JUICY
JUICYRECORDS
entrevista
NUNO SB!
tour report
COLD BLOODED
download
FESTROIA MIXTAPE
piece of mind
BLACK RAIN FEST
#01
TOUR REPORT
Tendo vindo a acompanhar de perto os meus amigos Cold Blooded (CB), foi com naturalidade que aceitei o convite para participar na sua tour de
fim-de-semana, que para eles serviria para apresentar a demo, e para mim seria uma boa oportunidade de promoção à Juicy. Com apenas 2
concertos, estes dias acabaram por ser mais de férias e de passeios do que outra coisa, mas ainda assim decidi fazer um tour report para partilhar
um pouco da minha primeira experiência em (mini)tour com uma banda.
DIA 1 (9/07/2010)
Dorme-se pouco, acorda-se cedo, reúne-se o pessoal, enche-se a mala do carro até ao cimo, o que não cabe vai ao colo. A viagem até ao Norte
foi tranquila, com poucas paragens. Fiquei a saber que o caminho até à casa do Kizz em Rio Mau é uma tortura de curvas, mas que vale bem a
pena: piscina, churrasco, bom tempo, boa música, bom chilling para a noite.
Seguimos até Braga guiados por um GPS que já se sabia meio maluco e que nos acabou por dizer que o local do concerto era no meio de uma
estrada de terra batida com videiras de um lado e mato do outro. Mucho mato, sala nem vê-la…valeu-nos a velha técnica do “pára e pergunta”,
que safa qualquer tuga em qualquer parte do mundo. Acabámos por chegar a tempo à sala em Panóias, que tinha tanto de fim do mundo como
o primeiro local que o GPS indicou uns km’s antes. Mas ao entrarmos no venue fomos surpreendidos por um espaço muito bem arranjado, com
um palco bem montado, bem equipado e bem iluminado. Tudo bastante profissional.
A sala realmente foi grande demais para aquela noite, mas percebemos que teria o tamanho ideal para outros concertos, a julgar pelos cartazes
de outras bandas que por lá tinham passado (desde Dealema a Isis). O jantar foi a melhor coisa que já comi oferecida por uma produção! A malta
da Rosavelho está de parabéns, não só pelas condições que proporcionou a todos mas principalmente por fazer algo construtivo pela cultura
undergound na sua zona...e era um concerto de beneficência para voluntários em África! Thumbs up!
CB abriu uma noite amena, e apesar de estático, o público pareceu gostar. Um rapaz de uma das bandas confessou-me que ao que parece não é
comum ver uma banda com a energia característica do hardcore por aqueles lados, e isso notou-se em relação às bandas que se
seguiram…pouca empatia com o público, poucos discursos, pouco movimento em palco.
De realçar ainda nesta noite os LostHopes, que eram claramente a banda mais deslocada do cartaz, mas que tiveram uma presença em palco
bem acima da média. Foi pena não estar quase ninguém na sala além de mim e dos CB para os ver, mas foi curioso reparar como a malta que
estava deslocada (musical e geograficamente) se apoiou mutuamente, esquecendo por momentos os gostos pessoais e as afinidades. Ficámos
para os ver, num gesto quase de fraternidade que só quem está naquela condição entende, e valeu a pena ter ficado.
Resta ainda dizer que a noite acabou no Casino da Póvoa, oiçam a bonus track da demo e percebem porquê. Eu por outro lado acabei por pegar
no skate e girar pelas ruas. Gostei das ciclo vias e pisos lisos, não gostei dos menores de idade todos bêbados em quantidades massiva pelas ruas.
DIA 2 (10/07/2010)
Dica: não é fixe acordar de ressaca quando se está em tour. Acabei por perder a piscina matinal, não tomei pequeno-almoço de jeito (coisa que
para mim é quase sagrada) e quando dei por mim já íamos a caminho de Vigo.
Só tinha estado em Vigo durante a noite, e na altura pareceu-me uma cidade muito calma e cinzenta. Mudei de opinião desta vez. Não vimos
muito da cidade é certo, mas fiquei logo fascinado pelo facto de em Espanha não haver aquela coisa abominável chamada “calçada Portuguesa”.
Assim que acabámos de descarregar foi logo meter-me no skate e começar a descer ruas…até que reparei num sinal que proibia várias actividades, incluindo claro está…skateboarding. Ao menos na tuga nunca vi disso.
Quando me perguntam o que me faz estar no hardcore após tantos anos, eu hoje em dia respondo quase sempre a mesma coisa: as pessoas. Em
Vigo mais uma vez confirmei essa afirmação. A malta de We Ride recebeu-nos como se fossemos amigos de longa data que por motivos incertos
a vida havia separado. Beijos, abraços e sorrisos que deixam qualquer um bem humorado para uma noite de concertos.
Tivemos ainda direito a um jantar em que todas as bandas e amigos se sentaram à mesa a comer, no meio de risos e de partilha de comida digna
de um qualquer jantar de família.
Os concertos começaram a horas, numa “Fábrica do Chocolate” que por duas horas virou Fábrica de Hardcore. CB deu um concerto mais consistente nesta noite, com a diferença de tocar para um público mais conhecedor da sua sonoridade, e eu lá consegui a proeza de mandar cerveja ao
chão, esbarrar contra tudo e todos e deixar 2 micros inactivos nos escassos 30 segundos que subi ao palco. Sorry guys.
Estranhei a apatia do público perante We Ride e Trust Nothing, pois ambas as bandas deram bons concertos e segundo sei estavam a tocar em
casa…na verdade Trust Nothing foi para mim a surpresa da noite! Comecei por achar que o som era uma mistura demasiado estranha, mas perto
do fim já estava rendido. O vocalista tem aquela presença em palco que se sente urgente e desesperada, capaz de gerar silêncio no fim das
músicas, enquanto o público recupera da chapada na cara que acabou de levar…e fora de palco é o maior bacano!
E se eu achava que a noite de concertos tinha sido cool, a malta de Vigo mais uma vez conseguiu surpreender-me com a sua hospitalidade.
Tivemos direito a guia pedestre para ir levantar dinheiro a um ATM (props Andrea!), ainda rimos bastante no bar Matrioska (é o Boca do Inferno
de Vigo ahah), e tivemos direito a sofás, colchão e sacos-cama dispobilizados pelo simpático Brais, que nos cedeu a sua sala para dormir.
Foi interessante perceber como a cena em Vigo tem um ambiente bastante familiar, com uma boa interligação de gerações dentro dos concertos
e das bandas. Toda a gente pára no mesmo sítio depois dos concertos, ficam dentro da sala para ver todas as bandas, e existem várias opções de
venues bem situadas e com staff acessível. São factores como este que constroem uma comunidade hardcore sólida, e senti isso em Vigo. O
concerto pode não ter tido uma enchente de público, mas os presente souberam receber-nos da melhor maneira. Obrigado à This World Promotions e a todos por nos fazerem sentir em casa!
DIAS 3 e 4 (11 e 12/07/2010)
Os restantes dias foram de férias e relax absoluto…mais piscina, mais churrasco, mais passeios. Fiquei a conhecer mais um pouco do Porto (what
up Nuno, custou a dar com a tua casa ahah!), descobri que Espinho é uma boa cidade para o skate e tem uma praia agradável (consegui apanhar
a nova edição da Surge Skate Mag numa loja de street wear! Power!), e percebi que nada bate o feeling de acordar numa Segunda-feira e passar
o dia inteiro a pensar que ainda é Domingo. Próxima paragem: Faro, 1 de Agosto, Cold Blooded a abrir para NO TURNING BACK!
Ema
Texto escrito ao som de:
“Orphans of God” 10”EP by Trust Nothing
“Field Studies” split LP by This Will Destroy You / Lymbyc Systym
2009 foi um ano de aventuras para o Nuno. Meteu Step Back de molho, foi estudar para a Holanda e
ainda andou pela Índia. Pelo meio fez um blog onde reflectiu sobre tudo isto e deu-se a conhecer com
uma escrita honesta e cheia de sentimento. Recuperando um pouco desse exercício de reflexão,
propus-lhe uma entrevista sobre as suas experiências no estrangeiro, e ele não se negou a mais uma
aventura.
Estiveste muito tempo fora de casa, longe da família e amigos mais chegados…pensas que isso afectou a tua personalidade, a forma
como encaras aquilo que tens e como te relacionas com as pessoas mais chegadas, agora que estás de volta?
Foi um belo ano, cheio de viagens, momentos, peripécias, situações nunca antes imaginadas, experiências que me deixaram profundamente
marcado, sempre com sentimentos contraditórios de êxtase e saudade pois aqueles que me são próximos nunca deixaram de o viver comigo,
apesar de não estarem lá. Aprendi o valor da ausência, o valor do silêncio que te envolve quando não tens ninguém com quem partilhar aquele
momento que já viste varias vezes projectado nas vidas dos outros, imaginárias ou reais, que bem podiam passar numa tela de cinema. Acho que
houve alturas em que um abraço saberia mil vezes melhor que uma cama com lençóis lavados, uma retrete western style ou uma refeição que me
enchesse a barriga. Essas fases ajudaram a reforçar o valor de tudo aquilo que um dia considerei normal e estável, como algo que pode desaparecer da tua vida num ápice deixando tudo o que ficou por dizer. Foi um período que me fez reflectir sobre prioridades. Voltei a escrever em papel
e a colar selos com cuspo, a pedir moradas e a esperar por respostas, de outros e minhas também.
No merch mais recente de Step Back, explicaste-me que haviam influências das tuas aventuras lá fora. Explica um pouco as ideias
presentes nos designs das t’shirts. Achas que irás trazer mais coisas das tuas experiências no estrangeiro para a banda?
Ambas as tees foram baseadas neste período de afastamento e reflexão. Significam a união apesar da distância, a perseverança e confiança no
trabalho de equipa, na família de sangue e na de coração e a capacidade de encarar os períodos bons e maus sempre com uma última palavra a
dizer.
A imagem de Roterdão foi o começo, uma foto que tirei da primeira vez que lá fui. A primeira etapa, o arranque, o porto de chegada.
Da Índia e Nepal quis trazer também a memória de um a aventura à Tintim, e achei que a máscara de Bhairava que comprei em Jaisalmer, no meio
do deserto, com a barriga vazia e uns sufocantes 46º era suficientemente forte para simbolizar todo este percurso...
Basicamente, é a história de um ano complicado como banda pois os ensaios e concertos foram escassos, mas que felizmente a um nível criativo
e anímico significou imenso para nós.
Durante o teu tempo na Holanda, chegaste a ir a alguns concertos certo? Quais as principais diferenças dos concertos que viste em
relação aos de Portugal?
Enquanto estive pela Holanda vi Sights and Sounds/ Meneater, Anti-Flag / Alexisonfire / The Ghost of A Thousand e tudo isto foi bem semelhante
ao que se vê por cá, salas porreiras e gigs com a mesma intensidade.
Fui a Eindhoven com o Daniel (Limpa Vias) ver a Persistence Tour com Biohazard / Agnostic Front / Ignite / BFP / NTB e este acabou por ser a cena
mais diferente comparando com os nossos gigs em Portugal. Este foi um Festival com alta produção, um espaço enorme e muita gente lá dentro.
Apesar de tudo isto, faltou o feeling das nossas pequenas coisas cá em Portugal, o palco era muito alto e havia uma vala que o separava da plateia,
e sendo assim acabou por ser frio e bastante comercial.
A cena que mais curti foi também com o Daniel e com a malta de SB! que nessa estava a tirar uns dias pelos Países Baixos, em Roterdão no gig de
Critical Point, Pressure e Broken Distance da tour deles, soube a casa e foi bom para o pessoal lá fora.
A Índia é um choque muito forte, para alguém vindo de um contexto europeu? Conta-me 2 ou 3 coisas que te tenham marcado por lá.
A Índia é um encontro com o básico, um braço de ferro entre o ter tudo e o não ter nada. É algo que só aceitas com o tempo, que abraças com o
decorrer da relação, haha. De início queres regressar, é tudo demasiado cru e caótico, o ar é pesado e o ambiente é ensurdecedor. A pobreza e as
condições básicas deixam-te sem palavras. É como se ao caminhares tudo chocasse contra ti e te atirassem objectos a todo o segundo. Encontraste em estado de alerta constante e não consegues filtrar a realidade.
Depois as coisas invertem-se e é um sentimento de liberdade que te envolve, sem telemóvel, sem net, sem tv, sem cama nem lençóis lavados, sem
água ou retrete, sem ar limpo, sem jogos da bola ou videojogos. És só tu e o teu básico, reflectes sobre o que és e o que queres ser, o que queres
manter sempre contigo, aquilo que no limite de ti, estará sempre lá. Os teus valores, crenças e paixões.
É um delicado sentido de equilíbrio aquele que te vai guiando e te vai libertando.
Step Back esteve em gravações com Death Will Come para um split que iremos lançar na Juicy em breve…como foram esses dias?
Os Death Will Come são das bandas mais humildes e sinceras com as quais tivemos oportunidade de tocar e felizmente gravar, e como tal esse
split vai ser mesmo “chapada na tromba”!
Eu só pude estar presente na época natalícia, com vozes de bagaço e tinto martelado do “Vai de Roda”, restaurante típico de Penafiel onde fomos
afinar antes de gravar, ouvimos a mais bela poesia local acompanhada por uns lombinhos com champignon!
Pelo que ouvi dizer do resto das sessões foram o verdadeiro pé demónio.
Diz-me uma banda que te acompanhou durante todo o tempo que estiveste fora de casa, e porquê.
Cada momento teve a sua intensidade, o seu ritmo, o seu tempo. Usei a música como distracção e escape, mas também como auxiliar de
memória, como captação daquilo que eventualmente me iria esquecer.
Sights and Sounds acompanharam-me bastante, e lembro-me de sentir a “Sorrows” como representação de algo épico que estava a viver, com
aquele baixo de entrada, aquela pausa, aqueles coros bem altos. Lembro-me de estar em Diu, a andar de mota naquelas estradas desertas a
cantarolar a “Pillars”. Ao ouvir o “Lost at Sea” de Death Threat levei a família mais perto, os amigos íntimos, e o “Things We Carry” ou a Demo de
Have Heart descarregaram a raiva acumulada, tal qual os Bad Brains quando me punha a ouvir o “Banned in DC”.
É complicado eleger um cena só, porque foi bastante tempo, mas se há música que para mim representa o que vivi por lá, seria a “Delicate Sense
of Balance” de Pelican. O nome só por si, resume a etapa.
JUICY RECORDS / NEWSLETTER #01
A Juicy começou oficialmente em Maio, com a premissa de fazer algo diferente e acima do razoável, tentando ao mesmo tempo
quebrar barreiras e criar uma comunidade de pessoas dedicadas e activas na sua relação com a música.
Em 3 meses lançámos o primeiro disco, criámos um canal de vídeos online, esgotámos discos na Distro que nunca antes alguém
tinha pensado conseguir comprar em Portugal...mas acima de tudo conhecemos mais pessoas, fizemos mais amigos, cimentámos
bases de um sonho que agora começa a tomar proporções sérias.
Foi um orgulho imenso receber em casa os 200 discos que saíram do bolso, suor e noites sem dormir não só minhas mas das
bandas. Para quem não sabe o split foi editado a 3 partes, com os NEVER FAIL e os PxHxT a investirem exactamente o mesmo que
eu, por isso quem ainda não tem o disco que o compre também às bandas, que eles têm a sua parte de stock para vender.
Esta newsletter, feita a pensar no formato de uma zine, é apenas mais uma extensão da Juicy, porque afinal se se fala de música com
conteúdo, tem que haver informação à séria. Sem brilharetes gráficos, só texto, para quem ainda gosta de ler.
Éramos para ter uma entrevista com Burak, autor da capa do split, mas o facto de ele viver na Turquia e ser professor universitário
em época de exames não ajudou a conseguir enviar-me respostas a tempo, e por isso adiantei uma entrevista que queria fazer ao
Nuno de STEP BACK!, a quem desde já agradeço a paciência de me enviar respostas às 4 da manhã ahah.
O tour report de COLD BLOODED acaba por ser mais uma nota de agradecimento a todos os que nos receberam, e uma lembrança
de uns belos dias de férias...não foi uma tour à séria claro está, mas foi uma experiência nova para mim.
A Juicy é feita de ideias, e de pensar em como as por em prática.
A mixtape apresentada no fim desta página é apenas mais uma ideia que ganha forma, mais uma experiência transportada para
além dos traços da memória. Novidades para os próximos tempos? Esperamos lançar ainda mais 2 discos ainda este ano, mais
mixtapes, mais programas na JUICY TV e ter mais discos de mais editoras na Distro, além de re-stocks e novas aquisições a editoras
já presentes no nosso catálogo. Mas para termos isto tudo precisamos de ajuda.
Muitos sabem que a Juicy tem-se centrado em mim, e nos últimos tempos tornou-se quase um trabalho full-time. Noites sem
dormir, dias sem ir às aulas, tardes sem ir à praia. Faço-o com todo o gosto, mas a partir de Setembro/Outubro não tenho um futuro
definido, e admito que não sei como irei continuar com este projecto. Lanço por isso um apelo a todos os verdadeiramente interessados: venham ajudar. Precisamos de pessoas que saibam editar vídeo, que tenham tempo para promover a Juicy na net e nos
media, que curtam pintar paredes, que tenham uns trocos para trazer mais discos para a Distro, que tenham jeito para escrever, que
tenham ideias que acham viáveis para a Juicy...e porque não, que tenham coragem para uma viagem à volta do Mundo durante uns
meses? Contactem: [email protected] / www.juicyrecs.com
Obrigado pelo apoio. Ema.
Quando o PZ me falou na ideia deste Fest, a
minha primeira reacção foi “estes gajos estão
malucos”. Um festival de punk hardcore, em
PIECE OF MIND
pleno Verão, na véspera do grande êxodo de
malta tuga para o Resurrection, no sítio mais
refundido de todos, com um monte de bandas a
tocarem de borla? Decididamente, malucos.
Mas se olharmos para o historial da Black Rain, percebe-se desde logo que eles gostam de ser “malucos”, de fazer coisas diferentes,
e principalmente de mostrar como do pouco se faz muito. E fazem-no com aquela atitude DIY que devia correr no sangue de cada
pessoa que de alguma forma está ligada à cultura punk hardcore.
Este Summer Fest (leia-se: Summer Party), vem provar justamente isso: a Black Rain dá forma a ideias diferentes, e consegue com
poucos recursos fazer algo que eu julgo muito sinceramente ser uma das melhores iniciativas de 2010.
Não é fácil juntar bandas de estilos diferentes, de zonas diferentes, sem elitismos, sem separações, tudo à borla, a tocar numa
okupa, memántiga e sem grandes comodidades...tudo pelo simples prazer de tocar a sua música e de se divertirem num dia em
que a única premissa é a de fazer a festa. Acredito que o PZ e o Luís conseguem esta proeza por serem pessoas que andam nisto
já há muitos anos e criaram muitos amigos, mas principalmente pelas boas atitudes, por serem dois miúdos que sempre tiveram a
sua palavra a dizer, o seu apoio a dar ao punk hardcore, a pensar pelas suas próprias cabeças, sem seguir modas e estereótipos.
Afinal de contas, cada concerto deve ser sempre uma festa, um ponto de encontro para amigos com as mesmas ideias e o mesmo
amor, uma demonstração de união de forças para um bem comum. Seja punk, hardcore, rock, crossover, crust...you name it.
Parabéns à Black Rain pela iniciativa, e um granda props para todas as bandas que aceitaram o convite, especialmente Step Back!
que vêm de Penafiel a custo zero!
DROPS #01 / F E S T R O I A M I X T A P E
No passado mês de Junho, estive envolvido com a produção do 26ºFestroia - Festival Internacional de Cinema de Setúbal.
Foi o meu 3º ano a trabalhar com um grupo de pessoas que considero amigos, numa semana que parece durar eternamente, mas
em que consigo sempre equilibrar o stress com momentos de aprendizagem e contacto com pessoas novas.
Este ano acumulei a função de DJ-wannabe no Meeting Point do Festival. Não era coisa séria, só cruzar uns mp3 e gerir uns
volumes...mas tornou-se uma responsabilidade a cumprir.
Fui abordado numa das noites pela Andre, uma das representantes do Júri do CICAE, vinda da Lituânia, que me perguntou se podia
trazer o seu portátil e passar algumas músicas. Fiquei surpreso, mas aceitei a proposta. Disse-lhe que podíamos tentar algo usando
a mesa de mistura para ligar os 2 portáteis ao mesmo tempo, e acabámos por brincar um pouco aos DJ’s durante algumas das
noites que se seguiram.
As escolhas de músicas eram bastante distintas entre os 2, umas vezes resultavam, outras vezes não...mas a experiência em si foi
interessante, e por isso fiz o convite à Andre de a recriarmos numa pequena mixtape, em que cada um escolhia as suas faixas e eu
fazia a mistura final em casa. Surge assim a primeira Drop, uma nova iniciativa da Juicy Records que se quer descomplexada e informal, em jeito de oferta para os curiosos que não têm horizontes musicais. O download é grátis, so go for it!
WWW.JUICYRECS.COM/DROP01.HTM
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