[ESPAÇO CTC]
Asmas
e bronquites
Tratamento pela Acupunctura
Com a chegada do Outono, chegam também os problemas respiratórios,
e as urgências enchem-se de doentes a sofrer de asma, bronquites
ou infecções das vias respiratórias. Infelizmente, os medicamentos
usados como primeiro recurso muitas vezes não aliviam o doente e
possuem muitos efeitos secundários. A Medicina Tradicional Chinesa
possui soluções muito valiosas, quer na prevenção quer no tratamento.
A Dra. Chen Wenqian, responsável
pelo Centro de Terapias Chinesas (CTC),
em Lisboa, explica-nos que “O Outono, de
acordo com a Medicina Tradicional Chinesa
(MTC), é a estação que afecta o Pulmão.
Cada órgão do corpo humano é particularmente afectado numa altura do ano e, por
isso, é frequente ver surgir as patologias típicas que correspondem à estação em curso”.
O Outono está associado ao elemento Metal,
que rege o Pulmão, pelo que é a estação típica dos problemas respiratórios, da baixa das
defesas imunitárias e de problemas de pele.
As pessoas que sofram de condições crónicas, como o eczema ou a psoríase, asmas e
bronquites crónicas, e certos tipos de alergias
e rinites, serão mais afectadas nesta altura,
bem como as que tenham o sistema imunitário mais fraco.
Prevenir é melhor
do que tratar!
Nunca é demais dizê-lo, mas é melhor
prevenir a doença do que tratá-la. Para
além dos conselhos básicos – proteger-se
do frio, sobretudo o pescoço – as pessoas
que sofram de problemas crónicos podem
beneficiar muito de tratamentos preventivos,
em que a MTC é especialista. Através de
acupunctura e da prescrição de remédios
chineses, é possível impedir a aparição de
crises ou, pelo menos, diminuir imenso sua
intensidade. Estes tratamentos são especialmente recomendados para pessoas nas
categorias de risco, cujo sistema imunitário
esteja enfraquecido (na MTC, o Pulmão está
intimamente ligado ao sistema imunitário):
algumas crianças, idosos com insuficiências
respiratórias, entre outros.
Asmas e problemas
respiratórios
Os problemas respiratórios são, de longe,
os mais comuns desta época, quer a nível
crónico – pacientes que sofrem de asma
ou outros problemas respiratórios, como
obstrução pulmonar – quer a nível agudo,
sobretudo por causa das infecções das vias
respiratórias. A asma é, no entanto, um
dos problemas mais sérios, uma verdadeira
“epidemia”, de acordo com a OMS, que
tem vindo a registar o seu aumento ao longo
das décadas. É uma doença particularmente
grave nas crianças e nos idosos.
Para a MTC, é preciso distinguir entre
as duas fases da doença: o “ataque” de
asma, a fase aguda, em que o tratamento de Acupunctura (e frequentemente de
Ventosoterapia) vai procurar “dispersar”
os excessos que originaram a crise; e os
períodos entre as crises, em que o corpo está
numa condição de “vazio” ou de deficiência
de energia e em que é necessário tonificar o
organismo. Na MTC, vários sistemas (nomeadamente o Pulmão e o Rim) trabalham
em conjunto para criar a “energia defensiva”, que na MTC corresponde ao conceito
de sistema imunitário. Esta tonificação é
geralmente conseguida através de uma combinação de acupunctura e de fitoterapia. A
acupunctura tem, muitas vezes, um efeito
espectacular no controlo da fase de crise,
com a maioria dos pacientes a experimentarem um alívio quase imediato, em uma ou
duas sessões. E mais uma vez, nestes casos,
a prevenção é a melhor solução, com um
programa de tratamentos escalonados ao
longo do ano e combinados com as estações,
para se poder aproveitar, por exemplo, a fase
Yang do Verão para preparar a fase mais
vulnerável do Outono.
No Churchill Hospital, em Oxford, um
estudo de pacientes com doenças crónicas
obstrutivas pulmonares tratados com acupunctura (e comparados com um grupo de
controlo que foi tratado com acupunctura
“falsa”, ie. em pontos sem efeito), mostrou
melhorias notáveis, medidas em testes de
resistência física que mediram a capacidade
de respiração e de distâncias percorridas a
pé, com resultados superiores à da maioria
dos outros tipos de tratamento.
Infecções típicas
da época: as gripes
Na MTC, as infecções são consideradas
como ataques de “energias perversas externas”, geralmente com características ligadas
ao calor: quer as constipações quer as gripes
caem nesta categoria. E se bem que a medicina ocidental tenha obtido bons resultados
na prevenção de alguns tipos de gripe, a
verdade é que isso vem com alguns custos
em termos de efeitos secundários e de resistências dos vírus. Mais uma vez, a tradição
da MTC tem como primeira arma de defesa
a prevenção, frequentemente sob a forma de
chás que são tomados nas alturas em que
estamos mais vulneráveis à infecção. Muitas
das plantas usadas nestes chás têm notáveis
qualidades anti-infecciosas e tonificantes.
Embora não existam estudos definitivos,
existem bastantes indicações de que os grupos onde a toma destas fórmulas clássicas
é frequente são mais resistentes às gripes e
constipações do que os outros. Na fase infecciosa do tratamento procura-se tonificar as
energias do corpo e, nesta altura, usa-se, não
só a fitoterapia, mas também a acupunctura
e, por vezes, a moxabustão para ajudar o
paciente a recuperar mais depressa.
No CTC poderá encontrar toda esta gama
de tratamentos, sob a direcção da Dra. Chen,
que com mais de 25 anos de prática clínica,
já desenvolveu protocolos de tratamento
seguros e eficazes para todos os problemas
descritos acima. Em particular para o controlo da asma e de outras condições respiratórias crónicas, os resultados observados
têm sido muito positivos, com pacientes
totalmente recuperados ou tendo aumentado
em muito a sua qualidade vida.
Um caso de sucesso
Sabine, uma jovem alemã de 28 anos a
viver em Lisboa, sofria crises gravíssimas
de rinite e dificuldades respiratórias, uma
combinação de asma e alergias. Estas crises
eram muito fortes no Outono e Primavera,
com alturas em que ficava quase incapacitada. Depois de iniciar os tratamentos no CTC,
os sintomas foram-se atenuando de forma
gradual. Mas com a chegada do Outono,
após cerca de 3 meses de tratamentos regulares, os resultados foram claros: “Nunca
tinha passado o Outono assim, sem problemas quase nenhuns! Foi espectacular”.
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