FACULDADES INTEGRADAS DO NORTE DE MINAS - FUNORTE
TÉCNICAS E MATERIAIS DE MOLDAGEM PARA
TRANSFERÊNCIA DE IMPLANTES
ANDRÉ LUIZ LIMA MALFATTI
São Paulo-2008
2008
ANDRÉ LUIZ LIMA MALFATTI
TÉCNICAS E MATERIAIS DE MOLDAGEM PARA
TRANSFERÊNCIA DE IMPLANTES
Monografia apresentada para obtenção do
título de Especialista Lato Sensu em
Implantodontia da faculdade Unidas do
Norte de Minas ,sob a orientação do
Prof.Ms. Dr.Maurício Montanari Mateus
São Paulo-SP
2008
ANDRÉ LUIZ LIMA MALFATTI
TÉCNICAS E MATERIAIS DE MOLDAGEM PARA
TRANSFERÊNCIA DE IMPLANTES
Apresentação da Monografia em ____/____/____, ao curso de Implantologia ao Centro de
Pós-Graduação Funorte.
_________________________________________
Coordenador:Maurício Montanari Mateus
_________________________________________
Coordenador:
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus queridos pais Francisco Malfatti e Marilda Lima
Malfatti por toda confiança e incentivo ao longo de minha vida. Agradeço por todo amor e
sacrifício em prol da minha educação e formação. Palavras são insuficientes para expressar a
minha gratidão e orgulho por ser filho de vocês!
Sem vocês eu nada seria...
AGRADECIMENTOS
À minha esposa Viviane e ao meu filho Andreas que sempre tiveram compreensão e
me apoiaram em todo curso e também são responsáveis pela minha mudança como pessoa
com quem aprendi amar sem medo e a doar amor ao próximo.
Aos meus irmãos Carlos “in memoriam”, Alexandre e Júnior que sempre foram
referência em minha vida.
Ao Prof. Mestre Maurício Montanari Mateus que abriu as portas não só de sua clínica,
mas de todo o seu conhecimento me ensinando de uma maneira simples algo tão complexo
que é esse universo da implantodontia.
Ao amigo e professor Bernardo que sempre demonstrou vontade e sabedoria para
ensinar e ajudar na hora em que era solicitado.
Aos amigos de turma pela amizade e convívio!
RESUMO
A técnica de transferência do implante osseointegrável é uma fase muito importante no
tratamento de pacientes que optaram por esse tipo de reabilitação oral. A precisão do
posicionamento dos análogos nos modelos de trabalho é fundamental para o sucesso da
confecção da prótese que será utilizada para reabilitar o paciente. Por esse motivo a literatura
nos ensina que existem várias técnicas para realizar uma moldagem de transferência. O
objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão da literatura sobre os tipos de técnicas de
transferência de implante, entre elas o uso de moldeiras abertas ou fechadas (transferentes
cônicos ou quadrados), quanto a utilização da resina acrílica Duralay e fio dental na união dos
transferentes, siliconas de condensação, siliconas de adição; poliéter diminuir contração da
resina Duralay com cortes entre os transferentes para diminuir contração e utilização de
lâminas de acetato na união dos transferentes com Duralay para evitar a contração.
ABSTRACT
The techniques of implants transfer is a very important phase in the treatment of
patients who chose this kind of oral rehabilitation. It is important that the analogous in the
work models are in the correct position for the success of the planned prosthesis that Will be
used to rehabilitate the patient. For this reason, the literature teaches us that there are several
techniques to make a transfer molding. The purpose of this study was to make a review of the
literature about the kinds of implant transfers, among which, the use of open or closed
moldings; conical or squared transfers; as to the use of Duralay acrylic resin and dental floss
in the union of the transfers; condensation silicones; addition silicone; polyether to decrease
the contraction of Duralay resin with cuts between the transfers to decrease the contraction
and use of acetate blades in the union of the transfers with Duralay to avoid contraction.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 8
2 PROPOSIÇÃO ........................................................................................................................................ 9
3 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................................................... 10
4 TÉCNICA COM MOLDEIRA ABERTA .................................................................................................... 20
5 TÉCNICA MOLDEIRA FECHADA ........................................................................................................... 21
6 MATERIAIS DE MOLDAGEM ............................................................................................................... 22
7 MOLDAGEM FINAL ............................................................................................................................. 23
8 COMPONENTES PROTÉTICOS PARA TRANSFERÊNCIA........................................................................ 24
9 DISCUSSÃO ......................................................................................................................................... 25
10 CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 26
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................ 27
8
1 INTRODUÇÃO
Um crescente interesse por parte de nossos pacientes pela reposição de seus dentes
perdidos motivaram a evolução dos implantes osseointegrados, juntamente com
novas
técnicas de reabilitações protéticas sobre estes implantes, visando à estética. Diante deste fato,
levaram vários autores a pesquisarem sobre novos materiais e técnicas para possibilitar a
reabilitação.
O objetivo principal do tratamento, tanto para a o profissional e equipe quanto para o
paciente, é o resultado protético final do ponto de vista estético e funcional (BEZERRA,
2002). Sabe-se que para obtenção de um bom resultado, algumas etapas como a moldagem,
representam um ponto importante, sendo necessário por parte do cirurgião dentista um correto
manuseio dos materiais existentes e sua aplicação.
A não observância de certos princípios acarretará em próteses iatrogênicas com pobre
adaptação sobre os implantes e sobre a fibromucosa de revestimento, culminando com a
mobilidade dos mesmos e com reabsorções ósseas extensas (GENNARI FILHO et. al., 2003).
A passividade do pilar sobre o implante é conseguida quando o parafuso de retenção está
apenas unindo as partes em contato (prótese-implante) por uma força de travamento, sem
causar estresse ou tensões. Após a adaptação passiva da prótese no implante, as forças
mastigatórias sofrerão uma distribuição adequada em relação ao conjunto, além da
manutenção da saúde oral, que são pontos vitais para a longevidade do tratamento (GOMES
et. al., 2006).
Além de outros fatores como a qualidade dos componentes protéticos e da liga
metálica, a moldagem de transferência é vital para a obtenção da passividade na conexão
prótese-implante. A adaptação passiva, bem como a reprodutibilidade ideal são difíceis de
serem obtidas em função de críticas das etapas de: moldagem, obtenção de modelos e
confecção da estrutura protética, que tem como objetivo transferir com fidelidade, a posição
espacial do implante da boca do paciente para o modelo de gesso.
Diante de vários detalhes e dificuldades, este trabalho tem o propósito de apresentar as
etapas relacionadas com os procedimentos, desde a escolha adequada do material de
moldagem até a técnica mais indicada, sempre baseando-nos em diversos estudos.
9
2 PROPOSIÇÃO
Situar o especialista quanto às diferentes técnicas de moldagem de transferência de
implantes osseointegráveis e materiais utilizados para a obtenção de um modelo de trabalho
preciso.
10
3 REVIS ÃO DE LITERATUR A
LUEBKE et.al.(1979) realizaram um estudo em relação à precisão dimensional dos
materiais elastoméricos (silicona de polimerização por adição e condensação, polissulfetos e
poliéter) quanto à demora e quando submetidos ao segundo vazamento na obtenção dos
modelos. Um modelo mestre (metálico) foi confeccionado com quatro pilares de 6mm de
altura. Cento e vinte moldeiras de resina acrílica foram feitas, com alívio interno para
comportar 3 mm de material de moldagem uniformemente distribuídos. Segundo os autores,
todas as moldeiras receberam aplicação de adesivo específico de acordo com o tipo de
material de moldagem empregado. O gesso utilizado foi o Vel Mix (Dentsply), sendo
espatulado a vácuo por 30 segundos e os moldes vazados nos intervalos de 15 e 75 minutos,
24 e 48 horas e 1 semana para o primeiro vazamento e 75 minutos, 24 e 48 horas e 1 semana
para o segundo vazamento, sendo os modelos retirados do molde após uma hora. Foi utilizado
na pesquisa um microscópio ótico com precisão de 0,0001 pol para aferir as medidas das
distâncias entre os pilares sobre o modelo mestre e as réplicas de gesso. Os pesquisadores
concluíram que o poliéter mostrou-se estável em todos os intervalos de tempo e não diferiu do
modelo mestre, apresentando ótima estabilidade.
BURAWI, et al. (1997) realizaram pesquisa relacionada com técnicas de moldagem na
implantodontia sugerindo que a técnica de moldagem sem ferulização dos transferentes é mais
fiel que a técnica que utiliza resina acrílica, pois esse processo feito diretamente na boca (em
decorrência da contração da resina) pode alterar a posição dos pilares.
COELHO, (1997), avaliou o comportamento morfodimensional de materiais de
moldagem utilizados em implantes dentais. O presente trabalho procurou avaliar o
comportamento de seis siliconas de adição, um poliéter, um polissulfeto, uma silicona de
condensação e um hidrocolóide irreversível, todos quando empregados em uma técnica de
moldagem e transferência da posição de implantes dentais. Utilizando-se moldeiras
individuais padronizadas e um modelo mestre construído em acrílico, no qual foram
colocados cinco implantes, realizaram-se cinco moldagens com cada material testado, num
total de cinqüenta procedimentos de moldagem. As distâncias horizontais entre os
componentes análogos dos modelos de gesso obtidos de cada molde foram comparadas com
as mesmas distâncias do modelo mestre, com objetivo de determinar se há possíveis
alterações dimensionais sofridas pelo material moldador. A análise dos dados obtidos
demonstrou que todos os materiais testados apresentaram alterações dimensionais
estatisticamente significantes. A silicona de adição President apresentou a menor alteração
11
dimensional, enquanto que o hidrocolóide irreversível Orthoprint apresentou a maior alteração
dimensional. Finalmente, todas as siliconas de adição produziram modelos semelhantes,
seguidas do poliéter, do polissulfeto, da silicona de condensação e o hidrocolóide irreversível.
GOIATO; DOMITTI E COSANI (1998) pesquisaram a influência dos materiais de
moldagem e técnicas de transferência em implante, na precisão dimensional dos modelos de
gesso. O propósito desse estudo foi o de verificar a alteração dimensional linear em
reproduções da matriz metálica com 4 implantes osseointegráveis efetuados com 3 materiais
de moldagem de transferência. Os matérias de moldagem foram: silicone por adição
(Express); silicona de condensação (Optosil-Xantopren) e poliéter (Impregnum F). As
técnicas de moldagem de transferência adotadas foram: transferentes com “coping” metálico
de com resina duralay esculpida em forma quadrada; técnica com o transferente e “coping”
metálica unidos com resina duralay; e, técnica de transferência de transferentes cônicos.
Concluíram que a técnica do transferente e “coping” unidos com resina duralay é o que
apresenta maior precisão de transferência de implantes.
GENARI FILHO (1998) propuseram mostrar uma técnica de moldagem para
transferência e adaptação dos análogos de implantes utilizando pasta de óxido de zinco e
eugenol e transferentes quadrados: caso clínico de overdenture inferior, com dois implantes.
Tal procedimento, sem dúvida, apresentou grandes vantagens, oferecendo, ainda, estabilidade
aos componentes de transferência, o que não ocorre quando da utilização de transferentes
cônicos e material para moldagem à base de borracha.
KASHIVAQUI, K. S.; IURK, M. C. (1999) em sua revisão de literatura compararam
resinas acrílicas fotopolimerizáveis em relação às autopolimerizáveis, destacando suas
vantagens,dentre as quais: facilidade no manuseio, espessura uniforme, ausência de bolhas,
maior lisura superficial, preticidade e facilidade no acabamento.
DUMBRIDGE, et al. (2000) verificaram que o uso de barras de resina acrílica
Duralalay ativadas quimicamente para união dos transferentes quadrados utilizados na técnica
de moldeira aberta. Estas barras foram unidas na boca com resina acrílica, sendo que a
moldagem foi realizada somente em 17 minutos, tempo este respeitado para compensar a
contração de polimerização da resina acrílica descrita na literatura. Baseados nos resultados
obtidos concluíram que: a utilização de barras de resina facilita a técnica de moldagem,
reduzindo o tempo clínico dispensado durante o procedimento e minimizando as possíveis
alterações dimensionais quando comparada à técnica convencional, que preconiza o uso de
resina acrílica e fio dental .
12
HERBST et al. (2000) compararam e avaliaram quatro técnicas de moldagem em
relação a sua precisão dimensional para reprodução da posição de implantes nos modelos de
trabalho. Uma matriz metálica foi confeccionada com cinco implantes posicionados
simulando uma situação clínica, onde dois deles apresentavam 8 graus de inclinação lingual e
8 pontos de referência fresados; a seguir, utilizaram quatro técnicas de moldagem: (1)
transferentes cônicos, (2) transferentes quadrados (3) transferentes quadrados unidos com
resina acrílica autopolimerizável Duralay (4) transferentes quadrados com extensão metálica
lateral de um lado (não esplintados), que apenas encostavam-se ao transferente adjacente
(Southern Implantes, South Africa). Um torque de 10Ncm foi aplicado para padronizar o
ajuste de cada capuz de cicatrização (com ponto de referência em sua superfície) sobre cada
análogo no modelo mestre ou modelo de gesso. A união com resina acrílica Duralay e fio
dental foi feita 20 minutos antes de a moldagem ser realizada para permitir uma ótima
polimerização e corresponder a situação clínica.
O modelo mestre foi mantido em uma estufa com 100% de umidade e a 37ºC enquanto
foram feitas as moldagens. Os materiais utilizados na pesquisa foram silicona de adição
massa-regular (President-Coltene), através da técnica de moldagem simultânea com moldeiras
individuais de resina acrílica autopolimerizável (Formatray-Kerr). Foram feitos 4 modelos
para técnica e estes foram mantidos a temperatura ambiente por no mínimo 24 horas antes das
mensurações. Os corpos de prova obtidos em gesso (Vel Mix-Dentsply) foram analisados ao
microscópio de luz reflexiva, capaz de analisar os eixos x, y, z. Foi observado que os corpos
de prova conservaram alta estabilidade dimensional e, mesmo apresentando diferença
estatisticamente significante, foi registrada uma alteração dimensional somente de 0,31%. Os
autores chegaram à conclusão de que todas as técnicas de moldagem apresentaram ótimos
resultados, sendo os desajustes desprezíveis clinicamente, por isso recomendam estas técnicas
para utilização na transferência da posição de implantes osseointegrados.
NACONEY, MARCOS MICHELON (2001) avaliaram in vitro da precisão de três
técnicas de transferência para próteses implantossuportadas de múltiplos pilares. Este estudo
in vitro objetivou avaliar a passividade de adaptação de uma estrutura metálica conectada a
cinco análogos de pilares provenientes de três técnicas de transferência. Cinco modelos de
gesso foram confeccionados para cada uma das técnicas testadas, por meio de moldes em um
modelo mestre de resina epóxi. O poliéter foi o material de impressão de escolha para todos
os procedimentos de transferência. As técnicas avaliadas foram às seguintes:
Técnica Direta Esplintada (transferentes quadrados esplintados com pinos de aço e
resina acrílica autoplimerizável, e moldeira individual aberta)
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- Grupo1; Técnica Direta Não Esplintada (transferentes quadrados não esplintados e
moldeira individual aberta)
- Grupo2; Técnica Indireta (transferentes cônicos e moldeira individual fechada)
- Grupo3; Dezesseis extenxômetros foram colocados ao longo da estrutura metálica de
secção retangular, sendo seu grau de formação medido em cada modelo. A análise da
variância revelou uma diferença significante entre o grupo1 e os grupos 2 e 3. Entretanto, o
experimento apontou não haver diferenças estatísticas entre os grupos 2 e 3.
PINTO, et al. (2001) avaliaram 3 técnicas de moldagem para implantes, assim
divididos:
Técnica 1 transferentes cônicos e moldeira individual.
Técnica 2 tranferentes quadrados e moldeira individual perfurada.
Técnica 3 transferentes quadrados unidos com resina acrílica e moldeira individual
perfurada.
Para todas as técnicas, o material de moldagem foi o polissulfeto Permelastic. Os
autores utilizaram um modelo de polietileno simulando uma mandíbula edêntula, onde foram
fixados 3 implantes (análogos) e seus intermediários. A força empregada no ato da moldagem
foi padronizada. Após o vazamento do gesso, os modelos foram avaliados através de um
perfilômetro, medindo-se as distâncias entre as bordas das réplicas dos implantes. Para as três
técnicas houve aumento do modelo obtido em relação ao original, sendo 1,75% para a
primeira técnica, 1, 68% para a segunda técnica e 1,47% para a terceira técnica. Verificou-se
então que a técnica que utiliza moldeira individual perfurada e componentes quadrados unidos
com resina acrílica Duralay apresentou menores alterações dimensionais em relação ao
modelo mestre.
VALLE, A. L.; COELHO, A. B.; e SCOLARO, J. M. (2001) o presente trabalho
avaliou o comportamento morfodimensional de seis siliconas de adição, um poliéter, um
polissulfeto, uma silicona de condensação e um hidrocolóide irreversível, quando empregados
em uma técnica de moldagem e transferência da posição de implantes dentais. A análise dos
dados obtidos demonstrou que todos os materiais testados apresentaram alterações
dimensionais estatisticamente significativas. A silicona de adição President apresentou a
menor alteração dimensional, enquanto que o hidrocolóide irreversível Orthoprint apresentou
a maior alteração. Finalmente, todas as siliconas de adição produziram modelos semelhantes,
seguidas do poliéter, do polissulfeto, da silicona de condensação e o hidrocolóide irreversível.
DE LA CRUZ, et al. (2002) estudaram a utilização de jigs de verificação de implantes
na fabricação de próteses implantossuportadas, avaliando a precisão dimensional desses jigs.
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Os autores mediram também a precisão dimensional de três resinas usadas para fabricar jigs
de verificação. Foram feitos três jigs de verificação e vinte moldagens de três implantes com
hexágono hexterno Steri-Oss (parafusados em uma base de alumínio usinada e fixos com
resina epóxica - os pilares receberam torque de 35Ncm) de acordo com os seguintes grupos
(dez mostras para cada grupo): Grupo 1 – Jig de GC pattern resin (polimetilmetacrilato);
Grupo 2 – Jig de resina Duralay (polimetilmetacrilato); Grupo 3 – Jig de resina Trial gel
(uretanodimetacrilato); Grupo 4 - Moldagem com transferentes para moldeiras fechadas e
Grupo 5 - Moldagem com transferente para moldeira aberta.Uma base de gesso foi fabricada
para cada Jig experimental. Os cortes nas barras de plástico foram feitos com disco
diamantado extrafino (250 microns de espessura). Isso permitiu o relaxamento de potenciais,
forças causadas pela contração da resina.
Uniram-se as regiões cortadas após 24 horas. Bases de alumínio e bases de gesso
experimentais foram medidas com o seguinte método: coordenadas x e y do centro de cada
implante foram obtidas com um microscópio calculando a média das coordenadas x e y das
bordas dos implantes de hexágono externo. As origens das coordenadas durante a medida de
cada base foram arbitrárias; as distâncias entre os pontos do centro dos implantes foram
calculadas pelo uso do teorema de Pitágoras; as medidas verticais (plano z) foram obtidas
com um calibrador digital nos dois locais terminais do implante; as distâncias interimplantares
e medidas verticais foram subtraídas daquelas da base mestre e os valores e distorção
resultantes foram analisados e os Jigs de verificação não foram significativamente mais
preciosos do que procedimentos de moldagens comuns.
Moldagens com moldeira aberta mostraram uma distorção vertical significativamente
maior comparada com outros grupos. Jigs de Triad gel mostraram uma distorção maior em
uma distância interimplantares (C-L0 do que as moldagens com moldeira fechada), ao passo
que os jigs de Duralay exibiram distorção significativamente maior do que com moldeira
fechada, moldeira aberta e jigs de GC pattern resin na distância interimplantares R-C. Embora
não tenha havido nenhuma diferença significativa nos outros grupos, o grupo de moldeira
fechada mostrou os mais baixos valores médios de distorção em todas as medidas. Dentro das
limitações deste estudo, a precisão obtida por jigs de verificação não foi significantemente
superior aos procedimentos de moldagem comuns. Os resultados sugerem que a fabricação de
jigs não melhora a precisão dimensional dos modelos de gesso.
ASSUNÇÃO, W. G.; GENARY , F. H. e GOIATO, M. C. (2002) estudaram três
técnicas de moldagem para transferência de uma matriz contendo 4 análogos de implantes
com diferentes inclinações (90, 80, 75, 65, graus em relação à superfície), associadas a duas
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siliconas de moldagem. A análise foi realizada com um Perfilômetro e os autores concluíram
que a silicona de adição (ImprintII de alta viscosidade) foi superior a silicona por
condensação (Zetaplus-Oranwash) para o fim proposto e nas condições por eles testadas.
Concluíram ainda que a técnica de moldagem de arrasto foi a mais eficiente.
KLEINE, et al. (2002) o objetivo deste estudo foi avaliar três materiais de moldagem e
três diferentes técnicas de transferência de implantes. Assim, sobre uma matriz metálica
representando uma mandíbula humana desdentada, foram implantados 5 cilindros de titânio
dispostos simetricamente na região interforames. Foram utilizados os seguintes materiais de
moldagem: silicona por adição (Aquasil), silicona por condensação (Speedex) e poliéter
(Impregum F).
As técnicas de moldagem de transferência empregadas foram às seguintes:
transferentes quadrados unidos com resina acrílica Duralay transferentes quadrados
esculpidos e separados e transferentes cônicos. Foram confeccionados 5 moldes para cada
material de moldagem e cada uma das técnicas de transferência. As leituras dos valores das
alterações dimensionais lineares foram realizadas num microscópio Carl Zeiss (Alemanha),
com precisão de 0,005mm, e em seguida, submetidas à análise de variância e teste de Tukey
com 5% de significância.
Na distância A-E (de uma hemi-arcada à outra), a técnica dos transferentes quadrados
unidos associada à silicona de adição e ao poliéter evidenciou os menores valores de alteração
dimensional linear. Para a distância A-C (dentro da mesma hemi-arcada), os três materiais de
moldagem apresentaram valores estatisticamente não significantes entre si, nas três técnicas
de transferência. Na distância B-D (de uma hemi-arcada à outra),os melhores resultados
foram para os transferentes quadrados unidos ou separados associados ao material poliéter. As
conclusões gerais mostraram que o poliéter apresentou maior estabilidade dimensional e a
técnica dos transferentes unidos foi a mais fiel na transferência dos análogos.
GENARI FILHO, et al. (2005) avaliaram a eficácia de alguns materiais de moldagem
(alginato Jeltrate e Hidrogun, silicona de condensação Zetaplus, e a associação de Zetaplus e
Oranwash) na reprodução do posicionamento de implantes com inclinação de 90, 80, 75, e 65
graus em relação à superfície de uma matriz contendo 4 análogos. Estes autores analisaram
qual dos materiais estudados ofereceria modelos preliminares com menor alteração
dimensional, para que a maioria dos transferentes com resina acrílica pudesse ser realizada
nesta fase, sobre o modelo, e não na boca com todos os seus inconvenientes. Estes autores
concluíram que dentre os materiais estudados a silicona de condensação Zetaplus foi a que se
apresentou mais estável dimensionalmente.
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ZUIM, et al (2002) avaliaram a precisão linear de modelos de gesso, obtidos pela
moldagem de transferência de quatro implantes. Em seguida, utilizaram uma matriz metálica,
contendo quatro análogos de implantes referentes à região posterior, sendo dois do lado
esquerdo e dois do lado direito. Foram testados três materiais: uma silicona de adição, um
poliéter, e um alginato. A partir da matriz metálica, foram confeccionadas moldeiras
individuais, visando padronizar a técnica de moldagem. Sendo testadas duas técnicas: Técnica
1, transferentes de moldagem unidos com resina acrílica Duralay e Técnica 2, transferentes de
moldagem sem união. Como resultado, verificou-se que a silicona de adição foi o material
que apresentou menores alterações dimensionais em relação à matriz metálica. Já o poliéter
(Impregum), quando utilizado com componentes unidos com resina acrílica Duralay
apresentou alterações significativas em relação ao paralelismo dos implantes.
NIGRO, MARTINS, MATEUS (2003) relataram um caso clínico em que construíram
uma prótese sobre implante em mandíbula de paciente totalmente desdentado, onde durante a
moldagem de transferência, os componentes foram unidos com resina acrílica Duralay
diretamente na boca e após a polimerização foram separados através de disco para nova união
com resina acrílica. Utilizaram bloco único de titânio sem pontos de solda fresado em
laboratório de prótese na Suécia por meio de sistema computadorizado. Segundo os autores,
foi descartada a possibilidade de forças de tensão na infra-estrutura, aumentando assim sua
resistência e minimizando a quantidade de ajustes da prótese e melhorando sua adaptação pelo
paciente.
BURNS, et al. (2003) avaliaram alterações dimensionais “in vitro” comparando 3
técnicas de moldagem: Técnica 1 com moldeira de estoque, Técnica 2 com moldeira
individual fechada e Técnica 3 com moldeira individual aberta. Como material de moldagem
foi escolhido o poliéter, e após o vertimento do gesso e obtenção dos modelos, os materiais
foram analisados através de microscópio óptico. Foi verificado entre a técnica de moldagem
com moldeira de estoque e a com moldeira individual fechada uma diferença de
aproximadamente 10 microns, onde a segunda técnica apresentou melhores resultados. Em
relação às duas técnicas que utilizaram moldeira individual, não foram encontradas alterações
significantes, constando que as duas técnicas são superiores ao uso de moldeira de estoque.
YAMAMOTO (2003) o objetivo deste trabalho foi avaliar 04 técnicas de moldagem
de transferência sobre implantes dentais. Construiu-se um modelo padrão, em um bloco de
aço inox, com 03 análogos de implantes (Conexão) e 02 espaços protéticos intercalados.
Foram utilizados dois materiais de moldagem: alginato (Hidrogum, Zhermack) e silicona de
adição (Elite H-D,Zhermack), e duas técnicas de transferência: transferentes quadrados
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indexados somente pelo material de moldagem e transferentes quadrados ferulizados por
resina acrílica. Quatro grupos foram formados com 05 amostras cada: G1-alginato, G2alginato + férula.
No modelo padrão confeccionada uma estrutura metálica de referência em liga de
PdAg (Ceramic, CNG) sobre abutments UCLA de AgPd (Conexão). Foram realizadas
fotomicrografias da fenda marginal entre os abutments e os análogos dos modelos através de
um microscópio eletrônico de varredura em duas regiões, perfil e frontal, e mensurada em
programas de imagens. A análise estatística bivariada mostrou que não houve diferença entre
G2 , G3 e G4; porém G4 apresentou variância 3 vezes menor do que os demais grupos, e
mais próxima a constante de referência,demonstrando maior precisão e constância. O grupo 1
mostrou a maior falta de adaptação entre todos.
PIMENTEL E GUERRA (2003) avaliaram comparativamente a influência da
superfície da moldeira individual (rugosa e lisa) e o emprego de esmalte para unhas como
alternativa adesiva na resistência à tração dos materiais de moldagem de precisão Impregum F
(poliéter), ImprintII (silicona de adição) e Permelastic Regular (polissulfeto). As variáveis
deram origens a 24 grupos, ensaiados 15 vezes através de sorteio aleatório. Para os testes de
resistência à tração, empregou-se a máquina eletrônica para ensaios mecânicos Kratos.
Os dados obtidos foram anotados em fichas específicas e analisados estatisticamente
através do teste de Turkey e do teste F (Sidenecon), concluindo-se que:1) independente do
adesivo, a resistência à tração foi mais elevada nas moldeiras com superfície rugosa; 2) a
silicona de adição ImprintII apresentou maior resistência à tração quando empregado o seu
próprio adesivo; 3) o esmalte para unha ofereceu maior resistência à tração para material
Impregum F, quando comparado com seu próprio adesivo; 4) o esmalte para unha apresentouse com uma excelente alternativa para o material de moldagem poliéter Impregum F.
CABRAL e GUEDES (2004) utilizaram para a transferência de implantes
transferentes quadrados, unidos com fio dental e resina Duralay. Como forma de superar a
contração de polimerização da resina acrílica descrita na literatura, os autores aguardam 17
minutos, com os componentes posicionados na boca. Após esse período realizaram a
transferência propriamente dita através de moldeira individual, utilizando como material de
moldagem o Impregnum Soft, sendo o gesso vazado após duas horas, seguindo assim
recomendações do fabricante. Após quarenta minutos, o gesso foi retirado do molde, montado
em articulador e enviado ao laboratório para confecção da estrutura metálica em PrataPaládio. Ao ser provada na boca, a estrutura não necessitou de solda nem de moldagem de
moldagem de transferência, confirmando que as instruções dos fabricantes devem ser
18
seguidas para um melhor aproveitamento das propriedades dos materiais empregados em
prótese implantos suportadas.
VIGOLO, et AL (2004), avaliaram in vitro avaliando três técnicas de moldagem
utilizadas nas próteses sobre implantes, para obtenção de um modelo mestre. A seguir,
confeccionaram um modelo em acrílico contendo quatro réplicas de implantes da marca 3i,
após alívio de 2 mm, foram confeccionadas moldeiras individuais para a realização de
quarenta e cinco moldagens. Na primeira técnica foram realizadas 15 moldagens com
componentes quadrados sem união dos mesmos. Na segunda técnica, os componentes
quadrados foram unidos com barra de resina acrílica, sendo que estas barras foram
confeccionadas 1 dia antes e unidas no momento da moldagem. A terceira técnica utilizou
transferentes quadrados fixados com adesivos que acompanha o material utilizado na
moldagem, no caso o Ipregnum.
As moldeiras individuais foram perfuradas na região correspondente aos implantes e
após a presa do material de moldagem, os transferentes foram desparafusados e removidos
junto com o molde obtido. O gesso foi vazado em ambiente laboratorial a uma temperatura
estável, procedimento realizado sempre pelo mesmo operador. Todos os modelos foram
separados dos moldes após 24 horas. Os modelos foram avaliados eletronicamente, sem que o
operador soubesse a qual técnica se referia o modelo avaliado. Dentre as técnicas utilizadas, a
que obteve menores alterações dimensionais foi a que utilizou bastões pré-fabricados de
resina acrílica.
GOMES et al. (2006) em sua revisão de literatura com 26 artigos originais e atuais
MARTINS et al (2004) fizeram uma comparação sobre alterações dimensionais lineares entre
materiais de moldagem elastoméricos utilizados na transferência do posicionamento de
implante. Para isso utilizaram uma matriz contendo dois implantes na região de caninos
submetida á momoldagem com uma silicona de adição, silicona de condensação, um poliéter
e uma mercaptana. Para análise, os pesquisadores utilizaram uma um microscópio
comparador e as análises estatísticas e teste de Turkey indicaram que a silicona de adição e o
poliéter são os materiais que menos sofrerem alteração e dimensionais.
SANTOS, PAMELA LETÍCIA e FILHO, JOSÉ SCARSO (2007) visando às
dificuldades clínicas apresentadas para a obtenção de uma transferência ideal, este trabalho
propõe a utilização de uma nova técnica de transferência com o uso de tira de poliéster para
viabilizar o tempo clínico com a manutenção da estabilidade e da passividade requeridas no
implante dentário. Após instalação dos transferentes é feito o depósito através da técnica
19
incremental da resina acrílica com pincel uma camada de resina a sua volta sem tocar no
próximo.
Com a resina em fase líquida foi posicionada uma lâmina de poliéster entre o último e
o próximo transferente e sucessivamente foram feito entre todos eles. Após 12 minutos, a tira
foi removida e colocada uma nova camada de resina acrílica unindo todos os transferentes e
aguardado novamente um período de 12 minutos. O conjunto foi transferido através de uma
moldagem com silicona de adição (Aquasil), concluíram que é possível oferecer um maior
conforto ao paciente, diminui o tempo de tratamento e manutenção da estabilidade
dimensional.
ANDRÉ, L. F. MARTINS e AMARAL, J. M. B. L. (2007) o objetivo desse trabalho é
descrever uma técnica de moldagem, através de um coping de transferência, que permite a
moldagem do hexágono interno dos implantes,mesmo na presença de situações de
convergência ou divergência com extrema facilidade. A utilização de copings de transferência
quadrado nas moldagens de implantes impede a rotação no momento da união
com o
análogo.
O coping quadrado sai junto com o molde, diferente do copin cônico que necessita de
reposicionamento. Foi estudado três métodos de transferência de implantes inclinados:
método indireto através de copings cônicos, método direto através de copings quadrados e
método direto através de copings quadrados unidos com resina acrílica, tendo como esse
último método o melhor resultado.
BARROS, L. A. B. et AL (2008) o
objetivo deste artigo foi apresentar uma
modificação na técnica para moldagem unitária de implantes, com a criação de uma retenção
adicional em forma de hélice , realizada em resina acrílica, sobre o transfer quadrado. A
transferência com hélice para implantes ou abutments tem a finalidade de aumentar a retenção
no material de moldagem e funcionar como um dispositivo anti-rotacional, preservando a
posição original do hexágono durante os atos de moldagem, colocação dos análogos e
vazamento de gesso.
Concluiu-se que com a confecção da hélice nos casos realizados, o procedimento foi
de alta precisão em moldagens unitárias; simplicidade, custo reduzido e rapidez na realização
da técnica; validade do procedimento durante a moldagem, na colocação do análogo e
vazamento de gesso; outra técnica para moldagens múltiplas.
20
4 TÉCNICA COM MOLDEIRA ABERTA
Segundo Parel (1998), esta técnica utiliza uma moldeira individual especialmente
preparada com uma abertura na sua parte superior .Esta moldeira em geral é fabricada a partir
de um modelo de estudos;moldeiras metálicas ou plásticas preparada e deve ser sempre
testada previamente para assegurar que os parafusos guia se estendem completamente através
da abertura, sem qualquer interferência.
Os transferentes quadrados são utilizados nesse tipo de moldagem, são levados com o
parafuso guia que se apresenta com diferentes tamanhos, a fim de acomodar as necessidades
de implantes de diferentes profundidades.
Cada parafuso guia é instalado de forma a propiciar um perfeito contato metal/metal
entre o pilar e o transfer. Neste estágio pode haver a necessidade de verificação radiográfica
para comprovar a adaptação.
Um material de moldagem alastomérico é injetado ao redor de cada um dos
transferentes. São recomendados os transferentes quadrados com resina acrílica a fim de
minimizar a probabilidade de movimento do casquete no material de moldagem.
Enquanto o material de moldagem está sendo injetado, a moldeira é preenchida e
levada à boca, cobrindo e assentando-se completamente os dentes e aos casquetes de
moldagem dos implantes. O material de moldagem excedente que escoa pela abertura da
moldeira deve ser removido e pressão digital deve ser aplicada até que se possa palpar as
extremidades dos parafuso a guias.
Afrouxando-se a extremidade exposta do parafuso guia, propicia-se um fácil
desencaixe de cada um dos transferentes quadrados de moldagem dos seus respectivos pilares.
A moldagem final é inspecionada a discrepância ou qualquer tipo de falha que possam
influenciar a estabilidade dos transferentes sacados juntamente com o molde. Qualquer
evidência de material de moldagem dentro do transferente indica erro de ajuste, o qual
implica realizar outra moldagem.
21
5 TÉCNICA MOLDEIRA FEC HADA
Segundo Parel (1996) os transferentes cônicos devem ser instalados aos implantes e
radiografados caso exista qualquer dúvida quanto a sua perfeita adaptação. Um material de
moldagem elastomérico é inicialmente aplicado ao redor de todos os pilares, tomando-se o
cuidado de aplicá-lo nas depressões circuferenciais.
Uma moldeira padrão metálica ou de plástico fechada é preenchida simultaneamente
com os procedimentos por injeção e levada à boca da maneira convencional. O material de
moldagem utilizado deve ter qualidades suficientes para moldar as depressões retentivas dos
transferentes e não se distorcendo na remoção.
A moldagem final deve mostrar claramente os detalhes dos tecidos e identificar
visualmente as reproduções negativas dos transferentes. Cada transferente cônico é então
removido da mesma forma como foi inserido e uma réplica do pilar é conectada à sua
extensão rosqueada.
O conjunto transferente/análogo é transferido à moldagem exatamente da forma como
se encontrava intrabucalmente. Um “estalido” deve ser ouvido durante o procedimento de
assentamento, o qual indica que o transferente está corretamente adaptado em seu lugar.
A moldagem final encontra-se, então, pronta para ser vazada com gesso-pedra
odontológico ou gesso pedra especial para troqueis, caso preparos em dentes também estejam
incluídos.
22
6 MATERI AIS DE MOLDAGE M
Segundo Telles (2003) uma boa moldagem pode ser realizada de muitas maneiras ,mas
não de qualquer maneira. Seguindo esse princípio, independentemente do material a ser
utilizado, o resultado deve ser bom. Os materiais mais utilizados para a Moldagem Anatômica
dos desdentados são o alginato e a godiva.
-Alginato: por ser de fácil manipulação, produzir menores deformações aos tecidos de
revestimento do rebordo e apresentar boa fidelidade de cópia, o alginato ou hidrocolóide
irreversível deve ser, na maioria dos casos, o material de escolha para esse tipo de moldagem.
-Godiva: é um material à base de resinas termoplásticas, a qual pode ser especialmente
útil para moldar rebordos edentados inferiores severamente reabsorvidos, pois possui grande
capacidade de afastar a musculatura inserida no rebordo; entretanto, tende a comprimir e
deformar mais os tecidos que os outros. A godiva deve ser utilizada com o auxílio de um
aparelho que mantém a água na temperatura adequada para plastificar o material (55ºC a
60ºC) chamado plastificador de godiva.
23
7 MOLDAGEM FINAL
Os materiais para a execução da moldagem final são as pastas de zinco e eugenol e os
elastômeros (poliéters, mercaptanas, ou silicones de acordo com suas composições). As pastas
zincoeugenólicas, por serem um material anelástico, são particularmente indicadas quando se
deseja fazer compressão da região de vedamento posterior.
Os poliéteres, por suas propriedades hidrofílicas, comportam-se muito bem quando
utilizados para reproduzir os contornos dos tecidos moles muito preciso e praticamente sem
bolhas. Em razão de sua rigidez após a presa, são particularmente indicados quando, em
conjunto com a moldagem dos tecidos moles, há a necessidade de transferir a posição de
implantes para o modelo de trabalho,nos casos de sobredentaduras.
As mercaptanas e silicones (adição e condensação),especialmente os polimerizados
por adição, também podem ser utilizados como material de moldagem na técnica da moldeira
individual.
24
8 COMPONENTES PROTÉTICOS P ARA TRANSFERÊNCI A
Segundo Parel (2006) são utilizados transferentes cônicos nos casos de moldagem com
moldeiras fechadas. Esse tipo de transferentes são indicados quando há uma grande inclinação
dos implantes e pouco espaço de abertura bucal (normalmente em regiões posteriores).
Os transferentes quadrados são utilizados nas moldagens de transferência de múltiplos
implantes com moldeiras abertas (moldagem de arrasto). Eles são unidos por duralay entre si
e fixados a moldeira para garantir que em sua retirada os transferentes não se movam. Nos
dois tipos de tranferentes usa-se o mesmo tipo de análogo que seria uma réplica do implante a
ser transferido.
Existem varias marcas e tipos de transferentes:
Transfer da marca SIM
Abutment Transferente de Moldeira Aberta
Indicado para Prótese Múltipla
Os transferentes possuem um perfil de emergência
compatível com os cicatrizadores
Transferentes da marca Bicon para moldeira fechada
15.Seis
munhões de óxido de alumínio colocados sobre os
abutments antes de serem removidos em uma
moldagem de transferência.
25
9 DISCUSS ÃO
A reabilitação protética sobre implantes asseointegráveis com excelência é o objetivo
de todos os profissionais que atuam na área.
Para atingirmos tal objetivo a obtenção de um modelo de estudo e de trabalho torna-se
fundamental para a realização desse trabalho.
A moldagem aberta preconizada por BURAWI (1997) em comunhão com a
ferulização dos elementos transferentes corrobora com os achados científicos de GOIATO;
DOMONITTI e COSANI(1998) bem como os de NACONEY, MARCOS MICHELON
(2001) .
BURNS et al (2003) concluíram que a moldagem fechada com utilização de moldeira
de estoque foi a que pior resultado clínico apresentou.
Fato também observado por NACONEY, MARCOS E MICHELAM (2001) quando
da avaliação de diversas técnicas de moldagem.
A utilização de transfer quadrados ferolizados foi relatado por KLEINE, et (2002)
como sendo a que se apresentava resultados mais fieis indo ao encontro dos estudos de
NIGRO, MARTINS e MATEUS (2003) e de ANDRÉ, L. F. MARTINS e AMARAL, J. M.
B. L. (2007).
A ferulização com a criação de uma retenção adicional em forma de hélice realizada
em resina acrílica sobre o transfer quadrado proposta por BARROS. L. A. B. et al (2008)
apresenta-se como uma variação da tradicional ferulização padrão proposta por
DUMBUDGE; et al (2000) e KLEINE, et al (2002) e ZUIM, et al (2002).
Quanto ao material de moldagem as siliconas de adição aparecem como sendo o
melhor material a serem utilizados na moldagem de transferência de implantes
osseointegráveis, ASSUNÇÃO, W. G. GENARY, F. H. e GOIATO, M. C. (2002) e
GENARY FILHO et al (2002), dados que vão ao encontro dos obtidos por HIAMAMOTO
(2003) que salientou a não utilização de alginato na confecção desse trabalho.
A moldagem aberta com utilização de moldeira individual somada à escolha da
silicona de adição e transfers quadrados e ferulizados nos casos de elementos múltiplos
apresenta-se como tendência para obtenção de modelos tanto de estudo quanto de trabalho nos
casos de moldagens de transferência de implantes osseointegráveis PINTO, et al (2001),
ZUIM et al (2002) e VIGOLO, et al (2004).
26
10 CONCLUS ÃO
A moldagem de estudo em alguns sistemas poderá utilizar transfer de moldeira
fechada. As moldagens de transferência utilizadas para obtenção de um modelo de trabalho
em implantodontia são:
- moldagens abertas com a utilização de moldeiras individuais
fabricadas sobre
modelos de estudos.
- quanto aos transferentes, utilizar aqueles que possuem retenção suficiente para que o
material de moldagem possa a ele se aderir após a ferulização dos mesmos em caso de peças
múltiplas
- quanto aos materiais utilizados na moldagem, utilizar siliconas de adição como
primeira opção e siliconas de condensação como segunda opção.
27
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André Luiz Lima Malfatti