Ciências Humanas e suas
Tecnologias - História
Ensino Fundamental, 8º Ano
O Império Napoleônico e o Congresso de Viena
HISTÓRIA, 8º Ano do Ensino Fundamental
O Império Napoleônico e o Congresso de Viena
O IMPÉRIO NAPOLEÔNICO E O
CONGRESSO DE VIENA
Napoleão Bonaparte
O Congresso de Viena
Imagem: Jean-Baptiste Isabey / O Congresso de Viena, 1814 / Domínio
público.
Imagem: Paul Delaroche / Retrato de
Napoléon Bonaparte, por volta de 1840 /
Disponibilizado por Library of Congress /
Domínio público.
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O Império Napoleônico e o Congresso de Viena
• Enquanto no Brasil germinavam as sementes da
Independência, na França florescia um novo Império.
Coube a Napoleão a tarefa de consolidar
internamente e difundir externamente os ideais da
Revolução.
• A França havia atingido o auge durante o Terror. A
reação veio em 1795, com a implantação do
Diretório. Este teve dificuldades para governar,
atacado pelos partidários da realeza, que queriam a
volta do Antigo Regime, e pressionado pelas
camadas populares, que queriam a volta do Terror.
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• Alguns diretores resolveram fortalecer o poder do Diretório,
conspirando com um líder militar popular, que se havia
destacado em guerras da França contra a Itália (1796-1797) e
no Egito (1798-1799), Napoleão. Foi ele o escolhido para
chefiar o golpe que depôs o Diretório, dissolveu a Assembleia
e implantou o regime do Consulado (1799-1802).
• Não passava de uma ditadura disfarçada. Em 1804, foi
criado o Império, espécie de monarquia vitalícia. Apesar
de haver Constituição, Napoleão governou
despoticamente. Por algum tempo, a prosperidade
resultante das reformas internas e o êxito das guerras
permitiram a continuidade do regime. Com os primeiros
fracassos militares, seus fundamentos seriam abalados,
até a queda, em 1814.
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O CONSULADO VIRA MONARQUIA
• Em 1799, a França apresentava aspecto
desolador: indústria e comércio arruinados;
caminhos e portos destruídos; serviço público
desorganizado; emigrados fugiam da
desordem e da ameaça de confisco de bens;
clérigos que se haviam recusado a acatar a
nova Constituição eram perseguidos. A guerra
civil parecia iminente.
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Napoleão procurou fazer uma política de reconciliação. A Constituição,
aprovada em plebiscito por mais de 3 milhões de votos, deu-lhe
poderes ilimitados, sob aparência de regime republicano: o Consulado.
O voto era universal. Elaborava-se uma lista de candidatos mais
votados e entre eles o governo escolhia os encarregados das funções
públicas.
O fraco Poder Legislativo se compunha de quatro
assembleias:
•
•
•
•
o Conselho de Estado preparava as leis;
o Tribunal as discutia;
o Corpo Legislativo votava;
o Senado velava pela execução.
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• O Poder Executivo, confiado a três cônsules nomeados
pelo Senado, por dez anos, era o mais forte.
• Quem detinha o poder, de fato, era o primeiro cônsul; ele
propunha e mandava publicar as leis, nomeava ministros,
oficiais, funcionários e juízes
• Tomou medidas financeiras importantes, como a criação
de um corpo de funcionários para arrecadar impostos e a
fundação do Banco da França, com direito de emitir papelmoeda.
• Em 1802, Napoleão assinou o Tratado de Amiens, pondo
fim ao conflito europeu que durava desde 1792.
• Seu governo reorganizou e centralizou a administração.
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• A situação econômica melhorou. O ensino secundário
organizou-se com o objetivo de instruir funcionários para
o Estado. A maior obra de Napoleão foi o Código Civil,
inspirado no Direito Romano, nas Ordenações Reais e no
Direito Revolucionário; completado em 1804, continua,
na essência, vigorando em nossos dias.
• A paz com a Igreja veio em 1801. O papa aceitou o
confisco de bens e o Estado ficou proibido de interferir
no culto. Os bispos, indicados pelo governo e investidos
nas funções pelo papa, prestariam juramento de
fidelidade ao governo. As bulas papais só entrariam em
vigor depois de aprovadas por Napoleão.
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• Vitorioso, interna e externamente,
Napoleão pôde estabelecer a
hereditariedade do Consulado, em
1802: recebeu do Senado o direito
de indicar seu sucessor. Tratava-se da
implantação da monarquia
hereditária.
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O DESPOTISMO DE NAPOLEÃO
• Aproveitando o perigo trazido pelo
reinício das guerras, Napoleão se fez
proclamar imperador. Em 1804, nova
Constituição legalizava o Império e
convocava um plebiscito para confirmar
sua instituição. O papa sagrou
Napoleão em Paris. Seu poder era
absoluto.
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Imagem: Jacques-Louis David e Georges Rouget, entre 1805-1807 / Museu do Louvre / Disponibilizado por
The Yorck Project / .
Humilhando o Papa Pio VII, o egocêntrico Napoleão
sagra-se Imperador da França pelas próprias mãos.
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• Ao Código Civil seguiram-se o Comercial e o
Penal. A economia se aqueceu.
• Os camponeses passaram a produzir mais e a
apoiar o regime.
• A indústria foi estimulada.
• O governo concluiu numerosos trabalhos
iniciados no Consulado:
– canais,
– portos,
– estradas, embelezamento de cidades.
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• Napoleão tornou-se mais despótico que os
antigos reis. Suprimiu as assembleias; o
Tribunal e os Corpos Legislativos perderam
suas funções; não havia respeito pelas
liberdades individuais e políticas; a imprensa
ficou sob censura. O imperador interveio na
educação e alterou o programa de disciplinas
perigosas para o regime, como História e
Filosofia.
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• Utilizando-se de uma sistemática censura à imprensa e
apoiado por um forte aparato policial, Napoleão, para
estabelecer a segurança econômica e a ordem
administrativa, pôs em prática um plano de reformas
para sanear as finanças, incentivar o desenvolvimento
agrícola e industrial e reorganizar o ensino. Em 1802,
através de plebiscito, tornou-se cônsul vitalício e, em
1804, com a promulgação do Código Civil Napoleônico,
institucionalizou os direitos burgueses e proibiu a
organização de sindicatos operários.
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O APOGEU DO IMPÉRIO NAPOLEÔNICO
Ofensiva hispano-inglesa
Campanha de Napoleão
Penícula hibérica (1807-1814)
Campanha de Napoleão na Itália (1796-1797)
Campanha de Napoleão na Rússia (1812-1813)
Ataques russos
Batalhas
Bloqueio continental
Imagem: Olahus / GNU Free Documentation License.
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• serviu-se até da religião: o catecismo ensinava
os deveres para com Deus e para com o
imperador. Quando o papa recusou-se a
integrar-se na política internacional de
Napoleão, este tomou-lhe os Estados e
confinou-o em Savona (1809)
• os bispos que tomaram o partido do papa
foram perseguidos.
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O BLOQUEIO CONTINENTAL
• O Bloqueio Continental pretendia arruinar a indústria e o
comércio da Inglaterra. Porém, os ingleses, perdendo
momentaneamente o comércio europeu, passaram a atuar
na América espanhola e portuguesa, ativando o
contrabando.
• A indústria francesa foi afetada, pois não conseguia
substituir as mercadorias inglesas no mercado europeu, o
que acabou incentivando uma série de países a iniciar seu
próprio desenvolvimento industrial. O contrabando de
produtos ingleses para a própria França afetou sua
produção, gerando desemprego e agitações operárias.
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POLÍTICA EXTERNA
• Em 1803, a Inglaterra uniu-se à Rússia e à
Áustria para lutar contra a França. Os ingleses
venceram no mar, em Trafalgar, na Espanha.
Entretanto, os franceses bateram os austrorussos em terra, em Austerlitz, Boêmia. No fim
da guerra, a Áustria foi separada da Alemanha
e da Itália, e esta, submetida à França. Na
Alemanha, criou-se a Confederação do Reno,
sob tutela francesa, para substituir o Sacro
Império.
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• Outra aliança se formou, em 1806, contra Napoleão:
a Prússia e a Rússia, ambas vencidas. Pela Paz de Tilsit
(Prússia), a Prússia foi desmembrada e a Rússia aliouse à França.
Para enfraquecer a Inglaterra, Napoleão decretou o
Bloqueio Continental: todos os europeus eram
obrigados a fechar seus portos ao comércio inglês.
• O desejo de conquistas, na Península Ibérica, abriu à
França novos campos de conflito. Os austríacos
aproveitaram e retomaram as armas, em 1809, mas
foram batidos e também sofreram
desmembramento.
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• O poder napoleônico chegava ao auge. Seu
organizado exército parecia imbatível. A Europa
ocidental estava submetida a seu poder. Mas as
intervenções francesas provocaram revoltas
nacionais, principalmente na Prússia.
• Em 1812, terminou a aliança com os russos,
quando estes romperam o bloqueio contra os
ingleses.
• Napoleão invadiu a Rússia, venceu a Batalha de
Moscou, mas encontrou tanta resistência que foi
obrigado a uma retirada desastrosa.
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• Na Espanha, as tropas sofriam com os
guerrilheiros. A família real portuguesa fugiu para
o Brasil: mais uma brecha no Bloqueio Continental.
Prússia e Áustria, então, aliaram-se à Rússia e
venceram Napoleão em Leipzig (Confederação do
Reno), destruindo seu poder na Europa (1813).
• Ele nem sequer conseguiu impedir a invasão da
França.
• Os aliados tomaram Paris, restabeleceram a
monarquia deposta em 1792 e obrigaram Luís XVIII
a aceitar o Tratado de Paris.
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• Preso na ilha mediterrânea de Elba, Napoleão fugiu, em março de
1815, e retomou o poder (Governo dos Cem Dias). Contudo, foi
detido pela última coligação europeia contra a França. Os ingleses o
derrotaram em Waterloo, na Bélgica. Preso na ilha de Santa Helena,
costa africana, morreu em 1821.
• Luís XVIII retomou o poder. Em 1814-1815, o Congresso de Viena
restabeleceu o equilíbrio entre as grandes potências (Inglaterra,
Prússia, Rússia e Áustria).
• Alemanha e Itália permaneceram divididas.
• A Inglaterra adquiriu a supremacia marítima e colonial. Para
preservar a paz e evitar perturbações sociais como a Revolução
Francesa e as guerras de Napoleão, as potências criaram a Santa
Aliança.
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O CONGRESSO DE VIENA
• O Congresso de Viena foi uma conferência entre
embaixadores das grandes potências europeias que teve
lugar na capital austríaca, entre 1 de Outubro de 1814 e
9 de Junho de 1815, cuja intenção era a de redesenhar o
mapa político do continente europeu, após a derrota da
França napoleônica, na primavera anterior; iniciar a
recolonização (como visto na Revolução Liberal do Porto,
no caso do Brasil); restaurar os respectivos tronos às
famílias reais derrotadas pelas tropas de Napoleão
Bonaparte (como a restauração dos Bourbon) e firmar
uma aliança entre os signatários.
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• Os termos de paz foram estabelecidos com a
assinatura do Tratado de Paris (30 de Maio de 1814),
no qual estabeleciam-se as indenizações a pagar pela
França aos países vencedores. Mesmo diante do
regresso do ex-imperador Napoleão I do exílio, tendo
reassumido o poder na França, em Março de 1815,
as discussões prosseguiram, concentradas em
determinar a forma de toda a Europa depois das
guerras napoleônicas. O Ato Final do Congresso foi
assinado em 9 de Junho de 1815, nove dias antes da
derrota final de Napoleão, na batalha de Waterloo.
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• Objetivo: o objetivo do congresso foi buscar e afirmar um
equilíbrio entre as nações, com o intuito de evitar guerras e
revoluções.
• Medidas: foram adotados uma política e um instrumento
de ação:
– Política: restauração legitimista e compensações territoriais.
– Instrumento de Ação: Santa Aliança, aliança político-militar
reunindo exércitos feudais prontos para intervir em qualquer
situação que ameaçasse o Antigo Regime, incluindo a hipótese de
intervir nas independências da América. Contra isso, foi criada a
"Doutrina Monroe" (América para Americanos).
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• Participantes:
– o congresso foi presidido pelo estadista austríaco
Príncipe Klemens Wenzel von Metternich,
contando, ainda, com a presença do seu Ministro
de Negócios Estrangeiros e do Barão Wessenberg,
como deputado.
– a Prússia foi representada pelo príncipe Karl
August von Hardenberg, o seu Chanceler e o
diplomata e acadêmico Wilhelm von Humboldt.
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– o Reino Unido foi, inicialmente, representado pelo seu Secretário
dos Negócios Estrangeiros, o Visconde de Castlereagh. Após
fevereiro de 1815, por Arthur Wellesley, Duque de Wellington. Nas
últimas semanas, após Wellington ter partido para dar combate a
Napoleão, foi representado pelo Conde de Clancarty.
– a Rússia foi defendida pelo seu Imperador Alexandre I, embora fosse
nominalmente representada pelo seu Ministro de Negócios
Estrangeiros.
– a França estava representada pelo seu Ministro de Negócios
Estrangeiros Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord.
– a Áustria estava representada pelo seu general-chefe, Metternich.
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• Inicialmente, os representantes das quatro
potências vitoriosas esperavam excluir os
franceses de participar nas negociações mais
sérias, mas o Ministro Talleyrand conseguiu
incluir-se nesses conselhos, desde as primeiras
semanas de negociações.
• O congresso nunca teve uma sessão plenária
de fato: as sessões eram informais entre as
grandes potências.
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• Devido à maior parte dos trabalhos ser feita por
estas cinco potências (com algumas questões
dos representantes de Espanha, Portugal, Suécia
e dos estados alemães), a maioria das
delegações pouco tinha que fazer. Por isso, o
anfitrião, Francisco II, Imperador do Sacro
Império Romano-Germânico, oferecia
entretenimento para as manter ocupadas. Isso
levou a um comentário famoso pelo Príncipe de
Ligne: le Congrès ne marche pas; il danse. (o
Congresso não anda; ele dança.)
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OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO CONGRESSO
1. O princípio da legitimidade
• Defendido, sobretudo, por Talleyrand, a partir do qual se
consideravam legítimos os governos e as fronteiras que vigoravam
antes da Revolução Francesa. Atendia os interesses dos Estados
vencedores na guerra contra Napoleão Bonaparte, mas, ao mesmo
tempo, buscava salvaguardar a França de perdas territoriais, assim
como da intervenção estrangeira. Os representantes dos governos
mais reacionários acreditavam que poderiam, assim, restaurar o
Antigo Regime e bloquear o avanço liberal. Contudo, o acesso não
foi respeitado, porque as quatro potências do Congresso trataram
de obter algumas vantagens na hora de desenhar a nova
organização geopolítica da Europa.
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2. O princípio da restauração
• Era a grande preocupação das monarquias
absolutistas, uma vez que se tratava de recolocar a
Europa na mesma situação política em que se
encontrava antes da Revolução Francesa - que
guilhotinou o rei absolutista e criou a República; que
acabou com os privilégios reais e instituiu o direito
legítimo de propriedade aos burgueses. Os governos
absolutistas defendiam a intervenção militar nos
reinos em que houvesse ameaça de revoltas liberais.
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3. O Princípio do equilíbrio
• Defendeu a organização equilibrada dos
poderes econômico e político europeus,
dividindo territórios de alguns países como a
Confederação Alemã, que foi dividida em 39
Estados, tendo a Prússia e a Áustria como
líderes e anexando outros territórios a países
adjacentes, como o caso da Bélgica, que foi
anexada à Holanda.
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DIRETRIZES
• Momento de reação conservadora na Europa,
articulado na presença de representantes dos
diversos países vencedores de Napoleão, o objetivo
declarado deste fórum era o de solucionar os
problemas suscitados no continente, desde a
Revolução Francesa (1789), e as conquistas
napoleônicas. Temia-se uma nova revolução.
• As diretrizes fundamentais do Congresso de Viena
foram: o princípio da legitimidade; a restauração; o
equilíbrio de poder e, no plano geopolítico, a
consagração do conceito de "fronteiras geográficas".
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RESTAURAÇÃO E LEGITIMIDADE
• Essa diretriz estabelecia que deveriam voltar ao
trono(restauração) os legítimos governantes
(legitimidade), que estavam no poder antes da Revolução.
As antigas dinastias reinantes retornam ao poder. Essa
posição foi defendida pelo representante francês,
Talleyrand, garantindo, com isso, que os Bourbons
retornassem ao poder com a anuência dos vencedores.
Talleyrand usou, também, o conceito de legitimidade para
evitar que a França, derrotada, perdesse território para
seus vizinhos, isto é, conseguiu restaurar as antigas
fronteiras (consideradas "legítimas"), anteriores a 1790.
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EQUILÍBRIO DE PODER E FRONTEIRAS
GEOGRÁFICAS
• Outra decisão importante das grandes
potências reunidas em Viena foi a
consagração da ideia de balança do poder.
Segundo essa perspectiva, considerava-se que
só fora possível o fenômeno Napoleão, na
Europa, porque ele havia juntado uma tal
soma de recursos materiais e humanos que,
aliados à sua capacidade política e militar,
provocaram todo aquele período de guerras.
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• As grandes potências decidiram, então, dividir os recursos
materiais e humanos da Europa, de tal maneira que uma
potência não pudesse ser mais poderosa que a outra
(balança e equilíbrio de poder). Sendo assim, nenhum
outro Napoleão atrever-se-ia a desafiar seu vizinho,
sabedor de que este contaria com os mesmos recursos.
• Sendo esse o critério estabelecido, trataram de pô-lo em
prática, resultando num mapa europeu em que as etnias e
as nacionalidades não foram levadas em consideração, tal
como aconteceu com a partilha da Polônia, por exemplo.
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• Uma vez estabelecida a paz, haveria a necessidade de
manutenção de exércitos? Os estadistas reunidos em Viena
foram unânimes em responder afirmativamente. Tratava-se
de manter forças armadas exatamente para preservar a paz
alcançada. A garantia da paz residia, a partir de então, na
preservação das fronteiras geográficas estabelecidas
justamente para evitar que qualquer potência viesse a
romper o equilíbrio, anexando recursos de seus vizinhos e
pondo em risco todo o sistema de estados europeus. O
princípio geopolítico das "fronteiras geográficas" perdurou
até o término da Segunda Guerra Mundial, quando esse
conceito foi substituído pelo conceito de "fronteiras
ideológicas", no contexto da Guerra Fria.
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CONSEQUÊNCIAS
• A Rússia anexou parte da Polônia, Finlândia e a Bessarábia.
• A Áustria anexou a região dos Bálcãs.
• A Inglaterra ficou com a estratégica Ilha de Malta, o Ceilão e a
Colônia do Cabo, o que lhe garantiu o controle das rotas
marítimas.
• O Império Otomano manteve o controle dos povos cristãos do
Sudeste da Europa.
• O Reino Unido, o controle de Portugal, Brasil e Algarve.
• A Suécia e a Noruega uniram-se.
• A Prússia ficou com parte da Saxônia, da Westfália, da Polônia
e com as províncias do Reno.
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• A Bélgica, industrializada, foi obrigada a unir-se
aos Países Baixos, formando o Reino dos Países
Baixos.
• Os Principados Alemães formaram a
Confederação Alemã, com 38 Estados. A Prússia e
a Áustria participavam dessa Confederação.
• A Espanha e Portugal não foram recompensados
com ganhos territoriais, mas tiveram restauradas
as suas antigas dinastias. Portugal foi elevado a
Reino Unido.
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O Congresso de Viena logrou garantir a paz na Europa. Além
das disposições políticas territoriais, estabeleceu
• o princípio da livre-navegação do Reno e do
Meuse;
• a condenação do tráfico de escravos;
determinando sua proibição ao norte da linha do
Equador;
• medidas favoráveis para a melhoria das
condições dos judeus e
• um regulamento sobre a prática das atividades
diplomáticas entre os países.
Tabela de Imagens
n° do
slide
direito da imagem como está ao lado da
foto
2a
Paul Delaroche / Retrato de Napoléon
Bonaparte, por volta de 1840 /
Disponibilizado por Library of Congress /
Public domain.
Jean-Baptiste Isabey / O Congresso de
Viena, 1814 / Public domain.
Jacques-Louis David e Georges Rouget,
entre 1805-1807 / Museu do Louvre /
Disponibilizado por The Yorck Project /
Public domain.
Olahus / GNU Free Documentation License.
2b
11
15
link do site onde se conseguiu a informação
Data do
Acesso
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Napol%C 18/09/2012
3%A9on_Bonaparte_par_Paul_Delaroche_%28d%
C3%A9tail%29.jpg
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Congress 18/09/2012
Vienna.jpg
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jacques- 18/09/2012
Louis_David_019.jpg
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Europe_
map_1812.PNG
18/09/2012
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