portugal que está a apostar na música ligeira da canção nacional. Não há ninguém a trabalhar nessa área musical, por enquanto temos vindo a trabalhar na música tradicional, Um encenador que também faz Arraiolos por ser mais fácil, mas queremos ter no nosso repertório música que passava na emissora nacional nos anos 30/40 e onde constavam vozes como Maria Clara, Teresa Tavares, Helena Silva ou Beatriz Costa, entre outras. C.L. - Já tem espectáculos agendados? J.P. - Estivemos no Estoril, na FIARTIL, no passado dia 17 de Agosto e, para já, apenas temos agendado um espectáculo no cineteatro de Loures no mês de Outubro. Temos vindo a apostar nas câmaras que nos vão cedendo os espaços municipais gratuitamente porque não temos patrocinadores, nem privados nem estatais. Perto do final do ano queremos realizar um espectáculo por ocasião do segundo aniversário do grupo e acredito que nessa altura o grupo já estará mais definido, o que nos permitirá enveredar por outro caminho, que inclua uma maior divulgação. C.L. - Com tantas actividades profissionais consegue arranjar tempo para a família e para os amigos? J.P. - Muito pouco, ainda não tenho filhos, o que facilita, mas a minha mulher já se vai queixando. No entanto, não consigo estar parado e até chega a haver alturas em que estou no táxi e, enquanto espero pelos clientes, vou fazendo Arraiolos ou renda. Sempre gostei de ter gente à minha volta, só estou fechado em casa se estiver a fazer Arraiolos ou renda, por exemplo, mas nunca serão muitas horas porque sinto necessidade de falar e interagir com as pessoas. É com muita música, dança, desporto, exposições e uma feira do livro, entre outras iniciativas, que a Amadora assinala ao longo do mês de Setembro o seu 31º aniversário. As celebrações arrancam no dia 4 de Setembro com uma Feira de Ervas Medicinais, Aromáticas e Condimentares na Casa Roque Gameiro e com a realização do Campeonato Nacional Absoluto de Xadrez, prova que decorre até 12 de Setembro na Residencial Jardim da Amadora. A partir desse dia, poderá também optar por um leque variado de exposições, nomeadamente a documental sobre a vida e obra de Laranjeira Santos na Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos, a exposição Utopia de Arte Fantástica na Casa Roque Gameiro ou a exposição de Banda Desenhada alusiva à 1ª República, patente no Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem. Destaque também para a exposição de Esculturas de Ar Livre de Laranjeira Santos, patente em locais como o Centro de Arte Contemporânea, os Jardins da Casa Roque Gameiro ou o Círculo Artístico e Cultural Artur Bual, entre outros. Em termos desportivos merece destaque a iniciativa «Desporto na Rua» em que os amadorenses poderão fazer exercícios de Step, Fitball e Stretching na Estação de Metro Amadora-Este nos dias 4, 11, 18 e 28 de Setembro. Já o Body Vive, o Pilates e o Yoga podem ser vivenciados no dia 5 de Setembro mas no Parque Central da Amadora, infra-estrutura que recebe também acções de Esgrima, Ténis de Mesa, Xadrez, Slide ou Jogos Tradicionais. Nos dias 9 e 10 de Setembro a população não irá querer perder o espectáculo «Relações» que a Companhia de Bailado Quórum Ballet está a preparar para apresentar nos Recreios da Amadora. O dia que assinala o aniversário do município, 11 de Setembro, será marcado pelo Hastear da Bandeira nos Paços do Concelho e pela Sessão Solene que, uma vez mais, decorre nos Recreios da Amadora. Nessa noite, a população poderá também assistir a um espectáculo nos Recreios da Amadora a cargo dos Ciganos de Ouro. Merecem também destaque o Passeio em BTT organizado pelo Grupo de Cicloturismo Estrelas da Amadora no dia 12 de Setembro e o concerto que os Pontos Negros e os Corvos irão dar no Parque Central no dia 17. Nesse mesmo dia arranca mais uma edição da Feira do Livro da Amadora que poderá ser visitada no Parque Delfim Guimarães até 5 de Outubro. Dia 18 será a vez de os Deolinda actuarem no Parque Central e, no dia seguinte, ocorrerá o Desfile de Fanfarras dos Bombeiros da Amadora. Por sua vez, Mr. Smith sobem ao palco no dia 24 de Setembro e no dia seguinte tem lugar na Casa Roque Gameiro a Feira de Antiguidades, Velharias e Coleccionismo. Também no dia 25 o Radical Skate Clube organiza na Ilha Mágica do Lido o Amadora Extreme Cup, podendo a população terminar esse animado dia escutando as músicas de Cristina Nóbrega nos Recreios da Amadora. O Festival de Bandas Filarmónicas terá lugar no dia 26, no Parque Aventura, enquanto a Sessão Pública de entrega da 13ª edição do Prémio Literário Orlando Gonçalves está marcada para dia 30, na Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos. O programa das festas conta ainda com dezenas de iniciativas promovidas e dinamizadas pelas onze freguesias do concelho da Amadora e que abrangem áreas tão distintas como o desporto, a cultura ou o lazer. A Junta de Freguesia de Alfragide associa-se às Comemorações do XXXI Aniversário das Festas da Cidade de Amadora e deseja a toda a população do Concelho as melhores Festividades. A Presidente, Beatriz Felisbela de Noronha Rua Miguel Torga, 2 – Alfragide - 2610-089 Amadora Tel: 21 471 49 24 - Fax: 21 471 93 96 – E-mail: [email protected] www.freg-alfragide.pt Rua 5 de Outubro, n.º 7 A/B 2700-197 AMADORA • Tel. 21 498 99 00 IPSS Urgências www.ovigilante.pt • [email protected] ao Domicílio 24 horas aos Sábados, Domingos e Feriados dias da semana das 21.00 horas às 06.00 horas 16 Reportagem • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: P.Q. e J.R. 24 Agosto 2010 Queluz recebeu milhares de visitantes Personalidades provaram ginjinha Marquesas, peruqueiros, modistas, ar tesãos, vendedores de carvão e de pei xe, aguadeiros, oleiros e vendedores de produtos tradicionais... ninguém faltou à III Feira Setecentista de Queluz, que se realizou junto ao Palácio Nacional Marquesa quis comprar vestido novo Frade franciscano também não faltou à feira de Queluz nos passados dias 30 e 31 de tam de vestidos brilhantes mas nem sempre Santo António: Agora ouvi sim, foi um Julho e 1 de Agosto. têm bom gosto”, refere bem-disposta. passarinho, disse-lhe. - Um passarinho a Uma das figuras mais proeminentes Envolta entre dezenas de tecidos de cantar assim tão bem?, perguntou o meque se pavoneavam pela feira era a Mar texturas e tonalidades diferentes, a mo nino. – Anda, vamos ver da tua mãe que quesa Genoveva de Menezes, também dista contou ao jornal O Correio da Linha já estás a querer saber de mais, disse-lhe ela atingida pela crise que já naquela o seu papel nesta Feira Setecentista: o Frei. E por esse motivo ele é conhecido altura se fazia sentir: “Vim à feira mercar “Tenho aqui os moldes das roupas e vim a como o Santo protector dos namorados”. porque o meu queridíssimo esposo Gervásio esta feira para tirar as medidas às pessoas Quem também marcou presença na de Menezes é alérgico a gastar dinheiro e e para mostrar os moldes das roupas a to- feira foi Lino Ramos, Vereador do por isso temos pouca criadagem, de maneira dos aqueles que queiram e possam comprar. Turismo da Câmara Municipal de que tenho de ser eu a vir mercar”. Costuro, coloco rendas e faço bordados, en- Sintra (CMS), entidade responsável Quando perguntamos à nobre senhora fim, uma parafernália de coisas que ajuda as pela organização da iniciativa: “Este quem procurava na feira, Genoveva de damas a compor as suas toilettes para esta- tipo de eventos destinam-se a dinamizar Menezes explica ao nosso jornal que rem apresentáveis nos bailes”, esclarece. o turismo mas também a mostrar o bom “espero que o senhor peruqueiro me aten- Outra figura que não passou desperce que aqui fazemos em termos de artesanada porque tenho a peruca toda desgrenhada bida aos milhares de visitantes que ao to. Por outro lado, esta iniciativa resulta e não quero que me confundam com essas longo dos três dias visitaram a Feira de um conjunto de sinergias entre várias criaturas horrendas que por aí andam por- Setecentista de Queluz foi um Padre entidades como os expositores, o quartel, a que sou uma pessoa de condição e que, ain- Franciscano que se fazia acompanhar CMS e a Junta de Freguesia de Queluz”, da por cima, está de esperanças”, diz por pela tradicional imagem de Santo An ressalva. entre um imenso sorriso de felicidade. tónio: “Trago a imagem de Como qualquer grávida que se preze, Santo António, que foi quem também a Marquesa tem os seus dese ajudou a criar as regras da jos e caprichos. E neste caso específico, Ordem de São Francisco de o desafio foi bem difícil de superar... Assis. Santo António tornoupelo seu marido: “Tive um desejo muito se muito popular por várias grande logo pela manhã, que foi que o meu razões, algumas serão veríqueridíssimo esposo Gervásio de Menezes dicas, outras meras lendas. fosse a pé até ao Porto e voltasse. Ele ainda Porque é que Santo António não voltou, não sei se será bom sinal, e por é considerado o protector dos causa disso tive de vir mercar sozinha”, diz namorados? Reza a lenda que num tom altivo. certa noite Santo António foi Pouco depois, a figura nobre era recebi passear para um jardim e, às da pelo atarefado peruqueiro Senhorito tantas, encontrou um menino Pirelli, sem mãos a medir tantas eram – que se pensa ser o Menino as solicitações para os seus serviços: Jesus - que se tinha perdido. “Faço a construção das perucas e dos tou- Pegou nele ao colo – daí a ra cados, bem como a aplicação dos cabelos na zão da figura dele surgir com Peruqueiro explicou os segredos da peruca cabeça das senhoras marquesas. Além dis- um menino ao colo – e às tanso, dou-lhes conselhos sobre a moda do que tas chegaram a uma fonte onde estava um se passa em França e na Itália e com certeza casal de namorados. Eles trocaram um que aconselho as damas a usar o penteado beijo mais ruidoso e o menino perguntou que lhes fica melhor”, explica. ao Frei António que barulho era aquele. E quais serão as tendências da moda – Não ouvi nada, disse-lhe o Santo Ansetecentista? “Este ano usam-se os touca- tónio. Nisto o casal troca mais um beijo dos muito grandes. Reza a história que uma ruidoso e o menino voltou a interpelar o princesa francesa escondeu o colchão que tinha na cama debaixo do toucado pois a moda é mesmo essa: toucados muito volumosos”, refere. Quem partilhava da opinião do peruqueiro era a simpática modista para quem a palavra vo lume condizia com es tatuto social: “Na moda estão as rendas, os bordados e os trabalhos espampanantes. Quanto mais nas vistas der o vestido, melhor! Os nobres gos- Animação esteve sempre presente Uma artesã e os seus trabalhos em cerâmica Frutos do Mar 87 Óculos de sol de diversas marcas Produtos congelados de alta qualidade Peixe – Marisco – Salgados e Legumes Fornecedor de Cantinas Restaurantes e Peixarias Loja 1 (Queluz) Rua José Afonso, n.º 32 A Casal das Quintelas • Tel.: 21 436 09 85 Loja 2 (Amadora) Av. D. Nuno Álvares Pereira, 8 A Tel.: 21 492 67 67 NOVA LOJA EM VILA CHÃ Pequeno Mar Av. Canto e Castro, n.º 3 B - AMADORA Armações e lentes das melhores e pretigiadas marcas Lentes progressivas a partir de 80e A nossa qualidade marca a diferença Av. José Elias Garcia, 180 - 2745 Queluz • Telefone: 21 436 03 50 Reportagem 24 Agosto 2010 na Feira Setecentista Os actores tiveram um papel sempre interventivo e de animação porque a Câmara Municipal de Sintra também se interessou por esta vertente. As feiras setecentistas têm sido um enorme êxito e tanto os visitantes como os expositores têm-nos pedido sucessivamente para que voltemos a realizar esta feira”, adiantou. Comparativamente com as duas edi ções anteriores, a deste ano tem o do bro dos expositores e a expectativa era que o mesmo acontecesse com o público: “Vai ter com certeza muito mais gente, ainda para mais porque a feira foi divulgada pela televisão pelo que estou certo que esta feira será um enorme êxito”, perspectivava o autarca. À semelhança de Lino Ramos, tam bém António Barbosa de Oliveira conseguiu entrar no espírito setecen tista: “Não posso vir mascarado como eles porque senão ninguém me reconhecia mas o ambiente está fantástico, podemos comprar a ginja tal e qual era feita no Imbuído no espírito da feira, Lino Ramos era o testemunho fiel dos sentimentos vividos pelos visitantes desta iniciativa histórica: “Quem cá vem consegue recuar facilmente ao século XVII, ainda recentemente assisti a uma pequena desavença setecentista muito bem representada pelos animadores e estou certo que todos aqueles que aqui vêm conseguem transportar-se para o século XVII”, promete. Também o Presidente da Junta de Freguesia de Queluz, Antó nio Barbosa de Oliveira, não faltou à inauguração da Feira Setecentista, que classificou de êxito: “Esta é a terceira feira setecentista que se realiza em Queluz. Temos apostado em ajudar na organização deste tipo de iniciativas O presidente da Junta de Freguesia com amigos século XVII, o pão ou os licores. Vive-se o espírito da época, onde se encontra calçado e roupa feita à mão”, exemplifica. Entre os vários animadores da feira, o Presidente da Junta de Freguesia de Queluz destacou “a recriação da corte da Rainha D. Maria I, que é uma referência para muita gente. Há uns anos pusemos um actor a fazer de rainha a passear pelas ruas da freguesia num coche, as pessoas interiorizaram-no como sendo mesmo a rainha e queriam saudá-la e cumprimentá-la de tal forma que a rainha improvisada teve de ir a uma janela do Palácio de Queluz acenar às pessoas que não se calavam porque a queriam ver”, conclui por entre risos. Com 90 expositores e cerca de 40 ani madores em permanência, a organi zação deste evento demorou vários meses a preparar para chegar aos três 17 Alguns dos animadores da Feira Setecentista dias de feira e ter tudo pronto para um fim-de-semana que se revelou de festa contínua e muita animação. Berçário • Creche • Jardim de Infância Apoio Escolar 1.º e 2.º Ciclo • Expressão Motora Expressão Musical • Expressão Dramática Expressão Plástica • Natação • Karaté • Dança • Informática • Actividades de Verão Inglês Aprender é divertido 18 Entrevista 24 Agosto 2010 • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: J.R. Mais um final feliz na Fiartil A poucos dias de cair o pano sob mais uma edição da FIARTIL, o jornal O Correio da Linha falou com António Martins, director do evento, que se mostrou extremamente satisfeito com os números provisórios alcançados pela feira deste ano. Comparativamente com o ano transacto, a FIARTIL registou um aumento de 7% no número de visitantes, valor que explica pelas noites quentes que se têm feito sentir em Cascais e pela menor deslocação de cascalenses para outras zonas do país em período de férias. a esta edição de 2010: “Em comparação com a última edição, este ano temos mais 7 por cento de pessoas a entrar na feira até à data, pelo que os objectivos foram conseguidos”, sustenta António Martins. Além das boas condições climatéricas, António Martins encontra ainda outro factor que justifica o aumento de visitantes da FIARTIL na edição deste ano: “É provável que este ano as pessoas tenham ido menos de férias para fora do concelho”, adianta. Pelas conversas que tem mantido com alguns dos artesãos presentes na FIARTIL, “as vendas têm sido semelhantes a outros anos mas, como é lógico, eles [artesãos] têm sempre tendência a querer mais. Apesar da crise, creio que as vendas correm dentro dos parâmetros normais”, ressalva. A FIARTIL tem mantido nos últimos o mesmo modelo de feira, sinal de que em equipa vencedora não se mexe... ou, pelo menos, mexe-se muito pouco: “A única alteração que fizemos em Visivelmente feliz! Foi com este estado de espírito que, a poucos dias de terminar a 47ª edição da Feira do Artesanato do Estoril (FIARTIL), falámos com António Martins, director do certame: “A edição de 2010 tem vindo a decorrer muito bem, temos tido a sorte deste Verão estar a ser excepcional, com noites quentíssimas e sem vento, que nesta feira é condição sine quo non para termos muita gente. As pessoas vêm ver e comprar artesanato, aproveitam para jantar e para assistir aos espectáculos musicais. Este ano temos tido mais gente que no ano passado”, assume, satisfeito. Ao contrário de outros anos, S. Pedro tem sido amigo da organização da FIARTIL. Depois de dois anos muito complicados, 2009 já foi um ano favorável mas, ainda assim, nada comparável Uma feira onde casas para pássaros se comercializam relação a outros anos foi a criação de mais um espaço de restauração porque notámos que quando recebemos mais de 1.500 pessoas a feira começa a «engasgar-se». Este ano já tivemos aqui noites com mais de 2 mil pessoas e nessas situações há quem acabe por ir embora porque não há hipóteses de os restaurantes atenderem toda a gente”, lamenta o Director da FIARTIL, i n c a p a z d e o p i n a r Uma das expositoras presentes na FIARTIL sobre os pontos mais altos da feira deste ano: “Todos os fins- a visitar semanalmente a FIARTIL, de-semana são fortes, nomeadamente as será esta feira um dos principais focos sextas-feiras e os sábados onde, com as de atracção do concelho de Cascais verbas que dispomos para a animação, durante os meses de Verão? António conseguimos reunir um cartaz agradável Martins não tem dúvidas: “Para as e equilibrado. Temos dias de semana onde famílias com crianças este é, sem dúvida, conseguimos ter mais de 1.500 pessoas, um dos pontos de paragem obrigatória no números que são pouco comuns mas que concelho de Cascais. Para este target, esta nos deixam muito satisfeitos. Mas, como feira será uma das principais atracções do digo, para isso muito tem contribuído Verão de Cascais”. o estado do tempo, que tem sido fantástico”. Por todos estes motivos, o responsável não tem dúvidas em afirmar que, em anos futuros, o actual modelo da FIARTIL é para manter pois “parece-me o mais adequado e o espaço também é bastante satisfatório, não está previsto sairmos de onde estamos. Por outro lado, estamos satisfeitos com o actual número de artesãos, não temos espaço para receber mais mas iremos manter a tendência de contar apenas com artesãos nacionais”. Com milhares de pessoas A arte de fazer sabonetes artesanais de diversas formas Troca de nomes O jornal O Correio da Linha publicou na passada edição de Julho uma entrevista com Paula Marques, bailarina e coreógrafa da Companhia de Dança Paula Marques. Por lapso, a recém criada instituição foi denominada, em subtítulo, de Companhia de Dança Paula Neves pelo que entendemos aqui atribuir o seu a seu dono. A Companhia de Dança Paula Mar ques foi criada no passado mês de Janeiro, sendo já responsável pelos espectáculos «Lágrimas que Secam» e «Sentimentos e Batuques». Entrevista 24 Agosto 2010 19 Estoril celebra 95º aniversário A freguesia do Estoril assinala no mês de Setembro o seu 95º aniversário com um programa simples mas que seguramente irá cativar a atenção da população pelas suas actividades de índole cultural. O jornal O Correio da Linha falou em exclusivo com o Presidente da Junta de Freguesia do Estoril, Luciano Mourão, sobre esta importante data e a forma como a mesma será comemorada. O Correio da Linha (C.L.) - De que forma vai a freguesia do Estoril assinalar o 95º aniversário? Luciano Mourão (L.M.) - De uma maneira muito simples! Não estamos em condições de fazer grandes festas pelo que iremos celebrar o aniversário de uma forma singela. Vamos aproveitar para fazer uma exposição de cerca de 80 quadros oferecidos por antigos expositores à Junta de Freguesia e vamos vende-los para que a receita angariada reverta a favor de instituições de solidariedade social da freguesia do Estoril. C.L. - Quando estará patente essa exposição? L.M. - A exposição decorrerá no Salão Alguns dos quadros que vão ajudar IPSS da Junta de Freguesia entre os dias 4 e 18 de Setembro, das 10h00 às 18h00, excepto domingos e segundas-feiras. As pessoas podem vir para comprar mas também só para visitar e apreciar as obras. Trata-se de quadros extremamente interessantes, alguns dos quais da autoria de artistas nacionais muito conceituados que podem ser adquiridos por um preço inferior ao normal. De realçar também que a inauguração será ainda abrilhantada por um concerto de música coral a cargo do «Coral Vozes do Estoril», que é o grupo que pertence à Junta de Freguesia. C.L. - Como serão seleccionadas as instituições? L.M. - Ainda não estão definidas quais irão ser seleccionadas mas serão, seguramente, instituições que se destacaram no apoio social na freguesia do Estoril. Se no final houver quadros que não tiverem sido vendidos deveremos fazer um leilão porque o que nos interessa não é ter quadros em armazém mas sim vendê-los para angariar verbas para distribuir pelas ditas instituições. C.L. - Que outras iniciativas estão programadas para assinalar o aniversário? L.M. - Tínhamos pensado fazer pela primeira vez a atribuição de Medalhas de Mérito da freguesia mas, para terem valor, as medalhas têm de ser registadas na Heráldica, o que não conseguimos. Como tal, ainda não será este ano que iremos atribuir Medalhas de Mérito mas iremos lançar no dia 18, pelas 18h30, o livro «A Toponímia do Estoril», editado pela Junta de Freguesia do Estoril. Nesse dia faremos ainda um jantar de aniversário para o qual convidámos SMAS investe 10 milhões Os SMAS de Oeiras e Amadora vão investir no próximo ano 10 milhões de euros na remodelação das redes dos dois concelhos. Ao todo, são cerca de 40 quilómetros de condutas de saneamento e 65 quilómetros da rede de abastecimento de água. Entre as empreitadas consta a remodelação das redes de água de Linda-a-Velha, a remodelação das redes de abastecimento de água de Vila Fria, a remodelação das redes de abastecimento de água do Torneiro, Bairro Francisco Sá Carneiro ou Bairro São João de Deus, entre outros. No entender dos SMAS de Oeiras e Amadora, a realização destas obras é essencial para manter a qualidade da água e reduzir as perdas de água nos concelhos de Oeiras e Amadora que, ainda assim, são percentualmente das mais baixas do país. as forças mais representativas da freguesia. É apenas este o programa que escolhemos para assinalar o 95º aniversário do Estoril. C.L. - É um programa que vai ao encontro da contenção que o país vive actualmente... L.M. - Obviamente que sim. Temos que levar em linha de conta as restrições que nos são impostas a nível de receitas porque se há cortes nos lucros também tem necessariamente de haver cortes nos gastos. Não pode haver despesas sem haver receitas! C.L. - Tanto a exposição como a apresentação do livro serão Um presidente satisfeito com a obra desenvolvida iniciativas abertas à população... Quando chegar ao final deste manL.M. - Sim, iremos enviar alguns dato completarei 20 anos neste cargo convites a várias personalidades mas pelo que há que dar o lugar a outros. tanto uma iniciativa como a outra são É óbvio que é uma tarefa que deixa abertas à população. Apenas o jantar sempre saudades mas também sei que não é aberto a toda a gente! [risos] vou terminar este mandato com 70 C.L. - Qual é a importância desta anos de idade pelo que devemos saber celebração para a população do Es- sair enquanto estamos em condições. toril? C.L. - O programa comemorativo do L.M. - É difícil medir a importância 95º aniversário é essencialmente culque esta comemoração terá para a tural. Esta é uma área primordial para população. O que sei é que fizemos a a Junta de Freguesia do Estoril? comemoração do 90º aniversário e de- L.M. - É uma área importante mas não finimos então que, até ao centenário, é a principal prioridade, essa será a apenas comemoraríamos os 95 anos Área Social. Dentro das nossas limide existência sendo que, a partir dos tações, a vertente social tem sido e cem, a efeméride passaria a celebrar- vai continuar a ser a área onde mais se anualmente. iremos investir porque, apesar de ter C.L. - Esta será a última celebração fama de rica, esta freguesia não o é. O antes do centenário? Estoril tem várias bolsas de pobreza L.M. - Comigo é, no próximo mandato e é preciso, dentro das nossas limijá não poderei concorrer a este cargo tações, apoiar as pessoas com mais porque a lei limita os mandatos dos necessidades através de outras instiPresidentes de Junta e, como já ul- tuições com as quais colaboramos. De trapassei essa limitação, não poderei qualquer forma, a Cultura é uma área concorrer mais uma vez. importante e também por isso criámos C.L. - Tem pena de não ser o presi- um Grupo Coral e desenvolvemos dente do Estoril quando a freguesia inúmeras iniciativas com diversas celebrar o seu centenário? entidades como a Câmara Municipal L.M. - Não sou saudosista nem uma de Cascais ou a Academia de Letras pessoa que se amarra ao passado. e Artes, entre outras. Rua de São José - Alvide 2775-316 Alcabideche Tel./Fax 21 486 87 51 .a feira Encerra à 3 A qualidade gastronómica com atendimento de eleição num ambiente de requinte 20 Entrevista • Texto: Pedro Quaresma • Fotos: P.Q. e C.M.O. 24 Agosto 2010 Travessia Bessone Basto tem recorde Luís Salgueiro, Bessone Basto e Rafael Sal gueiro A orla ribeirinha do concelho de Oeiras acolhe na manhã do próximo dia 12 de Setembro a quinta edição da Travessia António Bessone Basto que este ano deverá receber cerca de 200 nadadores divididos por três provas. Organizada pela Câmara Municipal de Oeiras (CMO) e pela Federação Portuguesa de Natação (FPN), em parceria com a Oeiras Viva, os SMAS de Oeiras e Amadora e a Sanest, a V Travessia António Bessone Basto irá arrancar pelas 10h00 com o início do Campeonato Nacional de Masters, que decorrerá entre o Centro Náutico de Paço de Arcos e o Porto de Recreios Atletas da estafeta do SAD Campeão Nacional de Oeiras. Nesta primeira prova o grande aliciante será a participação do patrono da travessia que se associa pela primeira vez, enquanto participante, a este evento. Pelas 10h45 terá início a Taça COMEN que levará os nadadores a percorrer os cinco quilómetros entre o Forte de S. Bruno, em Caxias, e o Porto de Recreio de Oeiras. Quinze minutos mais tarde, tem início o Campeonato Nacional de Águas Abertas no qual são esperados os melhores especialistas nacionais desta vertente da natação. Em entrevista exclusiva ao jornal O Correio da Linha, o Chefe da Divisão de Desporto da CMO, Rafael Salgueiro, salientou que “a iniciativa tem feito parte do circuito de Águas Abertas mas este ano deixa de ser uma prova aberta ao circuito pois irá incluir o Campeonato Nacional de Masters e o Campeonato Nacional de Águas Abertas”, destaca. Assim sendo, a Travessia passará este ano a ser um dos momentos mais altos das competições nacionais em Águas Abertas depois de a Federação ter escolhido o concelho de Oeiras como o local privilegiado para esta disciplina. “Decidir nas nossas águas o Campeão Nacional de Águas Abertas vem dar ainda mais brilho à homenagem que há cinco anos fazemos ao António Bessone Basto, ao darmos o seu nome a esta travessia”, sublinha o responsável que, apesar de “alguns constrangimentos orçamentais” resultantes de “um ano complicado”, garante ter “tudo o que é necessário para o sucesso da prova, isto é, um rio com boas condições naturais e, a nível logístico, temos dado provas de que conseguimos fazer um bom trabalho. Aliás, só não fazemos mais provas porque o tempo de maré não nos possibilita”. Dada a boa experiência verificada há dois anos, a Confederação Mediterrânica de Natação vai voltar a aproveitar a Travessia António Bessone Basto para realizar a terceira edição da Taça COMEN. “Será uma competição que vai reunir algumas selecções jovens estrangeiras e é para nós um or- te António Bessone Bastos, hoje com gulho merecer essa confiança, o que quer 65 anos e já com milhares de quilómedizer que a organização e as condições tros de braçadas dadas. que proporcionamos são interessantes”, Depois de quatro anos em que apenas destaca Rafael Salgueiro. assistiu de fora à disputa das várias No total, a organização perspectiva provas da travessia com o seu nome, o ter nesta quinta edição da Travessia antigo atleta olímpico aceitou finalmenBessone Basto perto de 200 nadadores, te o desafio de, também ele, participar número que assegura um fantástico na prova de veteranos. “Decidi voltar a espectáculo náutico: “Durante largos competir este ano porque todos os nadadominutos, vai estar sempre gente a chegar res me pediam para participar na «minha» ao Porto de Recreios de Oeiras, o que prova. No fim da quarta edição prometi, em acaba por ser um desafio interessante em jeito de brincadeira, que iria participar na termos organizativos e um bom espectácu- seguinte e em Novembro, no dia dos meus lo para quem vier assistir, só espero que o anos, o meu amigo Luís Salgueiro ligou-me tempo também ajude”, perspectiva. e lembrou-me do que eu havia prometido. O facto de acolher pela primeira vez o Comecei então a pensar mais a sério nisso Campeonato Nacional de Águas Aber- e optei por recomeçar a nadar, que era algo tas motivou não só que a travessia se destinasse apenas a atletas federados mas também a um encurtamento do percurso: “Nas quatro edições anteriores a prova decorreu de Algés a Oeiras, entre os dois limites do concelho na sua zona ribeirinha, antecipando aquilo que será o Passeio Marítimo entre as duas localidades”, salientou Elementos da estafeta mista no Sport Álges e Dafundo Rafael Salgueiro. Em termos de segurança, o Chefe da que já não fazia há muito tempo pois ganhei Divisão de Desporto da CMO afiançou uma aversão à Federação do meu tempo peque a travessia “tem garantidos vários las suas politiquices. De qualquer forma, meios de socorro, nomeadamente através encaro esta volta à natação como uma brinde Bombeiros e da Polícia Marítima mas cadeira porque continuo a sentir que devia também do Clube do Mar de Paço de Ar- ter nascido 300 quilómetros aqui ao lado, cos. Além disso, teremos barcos rígidos em Espanha”, refere. e motas de água ao longo do percurso, é Todavia, as críticas que tem para com uma logística bastante complicada que a Federação do seu tempo dissipam-se obriga a ter vários barcos de apoio porque por completo quando António Bessone é preciso prever o imprevisto”, refere. Bastos fala da CMO: “Em jeito de brinHá muitos anos que o concelho de cadeira, costumo dizer que esta câmara já Oeiras está tradicionalmente ligado merecia fazer fronteiras porque é tão difeaos feitos da natação portuguesa, rente de tudo quanto vemos por esse país nomeadamente através do trabalho fora. Oeiras tem feito muito pelo desporto e desenvolvido pelo Sport Algés e Da- essa vontade ajuda-nos a nós, atletas, a ter fundo (SAD), que aliás já deu ao país aquela «gasolina» e a não nos sentirmos veatletas olímpicos não só ao nível da lhos. Esta prova acaba por ser também um Natação como de outras modalidades cartão-de-visita de um rio que em tempos como o Judo, a Vela ou a Ginástica. foi um pouco maltratado mas que agora está Um dos valores mais seguros de sem- uma maravilha”, destaca. pre da natação nacional é precisamen- Recordando os seus tempos de nadador olímpico, António Bessone Basto não se coíbe de criticar os clubes, que “hoje têm muito melhores condições mas falta-lhes mística, falta-lhes amizade entre os elementos. Foram esses os elementos que mais tarde levei para outros clubes quando fui experimentar outras modalidades”. Lembrando grandes nomes da natação lusa como “Vítor Fonseca, Luís Vaz Jorge, Fábio Ribeiro ou Fernando Madeira, entre muitos outros”, o nosso entrevistado acredita que a distinção de ter uma prova com o seu nome se deve “às diversas provas que ganhei no Tejo. Sou uma figura conhecida não só na natação, fiz várias modalidades e por isso me escolheram a mim mas sou só o fiel depositário de várias gerações anteriores à minha, que também ganharam muitas provas. Para ter uma ideia, só Travessias do Tejo o meu avô ganhou doze”, diz bem-disposto. O regresso à competição não tem sido encarado de ânimo leve pela família que se queixa da ausência de tempo do nadador sénior: “Toda a gente na minha família me diz que a natação me deixa muito magro e é verdade que nesta idade as marcas dos treinos reflectem-se mais facilmente no nosso rosto. Quando faço algo, gosto de estar próximo da perfeição mas continuo a Entrevista 24 Agosto 2010 de atletas Exposição de fotografias não conseguir nadar como queria porque além de reformado sou mariscador, faço a apanha do perceve e o mergulho é muito duro. Chego a mergulhar quatro dias por semana cerca de cinco horas e depois descanso o resto do dia e nado à noite. Manter este ritmo para alguém com quase 65 anos é muito difícil, tenho um primo-irmão, o José António Sacadura, que sempre que pode me dá uns treinos mas há semanas em que só vou à piscina um Bessone Bastos um atleta de alto gabarito dia”, explica. Apesar do cansaço e das dificuldades Inatel promove sete provas pelo que, quem que espera encontrar ao longo do per- quer levar isto com regularidade, tem todos curso da prova, o nadador traça expec- os meses oportunidade de participar numa tativas elevadas para a travessia: “O que prova”, sublinha. espero é que venha muita gente, eu também De momento, cerca de 90% da equipa lá vou estar e vou fazer a minha prova com de Masters do CCD Oeiras nada tamalgum cuidado porque não posso esquecer- bém no SAD. A justificação deve-se me que já tenho alguma idade, quero fazer também à inexistência de mais clubes a prova em ambiente de festa e divertir-me. masters de natação no concelho de A vergonha não é perder mas sim desistir Oeiras: “Temos neste momento 11 atlede tentar ganhar. A derrota é um incentivo tas e uma das lacunas que existiam no para a vitória e quando se perde há que se concelho era a inexistência de um clube saber perder para quando ganhar também para atletas masters. Anteriormente, os saber ganhar”. atletas do concelho que queriam naPara melhor se preparar para a prova, dar nas provas do Inatel tinham que ir António Bessone Basto voltou, no final para outros clubes como o Estoril ou o do ano passado, a fazer parte da equipa Belenenses”, recorda Luís Salgueiro. do SAD mas também do recém-criado Em pouco mais de meio ano, António Clube de Natação CCD Oeiras, um Bessone Basto bateu, a nadar pelos dois clube dedicado exclusivamente a atle- clubes, mais de 20 recordes nacionais. tas masters e que conta nas suas filei- Todavia, tal feito não deslumbra o naras com nomes como Ricardo Pedroso, dador: “Não ligo muito aos recordes que Rafael Salgueiro, Luís V. Salgueiro ou bati até porque este foi um ano em que apeIsabel Castro Raimundo, entre outros. nas comecei a «olear a máquina». Não me A necessidade de nadar por dois clubes interessa se nado com atletas de 20, 30 ou diferentes é explicada pelo atleta e ami- 40 anos, o que pretendo é atingir bons rego Luís Salgueiro: “É tudo uma questão sultados e procurar fazer cada vez melhores de regulamentos, nadamos pelo Algés nas tempos”, promete. provas ligadas à Federação e pelo CCD Competitivo por natureza, o patroOeiras em provas organizadas pelo Inatel. no da travessia de Águas Abertas de A FPN organiza duas provas, um Open Oeiras tem já traçado um objectivo de Inverno e outro de Verão, enquanto o muito concreto para a época que se avizinha: “Se arranjar um patrocinador espero ir à Ucrânia em Setembro de 2011 para participar nos Campeonatos da Europa. Toda a minha vida gastei dinheiro do meu bolso com o desporto, fui a Campeonatos do Mundo em que paguei tudo e só quando os bons resultados surgiram é que aqueles que estavam escondidos finalmente apareciam para me dar palmadinhas nas costas”, conclui. Atletas de estafeta em representação do CCD Oeiras Gerência da Pastelaria “Os Santinhos” 21 Estrada Marginal S. Pedro do Estoril Tel. 214 534 145 Música com DJ ao fim-de-semana Refeições ligeiras • Sandes diversas • Sumos naturais tudo bem acompanhado com uma excelente vista sobre o Oceano e em ambiente natural todos os dias das 10h às 24h Muitas das fotografias que participaram no IV Concurso de Fotografia «Ambiente dá Vida», promovido pelo nosso jornal, estiveram recentemente patentes no Oeiras Parque e no Centro de Interpretação Ambiental da Pedra do Sal. Entre 02 e 08 de Agosto, a mostra esteve patente no Shopping da Linha e terá sido vista ao longo da semana por cerca de 200 mil visitantes, entre Milhares de pessoas visitaram a exposição no Oeiras Parque os quais Maria Vanda Mendes e os seus dois filhos: “Apesar de não costumar participar em concursos de fotografia gosto de apreciar imagens bonitas e esta exposição tem muitas fotos interessantes. Não sabia desta mostra mas decidi vir passear ao Oeiras Parque com os meus filhos e deparei-me com esta exposição, que é uma iniciativa de louvar”. A poucos metros encontrámos a visitante Margarida Rodrigues, muito atenta aos trabalhos: “É uma exposição extraordinária, com imagens espectaculares. Gosto muito de fotografar e, porque sou amadora, não costumo participar em concursos mas talvez concorra para o ano no quinto concurso de fotografia promovido pelo vosso jornal”, promete. Quem se mostrou extremamente satisfeita com a adesão da população à exposição foi Ana Pestana, Directora de Marketing do Oeiras Parque: “O balanço é manifestamente positivo porque traduz a capacidade de dois agentes locais, no caso um centro comercial e um jornal, desenvolverem com êxito uma parceria que tem significado para o concelho. Para o Oeiras Parque, esta exposição representou mais um factor de atracção para os seus visitantes e que enriquece a vida cultural local. Esperamos que a exposição tenha contribuído para sensibilizar a população para as questões do ambiente, que era outro dos nossos objectivos”, afiança. A mostra seguiu, dias depois, para o concelho de Cascais onde esteve patente de 17 a 31 de Agosto no Centro de Interpretação Ambiental da Pedra do Sal (CIAPS). Carlos Carreiras, Vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, fez questão de se associar à iniciativa marcando presença na inauguração: “É mais um êxito deste jornal, de ano para ano apercebo-me que os artistas vão melhorando cada vez mais a qualidade das fotografias que apresentam a concurso e, uma vez mais, dou os meus parabéns porque esta é uma iniciativa que ajuda a promover a criatividade e a capacidade de tantos e bons fotógrafos que existem em Portugal”, sublinha. Quem também não faltou à chamada foi Rui Libório, Presidente do Conselho de Administração da EMAC, uma das empresas parceiras desta iniciativa desde a sua criação: “Apoiamos este concurso desde a primeira hora porque ele tem todo o mérito, que é visível pela qualidade dos trabalhos mas também porque continua a perseguir objectivos difíceis de manter em alturas de grande dificuldade económica. Ambientalmente, esta iniciativa tem dimensões e preocupações estruturadas e espelhadas nas próprias fotografias. Todavia, e apesar da nobreza deste local, a qualidade desta exposição merece um local onde haja mais circulação de pessoas”, sugeriu. Outra personalidade presente no CIAPS foi o Presidente da Junta de Freguesia do Estoril, Luciano Mourão, que admitiu ser um apaixonado pela fotografia: “A primeira impressão é que esta exposição de fotografia está espectacular. Durante alguns anos também realizámos concursos de fotografia na freguesia do Estoril, nos últimos anos não temos feito mas não quis deixar de marcar presença neste evento, que decorre no território da freguesia”, destaca. Mas nem só de personalidades viveu a inauguração da exposição no concelho de Cascais. Também alguns participantes quiseram associar-se e rever algumas das imagens do concurso: “Quis voltar a ver a exposição por considerar que é muito importante a presença dos fotógrafos para conviver e estar neste meio do qual entendi fazer parte ao participar no concurso. O espaço é muito bonito, as fotografias ficaram bem expostas e valoriza o nosso trabalho”, confirmou Erick Miranda, um dos quinze vencedores do IV Concurso de Fotografia «Ambiente dá Vida». Ao seu lado estava Josefina Gonçalves, que veio de Oeiras propositadamente para rever os trabalhos: “Sou licenciada em Direito mas já não exerço pelo que me dedico quase em full time à fotografia e à pintura. Foi exactamente aqui na Ponta do Sal que pela primeira vez contactei com uma exposição do Correio da Linha, na altura alusiva ao tema «Água – Fonte de Vida». Fiquei atenta porque sabia que o jornal iria lançar novo concurso, pratiquei bastante e os resultados valeram a pena, embora não tenha ganho qualquer prémio. Acima de tudo quis participar e mostrar os meus olhares pelo que estas exposições são como um prémio para mim”, finaliza. O Correio da Linha não pode deixar de agradecer o apoio do Oeiras Parque e do CIAPS que disponibilizaram os seus espaços para receber os nossos trabalhos, assim como a EMAC que ofereceu o beberete da inauguração da exposição de Cascais e os SMAS de Sintra que, uma vez mais, cederam gentilmente os expositores onde as fotografias estiveram expostas em ambas as exposições. Algumas personalidades presentes na Pedra do Sal 22 Previsões para Setembro Carneiro Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 11 Carta do Mês: 10 de Paus, que significa Sucessos Temporários, Ilusão. Amor: Avalie os prós e os contras de uma relação que se mostra saturada. Não se deixe manipular pelos seus próprios pensamentos! Saúde: Relaxe. Deixe as coisas fluírem natural mente. Dinheiro: Possíveis mudanças no sector pro fissional. Número da Sorte: 32 Touro Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 12 Carta do Mês: O Mágico, que significa Habilidade. Amor: Uma crise conjugal poderá fazer com que a sua relação seja reforçada. Domine a sua agitação, permaneça sereno e verá que tudo lhe sai bem! Saúde: período marcado pela alegria e boa disposição. Dinheiro: Concentre-se nos planos que traçou para este mês. Caso contrário corre o risco de prejudicar o bom desempenho do seu trabalho. Número da Sorte: 1 Gémeos Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 13 Carta do Mês: O Louco, que significa Excentricidade. Amor: Se desconfia de algo, fale aberta mente sobre as suas dúvidas com a pessoa que tem a seu lado. Não perca o contacto com as coisas mais simples da vida. Saúde: Imponha um pouco mais de disciplina alimentar a si próprio. Dinheiro: Deve ter mais atenção com a forma como gere as suas economias. Número da Sorte: 22 Caranguejo Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 14 Carta do Mês: Rei de Ouros, que significa Inteligente, Prático. Amor: Prepare um jantar romântico com a sua cara-metade e desfrute cada momento que estejam juntos. Que o Amor e a Felicidade sejam uma constante na sua vida! Saúde: Proteja o seu sistema imunitário através daquilo que come. Dinheiro: Iniciará um momento de viragem na sua vida profissional, imponha as suas ideias e faça com que as respeitem. Número da Sorte: 78 Leão Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 15 Carta do Mês: Rainha de Copas, que signi fica Amiga Sincera. Amor: Deixe que a sua cara-metade tenha uma palavra a dar na forma como a vossa relação se tem desenvolvido. Seja menos autoritário. Que a leveza de espírito seja uma constante na sua vida! Saúde: Psicologica mente, estará um pouco instável. Não acumule dentro de si tantas preocupações. Dinheiro: Trabalhe com determinação e afinco mas de forma que não prejudique o seu bem-estar. Não seja tão obcecado pela perfeição. Número da Sorte: 49 Virgem Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 16 Carta do Mês: 4 de Paus, que significa Ocasião Inesperada, Amizade. Amor: A sua cara-metade poderá dar-lhe uma notícia muito agradável. A vida é uma surpresa, divirta-se! Saúde: Aproveite o tempo livre e vá dar um passeio ao fim do dia. O contacto com a Natureza fará com que se sinta revigorado. Dinheiro: Dedique mais tempo ao descanso e não pense tanto nos problemas profissionais. Lembre-se que amanhã é um novo dia. Número da Sorte: 26 24 Agosto 2010 Balança Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 17 Carta do Mês: 8 de Paus, que significa Rapidez. Amor: Evite as discussões com alguém que lhe é muito querido. Agora é tempo para desen volver a paciência e a vontade de partilhar. Saúde: Previna-se contra gripes. Dinheiro: Dê mais valor ao seu trabalho, e só terá a ganhar com isso. Número da Sorte: 30 Escorpião Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 18 Carta do Mês: A Força, que significa Força, Domínio. Amor: Os seus amigos vão dar-lhe toda a atenção de que precisa. Cultive o relacionamento interpessoal e verá que obterá benefícios. Saúde: Perigo de fracturas. Atenção a degraus. Dinheiro: Uma actividade extra poderá estabilizar as suas finanças. Número da Sorte: 11 Sagitário Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 19 Carta do Mês: 9 de Espadas, que significa Mau Pressentimento, Angústia. Amor: É possível que sofra uma desilusão. Convide os seus amigos para sair, espaireça, não fique em casa. Trate-se com amor! Saúde: poderá cometer um pequeno excesso de vez em quando. Não se prive sempre das delícias de que mais gosta. Satisfaça a sua gula, desde que seja com conta, peso e medida. Dinheiro: Esqueça as tristezas dedicando-se no trabalho. Mãos à obra, tem muito trabalho pela frente. Número da Sorte: 59 Capricórnio Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 20 Carta do Mês: 2 de Espadas, que significa Afeição, Falsidade. Amor: Viva romanticamente e demonstre à pessoa amada que pode acreditar nas suas intenções. Que a alegria de viver esteja sempre na sua vida! Saúde: Aproveite ao máximo a vitalidade que sentirá nestes dias. Dinheiro: Poderá ser-lhe atribuída uma tarefa de grande responsabilidade. Número da Sorte: 52 Aquário Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 21 Carta do Mês: A Roda da Fortuna, que si gnifica que a sua sorte está em movimento. Amor: Demonstre ao máximo o seu romantismo, deixe-se conduzir pela intuição. Permita-se a si próprio a visão da alegria e sintaa diariamente. Saúde: Em vez de ter pensamentos negativos, consulte o seu médico e seja mais optimista. Dinheiro: Seja astuto e conseguirá aquela promo ção que deseja. Número da Sorte: 10 Peixes Horóscopo Diário Ligue já! 760 30 10 22 Carta do Mês: Valete de Espadas, que significa Vigilante e Atento. Amor: Evite uma relação amorosa que já não o faça feliz. O seu bem-estar depende da forma como encara os problemas. Saúde: Alguns problemas familiares poderão fazer com que se sinta triste. Cuide da sua saúde. Não é uma questão de querer, é um dever. Dinheiro: Deverá evitar ter problemas com identidades bancárias. Número da Sorte: 61 P r o v é r b i o s - Agosto tem a culpa, e Setembro leva a fruta. - Em Setembro, ardem os montes, secam-se as fontes. - Todo o burro come palha, é preciso é saber dar-lha. - O casamento e a mortalha no céu se talha. 95º ANIVERSÁRIO DA FREGUESIA DO ESTORIL 18 DE SETEMBRO DE 2010 – PROGRAMA 4/Setembro 18h – Inauguração da exposição e venda de quadros na Junta de Freguesia. A receita das vendas dos quadros reverterá para Instituições de Solidariedade Social da Freguesia do Estoril. 18:30h – Concerto de Música Coral pelo Grupo “Coral Vozes do Estoril” 19h – Beberete 18/Setembro 18:30h – Apresentação do Livro “A Toponímia do Estoril” 19:30h – Jantar de Aniversário Rua de Santa Rita, 45 • 2765-281 ESTORIL Tel.: 21 464 61 40/8 • Fax: 21 464 61 49 Arte & Sol Solário & Get Bronze Bronzeado todo o ano sem U.V. para Homem e Senhora Artigos de Beleza Diversos produtos para o todo o tipo de cabelos Artesanato personalizado Ofereça uma prenda diferente numa ocasião especial Centro Comercial Solátia - Av. de Portugal, Lote 9 - Loja 18 - 1.º Piso 2790-130 Carnaxide | Telm: 960 425 697 | 913 598 438 Sintra 24 Agosto 2010 23 De 18 a 26 de Setembro Sintra recebe festas de Nª Sr.ª do Cabo Espichel É já muito antigo o culto a Nª Sr.ª do Cabo Espichel. Existem documentos que dão conta da sua existência no sé culo XIII, mas foi a partir de 1410, quan do um saloio de Alcabideche e uma idosa da Caparica, atraídos por uma luz intensa, se deslocaram ao Cabo Espichel, onde Nossa Senhora lhes terá aparecido montada num jumentinho, que o culto se revitalizou e ganhou ex pressão tal que, em 1414, o rei D. João I decidiu doar aqueles terrenos para re ceber os inúmeros peregrinos que ali se dirigiam. A devoção a Nª Sr.ª do Cabo Espichel cresceu rapidamente e esteve na origem da edificação, naquele local, de uma ermida em sua honra. Do século XIII até aos dias de hoje o cul to a Nossa Senhora do Cabo Espichel passou por várias fases e tem-se adap tado à mudança de hábitos e gostos das populações. A pouca expressão que tinha no século XIII, o seu renasci mento dois séculos mais tarde e a insti tuição da Confraria de Nossa Senhora do Cabo Espichel e a criação do Giro Saloio, foram algumas das mudanças que o culto sofreu, não na essência, a devoção a Maria, mas na forma como essa devoção se manifesta. Se era di fícil, na época, a deslocação dos fiéis ao Cabo Espichel, seria então Nossa Senhora que iria ao encontro dos fiéis. Foi assim que nasceu o Giro Saloio, que inicialmente percorria 30 freguesias da margem norte do rio Tejo, número esse que está agora reduzido a 26. Estas festas transformaram-se rapida mente em momentos de grande emoção e significado para as populações visita das pela imagem da Virgem, ganhando uma dimensão e um esplendor cada vez maiores e transformando-se num dos mais importantes acontecimentos festi vos em cada uma dessas freguesias. No concelho de Sintra, designadamente nas freguesias de Almargem do Bispo, Belas, Montelavar, Rio de Mouro, Santa Maria e S. Miguel, S. João das Lampas, S. Martinho, S. Pedro de Penaferrim e Terrugem, as festas em honra de Nª Sr.ª do Cabo, são vividas sempre com uma enorme emoção em que as lágrimas de alegria se misturam com as da saudade. São talvez a festas que melhor harmo nizam o sagrado com o profano e que mais tocam o coração do povo. Este ano, a Freguesia de Sintra (Santa Maria e S. Miguel), a exemplo de anos anteriores, vai orga nizar estas festas com grande dignidade. O mo mento mais espectacular e faustoso e também o mais comovente, será a chega da da imagem e o desfile do Círio que a levará até à Igreja co-Paroquial de S. Miguel. É uma cerimónia que é sempre seguida com Culto é festejado anualmente em freguesias diferentes muita emoção por muitos milhares de pessoas ao longo de todo o percurso. Haverá também um ar raial, cerimónias religio sas e culturais, desfiles, espectáculos musicais, exposições, etc. Para além Festas remontam ao século XIII do Círio, os momentos al tos serão certamente a missa campal ce lebrada por D. José Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa, e transmitida pela TVI, o VI Cortejo Regional de Sintra, o III Desfile de «Veículos com História no Centro Histórico de Sintra», o Festival de Folclore Saloio e os vários espectácu los musicais. Todos os dias será celebra da a Eucaristia na Igreja co-Paroquial de S. Miguel, antecedida de um momento cultural. Haverá ainda uma procissão das velas entre as Igrejas de S. Miguel e Santa Maria. O arraial e os espectáculos musicais decorrerão nos terrenos anexos à Igreja de S. Miguel e em parte da Quinta de Santo António, gentilmente cedida pe los seus proprietários, para a realização destas festas. Espera a Comissão das Festas presidida por Guilherme Duarte “uma grande adesão da população de Sintra e das localidades vizinhas” e entre o Círio, os desfiles, o arraial os espectáculos, e cerimónias religiosas estimam que “várias dezenas de milhar de pessoas assistirão às festas ao longo dos onze dias que estas duram”. Desfile é o momento alto das festas Menção ainda para os membros da Comissão de Festas, composta por mais teve o apoio da Câmara Municipal de de três dezenas de pessoas e algumas Sintra, que as reconheceu como «Festas dezenas de colaboradores que, de há de Sintra», da Junta de Freguesia de cinco anos a esta parte, têm vindo a Sintra (Santa Maria e S. Miguel) e da trabalhar empenhadamente para que Paróquia, esperando agora ter também estas festividades sejam um sucesso. o apoio da população pois é para ela De salientar que a Comissão das Festas que a comissão tem vindo a trabalhar. Vinho de Colares em exposição A Câmara Municipal de Sintra tem patente até 10 de Outubro a exposição «O Vinho de Colares» 2010, na Adega Visconde de Salreu, em Colares com o objectivo de recordar o papel de excelência dos vinhos da centenária Região Demarcada de Colares como motor de desenvolvimento económico-social da região, assim como a importância deste legado cultural e patrimonial na promoção do Concelho de Sintra. Para além de ser uma homenagem à actividade vinícola local, a reabertura da Adega Visconde de Salreu é mais um importante passo para a integração do Vinho de Colares nas potencialidades turísticas de Sintra a desenvolver. Pretende-se implementar um plano de acções, a concretizar a curto e médio prazo, com vista à criação, divulgação e promoção de um produto turístico de elevada qualidade que fomente a descoberta e interpretação da Cultura do Vinho nesta re gião. No Dia Europeu do Enoturismo, comemorado a 14 de Novembro, realizamse percursos pedestres e em bicicleta na região vinícola de Colares, com o intuito do desenvolvimento na região de um conceito de enoturismo sustentável e que contará com a cooperação dos intervenientes vitivinícolas e turísticos locais. Ficha Técnica jornal mensal de actualidade A televisão regional que capta os momentos mais importantes da sua freguesia www.tvportugal.tv [email protected] Tm. 96 803 08 06 CENTRO CLÍNICO - DENTÁRIO Tel.: 21 443 00 95/6 • Fax: 21 442 25 31 Telem.: 913263567 Administração, Redacção e Publicidade: Rua Prof. Mota Pinto, Loja 4 • Bairro do Pombal, 2780-275 Oeiras www.ocorreiodalinha.pt • [email protected] Director: Paulo Pimenta Editor Chefe: Pedro Quaresma Redacção: Claúdia Silveira, Jorge Cordei ro, Margarida Cecílio Marketing e Publicidade: Sofia Antunes Fotografias: J. 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Tiragem do mês: 15 mil exemplares Preço de Assinatura anual – 12 edições: 13 euros QUELUZ DE BAIXO 21 404 7210 - 96 975 7772 Amadora 31.º Aniversário do município da Design: [email protected] - CMA/GIRP/GDC- Setembro 2010 - PROGRAMA SUJEITO A ALTERAÇÕES SEM AVISO PRÉVIO - www.cm-amadora.pt 11 de Setembro de 2010 Câmara Municipal da Amadora apoio: dança Quórum Ballet concerto “Relações” Pontos Negros e Corvos Recreios da Amadora 21h30 - 9 e 10 de Setembro Parque Central 22h00 - 17 de Setembro concerto concerto concerto Mr. Smith Recreios da Amadora 21h30 - 24 de Setembro concerto Ciganos de Ouro Deolinda Cristina Nóbrega Recreios da Amadora 21h30 - 11 de Setembro Parque Central 22h00 - 18 de Setembro Recreios da Amadora 21h30 - 25 de Setembro Feira do Livro e Feirarte - Parque Delfim Guimarães - 17 Setembro a 5 Outubro