EDIÇÃO LISBOA SÁB 28 NOV 2015 Na Gulbenkian, uma colecção à inglesa para mostrar poder p26/27 Leis do Governo vão ser discutidas semanalmente com PCP, BE e PEV Partidos à esquerda vão sentar-se à mesma mesa, às terças-feiras, para acertar estratégia. PS, PCP, BE e PEV têm 20 dias para se entenderem sobre fim da sobretaxa de IRS e cortes na função pública Destaque, 2 a 7 e Editorial PAULO PIMENTA Em Maio de 2016, os alunos já não fazem exames no 4.º ano Os projectos de lei do PCP e do BE foram aprovados na generalidade pela maioria de esquerda no Parlamento, após discussão acesa com as bancadas da direita p6 ESPECIAL ESTAMOS NA ESTAÇÃO PERFEITA PARA SABOREAR GRANDES VINHOS TERROR EM PARIS “OS FRANCESES VÃO CONTINUAR A CANTAR, A RIR, A SAIR DE CASA”, PROMETE HOLLANDE Mundo, 20 a 22 e a análise de Teresa de Sousa Contratação de Sérgio Monteiro gera polémica na CGD Salário que Sérgio Monteiro vai receber para vender o Novo Banco está a gerar controvérsia no sector p16 Livro de postais Natal de Pintar ar Dez postais personalizáveis com oferta de caixa de lápis de cor Por + 8.35€ Ex-deputado do CDS- SEF espera primeiro Madeira vítima de grupo de refugiados homicídio macabro antes do Natal Carlos Morgado, que foi deputado madeirense, estava desaparecido desde Março passado P10 Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) diz que “processo está a ser mais lento do que o previsto” p8 ISNN:0872-1548 Ano XXVI | n.º 9358 | 1,65€ | Directora: Bárbara Reis | Adjuntos: Nuno Pacheco, Pedro Sousa Carvalho, Áurea Sampaio | Directora Internacional e de Parcerias: Simone Duarte | Directora Criativa: Sónia Matos 6d70bb08-85cc-4bd3-8934-da93bab53dff 2 | DESTAQUE | PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 NOVO GOVERNO Propostas de lei do Governo vão ser negociadas com PCP, BE e PEV Depois de aprovados em Conselho de Ministros e antes de debatidos na Assembleia, os diplomas serão discutidos semanalmente com a esquerda Nuno Sá Lourenço O PS vai coordenar a cooperação parlamentar com os partidos que assinaram as posições conjuntas. Mas se a assinatura desses acordos foi feita separadamente, agora PS, BE, PCP e Verdes vão sentar-se à mesma mesa todas as semanas, às terças-feiras, na véspera da conferência de líderes, para acertar posições “sobre tudo aquilo que está pendente e a preparação da conferência de líderes”. Isso mesmo foi afirmado ontem pelo líder parlamentar do PS, Carlos César. Estas reuniões não se vão limitar às iniciativas das bancadas da esquerda: também as propostas de lei provenientes do executivo serão alvo de discussão entre os partidos nessas reuniões semanais, depois de apro- vadas em Conselho de Ministros. “O Governo pode ter interesse em que os seus diplomas estejam devidamente coordenados”, afirmou César ao PÚBLICO. Por isso mesmo, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares “estará presente sempre que for necessário”. A composição desse grupo de coordenação deverá ser ao mais alto nível parlamentar. Depois de frisar que as “delegações não têm que ser fixas”, Jorge Costa, vice da direcção parlamentar, afirmou ao PÚBLICO que, da parte do BE, estaria sempre presente pelo menos um dos membros da direcção da bancada (Pedro Filipe Soares, Mariana Mortágua ou ele próprio). E, “justificandose, participarão deputados responsáveis pelas matérias em apreço”. Carlos César confirmou também que o PS se fará representar pelo líder da bancada, além da primeira vice- presidente, Ana Catarina Mendes. Só o PAN não participará nestas reuniões. Apesar de o Governo ter incluído seis propostas deste partido no seu programa, a assessora do PAN, Naide Muller, justificou essa opção com o facto de o partido não ter feito parte dos acordos de incidência parlamentar assinados por PS, BE, PCP e Verdes. Ao encontro do PAN Depois das alterações efectuadas devido aos acordos com BE, PCP e Verdes, o Programa do XXI Governo voltou a ser revisto para acolher alterações no sector da Justiça e também para acolher seis medidas provenientes do PAN. O texto, entregue ontem no Parlamento pelo novo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, não difere muito, no entanto, daquele que foi aprovado, no início do mês, na co- missão nacional socialista, depois de terem sido fechadas as negociações com os partidos à esquerda do PS. Ainda assim, já depois do primeiro Conselho de Ministros liderado por António Costa, o Governo decidiu acrescentar algumas medidas em relação à gestão do sistema judicial. É aí que se encontra um dos objectivos que não estavam na anterior versão: “Adaptar o ano judicial ao ano civil”. Da mesma forma, o “contrato para um serviço público de justiça” foi substituído pela criação de “um conselho de concertação para o sistema judicial”. Mas com o mesmo alcance do referido contrato: “metas quantificadas para o sistema, no seu todo e para cada tribunal, gerando orientações e fixando objectivos públicos, transparentes e escrutináveis de redução dos prazos dos processos”. Mas sem a inclusão da “participação do Conselho Econó- mico e Social”, que estava referido no programa que fora apresentado no início do mês. Além dessas alterações, o PS incluiu seis compromissos no seu programa por proposta do PAN. No capítulo relativo à valorização do território, António Costa aceitou inscrever no texto que se venha a fazer a “revisão do estatuto jurídico dos animais, adequando-o à evolução do Direito Civil de forma a diferenciá-lo do regime jurídico das coisas”. O Governo acordou ainda rever o “quadro de sanções acessórias e clarificar os tipos penais existentes” em relação ao crime de maus tratos a animais de companhia. A “gradual erradicação” do abate de animais nos canis e gatis municipais foi também incluída, além da revisão do regime jurídico da venda e detenção de animais selvagens, “com vista à sua restrição e adequação às melhores PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 | DESTAQUE | 3 DANIEL ROCHA Na primeira reunião do Conselho de Ministros, concluiu-se o programa de Governo Novos vistos gold Contrapartidas vão capitalizar empresas I nserido num conjunto de medidas destinadas a melhorar o financiamento e a capitalização das empresas, o Governo propõe a criação de um fundo de capitalização financiado por diversas fontes, incluindo as contrapartidas dos vistos gold. O fundo “deve ser financiado pelos reembolsos dos fundos comunitários e as contrapartidas dos vistos gold, agora reorientando-os para a capitalização de empresas e reforçar a sua autonomia”, refere o programa do Governo. O programa refere ainda “uma revisão da tributação municipal do património”, admitindo a introdução da progressividade no IMI, que não detalha, mas pode ser em função do rendimento das famílias, como tem sido pedido pelos proprietários. Também é prevista “uma cláusula de salvaguarda que limite a 75 euros/ano os aumentos de IMI em reavaliação do imóvel, que seja habitação própria permanente, de baixo valor”, o que deverá valer apenas para o futuro, já que os aumentos das anteriores reavaliações já estão aplicados. Rosa Soares práticas”. Ao nível do Ambiente, o executivo acrescentou o compromisso da elaboração de um “plano de promoção da bicicleta e outros modos de mobilidade suave”. O programa não inclui, no entanto, todas as medidas discutidas com o PAN nos últimos dias. Desde que assumiu o seu mandato parlamentar, André Silva defendeu a inclusão de terapias não-convencionais no Sistema Nacional de Saúde, a proibição do cultivo do milho geneticamente modificado e a redução de metano. O voto favorável do PAN pode tornar-se relevante caso o PCP venha a optar pela abstenção na votação de diplomas do Governo. Com BE, Verdes e PAN, o PS já conseguiria fazer passar as suas propostas. Mas, ontem, a assessora do PAN não dava como garantida essa disponibilidade. Também o PSD e o CDS ainda estão em fase de ponderação. Mas, no caso destes dois partidos, a dúvida é se vão apresentar uma moção de rejeição ao programa de Governo. A opção não colhe unanimidade entre os sociais-democratas. Há quem defenda esta iniciativa para vincar o apoio de PCP, BE e PEV ao Governo PS e para fazer sobressair a posição contra da direita. Outros consideram que PSD e CDS seriam sujeitos a mais uma humilhação. Só na segunda-feira poderá haver uma decisão final. Défice nos 3% Nas metas financeiras, não houve mudanças. Reflexo disso é o facto de o quadro da revisão do cenário macroeconómico que acompanha o programa não ter sofrido qualquer alteração em relação ao quadro de revisão do cenário final com que se encerrava o programa votado pelos socialistas. A previsão para o défice de 2015 mantém-se nos 3%, assim como para 2016 essa variável se situa nos 2,8%. O Governo segura também a dívida pública nos 128,2% em 2015 e aponta para os 123,9% no ano seguinte. Por isso mesmo, Pedro Nuno Santos manteve o discurso em relação aos objectivos após a entrega do texto no Parlamento. “Este programa de Governo marca o início de um novo ciclo da governação em Portugal, sendo um instrumento fundamental, que é coerente e que rompe com as políticas de austeridade e de empobrecimento colectivo dos últimos anos. Este documento traduz uma estratégia de maior crescimento, de melhor emprego e mais igualdade”, sustentou Pedro Nuno Santos perante os jornalistas, depois de ter estado reunido com Ferro Rodrigues cerca de 15 minutos. com Sofia Rodrigues e Ana Henriques Esquerda tem 20 dias para se entender sobre austeridade Maria Lopes A s propostas sonantes do PS sobre a redução da austeridade e a reversão das subconcessões de transportes (ver pág. 6) acabaram por não ser votadas ontem na generalidade, sendo remetidas para a especialidade sem votação. Foi o próprio PS quem o solicitou. Apenas o fim dos exames do 4.º ano do ensino básico foi aprovado com os votos de toda a esquerda. Ficou claro que PS, BE, PCP e PEV ainda estão a limar arestas. Da direita houve algum sarcasmo perante esta nítida falta de entendimento entre o PS e os partidos à sua esquerda — nos próximos 20 dias, estes últimos vão tentar que os socialistas aceitem acelerar as devoluções de salários e pensões e a diminuição das sobretaxas. O PS quer uma reversão faseada das medidas de austeridade aplicadas pelo Governo PSD/CDS e os três partidos à sua esquerda exigem que a sobretaxa do IRS e a CES terminem já em Janeiro. Também baixaram à comissão as propostas sobre a procriação medicamente assistida de PS, BE, PAN e PEV para uma análise em 90 dias. Uma decisão contestada pela Associação Portuguesa de Fertilidade, que se diz “revoltada” por antever um arrastar do assunto, lembrando ser uma situação “bastante semelhante” à que ocorreu na última legislatura, em que se criou uma comissão que ouviu entidades e debateu o projecto de lei da gestação de substituição durante três anos, mas acabou por não ver a luz do dia. A direita viu chumbados todos os seus diplomas. Ficaram pelo caminho a reversão faseada dos cortes nos salários da função pública e da CES, a aplicação em 2016 das medidas fiscais do OE 2015, graças aos votos contra de toda a esquerda e do PAN. Esquerda que chumbou também a recomendação para que o Governo crie uma política global e integrada de modernização administrativa e um programa de desenvolvimento social. Na discussão da recomendação desse programa, PS, PCP e BE con- sideraram-no uma “hipocrisia” e criticaram PSD e CDS por tentarem agora remediar com parcas medidas o empobrecimento em que mergulharam o país. A direita argumentou ter encontrado Portugal na bancarrota e que agora o PS o recebe “em desenvolvimento”. “Passado o tempo de emergência social, temos que olhar para o futuro e apostar na valorização das pessoas, combatendo a pobreza e as desigualdades sociais”, defendeu Maria Mercês Borges, do PSD. A centrista Cecília Meireles vincou a natureza abrangente do programa, que inclui promessas eleitorais da coligação como a reposição dos 4.º e 5.º escalões do abono de família e dos valores do complemento solidário para idosos. Sónia Fertuzinhos considerou que a direita fez um “diagnóstico errado” e afirmou que o PS acabará por propor um “programa nacional de erradicação da pobreza para corrigir os últimos anos”. “É um acto de profunda hipocriCecília Meireles defendeu o programa de desenvolvimento social apresentado pelo PSD e CDS-PP sia política e desprezo pelas vidas de pessoas que foram destruídas, pela miséria” em que a direita mergulhou o país, acusou a deputada do PCP Rita Rato. “Quatro anos de Governo demostraram que a agenda política de PSD e CDS é transformar os direitos sociais em caridade.” Mas foram aprovados os projectos de resolução do PEV e do BE em que se recomenda ao Governo que elabore e apresente ao Parlamento, no prazo de um ano, um plano ferroviário nacional — “um dos primeiros frutos dos acordos” que firmaram com o PS, diz o PEV. Os ecologistas viram ainda aprovado o seu projecto de resolução que recomenda a divulgação e o estudo da Constituição da República Portuguesa na escolaridade obrigatória, que contou com os votos do PS, Bloco, PCP e PAN. João Almeida, do CDS-PP, abstevese, e PSD e CDS votaram contra. 4 | DESTAQUE | PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 NOVO GOVERNO “Já estou registado, estou na turma dos repetentes” Quarenta deputados de PS, PSD e CDS assumiram funções ontem de manhã. Passos e Portas já votaram nas bancadas que passaram a ser da oposição Reportagem Sofia Rodrigues A lguns caminhavam com o olhar perdido, outros davam passadas mais firmes nas passadeiras vermelhas que decoram os corredores à volta do hemiciclo. Foram 40 os deputados do PS, PSD e CDS que ontem assumiram o seu mandato, uns em substituição de membros do Governo, outros porque deixaram de ser do Governo. Foi preciso abrir novamente uma sala para fazer o acolhimento dos parlamentares que chegavam, como acontece no início de cada legislatura. À saída, um social-democrata que deixou agora funções governativas desabafava com humor: “Já estou registado, estou na turma dos repetentes.” Outros “repetentes” como os ex-ministros Jorge Moreira da Silva (PSD) e Pedro Mota Soares (CDS) chegaram pouco antes do início da sessão plenária, às 10h, e esperaram a sua vez para preencher a documentação. Estiveram na fila, atrás de alguns deputados do PS (21 ao todo) que também se preparavam para assumir o seu mandato, alguns pela primeira vez. Dentro do plenário, o presidente da Assembleia, Ferro Rodrigues, leu os nomes dos deputados que saíram e os que entraram em substituição dos que tomaram posse no Governo liderado por António Costa. “Agora sim, podem entrar”, indicou. Só depois reparou que alguns já o tinham feito e quis felicitar todos pelo mandato. “Faz de conta que não estavam”, disse. Entre os que perguntavam a assessores onde era a sala do grupo ou a entrada para o plenário estavam outros que não precisavam de indicações. Paulo Portas foi o primeiro dos dois líderes da nova oposição a chegar ao Parlamento. Andou quase sempre sozinho, não falou aos muitos jornalistas que o esperavam nos corredores e, depois de cumpridas as formalidades, entrou no plenário. Cumprimentou os seus — agora — colegas deputados e sentou-se na primeira fila da bancada do CDS. Já Passos Coelho, que chegou mais tarde, quis deixar clara a posição de que veio para liderar a oposição. “Venho tomar conta do meu lugar”, disse aos jornalistas o líder do PSD, antes de entrar na sala de acolhimento, fazer o registo e até tirar uma fotografia no pequeno estúdio improvisado. No mesmo banco, em pose para a objectiva fotográfica, já se tinha sentado o líder do CDS, que foi até agora o seu parceiro de coligação no Governo. “Exercerei o meu papel de líder do PSD na oposição. Já tinha sido presidente do PSD na oposição [entre 2010 e 2011], mas não era deputado”, afirmou, acompanhado de Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, do porta-voz do partido Marco António Costa e do secretário-geral Matos Rosa. Para contrariar outros semblantes mais carregados, Passos Coelho deixou uma mensagem de aparente normalidade: “Encaro isto tudo com muita naturalidade”. Saiu acompanhado pelos dirigentes do partido, entrou no plenário e sentou-se na primeira fila da bancada do PSD. Assistiu ainda a parte do debate que estava a decorrer sobre a divulgação da Constituição nas escolas proposta por PCP e PEV, mas sobretudo participou nas votações. Passos Coelho e Paulo Portas, na fila da frente das suas bancadas, levantaram-se contra medidas como o fim dos exames do 4.º ano, proposto por BE e PCP, mas foram vencidos pela nova maioria de esquerda. A mesma maioria que chumbou o prolongamento dos cortes nos salários e da sobretaxa de IRS PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 | DESTAQUE | 5 FOTOS: DANIEL ROCHA Passos Coelho voltou ao Parlamento, mas desta vez como deputado e líder da oposição, “com muita naturalidade” “Viva Costa”, rejubila o The Times of India Francisco Soares Graça A “ ntónio Costa, neto de Margão [segunda maior cidade de Goa], nascido no ano da libertação de Goa [1961], é agora primeiroministro de Portugal”. O jornal indiano The Times of India (TI) não é parco em palavras elogiosas ao socialista. O artigo assinala a tomada de posse realizada quinta-feira e intitula-se Viva Costa, o homem de Goa em Portugal. Desde que foi indicado por Cavaco Silva, António Costa tem sido alvo da cobertura mediática indiana devido às suas raízes. O TI é o terceiro jornal com maior circulação no país e o mais vendido em língua inglesa. Segundo o Indian Readership Survey, em 2012 o jornal teve uma média de 7,64 milhões de leitores diários, num país que tem mais de mil milhões de habitantes. O jornal fala dos desafios da liderança de Costa, descrevendo como o “establishment conservador português, liderado por Cavaco Silva, tentou vigorosamente mantê-lo fora do poder, pondo em causa os processos democráticos relativamente recentes do país durante o processo”. Dá ênfase à “jogada arriscada” de concorrer à Câmara de Lisboa, “uma zona urbana problemática”, e de como moveu o seu gabinete para o Bairro da Mouraria, “infestado de crime, droga e prostituição” e que se transformou no “centro do seu projecto de renovação que refez Lisboa numa das capitais da Europa mais seguras, limpas e verdes”. “Talvez inevitavelmente”, reflecte o jornal indiano, “o mayor lisboeta começou a ser tratado por Gandhi pelos seus concidadãos” — sinal da sua “calma suprema, característica reconhecida dos goeses”. Texto editado por Leonete Botelho PUBLICIDADE para 2016 proposta pelo PSD e CDS e fez aprovar requerimentos para baixar à comissão respectiva sem votação as contra-propostas do PS. No final das votações, os dois líderes encontraram-se no corredor, cumprimentaram-se e saíram os dois sob os holofotes das câmaras de televisão. Estiveram reunidos cerca de meia hora na área da bancada do PSD. Só Paulo Portas regressou à sala da direcção do grupo parlamentar do CDS, onde se encontrou com Maria Luís Albuquerque, a ex-ministra das Finanças, que também assumiu o seu lugar de deputada. O regresso dos antigos governantes da direita obrigou também a alguns ajustamentos nas salas dos grupos, mas ainda não era certo se Passos Coelho teria algum gabinete. Não o pediu, pelo menos. Poderá é usar, quando for preciso, uma sala de reuniões, como fazia Marques Mendes quando era líder do partido. Paulo Portas também não terá gabinete próprio, irá partilhar o espaço que pertence ao líder parlamentar do CDS. As salas de trabalho serão principalmente as das sedes dos partidos. É aí que Passos Coelho e Paulo Portas vão tecer a estratégia de oposição. Cada um na sua sede. HUGOBOSS.COM Tel.: 217 152 644 6 | DESTAQUE | PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 NOVO GOVERNO O fim dos exames do 4.º ano pode vir a dar lugar a outro tipo de prova Em Maio de 2016 os alunos já não fazem exames no 4.º ano Os projectos de lei do PCP e do BE foram aprovados na generalidade pela maioria de esquerda do Parlamento, após discussão acesa com as bancadas da direita. PS admite outro tipo de prova Graça Barbosa Ribeiro E stá decidido. Neste ano lectivo, os alunos que estão no 4.º ano de escolaridade já não vão fazer os exames finais de Português e Matemática. Os projectos de lei que definem esta alteração, apresentados pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP, foram aprovados na manhã de ontem no Parlamento, com os votos também dos deputados socialistas e dos do PEV e do PAN. Contra estiveram o CDS e o PSD, que acusaram a maioria de esquerda de “abandonar os estudantes com dificuldades”. O resultado final estava anunciado. Por isso, foi antecipadamente festejado pelas associações de professores de Português e de Matemática e pela Confederação Nacional Independente de Encarregados de Educação; e previamente questionado pela Confederação Nacional de Associações de Pais e pela Federação Nacional de Educação, que contestam os exames, mas preferiam que a extinção fosse precedida por um debate alargado. A questão é que o BE quis dar “um sinal” às escolas. E fê-lo, como explicou Joana Mortágua, respondendo à necessidade, que considerou “urgente”, de pôr fim aos exames que em 2012 foram introduzidos pelo mi- nistro Nuno Crato “contra todas as recomendações internacionais”. A linha de argumentação do BE, do PCP e do PS no Parlamento foi a mesma: ao introduzir os exames, o PSD e o PP não provocaram a melhoria da qualidade do ensino, nem introduziram uma cultura de rigor, como alegaram, antes promoveram o facilitismo. “É mais fácil treinar e mecanizar do que desenvolver competências para a vida; é mais fácil excluir e criar mecanismos de selecção precoce do que integrar e trabalhar com a riqueza da diversidade; é mais fácil punir do que inspirar”, enumerou Joana Mortágua. A deputada do BE disse ainda, repetindo argumentos das associações de professores de Português e de Matemática, que “os primeiros quatro anos de escolaridade passaram a funcionar em torno dos exames” e que estes tornaram as crianças “mais limitadas, mais angustiadas, mais formatadas e mais individualistas”. As provas são “cegas” “ao contexto socioeconómico das crianças que pretendem avaliar” e “criaram um processo de desconfiança e de desvalorização sobre o trabalho dos professores”, criticou também. “Quem é que melhor pode avaliar uma criança de 9 anos? O professor”, afirmou. Na mesma linha, Ana Virgínia, deputada do PCP, criticou a desvalori- Os socialistas foram mais longe do que se propunham, já que a promessa era repensar a existência deste tipo de provas zação, pelo Governo PSD-CDS que introduziu os exames, da avaliação contínua. Explicou esta desvalorização, na sua opinião propositada, com o facto de uma avaliação ao longo do ano lectivo obrigar “a uma política de investimento na escola pública, a uma valorização dos seus profissionais e a políticas de estabilidade na organização e desenvolvimento do trabalho, contrários aos que têm sido adoptados”. Coube a Susana Amador justificar o apoio do PS às iniciativas do BE e do PCP. Segundo disse, os socialistas concordam que os exames “não avaliam aprendizagens”, “desvalorizam a análise crítica e a criatividade” das crianças e tiram também valor “à avaliação contínua do trabalho consistente de professores e alunos ao longo de todo o ano lectivo”. Além do mais, frisou a deputada, as provas instituídas por Nuno Crato perturbaram “a leccionação das áreas não sujeitas a provas”, e “a sua aplicação a crianças de 9, 10 anos” “fez de Portugal um case study, isolado, só acompanhado da Turquia”. As iniciativas do PCP e do BE provocaram uma intervenção indignada e muito politizada de Nilza de Sena, do PSD, que atacou principalmente o PS. A deputada começou por sublinhar que o seu partido não precisou “de usurpar o poder para impor ao país uma visão que ele não sufragou”. Chegou a ignorar, num primeiro momento, o tema em debate, e, aproveitando o pretexto da acusação de facilitismo, comentou que “as facilidades serão a prática” do “poder socrático recauchutado que conduziu a um dos piores períodos da (...) história colectiva — a bancarrota, a falência e Portugal desacreditado”. A deputada social-democrata acabou por voltar ao tema para defender os exames, sublinhando a importância de garantir que “os alunos atingem os mínimos exigidos para passarem de ano” e de identificar os que têm dificuldades, para “os ajudar”. Ana Rita Bessa, do CDS, usou um argumento semelhante, considerando que “equidade de oportunidades é garantir que todos atingem os mínimos exigidos, para o respectivo ciclo, de forma a transitarem bem preparados para o ciclo seguinte”. Na perspectiva de PSD e CDS, não fazer exames corresponde a não detectar os alunos com dificuldades e PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 | DESTAQUE | 7 30 dias. Os projectos de lei do PCP, PS, BE e PEV sobre o fim das subconcessões nos transportes vão ficar esse período sem serem votados na generalidade DANIEL ROCHA PACC ainda não acabou F não poder apoiá-los e considera isto um “abandono”. Os partidos de esquerda contrapõem que isso é tarefa dos professores. Durante o debate, as representantes do BE e do PCP prometeram colocar em discussão os exames nacionais do 2.º e 3.º ciclos. Não foi por acaso que projectos de lei foram isolados. Só a extinção do exame do 4.º ano era consensual entre a maioria de esquerda que resultou das últimas eleições legislativas e, ainda assim, os socialistas foram mais longe do que se propunham, já que a promessa era repensar a existência destes tipos de provas nos primeiros anos de escolaridade. Ontem, no debate, Susana Amador lembrou, a propósito do 4.º ano, que os socialistas são favoráveis “à aferição e monitorização das aprendizagens”, o que pode significar que existe a intenção de introduzir uma prova deste tipo, sem peso na classificação final dos alunos. Os exames de Crato valiam 30%. ormalmente, ainda não foi ontem que a Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades (PACC) para professores foi eliminada. Está garantido, no entanto, que isso vai acontecer, quando os projectos de lei do Bloco de Esquerda e do PCP, ontem debatidos no Parlamento, forem votados. O PS, que estava no Governo quando a prova foi introduzida no Estatuto da Carreira Docente, reiterou que vai contribuir para eliminar “uma das maiores geringonças a que os professores foram sujeitos neste país”. Quem chamou “geringonça” à prova destinada a todos os professores contratados com menos de cinco anos de serviço foi o deputado socialista João Torres. Não esclareceu se se referia à prova que um dos governos de José Sócrates criou ou ao modelo que o ministro Nuno Crato, do PSD, concebeu e aplicou. Não se livrou, de qualquer maneira, de ver sublinhado pelo PCP, através do deputado Miguel Tiago, que a PACC foi introduzida em 2007 por socialistas e criticada desde 2006 pelos comunistas, que agora querem ver ressarcidos todos os professores que por ela foram prejudicados. Não surgiram argumentos novos, num debate que já tem anos, sobre a prova que recentemente foi considerada inconstitucional, por ter sido introduzida no ECD sem autorização da Assembleia da República. PSD e PP associaram-na melhoria da qualidade do ensino, PCP e BE classificaram-na como um instrumento de humilhação e achincalhamento dos professores contratados. O debate dos dois projectos de lei fez-se depois das votações, pelo que a sua provável aprovação ficou adiada para outra sessão, ainda sem data marcada. G.B.R. Fim das subconcessões nos transportes com votação adiada PAULO PIMENTA Luísa Pinto O s projectos de lei do PCP, PS, BE e PEV que definiam a anulação, cancelamento e reversão dos processos de subconcessão dos transportes públicos de Lisboa e Porto baixaram ontem à Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, sem votação na generalidade por um período de 30 dias. João Paulo Correia, do PS, bem falou que se tratava de “um dia histórico para o sector dos transportes, para o serviço público, para os trabalhadores e para a luta dos autarcas das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto”, destinado a pôr fim “ao maior ataque ideológico contra o sector dos transportes” que foi protagonizado pelo anterior Governo de Passos Coelho. Mas, afinal, a história terá de ser escrita noutro dia, já que os nove projectos acabaram por não ser votados. Durante o debate parlamentar em que cada um dos diplomas foi apresentado (mas pouco discutidos), os deputados do CDS-PP e do PSD bem tentaram desafiar o PS. Ora lembrando que a mudança de rumo nos sistemas de transporte foi uma imposição da troika (“E não fomos nós que a chamámos”, lembrou Pedro Rio, do PSD), ora recordando que a diabolização dos privados na gestão das empresas públicas também não deveria estar na matriz dos socialistas. “Vale a pena perguntar ao PS porque decidiu subconcessionar o Metro do Porto em 2008. (...) Os resultados estão à vista, está a ganhar quota e teve zero dias de greve. Estão a proteger as 1070 greves dos últimos quatro anos. E é o PS a ceder aos interesses da CGTP”, disse Hélder Amaral do CDS-PP — e também o presidente da Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, onde estes diplomas vão ser debatidos —, acusando os socialistas de estarem a entregar pedidos “às escondidas” para não votarem as propostas de imediato. Segundo apurou o PÚBLICO, foi mesmo da bancada do PS que veio a iniciativa de pedir mais tempo para debater e negociar esses mesmos detalhes, apesar de, na passada quartafeira (véspera da tomada de posse do O PS pediu mais tempo para debater e negociar as propostas novo Governo) ter sido definido em comissão que os diplomas seriam já votados durante a sessão de hoje. Pedido esse que foi prontamente aceite pelos outros partidos de esquerda, que apresentaram estas propostas de resolução ainda antes de haver a solução governativa. Com os votos contra dos deputados do PSD e do CDS/PP, os requerimentos apresentados apenas ontem de manhã para suspender a votação na generalidade dos nove diplomas impõem um compasso de espera no cancelamento destes contratos, na expectativa de que possa haver por parte do Governo uma iniciativa legislativa que venha obviar as diferenças de entendimento que os partidos de esquerda têm acerca da futura gestão destas empresas. Governo defende anulação No programa do Governo aprovado ontem em Conselho de Ministros consta a necessidade de “reforçar as competências das autarquias locais numa lógica de descentralização e subsidiariedade”, argumentando que os municípios “são a estrutura fundamental para a gestão de serviços públicos numa dimensão de proximidade” — defende o alargamento da sua participação em várias áreas, incluindo a dos transportes. “O reforço das competências das autarquias locais na área dos transportes implica a anulação das concessões e privatizações em curso dos transportes colectivos de Lisboa e Porto”, inscreve o Governo de António Costa no seu programa. Independentemente do timing que o Governo decidir incutir até à produção de iniciativas legislativas com vista a produzir este efeito de anulação, uma das medidas que Costa deverá tomar é impedir a reentrada no Tribunal de Contas dos contratos que pretende ver cancelados, e que foram devolvidos, pela segunda vez, com pedidos de esclarecimentos à STCP, Metro do Porto, Transportes de Lisboa (Carris e Metro de Lisboa). Uma outra questão que terá de ser resolvida é a privatização da TAP. Os restantes partidos de esquerda já se manifestaram contra a entrada de privados no capital da empresa (o PCP já entregou um projecto que determina o cancelamento e reversão do processo de reprivatização, ainda por agendar) e o PS mantém que não se opõe à privatização, mas antes defende que o Estado conserve a maioria do capital social. No programa aprovado, o Governo inscreve que “não permitirá que o Estado perca a titularidade sobre a maioria do capital social da TAP”, adiantando que vai procurar formas “de capitalizar, modernizar e assegurar o desenvolvimento da empresa, ao serviço dos portugueses e de uma estratégia de afirmação lusófona”, nomeadamente através “de uma efectiva acção junto das instituições europeias e do mercado de capitais”. 8 | PORTUGAL | PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 SEF já deu respostas positivas e espera primeiros refugiados antes do Natal Foram produzidos materiais sobre Portugal em língua árabe para a Organização Internacional das Migrações distribuir aos requerentes de asilo que estão nos centros de triagem em Itália e na Grécia OGNEN TEOFILOVSKI/REUTERS Asilo Ana Cristina Pereira Não é verdade que os requerentes de asilo se recusem a vir para Portugal. “Nós estamos a contar que o primeiro grupo chegue antes do Natal”, adiantou ontem ao PÚBLICO Luís Gouveia, director adjunto do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), confiante de que, depois de instalados os primeiros, tudo se agilizará. O SEF recebeu onze pedidos esta semana e aprovou meia dúzia. “O processo está a ser mais lento do que o previsto”, admitiu aquele responsável. Não lhe parece que seja um problema de Portugal. A União Europeia acordou recolocar 160 mil candidatos a asilo e até agora só recolocou 159. O ritmo a que tudo se processa depende das entidades que organizam os pedidos de protecção internacional em Itália e na Grécia. Os oficiais de ligação colocados em Atenas e em Roma não estão nos centros de triagem. Neles operam apenas as autoridades nacionais, a Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros (Frontex), o Serviço Europeu de Polícia (Europol), o Gabinete Europeu de Apoio em Matéria de Asilo (EASO) e entidades como a OIM e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). Ontem, Natasha Bertaud, portavoz da Comissão Europeia, frisou que, durante o processo de recolocação, “não se obriga ninguém a ir para onde não quer”. “É uma oferta”, enfatizou, em conferência de imprensa, assumindo que um dos “desafios do mecanismo é explicar as oportunidades aos requerentes de asilo”. As pessoas manifestam preferência por países nos quais têm familiares, amigos, vizinhos, conhecidos ou, pelo menos, sabem que existem comunidades dos seus países de origem, como a Alemanha e a Suécia. Afirmálo “é diferente de dizer que não querem vir para Portugal”, esclareceu Luís Gouveia, recusando a forma como foram interpretadas declarações suas ao Diário de Notícias. Os países do Norte da Europa não têm apenas mais tradição de asilo. Têm também economias mais atrac- Responsável do SEF está convencido de que, depois deste primeiro grupo de refugiados, a vinda de outros se precipitará 159 é o número de requerentes de asilo que foram colocados, num total de 160 mil acordados pela União Europeia 11 pedidos chegaram esta semana ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. O país disponibilizou-se para acolher até 4754 numa primeira fase tivas. E pouco sabem os requerentes de asilo sobre países periféricos, como Portugal. “Tem de se lhes fornecer informação, de modo a que possam ultrapassar algum tipo de resistência. Temos estado a trabalhar com a OIM [Organização Internacional para as Migrações] nesse processo”, salientou. Informação em árabe já foi preparada e pode ser-lhe entregue nos centros de triagem. Técnicos daquela entidade deverão desenvolver sessões de orientação cultural, como fizeram no Egipto. O que se quer é que tomem decisões esclarecidas, que cada um adira a um projecto e a um país de recolocação, sublinhou Luís Gouveia. Só deverá vir quem tiver intenção de se integrar, de permanecer enquanto necessário, “evitando-se movimentos secundários”, isto é, a migração para outros Estados. Portugal disponibilizou-se para re- ceber 4754 refugiados, isto numa primeira fase da operação, a que prevê a recolocação de 93.097 pessoas em vários Estados. Esta semana, recebeu os primeiros 11 perfis dos requerentes de protecção internacional provenientes de Itália e da Grécia para análise. “Já demos respostas positivas”, revelou Luís Gouveia. Meia dúzia. “Antes do Natal, deverá chegar o primeiro grupo.” Não sabe ainda dizer quantos virão. Dizer que serão 50 até ao Natal (30 de Itália e 20 da Grécia) soa-lhe a especulação. Está convencido de que, depois deste primeiro grupo, a vinda de outros se precipitará. Deverá passar de boca em boca a informação de que o país está preparado. Desde logo, que disponibiliza casas, ao invés de centros de acolhimento, e que se dispõe a receber as pessoas mais vulneráveis, como é o caso das mulheres com filhos pequenos ou as crianças desacompanhadas. A polémica ocorreu no dia em que o Grupo de Trabalho para a Agenda Europeia da Migração aprovou a proposta de plano de acção para o acolhimento dos requerentes de protecção internacional, que serão recolocados em território nacional nos próximos dois anos. O documento seguirá para o gabinete da nova ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa. A Comissão Europeia registou a disponibilidade de Portugal receber 100 pessoas de imediato. Segundo a porta-voz da CE Natasha Bertaud, os requerentes de asilo que se recusam a ser recolocados num determinado país saem do sistema europeu, embora possam apresentar um pedido de asilo em Itália ou na Grécia, países de entrada, registo e gestão. loja online 10 | PORTUGAL | PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 DR Conhecidos resultados do concurso para o financiamento do ensino artístico Educação Graça Barbosa Ribeiro A decisão de atribuir mais 12 milhões de euros para os próximos três anos foi tomada pelo ministério de Nuno Crato O corpo de Carlos Morgado foi removido deste local em dois sacos Ex-deputado do CDS-Madeira vítima de homicídio macabro Crime Márcio Berenguer Carlos Morgado, que foi deputado no parlamento madeirense entre 2011 e 2012, estava desaparecido desde Março O corpo do ex-deputado do CDS na Assembleia Legislativa da Madeira Carlos Morgado, que estava desaparecido desde Março deste ano, foi encontrado na madrugada de ontem enterrado num terreno baldio na zona de D. João, freguesia do Imaculado Coração de Maria, no Funchal. O cadáver do ex-parlamentar, segundo o PÚBLICO apurou, foi esquartejado para facilitar o transporte para o local onde foi depois enterrado, nas traseiras de uma moradia desabitada, numa zona residencial. A operação policial, conduzida pela Polícia Judiciária (PJ), resultou ainda na detenção de uma mulher de 25 anos e de um homem de 26, suspeitos de serem os autores do homicídio. Terão sido ambos a indicar às autoridades o local onde estava enterrado o corpo de Carlos Morgado. Os detidos, de acordo com uma nota divulgada durante a tarde de ontem pelo Departamento de Investigação Criminal do Funchal da PJ, são suspeitos da prática dos crimes de homicídio qualificado, roubo e profanação de cadáver. “Apurou-se, graças a um minucioso trabalho de investigação, que os autores do crime conceberam um plano para atraírem a vítima com o intuito de a roubarem e de posteriormente lhe provocarem a morte”, lê-se no comunicado da Polícia Judiciária, que adianta que os suspeitos vão ser ouvidos por um juiz de instrução para determinar as medidas de coacção. Moradores da zona disseram ao PÚBLICO que não se aperceberam O corpo, esquartejado, foi encontrado na madrugada de ontem enterrado num terreno baldio no Funchal. A PJ deteve dois suspeitos de qualquer movimentação policial, mas a imprensa local citou uma fonte dos Bombeiros Municipais do Funchal, que deu conta de que o corpo de Carlos Morgado foi removido do local em dois sacos. O cadáver vai agora ser submetido a exames periciais para confirmar a identidade. O ex-parlamentar centrista esta- va desaparecido desde o início de Março, após uma deslocação à capital madeirense. Discreto, professor aposentado com 66 anos, casado e com um filho, Carlos Morgado residia na Ribeira Brava, uma pequena vila a cerca de 30 quilómetros a oeste do Funchal. O automóvel do exdeputado foi encontrado junto de uma grande superfície comercial, na Baixa da cidade. Carlos Morgado teve uma curta, mas polémica, passagem pelo parlamento madeirense, substituindo entre Junho de 2011 e Outubro de 2012 o companheiro de bancada José Manuel Rodrigues, quando este decidiu ocupar o lugar que tinha como deputado na Assembleia da República. Quando José Manuel Rodrigues, que era na altura líder do CDS-Madeira, decidiu regressar ao Funchal, Morgado recusou ser substituído, chegando mesmo a passar a independente. Acabou depois por sair do parlamento madeirense, depois dos deputados do PSD e do CDS terem votado a cessação do seu mandato, com as restantes bancadas a oporem-se. Uma votação que esteve na origem do fim do Pacto pela Democracia, um documento assinado por todos os partidos da oposição, com o objectivo de contrariar a forma como o PSD-Madeira, liderado à época por Alberto João Jardim, conduzia os trabalhos parlamentares. Os resultados provisórios do concurso extraordinário aberto pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC) para o financiamento do Ensino Artístico Especializado, num montante de 12 milhões de euros para os próximos três anos, foram publicados na quinta-feira. “Ainda estamos a analisar os dados, mas tudo indica que não haverá surpresas ou motivos para contestação”, afirmou o director executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), Rodrigo Queirós e Melo. Com este procedimento, destinado apenas às entidades proprietárias de estabelecimentos em que este ano se registou um decréscimo de financiamento atribuído, o MEC de Nuno Crato procurou corrigir o resultado do concurso para a realização de contratos de patrocínio, que havia deixado de fora muitos dos alunos e provocado uma onda de protestos, antes das eleições legislativas. A solução satisfez a AEEP, disse ontem Queirós e Melo, que acredita que “na maior parte dos casos os estabelecimentos de ensino acolheram, desde o início do ano lectivo, os alunos que já frequentavam o ensino artístico e que esperavam poder receber, por acreditarem que a MEC procurou corrigir resultados de concurso situação se iria resolver entretanto”. “Lamentamos a confusão e a morosidade do processo — não sei quando é que os estabelecimentos vão ver estas verbas — mas estamos satisfeitos, também, com o facto de o financiamento ser para três anos, o que finalmente garante alguma estabilidade neste sector”, disse. Na altura, o MEC sustentou que o decréscimo do financiamento de parte dos estabelecimentos não foi intencional e resultou da “harmonização do valor pago por aluno a nível nacional”. Segundo explicou, o financiamento inicialmente atribuído às escolas do ensino artístico especializado (55 milhões de euros) era “igual ao do ano lectivo anterior”, mas mudou a forma de financiamento (que passou a ser por concurso) e a fonte. Nos últimos quatro anos, o ensino artístico especializado havia sido pago por fundos comunitários nas chamadas regiões de convergência (Norte, Centro e Alentejo) e pelo Orçamento do Estado (OE) em Lisboa e Vale do Tejo e no Algarve. Este ano, as verbas passaram em todos os casos a ser atribuídas através do OE. As mudanças tiveram “um efeito indesejado”, com escolas a sofrer cortes de 40%, admitiu. Através destes contratos com as escolas privadas, o Estado procura colmatar a escassa oferta pública do ensino artístico especializado. Direcção exonerada Num processo que em nada está relacionado com este concurso, um dos estabelecimentos públicos, a Escola Artística Soares dos Reis, viu a respectiva direcção ser exonerada pelo anterior Governo, nesta semana, e substituída por uma Comissão Administrativa Provisória. Em declarações ao PÚBLICO, o subdirector, José António Fundo, confirmou a exoneração, na sequência de um processo disciplinar que, por sua vez, resultou de uma auditoria da Inspecção-Geral de Educação. “Eu e o director, Alberto Martins Teixeira, não fomos ainda ouvidos. Aguardamos, serenamente, o decorrer do processo”, limitou-se a afirmar José António Fundo, quando contactado ontem pelo PÚBLICO. O despacho de exoneração foi entregue ao director na quarta-feira. Não foi possível obter informações sobre este assunto junto do Ministério da Educação. Tiago Brandão Rodrigues, o novo ministro, do Governo de António Costa, tomou posse na quinta-feira. PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 | PORTUGAL | 11 ANA LUÍSA SILVA Politécnico investiga praxe violenta São histórias de crianças com cancro mas “celebram a vida” Instituto do Cávado e Ave Ana Henriques Livro Hugo Morgadinho Caloiro terá sido açoitado por aluno mais velho com um cinto. Rituais foram suspensos por tempo indeterminado Associação Acreditar faz 20 anos e lança um livro que junta testemunhos de mais de 100 crianças e pais e de dez voluntários A suspeita de que um aluno terá sido açoitado com um cinto durante uma praxe levou o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave a suspender por tempo indeterminado estes rituais e a abrir uma investigação. Não fez, porém, qualquer queixa às autoridades. A direcção da instituição foi alertada para o caso pelo Jornal de Notícias, segundo o qual tudo se passou há cerca de um mês, dentro do campus do instituto. A publicação cita uma testemunha, segundo a qual um caloiro que estava proibido de rir e de olhar para os veteranos não conseguia parar de gargalhar. Foi então, segundo o mesmo relato, que o colocaram de joelhos e mãos no chão e o açoitaram com um cinto na zona lombar. Temendo retaliações, o jovem não terá apresentado queixa pelo sucedido, apesar de a agressão ter deixado marcas. Um porta-voz do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, Pedro Bessa, confirmou ao PÚBLICO que as actividades de praxe foram suspensas por tempo indeterminado, tendo sido aberto um processo de averiguações cuja conclusão deve “estar para breve”. A investigação do caso ficou a cargo da provedora do estudante, a docente Irene Portela. No despacho em que concedia dispensa das aulas aos estudantes entre 21 e 23 de Outubro, para que pudessem participar na semana do caloiro, o vice-presidente desta instituição de ensino superior, Veloso da Silva, escreveu que essa dispensa pressupunha que fossem “garantidos os direitos fundamentais de todos, nomeadamente os valores da liberdade, do respeito pelos outros e da dignidade humana”. “O regulamento disciplinar do estudante diz que ninguém pode ser obrigado à praxe”, acrescenta Pedro Bessa, que garante que foram raras as vezes em que os rituais causaram problemas neste estabelecimento, tirando um caso de consumo excessivo de álcool em 2013. “Da parte do instituto, não houve qualquer queixa na PSP relacionada com este incidente” do mês passado, acrescentou. De acordo com a PGR, cães e gatos dominam lista de maus tratos Homem detido por atirar gato contra uma porta Maus tratos a animais Hugo Morgadinho Homem de 32 anos já foi presente a tribunal e foilhe aplicada a medida de coacção de termo de identidade e residência A PSP da Amadora anunciou ontem a detenção de um homem de 32 anos por abuso cometido contra um animal. O homem terá agarrado um gato pelo pescoço e lançado “com violência” o animal contra uma porta, pelo que lhe foi dada voz de detenção, segundo o comunicado da polícia. O caso aconteceu na madrugada de ontem, quando a PSP da Amadora recebeu “várias chamadas”, alertando para o ruído excessivo proveniente da habitação do suspeito, refere a nota da PSP. Quando chegaram ao local, o homem “rejeitou cessar com o ruído” e terá então cometido o acto de violência sobre o animal na presença dos polícias. A PSP ainda verificou se o animal precisava de algum cuidado médico-veterinário, mas tal não foi necessário. O detido foi ontem presente ao Tribunal da Amadora e foi-lhe aplicada a medida de coacção de termo de identidade e residência, podendo o processo ser suspenso provisoriamente, “caso o arguido efectue 80 horas de serviço comunitário numa associação de protecção de animais”, segundo o documento. O primeiro caso de alguém detido por maus tratos a animais, e prestes a ser julgado, ao abrigo da nova lei, é o de um homem que matou o seu galgo à fome numa freguesia de Campo Maior. Desde 1 de Outubro de 2014 que os maus tratos contra animais são considerados crime. A lei refere que “quem, sem motivo legítimo, infligir dor, sofrimento ou quaisquer outros maus tratos físicos a um animal de companhia é punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até 120 dias”. A mesma lei diz que quem efectuar tais actos, e dos quais “resultar a morte do animal, a privação de importante órgão ou membro ou a afectação grave e permanente da sua capacidade de locomoção”, o mesmo será “punido com pena de prisão até dois anos ou com pena de multa até 240 dias”. De acordo com a ProcuradoriaGeral da República, foram abertos 1042 inquéritos desde que a nova lei entrou em vigor. Os cães e os gatos representam 95% dos 452 crimes de maus tratos ou abandono investigados pela GNR. Até ao início de Outubro, a mesma força de segurança registou 98 crimes e 4536 contra-ordenações durante o primeiro ano da lei. Nesse período, o distrito com maior número de crimes foi Setúbal, que, num total de 18, registou 12 por maus tratos e cinco por abandono, seguindo-se a Madeira, que contabiliza 12 crimes, dos quais oito são de maus tratos. Segundo o balanço de um ano da GNR, chegaram à corporação 3108 denúncias, numa média de oito por dia, tendo sido Julho (425) o mês com maior número de queixas, que foram sobretudo apresentadas por cidadãos do distrito de Lisboa (897). Texto editado por Raposo Antunes “Há mais altos, magros, gordos, baixos, ricos e pobres, mas somos todos iguais, uma família unida”, conta o Fábio. “Acreditar que posso ajudar. Acreditar que vou vencer”, é esta a mensagem de esperança da mãe da Matilde. Ou “Como infinito é o meu amor pela minha adorada filha, infinita é também a minha gratidão por todos quantos tocaram o meu coração neste percurso das nossas vidas”, agradece a mãe da Beatriz. Estes são apenas alguns dos mais de 100 testemunhos de um livro que a Associação Acreditar (Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro) lança hoje para assinalar os seus 20 anos de existência. Chama-se Vidas Contadas — 20 Anos de Estórias da Acreditar e pretende recordar e homenagear não só as crianças e jovens que tenham sofrido de cancro, mas também as famílias e todas as instituições da sociedade civil que lhes deram apoio e que as acompanharam na doença. O livro “é uma forma de reunir todas estas vozes e recuperar histórias de vida”, explica ao PÚBLICO Patrícia Pinto, colaboradora da Acreditar, sublinhando que a obra foi um “desejo que se concretizou”. A ideia surgiu de um desafio lançado pela associação aos “Barnabés” (como apelidam as crianças e jovens com cancro) e aos pais que fizeram parte dos vinte anos da Acreditar. Convidaram todos eles a escrever uma carta que relatasse a forma como enfrentaram o momento em que a doença entrou nas suas vidas. Receberam 111 cartas e foram precisamente esses testemunhos que juntaram no livro, onde estão também os testemunhos de dez voluntários e colaboradores desta IPSS. O livro não é, no entanto, apenas sobre a Acreditar, é sobre todos aqueles que acompanharam estas crianças e jovens. Médicos, professores ou psicólogos, todos eles são também recordados. Apesar de histórias “tristes”, algumas delas com finais infelizes, o objectivo era fazer um livro sobre a vida. “O que é bonito é que há muita esperança, agradecimento e louvor pela vida”, diz Patrícia Pinto, sublinhando a diversidade das cartas “que, apesar de muitas vezes falarem sobre o mesmo, são contadas de forma diferente, muito pessoal”. Para além da apresentação do livro, que acontece pelas 16h na Fundação Cidade de Lisboa, a Acreditar vai também celebrar hoje as duas décadas em Coimbra (na Casa da Acreditar) e no Porto (na Associação Nacional de Jovens Empresários). A ideia é juntar aqueles que estiveram ligados à associação, ao longo destas duas décadas, e homenageá-los. Para isso, fizeram um filme que vai ser apresentado na festa. A comemoração chega também à Madeira, mas só no dia 4 de Dezembro. A Acreditar é uma IPSS que tem objectivo garantir os direitos e a promoção da qualidade de vida das crianças ou jovens com cancro e das famílias. Conta com 17 colaboradores e mais de 700 voluntários e já ajudou mais de 9000 famílias. Texto editado por Andrea Cunha Freitas MIGUEL MANSO Livro pretende homenagear as crianças que tenham tido cancro 12 | PORTUGAL | PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 BARÓMETRO NOTÍCIAS DA SEMANA SEMANA DE 21 A 27 DE NOVEMBRO DE 2015 O inevitável já esperado Top 10 Pos. Comentário Gustavo Cardoso Esta foi uma semana em que todos os inevitáveis esperados se materializaram. Após ter passado mais de um mês desde o dia 4 de Outubro, inevitavelmente, tivemos o que se adivinhava após a noite eleitoral: um governo de curta duração para abrir caminho a um governo de longa duração, senão mesmo de legislatura. Ao contrário do que muitos comentadores pensaram, talvez fruto de olhar o presente sempre a partir do passado, os partidos que apoiam o Governo empossado vivem a (quase) inevitabilidade de se manterem unidos sempre que possível e críticos entre si sempre que necessário como a única estratégia para manterem ou aumentarem o actual score eleitoral. Na mesma senda do “já esperado”, o discurso do Presidente da República na tomada de posse do Governo foi mais um episódio na disputa com o empossado primeiro-ministro. Neste discurso, Cavaco Silva tentou, novamente, ganhar a mó de cima face a António Costa e, novamente, foi rechaçado nessa intenção. Para quem ouviu em directo e, posteriormente, leu jornais ou o viu nos jornais televisivos, ficou a dúvida se Costa teria, ou não, lido previamente o discurso de Cavaco, já que para todos os “recados-ataque” do Presidente houve resposta pronta e institucional, fazendo criar a dúvida, inevitável, sobre qual dos dois naquela sala procurava assumir o papel de primeira figura do Estado português. Também, inevitavelmente, durante a tomada de posse do Governo se assistiu à desconfortável, mas normal em política, posição de quem havia perdido a possibilidade de governar mais de 27 dias. Inevitavelmente, havia escolhas a fazer por parte do anterior primeiro-ministro face ao discurso do novo primeiro-ministro e as escolhas feitas mostraram que Passos Coelho não desistiu da luta política para voltar a ser o próximo primeiro-ministro, prova disso foi ter escolhido não aplaudir com palmas de circunstância e pose de Estado o discurso de Costa. De inevitabilidade em inevitabilidade esperada, esta foi a semana em que o perigo de confronto Turquia-Rússia se concretizou num abate de um caça russo no território eleito para todas as potências militares e financeiras mundiais se enfrentarem e testarem forças e armas, a Síria. Por fim, esta semana foi marcada pela inevitabilidade da mudança de estilos de vida por via do regresso do terrorismo à Europa que impôs, e imporá, novos quotidianos a muitos países europeus e, talvez, também aos portugueses. Era inevitável, mas podia ser evitado, pois o inevitável é sempre produto das nossas escolhas. Sociólogo, ISCTE-IUL 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º 9.º 10.º Tema em destaque g N N h N R N R h N 1.º 2.º 3.º 10.º h Desce g Sobe N Nova entrada R Regresso ao Top 10 = Mantém posição * Os dados publicados na versão impressa do Barómetro não incluem a análise dos jornais televisivos de sexta-feira (véspera da publicação do artigo) Não foi notícia Ainda não Cobrar sem fraque Ainda não vai ser esta semana que as Presidenciais irão arrancar mediaticamente. Mas a promessa de Cavaco Silva de não entrar em gestão presidencial e se manter activo até ao último suspiro do seu mandato dará aos candidatos presidenciais o necessário palco para se distanciarem ou serem “colados” ao tipo de actuação do actual inquilino do palácio cor-de-rosa. Portanto, a próxima semana continuará a empurrar Marcelo para a zona de sombra, mantendo-se afastado da ribalta mediática, buscando assim não descer nas suas intenções de voto pelo desgaste de liderar e tentando fugir à colagem inevitável com Cavaco, a posição para a qual Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém o empurraram. G.C. A Autoridade Tributária veio esta semana avisar os contribuintes de que terão de voltar a validar as suas facturas no Portal das Finanças. Caso cada um de nós não o faça, o serviço não aceitará as facturas já introduzidas no sistema. Já não bastavam os impostos, taxas e sobretaxas, o facto de pessoas e empresas serem cobradoras de IVA para o Estado sem compensação alguma, a sistemática alteração de regras com efeitos retroactivos. Agora também somos fiscais das entidades que passam facturas. Assim é fácil apresentar resultados. Mas alguém se lembrou dos custos para o país em horas consumidas aos portugueses em tarefas não produtivas? Dos 40% de portugueses sem acesso à Internet? M.C. Portugueses são cobradores de impostos 14,7 13,7 10,4 7,7 5,2 4,2 2,7 2,5 2,2 2,0 Outras notícias (assuntos dispersos): 9% Tema emergente Presidenciais: o tema que se segue % de notícias (N=402*) (2.º) Decisão do PR para formação de novo governo Indigitação do PM e tomada de posse do Governo Alerta e operações policiais na Bélgica (1.º) Atentados em Paris Composição do Governo PS Futebol: Taça de Portugal Programa e medidas do Governo PS Abate de caça russo pela Turquia (8.º) Caso Sócrates Combate ao Estado Islâmico Ficha técnica Análise de conteúdo realizada a partir de uma amostra de 402 notícias destacadas nos últimos sete dias em 16 órgãos de comunicação social generalistas difundidas nas primeiras páginas dos jornais impressos, abertura de noticiários na Rádio e TV e destaques dos jornais online. Saiba mais em https://www.facebook.com/ LaboratorioDeCienciasDaComunicacao. Barómetro de Notícias O Barómetro de Notícias é desenvolvido pelo Laboratório de Ciências de Comunicação do ISCTEIUL no âmbito do Projecto Jornalismo e Sociedade e do Observatório Europeu do Jornalismo. É coordenado por Gustavo Cardoso, Décio Telo, Miguel Crespo, Susana Santos, Ana Pinto Martinho e Tiago Lapa. Comentários dos investigadores Gustavo Cardoso, Susana Tavares, Sandro Mendonça e Guya Accornero. Apoios: Público, IPPS-IUL, Jornalismo@ ISCTE-IUL, e-TELENEWS MediaMonitor / Marktest 2015, fundações Gulbenkian, FLAD e EDP, Mestrado Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação, LUSA e OberCom. Escrevo músicas para me sentir melhor, retiro algo bom de algo mau. AMY WINEHOUSE Limitado ao stock existente. A compra do produto implica a aquisição do jornal. A rapariga por detras do nome +15€ DOM, 29 NOV COM O PÚBLICO Um talento singular e uma artista de jazz pura no n o sentido mais autêntico, vencedora de seis p ré prémios Grammy, Amy Winehouse escreveu e cantou c com o coração usando os seus dons m u musicais para analisar os seus próprios problemas. AMY, A M do premiado realizador Asif Kapadia, conta a in incrível história de Amy Winehouse que, apesar da fforte or personalidade artística, era uma pessoa frágil. T en como linha narrativa as letras das suas Tendo c an canções e apresentando músicas inéditas, bem como várias imagens de arquivo nunca antes c o vistas, v is AMY é um filme surpreendentemente m o moderno, emocionante e vital. 14 | LOCAL | PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 Maria Granel, a mercearia de produtos biológicos onde se compra “à medida” É tudo vendido a granel na nova loja de Alvalade. É uma mercearia como “as de antigamente”, mas com um toque moderno, onde químico não entra. E os clientes só levam mesmo quanto querem GUILHERME MARQUES Lisboa Claudia Carvalho Silva Tem chás, sementes, frutos secos, cogumelos, preparados de arroz, mel, gomas. São produtos a granel e biológicos, os dois factores que dão a esta mercearia o título de pioneira nacional na actividade. Na Maria Granel, pode-se levar o recipiente de casa ou usar um da loja e só se leva a quantidade desejada, nem que seja só um bocadinho para experimentar. O som ambiente é de sementes e cereais a caírem nos sacos e nos frascos. Catarina Palma, com alguns frutos secos num saquinho e curcuma noutro, conta ao PÚBLICO que é a primeira vez que vem à Maria Granel, que abriu a 16 de Novembro. “Gostei tanto que até já me inscrevi para trabalhar aqui”, brinca, acrescentando em tom sério que o que lhe despertou curiosidade na loja foi o conceito de fair trade, “de poder comprar as coisas na quantidade pretendida”. A mercearia fica em Alvalade, na Rua José Duro, perto da Avenida da Igreja. Os responsáveis pelo projecto são Eunice Maia e Eduardo. Ele é economista, ela é professora de Português e Literatura; ele vem dos Açores e ela do Minho. São casados e fizeram uma aposta num “projecto a dois”, tanto no que lhes concerne, como nos dois elementos que uniram: os produtos vendidos a granel e que têm origem na hortas e campos que não usam químicos. Na Maria Granel até as gomas são biológicas: há umas vegetarianas, feitas com gelatina de origem vegetal e também há a Doctor Gummy, uma goma sem açúcar, adoçante, glúten, lactose, aromas, corantes ou conservantes. Aldara e André descobriram a loja na Internet e decidiram visitar para perceber que produtos estão à venda. “As gomas, pelo menos, levamos de certeza”, ri André, sublinhando que pretendem regressar. Helena Cruz, cliente da mercearia, foi cativada pela “grande variedade de produtos”, razão que, afirma, a fará continuar a voltar à loja. Dos mais de 240 produtos ali disponíveis, só seis não são biológicos, mas ainda assim são feitos através de processos artesanais. Um dos exemplos é o chá açoriano da Gorreana, presente nas prateleiras “por motivos afectivos”, brinca Eduardo. Além de os produtos serem biológicos, o facto de não existirem embalagens contribui para um consumo sustentável Há gengibre, caju com molho de soja, millet, quinoa, uma montra só de especiarias, na qual a diferença de preço “é flagrante”, quando este é comparado com o dos frascos vendidos nos supermercados, diz Eduardo. Há misturas de cereais, de frutos secos ou de farinhas para fazer pão. Há uma “parede de arroz” em dispensadores, onde se pode encontrar arroz selvagem, perfumado, integral, vermelho, risoto “e ainda há espaço para mais”, diz Eunice. Agora, os donos da Maria Granel procuram ir ao encontro das necessidades do cliente, procurando disponibilizar os produtos com maior procura. “Na semana passada tivemos imensa solicitação de matcha [chá verde em pó] e já fizemos a encomenda”, exemplifica Eunice. Nas categorias de produtos mais procurados destacam-se os exóticos e os superalimentos — alimentos com elevado teor de nutrientes e benefícios para a saúde, como as sementes de chia ou goji. Voltar aos velhos tempos Esta “é uma homenagem às mercearias tradicionais”, explica Eunice, referindo-se ao nome escolhido. “Maria”, por ser um nome tipicamente português, e “Granel”, para que se possa “recriar o conceito e dar-lhe uma vertente inovadora e adaptada aos tempos modernos”. O casal começou a pensar no projecto em 2013, ao ver lojas do mesmo género noutros países europeus. A ideia original era vender azeite a granel, mas teve de ser posta de parte, porque “o azeite tem uma legislação mais restritiva do que os outros produtos”, explica Eduardo, acrescentando que esta intenção original tem potencial e que ainda espera conseguir vir a contornar a situação. Face ao desaparecimento da venda a granel, Eunice e Eduardo decidiram reaproveitar a tradição antiga. Os produtos estão colocados em dispensadores automáticos ou em caixas transparentes, com doseadores. Os clientes servem-se sozinhos em todos os produtos à excepção do mel. O preço é apresentado ao quilo, mas existem balanças para que o cliente possa saber quantos gramas leva. Escrito a giz, nas paredes, as vantagens oferecidas pela loja são claras: “Aqui não há químicos, todos os nossos produtos são biológicos” ou “consumo responsável = zero desperdício”. Eunice acrescenta que não há quantidade imposta e que as pessoas podem trazer as suas próprias embalagens. Eduardo conta, com entusiasmo, que as pessoas têm aderido a esta iniciativa e que há já quem traga vários frascos de casa. Os donos da Maria Granel têm uma relação directa com os fornecedores, mas lamentam que em Portugal a agricultura biológica ainda não exista a grande escala. “Tentamos sempre garantir os produtos a nível nacional, mas, se não conseguirmos, recorremos à importação”, explica Eunice. Eduardo adianta que os produtos biológicos, apesar de terem potencial de crescimento, “têm sido conotados com um maior custo” e, nesta mercearia, tentam desmistificar essa associação, fazendo com que sejam “produto acessíveis a todos”. Para além da ideia do azeite, a dupla pensa ainda criar um espaço onde possam vender detergentes biológicos também a granel. A partir de Janeiro de 2016, organizarão workshops que aliam “saber e sabor”, diz Eunice. Serão as Quintas da Maria e a ideia é mostrar como se confeccionam alguns alimentos de forma saudável, com degustações. Texto editado por Ana Fernandes PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 | 15 Famílias ciganas da Vidigueira alojadas num barracão sem luz, casa de banho e água ANTÓNIO CARRAPATO Alentejo Carlos Dias Oito adultos e 13 crianças vivem há cerca de ano e meio fazendo as suas necessidades básicas em plena rua Em meados de Junho de 2014, 67 pessoas, incluindo 35 crianças, ficaram sem casa e viram os seus pertences destruídos no local onde viviam, na sequência da demolição ordenada pela Câmara da Vidigueira. Decorrido ano e meio, “um grave problema” afecta ainda mais de duas dezenas de pessoas, da família Azul, que vivem numa situação “degradante”, descreve Lucibela Pires, residente na vila, na denúncia que fez da situação junto de partidos políticos e organizações de apoio social. O presidente da autarquia, Manuel Narra, justificou a decisão de demolir, no ano passado, o armazém onde as famílias Azul e Cabeça viviam por se terem registado “confrontos, com tiros”, entre os elementos das duas famílias, que colocaram em causa a segurança da população. Para a maioria dos desalojados, a autarquia encontrou alternativa, mas estes membros da família Azul decidiram procurar tecto pelos seus próprios meios, acabando por serem alojados neste barracão pela Segurança Social. Agora, Lucibela Pires salienta que residem no armazém/barracão da Rua do Frade 13 crianças, “apesar da falta de condições do local para habitação”, criticando a “desastrada integração ‘à força’ dos ciganos na comunidade, desrespeitando as regras básicas de saúde e bem-estar de todos, quer dos ‘integrados’ quer dos moradores”. Durante o Verão, outros residentes na rua “tiveram de suportar o mau cheiro de um esgoto a céu aberto em frente das suas portas”. A comunidade cigana “não tem sanitários, nem esgoto, onde fazer as suas necessidades, lavar a roupa ou a loiça”, prossegue a moradora. Um grupo de moradores na Rua do Frade e Rua dos Gregos apresentou entretanto queixa junto da Câmara de Vidigueira e a autarquia ordenou a limpeza da sujidade em Setembro. Contudo, as famílias ciganas continuam a fazer as suas necessidades no espaço público, como o PÚBLICO pôde confirmar junto de outro residente na Rua do Frade, quando este limpava o empedrado em frente ASSISTA AO VÍDEO EM publico.pt/multimedia/vamos-voar Em 2014, duas famílias foram expulsas do armazém onde habitavam da sua casa. “O Verão que passou foi insuportável” com os maus cheiros, mas “continuam a fazer da rua casa de banho e depois limpam com baldes de água”, descreve. Rosa Maria Reis, mãe de um bebé de meses e de mais dois meninos de quatro e cinco anos, o único membro da família Azul que se encontrava no interior do barracão quando o PÚBLICO ali foi, comprovou que o espaço onde habitam “não tem casas de banho nem esgotos”. O chão de cimento é limpo diariamente com baldes de água e os colchões e mantas ficam amontoados em cima de mesas, cadeiras e caixas para se poder circular. No espaço vivem quatro casais e 13 crianças em idade escolar. “O que mais nos custa é darlhes banho com água fria, antes de irem para escola, para evitar problemas com os outros meninos”, explica a jovem mãe, frisando que a roupa é lavada “à porta do barracão”. Diz não saber quem paga a renda do espaço onde estão alojados, mas queixa-se de que quando foram ali instalados pela “assistente social da Vidigueira” foi-lhes dito que era uma situação provisória. Câmara defende-se O Instituto da Segurança Social, reagindo ao pedido de esclarecimentos solicitado pelo PÚBLICO, adiantou que já fez o diagnóstico das famílias desalojadas e concluiu que “necessitam de ter a situação habitacional resolvida de modo a que possam viver com as condições mínimas de dignidade”. Precisou ainda que, apesar de o Centro Distrital de Beja da Segurança Social “não ter competências em matéria de habitação”, a situação tem sido objecto de reuniões com a Câmara da Vidigueira, “tendo em vista a procura de soluções alternativas”. No entanto, reportando-se à situação precária em que vive a família Azul, Manuel Narra é taxativo: “Quem avançou com os seus próprios meios” está confrontado “com todos os problemas inerentes à falta de planeamento e acompanhamento técnico adequado”. As famílias que tiveram “intervenção directa” da autarquia estão integradas em diversos locais, “onde não causam qualquer tipo de problema”, compara o autarca. Entretanto, o PS da Vidigueira tornou público que a autarquia continua a pagar a renda do armazém onde estava a comunidade cigana expulsa em Junho de 2014. Desde aquela data, revelam os socialistas, o município já despendeu uma verba próxima dos 70 mil euros por um edifício que não utiliza. Manuel Narra confirma, através de comunicado, que a autarquia está a suportar o encargo, alegando que o executivo municipal tinha “deliberado a aquisição do prédio rústico” à empresa Centro de Estudos e Formação Aquiles Estaço, Lda. (CEFAE)”. O acordo estabelece o pagamento de uma renda mensal “até à efectivação da escritura de compra e venda”. Estêvão Pereira, da direcção do CEFAE, confirmou ao PÚBLICO que “há mais de um ano” foi apresentada à câmara uma proposta de venda do terreno e do edifício. Esta apresentou uma contraproposta, assumindo a vontade de aquisição, mas enquanto não fosse celebrada a escritura “seria paga uma renda mensal pelo espaço.” Estêvão Pereira diz desconhecer as razões por que ainda não foi afectivada a escritura, mas admite que a “falta de disponibilidade financeira da autarquia” esteja a protelar a compra do prédio rústico. À boleia do Festival Internacional de Balões de Ar Quente, sobrevoámos o Alto Alentejo. Vimos casas feitas miniaturas e (quase) tocámos nas folhas das árvores. Lá em cima, o silêncio. Voe conosco. 1300 m ALTITUDE MÁXIMA 1:46:17 TEMPO DE VOO 21,3 km/h VELOCIDADE MÁXIMA 19 km DISTÂNCIA 16 | ECONOMIA | PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 Contratação de Sérgio Monteiro gera polémica na CGD e Banco de Portugal Quando saiu da Caixa Geral de Depósitos para o Governo PSD-CDS, Sérgio Monteiro cessou as suas funções na administração. O regresso ao grupo estatal passaria por assumir as funções de director DANIEL ROCHA Banca Cristina Ferreira A contratação de Sérgio Monteiro para vender o Novo Banco com a remuneração mensal da ordem dos 30 mil euros brutos (incluindo encargos além do salário) esteve, ao longo do dia de ontem, a gerar polémica dentro do Grupo CGD, mas também no Banco de Portugal (BdP), que o contratou. Isto porque a entidade liderada por Carlos Costa vai pagar a Monteiro o mesmo que este recebia como administrador da Caixa Banco de Investimento, ainda que tenha cessado as funções quando foi para o Governo. O valor de 30 mil euros resulta de 21 mil euros, a que se somam verbas que o Banco de Portugal vai despender com Monteiro, nomeadamente através do pagamento dos descontos para a Segurança Social que estão normalmente a cargo do trabalhador. O BdP veio ontem de manhã esclarecer que contratou Sérgio Monteiro por um período de 12 meses, a contar do dia 1 de Novembro de 2015, com o estatuto de consultor do Fundo de Resolução, com uma tarefa: vender o Novo Banco. E confirmar a notícia do PÚBLICO publicada ontem: atribuiulhe uma remuneração anual igual à que auferia como titular de um cargo de administração da Caixa Banco de Investimento (Caixa BI), do grupo público CGD. No comunicado que emitiu, Carlos Costa nota que as verbas podem ser consultadas nas declarações de rendimento depositadas no Tribunal Constitucional, desde 2011, quando o ex-governante assumiu o lugar de secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações de Pedro Passos Coelho. O montante declarado ao Tribunal Constitucional por Monteiro é de cerca de 250 mil euros brutos anuais (vencimento e complementos), valor que consta do contrato de prestação de serviços aprovado pela administração do BdP. No entanto, a verba total anual será superior a estes 250 mil euros, devido aos encargos adicionais assumidos pelo regulador. É neste contexto que os termos da contratação do ex-secretário de Estado de Passos Coelho estão a gerar perplexidade quer na CGD, quer Vencimento actual de Sérgio Monteiro é superior ao do presidente do Novo Banco, Eduardo Stock da Cunha mesmo no supervisor. Não só pela quantia, mas sobretudo pelo facto de o BdP estar a presumir que, quatro anos depois de ter saído, Sérgio Monteiro voltaria à Caixa BI como administrador. Só que o lugar de administração é de nomeação do accionista e não fica suspenso, sendo preenchido por outra pessoa. Salários diferentes O PÚBLICO apurou que, na altura, chegou mesmo a ser pedido ao BdP um parecer sobre a possibilidade de Monteiro suspender as funções de administrador da Caixa BI, que, no entanto, não acolheu apoio dos serviços. E terá sido a CGD a clarificar que o direito a sentar-se na administração terminava assim que saísse. O lugar não estava garantido. Assim, ao ser designado secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Monteiro cessou as funções de administrador na Caixa BI. E a regressar ao grupo estatal terá de o fazer na condição de director, com direito a um vencimento inferior ao de administrador. Ao contrário do BdP, a CGD está sujeita às mesmas regras aplicadas à função pública e as remunerações sofreram cortes nos últimos anos. O vencimento bruto (antes dos descontos de IRS e sem contribuições sociais) do presidente, José de Matos, é de 16.578,28 euros, enquanto o do vice-presidente, Nuno Fernandes Thomaz, é de 8.647,80 euros. Já a remuneração atribuída aos vogais da administração é a seguinte: João Nuno Palma recebe 13.481,60 euros, José Cabral dos Santos 11.424,33 euros, Ana Cristina Leal 12.703,17 euros e Maria João Carioca Rodrigues 12.039,21 euros. O vencimento de Jorge Cardoso, que está nomeado para o Novo Banco, é de 13.887,00 euros. Também Eduardo Stock da Cunha, contratado pelo BdP para presidir ao Novo Banco, aufere um vencimento inferior ao que o supervisor vai pagar a Monteiro (e, de acordo com o diploma da Resolução, Stock da Cunha está sujeito a um corte de 20% ao fim do primeiro ano de funções). O Novo Banco foi criado no contexto da Resolução do BES e desde Agosto de 2014 que é gerido pelo Fundo de Resolução, um veículo público a operar na esfera do Banco de Portugal. Quando o BES foi intervencionado, o Novo Banco recebeu uma injecção de 4900 milhões, dos quais 3900 milhões vieram de um empréstimo do Estado à banca. Quatro meses depois, o BdP abriu um concurso público para alienar a instituição e chegou então a admitir que o negócio pudesse gerar um pequeno lucro para o Fundo de Re- solução (venda acima de 4900 milhões), o que evitaria efeito sistémico nos restantes bancos. Isto depois de, em Janeiro deste ano, ter informado que a operação estava a gerar interesse com 17 entidades a irem levantar o caderno de encargos (sem custos). Mas chegaram à final três grupos: a seguradora chinesa Anbang, o fundo chinês Fosun (que detém a Fidelidade e a Luz Saúde) e o fundo norte-americano de private equity Apollo (dono da Tranquilidade). Mas todos ficaram por manifestações de intenções de aquisição, sem ofertas firmes, e condicionadas a muitas variáveis. Uma delas teve resposta já este mês com a divulgação pelo BCE de 1400 milhões de euros de necessidades adicionais de capital do Novo Banco. Carlos Costa acabaria em Setembro por suspender o concurso, que será agora retomado por Sérgio Monteiro. PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 | 17 Bruxelas dá luz verde a apoio estatal de 36 milhões à Volkswagen Autoeuropa DANIEL ROCHA Automóveis João Pedro Pereira Ajuda é justificada com o facto de Palmela estar “localizada numa região desfavorecida” Depois de dissipadas as dúvidas sobre o investimento da Volkswagen em Portugal, a fábrica Autoeuropa, detida pelo grupo alemão e uma das maiores empresas exportadoras do país, vê agora afastados os obstáculos de regulação de mercado. A Comissão Europeia concluiu que o auxílio estatal de 36 milhões de euros prestado à unidade de produção em Palmela respeita as regras da concorrência da União Europeia. O Governo tinha justificado a ajuda, que faz parte de um investimento total de cerca de 673 milhões de euros até 2019, com o facto de Palmela estar situada “numa região desfavorecida de Portugal, registando, na altura da concessão do auxílio, um PIB per capita inferior à média nacional”. O investimento, que já está em curso (e cujo montante exacto tem variado ligeiramente na informação tornada pública), pretende dotar a empresa de tecnologia para a produção de novos modelos do grupo. Ontem, um pouco mais de um ano após ter anunciado que estava a analisar o caso a fundo, a Comissão — que é o regulador do mercado comunitário — deu o aval ao apoio, considerando que a região tem o direito a “benefícios de auxílios de incentivo ao investimento”. Em comunicado, a Comissão considera que “o auxílio regional de 36 milhões de euros concedidos por Portugal à Volkswagen Autoeuropa para investir numa nova tecnologia de produção está em consonância com as regras da UE em matéria de auxílios estatais.” De acordo com as estimativas apresentadas no ano passado, o investimento significa mais 500 postos de trabalho na fábrica. A estes, e tendo em conta os números verificados em anos anteriores, podem juntar-se outros 1500 empregos nas empresas de Palmela que orbitam a Autoeuropa. Foi em Outubro de 2014 que o regulador disse estar preocupado com o facto de o auxílio poder infringir a legislação, em parte dada a posição de mercado da Autoeuropa, que está muito acima do limite de 25% Autoeuropa é uma das maiores exportadoras do país de quota. Este factor é suficiente para que, neste tipo de situações, seja obrigatória uma investigação por parte da Comissão. O processo arrancou depois de o Governo ter, meses antes, notificado a Comissão da existência do apoio. A fábrica de Palmela é, de longe, a maior do género no país. Entre Janeiro e Outubro deste ano foi responsável por dois terços da produção automóvel em Portugal. A grande maioria do fabrico destina-se a mercados estrangeiros. A segunda maior fábrica é a do grupo PSA (da Peugeot e Citroën), em Mangualde, Entre Janeiro e Outubro deste ano, a fábrica de Palmela foi responsável por aproximadamente dois terços da produção automóvel em Portugal que produziu 29% dos automóveis feitos em Portugal. Os pormenores do plano de investimento e do apoio estatal não foram revelados quando o acordo entre a Autoeuropa e o Estado foi assinado, em Abril do ano passado. Mas a documentação revelada pela Comissão há um ano, embora omitindo vários valores (como é habitual neste género de informação) ofereceu alguma luz sobre o processo. Na carta então remetida às autoridades portuguesas, especifica-se que “o auxílio é concedido sob forma de um subsídio parcialmente reembolsável”, destinado a despesas que podem incluir equipamento de fornecedores da fábrica. O auxílio “é parcialmente convertido num subsídio não reembolsável se a Volkswagen satisfizer determinados parâmetros contratualmente acordados”. O investimento já está a decorrer, embora não seja conhecido o montante aplicado até à data. Numa carta enviada este mês à AICEP (a agência estatal para o investimento estrangeiro), o director da Autoeuropa, António Melo Pires, assegura que o plano “está a decorrer dentro dos prazos e planos estabelecidos”. Aquela missiva era uma resposta a preocupações que a AICEP tinha feito chegar à sede da Volkswagen, na Alemanha, numa carta em que o presidente da AICEP, Miguel Frasquilho, se referia ao “baixo nível de execução do mais recente projecto de investimento”. A correspondência foi tornada pública pelo grupo de trabalho que foi formado para acompanhar o caso da fraude da Volkswagen. A multinacional está actualmente a braços com o escândalo das emissões, uma situação que acabou por levar a cortes de mil milhões de euros anuais, depois da revelação de que vários modelos enganavam os testes de poluição. Porém, o peso da Autoeuropa no plano a cinco anos do grupo não chega a 1%. Entre processos judiciais, eventuais multas e a rectificação de mais de 11 milhões de carros, a multinacional terá uma factura pesada a pagar. Já pôs de lado 8500 milhões de euros. com as deliciosas receitas da sua revista preferida! 18 | ECONOMIA | PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 Bolsas O DIA NOS MERCADOS Dinheiro, activos e dívida Diário de bolsa Divisas Valor por euro Portugal PSI20 Euro/Dólar 1,0593 5700 Euro/Libra 0,7042 5450 Euro/Iene 130,13 5200 Euro/Real 3,9907 4950 Euro/Franco Suíço 1,0922 4700 Últimos 3 meses Acções Taxas de juro Euribor 3 meses -0,109% PSI20 Euribor 6 meses -0,039% Euro Stoxx 50 -0,32% Dow Jones -0,08% 0,24% Variação dos índices face à sessão anterior Euribor 6 meses 0,060 Mais Transaccionadas 0,035 BCP 125.289.116 0,010 Banif 96.382.468 -0,015 EDP 7.921.729 -0,040 Pharol 4.979.671 Últimos 3 meses Sonae 3.337.048 Melhores Mercadorias 42,59 Petróleo 1057,41 Ouro Volume Variação Pharol 2,49% EDP Renováveis 1,98% Preço do barril de petróleo e da onça, em dólares BCP Obrigações Piores 1% Variação OT 2 anos 0,207% Banif -4,17% OT 10 anos 2,314% Teixeira Duarte -3,19% BPI -1,75% Europa Euro Stoxx 50 Obrigações 10 anos 3,6 3800 3,2 3600 2,8 3400 2,4 3200 2,0 3000 Últimos 3 meses Últimos 3 meses PSI-20 Nome da Empresa PSI 20 INDEX Var% 0,24 Fecho Última Sessão Volume Abertura 5360,51 246063455 5346,64 ALTRI -0,48 BANIF -4,17 BPI -1,75 1,13 1279425 1 0,05 125289116 CTT CORREIOS 0,83 8,83 EDP 0,25 3,24 EDP RENOVÁVEIS 1,98 6,63 701173 -0,8 9,89 0,4 0,50 J. MARTINS -0,04 MOTA-ENGIL -0,29 Mínimo Performance (%) 5 dias 2015 5367,06 5332,04 11,70 5,13 5,18 0,0023 96382468 0,00 0,00 1,13 1,16 0,05 0,05 0,05 -0,99 -22,98 785643 8,77 8,86 8,57 2,37 10,10 7921729 3,24 3,26 3,21 -1,82 0,62 6,57 6,66 6,49 1,86 22,69 2411930 9,97 9,97 9,83 -0,94 362209 0,50 0,51 0,48 -12,98 -36,80 12,89 704309 12,85 12,98 12,83 -0,35 54,65 2,08 201022 2,09 2,09 2,07 0,3 7,40 219320 7,40 7,44 7,35 -0,14 PHAROL 2,49 0,37 4979671 0,37 0,37 0,36 -3,48 -57,18 PORTUCEL 0,16 3,86 528300 3,85 3,87 3,83 0,71 25,06 REN 0,15 2,63 694226 2,64 2,64 2,62 0,31 -0,27 13,02 19996 13,13 13,13 12,95 0,08 29,83 TEIXEIRA DUARTE -3,19 0,39 44750 0,41 0,41 0,39 2,26 -44,59 1,11 3337048 1,10 1,12 GALP ENERGIA IMPRESA NOS SEMAPA SONAE 0,73 5,08 -0,07 201120 BCP 5,14 Máximo -1,53 106,81 0,00 -4,00 -59,65 1,12 6,61 9,65 17,31 -2,34 -21,80 1,10 -0,09 41,27 9,48 8,20 Autoridade chinesa certifica hotéis e lojas em Portugal Acções da dona do BESI suspensas na bolsa chinesa Turismo João Pedro Pereira Mercados Camilo Soldado Afluência de chineses aumentou 38% até Setembro. Turismo de Portugal espera chegar aos 150 mil visitantes este ano Utilização de informação privilegiada na mira das autoridades. Corretoras sob pressão de Pequim O Freeport em Alcochete, um centro comercial ao ar livre a 30 quilómetros de Lisboa, será o primeiro local em Portugal a receber uma certificação por parte das autoridades de turismo chinesas, que garantem assim que o espaço tem serviços para facilitar a visita de turistas daquele país, cujo interesse pelo país tem vindo a crescer. As certificações podem ser atribuídas a hotéis, lojas e outros estabelecimentos que cumpram determinados requisitos. Consoante o sítio, estes requisitos podem ir simplesmente de informação escrita em mandarim até à venda de comida chinesa e à aceitação de cartões bancários daquele país. Embora a decisão caiba às autoridades de turismo, o processo é gerido por uma empresa privada, chamada Welcome Chinese, que em Portugal é representada pela consultora Edeluc. As atracções turísticas portuguesas estão a cativar cada vez mais turistas da China, cuja afluência a Portugal está a crescer a dois dígitos ao ano. Até Setembro, tinham visitado o país 119 mil turistas chineses, mais 38% do que nos mesmos meses do ano passado. E, até ao final do ano, o Turismo de Portugal espera que este número chegue às 150 mil pessoas, afirmou João Cotrim de Figueiredo, presidente da instituição, numa conferência em Lisboa que serviu para apresentar aquela certificação. Em 2014, o crescimento foi de 49%. “O mercado europeu continua a ser o mais importante, mas a diversificação de mercados continua a ser estrategicamente importante”, disse Cotrim de Figueiredo, acrescentando que existe “um enorme potencial de crescimento” do fluxo de turistas vindos da China. O turismo tem feito esforços de promoção de Portugal como destino turístico para visitantes chineses, o que inclui uma campanha com a imagem de Cristiano Ronaldo. Na Europa, os chineses visitam sobretudo França, Alemanha, Reino Unido e Itália, disse ao PÚBLICO Dai Bin, um académico que preside à Academia de Turismo Chinesa, uma Língua e comida são obstáculos para os turistas vindos da China unidade de investigação estatal, que é a responsável pela certificação de locais preparados para receber aqueles turistas. Pouco antes, durante a conferência, Dai Bin mostrara-se conhecedor das atracções portuguesas, falando dos Descobrimentos, da comida (a que, disse, os chineses não se conseguem habituar), de vários jogadores de futebol (entre os quais Pauleta, Figo e o inevitável Ronaldo) e, incontornavelmente, dos pastéis de nata. Há vários motivos por detrás do aumento do turismo chinês nos anos recentes, observou o investigador. Por um lado, resulta do crescimento económico e do aumento do poder de compra, bem como do câmbio favorável face a um euro que se tem vindo a depreciar. Por outro, há uma maior disponibilidade de tempo livre (“cinco a 15 dias de férias pagas, que podem juntar a fins-de-semana”). E, por fim, Dai Bin referiu uma questão cultural. “Os chineses acreditam que precisam de ler e de viajar para terem mais conhecimento”, afirmou, através de uma intérprete. Dai Bin notou também haver ainda vários entraves a uma maior afluência de turistas chineses a Portugal, a começar pela burocracia dos vistos e pela falta de voos directos e a acabar na falta de informação e na barreira da língua. Um dos obstáculos começou a ser ultrapassado em meados deste ano, quando os cartões bancários da chinesa UnionPay começaram a ser aceites nos terminais de pagamentos em Portugal. Em média, segundo números da Academia de Turismo Chinesa, cada turista em Portugal gastou, no ano passado, 935 euros. A turbulência na bolsa chinesa durante o Verão continua a agitar o panorama financeiro do país. Nesta semana foi revelado que várias corretoras do gigante asiático têm sido investigadas pelas autoridades, entre elas a Haitong, dona do Banco Espírito Santo Investimento (BESI). A suspeita de crime de utilização de informação privilegiada levou à suspensão da negociação nas bolsas de Xangai e Hong Kong dos títulos do grupo chinês que adquiriu o BESI este ano. A Comissão Reguladora do Mercado de Valores da China tornou a investigação pública no mesmo dia em que anunciou que a Guosen Securities, uma das maiores corretoras do país, também estava na mira das autoridades por alegada “violação das regras”. Quinta-feira, a Associação de Valores da China já tinha anunciado que a Citic, a maior corretora estatal, está a ser investigada por “um erro contabilístico” de 156 mil milhões de euros que inclui uma sobrevalorização de alguns activos financeiros. Isto depois de, em Agosto, vários executivos da Citic terem sido detidos sob a acusação de abuso de informação privilegiada. Ao final do dia, já depois do fecho da sessão, a Haitong emitiu um comunicado em que confirmava a investigação e os motivos da entidade reguladora. O grupo anunciou a “total colaboração” com as autoridades dando também conta de que os títulos iriam retomar, a partir de segunda-feira, a negociação em bolsa. Apesar da suspensão da negociação dos títulos da Haitong, a bolsa de Xangai, a principal praça financeira da China, perdeu 5,48%, no que a Bloomberg refere como a maior descida da bolsa chinesa desde as quedas abruptas do Verão. Na mesma linha, Shenzhen, outra praça relevante, registou uma descida de 5,38%, numa sessão em que as corretoras foram as principais penalizadas, com algumas a cair 10%. Hong Kong terminou o dia com uma queda mais ligeira, 1,87%, mas apenas uma cotada fechou positiva. PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 | ECONOMIA | 19 Breves Resíduos Providência cautelar contra privatização da EGF recusada A providência cautelar apresentada pelos municípios de Loures, Amadora, Odivelas e Vila Franca de Xira em Agosto para travar a privatização da EGF foi rejeitada pelo Tribunal da Concorrência. As quatro câmaras municipais opõem-se à compra da Empresa Geral de Fomento (EGF) pela SUMA (controlada pela Mota-Engil), mas a sentença concluiu “que nenhum dos fundamentos” das autarquias “pode ser considerado procedente”. Factura com PPP rodoviárias quase duplicou no ano passado para 1069 milhões de euros Estado Luísa Pinto Relatório anual da UTAP, agora divulgado, demonstra reduzida cobertura de encargos com as receitas de portagem Os encargos líquidos acumulados do sector público com as PPP rodoviárias ascenderam a 1069 milhões de euros em 2014, registando um incremento de 555 milhões face ao ano 2013. Estes cálculos constam do relatório anual sobre PPP elaborado pela Unidade Técnica de Acompanhamento de Projectos (UTAP), já disponibilizado, onde se realça que o referido acréscimo ficou, ainda assim, cerca de 8% abaixo dos encargos líquidos previstos no Orçamento do Estado para 2014. Em termos de distribuição dos encargos líquidos por PPP, constatase, sem surpresa, que as parcerias mais onerosas para o sector público foram as concessões Beira Interior, Interior Norte e Beira Litoral/Beira Alta e as subconcessões Douro Interior e Litoral Oeste, as quais, no seu conjunto, representaram de 488,6 milhões de euros de encargos. Ou seja, cinco das 22 parcerias em análise consomem uma fatia de 46% do total de encargos líquidos com as PPP do sector. O aumento dos encargos brutos deveu-se ao início do pagamento das subconcessões (quando foram lançadas, em 2009, previam um período de carência de cinco anos) e também devido a alguns efeitos extraordinários do pagamento de trabalhos no Túnel do Marão (2,2 milhões de euros), a inclusão de um troço da A21 na rede da Infraestruturas de Portugal (245 milhões de euros) e alguns pedidos de reequilíbrio financeiro. A subida de 9%, em termos homólogos, das receitas de portagem apenas permitiu mitigar muito parcialmente todos estes efeitos. “Note-se que, mesmo quando são desconsiderados os efeitos dos factores que afectam a comparabilidade dos valores, a variação anual dos encargos líquidos, em 2014, representaria, ainda assim, um acréscimo de 2% face ao ano anterior”, sintetiza a UTAP. Na análise que faz ao nível da cobertura dos encargos, a UTAP confirma que, apesar da tendência de crescimento das receitas de portagem, estas só são suficientes para pagar 23% dos encargos anuais. E em termos de pedidos de reequilíbrio financeiro (REF) que ainda estão a ser escrutinados e decididos, no final de 2014 o montante total das compensações solicitadas pelos parceiros provados ascendia a 3600 milhões de euros, um valor que triplica todos os gastos que foram enfrentados em 2014, e que representa um incremento de mais de 10% face ao montante que foi apresentado em 2013. O pedido de REF mais relevante — e que representa quase 40% das contingências financeiras que existiam em finais de 2014 — foi feito pela Brisa, que pede uma indemnização de 1350 milhões de euros pela anulação do concurso da Auto-estrada do Centro, alegando a consequente perda de tráfego para a Concessão Douro Litoral, que gere e explora. Segundo o relatório da UTAP, o stock de empréstimos concedidos pelo sector financeiro às PPP rodoviárias atinge os 9423 milhões de euros no final de 2014. PUBLICIDADE 20 | MUNDO | PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 “Os franceses vão continuar a cantar, a rir, a sair de casa”, promete Hollande No Palácio Nacional dos Inválidos, na homenagem aos 130 mortos dos atentados de 13 de Novembro, o Presidente francês prometeu “dar tudo por tudo” para derrotar os terroristas do Estado Islâmico MIGUEL MEDINA/AFP Terror em Paris Ana Gomes Ferreira Foi à França “de coração ferido” que François Hollande prometeu “dar tudo por tudo” para “destruir o exército de fanáticos que cometeram” o crime de 13 de Novembro. Ontem, na cerimónia de homenagem às 130 pessoas mortas e às 350 feridas pelo Daesh em Paris, o Presidente francês disse que os terroristas quiseram “matar a alegria”, mas “a França não vai mudar”. A homenagem, que teve lugar no Palácio Nacional dos Inválidos, foi solene. No monumental pátio de honra, tornado ainda mais imponente com as bandeiras penduradas nas janelas, estiveram familiares das vítimas e alguns dos feridos, também acompanhados. Esteve também o Governo e os seus convidados. A celebração oficial, 15 dias depois dos ataques, abriu com o hino francês. Depois, os cantores Nolwenn Leroy, Camelia Jordana e Yael Naim interpretaram Quand on a que l’amour, de Jacques Brel. Com a praça em absoluto silêncio, foram lidos os nomes dos que caíram pela liberdade — como disse Hollande — e, num grande écrã, passaram as suas fotografias. Lola, de 17 anos, Elodie, de 23, Jean-Jacques, de 68... uns a rir, outros a beber cerveja, outros em férias. “Sexta-feira, 13 de Novembro, é um dia que nunca esqueceremos. O coração de França foi ferido”, disse o Presidente. “Vamos combatê-los até ao fim e vamos vencer. Estamos unidos nos princípios mais básicos”, disse Hollande, que mencionou também os que, com flores, velas, bandeiras e peças de arte, saíram à rua logo depois do ataque para homenagear as vítimas. “O que querem os terroristas? Querem dividir-nos, querem incitar-nos uns contra os outros. Têm um culto de morte e nós temos amor, amor à vida”. A França, disse Hollande, “não vai mudar”. Os jihadistas quiseram matar a alegria aos franceses, explicou, mas os franceses vão continuar a cantar, a rir, a sair de casa. “A melhor resposta que temos para eles é multiplicarmo-nos em canções, em concertos, em espectáculos; continuaremos a ir aos estádios”. Familiares das vítimas e alguns dos feridos dos atentados de Paris estiveram a ouvir Hollande Na homenagem que durou cerca de uma hora, Hollande foi o único orador e os 15 minutos do seu discurso foram sobretudo dirigidos “a uma geração” — a 13 de Novembro, morreu gente de muitas idades, mas a média (35 anos) e os locais esco- “O que querem os terroristas? Querem dividir-nos, querem incitar-nos uns contra os outros. Têm um culto de morte e nós temos amor, amor à vida”, disse o Presidente francês lhidos (uma sala de espectáculos, cafés e restaurantes de bairro) mostram que os extremistas quiseram sobretudo assassinar os mais jovens. Essa geração “ceifada” “tornou-se o rosto da França. (...) Essas mulheres e homens eram a juventude da França. Tinham muitas profissões, muitos talentos. A França não vai apenas recordar os seus rostos e os seus nomes, vai lembrar-se também das suas esperanças, sonhos e ambições”. A história das vítimas O Presidente pediu ainda aos franceses para pendurarem nas janelas, nas fachadas, a bandeira tricolor — a AFP diz que, ontem, poucos o fizeram e explica que a França é um país reservado no que diz respeito a ostentar os símbolos nacionais, por isso poucos franceses têm bandeiras em casa. O hino francês voltou a ser tocado e foi cantado pelas 2700 pessoas presentes nos Inválidos. O Presidente francês, ainda em cima do pequeno palco de onde homenageou “130 nomes, 130 vidas roubadas, 130 destinos ceifados, 130 risos que não se ouvirão mais, 130 vozes que nunca mais se farão ouvir”, ficou em silêncio, a olhar em frente. Algumas famílias decidiram não assistir à cerimónia, diz a AFP. Uns acusam o Governo socialista de Hollande de não ter adoptado as medidas de segurança necessárias para prevenir novos atentados depois do ataque contra a redacção do jornal satírito Charlie Hebdo, em Janeiro. Outros acusam o socialista Hollande e Nicolas Sarkozy (direita, anterior Presidente) de serem coresponsáveis pelo ataque, ao terem decidido intervir militarmente na Líbia e na Síria. Eric Ouzounian, cuja filha de 17 anos, Lola, foi assassinada pelos terroristas na sala de concertos Bataclan, não esteve na cerimónia e escreveu uma carta aberta a explicar o motivo da sua decisão. “Considero que o Estado tem uma pesada responsabilidade no que se passou. A interferência da França nos assuntos internos de países soberanos foi feita com a justificação de que os líderes sírios e líbios estavam a massacrar os seus povos. (...) Como Saddam Hussein e Muammar Khadafi, Bashar al-Assad é um ditador sinistro da pior espécie. Mas não há líderes mais execráveis do que os que estão agora no poder no Qatar e na Arábia Saudita, com quem a França mantém excelentes relações diplomáticas e comerciais e que fundaram o Daesh [acrónimo árabe para o autodenominado Estado Islâmico]”. PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 | MUNDO | 21 200 iniciativas civis, pelo menos, foram proibidas pelo Governo para os dias da cimeira do ambiente, em Paris, incluindo a grande marcha de amanhã Os neo-jihadistas ou a “islamização da radicalidade” Polícia usa novos poderes para prender activistas ambientais Radicalização de jovens europeus pouco tem a ver com a cultura do islão E vocam Alá a cada frase, mas para os neo-jihadistas, como aqueles que atacaram Paris no dia 13 de Novembro, o islão é sobretudo um pretexto que lhes permite extravasar uma revolta pessoal e uma sede de violência. Convertidos de fresco, com pouco ou nenhum conhecimento de árabe, fazendo malabarismos com conceitos que mal entendem, encontraram na organização Estado Islâmico (EI) uma estrutura flexível e pragmática onde podem dar largas aos seus desejos de radicalização. “A sua cultura islâmica é sumária, quase nula”, diz à AFP Peter Harling, analista do International Crisis Group. “A verdade é que aqueles que têm a cultura religiosa mais sólida são os menos susceptíveis de alinharem nas fileiras do EI”. Para este especialista em movimentos jihadistas, “o aspecto mais perturbante dos massacres cometidos em Paris é que eles resultam de uma violência íntima”. “O EI oferece um espaço concreto onde uma violência pornográfica se pode exprimir, procurar-se, desinibir-se e mostrar a sua pujança. Não é por acaso que os convertidos europeus têm sido os principais agentes. Desprovidos de experiência militar, de formação religiosa e geralmente de competências linguísticas, eles definiram a ultraviolência como o seu valor acrescentado, que, pelo sadismo, evoca o filme de Stanley Kubrick A Laranja Mecânica. E aplicam-na com os talentos instintivos de comunicantes formados na era do Facebook”, continua Harling. O director do Observatório do Religioso e professor no Instituto de Estudos Políticos de Aixen-Provence, Raphaël Liogier, estudou os perfis de dezenas de jihadistas ou aspirantes a jihadistas franceses. “Nenhum daqueles que intervieram em solo francês, desde Mohamed Merah (que matou sete pessoas em Toulouse e Montauban, em 2012) até estes dos atentados de Paris, passou por uma formação teológica de fundo ou por uma intensificação progressiva da prática religiosa”, explica à AFP. “São pessoas que se relacionam com a violência, para quem o islão é sinónimo de violência anti-social. Eles querem exprimir o seu desejo de ser anti-social.” “Eles adoptam posturas fundamentalistas, mas não passam de posturas”, continua o professor Liogier. “Eles passam pelas mesquitas mas não se demoram, rezam menos do que os outros. Cultivam um estilo que eu chamaria neo-afegão, em busca de uma espécie de romantismo neoguerreiro.” “Como são de origem magrebina e lhes disseram que são potencialmente muçulmanos e que o islão tem uma imagem negativa, isso torna-se desejável para eles. Nos anos 1980, teriam sido punks ou entrado nos movimentos de extrema-direita ou extremaesquerda”, acrescenta Raphaël Liogier. “Saltam directamente para a jihad porque têm em comum a delinquência, problemas na infância e o desejo de serem chefões.” Um polícia da brigada criminal contou à AFP que durante um interrogatório de um aprendiz de jihadista este lhe disse: “Estoume nas tintas para o Corão. O que me interessa é a jihad”. Esta tese de instrumentalização da religião por jovens extremistas em busca de um ideal violento é também defendida pelo politólogo especializado no islão Olivier Roy, que, depois dos atentados de Paris, publicou um texto no Le Monde intitulado O jihadismo é uma revolta geracional e niilista. “O Daesh alimenta-se de um reservatório de jovens franceses radicalizados que, aconteça o que acontecer no Médio Oriente, já entraram em dissidência e procuram uma causa, uma marca, um grande desafio para deixarem a assinatura sangrenta da sua revolta pessoal”, explica. “O problema essencial para a França não é o califado do deserto sírio, que se vai evaporar mais cedo ou mais tarde como uma miragem que se transformou num pesadelo. O problema é a revolta destes jovens”, escreve Roy. “Não se trata da radicalização do islão, mas sim da islamização da radicalidade.” Os chefes do EI entre os quais figuram antigos agentes dos serviços secretos iraquianos da era de Saddam Hussein, compreenderam como canalizar e utilizar esta violência. “É um movimento muito flexível que pode recuperar todo o tipo de dinâmicas”, acrescenta Peter Harling. “Está construído sobre uma base ideológica sólida e consegue representar muitas coisas diferentes para muitas pessoas diferentes.” Michel Moutot, AFP REUTERS Félix Ribeiro A França está a usar os novos poderes policiais sob o estado de emergência para fazer buscas e ordenar prisões domiciliárias a activistas ambientais que pensam que podem estar a preparar acções de protesto para a Cimeira do Clima das Nações Unidas, que arranca depois de amanhã, em Paris. Só nesta semana, seis activistas foram postos em prisão domiciliária na região de Rennes. Um deles é Joël Domenjoud, do órgão jurídico da Coligação do Clima, um grupo que representa 130 organizações civis e sindicatos de protecção dos direitos humanos e do ambiente. As ordens de prisão domiciliária a que o Le Monde teve acesso terminam no dia 12 de Dezembro, o dia do fim da cimeira COP21. Sob o estado de emergência — decretado na noite dos ataques a Paris e entretanto estendido até Fevereiro —, o Ministério do Interior e autoridades locais podem ordenar buscas e prisões domiciliárias sem mandado judicial, desde que acreditem que essas pessoas ou locais representam uma ameaça à ordem pública. Em alguns casos, as detenções na residência significam 12 horas por dia em casa e três apresentações diárias numa esquadra de polícia. Na ordem de prisão domiciliária a um activista, a polícia diz ter conhecimento de comunicados que “apelam a acções reivindicativas violentas”. No contexto da grande mobilização policial para a cimeira, explicam as autoridades, os agentes não podem ser “desviados para responder a riscos de ordem pública ligados a tais manifestações”. O Governo francês proibiu mais de 200 iniciativas civis agendadas para os dias da COP21, incluindo a grande marcha ambiental deste domingo em Paris, para a qual se esperavam dezenas de milhares de pessoas. As autoridades temem que a chegada de um grande volume de pessoas e mais de uma centena de líderes mundiais provoquem novos atentados. Foram destacados mais 3000 polícias para proteger as equipas diplomáticas e quase o mesmo número para fazer a segurança do terreno da cimeira. O Ministério do Interior quer chegar com ordens de prisão domiciliária a ainda mais activistas antes da cimeira, segundo escreve o Le Monde. Por enquanto, a polícia chegou principalmente a pessoas que sabe já terem participado em ZAD (Zonas a Defender), informalmente tratados como “zadistas”. A ZAD é uma modalidade de protesto, não uma organização: faz-se pela ocupação de terrenos em que geralmente se preparam obras que podem prejudicar o ambiente, o que muitas vezes provoca confrontos com a polícia. Em Outubro de 2014, numa ocupação em Pont-de-Buis, Finisterra, um jovem zadista morreu com a explosão de uma granada de atordoamento lançada pela polícia. A polícia entrou na casa de Elodie e Julien durante a noite de terçaObservatório do estado de emergência do Le Monde: polícia quer chegar a mais activistas antes da cimeira feira. Trazia uma ordem do prefeito da localidade e procurava “pessoas, armas ou objectos susceptíveis de estarem ligados a actividades de carácter terrorista”. Mas a razão pela busca à residência destes agricultores de alimentos biológicos era outra: o casal participara há três anos num protesto zadista contra a construção de um aeroporto em Notre-Dame-des-Landes, no Noroeste do país, um dos protestos mais mediáticos do movimento. A zona, aliás, continua ocupada, embora o primeiro-ministro francês tenha prometido em Outubro que a “minoria violenta” não “porá em causa a autoridade do Estado”. Revistaram livros, telemóveis e computadores. Saíram só de manhã, sem que encontrassem provas de que algum deles planeava um protesto para a cimeira de Paris. Antes de o fazer, sublinharam: “Sob o estado de emergência, todas as concentrações estão interditas, e organizar uma manifestação é ilegal.” 22 | MUNDO | PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 Putin não tem lugar na coligação de Hollande Análise Teresa de Sousa 1. François Hollande pode dar-se por satisfeito com os resultados da sua “febre diplomática”, como lhe chamou Daniel Vernet, antigo director do Monde, com o objectivo de criar uma “ampla e única coligação” destinada a destruir o Estado Islâmico? A resposta é sim e não. Recebeu em Washington a compreensão e a solidariedade de Obama, mas não conseguiu acertar com ele uma “coligação” que inclua a Rússia ou um entendimento sobre o regime de Damasco. Obama não abandonou o caminho que definiu, há mais de um ano, para enfrentar o caos na Síria e o Estado Islâmico: aumentar a intensidade dos ataques aéreos, tentar uma negociação política com os principais actores regionais (que já começou em Viena ao abrigo da ONU), na qual a Rússia tem um lugar à mesa; rejeitar qualquer hipótese de sobrevivência do Presidente sírio, Assad, hoje apoiado pela Rússia e pelo Irão. Obama lembrou também ao seu homólogo francês, que nunca lhe regateou apoios em momentos de dificuldade, que a Rússia continua a bombardear os opositores do regime de Damasco. Hollande fez boa cara, reconheceu que o líder sírio é um problema e não uma solução, precisamente a posição de Paris antes dos atentados. A França estava apenas envolvida, e de forma limitada, na operação contra o Estado Islâmico no Iraque. Só depois de 13 de Novembro passou a visar o Daesh na Síria. Obama não fez referência pública ao caso, mas a Casa Branca não esconde alguma “irritação” com os seus aliados europeus, lembrando que, ao longo do último ano, 95% dos ataques aéreos na Síria foram feitos pela aviação americana, sendo a proporção no Iraque de dois terços. Quando o Presidente francês se encontrou com o seu homólogo russo no Kremlin já só falou de “cooperação” e não de “coligação”. Putin viu na visita uma oportunidade para abrir uma brecha na frente ocidental, saindo do isolamento em que se colocou depois da crise ucraniana. Saudou a França, invocando De Gaulle e o seu espírito independente. A diplomacia francesa, diz o Monde, admite que Paris “está mais inclinada para conversar com Putin do que o Presidente Obama”. Mas Hollande não vai afastar-se sozinho do consenso transatlântico em relação a Putin. Os líderes europeus sabem que qualquer intervenção militar não se pode dar ao luxo de dispensar o apoio norte-americano. E sabem também, como escreve Judy Dempsey, do Carnegie Europe, “que devem provar que são suficientemente fortes para garantir a separação entre a sua política relativamente à Ucrânia e os ataques terroristas em Paris”. Nesta matéria, Hollande terá de corrigir o tiro. Entre as suas visitas à Casa Branca e ao Kremlin, o Presidente francês recebeu no Eliseu David Cameron (segundafeira, num encontro que não estava inicialmente previsto) e a chanceler alemã. É aqui que há matéria para reflectir. 2. O Governo britânico, no seu afã em torno da hipotética saída da União Europeia, tem mantido alguma distância em relação aos problemas de segurança europeus, facto que já mereceu inúmeras críticas no seu país. Não participou no esforço diplomático de Merkel e Hollande junto de Putin por causa da Ucrânia, que se traduziu na imposição de sanções cada vez mais duras a Moscovo. Até à crise ucraniana, Londres e a maioria dos países europeus só tinham face à Rússia a “estratégia do negócio”. Na Síria, o Reino Unido teve até agora uma participação quase simbólica, com meia dúzia de aviões da base militar de Chipre. David Cameron parece agora muito mais disponível para regressar ao palco europeu, ajudando a combater o Daesh ao lado da França e dos EUA. Está a tentar convencer Westminster de que a participação britânica contra o Estado Islâmico é fundamental. Não vai ter a vida facilitada. Esta nova versão do isolacionismo que se manifesta no Partido Conservador não lhe garante um apoio unânime. A opinião pública ficou “cansada” das guerras de Blair. Não pode contar com os votos do Labour, ele próprio CHARLES PLATIAU/REUTERS Hollande não vai afastar-se sozinho do consenso transatlântico em relação a Putin envolvido numa guerra interna por causa da Síria. Jeremy Corbin é contra, alguns dos membros do seu governo-sombra são a favor. A França parece ir ao encontro do Reino Unido, lembrando outros momentos da História dos dois países. Ontem, o ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le A surpresa do encontro de Merkel com Hollande foi a dimensão da ajuda militar que a Alemanha está disposta a dar à França no Mali Drian, publicou no Guardian um apelo dramático à solidariedade britânica, lembrando a sua grande capacidade militar e lembrando o Tratado de Lancaster House, assinado há cinco anos entre os dois países, já com Cameron mas ainda com Sarkozy, com um vasto programa de cooperação militar a todos os níveis. 3. O encontro porventura mais importante decorreu na quartafeira, depois da visita a Obama, com a chanceler alemã. Merkel manteve um cuidadoso silêncio, apenas quebrado para partilhar a dor da França. A surpresa do seu encontro com Hollande não foram apenas as palavras, foi a dimensão da ajuda militar que a Alemanha está disposta a dar à França no Mali, com 650 homens para substituir os franceses na força de paz da ONU e aviões Tornado de reconhecimento, abrindo a porta para mais ajuda se vier a ser necessária. Judy Dempsey escreve que “o terrorismo e os refugiados estão a mudar o papel de Merkel na Europa.” Foi ela também quem conseguiu levar os seus parceiros europeus a uma reacção dura contra Moscovo quando rebentou a crise ucraniana, considerando a política agressiva de Putin uma ameaça à segurança europeia. Tem mantido o leme. Se nos lembrarmos de que, há três anos, a chanceler ignorou a intervenção francesa no Mali, porque era uma guerra de França que os alemães não estavam disponíveis para financiar, ou o seu comportamento no Conselho de Segurança quando se absteve, ao lado do Brasil ou da China, na votação de uma resolução que permitia a intervenção na Líbia, Merkel percorreu um longo caminho. A forma como enfrentou a crise dos refugiados é outro exemplo desta mudança na forma como ela própria vê a responsabilidade da Alemanha. Apesar das críticas internas, manteve o rumo, apenas ajustando a abertura à realidade. Dificilmente aceitaria uma mudança em relação a Putin. A Europa já anunciou que pode prolongar as sanções por mais seis meses. As suas decisões não são consensuais. O Handelsblatte, o mais reputado jornal de economia, escrevia na sua síntese noticiosa do dia que a Alemanha “está a mudar da ‘paz’ para ‘um bocadinho de guerra’”. A opinião pública prefere o “pacifismo alemão” a intervenções para as quais não vê qualquer utilidade. Merkel já não. Numa semana muita coisa mudou na Europa face à tragédia de Paris. França, Reino Unido e Alemanha são fundamentais para tentar encontrar um terreno comum e a aliança transatlântica continua a ser uma dimensão indispensável da segurança europeia. Hollande, um Presidente fraco que conseguiu erguer-se à altura da tragédia, conquistou o apoio da generalidade dos franceses e a solidariedade dos europeus. Terá agora de ser consistente com o que prometeu. 24 | MUNDO | PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 Na miséria de Nairobi, Papa denunciou “injustiça atroz” imposta ao excluídos África Ana Fonseca Pereira Francisco foi ao bairro de lata de Kangemi repudiar as expropriações de terra e as condições em que vivem milhões de pessoas Na “ferida aberta” de um dos grandes bairros de lata de Nairobi, o Papa condenou ontem a expropriação de terras e outras injustiças cometidas por elites corruptas que condenam milhões de pessoas a viver na mais abjecta das pobrezas. “Na verdade, sinto-me como se estivesse em casa”, disse Francisco na Igreja de S. José Trabalhador, um templo com telhado prefabricado erguido pelos jesuítas no meio de Kangemi, bairro-cidade com mais de cem mil habitantes na capital queniana, que acolheu em festa o Papa. Dali vêem-se apartamentos e os condomínios fechados, lá dentro há barracas feitas de chapa de zinco, rios de lama, esgotos a céu aberto e pobreza sem fim. “Como não denunciar as injusti- ças a que sois submetidos?”, questionou-se Francisco, que em Buenos Aires era conhecido como o “bispo dos bairros de lata”, pelas visitas frequentes aos lugares mais pobres da capital argentina. “A atroz injustiça da marginalização urbana manifestase nas feridas infligidas por minorias que se agarram ao poder e à riqueza, que esbanjam de forma egoísta, enquanto uma maioria cada vez maior é obrigada a refugiar-se em periferias abandonadas, contaminadas, marginalizadas.” O Quénia é considerado um dos países mais desenvolvidos da África Oriental, mas 45% da população vive abaixo da linha de pobreza, o desemprego rondará os 40% e o êxodo dos campos para as cidades lotou as periferias pobres. Só em Nairobi, mais de metade da população vive em bairros onde falta luz e água e abundam as doenças. “Todas as famílias têm direito a uma casa decente, a água potável e saneamento, a luz”, sublinhou o Papa, que apontou também o dedo às expropriações ilegais — “um problema grave criado por empreiteiros privados sem rosto que se apoderam de terras e que tentam até roubar os recreios da escola das vossas crianças”. Francisco referia-se aos protestos, em Janeiro, contra a expropriação de terrenos pertencentes a uma escola primária de Nairobi para a expansão de um hotel ligado ao vice-presidente William Ruto, recorda o jornal The Star. A polícia usou gás lacrimogéneo contra crianças que estavam na manifestação. O Papa, que na véspera defendeu na representação da ONU em Nairobi a luta contra as alterações climáticas como parte de um esforço para combater a pobreza, reafirmou que “o mundo tem uma grande dívida social para com os pobres que não têm acesso a água potável” e disse que “sob nenhum pretexto burocrático” pode este direito ser posto em causa. Um apelo repetido por Musonde Kivuva, arcebispo de Mombaça e presidente da Cáritas queniana, que acompanhou Francisco na visita a Kangemi, onde as ruas foram arranjadas para a passagem do papamóvel. “Mais deveria ser feito pelos nossos bairros de lata. Não deveríamos precisar que o santo padre aqui viesse”, observou. Depois de ter ouvido uma religiosa lamentar que apenas 4% do clero da Julgamento é “encenação”, dizem activistas capital trabalhe nos bairros pobres, Francisco repetiu ser obrigação de “todos os cristãos, em particular os pastores, envolver-se” na luta contra a pobreza. Repudiou ainda “as organizações criminosas, ao serviço de interesses económicos ou políticos, que usam crianças e jovens como carne para canhão nos seus assuntos manchados de sangue”. Antes de partir para o Uganda, segunda etapa da viagem, Francisco foi ao encontro dos milhares de jovens que o esperavam num estádio lotado. Na despedida, pediu-lhes que não sucumbam à corrupção, “que é como o açúcar, doce e fácil de se gostar”. “Cada vez que enchemos os bolsos, destruímos os nossos corações, as nossas personalidades, o nosso país”, avisou, numa intervenção feita de improviso e muito aplaudida. Desafiou também os jovens a recusarem as divisões tribais e étnicas que alimentam a corrupção e a violência. “O espírito do mal levanos à desunião (...), à destruição que resulta do fanatismo”, disse, antes de convidar todos os que o rodeavam “a unirem as mãos e ergueremse contra o mau tribalismo”. “Somos todos uma nação.” GORAN TOMASEVIC/REUTERS “Como não denunciar as injustiças a que sois submetidos?”, questionou-se Francisco Angola João Manuel Rocha “Não tenham expectativas positivas sobre o nosso destino”, dizem sete dos acusados de rebelião contra José Eduardo dos Santos Sete dos 17 activistas angolanos que estão a responder em Luanda pela acusação de “actos preparatórios” de rebelião divulgaram uma “tomada de posição” em que afirmam que o seu “julgamento não passa de uma encenação teatral”. No texto, divulgado no site Rede Angola, Domingos da Cruz, Osvaldo Caholo, Arante Kivuko Lopes, José Gomes Hata, Inocêncio de Brito, Luaty Beirão e Albano Bingo Bingo, detidos no hospital-prisão São Paulo, deixam claro o seu entendimento de que nada do que foi apresentado em tribunal desde dia 16 os incrimina. “Só assistimos à exibição de supostas provas que não provam nada, que são: livros, vídeos feitos por agentes secretos infiltrados nos debates, actas e programas de curso forjados”, dizem sete dos 15 detidos desde Junho, acusados de quererem derrubar o Presidente, José Eduardo dos Santos. Há duas arguidas em liberdade. “Não acreditamos nas instituições angolanas sob controlo do grupo dominante, em especial os tribunais. Nunca tivemos a ingenuidade e a ilusão de esperar um julgamento conforme recomenda a civilização pós-moderna”, afirmam. O Tribunal Provincial de Luanda é acusado de estar a “desempenhar dupla função: acusação e arbitragem”. “Coloca-se claramente a favor do Ministério Público e em alguns momentos submete-se.” Um exemplo desse duplo papel foi, segundo os arguidos, a exibição de uma entrevista a Manuel Nito Alves, extraída do YouTube, por iniciativa do juiz. “Mesmo que tivéssemos cometido algum crime, o ordenamento jurídico angolano não permite a exibição desses meios como prova”, dizem na sua “tomada de posição”. Ontem prosseguiu a audição do quinto arguido, Afonso Matias, Mbanza Hamza. Na quinta-feira, em resposta à pergunta “Quem é o ditador?”, que tem sido colocada a todos os arguidos, respondeu: “O ditador é o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, há 36 anos no poder sem que nunca tenha sido nominalmente eleito.” PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 | 25 OZAN KOSE/AFP A vida em instantes na lente do Público Siga-nos no Instagram em @publico.pt Desfile #Storytailors 37º Portugal Fashion Miguel Manso /Público @mmanso#publicofoto #portugalfashion Manifestação em frente ao jornal Cumhuriyet contra a prisão do seu director Presidente Erdogan está em guerra contra os jornais: “Vão pagar caro” Turquia Clara Barata A posição ambígua turca face à guerra da Síria envenena a vida política. E está a liquidar a liberdade de imprensa O director do jornal turco Cumhuriyet, Can Dundar, e o responsável pela delegação em Ancara, Erdem Gül, foram presos e acusados de “espionagem” e “divulgação de segredos de Estado”, por terem publicado um vídeo em que, afirmavam, os serviços secretos turcos estavam a entregar armas aos jihadistas na Síria. Mas não são os únicos jornalistas turcos ameaçados com longas penas de prisão por afrontarem o Presidente Erdogan. Tratava-se de ajuda humanitária para a população turcomana na Síria, com a qual os turcos têm profundos laços étnicos, afirmou o Presidente Recep Tayyip Erdogan. Foi ele próprio que apresentou queixa contra Dundar e Gül. “Vão pagar caro”, assegurou. Dundar e Gül podem ser condenados à prisão perpétua pela manchete de 29 de Maio do Cumhuriyet, pouco antes das legislativas de Junho, acompanhada de um vídeo que mostrava armas e munições, escondidas sob caixas de medicamentos, a serem retiradas de camiões dos serviços secretos turcos (MTI). A queixa dizia que o jornal “participou nas acções” do imã Fethullah Gülen, o ex-aliado de Erdogan que se tornou seu inimigo, e cujos seguidores no sector judicial e na polícia iniciaram em Dezembro de 2013 uma série de investigações e processos por corrupção contra políticos e figuras próximas do poder — chegando até a um filho de Erdogan. Erdogan e o primeiro-ministro, Ahmet Davutoglu, começaram a usar a expressão “Estado paralelo” para se referirem à organização de Gülen — um termo com uma longa história na Turquia, referindo-se às ligações de militares e forças nacionalistas e de extrema-direita para cometer atentados. Hoje, há um mandado de captura e uma recompensa pela prisão de Gülen, que vive nos EUA. Dundar e Gül são acusados de pertencerem a “uma organização terrorista”. Ontem, houve manifestações de alguns milhares de pessoas em Istambul e Ancara por causa da prisão do director e editor do Cumhuriyet e condenações da embaixada dos EUA em Istambul e várias organizações internacionais. “A liberdade de expressão é um dos princípios fundamentais da UE”, lembrou uma porta-voz da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, citada pela AFP. “Como é que chegámos ao ponto de prender jornalistas que denunciam as irregularidades do poder sob o pretexto de que são segredos de Estado”, indignou-se em Istambul o ex-jornalista e hoje deputado Eren Erdem, citado pela AFP. Mas o Cumhuriyet não é o único jornal alvo da fúria de Erdogan. Vários outros media críticos do Governo — e próximos de Gülen — têm sido vítimas de uma enorme repressão. A Turquia nunca esteve em boa posição nos índices de liberdade de imprensa dos Repórteres Sem Fronteiras. Este ano está em 149, entre 180. Alguns exemplos: o director do jornal em inglês Today’s Zaman, Bülent Kenes, está a responder na justiça por “insultos ao Presidente” — uma figura que se tornou frequente desde que Erdogan assumiu o cargo — e pode ser condenado a oito anos de prisão. Ekrem Dumanli, director da versão turca, o Zaman, foi preso em 2014. No Hürriyet, um ex-director e actual colunista, Ertugrul Özkök, arrisca uma pena superior a cinco anos. Poucos dias antes das legislativas antecipadas de 1 de Novembro, em que o partido de Erdogan reconquistou a maioria absoluta, a polícia tirou do ar duas televisões do grupo KozaIpek, ligado a Gülen. Administradores judiciais tomaram conta do grupo e do jornal Millet, que fazia uma cobertura crítica da campanha, transformando-o num “megafone” dócil do Governo. E, RDAD E V A ER S OS DIZ S HISTORIA M E S S PUDÉ A BOA SE SÓ NDO PERDI O MU PERA DE IM S, N O O URS ÓRIA CONC BOAS HIST INHOS: O A C ER AM AR NÃO P E DE CONT ANTÓNIO R T R R AA O PO NTAD E :30 S E R ÀS 22 AP O R B VEM DE NO 8 2 A I ESTRE 26 | CULTURA | PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 Uma colecção à inglesa feita para mostrar poder CORTESIA: COLECÇÃO WENTWORTH-FITZWILLIAM Novas exposições no Museu Gulbenkian a partir de duas colecções — a do fundador e a de uma família de aristocratas britânica. Grandes mestres e o “gosto inglês”. Com muito retrato Exposições Lucinda Canelas Para entrar no espírito da nova exposição do Museu Gulbenkian é preciso imaginar uma típica casa de campo da aristocracia inglesa, com um ambiente ao género da que serve de cenário à série Downton Abbey. Portas pesadas, centenas de quartos, átrios grandiosos, salões carregados de tapeçarias e de reposteiros de veludo, pinturas espalhadas por toda a parte e dezenas de empregados. Tudo funcionando com o rigor que se exige a um relógio suíço da melhor qualidade. A propriedade a que nos referimos é Wentworth Woodhouse, a casa dos Wentworth-Fitzwilliam que, durante mais de 300 anos, guardou a grande colecção de arte que esta família tem vindo a reunir nos últimos quatro séculos, e da qual podem agora ver-se 56 obras em Lisboa. Deste conjunto, essencialmente retrato e paisagem, com um pequeno núcleo reservado aos temas religiosos e outro aos cavalos de George Stubbs, destacam-se nomes como Anton van Dyck, Canaletto, Claude Lorrain, Jan van Goyen, Quentin Massys, Joshua Reynolds, Hans Memling e Pieter de Hooch. A colecção Wentworth- Fitzwilliam, hoje nas mãos de lady Juliet Tadgell, uma mulher que parece preferir obras de temática religiosa, naturezas-mortas e a pintura do Norte da Europa, já não está em Wentworth Woodhouse, casa que a família vendeu só em 1989, mas onde já não vivia desde finais da década de 1940. Por hábito decora o edifício principal da propriedade que esta descendente de Thomas Wentworth — o homem que no século XVII dá início a esta que é uma das mais importantes colecções privadas do Reino Unido — mantém em Kent. Aos 80 anos, esta coleccionadora com um mestrado em Belas Artes pela Universidade de Oxford que passa temporadas em Lisboa na casa que comprou no Bairro Alto continua a enriquecer o acervo, que ao longo dos séculos perdeu algumas das suas estrelas, entre elas obras de Caravaggio, Giorgio Vasari, Lorenzo Lotto e do próprio George Stubbs, com des- taque para o monumental retrato de Whistlejacket, um famoso cavalo de corrida inglês de meados do século XVIII, que a National Gallery de Londres comprou em 1998. “Stubbs retrata cavalos como quem retrata pessoas. Há neles uma intensidade, um propósito, que nos deixa adivinhar a sua personalidade”, diz ao PÚBLICO Luísa Sampaio, a comissária de Wentworth-Fitzwilliam: Uma Colecção Inglesa (até 28 de Março), exposição que acaba de marcar a estreia da nova directora do Museu Gulbenkian, a britânica Penelope Curtis, numa conferência de imprensa da fundação. Curtis chegou há dez semanas, mas já falou em português. E para dizer que a sua presença nesta dupla inauguração — abriu ao mesmo tempo Calouste S. Gulbenkian e o Gosto Inglês, uma exposição que funciona em díptico com a da colecção de lady Tadgell — é uma “coincidência pura” (faz parte da programação do anterior director) e que isto do “gosto inglês” é coisa difícil de definir. “O que aqui temos é uma colecção que nos permite contar um pouco da história de Inglaterra”, explica Luísa Sampaio, partindo de “homens de poder desta família importante da aristocracia”. Van Dyck e o retrato É precisamente com um retrato de Thomas Wentworth (1593-1641) que a exposição abre. Nele se vê este que é o 1.º conde de Strafford de corpo inteiro e armadura, uma pintura que faz lembrar dois retratos de Ticiano, um de Carlos V e o outro do ainda príncipe Filipe de Espanha, filho deste imperador e de Isabel de Portugal. Estadista temido e com muitos inimigos (acabou decapitado), parlamentar influente e governador da Irlanda, é o homem a quem se deve o começo da colecção. Um começo auspicioso, já que encomenda várias obras ao pintor da corte de Carlos I, o flamengo Anton van Dyck, um dos maiores retratistas do século XVII. Além do retrato com armadura, a colecção inclui (encomendadas por ele ou não) outras pinturas deste artista do Norte, como aquela em que o conde aparece junto ao seu secretário Thomas Wentworth com o seu secretário num retrato de Van Dyck. Em baixo, livro de registo em que Gulbenkian anota as pinturas que compra e vende ou a da rainha Henriqueta Maria. É bem possível que Thomas Wentworth não tenha mandado retratar nenhuma das suas três mulheres, nem mesmo aquele que mais terá amado, Arabella. Sabe-se, no entanto, que mandou pin- tar um retrato dos três filhos que com ela teve, agora em Lisboa, e que terá recebido de uma amante, Lucy, condessa de Carlisle, uma pintura em que a aristocrata aparece de corpo inteiro, também de Van Dyck. “Todos estes retratos são de aparato, mandados fazer por alguém que tem consciência de que está a deixar obras para as gerações que se seguem”, acrescenta Sampaio, algo que, de certa forma, aproxima esta colecção da de Calouste Gulbenkian. Sampaio identifica mais três grandes momentos nesta colecção centenária. O segundo fica a cargo de Charles Watson-Wentworth (17301782), 2.º marquês de Rockingham e duas vezes primeiro-ministro, político de ideias liberais, que apoiou a causa dos colonos, procurando pôr fim ao envolvimento britânico na guerra da independência americana. Também um apaixonado por escultura — na exposição há um busto seu da autoria de Joseph Nollekens — e por corridas de cavalos, Watson-Wentworth torna-se mecenas de George Stubbs, a quem o historiador de arte David Ekserdjian PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 | CULTURA | 27 RUI SOARES se refere no catálogo como um “talento profundamente britânico”. William, 4.º conde de Fitzwilliam, herdou Wentworth Woodhouse e a colecção de arte do seu tio Charles. Liberal como ele, comprou para o acervo a paisagem do francês Claude Lorrain e fez questão de identificar grande parte das figuras que aparecem nas obras. O quarto e derradeiro “momento” que a comissária identifica é o actual, que se faz ao gosto de lady Juliet Tadgell, que comprou para a colecção obras como Cena de Interior (c. 16701675), de Pieter de Hooch, que evoca as atmosferas criadas pelo grande mestre da pintura de Delft, Johannes Vermeer. Juliet Tadgell é a única filha do 8.º conde de Fitzwilliam e Maud, a 7.ª condessa, presente na exposição num retrato de Philip de Laszlo, usando um vestido azul-alfazema, era sua avó. Wentworth Woodhouse foi a casa onde passou a infância. Nessa altura, anos 1930, provavelmente já não se distribuíam cestos de confetti aos convidados para que pudessem regressar ao seu quarto sem ajuda no final do serão. É que a casa dos avós de Tadgell tem duas vezes o tamanho do Palácio de Buckingham, qualquer coisa como oito quilómetros de corredores e mais de 300 quartos. Só o melhor Gulbenkian nunca viveu numa casa tão grande, mas as que escolheu em Paris e Londres estão intimamente ligadas ao acto de coleccionar, explica João Carvalho Dias, comissário de Calouste S. Gulbenkian e o Gosto Inglês. Dois dos núcleos mais interessantes desta pequena mostra são os dedicados às exposições londrinas da Colecção Gulbenkian. Na National Gallery (1936-1950) mostra “o que de melhor tem em pintura”, com os jornais a classificarem-na como “fabulosa” e a destacarem retratos de Rubens e Rembrandt, e no Museu Britânico (1936-48) expõe as peças egípcias. “É uma oportunidade que cria para proteger as obras da guerra (...), mas também para as legitimar e para mostrar que só coleccionava o melhor”, acrescenta João Carvalho Dias. A exigência de qualidade marca a colecção dos Wentworth- Fitzwilliam e a de Gulbenkian. Ambas têm sobretudo retrato e paisagem, mas enquanto a primeira foi reunida ao longo de quatro séculos e resulta do esforço de vários, a segunda foi feita em 60 anos e reflecte o gosto de apenas um. Calouste Gulbenkian também quis ter (pelo menos) um Van Dyck. E tem. O gin como remédio para os males do império Crítica de teatro O Animador Isabel Carlos não quis prestar declarações Directora do CAM da Gulbenkian sai no fim do ano Artes Vanessa Rato Isabel Carlos antecipa em um ano o fim do seu mandato no Centro de Arte Moderna sem prestar declarações Isabel Carlos, actual directora do Centro de Arte Moderna (CAM) da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, vai abandonar este cargo no próximo mês, antecipando em um ano o fim do seu mandato. A notícia foi avançada pela Lusa e depois confirmada ao PÚBLICO pela curadora, que recusou, no entanto, prestar declarações. É a segunda saída inesperada este ano na Gulbenkian, depois de, em Abril, António Pinto Ribeiro, director do programa Próximo Futuro, ter também deixado repentinamente a fundação. Pinto Ribeiro, que apenas dois meses antes fora apontado coordenador de todos os serviços artísticos da casa, acusou o conselho de administração de “autoritarismo” e de uma “programação fechada ao mundo”. A fundação, cuja responsável de comunicação, Elisabete Caramelo, se escusou ontem a tecer qualquer comentário, esperava que Isabel Carlos, de 52 anos, e que assumiu funções em 2009, mantivesse actividade até à reestruturação interna de 2017, momento em que o Centro de Arte Moderna e o Museu Gulbenkian criarão uma estrutura unificada e com apenas uma direcção: a cargo da britânica Penelope Curtis. Esta reestruturação foi anunciada em Novembro de 2014, quando a Gulbenkian abriu o concurso internacional em que Penolope Curtis, de 53 anos e vinda da direcção da Tate Britain, em Londres, foi escolhida. Em 2009, Isabel Carlos sucedeu a Jorge Molder, que ocupava o cargo desde 1994, e saiu no início daquele ano depois de ter pedido a reforma antecipada, por “motivos pessoais”. Antes, foi co-fundadora e subdirectora do Instituto de Arte Contemporânea do Ministério da Cultura, cargo que ocupou entre 1996 e 2001. Nessa qualidade, organizou as representações portuguesas na Bienal de Veneza de 2001 e na Bienal de São Paulo de 1996 e 1998, foi membro do júri da Bienal de Veneza em 2003, directora artística da Bienal de Sydney no ano seguinte, curadora do Pavilhão de Portugal na Bienal de Veneza de 2005 e curadora da 9.ª bienal de Sharjah, Emirados Árabes Unidos. Licenciada em Filosofia e mestre em Comunicação Social, crítica de arte desde 1991, foi assessora da área de exposições de Lisboa 94 — Capital Europeia da Cultura. Penelope Curtis, que é historiadora de arte, assumiu a direcção do Museu Gulbenkian em Setembro e, a partir de 2017, ficará à frente da nova estrutura museológica que se dedicará tanto às artes visuais como às decorativas. Nas suas atribuições, segundo o anúncio do concurso do ano passado, estará o desenho de uma programação de “exposições e actividades para atrair mais e diversificados públicos”. Curtis, que foi directora da Tate Britain entre 2010 e 2014, é especialista em escultura. Em Março, quando a notícia da sua vinda para Portugal foi tornada pública, fez saber que desejava “manter tudo o que é bom” no museu e “trabalhar para que este aproveite o seu potencial e o seu contexto, de uma forma mais abrangente, especialmente na relação com o Centro de Arte Moderna”. mmmMM de John Osborne. Teatro do Campo Alegre, 26 de Novembro. Casa cheia No fim dos anos 1960, o TEP viu a produção deste mesmo texto de John Osborne, O Animador, proibida pela censura. As referências ao fim do império de sua majestade e, em especial, à invasão do Egipto por militares israelitas, franceses e ingleses (a guerra do canal de Suez) não terão ajudado. Em Portugal, recorde-se, em 1966 havia mais de 75 mil combatentes em Angola, na Guiné e em Moçambique. Isso e muito mais que vem na peça era matéria suficiente para recusar o pedido de autorização. Quase 50 anos depois, o texto continua actual, como se costuma dizer. Não é que haja muitos portugueses em teatros de guerra. Mas o ar de fim de regime que a peça tem, e que passa tanto pela revolta contra o sistema de classes sociais no Reino Unido como pela mudança na forma de fazer teatro que acontece na década de 1950, ecoa no quotidiano deste pobre país periférico, o mais desigual da Europa, onde o teatro político tem revidado ultimamente. A versão de Rui Pina Coelho do texto escrito em 1957 por Osborne faz essas pontes entre o presente e o passado. As cores da bandeira britânica podem ser outras, mas ainda assim representam um país em estado de sítio. A personagem principal, Archie Rice, é um actor de segunda que faz números de music-hall e assume, na vida, o papel de um Don Juan pelintra que desafia as convenções sociais e qualquer tipo de autoridade, tentando seduzir não só as donzelas mas também os espectadores, e pondo-se fora da alçada da lei, em especial do Estado cobrador de impostos. Certamente não quer o número de contribuinte na factura quando vai comprar o gin para entreter as coristas. O formidável João Pedro Vaz é quem representa este rebelde que se faz consumir pelos excessos, mas mantém inabalável as suas convicções (poucas) e não se deixa subjugar por ninguém, muito menos pelos que ama. É aqui que entram as outras figuras desenhadas por Osborne e os desempenhos extraordinários de cada um dos actores, que representam sem esforço aparente e apresentam com pungência real os casos verdadeiros de Billy (António Júlio), Jean (Íris Cayatte), Phoebe (Maria do Céu Ribeiro) e Frank (Manuel Novais), cujos falhanços na vida revelam a respectiva humanidade e, desse modo, as fazem brilhar. A figura de Archie é o condutor destes fados, que são partilhados com os espectadores em cada fala, gesto e olhar, e cujos desdobramentos constituem o verdadeiro espectáculo, doenças do império à parte. O teatro assume a etiqueta de político quando é feito por artistas a viver em condições de precariedade, mas que ainda têm esperança de mudar o estado das coisas e alguma capacidade de revolta. Quando é feito por quem tem influência junto das instituições, ou se estabelece como entretenimento ou se apresenta como arte pela arte. E se incluir os desvalidos, claro, é dito comunitário. Porém, uma certa pose de protesto tornou-se indispensável para manter a reputação de todos os artistas, passando a fazer parte do espectáculo da fama, e tornando difícil distinguir o que é político do que é apenas poder. Esta peça mostra como não se deve confundir a hipocrisia com a indignação autêntica. Simplificações à parte, o texto é não só de protesto social como de revolta existencial perante a ordem do mundo. A encenação de Gonçalo Amorim, em estreito diálogo com o cenário de Catarina Barros, tenta desmontar os fingimentos do Poder ao mostrar os fingimentos de cada um. Jorge Louraço Figueira 28 | CULTURA | PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 A atitude e as vísceras do fado tocadas ao piano Os livros de fotografia por quem os faz MÁRCIA LESSA Música Gonçalo Frota Feira Sérgio B. Gomes Após gravar reportório de Amália Rodrigues, o pianista Júlio Resende regressa ao universo fadista com Fado & Further A Feira do Livro de Fotografia mudou-se para o Arquivo Municipal de Lisboa e tem novo formato Para o final dos concertos a solo em que aborda o reportório de Amália por Júlio Resende, primeiro álbum do pianista formado no jazz a mergulhar no universo do fado, Júlio Resende guarda sempre um momento de especial impacto emocional: à sua presença junta-se a voz de Amália Rodrigues, convocada tecnologicamente, para a interpretação de Medo. Mas houve uma noite em que “Amália não quis cantar”. Resende estava sozinho em palco, no auditório da Fundação Gulbenkian, sala esgotada, e a gravação não arrancou. Fez três sinais para a régie, esperou e apenas ouviu silêncio. Esse momento, rebaptizado Enfrentar o Medo, está documentado em Fado & Further, álbum ao vivo acabado de lançar e em que Resende aprofunda a ligação do seu piano ao reportório fadista. E foi escolhido como tema final precisamente porque na noite em que Amália se recusou a ser accionada pelo botão “play”, o pianista não tinha qualquer alternativa preparada. Pensou em parar ali, mas o concerto permaneceria inacabado. E então tocou o tema, pela primeira vez sem a voz a guiar-lhe as notas, num exercício de absoluta liberdade. “Este é o tema mais livre e mais temeroso que alguma vez fiz”, confessa ao PÚBLICO. Só que é também um espelho fiel da forma como Júlio Resende se tem acercado do fado, agarrando em melodias de fados tradicionais ou clássicos e improvisando em torno desses motivos. É exactamente por integrar “metamorfoses” constantes na sua interpretação em concerto que o músico escolheu publicar Fado & Further como um disco ao vivo, captado em várias salas, e contando com a participação da cantora Silvia Pérez Cruz, possivelmente a mais extraordinária voz espanhola da actualidade, em três temas. “Agrada-me mostrar esse caminho de cada canção, cheio de contingências, notas falhadas, com público, um som mais cru, toda essa viagem viva e não cristalizada pelo estúdio”, justifica. Aqui, assim como “Gosto de ser um pianista que toca fado”, diz Júlio Resende , aqui no Grande Auditório da Gulbenkian hoje no Centro Cultural de Belém, poder-se-ão perceber estes rumos possíveis da “composição instantânea”, como lhe chama, quando em palco o improviso leva a registos não planeados. Pérez Cruz, cantora em quem Resende identifica “uma centelha” e uma “força musical” que carregam consigo “a possibilidade de vir a ser a Amália que Espanha ainda não teve”, foi chamada na noite da Gulbenkian para cantar Lágrima (com poema de Amália), Cucurrucucu Paloma (que o pianista começou a tocar no México para exemplificar musicalmente a mesma ideia que aplica ao fado) e Pare Meu (do reportório da catalã), volta a subir ao palco com Resende no CCB. Desta vez, junta-se-lhes também Moreno Veloso, filho de Caetano e músico por direito próprio, numa escolha ainda mais surpreendente para uma noite a cambalear entre o jazz e o fado. se pode dizer numa só canção, num só momento. Se isso não estivesse de acordo comigo, não o fazia.” A sua certeza, aliás, é a de que esta órbita em torno do fado não é coisa de que possa simplesmente desligarse. A intenção de Júlio Resende é continuar a explorar estas pistas, da mesma maneira que abria o seu álbum de estreia, Da Alma (2007), com o tema Filhos da Revolução, Ninguém é uma ilha “uma reminiscência da canção de protesto”, que era já um primeiro indício de uma natural integração da música popular portuguesa no seu discurso pianístico. Foi depois o impulso para gravar a solo e a reflexão sobre que linguagem deveria explorar neste formato um pianista de jazz nascido em Portugal, com raízes na música portuguesa, a levá-lo até ao fado e, Fado & Further (qualquer coisa como fado e mais além) é um projecto motivado pela vontade de Júlio Resende aprofundar a sua ligação ao fado enquanto “história emocional”. “Está de acordo com aquilo que aprecio na música, porque o fado é uma música cheia de força, de silêncio, de atitude, de vísceras, de expulsar e expressar tudo o que Mesmo que o quisesse, hoje Júlio Resende já não seria capaz de voltar atrás e eliminar da sua linguagem musical a sombra permanente do fado em concreto, a Amália Rodrigues. “Amália por ser ela o símbolo perfeito do que é o fado em todo o seu esplendor”, justifica. “Agradou-me pegar em temas que toda a gente conhece e tocá-los nos tons dela”, mas afastando-se de interpretações quebradas por um excesso de respeito e pudor. A partir de agora, Amália será sobretudo uma figura tutelar e uma fonte de inspiração a que Júlio Resende pretende recorrer com frequência, mas até na apresentação de Fado Loucura / Sou do Fado fica claro que o seu mundo não se esgota aí. O tema foi dedicado em concerto a Carlos do Carmo e Bernardo Sassetti, em agradecimento ao “contributo de cada um deles” para a sua música e a sua vida. E o certo é que, mesmo que o quisesse, hoje Júlio Resende já não seria capaz de voltar atrás e eliminar da sua linguagem musical a sombra permanente do fado. Está claramente impressa no seu fraseado e manifesta-se sem que o possa agora controlar conscientemente. “Ninguém é uma ilha”, defende. “As influências são importantes e devem ser muito respeitadas. E é no meio delas que temos de saber ou tentar ir descobrindo quem somos.” No seu caso, essa identidade parece já razoavelmente definida: “Gosto de ser um pianista que toca fado”, resume. Tão simples quanto isto. Depois de cinco anos na Fábrica Braço de Prata, a Feira do Livro de Fotografia de Lisboa mudou-se ontem para uma casa mais familiar: o Arquivo fotográfico Municipal de Lisboa. A esta mudança junta-se um formato renovado, que terá nas edições de autor (e de pequena tiragem) e na exposição de maquetes um foco especial. Ao todo, haverá mais de 40 propostas de maquetas de fotolivros (“dummies”) de um grupo de fotógrafos e artistas que não se fecha na geração que está a sair dos cursos desta área de formação académica em Portugal. Na bancada de auto-edição, que ocupa um espaço central na sala na Rua da Palma, haverá mais de 80 obras. Esta visibilidade de trabalhos fotográficos que estão fora do circuito tradicional do livro naquela que é a única feira do género em Portugal “corresponde a uma vontade cada vez maior de arriscar” por parte dos autores, diz ao PÚBLICO o fotógrafo francês Fabrice Ziegler, o principal mentor desta feira. “Os fotógrafos em Portugal perderam o medo, decidiram arriscar mais, porque não encontram resposta no mercado livreiro instituído. Há um grupo alargado de pessoas a materializar projectos e a criar uma dinâmica muito interessante”, explica Ziegler, para quem “os autores serão o mais importante” dos dias em que dura a feira que, para além da venda de livros, apresenta um leque variado de iniciativas. Depois de no ano passado a atenção ter sido voltada para a Lituânia, os organizadores decidiram focar-se este ano na produção de fotolivros do Brasil, que será o país convidado. Serão mostradas as propostas de mais de 50 artistas e editoras. Ziegler explica a escolha deste destino com “uma produção de fotolivros de grande qualidade e em quantidade”. Segundo a organização, depois do fim da feira a maioria destes livros será doada à biblioteca do arquivo municipal, onde poderão ser consultados livremente. Hoje e amanhã, último dia da feira, a abertura é às 11h e o fecho às 19h. A entrada é livre. Limitado ao stock existente. A compra do produto implica a aquisição do jornal. para lá do arco-íris Dorothy Gale regressa ao fantástico mundo de Oz para ajudar os seus velhos amigos Espantalho, Leão e Homem de Lata a livrarem-se das terríveis intenções de Bobo, um vilão maléfico que deseja comandar Oz. Na sua companhia e com a ajuda preciosa de novos aliados, lutarão juntos para restaurar a ordem e a felicidade na Cidade Esmeralda. Viva a aventura mágica de Oz com a sua família, num filme de animação que dá continuidade à história do Feiticeiro de Oz. SUGESTÃO DE NATAL PARA OS MAIS PEQUENOS +10,99€ SÁBADO, 5 DEZ COM O PÚBLICO 30 CLASSIFICADOS PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 BARBARA, ESTUDANTE Elegante, 1ª Vez, 20A, linda. Atende só16/21h. Espaço perfeito. Telm.: 963 989 488 GRUPO AFINIDADES FACEBOOKJantar Natal 5/12. Inscrição até 30/11. Traga amigos (as). Lx. Telm.:934 108 152 SENHORA 49A Super discreta, atende com máxima discrição de 2ª a sáb. Telm.: 964 256 319 VENDE-SE CASA - EVORAMONTE (ESTREMOZ) Insolvência de Joaquim B. S. Lima e outro Proc. N.º 146/12.2TBETZ Estremoz - Instância Local - Secção Comp. Genérica - J1 Comarca de Évora Vai o Administrador da Insolvência, no supra-referido processo, proceder à venda nos termos que abaixo se explanam, do bem imóvel que adiante se especifica, no estado físico e jurídico em que se encontra e que é o seguinte: Prédio urbano sito na Freguesia de Evoramonte do Concelho de Estremoz, sito na R. Corredoura ou Praça dos Aviadores, s/n, destinado a habitação, descrito na Conservatória do Registo Predial de Estremoz na Ficha 310, da respectiva Freguesia e inscrito na matriz predial sob o Art.º 412; Valor mínimo: € 35.375,00€ Qualquer interessado que pretenda visitar o prédio poderá contactar, para o efeito, o Senhor Administrador da Insolvência, Telf. 213529109. As propostas deverão ser formuladas por escrito, em carta registada dirigida a “Insolvência de Joaquim B. Silva Lima e outro”, Av. Conde de Valbom, n.º 1 Escritório B, 1050-066 Lisboa, até ao dia 16 de Dezembro de 2015 e deverão conter a identificação completa do proponente, acompanhadas de fotocópias do bilhete de identidade e cartão de contribuinte fiscal e/ou certidão comercial da empresa, bem como cheque caução no valor de 10% da proposta efectuada. O Administrador da Insolvência e o Credor Hipotecário, no dia 22 de Dezembro de 2015, pelas 11 horas e na indicada morada, apreciarão as ofertas apresentadas, reservando-se o direito de não aceitaras propostas recebidas que não atinjam o valor mínimo; Caso existam propostas de igual valor será aberta licitação entre os proponentes. T. 210 111 010 O Administrador Público, 28/11/2015 - 2.ª Pub. Insolvência de “Planotagus - Sociedade Imobiliária, Lda.” Processo n.º 16395/15.9T8LSB na Comarca de Lisboa, Lisboa - Inst. Central - 1.ª Sec. Comércio - J1 Insolvência de “Companhia Elvense de Moagens a Vapor, S.A.” Processo n.º 478/14.5T8PTG na Inst. Central - Sec. Cível e Criminal - J3 de Portalegre, da Comarca de Portalegre Por determinação do Exmo. Administrador de Insolvência proceder-se-á à venda através de proposta por carta fechada, do bem que a seguir se identifica: Verba Única: Prédio urbano sito na Rua Antero de Quental, n.ºs 43-4547-49-51-53 e Rua Renato Batista, n.º 94, Freguesia de Anjos, descrito na Conservatória do Registo Predial de Lisboa com o n.º 889, inscrito na matriz sob o artigo 3072, com o valor base de € 1.770.071,06 REGULAMENTO: 1 - Serão consideradas as propostas de valor não inferior a 85% do supraindicado, recebidas, em envelope fechado, até às 17 horas do dia 09 de Dezembro de 2015. 2 - A abertura das propostas será efectuada imediatamente após a hora indicada no número anterior. 3 - Os envelopes contendo as propostas deverão ter a indicação na frente “Proposta de compra por carta fechada – Insolvência de Planotagus - Sociedade Imobiliária, Lda. – Proc. 16395/15.9T8LSB”, deverão ser acompanhadas de um cheque/caução de 5% do valor proposto, à ordem da massa insolvente, e ser enviadas para o Administrador de Insolvência: Dr. Pedro Ortins de Bettencourt, Praceta Aldegalega, n.º 21, R/C Esq.º - 2870-239 Montijo 4 - As propostas deverão conter: nome ou denominação do proponente; morada; número de contribuinte; representante, em caso de pessoa colectiva, indicação de telefone e/ou email de contacto e valor oferecido por extenso. 5 - Os imóveis serão vendidos no estado físico e jurídico em que se encontram, livres de ónus e encargos, sendo da responsabilidade do comprador todos os custos relacionados com a venda. 6 - A aceitação ou não aceitação da proposta será comunicada ao proponente de maior valor no prazo máximo de 30 dias após a abertura de propostas 7 - A escritura notarial será efectuada em data e hora a avisar ao comprador com a antecedência mínima de 15 dias. 8 - Se não for possível realizar a escritura na data fixada, por razões inerentes ao comprador, este perderá o sinal já entregue e atrás referido. 9 - Se por motivos alheios à vontade do Administrador de Insolvência, nomeadamente exercício do direito de remissão ou de preferência, decisão de Comissão de Credores ou decisão judicial, a venda for considerada sem efeito, as quantias recebidas serão devolvidas em singelo. Esclarecimentos adicionais poderão ser prestados pelo Administrador de Insolvência, através do endereço de correio electrónico: pob.pob.aj@ gmail.com Por determinação do Exmo. Administrador de Insolvência, procederse-á à venda por negociação particular, dos bens que a seguir se identificam: Verba Um: Prédio urbano, destinado a armazéns e actividade industrial, com 3 pisos e 37 divisões, sito na Rua dos Falcatos, n.º 5 a 5ª, Rua dos Arcos n.º 17 A E Beco do Pintor em Elvas descrito na Conservatória de Registo Predial de Elvas com o n.º 691 inscrito na matriz da freguesia de Caia, São Pedro e Alcáçova sob o artigo 424, antigo artigo 687 da extinta freguesia de Alcaçova, com o valor-base de € 200.000,00 Verba Dois: Prédio urbano constituído pela 2.ª Moradia composta por R/C e 1.º andar, situado em Fontainhas em Elvas, descrito na Conservatória de Registo Predial de Elvas com o n.º 202 inscrito na matriz da freguesia de Caia, São Pedro e Alcáçova sob o artigo 1744, antigo artigo 1278 da extinta freguesia de Caia e S. Pedro, com o valor-base de € 14.229,00 Nota - Em relação à verba 2 existe contrato de arrendamento. Os interessados deverão manifestar por escrito o seu interesse com indicação de nome ou denominação do proponente/interessado; morada; número de contribuinte; representante, em caso de pessoa colectiva, indicação de telefone e/ou email de contacto e valor oferecido por extenso, se for o caso, até às 17 horas do dia 09 de Dezembro de 2015, a qual deverá ser enviada para o Administrador de Insolvência: Dr. Pedro Ortins de Bettencourt, Praceta Aldegalega, n.º 21, R/C Esq.º 2870-239 Montijo O imóvel será vendido no estado físico e jurídico em que se encontra, livres de ónus e encargos, sendo da responsabilidade do comprador todos os custos relacionados com a venda. A escritura notarial será efectuada em data e hora a avisar ao comprador c/ a antecedência mínima de 15 dias. Esclarecimentos adicionais poderão ser prestados pelo Administrador de Insolvência, através do endereço de correio electrónico: pob. [email protected] Público, 28/11/2015 Público, 28/11/2015 www.alzheimerportugal.org COMARCA DE LISBOA OESTE Sintra - Inst. Central - 1.ª Secção de Execução - J3 LUÍS FILIPE CARVALHO Agente de Execução Cédula 2486 Processo: 25829/10.8T2SNT Credor(es): Ministério Público e outros Eexecutado(s): Maria Nascimento Fortes Cuino e outros Data: 25/11/2015 - Documento: kJ6Mx3wTNDy Referência interna do processo: PE/4179/2010 ANÚNCIO Nos autos acima identificados, encontra-se designado o dia dezoito de Fevereiro de 2016, pelas catorze horas, na Comarca de Lisboa Oeste - Sintra - Inst. Central, para a abertura de propostas, que até esse momento sejam entregues na 1.ª Secção de Execução - J3, pelos interessados na compra do seguinte bem: Fração autónoma designada pela letra G, correspondente ao 2.º andar A, destinado a habitação do prédio urbano sito na Av.ª do Brasil, n.º 98-A, 98-B e 98-C da União das freguesias do Cacém e S. Marcos, concelho de Sintra, descrito na Conservatória do Registo Predial de Agualva-Cacém sob o n.º 224 da freguesia de S. Marcos e inscrito na matriz sob o artigo 1744 da União das Freguesias do Cacém e S. Marcos. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer. Valor a anunciar para a venda: 68.902,41 Euros (Sessenta e Oito Mil Novecentos e Dois Euros e Quarenta e Um Cêntimos). São fiéis depositários os Executados, Cândido Nelson Landim da Mata e Maria Nascimento Fortes Cuino, obrigados a mostrar o bem a quem pretenda examiná-lo, mas podem fixar as horas em que, durante o dia, facultarão a inspeção, tornando-as conhecidas do público por qualquer meio. Adverte-se ainda que junto com a proposta a apresentar deverá ser junto cheque visado, com 5% do valor anunciado para a venda. 25/11/2015 O Agente de Execução - Luís Filipe Carvalho Rua Braamcamp, 52, 7.º - 1250-051 Lisboa Tel. 213807430/9 Fax 213872129 - Email: [email protected] Público, 28/11/2015 - 2.ª Pub. EMPREGO PESQUISE INSCREVA-SE EM EMPREGO.PUBLICO.PT EMPREGO AQUI EM PARCERIA COM A ALZHEIMER PORTUGAL é uma Instituição Particular de Solidariedade Social fundada em 1988. É a única organização em Portugal especificamente constituída para promover a qualidade de vida das pessoas com demência e dos seus familiares e cuidadores. A ALZHEIMER PORTUGAL apoia as Pessoas com Demência e as suas Famílias através de uma equipa multidisciplinar de profissionais, com experiência na Doença de Alzheimer. Os serviços prestados pela ALZHEIMER PORTUGAL incluem Informação sobre a doença, Formação para cuidadores formais e informais, Apoio Domiciliário, Centros de Dia, Apoio Social e Psicológico e Consultas Médicas de Especialidade. Contactos: Sede: Av. de Ceuta Norte, Lote 15, Piso 3, Quinta do Loureiro, 1300-125 Lisboa - Tel.: 21 361 04 60/8 - E-mail: [email protected] • Centro de Dia Prof. Dr. Carlos Garcia: Av. de Ceuta Norte, Lote 1, Loja 1 e 2 - Quinta do Loureiro, 1350-410 Lisboa - Tel.: 21 360 93 00 • Lar e Centro de Dia “Casa do Alecrim”: Rua Joaquim Miguel Serra Moura, n.º 256 - Alapraia, 2765-029 Estoril - Tel. 214 525 145 - E-mail: [email protected] • Delegação Norte: Centro de Dia “Memória de Mim” - Rua do Farol Nascente n.º 47A R/C, 4455-301 Lavra - Tel. 229 260 912 | 226 066 863 - E-mail: [email protected] • Delegação Centro: Urb. Casal Galego - Rua Raul Testa Fortunato n.º 17, 3100-523 Pombal - Tel. 236 219 469 - E-mail: [email protected] • Delegação da Madeira: Avenida do Colégio Militar, Complexo Habitacional da Nazaré, Cave do Bloco 21 - Sala E, 9000-135 FUNCHAL - Tel. 291 772 021 - E-mail: [email protected] • Núcleo do Ribatejo: R. Dom Gonçalo da Silveira n.º 31-A, 2080-114 Almeirim - Tel. 24 300 00 87 - E-mail: [email protected] • Núcleo de Aveiro: Santa Casa da Misericórdia de Aveiro - Complexo Social da Quinta da Moita - Oliveirinha, 3810 Aveiro - Tel. 23 494 04 80 - E-mail: [email protected] COLECÇÃO BERNARD PRINCE A AVENTURA EM MANHATTAN REGRESSOU A PORTUGAL Vol. 4 Aventura em Manhattan Na primeira história deste álbum, o Cormoran é arrestado no âmbito de uma investigação policial. Barney, que está em NY, recebe uma proposta: fazer-se passar, a troco de uma recompensa choruda, por um magnata da Boslávia. Aceitam a “encomenda”. O problema é que entram em cena dois jornalistas abelhudos e um concorrente desonesto do boslavo. Na segunda história, Miss Moran, filha de um milionário, chega ao Cormoran e pede para a levarem para Honolulu. +5,40€ QUARTA, 2 DEZ COM O PÚBLICO Colecção de 12 volumes. PVP unitário 5,40€. Preço total da colecção 64,80€. Periodicidade semanal à quarta-feira, entre 11 de Novembro de 2015 e 27 de Janeiro de 2016. Stock limitado. A aquisição do producto implica a compra do jornal. AREEIRO Menina 28A, morena, depilada, mto atraente, belas curvas. Ligue-me! Telm.: 962 623 142 Copyright © ÉDITIONS DU LOMBARD (DARGAUD-LOMBARD S.A.) 2015, by Hermann, Greg, Dany. Mensagens Tel. 21 011 10 10/20 Fax 21 011 10 30 Edif. Diogo Cão, Doca de Alcântara Norte, De seg a sex das 09H às 19H 1350-352 Lisboa Sábado 11H às 17H [email protected] PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 CLASSIFICADOS 31 CONHEÇA AS NOSSAS COLECÇÕES DE MÚSICA, LITERATURA, CINEMA, BANDA DESENHADA, HISTÓRIA E VINHOS MAIS INFORMAÇÕES: loja.publico.pt | 210 111 010 COMARCA DE SANTARÉM Público, 28/11/2015 Público, 28/11/2015 CARTA FECHADA CARTA FECHADA Por determinação do Exmo. Sr. Dr. Administrador da Insolvência, vamos proceder à venda extrajudicial, com apresentação de propostas em carta fechada, do bem a seguir identificado: Por determinação do Exmo. Sr. Dr. Administrador da Insolvência, vamos proceder à venda extrajudicial, com apresentação de propostas em carta fechada, dos bens a seguir identificados: Entroncamento - Inst. Central - Secção de Execução - J2 REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Consulado-Geral do Brasil em Lisboa EDITAL DE CASAMENTO Rosa Maria de Vassimon Brandão, ViceCônsul do Brasil em Lisboa, usando das atribuições que lhe confere o Art.º 18.º da Lei de Introdução ao Código Civil, faz saber que pretendem casar Antônio Gomes Fernandes, natural de Fátima do Sul, Mato Grosso do Sul, Brasil, nascido a 10/03/1964, residente e domiciliado na Av. Américo Ferrer Lopes, n.º 1, 2A Queluz Lisboa, Lisboa, Portugal, Código Postal: 2745-714, nesta jurisdição consular, filho de João Fernandes da Silva e de Maria Gomes Fernandes e Eliane Beatriz de Jesus, natural de Goiânia, Goiás, Brasil, nascida a 22/05/1975, residente e domiciliada na Av. Américo Ferrer Lopes, n.º 1, 2A Queluz Lisboa, Lisboa, Portugal, Código Postal: 2745714, nesta jurisdição consular, filha de Madalena Maria de Jesus. Apresentaram os documentos exigidos pelo Art.º 1.525 do Código Civil. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da Lei. Lavrado o presente para ser afixado em lugar visível da Chancelaria deste Consulado-Geral. Mônica Sodré da Hora Oficial de Registro Civil “ad-hoc” HELENA CHAGAS Agente de Execução Cédula 2621 Processo: 168/14.9T8ENT Exequente: Caixa Geral de Depósitos, S.A. Executados: Rui Jorge Nunes Carvalho e Maria Margarida Lopes Ferreira Moreira ANÚNCIO Venda mediante propostas em carta fechada Nos autos acima identificados, encontra-se designado o dia 16 de Dezembro de 2015, pelas 10:00 horas, neste Tribunal para a abertura de propostas, que até esse momento sejam entregues na referida Comarca de Santarém, Entroncamento - Inst. Central Secção de Execução - J2, pelos interessados na compra do seguinte imóvel (relativamente à 1/2 (metade) titularidade do executado Rui Jorge Nunes Carvalho); Fracção autónoma designada pela letra A, correspondente ao rés-dochão esquerdo, destinado a habitação, do prédio urbano em sito Almeirim, denominado Milheiras, Cerrado ou Charneca de Almeirim, Lote 121, freguesia e concelho de Almeirim, descrito na Conservatória do Registo Predial de Almeirim sob o n.º 5238/20070615 A, da freguesia de Almeirim, e inscrito na respectiva matriz predial urbana, sob o n.º 8649 O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer, igual ou superior a 85% do valor-base de 40.000,00 euros (quarenta mil euros), ou seja, 34.000,00 (trinta e quatro mil euros). É fiel depositário o executado Rui Jorge Nunes Carvalho, que a pedido deve mostrar o bem. O(s) proponente(s) deve(m) juntar à sua proposta, como caução, cheque visado, à ordem da Agente de Execução, no montante correspondente a 5% do valor anunciado para a venda. A Agente de Execução Helena Chagas Rua Alberto Serpa, 19-A 2855-126 St.ª Marta do Pinhal Tel.: 212532702 Fax.: 212552353 E-mail: [email protected] Público, 28/11/2015 - 1.ª Pub. COMARCA DE ÉVORA Montemor-o-Novo - Inst. Central - Sec. Execução - J1 LUÍS FILIPE CARVALHO Agente de Execução Cédula 2486 EDIFÍCIO DIOGO CÃO DOCA DE ALCÂNTARA NORTE, LISBOA (JUNTO AO MUSEU DO ORIENTE) HORÁRIO: 2.ª – 6.ª FEIRA: 9H – 19H SÁBADO: 11H – 17H CENTRO COMERCIAL COLOMBO AVENIDA DAS ÍNDIAS (PISO 0, JUNTO À PRAÇA CENTRAL) HORÁRIO: 2.ª FEIRA – DOMINGO: 10H – 24H INFO: 210 111 010 Processo: 422/09.1TBMMN Exequente(s): NOVO BANCO, S.A. e outros Eexecutado(s): Maria Filomena Salgueiro e outros Data: 18/11/2015 - Documento: vbE7zGnfZNg3 Referência interna do processo: PE/2326/2009 ANÚNCIO Nos autos acima identificados, encontra-se designado o dia quinze de Dezembro de dois mil e quinze, pelas onze horas e trinta minutos, na Comarca de Évora Montemor-o-Novo - Inst. Central, para a abertura de propostas, que até esse momento sejam entregues na Secção de Execução - J1 pelos interessados na compra do seguinte bem: - Prédio misto composto por cultura arvorense no qual se encontra construído um prédio urbano de rés-do-chão, sito na freguesia da Nossa Senhora da Vila, Concelho de Montemor-o-Novo, descrito na Conservatória do Registo Predial de Montemor-oNovo sob o n.º 1109 e inscrito na matriz sob o artigo urbano 2986 e o artigo rústico 246, secção Q, da freguesia de Nossa Senhora da Vila, actual artigo urbano 3001 e artigo rústico 246, secção Q da União de Freguesias de Nossa Senhora da Vila, Nossa Senhora do Bispo e Silveira. O bem será adjudicado a quem melhor preço oferecer. Valor a anunciar para a venda: 106.389,40 Euros (Cento e Seis Mil Trezentos e Oitenta e Nove Euros e Quarenta Cêntimos). São fiéis depositários os Executados, Paulo Jorge da Graça Rodrigues Salgueiro e Maria Filomena Salgueiro, obrigados a mostrar o bem a quem pretenda examiná-lo, mas podem fixar as horas em que, durante o dia, facultará a inspeção, tornando-as conhecidas do público por qualquer meio. Adverte-se ainda que junto com a proposta a apresentar deverá ser junto cheque visado, com 5% do valor anunciado para a venda. 18/11/2015 O Agente de Execução - Luís Filipe Carvalho Rua Braamcamp, 52, 7.º - 1250-051 Lisboa Tel. 213807430/9 Fax 213872129 - Email: [email protected] INSOLVÊNCIA DE PLANIVALE - ESC. E ALUG. DE EQUIPAMENTOS, LDA. Comarca de Lisboa, Lisboa - Instância Central - 1.ª Secção de Comércio - J5 - Proc. 322/14.3TYLSB INSOLVÊNCIA DE O.2 - TRATAMENTOS LIMPEZA AMBIENTAIS, S.A. Comarca de Viseu, Viseu - Instância Central - Secção de Comércio - J2 - Proc. 287/12.6TBNLS-I BEM IMÓVEL BENS IMÓVEIS Verba 1: Prédio urbano sito em Chão de Impares, Mira de Aire, Porto de Mós, composto por terreno urbano composto de rocha e mato, inscrito na matriz predial urbana sob o n.º 2368 e descrito na CRP de Porto de Mós sob o n.º 118/19860515. Valor mínimo: 2.500,00€. Verba 2: Prédio rústico, sito em Tapada, Cantanhede, composto por terreno de pinhal e mato, inscrito na matriz rústica n.º 15792 e descrito na CRCPA de Cantanhede sob o n.º 8259/20010720. Valor mínimo: 314,50€ Verba 3: Prédio rústico, sito em Tapada, Cantanhede, composto por terreno de mato, inscrito na matriz rústica n.º 15789 e descrito na CRCPA de Cantanhede sob o n.º 8260/20010720. Valor mínimo: 314,50€ REGULAMENTO 1. Os interessados deverão remeter sob pena de anulação as propostas em carta fechada até ao dia 11.12.2015 e dirigidas à Leiloeira do Lena. 2. As propostas terão de conter: Identificação do proponente (nome ou denominação social, morada, n.º contribuinte, telefone, fax e email); valor oferecido por extenso e o envelope no exterior deve identificar o nome e processo. 3. A proposta tem de vir acompanhada de cheque de 20% de sinal, valor da nossa comissão e o respectivo IVA. 4. A adjudicação será feita à proposta de maior valor e após parecer favorável do Administrador da Insolvência. 5. As propostas serão abertas no dia 16.12.2015 às 14h na sede da Leiloeira do Lena, Urb. Planalto, Lote 36, r/c Dt.º, Leiria e desde que exista mais do que um proponente, com propostas válidas de igual valor, os mesmos estão convidados a comparecer pessoalmente ou representados no dia da abertura das propostas acima indicado para licitarem entre si. 6. O imóvel é vendido no estado físico e jurídico em que se encontra. 7. Será pago como sinal 20% no acto da adjudicação do imóvel e os restantes 80% no dia da escritura. 8. Ao valor da venda é acrescido a comissão de 5% e respectivo IVA referente aos serviços prestados pela Leiloeira do Lena, pagos com a adjudicação. REGULAMENTO 1. Os interessados deverão remeter sob pena de anulação as propostas em carta fechada até ao dia 11.12.2015 e dirigidas à Leiloeira do Lena. 2. As propostas terão de conter: Identificação do proponente (nome ou denominação social, morada, n.º contribuinte, telefone, fax e email); valor oferecido por extenso e o envelope no exterior deve identificar o nome e processo. 3. A proposta tem de vir acompanhada de cheque de 20% de sinal, valor da nossa comissão e o respectivo IVA. 4. A adjudicação será feita à proposta de maior valor e após parecer favorável do Administrador da Insolvência. 5. As propostas serão abertas no dia 16.12.2015 às 14h na sede da Leiloeira do Lena, Urb. Planalto, Lote 36 r/c Dt.º, Leiria e desde que exista mais do que um proponente, com propostas válidas de igual valor, os mesmos estão convidados a comparecer pessoalmente ou representados no dia da abertura das propostas acima indicado para licitarem entre si. 6. Os imóveis são vendidos no estado físico e jurídico em que se encontram. 7. Será pago como sinal 20% no acto da adjudicação do imóvel e os restantes 80% no dia da escritura. 8. Ao valor da venda é acrescido a comissão de 5% e respectivo IVA referente aos serviços prestados pela Leiloeira do Lena, pagos com a adjudicação. INFORMAÇÕES: tel: 244 822 230 / fax: 244 822 170 Rua do Vale Sepal Lote 36, r/c Dt.º Urb. Planalto 2415-395 LEIRIA Siga-nos no facebook E-mail: [email protected] Site: www.leiloeiradolena.com INFORMAÇÕES: tel: 244 822 230 / fax: 244 822 170 Rua do Vale Sepal Lote 36, r/c Dt.º Urb. Planalto 2415-395 LEIRIA Siga-nos no facebook E-mail: [email protected] Site: www.leiloeiradolena.com Público, 28/11/2015 - 2.ª Pub. DR. JOSÉ VASCO RAMALHO DE AZEVEDO VAZ BRAVO FALECEU Sua Família participa o seu falecimento e que o seu corpo se encontrará em câmara ardente hoje, dia 28, a partir das 18.00 horas, nas Capelas Exequiais de São João de Deus (Praça de Londres). O funeral realiza-se amanhã, dia 29, às 13.00 horas para o Cemitério dos Olivais. Será celebrada Missa de Corpo Presente às 12.30 horas. Agência Funerária Magno - Alvalade Servilusa - Número Verde Grátis 800 204 222 Serviço Funerário Permanente 24 Horas JOÃO MENDONÇA (Médico - Ortopedista) FALECEU Suas Filhas e demais Família participam o falecimento. O funeral realiza-se amanhã, Domingo, dia 29, às 15.00 horas saindo da Igreja do Campo Grande para o Cemitério do Alto de São João, antecedido de Missa de Corpo Presente. Agência Funerária Magno - Alvalade Servilusa - Número Verde Grátis 800 204 222 Serviço Funerário Permanente 24 Horas JOÃO MEXIA DE ALMEIDA FALECEU A Família participa o falecimento de seu marido, pai, avô e amigo, querido e adorado por todos, uma força de vida e exemplo de fé e união. Será celebrada Missa de Corpo Presente hoje, sábado, pelas 13.30 horas na Igreja de Santo António do Estoril, seguindo-se o funeral para Jazigo de Família no Cemitério dos Prazeres. Agência Funerária Magno - Cascais Servilusa - Número Verde Grátis 800 204 222 Serviço Funerário Permanente 24 Horas 32 | PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 FICAR Os mais vistos da TV Quinta-feira, 26 % Aud. Share A Única Mulher II Coração d’Ouro Jornal da Noite Jornal das 8 Futebol - Liga Europa TVI 14,6 SIC 13,8 SIC 12,5 TVI 11,6 SIC 11,1 30,7 29,0 25,7 23,9 31,1 FONTE: CAEM RTP1 RTP2 SIC TVI Cabo 14,1% % 1,9 21,6 22,4 29,6 CINEMA Tu, Que Vives Título original: Du Levande De: Roy Andersson Com: Elisabet Helander, Jugge Nohall, Jan Wikblad, Björn Englund, Birgitta Persson, Lennart Eriksson, Jessika Lundberg, Eric Bäckman DIN/JAP/FRA/NOR/SUE/ALE, 2007, 89 min. TVC2, 22h00 Segundo capítulo da Trilogia dos Vivos do sueco Roy Andersson, integrado num especial que o TVCine dedica a um dos maiores realizadores de culto do cinema europeu. Depois de Canções do Segundo Andar (2000), numa comédia dura e existencialista, o cineasta apresenta 57 pequenos episódios tragicómicos sobre o quotidiano de homens e mulheres comuns, um pouco por todo o mundo, revelando os seus desejos e ambições, misérias e desgostos, grandeza e mesquinhez. Uma comédia definida como trágica pelo próprio autor, conhecido por reflectir sobre os males do mundo através da caricatura à sociedade levada aos limites do absurdo. A trilogia de Andersson acabaria só em 2014, ano em que Um Pombo Pousou Num Ramo a Reflectir na Existência chegou ao público. Cloud 9: Desafio Final [Cloud 9] SIC, 15h15 Telefilme original do Disney Channel que conta a história de dois amigos improváveis: Kayla Morgan (Dove Cameron), uma atleta de snowboard que foi afastada da sua equipa; e Will Cloud (Luke Benward), um ex-campeão de snowboard que viu a sua carreira acabar depois de uma queda. Os dois conhecemse por acaso, quando Kayla se vê obrigada a trabalhar numa loja de animais que pertence à mãe de Will. Em troca da ajuda na reformulação da loja, Kayla convence Will a treiná-la. À medida que o treino e a amizade se desenvolvem, Kayla esforça-se também por convencer Will a voltar a ser um campeão. Meninas de Calendário [Calendar Girls] Hollywood, 20h25 Chris e Annie são amigas de longa data, apesar de serem muito diferentes. As duas vivem numa Tu, Que Vives pequena cidade, mas as suas vidas pacatas são perturbadas quando o marido de Annie descobre que sofre de leucemia. Chris resolve então angariar dinheiro para o hospital local e, para isso, fazer um calendário com fotografias de mulheres executando tarefas tradicionais como tricotar ou cozinhar. Mas decide fazer algo de muito radical: propõe que as mulheres estejam nuas. Num ápice, a iniciativa de Chris aparece em primeiras páginas de jornais e em talk shows. Uma Senhora Herança [My Old Lady] TVC1, 21h30 Nascido e criado em Nova Iorque (EUA), Mathias Gold (Kevin Kline) está praticamente na bancarrota. A luz ao fundo do túnel surge quando descobre que o falecido pai lhe deixou de herança um apartamento em pleno centro de Paris (França). Determinado a começar uma nova vida com a pequena fortuna que lhe renderá a venda do imóvel, gasta os seus últimos tostões num bilhete de avião e segue viagem até à Cidade-Luz. O problema surge quando percebe que na casa vivem duas inquilinas muito peculiares: Mathilde Girard (Maggie Smith), uma senhora 90 anos “sem papas na língua”, e a sua filha, Chloé (Kristin Scott Thomas). Nanny McPhee e o Toque de Magia [Nanny McPhee and the Big Bang] Syfy, 22h10 Nanny McPhee (Emma Thompson), a ama de aparência estranha e poderes mágicos, regressa para ajudar as famílias desamparadas e com problemas de disciplina. Nesta aventura quem precisa de ajuda é a família de Mrs. Isabel Green (Maggie Gyllenhall), uma jovem que luta arduamente para administrar a quinta da família, enquanto o marido está na guerra. Nanny McPhee descobre que os filhos de Mrs. Green vivem uma luta diária contra os dois primos malcriados e insolentes que recentemente se mudaram para a quinta. De Susanna White, com argumento da actriz Emma Thompson, adaptado das histórias juvenis de Nurse Matilda, de Christianna Brand. A Linguagem do Coração [Marie Heurtin] TVC3, 22h30 França, final do século XIX. Cega, surda e muda de nascença, a jovem Marie é incapaz de comunicar com o mundo. Aos 14 anos, e depois de uma existência fechada sobre si mesma, é enviada para Instituto Larnay, perto de Poitiers, onde um grupo de freiras cuida de jovens com deficiência auditiva. Lá, ela vai conhecer a jovem irmã Marguerite, que decide dedicar-lhe todo o amor e atenção. Juntas vão encontrar uma forma de comunicar que libertará a pequena Marie da “escuridão” de onde nunca tinha sido capaz de sair. De Jean-Pierre Améris. Deuses e Generais [Gods and Generals] RTP1, 00h21 Baseado no best-seller que integra a trilogia sobre a Guerra Civil Americana de Jerry M. Shaara, Deuses e Generais retrata as vidas, paixões e carreiras de grandes líderes militares, como Thomas “Stonewall” Jackson, desde a essência do conflito que dividiu a nação, colocando em oposição os estados americanos do Norte e do Sul. Realizado, em 2003, por Ronald F. Maxwell, é a prequela do clássico Gettysburg (1993), e segue a ascensão e queda do lendário herói de guerra que conduziu a Confederação à vitória contra a União, entre 1861 e 1863. Cinco [Five] SIC, 2h00 Antologia de cinco curtasmetragens que exploram o impacto do cancro da mama na vida das pessoas. Com a particularidade de ser dirigido pelas actrizes Jennifer Aniston, Demi Moore, a cantora Alicia Keys e as realizadoras Patty Jenkins e Penelope Spheeris, Cinco explora, com algum humor, as diferentes fases relacionadas com a doença, desde o diagnóstico. Charlotte, Cheyanne, Lili, Mia e Pearl são PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 | 33 Televisão OG Gosto do Saké, RTP2, 22h47 RT [email protected] as mulheres que revelam não só o reajustamento na relação com os outros, mas também com a própria identidade, enquanto buscam força, conforto, evolução da medicina e a esperança na cura. INFANTIL Bolt Disney Channel, 19h00 Para Bolt todos os dias são preenchidos com perigo, aventura e mistério. Pelo menos, à frente das câmaras, já que Bolt é um supercão, estrela de uma série televisiva de sucesso. Mas, quando é enviado por engano para Nova Iorque, bem longe dos seus seguros estúdios de Hollywood, conhece a maior aventura da sua vida. Armado apenas com a convicção de que os seus poderes e actos heróicos são reais, e com a ajuda de dois curiosos companheiros de viagem — o gato abandonado Mitten e o hamster Rhino, dentro de uma bola de plástico e obcecado por televisão, –, Bolt tenta regressar para a sua dona, ao mesmo tempo que percebe que, às vezes, não são necessários superpoderes para se ser um super-herói. INFORMAÇÃO Linha da Frente RTP1, 20h45 Jorge Falcato é o primeiro deputado em cadeira de rodas do Parlamento. Paraplégico há 37 anos, activista e representante do Movimento (d)Eficientes Indignados, foi eleito pelo Bloco de Esquerda nas últimas legislativas, e há muito que se debate com as condições de vida das pessoas com deficiência em Portugal. Ele é O Improvável Deputado da Nação, alvo da reportagem desta Linha da Frente assinada por Sandra Vindeirinho, RTP1 TVC1 6.30 Zig Zag 8.00 Bom Dia Portugal Fim-de-semana 10.07 A Praça - Compacto 11.20 Agora Nós Compacto 12.31 Uma Mesa Portuguesa com Certeza... Em Portugal 13.00 Jornal da Tarde 14.10 Voz do Cidadão 14.33 Aqui Portugal - Directo. Ponte de Lima 20.00 Telejornal 20.45 Linha da Frente - O Improvável Deputado da Nação 21.14 Memórias da Revolução 21.30 Donos Disto Tudo 22.22 Filme: Total Siyapaa 00.21 Filme: Deuses e Generais 3.56 Futebol: Magazine da Liga dos Campeões 4.21 A Grandiosa Enciclopédia do Ludopédio 9.40 A Viagem dos Cem Passos 11.45 Sei Lá 13.35 Draft Day: Dia D 15.25 Dava Tudo para Estar Cá 17.15 Selma: A Marcha da Liberdade 19.25 A Viagem dos Cem Passos 21.30 Uma Senhora Herança 23.20 Aproveita a Vida Henry Altmann 00.45 Sei Lá 2.35 Draft Day: Dia D 4.30 Dava Tudo para Estar Cá RTP 2 7.00 Euronews 8.00 Zig Zag 11.02 A Cavalo 11.32 Biosfera 12.00 História a História - O Milagre de Tancos Portugal na I Guerra Mundial 12.30 Portugal Extraordinário 12.55 Mares e Oceanos 13.25 Cosmos: A Odisseia no Espaço 14.10 Pais Desesperados 15.00 Desporto 2 - Directo 19.00 Olhar o Mundo 19.48 Visita Guiada 20.38 Os Simpsons 21.00 Jornal 2 21.41 O Fado da Bia 22.51 Já Vi Este Filme 22.53 Filme: O Gosto do Saké 00.41 Já Vi Este Filme 00.48 Conversa Capital - João Machado, secretário-geral da CAP 1.39 Led Zeppelin por Jimmy Page 2.28 Cosmos: A Odisseia no Espaço 3.12 Euronews FOX MOVIES 9.57 Gladiador 12.23 A Águia da Nona Legião 14.09 Força Delta 16.16 Força Delta 2 - Operação Estrangulamento 18.09 Catwoman 19.47 Anaconda 21.15 Assalto ao Arranha-Céus 23.27 Top Gun - Ases Indomáveis 1.14 Os Agentes do Destino 2.52 De Olhos Bem Fechados 5.22 Polícia sem Lei TVI 6.30 Animações / Kid Kanal 9.50 Inspector Max 13.00 Jornal da Uma 14.03 Querido, Mudei a Casa 15.45 Concerto Tony Carreira 17.42 A Quinta 20.00 Jornal das 8 21.43 A Única Mulher 22.55 A Quinta 23.15 Temos Negócio 1.12 Filme: Dupla Sedução 3.38 Ora Acerta que o seguiu, durante duas semanas, no seu novo trabalho. E à semelhança do que se passa no quotidiano, as dificuldades não se fizeram esperar na Assembleia da República. Imagem de Pedro Boa-Alma e edição de Miguel Teixeira. FOX LIFE 13.25 Scandal 14.17 Edição Limitada 14.29 Filme: Duplex 16.30 Filme: An Officer and a Murderer 18.09 Filme: A Daughter’s Nightmare 19.49 Clínica Privada 22.20 Filme: LOL 00.06 Filme: O Diário de Bridget Jones 1.51 Downton Abbey 2.47 Clínica Privada ENTRETENIMENTO DISNEY 11.25 Norbit 13.10 Poseidon 14.55 Em Busca da Esmeralda Perdida 16.45 Jantar de Idiotas 18.40 Velocidade Terminal 20.25 Meninas de Calendário 22.25 Espécie Mortal II 00.05 Jackass 3D 1.50 Estigma 3.35 Corações de Aço 5.30 A Última Estação 15.20 Jessie 15.45 Liv e Maddie 16.10 Riley e o Mundo 16.35 Boa Sorte, Charlie! 17.00 Zeke e Luther 19.05 Selvagem 20.30 K.C. Agente Secreta 20.55 Austin & Ally 21.20 Liv e Maddie 21.42 Videoclip - Descendentes: If Only 21.50 Rapaz-Ostra 22.13 O Meu Cão Tem Um Blog 22.35 Randy Cunningham: Ninja Total 22.57 Rekkit Rabbit 23.20 Casper - O Fantasminha 23.45 Randy Cunningham: Ninja Total 00.10 Sabrina: Segredos de Uma Bruxa 00.33 Casper - O Fantasminha AXN DISCOVERY 13.35 Castle 15.15 Filme: V de Vingança 17.25 Filme: Resident Evil: Retaliação 19.10 Castle 21.55 Filme: Colombiana 23.47 Filme: Um Cidadão Exemplar 1.56 Castle 5.33 A Mesquita da Pradaria 5.57 Filme: Colombiana 17.40 Quem Atraiçoou Jesus? 19.20 Teoria da Conspiração 20.10 Vaticano: Dentro da Cidade Eterna 21.00 Fanático por Motores 21.55 Mestres do Restauro 23.50 Casos sem Explicação 2.20 Curiosity: Por Que Gostamos de Sexo? 3.05 Curiosity: Lavagem Cerebral 3.50 Os Caçadores de Mitos 4.35 Negócio Fechado 5.00 Container Wars 5.25 Mestres do Restauro Arena da Mentira Canal Q, 22h30 Estreia. O humorista António Raminhos apresenta o novo concurso do Canal Q. Criado e produzido em Portugal — como é habitual nos programas da estação de televisão que recentemente ganhou o prémio de Canal de Entretenimento Nacional do Ano da Meios & Publicidade —, este concurso conta com 16 concorrentes (escolhidos de entre 200 candidaturas) que fazem equipa com uma figura conhecida para conseguirem conquistar o voto do público, que decide os vencedores. Improvisação, argumentação, retórica e humor são as qualidades requeridas para se chegar ao prémio final: ter o próprio programa no canal Q. HISTÓRIA MÚSICA HOLLYWOOD SIC 6.40 Julius Jr. 7.20 Masha e o Urso 7.40 H2O - Aventuras de Sereias 8.20 Phineas & Ferb 9.20 Alvin e os Esquilos 9.40 Sonic Boom 10.20 Os Vingadores 10.40 Dragões: Em Busca do Desconhecido 11.15 Violetta 12.15 O Nosso Mundo 13.00 Primeiro Jornal 14.00 Alta Definição 14.50 Fama Show 15.15 Filme: Cloud 9 17.05 Filme: The Hunger Games - Jogos da Fome 20.00 Jornal da Noite 21.40 Coração d´Ouro 23.00 A Regra do Jogo 23.55 Totoloto 00.00 Dupla Identidade 1.00 House of Cards 2.00 Filme: Cinco 12 17.59 Hawai Força Especial 22.15 Filme: Força Explosiva 00.10 Scorpion 1.55 Spartacus, a Revolta dos Escravos 4.40 Casos Arquivados AXN BLACK 12.17 Sobrenatural 14.24 Jesse Stone: Benefício da Dúvida 15.34 Identidade Dupla 17.07 Uma Voz na Noite 18.28 Drácula de Bram Stoker 20.34 Armas, Gajas e Jogo 22.00 Mentiras e Ilusões 23.35 Kill Bill - A Vingança Vol. 1 1.21 Drácula de Bram Stoker 3.26 Armas, Gajas e Jogo 4.51 Mentiras e Ilusões AXN WHITE 13.16 Melissa e Joey 13.40 Póquer de Rainhas 14.52 Filme: Zack e Miri Fazem um Porno 16.34 Pai de Surpresa 18.57 Filme: Zack e Miri Fazem Um Porno 20.39 Cougar Town 22.40 Filme: Loiras à Força 00.29 Filme: Linhas Cruzadas 2.04 Cougar Town 4.02 Filme: Loiras à Força 5.51 Filme: Linhas Cruzadas FOX 13.05 Sob Suspeita 14.00 Filme: O Acontecimento 15.55 Filme: Ocean’s 17.19 O Preço da História 17.41 Alienígenas 18.25 O Preço da História 19.07 Os Últimos Dias dos Nazis 21.18 O Preço da História 22.00 Um Dia Na Vida de Um Ditador 23.34 CaçaTesouros 1.47 O Preço da História 2.30 Aviões-Fantasma e o Mistério do Voo 370 3.55 O Preço da História ODISSEIA 17.41 A Viagem dos Leões 18.35 A Dois Metros abaixo da Savana 19.26 A Toda Velocidade 21.03 Armas Empenhadas 22.30 Amor à Venda 23.18 Sex Mundi, a Aventura do Sexo 00.07 Amor à Venda 00.55 Sex Mundi, a Aventura do Sexo 1.47 Operação Narco 2.56 Odisseia do Espaço 3.48 Amor à Venda 4.39 Botão do Pânico 5.54 África Led Zeppelin por Jimmy Page RTP2, 1h39 A propósito da reedição dos álbuns da icónica banda Led Zeppelin, António Freitas, da Antena 3, esteve em Londres (Inglaterra) à conversa com Jimmy Page, guitarrista e fundador do grupo britânico em 1968, que estabeleceu um novo padrão no rock’n’roll. Esta é a gravação da entrevista em que Jimmy Page fala da discografia agora relançada, com som remasterizado e material inédito, de uma das maiores bandas dos anos 1970, que também incluía Robert Plant, John Paul Jones e John Bonham, o baterista cuja morte conduziu ao desmembramento dos Led Zeppelin, em 1980. 34 | PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 SAIR Em estreia [email protected] [email protected] CINEMA Lisboa @Cinema Av. Fontes Pereira de Melo - Edifício Saldanha Residence. T. 210995752 The Hunger Games: A Revolta - Parte 2 M12. 19h; O Leão da Estrela M12. 14h20, 16h40, 21h50 Cinema City Alvalade Av. de Roma, nº 100. T. 218413040 007 Spectre M12. 15h, 21h30, 00h10; As Sufragistas M12. 13h15, 17h20, 19h25; A Viagem de Arlo M6. 11h10, 13h, 15h15, 17h45 (V.Port./2D); Steve Jobs M12. 13h15; The Hunger Games: A Revolta - Parte 2 M12. 21h50, 00h25; A Ponte dos Espiões M12. 15h40, 18h30, 21h20, 00h10; Deus Não Está Morto M12. 19h40; Mune, O Guardião da Lua M6. 11h20; O Leão da Estrela M12. 13h, 15h10, 17h30, 19h40, 21h50, 00h35 Cinema Ideal Rua do Loreto, 15/17. T. 210998295 Montanha M12. 16h15, 20h; Minha Mãe M12. 14h15, 18h, 21h45 CinemaCity Campo Pequeno Centro de Lazer do Campo Pequeno. T. 217981420 007 Spectre M12. 13h15, 15h25, 16h10, 18h25, 19h05, 21h25, 22h, 00h25; Ela é Mesmo... o Máximo M12. 13h35, 17h40, 19h35; A Ponte dos Espiões M12. 12h50, 15h40, 18h30, 21h20, 00h10; A Viagem de Arlo M6. 11h40, 13h50, 16h, 18h45 (V.Port./2D), 11h20, 13h25, 15h30, 17h35, 19h40, 21h35 (V.POrig./2D); Upsss! Lá Se Foi a Arca... M6. 11h25 (V.Port.); A Ovelha Choné - O Filme M6. 11h20 (V.Port.); Lendas de Oz: O Regresso de Dorothy M6. 11h35 (V.Port.); Mune, O Guardião da Lua M6. 11h35, 15h45 (V.Port./2D); Steve Jobs M12. 13h20, 00h20; The Hunger Games: A Revolta - Parte 2 M12. 15h50, 18h40, 21h30, 21h45, 00h05 (2D), 23h45 (3D); O Segredo dos Seus Olhos 13h30, 21h40, 00h30; O Leão da Estrela M12. 13h10, 15h20, 17h30, 19h40, 21h50, 24h Cinemas Nos Alvaláxia Estádio José Alvalade, Cp Grande. T. 16996 007 Spectre M12. 13h30, 16h50, 20h45, 24h; Profissionais da Crise 13h50, 16h25, 19h10, 21h40, 00h10; O Último Caçador de Bruxas M12. 13h35, 16h, 19h05, 21h35, 00h05; The Hunger Games: A Revolta Parte 2 M12. 12h40, 15h40, 18h35, 21h30, 00h30; A Ponte dos Espiões M12. 14h, 17h, 21h10, 00h15; A Viagem de Arlo M6. 11h15, 13h40, 16h30, 19h (V.Port./2D), 11h, 13h20, 15h50, 18h20 (V.Port./3D), 21h, 23h20 (V.Orig./2D); O Leão da Estrela M12. 16h10, 18h45, 21h20, 21h50, 23h50, 00h20; Crimson Peak: A Colina Vermelha M12. 12h50, 15h30, 18h10, 21h10, 23h55; Pan: Viagem à Terra do Nunca M12. 13h45, 16h20, 18h55 (V.Port./2D); À Procura de Uma Estrela M12. 13h15, 16h40, 19h15, 21h45, 00h35; Guia do Escuteiro Para o Apocalipse Zombie M12. 21h55, 00h25; Mune, O Guardião da Lua M6. 11h, 13h10, 15h20, 17h30 (V.Port.); Steve Jobs M12. 21h15, 00h05 Cinemas Nos Amoreiras Av. Eng. Duarte Pacheco. T. 16996 A Ponte dos Espiões M12. 14h, 17h10, 21h, 24h; A Viagem de Arlo M6. 13h10, 18h10 (V.Port./2D), 15h30 (V.Port./3D), 21h40, 00h10 (V.Orig./2D); Mune, O Guardião da Lua M6. 12h50 (V.Port.); As Sufragistas M12. 15h20, 21h50, 00h25; Steve Jobs M12. 18h; The Hunger Games: A Revolta - Parte 2 M12. 14h30, 17h40, 21h20, 00h20; 007 Spectre M12. 13h40, 16h50, 20h50, 00h05; O Leão da Estrela M12. 13h, 16h10, 18h40, 21h30, 00h15; O Segredo dos Seus Olhos 13h20, 15h50, 18h20, 21h10, 23h40 Cinemas Nos Colombo Av. Lusíada. T. 16996 Steve Jobs M12. 18h15; Profissionais da Crise 12h50, 15h25, 21h30, 00h10; A Ponte dos Espiões M12. 13h15, 17h, 21h10, 00h20; A Viagem de Arlo M6. 13h05, 15h30, 18h (V.Port./3D) 21h25, 23h55 (V.Port./2D); A Viagem de Arlo M6. 13h35, 16h, 18h30 (V.Port./2D); 007 Spectre M12. 13h, 16h30, 20h50, 00h05 ; Mune, O Guardião da Lua M6. 13h25 (V.Port.); The Hunger Games: A Revolta - Parte 2 M12. 12h35, 15h35, 18h35, 21h35, 00h35; O Leão da Estrela M12. 21h15, 24h; O Último Caçador de Bruxas M12. 15h45, 20h55, 23h40; 007 Spectre M12. Sala IMAX ? 13h30, 17h30, 21h20, 00h30; As Sufragistas M12. 18h20; O Leão da Estrela M12. 13h20, 15h55, 18h40, 21h45, 00h25 Cinemas Nos Vasco da Gama Parque das Nações. T. 16996 A Viagem de Arlo M6. 11h, 13h20, 16h, 18h20, 21h10, 23h40 (V.Port./2D); O Leão da Estrela M12. 13h, 15h50, 18h10, 21h20, 24h; 007 Spectre M12. 14h, 17h40, 21h, 00h10; As Sufragistas M12. 18h50; The Hunger Games: A Revolta - Parte 2 M12. 12h50, 15h40, 21h40, 00h40 (2D), 18h40 (3D); O Segredo dos Seus Olhos 13h10, 16h10, 21h50, 00h20; A Ponte dos Espiões M12. 12h40, 15h30, 18h30, 21h30, 00h30 Cinemateca Portuguesa R. Barata Salgueiro, 39 . T. 213596200 O Direito do Mais Forte à Liberdade 15h30; Quei Loro Incontri 22h; Hyènes 15h30; L’ Homme à La Valise 21h30; Festival 15h30 Medeia Monumental Av. Praia da Vitória, 72. T. 213142223 Minha Mãe M12. 12h, 14h05, 15h, 17h, 19h, 21h30, 23h30; Hoje, Ontem e Amanhã 13h; 007 Spectre M12. 19h10; A Ponte dos Espiões M12. 11h30, 14h, 16h40, 22h; As Sufragistas M12. 16h10; O Segredo dos Seus Olhos 19h50, 22h, 00h10; Da Natureza M12. 18h15; Montanha M12. 14h20, 16h10, 18h, 19h50, 21h45, 23h45; The Hunger Games: A Revolta - Parte 2 M12. 11h45 Nimas Av. 5 Outubro, 42B. T. 213574362 Amnésia M12. 13h30, 15h30, 17h30, 21h45; More M16. 19h30 UCI Cinemas - El Corte Inglés Av. Ant. Aug. Aguiar, 31. T. 707232221 À Procura de Uma Estrela M12. 14h15, 19h20; 13 Minutos 16h50, 21h55, 00h20; Profissionais da Crise 14h05, 16h30, 18h55, 21h40, 00h05; Sicario Infiltrado M12. 00h25; O Estagiário M12. 16h10, 21h50; O Senhor Manglehorn M12. 13h45, 19h15; Ela é Mesmo... o Máximo M12. 13h40, 16h; The Hunger Games: A Revolta - Parte 2 M12. 18h15; A Viagem de Arlo M6. 21h25, 23h45; Ela é Mesmo... o Máximo M12. 00h30; The Hunger Games: A Revolta Parte 2 M12. 21h45; A Viagem de Arlo M6. 14h, 16h15 (V.Port./2D), 18h40 (V.Port./3D); A Ponte dos Espiões M12. 14h20, 17h3, 21h20, 00h20; A Canção de Uma Vida M12. 14h25, 16h45, 21h25, 23h40; Tudo Vai Ficar Bem 18h50; A Hora do Lobo M12. 19h; Steve Jobs M12. 13h45, 16h20, 21h40, 00h20; 007 Spectre M12. 14h30, 18h, 21h10, 00h15; Minha Mãe M12. 13h55, 16h25, 19h, 21h35, 00h05; As Sufragistas M12. 14h10, 16h35, 19h05, 21h35, 00h10; The Hunger Games: A Revolta - Parte 2 M12. 14h, 17h, 21h30, 00h20; O Leão da Estrela M12. 14h15, 16h45, 19h10, 21h50, 00h15; O Segredo dos Seus Olhos 13h50, 16h40, 19h10, 21h45, 00h20 O Leão da Estrela Almada A Ponte dos Espiões De Steven Spielberg. Com Tom Hanks, Mark Rylance, Scott Shepherd, Amy Ryan, Sebastian Koch, Alan Alda. GB/Índia/ EUA/ALE. 2015. 141m. Drama, Biografia. M12. Início da década de 1960. Os EUA e a União Soviética encontramse em plena Guerra Fria. A 1 de Maio de 1960, um avião de reconhecimento sobrevoava o território soviético quando é atingido pelo inimigo. Francis Gary Powers, o piloto, é capturado e feito prisioneiro. A sua captura transforma-se num problema de Estado, pois se Powers ceder, pode revelar informações fundamentais que porão em causa muitas das estratégias militares dos EUA. É então que James B. Donovan, o advogado encarregado de defender Rudolf Abel, um espião do KGB capturado anos antes pelo FBI, é contactado para negociar a libertação do piloto em troca da libertação do seu ex-cliente, a cumprir 30 anos de pena de prisão. A Viagem de Arlo De Peter Sohn. Com Raymond Ochoa (Voz), Jeffrey Wright (Voz), Steve Zahn (Voz). EUA. 2015. 100m. Animação, Comédia. M6. Como seria o Mundo se o asteróide que chocou com a Terra há aproximadamente 65 milhões de anos tivesse passado ao largo? Neste cenário hipotético, os dinossauros e os seres humanos teriam de se habituar à presença uns dos outros, partilhando habitats. Este filme segue esta premissa e conta-nos a história de amizade entre Arlo, um jovem apatossauro, e de Spot, uma pequena cria de Homo Sapiens. Juntos, os dois amigos embarcam numa aventura pelas paisagens assombrosas do planeta Terra onde as diferenças entre eles apenas são superadas pelo companheirismo, generosidade e confiança mútua. Minha Mãe De Nanni Moretti. Com Margherita Buy, John Turturro, Giulia Lazzarini, Nanni Moretti, Beatrice Mancini. FRA/ITA. 2015. 107m. Drama. M12. Margherita é uma realizadora de sucesso que se prepara para iniciar as filmagens da sua mais recente obra. O novo filme conta com uma estrela conhecida, tanto pelos papéis que desempenha, como pelo seu feitio irascível. Ela sente-se assoberbada pelas expectativas dos seus colegas de profissão e do público e por tudo o que lhe é exigido durante as rodagens. O seu único apoio é Giovanni, o irmão, com quem mantém uma relação constante e de grande proximidade. Giovanni quer ajudá-la e, para isso, dá-lhe um conselho que se revela muito difícil de seguir. O Leão da Estrela De Leonel Vieira. Com Miguel Guilherme, Sara Matos, Dânia Neto, Ana Varela, Manuela Couto, André Nunes, Aldo Lima. POR. 2015. 110m. Comédia. M12. Para além da família, que sempre foi a sua prioridade, Anastácio é fanático por futebol. A sua equipa de eleição são os Leões de Alcochete, um clube de bairro que pode regressar à velha glória se conseguir uma vitória em Barrancos do Inferno, nos confins do Alentejo. Este é um jogo que Anastácio não pode, de modo algum, perder... Cinemas Nos Almada Fórum Estr. Caminho Municipal, 1011. T. 16996 The Hunger Games: A Revolta - Parte 2 M12. 13h, 16h10, 20h40, 23h50; A Ponte dos Espiões M12. 13h10, 16h40, 21h05, 00h20; O Leão da Estrela M12. 12h40, 15h20, 18h15, 20h55, 23h30; A Viagem de Arlo M6. 13h25, 16h, 18h30 (V.Port./2D), 11h(so dom) 13h40, 16h20, 18h45 (V.Port./3D), 21h15, 23h40 (V.Orig./2D); Profissionais da Crise 12h55, 15h35, 21h45, 00h25; O Leão da Estrela M12. 21h30, 00h10; Pan: Viagem à Terra do Nunca M12. 13h35 (V.Port.); Montanha M12. 18h55; Steve Jobs M12. 12h40, 15h30, 21h10; The Hunger Games: A Revolta - Parte 2 M12. 17h, 21h05, 00h10; O Último Caçador de Bruxas M12. 20h40, 23h20; Guia do Escuteiro Para o Apocalipse Zombie M12. 18h50, 24h; 007 Spectre M12. 13h40, 15h10, 17h15, 18h25, 20h50, 21h40, 00h05; Mune, O Guardião da Lua M6. 13h20, 15h40, 17h50 (V.Port.); Crimson Peak: A Colina Vermelha M12. 23h55; As Sufragistas M12. 12h50, 15h35, 18h10, 21h; O Segredo dos Seus Olhos 12h45, 15h20, 18h45, 21h25, 00h05; Minha Mãe M12. 13h, 15h30, 18h, 21h55, 00h30 Amadora CinemaCity Alegro Alfragide C.C. Alegro Alfragide. T. 214221030 O Estagiário M12. 13h30; A Ponte dos Espiões M12. 12h50, 15h40, 17h50, 21h10, 24h; A Viagem de Arlo M6. 11h20, 13h30, 15h40, 17h40, 19h45, 21h45 (V.Port./2D), 11h40, 13h50, 16h10, 18h20 (V.Port./3D); O Último Caçador de Bruxas M12. 00h30; The Hunger Games: A Revolta - Parte 2 M12. 13h10, 15h50, 17h55, 18h50, 21h20, 21h40, 00h10 (2D), 21h45, 00h30 (3D); Perdido em Marte M12. 00h20; Lendas do Crime M12. 00h10; 007 Spectre M12. 13h10, 15h, 16h15, 18h30, 19h10, 21h25, 21h55, 23h55; Mune, O Guardião da Lua M6. 11h15, 13h15, 16h00, 17h35 (V.Port./2D); As Sufragistas M12. 17h55, 20h, 22h05; As Sufragistas M12. 13h15, 17h55, 20h, 22h05; Steve Jobs M12. 00h25; Profissionais da Crise 13h25, 15h30, 19h20, 22h10; O Leão da Estrela M12. 13h20, 15h30, 17h25, 19h35, 21h50, 00h15; Mínimos M6. 11h25, 15h20 (V.Port.); A Ovelha Choné - O Filme M6. 11h25 (V.Port.); Lendas de Oz: O Regresso de Dorothy M6. 11h15 (V.Port.); Pan: Viagem à Terra do Nunca M12. 11h15 (V.Port.) UCI Dolce Vita Tejo C.C. da Amadora, EN 249/1. T. 707232221 The Hunger Games: A Revolta - Parte 2 M12. 13h35, 16h20, 21h45 (2D), 19h05, 00h25 (3D); The Hunger Games: A Revolta - Parte 2 M12. 18h15, 21h15, 24h (2D); O Principezinho 15h (V.Port.); Home: A Minha Casa M6. 11h, 14h, 16h15 (V.Port.); 007 Spectre M12. 21h10, 00h10; Abelha Maia - O Filme M6. 10h45, 12h45, 14h50, 16h50 (V.Port.); Profissionais da Crise 19h05, 21h40, 00h15; Mortadela e Salamão: Missão Não Possível M6. 10h15, 14h40 (V.Port.); A Canção de Uma Vida M12. 21h50, 23h55; Steve Jobs M12. 19h15; Os Feitiços de Arkandias M6. 12h35 (V.Port.); Ela é Mesmo... o Máximo M12. 19h10, 21h20, 23h50; O Último Caçador de Bruxas M12. 19h20, 21h50, 00h10; Mune, O Guardião da Lua M6. 10h30, 12h30, 14h45, 16h45 (V.Port.); Os Pinguins de Madagáscar M6. 11h30, 14h30, 17h (V.Port.); O Segredo dos Seus Olhos 19h15, 21h45, 00h20; O Leão da Estrela M12. 1h, 16h30, 19h, 21h30, 24h; A Viagem de Arlo M6. 13h45, 16h15, 18h45 PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 | 35 DR Cheira bem, cheira a Natal (V.Port./2D), 21h15, 23h40 (V.Port./3D); A Ponte dos Espiões M12. 14h25, 17h50, 21h20, 00h15 Cascais Cinemas Nos CascaiShopping EN 9, Alcabideche. T. 16996 A Ponte dos Espiões M12. 12h50, 16h30, 21h10, 00h10; A Viagem de Arlo M6. 13h30, 16h, 18h30 (V.Port./2D), 11h(Dom), 13h20, 15h40, 18h (V.Port./3D), 21h05, 23h30 (V.Orig./2D); O Leão da Estrela M12. 12h40, 15h10, 17h40, 21h, 21h30, 23h40, 00h05; 007 Spectre M12. 13h10, 17h20, 20h50, 24h; Mune, O Guardião da Lua M6. 13h (V.Port.); The Hunger Games: A Revolta Parte 2 M12. 12h30, 15h20, 21h20, 00h20 (2D), 18h20 (3D); Steve Jobs M12. 18h10; Profissionais da Crise 15h30, 21h25, 23h50 O Cinema da Villa - Cascais Avenida Dom Pedro I, Lote 1/2. T. 215887311 The Hunger Games: A Revolta - Parte 2 M12. 14h30, 17h10, 21h45; Minha Mãe M12. 19h45; O Leão da Estrela M12. 14h, 16h30, 19h15, 21h30; A Ponte dos Espiões M12. 19h25, 22h; A Viagem de Arlo M6. 13h45, 15h35, 17h25 (V.Port.) Carcavelos Atlântida-Cine R. Dr. Manuel Arriaga, C. C. Carcavelos (Junto à Estação de CP). T. 214565653 Minha Mãe M12. 15h30, 18h15, 21h30; O Segredo dos Seus Olhos 21h30; A Viagem de Arlo M6. 15h, 17h (V.Port.) Sintra Cinema City Beloura Quinta da Beloura II, Linhó. T. 219247643 007 Spectre M12. 15h10, 18h20, 21h20, 00h20; A Ponte dos Espiões M12. 12h40, 15h30, 17h50, 21h25, 00h15; As Sufragistas M12. 13h30, 15h35, 17h45, 21h45; Steve Jobs M12. 19h20, 24h; The Hunger Games: A Revolta - Parte 2 M12. 15h50, 18h40, 21h30, 22h, 00h25; O Segredo dos Seus Olhos 13h, 15h, 22h05, 00h15; A Viagem de Arlo M6. 11h35, 13h40, 15h45, 17h55, 20h (V.Port./2D), 11h20, 13h25, 15h30, 17h50, 19h55, 21h40, 23h50 (V.Port./3D); O Leão da Estrela M12. 13h10, 15h20, 17h30, 19h40, 21h50, 00h10; A Ovelha Choné - O Filme M6. 11h15 (V.Port.); Lendas de Oz: O Regresso de Dorothy M6. 11h40, 13h45 (V.Port.); Pan: Viagem à Terra do Nunca M12. 11h20, 15h35 (V.Port.); Ela é Mesmo... o Máximo M12. 19h50; Mune, O Guardião da Lua M6. 11h15, 13h30, 15h25, 17h20 (V.Port.) Castello Lopes - Fórum Sintra Loja 2.21 - Alto do Forte. T. 760789789 The Hunger Games: A Revolta - Parte 2 M12. 16h, 21h40, 00h15 (2D), 13h, 18h50 (3D); 007 Spectre M12. 12h40, 15h30, 18h25, 21h20, 23h50; O Último Caçador de Bruxas M12. 19h15, 21h50, 00h20; Ela é Mesmo... o Máximo M12. 13h05, 15h15, 17h15; A Viagem de Arlo M6. 15h10, 17h20, 21h35 (V.Port./2D), 12h50, 19h30 (V.Port./3D); O Leão da Estrela M12. 13h10, 15h40, 18h30, 21h30, 24h; Mune, O Guardião da Lua M6. 13h15, 15h, 17h (V.Port.); Steve Jobs M12. 18h50; Profissionais da Crise 21h15, 23h40; A Ponte dos Espiões M12. 12h50, 15h50, 18h40, 21h25, 00h10 Odivelas Cinemas Nos Odivelas Parque C. C. Odivelasparque. T. 16996 O Último Caçador de Bruxas M12. 13h, A Praça de Touros do Campo Pequeno, em Lisboa, volta a recriar o espírito dos antigos mercados portugueses, reavivando a tradição de comprar directamente aos produtores. A quinta edição do Mercado de Natal conta com 120 projectos vindos de pequenos ofícios, de origem portuguesa. Há workshops e ateliers temáticos, um espaço 15h20, 20h50, 23h40; 007 Spectre M12. 14H45, 17h50, 21h, 00h10; Steve Jobs M12. 18h; The Hunger Games: A Revolta - Parte 2 M12. 12h40, 15h30, 18h20, 21h10, 24h; A Viagem de Arlo M6. 13h10, 15h40, 21h20, 23h50 (V.Port./2D), 18h10 (V.Port./3D) Oeiras Cinemas Nos Oeiras Parque C. C. Oeirashopping. T. 16996 As Sufragistas M12. 18h45; O Segredo dos Seus Olhos 13h10, 16h, 21h45, 00h25; The Hunger Games: A Revolta - Parte 2 M12. 12h30, 15h40, 21h35, 00h30 (2D), 18h40 (3D); A Ponte dos Espiões M12. 12h30, 15h30, 18h30, 21h30, 00h30; A Viagem de Arlo M6. 13h15, 15h45, 18h20 (V.Port./3D), 12h50, 15h10, 17h50 (V.Port./2D), 21h, 23h55 (V.Orig./2D); 007 Spectre M12. 14h30, 17h40, 21h15, 00h10; O Leão da Estrela M12. 12h45, 15h20, 18h10, 21h10, 21h40, 24h, 00h20 Miraflores Cinemas Nos Dolce Vita Miraflores Av. das Túlipas. T. 707 CINEMA Mune, O Guardião da Lua M6. 15h (V.Port.); O Leão da Estrela M12. 15h30, 18h30, 21h30, 00h30; 007 Spectre M12. 17h20, 21h, 00h20; A Viagem de Arlo M6. 15h20, 17h40, 19h50, 21h20, 23h40 (V.Port./2D); The Hunger Games: A Revolta Parte 2 M12. 15h10, 18h10, 21h10, 00h10 Setúbal Auditório Charlot Av. Dr. Ant. Manuel Gamito, 11. T. 265522446 Minha Mãe M12. 16h, 21h30 Cinema City Alegro Setúbal C. Comercial Alegro Setúbal. T. 265239853 Mune, O Guardião da Lua M6. 11h50, 13h50, 15h55 (V.Port./2D) ; The Hunger Games: A Revolta - Parte 2 M12. 11h45, 15h45, 17h50, 18h35, 21h25, 21h35, 00h15 (2D), 13h20, 16h10, 19h, 21h45, 00h30 (3D); O Último Caçador de Bruxas M12. 00h20; O Segredo dos Seus Olhos 16h20, 22h, 23h55; A Viagem de Arlo M6. 11h30, 13h40, 15h45, 17h50, 19h55 (V.Port./3D), 11h20, 13h25, 15h30, 17h35, 19h40, 21h45 (V.Port./2D); Sininho e a Lenda do Monstro da Terra do Nunca M6. 11h45, 13h35 (V.Port./2D); Lendas de Oz: O Regresso de Dorothy M6. 11h15 (V.Port.); 007 ASAESTRELAS s DO PÚBLICO Spectre M12. 13h25, 15h25, 18h20, 19h10, 21h30, 22h05, 00h25; A Ponte dos Espiões M12. 12h50, 15h40, 18h30, 21h20, 00h10; Rock the Kasbah - Bem-vindo ao Afeganistão M12. 00h25; O Leão da Estrela M12. 13h10, 15h20, 17h30, 19h45, 21h55, 00h05 Seixal Cineplace - Seixal Qta. Nova do Rio Judeu. A Viagem de Arlo M6. 14h30, 18h50 (V.Port./3D), 16h40, 21h, 23h10 (V.Port./2D); A Ponte dos Espiões M12. 12h50, 15h40, 18h30, 21h20, 00h10; O Leão da Estrela M12. 14h40, 17h, 19h20, 21h40, 24h; The Hunger Games: A Revolta - Parte 2 M12. 13h, 15h50, 18h40, 21h30, 00h15; 007 Spectre M12. 15h10, 18h10, 21h10, 00h05; Lendas de Oz: O Regresso de Dorothy M6. 13h30, 15h30, 17h30 (V.Port.); O Segredo dos Seus Olhos 19h30, 21h50, 00h10; O Último Caçador de Bruxas M12. 14h30, 19h10, 21h40, 23h55; Steve Jobs M12. 16h50 Faro Cinemas Nos Fórum Algarve C. C. Fórum Algarve. T. 289887212 Pan: Viagem à Terra do Nunca M12. 14h40 (V.Port.); O Último Caçador de Bruxas M12. 14h40, 19h40; 007 Spectre M12. 12h20, 15h20, 21h, 24h; Ela é Mesmo... o Máximo M12. 14h30, 19h; O Segredo dos Seus Olhos 16h40, 21h, 23h30; O Segredo dos Seus Olhos 18h40; A Ponte dos Espiões M12. 12h30, 15h25, 18h20, 21h20, 00h15; The Hunger Games: A Revolta Parte 2 M12. 12h40, 15h35, 18h30, 21h30, 00h20; The Hunger Games: A Revolta - Parte 2 M12. 16h50, 22h; A Viagem de Arlo M6. 10h40, 13h, 18h15 (V.Port./2D), 15h55 (V.Port./3D), 10h50, 21h10, 23h40 (V.Orig./2D); O Leão da Estrela M12. 13h10, 15h45, 18h10, 21h40, 00h05; Mune, O Guardião da Lua M6. 13h20, 15h20, 17h10 (V.Port.); As Sufragistas M12. 21h50, 00h05; Rock the Kasbah - Bem-vindo ao Afeganistão M12. 17h; Steve Jobs M12. 19h20; Profissionais da Crise 19h10, 21h30, 23h55; A Viagem de Arlo M6. 15h10, 19h30 (V.Port./3D), 13h, 17h20 (V.Port./2D), 21h40, 23h50 (V.Orig./2D); A Ponte dos Espiões M12. 12h50, 15h40, 18h30, 21h20, 00h10; O Leão da Estrela M12. 14h, 16h20, Jorge Mourinha Luís M. Oliveira Vasco Câmara – mmmmm mmmmm Amnésia mmmmm mmmmm – Da Natureza mmmmm – – Ela é Mesmo... o Máximo mmmmm mmmmm mmmmm A – – Minha Mãe mmmmm mmmmm mmmmm Montanha mmmmm mmmmm mmmmm A Canção de uma Vida O Leão da Estrela A Ponte dos Espiões mmmmm – – Steve Jobs mmmmm mmmmm – A Viagem de Arlo mmmmm – – a Mau mmmmm Medíocre mmmmm Razoável mmmmm Bom mmmmm Muito Bom mmmmm Excelente com petiscos, vinhos de pequenos produtores, cerveja artesanal e gins nacionais, e o Espaço da Brincadeira, com pinturas faciais, jogos didácticos e oficinas para criar enfeites de Natal ou presentes personalizados, sob supervisão das educadoras da Casa da Criança de Tires. As portas estão abertas até quarta-feira, entre as 11h e as 21h. A entrada custa 1€. 18h50, 21h10, 23h40; 007 Spectre M12. 15h, 18h, 21h, 24h; The Hunger Games: A Revolta - Parte 2 M12. 13h, 15h50, 18h40, 21h30, 00h20 TEATRO Lisboa Casino Lisboa Parque das Nações. T. 218929000 Nome Próprio Enc. Fernando Gomes. De 9/9 a 20/12. 5ª a Sáb às 21h30. Dom às 17h. Chapitô R. Costa do Castelo, 1/7. T. 218855550 Em Directo - TV Show De Criação colectiva. Enc. Alex Navarro. De 7/11 a 29/11. Sáb e Dom às 17h. M/4. Duração: 60m. Hospital Júlio de Matos Av. Brasil, 53. T. 217917000 E Morreram Felizes para Sempre Enc. Ana Padrão. De 11/9 a 19/12. 4ª, 5ª e 6ª às 21h30. Sáb às 22h. De 29/11 a 13/12. Dom às 19h. Teatro Armando Cortez Estrada da Pontinha, 7. T. 217110890 Cinderela Comp.: TIL - Teatro Infantil de Lisboa. Enc. Fernando Gomes. A partir de 17/10. Sáb e Dom às 15h. M/3. Teatro da Comuna Praça de Espanha. T. 217221770 Depois o Silêncio Enc. Álvaro Correia. De 26/11 a 20/12. 4ª a Sáb às 21h30. Dom às 16h. Teatro da Cornucópia Rua Tenente Raúl Cascais, 1A. T. 213961515 Da Imortalidade Comp.: Propositário Azul. Enc. Nuno Nunes. De 25/11 a 13/12. 5ª a Sáb às 21h. Dom às 16h. 4ª às 19h. M/12. Teatro da Politécnica Rua da Escola Politécnica, 56. T. 961960281 O Tempo Comp.: Artistas Unidos. Enc. Jorge Silva Melo. Até 12/12. 3ª e 4ª às 19h. 5ª e 6ª às 21h. Sáb às 16h e 21h. M/12. Teatro da Trindade Largo da Trindade, 7A. T. 213420000 Allo, Allo! Enc. Paulo Sousa Costa, João Didelet. De 11/11 a 27/12. 4ª a Sáb às 21h30. Dom às 18h. M/6. Os Pés no Arame Enc. Renato Godinho. De 19/11 a 20/12. 5ª a Sáb às 21h45. Dom às 17h. M/12. Teatro Ibérico Rua de Xabregas, 54. T. 218682531 Tudo se me tornou insuportável, excepto a vida Grupo: Vigilâmbulo Caolho. Enc. Júlio Mesquita. De 19/11 a 28/11. 5ª a Sáb às 21h30. Teatro Maria Vitória Av. da Liberdade (Parq. Mayer). T. 213461740 Revista Quer... É Parque Mayer! Enc. Mário Raínho. A partir de 29/10. 5ª e 6ª às 21h30. Sáb e Dom às 16h30 e 21h30. M/12. Teatro Meridional R. do Açúcar, 64 (Pç do Bispo). T. 218689245 A Colectividade Enc. Natália Luíza. De 22/10 a 6/12. 4ª a Sáb às 21h30. Dom às 16h. Teatro Municipal São Luiz R. António Maria Cardoso, 38. T. 213257650 Neva Enc. João Reis. De 26/11 a 29/11. 5ª a Sáb às 21h. Dom às 17h30 (Sala Principal). Sabotage Enc. Miguel Castro Caldas, Lígia Soares. De 27/11 a 29/11. 6ª, Sáb e Dom às 19h (Festival Temps d’Images). Teatro Nacional D. Maria II Praça Dom Pedro IV. T. 800213250 Boca Aberta Enc. Catarina Requeijo. De 7/11 a 28/11. Sáb às 16h (Salão Nobre). Leituraencenada. O Fosso dos Heróis Enc. Ágata Pinho. De 28/11 a 29/11. Sáb às 21h30. Dom às 16h30 (Festival Temps d’Images). M/16. Teatro Politeama R. Portas de Santo Antão, 109. T. 213405700 A República das Bananas De Filipe La Féria. A partir de 30/9. 4ª, 5ª e 6ª às 21h30. Sáb às 17h e 21h30. Dom às 17h. Teatro Taborda Rua da Costa do Castelo, 75. T. 218854190 Para Uma Encenação de Hamlet Enc. Carlos J. Pessoa. De 19/11 a 29/11. 4ª a Dom às 21h30. M/12. Duração: 70m. Teatro Tivoli BBVA Avenida da Liberdade, 182. T. 213572025 Uma História do Outro Mundo Comp.: Plano 6. Enc. António Terra. De 10/10 a 6/2. Sáb às 16h. M/3. Teatro Turim Estrada de Benfica, 723A. T. 217606666 A Menina Que Detestava Livros Comp.: Umbigo. Enc. Rogério Paulo. De 7/11 a 29/11. Sáb às 16h. Dom às 11h. M/4. Medos Comp.: Umbigo - Companhia de Teatro. De 26/11 a 29/11. 5ª a Sáb às 21h30. Dom às 17h. M/6. Teatro Villaret Av. Fontes Pereira de Melo, 30. T. 213538586 Commedia à la Carte De Carlos M. Cunha, César Mourão, Ricardo Peres. De 10/9 a 29/11. 5ª a Dom às 21h30. M/16. Teatro-Estúdio Mário Viegas Largo do Picadeiro. T. 213257650 É Impossível Viver Enc. Ana Luena. De 19/11 a 29/11. 5ª a Sáb às 21h. Dom às 17h30. M/14. Universidade de Lisboa Alameda da Universidade. T. 217967624 Fragmentos Enc. Ana Isabel Augusto. Hoje às 21h30. M/12. Almada Teatro Municipal Joaquim Benite Avenida Professor Egas Moniz. T. 212739360 A Morte e a Donzela I - III Artes e Engenhos. Enc. Alexandre Pieroni Calado. Hoje às 21h30 (19.ª Mostra de Teatro de Almada). M/16. Duração: 60m. Carnaxide Auditório Municipal Ruy de Carvalho Rua 25 de Abril, Lote 5. T. 214170109 As Noivas de Travolta Comp.: Dramax Centro de Artes Dramáticas de Oeiras. De 6/11 a 28/11. 6ª e Sáb às 21h30. M/16. Cascais Auditório Fernando Lopes-Graça Av. Marginal (Parque Palmela). T. 214825447 O Protagonista Comp.: Palco 13. Enc. Marco Medeiros. De 16/10 a 28/11. 4ª a Sáb às 21h30. M/16. Évora Arena d’Évora Av. Gen. Humberto Delgado. T. 266743132 Juntos em Revista Enc. Marina Mota. Hoje às 21h30. M/4. Duração: 120m. Faro Teatro Lethes Rua de Portugal, 58. T. 289878908 Instruções para Voar Enc. Juni Dahr. De 13/11 a 29/11. 6ª e Sáb às 21h30. Dom às 16h. Loulé Cine-Teatro Louletano Avenida José da Costa Mealha. T. 289414604 Os Emigrantes Comp.: ACTA A Companhia de Teatro do Algarve. Enc. Paulo Moreira. Hoje às 21h30. M/16. Duração: 70m. Tomar Hotel dos Templários Lg Cândido dos Reis, 1 - Ap. 91. T. 249310100 Dom Quixote Fatias de Cá. Enc. Carlos Carvalheiro. Hoje às 11h11. 36 | PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 SAIR EXPOSIÇÕES Lisboa 3 + 1 Arte Contemporânea Rua António Maria Cardoso, 31. T. 210170765 Banhados pela luz brilhante do pôr do sol De Carlos Noronha Feio. De 13/11 a 9/1. 3ª a 6ª das 14h às 20h. Sáb das 11h às 16h. Pintura, Desenho. A Montra Calçada da Estrela, 132. T. 213954401 Cabelo e Mãos De Pedro Barateiro. De 24/10 a 29/11. Todos os dias 24h. Performance. Arquivo Fotográfico Rua da Palma, 246. T. 218844060 Mi.nús.cu.lo De Eduardo Portugal. De 25/9 a 23/1. 2ª a Sáb das 10h às 19h. Fotografia. Casa da Liberdade - Mário Cesariny Rua das Escolas Gerais, 13. T. 218822607 Artur Bual De 2/11 a 19/12. 2ª a Sáb das 14h às 20h. Pintura. Casa dos Bicos Rua dos Bacalhoeiros. T. 218802040 Núcleo Arqueológico da Casa dos Bicos A partir de 14/7. 2ª a Sáb das 10h às 18h. Objectos, Documental. Centro Cultural de Belém Praça do Império. T. 213612400 Carrilho da Graça: Lisboa De 22/9 a 14/2. 3ª a Dom das 10h às 18h. Arquitectura. Centro de Arte Moderna R. Doutor Nicolau Bettencourt. T. 217823474 As Casas na Colecção do CAM De Ana Vieira, Rachel Whiteread, José Pedro Croft, Heimo Zobernig, Leonor Antunes, entre outros. De 20/11 a 31/10. 2ª, 4ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. Escultura, Instalação, Pintura, Vídeo, Fotografia. Hein Semke. Um Alemão em Lisboa De 20/11 a 22/2. 2ª, 4ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. Pintura. O Círculo Delaunay De Robert e Sonia Delaunay. De 20/11 a 22/2. 2ª, 4ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. Pintura. Willie Doherty. Uma e Outra Vez De 20/11 a 22/2. 2ª, 4ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. Chiado Largo do Chiado. Coming Out De vários autores. Até 1/1. Todos os dias 24h. Outros. DR Os dez anos do Quorum Ballet são celebrados em dose dupla, na Amadora Culturgest Rua Arco do Cego. T. 217905155 nenhuma entrada entrem De Projecto Teatral. De 24/10 a 23/12. 3ª a 6ª das 11h às 18h. Sáb, Dom e feriados das 11h às 19h. Escultura, Performance, Outros. Oximoroboro De Von Calhau!. De 24/10 a 23/12. 3ª a 6ª das 11h às 18h. Sáb, Dom e feriados das 11h às 19h. Instalação, Performance, Outros. Edifício TransBoavista Rua da Boavista, 84. T. 213433259 Artfutura - Inteligência Colectiva De vários autores. De 19/11 a 28/11. 4ª a Sáb das 14h às 19h. Outros. Geração 2015. Proyectos de arte Fundación Montemadrid De vários autores. De 19/11 a 17/1. 4ª a Sáb das 14h às 19h. Vídeo, Fotografia, Escultura, Pintura, Desenho. I stood up and... never sat down again De vários autores. De 19/11 a 17/1. 4ª a Sáb das 14h às 19h. Outros. Pierre Larauza, Cazenga vs Luanda De 19/11 a 17/1. 4ª a Sáb das 14h às 19h. Fotografia. Ermida de Nossa Senhora da Conceição Travessa do Marta Pinto, 12. T. 213637700 Naked Girls De Luís Paulo Costa. De 7/11 a 20/12. 3ª a 6ª das 11h às 13h e das 14h às 17h. Sáb e Dom das 14h às 18h. Pintura. Fundação e Museu Calouste Gulbenkian Avenida de Berna, 45A. T. 217823000 Calouste S. Gulbenkian e o Gosto Inglês De 27/11 a 28/3. 2ª, 4ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. Pintura. Wentworth-Fitzwilliam. Uma Colecção Inglesa De Philip de Laszlo, Sir Joshua Reynolds, Sir Anton van Dyck, entre outros. De 27/11 a 28/3. 2ª, 4ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. Pintura. Galeria Pedro Cera Rua do Patrocínio, 67E. T. 218162032 Mergulho De Vera Mota. De 14/11 a 9/1. 3ª a 6ª das 10h às 13h30 e das 14h30 às 19h. Sáb das 14h30 às 19h. Escultura, Instalação. MNAC - Museu do Chiado Rua Serpa Pinto, 4. T. 213432148 Civilizações de Tipo I, II e III De Rui Toscano. De 31/10 a 31/1. 3ª a Dom das 10h às 18h. Pintura, Desenho, Vídeo, Outros. Narrativa de uma Colecção - Arte Portuguesa na Colecção da Secretaria de Estado da Cultura (1960-1990) De vários autores. De 15/7 a 12/6. 3ª a Dom das 10h às 18h. Pintura. Prémio Sonae Media Art 2015 De Diogo Evangelista, Musa paradisiaca, Patrícia Portela, Rui Penha, Tatiana Macedo. De 20/11 a 31/1. 3ª a Dom das 10h às 18h. Outros. Progresso De Ana Cardoso. De 23/10 a 29/11. 3ª a Dom das 10h às 18h. Pintura. Rui Toscano De 31/10 a 31/1. 3ª a Dom das 10h às 18h (Última entrada 17h30). Desenho, Vídeo. Temps D’Images Loops. Lisboa De vários autores. De 15/10 a 24/1. 3ª a Dom das 10h às 18h. Vídeo. We Shall Over Come De Rita GT. De 5/11 a 10/1. 3ª a Dom das 10h às 18h. Performance. Museu da Cidade de Lisboa Campo Grande, 245. T. 217513200 Lisboa 1755. A Cidade à Beira do Terramoto - Reconstituição virtual da Lisboa prépombalina A partir de 25/11. 3ª a Dom das 10h às 13h e das 14h às 18h. Documental, Outros. Permanente. Tambor De Armanda Duarte. De 21/11 a 21/2. 3ª a Dom das 10h às 13h e das 14h às 18h. Outros. Museu da Electricidade Av. Brasília - Ed. Central Tejo. T. 210028190 Afinidades Electivas. Julião Sarmento Coleccionador De Andy Warhol, Cristina Iglesias, Nan Goldin, Eduardo Batarda, Fernando Calhau, entre outros. De 16/10 a 3/1. 3ª a Dom das 10h às 18h. Pintura, Desenho, Escultura, Fotografia, Vídeo, Instalação. One’s Own Arena De José Pedro Cortes. De 16/10 a 13/12. 3ª a Dom das 10h às 18h. Fotografia. Suite Rivolta: O Feminismo Radical de Carla Lonzi e A Arte da Revolta De 16/10 a 6/12. 3ª a Dom das 10h às 18h. Outros. Palácio Nacional da Ajuda Largo da Ajuda. T. 213637095 Ricordo di Venezia. Vidros de Murano da Casa Real Portuguesa De vários autores. De 21/7 a 29/11. 2ª, 3ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. Objectos. Tirée par... a Rainha D. Amélia e a Fotografia De 30/9 a 20/1. 2ª, 3ª, 5ª, 6ª, Sáb e Dom das 10h às 18h. Fotografia, Documental. Alvaiázere - Ferreira da Gama, Castro Machado (Alvorge), Pacheco Pereira (Cabaços), Anubis (Maçãs D. Maria) Alvito - Nobre Sobrinho Amadora - Heleno, São Damião Ansião - Teixeira Botelho, Medeiros (Avelar), Rego (Chão de Couce), Pires (Santiago da Guarda) Arraiolos Vieira Arronches - Batista, Esperança (Esperança/Arronches) Arruda dos Vinhos - Da Misericórdia Avis - Nova de Aviz Azambuja - Dias da Silva, Nova, Peralta (Alcoentre), Ferreira Camilo (Manique do Intendente) Barrancos - Barranquense Barreiro - Santo André (Santo André) Batalha - Ferraz, Silva Fernandes (Golpilheira) Beja - J. Delgado (S. João Batista) Belmonte - Costa, Central (Caria) Benavente - Miguens, Central (Samora Correia) Bombarral - Hipodermia Borba Central Cadaval - Misericórdia, Figueiros (Figueiros Cadaval (Jan,Mar,Maio)) Caldas da Rainha - Rosa Campo Maior - Campo Maior Cartaxo - Central do Cartaxo Cascais - Cascais, das Areias (Estoril), São Domingos de Rana (S. Domingos de Rana) Castanheira de Pera - Dinis Carvalho (Castanheira) Castelo Branco - Progresso Castelo de Vide - Roque Castro Verde - Alentejana Chamusca - Joaquim Maria Cabeça Constância - Baptista, Carrasqueira (Montalvo) Coruche - Almeida Covilhã - Crespo Crato - Saramago Pais Cuba - Da Misericórdia Elvas - Lux Entroncamento - Carvalho Estremoz - Godinho Évora - Diana Faro - Batista Ferreira do Alentejo - Fialho Ferreira do Zêzere - Graciosa, Soeiro, Moderna (Frazoeira/Ferreira do Zezere) Figueiró dos Vinhos - Campos (Aguda), Correia Suc. Fronteira - Vaz (Cabeço de Vide) Fundão - Avenida Gavião - Gavião, Pimentel Golegã - Salgado Grândola - Moderna Idanha-a-Nova - Andrade (Idanha A Nova), Serrasqueiro Cabral (Ladoeiro), Monsantina (Monsanto/Beira Baixa), Freitas (Zebreira) Lagoa - Lagoa Lagos - Telo Leiria - Antunes (Guimarota) Loulé - Chagas, Algarve (Quarteira), Paula (Salir) Loures - Tojal, Pedro (Portela) Lourinhã - Marteleirense, Ribamar (Ribamar) Mação - Saldanha Mafra Barros (Igreja Nova), Nogueira (Venda do MÚSICA Lisboa Avenida da Liberdade Lisboa. Vodafone Mexefest Cinema São Jorge (Sala Manoel de Oliveira): Best Youth (21h10), Petite Noir (23h15). Cinema São Jorge (Sala Montepio): Jenny Hval (20h), Holy Nothing (22h10). Cinema São Jorge (Vodafone Blackout Room): Benjamim (19h40), Bombino (20h50). Teatro Tivoli: Georgia (21h45), Nicolas Godin (23h10). Garagem da EPAL (Sala Super Bock Super Rock): Flamingos (21h), The Babe Rainbow (23h30). Palácio Foz: Salvador Sobral (20h), Cachupa Psicadélica (23h45), Seven Davis Jr (00h45). Estação Vodafone FM: Benjamim (21h20), Bombino (23h10). Ateneu Comercial de Lisboa: Glockenwise (22h30), The Parrots (00h30). Tanque: Mary B (17h), Ricardo Guerra (18h), Carlos Cardoso (19h), Tiago Santos (20h), Da Chick (22h20), Peaches (23h30), Meu Kamba Live (01h). Soc. Geografia de Lisboa: Castello Branco (21h). Coliseu dos Recreios: Ariel Pink (22h), Patrick Watson (00h20). Igreja S. Luís dos Franceses: Beautify Junkyards (20h10). Casa do Alentejo: They’re Heading West & Convidados (20h10), Selma Uamusse (22h10). Vodafone Bus: Pás de Problème (a partir das 20h50). Aula Magna Alameda da Universidade. T. 217967624 1.º Congresso do Bombo De 28/11 a 29/11. Sáb e Dom às 09h. Centro Cultural de Belém Praça do Império. T. 213612400 Jazz: A Arte de Tocar em Liberdade Hoje às 15h30. Dom às 11h30. Oficina de música. Júlio Resende Hoje às 21h (com Sílvia Pérez Cruz e Moreno Veloso. M/6). Culturgest Rua Arco do Cego . T. 217905155 Ricardo Toscano Quarteto De 27/11 a 28/11. 6ª e Sáb às 21h30 (Ciclo Jazz +351. M/6). Fundação e Museu Calouste Gulbenkian Avenida de Berna, 45A. T. 217823000 Rufus Wainwright & Orquestra Gulbenkian Maestro Joana Carneiro. De 27/11 a 28/11. 6ª e Sáb às 21h. Prima Donna. Galeria Zé dos Bois R. da Barroca, 59 - Bairro Alto. T. 213430205 Creative Sources Fest Hoje às 21h. Hot Clube de Portugal Praça da Alegria, 48. T. 213619740 Michael Lauren All Stars Hoje às 22h30 e 24h. Museu do Oriente Av. Brasília. T. 213585200 Jorge Nunes Hoje às 21h30. Paradise Garage R. João de Oliveira Miguéis. T. 217904080 Ghost Hoje às 21h. 1.ª parte com Dead Soul. Sabotage Club Rua de São Paulo, 16. T. 213470235 The Picturebooks Hoje às 22h30. Faro Teatro das Figuras Horta das Figuras (EN 125). T. 289888110 Benjamin Clementine Hoje às 21h30. DANÇA Lisboa Centro Cultural de Belém Praça do Império. T. 213612400 This Is not a Love Story. This Is A and B. Hoje às 19h (na Sala de Ensaio). M/12. Teatro Camões Passeio do Neptuno. T. 218923470 Danza Preparata. Hoje às 21h. M/12. Amadora Espaço Cultural Recreios da Amadora Avenida Santos Mattos, 2. T. 214369055 10 Anos em Movimento Quorum Ballet. Coreog. Daniel Cardoso. Hoje às 21h30. Dom às 16h. FARMÁCIAS Lisboa/Serviço Permanente Guerra Suc. (Igreja dos Anjos -) - Rua Andrade, 32-36 Intendente - Tel. 218110028 Moz Teixeira (Conde Barão) - Rua do Poço dos Negros, 115/117 - Tel. 213901961 S. João de Deus (Alvalade) Rua Pedro Ivo, 1 A - B Miguel Contreiras - Tel. 218485140 Simão (Olivais) - Rua Cidade Cabinda, 16 A - Tel. 218510581 Sírius (Bairro Azul) - Rua Fialho de Almeida, 38-A - Tel. 213876700 do Cruzeiro (Ajuda) - Rua do Cruzeiro, 52A Tel. 213610731 Outras Localidades/Serviço Permanente Abrantes - Ondalux Alandroal - Santiago Maior, Alandroalense Albufeira - Santos Pinto Alcácer do Sal - Alcacerense Alcanena - Ramalho Alcobaça Magalhães Alcochete - Cavaquinha, Póvoas (Samouco) Alenquer - Nobre Rito, Varela Aljustrel - Pereira Almada Vale Fetal, Algarve, Atlântico (Cova da Piedade) Almeirim - Barreto do Carmo Almodôvar - Ramos Alpiarça - Gameiro Alter do Chão - Alter, Portugal (Chança) Pinheiro) Marinha Grande - Sta. Isabel Marvão - Roque Pinto Mértola - Pancada Moita - União Moitense Monchique Higya Monforte - Jardim Montijo - União Mutualista Mora - Canelas Pais (Cabeção), Falcão, Central (Pavia) Moura - Nataniel Pedro Mourão - Central Nazaré - Sousa, Maria Orlanda (Sitio da Nazaré) Nisa Ferreira Pinto Óbidos - Vital (Amoreira/ Óbidos), Senhora da Ajuda (Gaeiras), Oliveira Odemira - Confiança Odivelas - Do Altinho, Joleni Oeiras - Estação de Algés (Algés) Oleiros - Martins Gonçalves (Estreito - Oleiros), Garcia Guerra, Xavier Gomes (Orvalho-Oleiros) Olhão - da Ria Ourém - Fátima, Verdasca Ourique - Nova (Garvão), Ouriquense Palmela - Ideal (Águas de Moura) Pedrógão Grande Baeta Rebelo Penamacor - Melo Peniche - Proença Pombal - Barros Ponte de Sor - Matos Fernandes Portel - Misericordia Portimão - Rosa Nunes Porto de Mós Lopes Proença-a-Nova - Roda, Daniel de Matos (Sobreira Formosa) Reguengos de Monsaraz - Moderna Rio Maior Almeida Salvaterra de Magos - Carvalho Santarém - Verissimo Santiago do Cacém - Barradas São Brás de Alportel - São Brás Sardoal - Passarinho Seixal Godinho Serpa - Central Sertã - Lima da Silva, Farinha (Cernache do Bonjardim), Confiança (Pedrogão Pequeno) Sesimbra - da Cotovia Setúbal - Alice, Tavares da Silva Silves - Sousa Coelho Sines Monteiro Telhada (Porto Covo), Central Sintra - Central (Cacém), Queluz (Queluz), Simões Sobral Monte Agraço - Costa Sousel - Mendes Dordio (Cano), Andrade Tavira - Félix Franco Tomar - Ribeiro dos Santos Torres Novas - Pereira Martins (Pedrogão) Torres Vedras - São Gonçalo Vendas Novas - Santos Monteiro Viana do Alentejo - Nova Vidigueira - Pulido Suc. Vila de Rei - Silva Domingos Vila Franca de Xira - Do Forte, Raposo, Moderna Vila Nova da Barquinha - Tente (Atalaia), Carvalho (Praia do Ribatejo), Oliveira Vila Real de Santo António - Carrilho Vila Velha de Rodão - Pinto Vila Viçosa Monte Alvito - Baronia Montemor-o-Novo - Sepúlveda Oeiras - Laveiras (Paço de Arcos), Talaíde (Talaíde) PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 | 37 CRIANÇAS DANÇA Amadora A Branca de Neve no Gelo Centro Comercial Alegro Alfragide (Av. dos Cavaleiros). T. 217125403 Todos os dias, em vários horários. Até 10/1. 12€ (crianças) e 14€ (adultos). Reservas: 707100079 ou reservas@ abrancadenevenogelo.com. Desliza no gelo um musical que adapta o famoso conto infantil sobre a bela princesa que vivia com os sete anões e foi vítima da inveja de uma bruxa vaidosa que não se cansava de consultar o seu espelho. Maria Henrique, Isaac Alfaiate e Afonso Vilela lideram o elenco desta produção. Lisboa Tarará-tchim – Dança e música para bebés Museu da Marioneta (R. da Esperança, 146 – Convento das Bernardas). T. 213942810 Hoje, às 16h; amanhã, às 11h30. Dos 0 aos 36 meses. 7,50€ (sujeito a desconto) Dança, música e outras artes unem-se num momento pensado para levar os bebés a um mundo de movimento, som e fantasia. A interacção com os intérpretes faz parte do jogo. TEATRO Lisboa Conto de Natal Teatro da Luz (Lg. da Luz). T. 217120600 Sáb., às 16h; Dom., às 11h; 2.ª a 6.ª às 11h e 14h (para escolas). Até 27/12. M/6. 7,50€ (sujeito a desconto). Informações e reservas: 968060047. M/6. Musical adaptado do texto original de Charles Dickens, datado de 1843, que conta a história do malvado Ebenezer Scrooge. Na véspera de Natal, é visitado pelos fantasmas do Natal Passado, Presente e Futuro. A partir daí, um milagre acontece e a vida de Scrooge muda para sempre. Salta para o Saco Teatro da Comuna (Pç. de Espanha). T. 217221770 Sáb., às 16h; Dom., às 11h30 e 16h. Até 27/12. M/6. 5€ A Comuna parte do texto de António Torrado e, com versão cénica de João Mota, põe em palco a história infanto-juvenil que desencanta contos populares, desenrolando-os num conjunto de peripécias e aventuras. Pippi das Meias Altas – O Musical Teatro Villaret (Av. Fontes Pereira de Melo, 30A). T. 213538586 Sáb. e Dom., às 11h; 3.ª, às 21h (excepto de 2/12 a 7/12 e de 28/12 a 8/1). Até 28/2. M/6. 12,50€ Inês Castel-Branco transforma-se em Pippi das Meias Altas neste musical da Tenda Produções que adapta as aventuras da miúda mais traquina de sempre do mundo ficcional infantil. Ao lado da heroína saída da série infanto-juvenil que adaptou as histórias da sueca Astrid Lindgren apresenta-se um elenco de peso, com actores como Rita Ribeiro, Marta Fernandes, Marina Albuquerque ou Hélder Gamboa, encenados por Henrique Feist, com direcção musical de Nuno Feist e coreografia de Paulo Jesus. Tarzan – O Musical Teatro Politeama (R. Portas de Santo Antão, 109). T. 213405700 Sáb., às 15h. M/4. 5€ a 12,50€ A história do homem da selva, de Edgar Rice Burroughs, ganha nova vida neste musical de Filipe La Féria que combina teatro, artes circenses, música, dança e vídeo para mostrar a adaptação de Tarzan à selva africana e a sua relação com os animais. Com um elenco composto por cinco crianças e dois adultos, La Féria põe em palco a lição de vida do menino náufrago que é criado por um gorila. A Bela e o Monstro Teatro da Trindade (Lg. da Trindade, 7A). T. 213420000 Sáb., às 11h e 16h; Dom., às 11h e 15h. Na Sala Eça de Queiroz. Até 27/12. M/3. 9,50€ a 17€ A versão da Yellow Star do conto clássico infantil de Madame LePrince de Beaumont conta a história do príncipe transformado em monstro por uma feiticeira, que é obrigado a permanecer nessa horrenda forma até ao dia em que encontre quem se apaixone por ele. Será Bela a sua salvação? Porto O Livro da Selva - O Musical Teatro Sá da Bandeira (R. Sá da Bandeira, 108). T. 222003595 Amanhã, às 11h30. M/3. 10€ Inspirado no original de Rudyard Kipling nasce este musical infantil onde Mogli, o rapaz criado por lobos que vive na selva, permanece a personagem principal. Conta com efeitos especiais e música para mostrar a aventura que vive quando decide regressar ao mundo dos homens. EXPOSIÇÕES Lisboa VIRAL – Uma Experiência Contagiante Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva (Al. dos Oceanos – Parque das Nações). T. 218917100 Sáb., Dom. e feriados, das 11h às 19h. 3.ª a 6.ª, das 10h às 18h. Até 30/9/2016. 8€ (adultos); 5€ (6-17 e +65); 4€ (3-5 anos); Grátis (até aos 2 anos) Doenças, economias, ideias, comportamentos, emoções: podem Livros ser contagiosos e contagiantes. Várias vertentes do contágio são exploradas na exposição mais recente do Pavilhão do Conhecimento. apresentações por 11 municípios ligados ao projecto Artemrede. Abrantes, Alcobaça, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Oeiras, Palmela, Santarém, Sesimbra e Sobral de Monte Agraço acolheram este ano oito espectáculos, duas oficinas e uma exposição de Vânia Kosta: Descobridores – Uma Viagem Feita por Ti. Hoje, a Festa da Marioneta encerra com Peregrinação, de Marcelo Lafontana, que adapta a obra homónima de Fernão Mendes Pinto, cruzando o Teatro de Papel com recursos do audiovisual e multimédia. Num palco transformado em estúdio de cinema, cenários e personagens desenhados e recortados em cartão são manipulados perante o olhar de câmaras de vídeo. Espinafres & Desporto Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva (Al. dos Oceanos – Parque das Nações). T. 218917100 Sáb., Dom. e feriados, das 11h às 19h. 3.ª a 6.ª, das 10h às 18h. Até 30/9/2016. 8€ (adultos); 5€ (6-17 e +65); 4€ (3-5 anos); Grátis (até aos 2 anos) Mostra interactiva em que o espectador vai da cozinha até ao parque, passando pela zona fitness, para descobrir o que fazer para ter um estilo de vida saudável. FEIRA Lisboa Mercado Get Zen Espaço Amoreiras (R. Dom João V, 24). T. 213600070 Amanhã, das 10h às 20h. Edição especial de Natal. Grátis No último domingo de cada mês, realiza-se um mercado dedicado a promover a saúde. Get Zen é um convite ao equilíbrio através da energia, criatividade e renovação, quer através de actividades, quer através de artigos. Para além de um mercado de produtos novos – onde se encontra artesanato, produtos regionais, gourmet, biológicos, reciclados, plantas e outros –, há também um mercado de segunda mão e outro de trocas. Ao mesmo tempo, há aulas, actividades e tertúlias e um espaço paralelo, o Get Zen Kids – Fun for Life, unicamente dedicado a promover a tradição sustentável junto das crianças. FESTIVAL Barreiro Festa da Marioneta’15 Auditório Municipal Augusto Cabrita (Av. Escola de Fuzileiros Navais – Parque da Cidade). T. 212070578 Hoje, às 16. M/6. 3€ Marionetas, objectos e formas animadas apresentam-se para a sétima edição da festa, que se desdobrou em A Bela e o Monstro, no Teatro da Trindade, em Lisboa Eu Quero a Minha Cabeça! Texto e ilustração António Jorge Gonçalves Edição Pato Lógico 40 págs., 13,90€ “Não” é uma das palavras que cedo se aprendem a dizer, talvez porque também cedo é escutada com frequência. Céu usa-a bastante e com força. De tal maneira que um dia, ao não querer largar o baloiço, negouse tantas vezes que lhe saltou a cabeça. “E agora? O que vou fazer sem a minha cabeça?” Começa então a busca, com a ajuda de uma gaivota, pela montanha acima. Por lá, háde encontrar outras cabeças perdidas: uma cabeça-flor, uma cabeça-pedra, uma cabeçanuvem e uma cabeça-bonecode-neve. Nenhuma lhe agradou, pois que nenhuma era a dela. Será dentro da montanha que descobrirá a palavra mágica que a fará recuperar a sua própria cabeça. Uma palavra simples de pronunciar, mas nem sempre fácil de escolher. A menina do baloiço passou a conseguir travar a vontade de dizer “não” e suspeita-se de que não voltará a ficar sem cabeça. Eu Quero a Minha Cabeça! é um livro que, sem moralismos, apela ao sentido de aceitação, mas não de obediência cega. A descoberta interior das alternativas ao comportamento está bem ilustrada (nas imagens e texto) pela entrada na montanha. Uma delícia a copa da árvore a fazer lembrar um cérebro. O lançamento do livro acontece hoje, às 16h, na Fnac do Chiado (Lisboa), estando as ilustrações aí expostas até dia 6 de Fevereiro. Um convite a que se diga mais vezes “sim”. Rita Pimenta ACTIVIDADES Lisboa Jazz: A Arte de Tocar em Liberdade Centro Cultural de Belém (Pç. do Império). T. 213612400 Hoje, às 15h30; amanhã, às 11h30. 3,50€ (semana); 6€ (fim-de-semana) A Fábrica das Artes oferece uma oficina de iniciação ao jazz, onde as crianças poderão conhecer os instrumentos e as formações mais comuns, do swing, passando pela improvisação, à importância da interacção entre os músicos. Porto Bebé Grigri Casa da Música (Av. da Boavista, 604/610). T. 220120220 Amanhã, às 10h, 11h30 e 16h. Na Sala de Ensaio 2. Workshop Primeiros Sons. Dos 3 meses aos 5 anos.10€ (criança + adulto) “Grilaria pegada numa sessão bem animada!” É este o lema do workshop que leva as crianças ao mundo dos pequenos sons da Natureza, por caminhos feitos de canções. MÚSICA Coimbra Filipe Pinto Parque da Cidade (Dr. Manuel Braga – Av. Emídio Navarro). T. 239824667 Hoje, às 18h. No Coreto. Grátis Filipe Pinto venceu um dos mais vistos programas de talentos portugueses, cantando Ornatos Violeta, Radiohead e Pearl Jam no seu caminho para a vitória. Distingue-se de outros que por ali passaram porque não se limita a cantar: também escreve e compõe. Depois de Cerne, o seu primeiro álbum, lança-se ao universo infantil com o projecto de educação ambiental O Planeta Limpo. Porto Ruca ao Vivo! – Novo Concerto de Natal Teatro Sá da Bandeira (R. Sá da Bandeira, 108). T. 222003595 Hoje, às 15h. 15€ a 20€ Celebração do 25.º aniversário do Ruca através de um concerto de Natal concebido para agradar a toda a família. [email protected] 38 | PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 JOGOS Meteorologia Ver mais em www.publico.pt/tempo CRUZADAS 9358 TEMPO PARA HOJE Horizontais: 1. Derivar, descender. Organização dos Países Exportadores de Petróleo. 2. Tronco de línguas indígenas brasileiras. Lugar descoberto e saliente sobre uma casa, ao nível de um andar. 3. Redução das formas linguísticas “de” e “a” numa só. Galantear. 4. Ferro (s.q.). Cada um dos frutos do cacho de uvas. Vazio. 5. Isolamento temporário. 6. Atmosfera. Desfrutar com grande prazer (informal). 7. Enxugar. Campo de liça. 8. Tomba. Meter dentro de latas. 9. Tratamento dado hoje aos príncipes e infantes e outrora aos reis. Grupo de pessoas em círculo. 10. Peça de vestuário de cerimónia para homem. Erradamente. 11. Que parece bom, mas não o é. A expressão dos olhos. Solução do problema anterior: Horizontais: 1. Casa. Cavala. 2. Atascar. Ril. 3. Coiso. Eu. Vi. 4. Al. Ema. Tira. 5. Ma. Ufano. 6. Nora. 7. São. Cacique. 8. Ao. Chouto. 9. LETRADO. 10. Aferrado. Do. 11. Tirei. Olhar. Verticais: 1. Cacau. Sabat. 2. Atol. NÃO. Fi. 3. SAI. Moo. Ler. 4. Assear. Gere. 5. COM. AC. Tri. 6. Ca. Au. Acra. 7. Are. FECHADO. 8. Uta. Iodol. 9. Ar. Iníquo. 10. LIVRO. Ut. Da. 11. Alia. Leonor. Provérbio: Com livro fechado não sai letrado. Verticais: 1. Platina (s.q.). Louça de mesa. 2. Descortês (fig.). Distinção. 3. Oferta Pública de Aquisição (acrónimo). Mencionar. 4. Observei. Veste talar, preta, de certos funcionários judiciais e de alunos de alguns seminários. Sufixo nom., de origem latina, que ocorre em substantivos femininos que designam cargo, dignidade. 5. Conjunto de elementos (mares, montanhas, árvores, animais, etc.) do mundo natural. 6. Insurgir-se. Fatacaz. 7. Que nunca será esquecido. Outra coisa (ant.). 8. Prefixo (montanha). Enfeitar com oiro. 9. Não continuo. Recuperar. 10. Devorador. Flutuar. 11. Pequeno orifício da derme. Cada uma das varas a que se atrela o cavalo, nos veículos. Depois do problema resolvido encontre o título de um filme de e com Ole Giæver (2 palavras). Bragança Viana do Castelo 9º 14º Braga 3º 13º 7º 16º Vila Real 7º 14º Porto 16º 9º 16º Viseu 1,5-2,5m Guarda 7º 14º Aveiro 4º 11º Penhas Douradas 2º 9º 10º 17º Coimbra 9º 16º Castelo Branco Leiria 10º 17º 6º 17º Santarém Portalegre 10º 19º 10º 16º Lisboa BRIDGE SUDOKU 12º 18º Setúbal Dador: Sul Vul: Ninguém NORTE ♠ A104 ♥ J652 ♦ A9 ♣ 9752 ESTE ♠ 976 ♥ K8 ♦ 108653 ♣ 1084 OESTE ♠ KQJ3 ♥A ♦ QJ742 ♣ J63 SUL ♠ 852 ♥ Q109743 ♦K ♣ AKQ Oeste Norte X 2ST (1) Todos passam Este passo Sul 1♥ 4♥ Leilão: Equipas ou partida livre. (1) Truscott – Convite a partida com pelo menos quatro cartas a copas Carteio: Saída: K♠. Qual a linha de jogo ganhante? Solução: Sobre o dobre, a resposta convencional de 2ST garante um apoio encorajante de quatro trunfos, uma boa razão para impor a partida. Os avisos estão a vermelho! A defesa irá libertar duas vazas a espadas quando dispõe igualmente de duas vazas a trunfo. É evidente que para justificar o seu dobre de chamada, Oeste deverá ter pelo menos uma grande figura a trunfo. Se for o Ás, pode tentar jogar o Valete e esperar que Este cubra automaticamente com o Rei, “figura sobre figura”, mas é pouco provável que essa manobra desesperada funcione. O melhor é confiar que os paus este- Problema 6490 Dificuldade: fácil jam divididos 3-3: prenda a saída com o Ás de espadas, desbloqueie AKQ de paus, volte ao morto no Ás de ouros e por fim, avance com o 9 de paus sobre o qual balda uma espada! Assim poderá cumprir o contrato sempre que o Ás e o Rei de trunfo estiverem separados: se a defesa cortar com uma figura, está cumprido, e se cortar com o 8, será igualmente danoso, porque assim que jogar trunfo as figuras tombarão na mesma vaza! Considere o seguinte leilão: Oeste Norte Este Évora 10º 20º 8º 19º 17º Beja Sines 8º 19º 11º 18º 1,5-2,5m Sagres 13º 19º Solução do problema 6488 Faro 12º 21º 18º 0,5-1m Sul ? Açores Corvo O que abriria em Sul, com cada uma das seguintes mãos? 1. ♠AQ ♥KQ965 ♦AKJ10 ♣K6 2. ♠KQ5 ♥AQJ10654 ♦- ♣AQJ 3. ♠- ♥AQ10962 ♦A2 ♣AKJ62 4. ♠AKQ10952 ♥A52 ♦6 ♣105 Flores Graciosa 18º 13º 16º 18º Respostas: 1. 2♣ – Seguido de 2ST – 22-23. Demasiados pontos para abrir numa copa e a qualidade do naipe não autoriza que se mencione as copas como sendo um unicolor. 2. 2♦ – Três perdentes e um excelente unicolor justificam uma abertura forcing de partida. 3. 1♥ – Anuncie naturalmente os bicolores (exceto se tiver demasiado forte, isto é, 23 ou mais pontos). 4. 1♠ – É verdade que esta mão tem 8 vazas, mas a sua força em termos de pontos de honra não justifica uma abertura em 2 forte. Problema 6491 Dificuldade: difícil Faial Terceira 14º 17º Pico 14º 17º 2-3m S. Miguel Ponta Delgada Sta Maria Madeira Porto Santo Sol 21º Nascente 07h32 Poente 17h17 2-3m Lua Quarto Minguante Funchal º 1-1,5m 21 19º 14º 18º 2-3m 18º 21º Solução do problema 6489 2-3m S. Jorge 3 Dez. 07h40 17º 22º Marés Leixões Preia-mar 16h31 04h49* Baixa-mar 10h17 22h30 João Fanha/Pedro Morbey ([email protected]) AMANHÃ © Alastair Chisholm 2008 and www.indigopuzzles.com Cascais Faro 3,4 16h07 3,4 16h12 3,3 3,5 04h25* 3,5 04h33* 3,4 0,4 09h52 0,6 09h45 0,5 0,6 22h03 0,8 21h58 0,7 Fonte: www.AccuWeather.com *de amanhã PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 | DESPORTO | 39 O próximo desafiante de Klitschko tem nome de campeão Tyson Fury é mais um candidato a desalojar do topo da hierarquia o grande pugilista ucraniano, que já não perde um combate há mais de uma década. Excêntrico e provocador, é a antítese de Klitschko LEE SMITH/REUTERS Pugilismo Marco Vaza A carreira de Wladimir Klitschko é suficientemente longa para ter sido contemporâneo de Mike Tyson, mas os dois nunca se encontraram no ringue. Hoje (22h), na Alemanha, o grande pugilista ucraniano, invencível há mais de uma década, vai fazer mais uma defesa dos seus vários títulos de pesados, ao defrontar o filho de um grande admirador de “Iron” Mike. O britânico Tyson Fury, que deve o seu nome ao antigo campeão norte-americano, é o desafiante que se segue para interromper a hegemonia de Klitschko. Mas será apenas mais um? Ou será Fury um desafiante credível? O mais novo dos irmãos Klitschko irá hoje, em Dusseldorf, defender o título pela 19.ª vez e tentar prolongar um dos mais duradouros domínios da história do boxe. O ucraniano já não perde um combate desde 2004 e ninguém lhe consegue arrebatar nenhum cinto de campeão desde 2006 — os seus nove anos e meio de reinado consecutivo apenas perdem para os onze anos e oito meses de Joe Louis, entre 1937 e 1949. “Para alguém me ganhar, só se eu quisesse. Mas eu não quero porque o meu ego é a minha protecção. A única pessoa que me pode derrotar sou eu mesmo”, diz um superconfiante Klitschko. Do outro lado, estará um pugilista mais novo, mais alto e com uma grande dose de loucura. Tyson Fury tem 27 anos, menos 12 que Klitschko, e mede 2,06m (o ucraniano tem “apenas” 1,98m), para além de ter um alcance de braços muito acima da média, 216 centímetros, mais dez que Klitschko. E é uma personagem colorida, desbocada, a roçar o número de circo. Por exemplo, em Setembro, numa conferência de imprensa de promoção do combate, Fury apareceu vestido de Batman e lutou contra um Joker, perante o sorriso amarelo de Klitschko. Depois da “luta”, Fury/Batman apontou para o ucraniano e disse: “És o próximo.” Fury tem tido tiradas do género “Klitschko tem tanto carisma como as minhas cuecas”, ou “É a minha missão derrotar-te porque és um velho aborrecido”, mas será um erro Klitschko e Fury na conferência de imprensa de promoção do combate: dois estilos e duas abordagens diametralmente opostos O palmarés dos dois candidatos Wladimir Klitschko (Ucr) Altura 1,98m Alcance 2,06m Total de combates 67 Vitórias 64 Vitórias por KO 53 Derrotas 3 Ross Puritty (EUA): 1998 Corrie Sanders (Áf. Sul): 2003 Lamon Brewster (EUA): 2004 Tyson Fury (Ing) Altura 2,06m Alcance 2,16m Total de combates Vitórias Vitórias por KO Derrotas 24 24 18 0 julgá-lo apenas pelas palhaçadas. Fury nunca perdeu um combate profissional (24 vitórias, 18 por KO) desde que se estreou em Dezembro de 2008, e já conquistou diversos títulos, entre eles campeão britânico de pesados, campeão da Commonwealth, campeão europeu ou campeão irlandês. Raízes irlandesas Pela influência familiar, dificilmente Fury teria sido outra coisa que não um pugilista. Natural de Manchester, mas com uma herança dos “Irish Travellers” — uma comunidade nómada de raízes irlandesas —, quase começou a ser pugilista desde o dia em que nasceu, pelo nome que o pai escolheu para ele. O pai, John Fury, também foi um pugilista de mérito, tal como outros membros da sua família — os “Irish Travellers” têm, aliás, uma longa tradição no boxe e em combates clandestinos de mãos nuas. Começou a praticar boxe aos 10 anos, fez o seu primeiro combate amador aos 15 e esteve perto de ser seleccionado para competir pela selecção britânica nos Jogos Olímpicos de 2008, mas não conseguiu o lugar. Também tentou ser o representante da República da Irlanda em Pequim, mas nem sequer chegou a competir nas provas de selecção irlandesas, e este duplo fracasso conduziu-o ao profissionalismo. Para estar no seu primeiro combate, teve de interromper a lua-demel em Portugal, mas valeu a pena. Sete anos depois, tem, finalmente, a oportunidade de enfrentar Klitschko, mas à segunda tentativa, porque o ucraniano estava lesionado na primeira data marcada para o combate (24 de Outubro). Conhecido pela alcunha “Dr. Mar- telo de Aço”, Klitschko, que foi campeão olímpico em 1996, não parece nada intimidado pelas excentricidades do seu adversário. “Ele nunca defrontou um adversário como eu. Estou pronto. Acho que ele é um louco. É um doente que precisa de um tratamento urgente. Como sou um ‘médico’, vou tratar rapidamente dele”, afirma o ucraniano, que é tudo o que o desbocado Fury não é: controlado, metódico, cerebral. Wladimir, cujo irmão é agora autarca em Kiev, não deixa nada ao acaso e preocupa-se profundamente com os pormenores — chega a demorar uma hora a ligar as mãos antes de calçar as luvas, mesmo quando se trata de um treino. E é um atleta pouco dado a comportamentos erráticos. “São os pequenos detalhes que fazem a diferença e que compõem tudo. Caos significa emoções. E as emoções são uma desvantagem.” 40 | DESPORTO | PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 MIGUEL RIOPA/AFP Planisférico O “primo” senegalês de George Weah Futebol Marco Vaza A incrível história de Ali Dia, o “jogador” que enganou Graeme Souness e conseguiu jogar 53 minutos na Premier League Se há clube na Premier League que gere bem os seus recursos, é o Southampton. Ano após anos, os “saints” conseguem fazer grandes negócios, reconstruir equipas e manter-se competitivos. Mas nem sempre foi assim e o Southampton tem a pouco invejável distinção de ter tido nas suas fileiras aquele que é considerado o pior jogador da história da Liga inglesa. Fez apenas um jogo, ou melhor, foi um suplente utilizado que acabou substituído. Foram apenas 53 minutos que fizeram de Ali Dia uma lenda infame do futebol. Mas, 19 anos depois, pouco ou nada se sabe daquele que se apresentava como o primo senegalês de George Weah. A história é famosa e já foi contada muitas vezes. Um belo dia, em Novembro de 1996, Graeme Souness, então técnico do Southampton, recebeu uma chamada de alguém que se identificou como George Weah, o grande avançado liberiano, na altura um dos melhores jogadores do mundo. “Weah” disse a Souness para dar uma oportunidade ao seu primo Ali Dia, que era um avançado internacional senegalês e que já tinha andado pelo futebol francês e alemão. Souness não verificou as credenciais de Dia, nem se deu ao trabalho de confirmar que tinha mesmo falado com Weah. Quando Dia apareceu no clube, Souness ofereceu-lhe um contrato de um mês, sem nunca o ter visto sequer a treinar. “Só treinei com ele uma vez. Ele juntou-se à peladinha e lembro-me de pensar logo: ‘Não é grande coisa, não vai ficar na equipa’. É muito difícil julgar alguém só por um treino, mas sempre dá para ver as coisas básicas, se ele sabe controlar uma bola ou posicionar-se em campo. Ele não sabia nada”, contou ao The Guardian Matt le Tissier, a “estrela” do Southampton na altura. Apesar das primeiras impressões negativas, Souness confiou nele o suficiente para o levar a jogo. Dia sentou-se no banco num encontro frente ao Leeds e, quando Le Tissier saiu lesionado aos 32’, o técnico escocês mandou entrar o reforço. Souness ainda lhe deu quase uma hora em campo, mas Dia foi ridiculamente mau e acabaria por ser substituído aos 85’. Depois daquele jogo, nunca mais foi visto no clube. Aqueles minutos a 23 de Novembro de 1996 fizeram dele uma lenda, mas também um mistério que não tem solução. Numa era em que o difícil é não deixar pegadas digitais, ninguém sabe o que é feito de Ali Dia. Claro que não era primo de George Weah e nunca foi internacional pelo Senegal. Andou por clubes finlandeses, passou pela segunda divisão da Alemanha e jogou em várias equipas dos escalões secundários de Inglaterra, antes e depois dos tais 53 minutos com a camisola 33 do Southampton — todos os clubes por onde passou o contrataram porque ele dizia que era primo de George Weah. Em 2012, a revista FourFourTwo disse que conseguiu falar por telefone com Ali Dia, mas quem estava do outro lado da chamada desligou quase de imediato e o número deixou de funcionar. Um dado que parece ser consensual sobre a vida misteriosa de Ali Dia é que este se terá formado em Gestão na Universidade de Northumbria, em Newcastle, mas a pista acaba aqui. Segundo uma investigação recente do site Bleacher Report, Dia terá vivido em Newcastle, mas não encontrou nenhuma presença dele ou da família — o jogador dizia ser casado com uma mulher francesa. Não se sabe se Ali Dia, que terá actualmente 50 anos, era, de facto, o seu verdadeiro nome, ou sequer se ainda está vivo. Planisférico é uma rubrica semanal sobre histórias e campeonatos de futebol periféricos Ver mais em www.publico.pt/planisferico CLASSIFICAÇÃO LIGA Jornada 11 Nacional-Marítimo 3-1 Vitória de Setúbal-União da Madeira 17h Boavista-Vitória de Guimarães 18h30, SP-TV Tondela-FC Porto 20h45, SP-TV Académica-Arouca amanhã, 16h Rio Ave-Moreirense amanhã, 16h Paços de Ferreira-Estoril amanhã, 19h15, SP-TV Sporting-Belenenses 2.ª feira, 19h, SP-TV Sp. Braga-Benfica 2.ª feira, 21h, SP-TV J 1. Sporting 2. FC Porto 3. Sp. Braga 4. Benfica 5. Rio Ave 6. V. Setúbal 7. Nacional 8. Estoril 9. Paços de Ferreira 10. Marítimo 11. Belenenses 12. Arouca 13. V. Guimarães 14. Boavista 15. Moreirense 16. União da Madeira 17. Académica 18. Tondela Julen Lopetegui deixou Imbula de fora dos convocados Lopetegui: “Perdemos um jogo em 18” Futebol Estádio Municipal de Aveiro FC Porto defronta hoje o Tondela, no primeiro encontro após a derrota com o Dínamo Kiev Tondela 4-4-2 Tondela e FC Porto defrontam-se hoje pela primeira vez, mas o desaire dos portistas com o Dínamo Kiev, a meio da semana, ainda estava ontem na agenda. Confrontado com o descontentamento dos adeptos no final da partida, Julen Lopetegui afirmou que estes têm razão, mas não deixou de destacar o saldo de resultados da equipa. “Perdemos um jogo em 18 [o FC Porto fez 16 encontros nesta época]. Os adeptos são soberanos e aceitamos de bom grado e temos de reagir. Muitos adeptos estariam contentes por perder um em 18”, disse. O francês Imbula, que cometeu a grande penalidade que permitiu ao Dínamo Kiev inaugurar o marcador no Dragão, parece ter sido um dos penalizados com essa derrota. O médio, tal como Corona, saiu da lista de convocados do FC Porto, que recupera, após várias semanas de baixa, o capitão Maicon. Durante a conferência de imprensa sobraram elogios para o Tondela. “Tem uma boa equipa, que já levantou dificuldades ao Sporting, que ganhou no último minuto, e tem feito jogos interessantes. Estou convencido de que temos de fazer um bom jogo”, considerou o técnico, citado pela agência Lusa. O Tondela, que recebe os “dragões” em Aveiro por imposição da Liga, que não julgou o Estádio João Cardoso pronto para uma partida 20h45 SP-TV1 B. Nascimento Kaká E. Machado R. Baldé Luís Tinoco Bruno Menga Monteiro Aboubakar Tello André R. Neves 8 6 6 6 5 3 4 4 4 4 3 2 2 2 1 1 1 1 E 2 3 2 0 3 5 2 2 2 2 4 6 4 3 4 3 3 2 D 0 0 2 3 2 2 5 4 4 5 3 2 4 5 5 4 6 7 M-S P 19-5 18-4 17-4 22-7 17-12 16-14 10-10 9-12 9-12 15-19 12-22 8-9 7-14 5-11 8-15 3-6 5-16 5-14 26 21 20 18 18 14 14 14 14 14 13 12 10 9 7 6 6 5 II LIGA Jornada 17 Mafra-V. Guimarães B 1-1 Desp. Aves-Oliveirense 15h Gil Vicente-Sporting B 16h, SP-TV Portimonense-Olhanense 16h Santa Clara-Leixões amanhã, 11h Sp. Covilhã-FC Porto B amanhã, 11h15, SP-TV Sp. Braga B- Atlético amanhã, 15h Académico de Viseu-D. Chaves amanhã, 15h Oriental-Freamunde amanhã, 15h Benfica B-Famalicão amanhã, 16h, BTV Farense-Varzim amanhã, 16h Feirense-Penafiel amanhã, 16h Nathan Júnior Brahimi Layún V Próxima jornada Benfica-Académica, Belenenses-Vitória de Setúbal, FC Porto-Paços de Ferreira, Marítimo-Sporting, Arouca-Boavista, Estoril-Nacional, União da Madeira-Tondela, Moreirense-Braga, Vitória de Guimarães-Rio Ave Matt Jones H. Tavares Lucas Souza 10 9 10 9 10 10 11 10 10 11 10 10 10 10 10 8 10 10 Danilo Marcano Indi Maxi Casillas FC Porto 4-3-3 Árbitro: Manuel Mota Braga desta dimensão, vai procurar pontuar pela primeira vez frente a um “grande”, depois de ter perdido nas recepções a Sporting e Benfica. A equipa de Rui Bento sabe que se marcar primeiro poderá ficar perto de o fazer, pelo menos olhando para o historial do FC Porto com Lopetegui. O jogo com o Dínamo Kiev foi o 11.º encontro oficial, desde o princípio da época passada, que os “azuis e brancos” começaram a perder e em nenhum deles conseguiram dar a volta para ganhar. Seis desses 11 encontros terminaram empatados e cinco com o FC Porto derrotado. O Tondela, a cumprir a primeira temporada da sua história no escalão principal, ocupa o último lugar da Liga, com um triunfo em dez jornadas. Manuel Assunção J 1. FC Porto B 2. Sporting B 3. Desp. Chaves 4. Feirense 5. Desp. Aves 6. Portimonense 7. Freamunde 8. Famalicão 9. Benfica B 10. Ac. Viseu 11. Gil Vicente 12. Farense 13. Atlético 14. Olhanense 15. Varzim 16. V. Guimarães B 17. Sp. Braga B 18. Penafiel 19. Sp. Covilhã 20. Mafra 21. Santa Clara 22. Leixões 23. Oriental 24. Oliveirense V E 16 11 16 8 16 7 16 6 16 7 16 6 16 6 16 5 16 7 16 6 16 6 16 6 16 6 16 6 16 6 17 5 16 5 16 5 16 4 17 4 16 5 16 2 16 3 16 1 D M-S 3 2 36-19 4 4 23-16 6 3 19-13 9 1 20-16 4 5 17-13 7 3 24-22 5 5 16-12 8 3 21-18 2 7 21-20 5 5 16-17 4 6 20-17 4 6 18-16 4 6 15-14 4 6 16-17 4 6 18-20 6 6 17-20 5 6 16-18 5 6 16-20 7 5 15-21 6 7 13-16 2 9 15-19 7 7 15-22 3 10 18-26 6 9 11-24 P 36 28 27 27 25 25 23 23 23 23 22 22 22 22 22 21 20 20 19 18 17 13 12 9 Próxima jornada Atlético-Sporting da Covilhã, D. Chaves-D. Aves, FC Porto B-Farense, LeixõesBenfica B, Olhanense-Oriental, OliveirenseGil Vicente, Sporting B-Ac. Viseu, Vitória de Guimaraes B-Portimonense, Famalicão-Sp. Braga B, Penafiel-Mafra, Varzim-Feirense MELHORES MARCADORES Liga 8 golos Jonas (Benfica) 7 golos Slimani (Sporting) 6 golos Dyego Sousa (Marítimo) II Liga 9 golos André Silva (FC Porto B) 8 golos Platiny (Feirense) 7 golos Gleison (FC Porto B), Pires (Portimonense) PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 | DESPORTO | 41 JOHN THYS/AFP Nacional manteve a tradição no derby Nacional Breves 3 Andebol Benfica recupera de mau início e entra a ganhar na Challenge Sequeira 15’, Rui Correia 60’, Willyan 80’ Marítimo 1 Dirceu 45’ Estádio da Madeira, no Funchal Nacional Rui Silva, Nuno Campos, Zainadine, Rui Correia, Sequeira, Ali Ghazal, Washington (Nené Bonilha, 46’), Willyan, Salvador Agra, Witi (Luís Aurélio, 46’), Soares (Gustavo, 90’). Treinador Manuel Machado Marítimo Salin, Patrick Vieira (Baba, 76’), Dirceu, Raul Silva a31’aa47’, Ruben Ferreira, Fransérgio, Tiago Rodrigues, João Diogo, Éber Bessa, Edgar Costa a89’, Dyego Souza a51’ (Diallo, 83’). Treinador Ivo Vieira Murray bateu Ruben Bemelmans em três sets Para Andy Murray, a final só acaba amanhã Árbitro Tiago Martins (AF Lisboa) Futebol O derby madeirense, entre Nacional e Marítimo, que abriu ontem a 11.ª jornada da Liga serviu para confirmar a tendência dos últimos anos. Em casa, mandam os “alvinegros”, algo que acontece pela quarta época consecutiva. Ontem, o jogo ficou fechado com um 3-1 e com dois cartões vermelhos para os visitantes. Três pontos separavam os dois rivais insulares no arranque desta ronda, mas Sequeira deu muito cedo o mote para o que se seguiria: passe de Salvador Agra, um dos mais dinâmicos em campo, e conclusão do lateral esquerdo do Nacional, num cruzamento/remate. Aos 15’, os anfitriões colocavam-se em vantagem. O Marítimo, sem poder contar com a sua principal arma ofensiva (Marega estava castigado), respondeu mesmo em cima do intervalo, na sequência de um canto que Dirceu converteu no empate. Antevia-se uma segunda parte equilibrada, mas Raul Silva hipotecou as hipóteses dos visitantes, ao ver o segundo cartão amarelo logo aos 47’. E num jogo em que os defesas estavam inspirados, Rui Correia juntou-se à lista de marcadores, aos 60’, ao desviar na pequena área após um pontapé de canto. O momento alto da noite surgiria, porém, aos 80’, quando Willyan arrancou um grande pontapé de fora da área para fechar o resultado. Um desfecho que deixou alguns jogadores do Marítimo de cabeça quente, com Edgar Costa a ser expulso por uma falta grosseira. Na classificação, os dois rivais estão agora empatados a 14 pontos. Ténis Pedro Keul Bélgica e Grã-Bretanha dividem os primeiros pontos da final da Taça Davis, a decorrer em Gent David Goffin e Andy Murray garantiram ontem que o vencedor da 103.ª edição da Taça Davis só será conhecido amanhã. Os líderes das selecções da Bélgica e da Grã-Bretanha corresponderam às expectativas e ganharam os respectivos singulares do primeiro dia da final que decorre em Gent. O que vem aumentar a importância do encontro de pares de hoje, em que os irmãos Murray podem desequilibrar decisivamente. O estreante Kyle Edmund ia provocando uma surpresa na Flanders Expo, ao vencer os dois primeiros sets diante do número um belga, David Goffin, 16.º do ranking. O número dois britânico esteve quase a tornarse no primeiro estreante a vencer um encontro numa final da competição, mas não conseguiu manter o nível durante três sets e Goffin inverteu a situação, a tempo de vencer, por 3-6, 1-6, 6-2, 6-1 e 6-0. Mais nervoso, Goffin não conseguiu evitar o domínio do ex-número oito do ranking mundial de juniores — e campeão do Open dos EUA e Roland Garros do escalão, ao lado de Frederico Silva — e cedeu uma série sete jogos consecutivos com que Edmund fechou o segundo set. Mas o belga, que nunca tinha vencido nenhum dos 10 encontros em que cedeu as duas partidas iniciais, partiu para uma recuperação que lhe permitiu chegar a 4-1, enquanto o britânico de 20 anos ia cedendo. Edmund só por uma vez tinha disputado mais de três sets e começou a dar sinais de desgaste, que foi notório no set decisivo, totalmente dominado por Goffin, que somou a 12.ª vitória em 14 singulares na Taça Davis. “Estava um pouco preocupado porque Kyle estava a jogar de forma inacreditável, não tinha nada a perder. Foi difícil de gerir porque não o conhecia. Tentei ficar calmo e esperar por uma oportunidade”, explicou Goffin, depois de ter falado com os reis da Bélgica, que assistiram aos encontros. A seguir, Andy Murray derrotou, por 6-3, 6-2 e 7-5, o belga Ruben Bemelmans (108.º), num encontro dirigido pelo português Carlos Ramos. No circuito principal, o belga só conta com uma vitória frente a adversários do top 100, em encontros realizados em terra batida. Essa diferença de nível ficou patente desde cedo, quando Murray, depois de desperdiçar uma vantagem de 2-0, fez um break no sexto jogo. No segundo set, a história repetiu-se com o escocês a adiantarse desde cedo. Contudo, na terceira partida, Bemelmans soltou-se e chegou a liderar por 4-2. Murray igualou mas, a 4-5, uma dupla-falta ofereceu um set-point ao belga. Foi altura de Murray elevar o nível de jogo e manter a fantástica estatística de ganhar neste ano todos os 60 encontros em que venceu o set inicial. Murray faz hoje dupla com o irmão Jamie (7.º no ranking de pares) para defrontar Steve Darcis e Kimmer Coppejans, embora esta formação possa ser alterada até uma hora antes. “Para ambas as equipas, perder não significa que a final está acabada porque todos podem ganhar todos os pontos em jogo”, frisou Andy. O Benfica entrou com a mão direita na presente edição da Taça Challenge, em andebol. Num encontro em que passaram a maior parte do tempo em desvantagem, na sequência de uma pálida entrada em cena, os “encarnados” conseguiram recuperar na segunda parte e bater os islandeses do IVB Vestamannaeyjar, no pavilhão da Luz, por 2826. Nesta primeira mão da 3.ª eliminatória, em que os nórdicos se destacaram por uma defesa muito organizada e agressiva, Uelington foi o melhor marcador das “águias”, com sete golos, seguido de Elledy Semedo e Davide Carvalho, com quatro. A segunda mão será disputada já hoje, e novamente na Luz, por acordo entre as equipas, a partir das 19h30. Golfe Tiago Cruz conquista PGA Portugal Masters Finals O bicampeão nacional de golfe, Tiago Cruz, venceu ontem o PGA Portugal Masters Finals, ao superiorizar-se a João Carlota no último buraco, arrecadando o seu terceiro título em 2015. “Estou muito satisfeito, tenho vindo a jogar muito bem neste último mês. (...) Foi uma época bastante positiva no PGA Portugal Tour, fui muito regular, ganhei três torneios, tive alguns segundos e terceiros lugares e por isso venci a Ordem de Mérito, que era um dos objectivos para este ano”, afirmou Tiago Cruz, no final da prova. O torneio que “reúne os melhores do ano neste circuito”, segundo José Correia, presidente da PGA de Portugal, terminou com Tiago Cruz a bater João Carlota por duas pancadas e com Hugo Santos no último lugar do pódio. Portugal terá recorde de árbitros internacionais Arbitragem Nuno Sousa Serão 34 os juízes nacionais com insígnias da FIFA no próximo ano, divididos entre futebol, futsal e futebol de praia Será apenas mais um árbitro, mas é suficiente para tornar a representação portuguesa com estatuto internacional, em 2016, na mais numerosa de sempre. No total, Portugal apresentará no próximo ano 34 juízes (contra os 33 de 2015) com insígnias da FIFA, um valor recorde no sector. Entre os árbitros principais, que serão nove, destacam-se as promoções de João Pinheiro (Associação de Futebol de Braga), de 27 anos, e de Sérgio Piscarreta (AF do Algarve), de 32 anos, elementos que vão substituir Duarte Gomes e Marco Ferreira, que abandonou a actividade no final da temporada passada depois de ter sido despromovido. Pinheiro já apitou sete partidas nesta época, Piscarreta dirigiu nove. Entre os árbitros assistentes, a troca de Tiago Trigo por Rui Teixeira (AF Setúbal) constitui a única alteração num universo de 10 representantes, enquanto os quadros respeitantes ao futsal e às árbitras femininas permanecem inalterados, com quatro e três elementos, respectivamente. No futebol de praia, por outro lado, regista-se um aumento de efectivos, na sequência das promoções a internacional de Wilson Soares (AF Aveiro) e de Francisco Costa (AF Viseu) — no outro prato da balança, conta-se a saída de José Fontelas Gomes. “Trata-se da continuação do reconhecimento por parte da FIFA do trabalho feito no âmbito da Federação Portuguesa de Futebol em todas as suas variantes, sendo que em 2016 se dá continuidade ao processo de renovação do quadro de árbitros internacionais”, afirmou o presidente do Conselho de Arbitragem da federação, Vítor Pereira, citado pelo organismo. O lote dos portugueses detentores de insígnias FIFA em 2016 conta, no total, com nove árbitros e 10 árbitros assistentes de futebol de 11, quatro árbitros de futsal, quatro árbitros de futebol de praia, três árbitras femininas e quatro árbitras assistentes femininas. 42 | PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 ESPAÇOPÚBLICO Os artigos publicados nesta secção respeitam a norma ortográfica escolhida pelos autores EDITORIAL A “agenda improvável” de Costa As votações (e não votações) no Parlamento mostram que ainda há muito trabalho a fazer à esquerda N ão é preciso acompanhar de muito perto a política nacional para perceber que talvez o mais difícil para António Costa ainda esteja para chegar e que o novo primeiro-ministro vai ter de fazer a quadratura do círculo para conseguir ultrapassar os muitos desafios e obstáculos que tem pela frente. O longínquo The Times of India publicava na quinta-feira, dia de tomada de posse do XXI Governo Constitucional, uma notícia em que, para além de se congratular com o facto de o novo primeiro-ministro ser “de origem goesa”, resumia de uma forma inteligente e informada os tempos “difíceis” que Costa tem pela frente: “Simultaneamente [terá de] assegurar os compromissos com a União Europeia e dialogar com partidos de esquerda que rejeitam o acordo desde o início, insistir num programa socialista que permita uma redução sustentável de défice e dívida, aumentar salários mínimos e descongelar pensões.” Um caderno de encargos que o jornal indiano classificava de “agenda improvável”. No Parlamento, ontem percebeu-se as dificuldades que o líder dos socialistas vai ter para tornar provável essa “agenda improvável”; a maior parte das propostas mais sensíveis de alterações às leis que subiram ao plenário acabaram por descer às respectivas comissões sem votação para serem discutidas na especialidade. Um adiamento que mostra que ainda há muito trabalho a fazer para que haja uma convergência à esquerda que seja consequente. Aliás, a “posição conjunta do PS e do PCP sobre a situação política”, um dos acordos que permitiram aos socialistas chegar ao poder, já alertava para uma lista de temas sensíveis em que, “apesar de não se ter verificado acordo quanto às condições para a sua concretização, se regista uma convergência quanto ao enunciado dos objectivos a alcançar”. Dois desses temas sensíveis, a extinção da sobretaxa do IRS e o fim dos cortes nos salários da função pública, chegaram ontem ao Parlamento, mas foram remetidos para discussão na especialidade nas respectivas comissões, sem votação. Aliás, todos os restantes dossiers levados pela esquerda à Assembleia da República, à excepção do fim dos exames do 4.º ano do ensino básico, tiveram o mesmo destino, ou seja, o adiamento. A direita, agora na oposição, não perdeu tempo e tentou transformar os adiamentos num caso político. “A decisão da esquerda ou das esquerdas é adiar, adiar, adiar”, comentava Cecília Meireles do CDS. Os deputados têm agora 20 dias para fazer a discussão na especialidade para que as propostas possam voltar a ser votadas. Um tempo que António Costa terá de aproveitar para se sentar à mesma mesa com Jerónimo de Sousa e Catarina Martins e tentar chegar a um consenso, sobretudo quanto à velocidade com que se vai tirar o pé do acelerador da austeridade. A falta de entendimento sobre estes temas sensíveis numa altura tão precoce da legislatura equivaleria a uma sentença de morte para este Governo. CARTAS À DIRECTORA A primeira vez As cartas destinadas a esta secção devem indicar o nome e a morada do autor, bem como um número telefónico de contacto. O PÚBLICO reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os textos não solicitados e não prestará informação postal sobre eles. Email: [email protected] Contactos do provedor do Leitor Email: [email protected] Telefone: 210 111 000 Como em tudo na vida, há sempre uma primeira vez. Temos, pela primeira vez, um governo de um partido, que não resultou da maioria de votos dos eleitores, nem duma coligação partidária, nem da iniciativa do Presidente da República; foi tão-somente resultante de uma aritmética parlamentar. Quando se esperaria que A. Costa apresentasse a sua demissão, pela derrota eleitoral sofrida, após ter apeado o anterior secretário do PS por este ter ganho poucochinho, ei-lo investido de PM. A legitimidade deste Governo poderá estar correta segundo as leis vigentes, mas quando os Partidos apoiantes se esgatanhavam durante as campanhas, e, agora apoiam no Parlamento, um governo sem que nele colocassem um único elemento partidário, transmite aos eleitores uma desconfiança abusiva da utilização dos seus votos. Pessoalmente, desejo esta nova governação, mas, aqui sim, seria uma vitória da esquerda, se incluísse na composição governamental, militantes dos partidos apoiantes na AR. Duarte Dias da Silva, Lisboa Suicídio nas forças policiais Morrem mais agentes das forças policiais por suicídio do que por acções preventivas e de combate à criminalidade. Espero que o Governo liderado por António Costa tome medidas para estancar este desistir da vida de agentes da PSP e GNR. O afastamento da família, o stress inerente à função, os cortes salariais e condições de habitabilidade não podem deixar o poder instalado indiferente. A fadiga por horas trabalhadas a mais não pode continuar! O suicídio é assunto tabu na sociedade portuguesa. Coragem ou cobardia, em pôr termo à vida eis a questão! Contudo, a questão das chefias é muito importante. Sabemos como a incompetência grassa nas elites e chefias intermédias de todos os sectores de actividade laboral na pátria das quinas. Espero que Constança Urbano de Sousa, ministra da Administração Interna, “administre” com carinho os estados emocionais dos valorosos agentes da GNR e PSP que dão a vida pelos seus concidadãos! Ademar Costa, Póvoa de Varzim Acerca da Biblioteca de Belém O sol encharca a Biblioteca de Belém. As gotas de amarelo escorrem pelos livros que estão perto das janelas. O plástico que protege as enciclopédias de se desfazerem em pó tem um brilho estridente. As paredes são brancas e a pele das portas sai às camadas revelando a sua carne de castanheiro centenário. Os livros escondidos pelas paredes e portas infelizes que não tiveram a sorte de nascerem viradas para o sol são também banhados pelo calor da luz estival, apesar de agora fazer Inverno. A Biblioteca de Belém está submersa, inundada desde o nascer do Sol, drenada a sua água no poente. Todos os dias se afoga e todos os dias ressuscita. E todos os livros que morrem são tocados pelo amarelo. Uns mais que outros. A morte desta biblioteca é a vida de quem entra no seu corpo e o seu ressuscitar é uma expulsão violenta dos invasores. Engolir esta água indolor que me mata, dá-me vida. E sem acreditar em significados nem em coisas, nem em nada, acredito que a luz da Biblioteca de Belém é uma inutilidade deliciosa. Diogo Soares, Lisboa PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 | 43 O desafio de romper com o clientelismo O São José Almeida A semana política XXI Governo constituiu-se rompendo com o sistema tradicional de poder na democracia portuguesa. É mais minoritário do que era o da coligação Portugal à Frente, até o PSD sozinho tem uma bancada parlamentar maior do que os socialistas, mas António Costa conseguiu o nunca visto: é primeiroministro sem ter ganho eleições mas com o respaldo parlamentar do BE e do PCP. Pela conquista do poder e pelo direito a exercer o Governo, António Costa rompeu fronteiras e ultrapassou os limites do consenso sobre a forma de aceder ao poder em Portugal. Fê-lo, assumindo, assim, o PS como partido pragmático que olha os acordos políticos como algo instrumental que lhe permite chegar ao Governo. A mudança que este Governo representa não é só de métodos. O PS é de facto um partido diferente daquele que foi estruturado no consulado de António Guterres (PÚBLICO 17/10/2015). É um partido que se diz social-democrata, num momento em que ninguém sabe o que é a social-democracia e esta se foi descaracterizando com as sucessivas cedências ao interesse dos mercados em detrimento do interesse das pessoas. É um partido ao qual falta projecto e ideologia, o que muitas vezes leva a que seja um partido sem convicções políticas e éticas, e se alimente tão-só de convicção de poder. A esta indefinição ideológica, acresce que o PS teve como líder, durante sete anos, e primeiro-ministro, durante seis anos, José Sócrates, cuja imagem pública está dominada pela desconfiança da cedência a interesse privados na decorrência da investigação judicial a que está sujeito. Uma investigação que veio enfatizar um lado da política sobre a qual BARTOON LUÍS AFONSO recai recorrentemente a desconfiança dos cidadãos, o lado muitas vezes explorado pelo populismo fácil de que “os políticos não são gente séria” e de que “a política é uma coisa porca”. Assim, além do desafio que se coloca a António Costa de conseguir afastar a imagem de líder que tudo faz para subir ao poder, incluindo aliar-se com partidos que sempre estiveram do outro lado da sua barricada ideológica, tem de provar também que o PS não é um partido que cede nos limites da ética e que não cede à corrupção. E aqui não se coloca apenas a questão do resvalar perante a cedência do interesse público aos negócios privados, mas também a necessidade de desfazer a imagem de que o PS cede a clientelas, assim como carteliza o aparelho do Estado. Ora muito destes desafios colocam-se à nova geração de socialistas que agora chegam ao poder ou que ascendem a cargos de ministros. Falando uma linguagem cara a Guterres, têm de provar que não são “girls and boys for the jobs”, que não vão fazer gestão de clientelas, que não são a nova geração que quer entrar no sistema e participar da gestão dos dinheiros públicos, sentarse à mesa do orçamento, de uma forma mais popular, “comer da gamela”. Até porque se o crescendo de secretarias de Estado pode ter a explicação positiva de que os seus ocupantes têm um perfil mais especializado, é bom que essa especialização não venha a servir a satisfação de interesses de sectores nem de negócios de “amigos”. O Governo de Costa tem algumas inovações: à cabeça, a da inclusão. Pela primeira vez em Portugal, há um primeiroministro de origem goesa, uma ministra negra de origem africana, Francisca Van Dunem, um secretário de Estado de origem cigana, Carlos Miguel, e uma secretária de Estado amblíope, Ana Sofia Antunes. Pela primeira vez há uma Secretaria de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência. É certo que, do ponto de vista do género, Falam os preços o Governo decepciona: quatro ministras para 13 ministros e 16 secretárias de Estado para 25 secretários de Estado. Mas tem outros problemas na sua formação, a começar por ter falhado a criação de um Ministério dos Assuntos Europeus, perante a recusa de Elisa Ferreira em o ocupar, obrigando assim a que, aquela que era uma aposta inovadora de António Costa, fosse compensada com a colocação dos Assuntos Europeus ao nível de secretaria de Estado sob a tutela dos Negócios Estrangeiros, ocupados por Augusto Santos Silva, que com António Costa e o líder parlamentar e presidente do PS, Carlos César, se assumem como o núcleo duro político da governação, deixando num segundo anel nomes como Vieira da Silva e Capoulas Santos. E aqui há um outro problema que salta aos olhos, ainda que todos tenham história própria e carreira pública e política, são inegavelmente nomes associados aos governos de Sócrates ou à sua defesa pública perante a investigação da Operação Marquês. É verdade que a solidariedade que qualquer pessoa presta a um amigo não pode ser razão de estigmatização de ninguém, logo de um governante. Mas há uma velha máxima em política que diz que “à mulher de César não basta ser séria, tem de parecer séria”, e esse é um desafio que cabe não apenas a António Costa vencer, mas a todos os membros do XXI Governo. A mudança que este Governo representa não é só de métodos Jornalista. Escreve ao sábado [email protected] A Miguel Esteves Cardoso Ainda ontem lealdade cada vez é mais castigada. No mundo das assinaturas de revistas e de jornais, por exemplo, ganhase muito em interromper as assinaturas de estreia e esperar que nos digam que têm saudades nossas e que, como tal, oferecem-nos 12 semanas a um preço novamente irrecusável. Tendo sido fiel assinante anual de muitos jornais e revistas, fartei-me de pagar os preços mais altos enquanto os novos assinantes eram mimados com descontos grotescos. Há jornais e revistas que são mais difíceis de comover. Uma delas, The Economist, aguentou dois anos desde a última assinatura bonificada antes de me fazer uma oferta atraente: 12 semanas da revista impressa + acesso total ao conteúdo no economist.com no iPhone, iPad e computador + o conciso e elegante diário The Economist Espresso através do app no iPhone. A revista está pronta para ler às quintasfeiras por volta das seis da tarde. Sabe bem porque só no dia seguinte (e às vezes só no sábado) é que se pode comprar a revista na rua, por 6,50 euros. A revista impressa chega logo na segundafeira de manhã. Geralmente leio as peças mais actuais na quinta-feira e deixo o resto para ler confortavelmente nas folhinhas de papel. O Economist é menos generoso para os novos assinantes: cobra 47 euros (33 para estudantes) por 12 números impressos ou 12 semanas de acesso digital. Qual é que se escolhe? O papel, de longe. Se quiser as duas coisas pagará mais dez euros (mais sete para estudantes). Vale a pena? Sim. 44 | PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 Acabou!!!! Acabou. Acabou? José Pacheco Pereira Experimentem dizer “acabou” junto de uma das inumeráveis vítimas destes anos de “ajustamento” e vão ver como é a resposta DANIEL ROCHA liberdade, e que proclamam que nunca, jamais e em tempo algum quereriam “casar” com as “esganiçadas” do Bloco, sem sequer perceber o que lhes diz o espelho; os mil e um personagens ridículos cuja desenvoltura vinha de terem poder, estarem encostados ao poder e entenderem que tinham impunidade para pisar os outros porque eram mais fracos e tinham menos defesas. Vamos todos dançar a tarantela para expulsar o veneno. Acabou!!! Sabem ao que me refiro? Sabem, sabem. Bem de mais. A A cabou!!!! Experimentem dizer “acabou” junto de uma das inumeráveis vítimas destes anos de “ajustamento” e vão ver como é a resposta. Eu já experimentei várias formas e têm todas um ponto de exclamação no fim ou outro qualquer expletivo. Ou é um suspiro fundo de quem atravessou um trajecto complicado e, chegado a outro lado, respira longamente de alívio; ou é um alto e sonoro “acabou” como antes do 25 de Abril se chegava ao “às armas” da Portuguesa e de repente toda a gente gritava a plenos pulmões; ou é uma espécie de vingança saborosa em ver na mó de baixo aqueles que sempre entenderam que têm o direito natural de estar na mó de cima. Ou há mesmo uma variante irónica, como se o “acabou” fosse semelhante ao do episódio dos Monty Python em que uma personagem num pub dizia para um eleitor circunspecto do PAF ao lado “you know what I mean?” e tocava-lhe nos braços numa cumplicidade admitida. Wink, wink. No episódio, depois queria vender-lhe fotografias pornográficas: “You know what I mean?” Aqui, era uma fotografia de Cavaco Silva a “indicar” António Costa, wink, wink. Até eu fico da escola do engraçadismo, imaginando alguns personagens que andaram a insultar a nossa inteligência, a mentir-nos descaradamente, e a atacar o bolso dos que não se podiam defender, culpando-os de “viverem acima das suas posses” e de serem “piegas”. “You know what I mean?”. Piu-pius governamentais que vivem no Twitter; irrevogáveis de geometria variável; o “impulsionador jovem” que aos saltos no palco dizia à assistência: “Ó meu, isso da história não serve para nada”; os “justiceiros geracionais” que queriam tirar as reformas aos pais e avós para em nome de uns abstractos filhos e netos as darem a “outros” pais e avós, bem vivos e presentes, em nome da “estabilidade do sistema financeiro”; os neomalthusianos que nos encheram de simplismos gráficos em que se escolhiam os parâmetros e se excluíam outros para concluir que “não há alternativa”; os arrojados ultraliberais, que queimam o valor dessa bela palavra de cabou. Acabou. Percebe-se no ar que chegou ao fim uma época, um momento da nossa vida colectiva e que existe um desejado ponto sem retorno. E, na verdade, para “aquilo” já não é possível voltar, pode ser para outra coisa pior ou para outra coisa diferente, mas para o mesmo já não há caminho. O modo como “acabou” conta muito, porque é diferente dos modos tradicionais da vida política portuguesa. Se o Governo PSD-PP tivesse acabado nas urnas por uma vitória do PS mesmo tangencial, o efeito de ruptura estaria muito longe de existir, mesmo que o Governo PS não fizesse muito de diferente do que o actual Governo minoritário vai fazer. Foi a ecologia da vida política portuguesa que mudou, com o fim da tese do “arco de governação” e, mais do que qualquer solução, que pode ser precária, não durar ou acabar mal, acabou a hegemonia de uma das várias construções que suportavam a ideologia autoritária que minava a democracia nestes dias, a do “não há alternativa”. Acabaram os votos de primeira e os de segunda, com o escândalo de também os votos de um torneiro numa oficina de reparações, que faz todas as opções erradas e tribunícias, é sindicalizado nos metalúrgicos, vive na margem sul, e vota na CDU, também valer para que haja um Governo de pacíficos funcionários públicos e professores que votam no PS, ex-membro do Vem aí o PREC? Se a asneira pagasse multa, podíamos enviar os asneirentos num pacote para pagar a dívida e ainda ficávamos com p um superavit “arco da governação”. Não é por amor ao Governo de Costa, nem ao PS, é outra coisa, é porque não queriam os “mesmos” e foi essa força que os fez acabar. Vem aí o PREC? Se a asneira pagasse multa, podíamos enviar os asneirentos num pacote para pagar a dívida e ainda ficávamos com um superavit. Pode até não mudar muito, porque já mudou muito. A cabou? Não. Há muita coisa que não acabou. Há um rastro de estragos, uns materiais e outros espirituais, que não vão ser fáceis ou sequer possíveis de superar numa geração. Sempre que um jornalista fizer a pergunta pavloviana de “quem paga?” ou “quanto custa?” só sobre salários, pensões e reformas, ou seja, aquilo que interessa aos que têm menos e nunca faça a mesma pergunta em primeiro lugar, e muitas vezes único lugar, para tudo o resto, benefícios fiscais, impostos sobre os lucros, “resolução” de bancos, PPP, swaps, etc. ainda não acabou. Sempre que alguém “explicar”, com um encolher irónico dos ombros e completa e absoluta indiferença, a ineficácia da fiscalidade sobre a riqueza, porque os capitais “deslocamse” como água para outros sítios, para offshores, e podem sempre fugir, e por isso “não vale a pena” sequer admitir tentar taxá-los, ainda não acabou. Sempre que se considera como normal que quem manda em nós, eleitores, portugueses, Portugal, são uns burocratas de Bruxelas e uma elite de governos europeus, que nos governam por “instruções”, “directivas”, “regras”, interpretadas rigidamente para países como Portugal e com ampla folga para países como a França, ainda não acabou. Sempre que o dolo, a violação da confiança e dos contratos com os de “baixo” e a inviolabilidade com os de “cima”, continuar a ser a prática de um estado de má-fé, ainda não acabou. Sempre que se cultive, dissemine, impregne, envenene a vida pública com a indiferença com a pobreza, o desemprego, a quebra de qualidade de vida, a perda de dignidade quando se vê a casa penhorada , ou se perde o carro na frágil classe média que criámos depois do 25 de Abril, retirando da pobreza muitas famílias para lhes dar outros horizontes pelo trabalho e, aos seus filhos, pela educação, e se vê tudo isto como efeitos colaterais não se sabe de quê, embora se saiba para quem, ainda não acabou. Sempre que se despreza os que vivem com dificuldades do seu trabalho e se valorize a esperteza e o subir na vida, ainda não acabou. Sempre que se violam direitos sociais, protecções aos que menos força têm, reivindicações de gerações inteiras, ainda não acabou. Sempre que se acha que isto é radicalismo e não decência, ainda não acabou. Historiador. Escreve ao sábado PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 | 45 O inimigo do interior Até que enfim!... CHRISTIAN HARTMANN/REUTERS O S Debate Terrorismo Esther Mucznik Debate Política e minorias Fernando Ka s atentados de Paris provocaram nos cidadãos europeus um choque profundo. É como se despertássemos de um sono profundo e nos víssemos face a uma realidade obliterada ou pelo menos tão longínqua que era como se não existisse. A bela Europa da arte e da cultura, dos direitos humanos, do acolhimento generoso, da livre circulação, dos bons sentimentos e da consciência tranquila, descobre da pior maneira a hidra que cresceu no seu seio e, pior do que tudo, que ela se alimentou dessa mansa autocomplacência. Tristeza e raiva, ódio e medo, ressentimento e revanchismo são alguns dos sentimentos que experimentamos neste momento. Mas acima de tudo incompreensão, estupefacção: como foi possível, como é possível? O que leva homens e mulheres, alguns quase adolescentes criados neste nosso mundo pacífico, a servirem a mais hedionda ideologia, a praticarem os actos mais bárbaros — e nenhum é pior, nem mais cobarde do que investir indiscriminadamente contra populações indefesas. Muito tem sido dito para tentar responder a esta pergunta: fracasso da integração à francesa, guetos do desespero, túneis de vida sem esperança, ideologias de morte como tábuas de salvação, ódio à cultura liberal e a um Ocidente arrogante, caos instalado nas ruínas do Iraque, da Síria e da Líbia por uma política ocidental incoerente, titubeante e sem norte... Mas a verdade é que, apesar de todas as explicações do mundo, nada consegue apagar essa interrogação, esta imensa perplexidade que se mantém, que permanece e nos corrói. Porquê? Simplesmente, porque esta perplexidade está relacionada com o estado de negação em que dormita a Europa há décadas. Vivendo sob o escudo protector americano, num mundo que acreditámos idílico do pós-Guerra Fria, fundadores de um projecto de união dos povos europeus — amigos e em paz para todo o sempre — habituámo-nos a ver o mundo inteiro a nossa imagem. Claro que íamos lendo e vendo nos ecrãs as guerras da Bósnia, do Iraque, do Afeganistão, da Palestina, os atentados terroristas em Bombaim, Carachi, Bali, Beirute, Turquia... mas “longe da vista, longe do coração” nada disso nos dizia verdadeiramente respeito, nem ameaçava o nosso sossego, nem o nosso modo de vida, apenas levava alguns de nós a apiedarmo-nos das vítimas. É verdade que também assistimos aos atentados nos EUA, em Espanha ou Londres, mas ainda era cedo para percebemos o que estava em jogo e de alguma forma a culpa também era nossa, não é assim? Quanto aos atentados palestinianos, aí não havia dúvidas, a culpa era obviamente dos israelitas... E assim seguíamos tranquilamente com as nossas certezas. Os recentes atentados de Paris já não permitem manter esta tranquilidade. Não apenas pela dimensão, nem pela hedionda escolha dos alvos. Mas a sua repetição bem-sucedida num curto espaço de tempo, conjugada com a frustração de outros tantos ao longo deste último ano, dá-nos a definição de uma realidade que temos de encarar bem de frente: a Europa que construímos no pós-guerra acabou. erá o princípio da Primavera do afroportuguês, ou seja, o raiar da aurora da integração da comunidade luso-negra na sociedade de todos nós? Muito se tem falado sobre a integração dos negros portugueses, mas nada tem sido feito até ao momento, a não ser a enfadonha proliferação dos discursos temáticos sobre o assunto, embora sem a substância prática no terreno. Ora, nem sempre o aparecimento de uma andorinha configura o prenúncio da Primavera. Contudo, pode suscitar a expectativa de que os dias risonhos estarão para breve. Mas a ver vamos. A nomeação de uma negra pela primeira vez para exercer um alto cargo no país que se orgulha de ser de brandos costumes e de primeiro a levar a civilização e a cruz de Cristo às terras africanas e, por outro lado, o último a abandoná-las por força das circunstâncias de luta pelas respectivas independências. António Costa, ao contrário dos outros líderes políticos, eivados de preconceitos raciais, veio fazer justiça à minoria negra portuguesa, libertando-a do ostracismo a que tem sido votada. As figuras políticas deste país ainda não compreenderam que a posição de destaque dos negros lusoafricanos constituem uma charneira no aprofundamento do relacionamento entre ambos os povos de aquém e além-mar. Portugal deveria ter seguido há muito mais tempo o exemplo dos ingleses e franceses na integração dos negros nacionais oriundos das suas ex-colónias em lugares de visibilidade pública. Por isso, há que louvar a coragem de António Costa, ao romper com a tradição segregadora, permitindo que um membro da comunidade negra fizesse parte do elenco governativo. Portugal não pode continuar a fazer de conta que a integração está feita e nada mais há para fazer, ludibriando os incautos de que é o melhor país da integração no contexto europeu. A integração não pode ser confundida com a tolerância de encolher os ombros, sinal de deixa-estar. É mais do que isso. Significa a participação na partilha comum e nas decisões sobre todos os assuntos de interesse colectivo. Neste caso, quem é parte integrante da sociedade não deveria ser excluído pela mera diferença da cor da sua pele. Os cidadãos têm todos os mesmos direitos e deveres perante o seu país e deveriam ser avaliados pelas suas competências e dedicação à causa comum. Mas uma sociedade em que se manifestam preconceitos raciais faz, exactamente, o contrário, revelando a sua incapacidade de conhecer a verdadeira essência da natureza humana na sua múltipla diversidade. Um racista é um ignorante pobre de espírito. A Europa do pós-guerra acabou e em grande parte por não sabermos defender os valores que nos são mais queridos Estamos face a um inimigo organizado, imprevisível, dotado de uma ideologia de morte e de poder e dos meios mais sofisticados de propaganda. E acima de tudo, com uma massa inesgotável de recrutas no nosso próprio seio. Esta é a questão central à qual já não é possível fechar os olhos. O inimigo é invisível, mas está entre nós nas margens das nossas sociedades, crescendo nas faixas radicalizadas das imensas comunidades muçulmanas, alimentado pela frustração e a incitação ao ódio, pela aspiração ao martírio e ao heroísmo, ou simplesmente pelas promessas de droga e mulheres escravas. A Europa do pós-guerra acabou e em grande parte por não sabermos defender os valores que nos são mais queridos. Por pensarmos que são as cedências que resultam e não a firmeza. E por não darmos valor aos que os defendem. Ao longo dos anos a atitude europeia tem-se radicalizado contra Israel — país que partilha os mesmos valores que hoje são o alvo principal do terror — ao ponto de silenciar os atentados terroristas de que os seus habitantes são um alvo constante e permanente ao longo de décadas. Apenas nos últimos dois meses 23 cidadãos entre os 18 e os 78 anos foram mortos por esfaqueamento em Telavive, na Cisjordânia e em Beersheba, ou seja, não apenas na Cisjordânia ocupada, mas em cidades do centro de Israel. A imprensa que, de uma forma geral, noticia longamente (e bem) os atentados ocorridos não só na Europa como no resto do mundo, tende a silenciar os que acontecem em Israel. Porque são “naturalmente” consequência da ocupação, subentende-se... Mas o que se subentende também nesta perspectiva é que há terroristas “maus” e terroristas “bons” ou pelo menos compreensíveis... apagando o facto de que atentar contra a vida de cidadãos indefesos, seja qual for a motivação dos seus autores, tem apenas um nome sem adjectivo: terrorismo. Talvez agora a Europa comece a compreender — da pior e mais dolorosa maneira — o que significa viver em permanência sob a ameaça do terror. Especialista em assuntos judaicos António Costa veio fazer justiça à minoria negra portuguesa Dirigente da Associação Guineense de Solidariedade Social 46 | PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 2 de Novembro de 2015 22 Por António Bagão Félix P A ampulheta A ampulheta. O tempo e a forma. O insondável mistério que é o tempo e a expressão sempre renovada da forma. Gosto da expressão tradicional da ampulheta. Simétrica, transparente, equilibrada. Aprecio o seu som, no seu jeito de medir o tempo. Quase silencioso, mas audível no silêncio de tudo o resto. Vibro com a precisão física de nos dar o tempo, na fronteira entre o imediatamente pretérito e o proximamente futuro. A ampulheta é um contador de tempo, mas não é um relógio. Não tem ponteiros, mas permite a comparação entre o que já é passado e o que ainda é futuro, no instantâneo presente do seu gargalo, por onde se escoa o fino mineral. A ampulheta trabalha quando queremos, e descansa quando a deixamos. Ao contrário do relógio, somos nós que lhe concedemos tempo para nos dar o seu tempo. Com ela percebemos o fio da vida entre a esperança do eterno e a finitude do momento. Mas se assim transporta a ideia da transitoriedade, também nos concede a dimensão da renovação, invertendo as suas âmbulas. A ampulheta tem a ordem ordenada da natureza e não a desordem ordenada da tecnologia. Das mais simples ordens: forma, tamanho, movimento, cor. 2 de Novembro de 2015 22 Por Ricardo Cabral P 766,7 milhões de euros de segredos O Expresso do fim-de-semana passado, aparenta confirmar a tese que avancei BRUNO LISITA Mas a assunção pelo Estado de 766,7 milhões de euros de dívida contingente é feita em menos de 24 horas e sem qualquer controlo prévio? Assim, não há contas públicas que resistam… 2 de Novembro de 2015 24 Por António Bagão Félix P a 25 de Outubro de 2015 — após a aprovação em Conselho de Ministros de um anexo, que não é público, ao contrato de privatização da TAP —, de que, em resultado dessa resolução do Conselho de Ministros, a dívida da TAP privatizada beneficiaria de uma garantia pública. Tendo tido acesso a cópia de um outro acordo assinado entre a Parpública e os bancos financiadores da TAP, aprovado por despacho do Governo, o Expresso refere “As negociações de última hora deram aos bancos a segurança de que, se for necessário, o Estado repõe a garantia pública à dívida bancária”. Para além dos argumentos por mim enumerados nesse post, este acordo e o anexo aprovado em Conselho de Ministros parecem-me graves porque: 1. O governo cancelou o primeiro processo de privatização da TAP alegando que o comprador não apresentou as necessárias garantias bancárias para a dívida da TAP. Agora, não só esquece essa condição como, na prática, mesmo que de forma implícita e indirecta, garante essa dívida ao comprador sem quaisquer custos para este; 2. O caderno de encargos do concurso para privatização da TAP determinava que a dívida da TAP teria de ser assumida pelos compradores; 3. No passado, o Estado ofereceu garantias explícitas em relação à dívida da banca portuguesa, mas a banca foi obrigada a pagar uma comissão de pelo menos 0,4% do montante por ano. Além disso, essas garantias eram enquadradas por lei e por portaria próprias e a sua dimensão máxima aprovada pela Assembleia da República; 4. E interrogo-me sobre como pôde o XIX Governo Constitucional, a 22 de Outubro de 2015, comprometer o Estado com 766,7 milhões de euros de dívida contingente da TAP, sem autorização prévia da Assembleia da República? O contraste não podia ser maior: a Lei do Orçamento do Estado de 2015 (artigo 145º), aprovada pelos partidos que suportavam o XIX Governo Constitucional, determina e bem que todos os actos e contratos superiores a €350 000 têm de ser previamente fiscalizados pelo Tribunal de Contas. “Marisa, Presidente” em outdoor e “Marcelo, Presidente” em indoor Há poucos dias, um amigo britânico perguntava-me, com ar algo admirado, se Mariza se iria candidatar à Presidência da República? É que ele já tinha visto um outdoor com a inscrição “Marisa, Presidente” e a sua questão estava no facto de a fotografia não coincidir com a face da magnífica fadista portuguesa. Lá lhe disse que Marisa (com s) Matias vai ser a candidata indicada pelo Bloco de Esquerda, pelo que o fado de Mariza (com z) não iria ser cantado na campanha eleitoral (o que até é pena, digo eu…). Desta genuína confusão de quem não é obrigado a acompanhar a política nacional, pus-me a pensar num hábito muito arreigado por cá. Um hábito de que não damos conta, mas evidencia uma diferença de tratamento. É corrente chamar uma mulher, jovem ou mesmo adulta, pelo seu nome próprio e não tanto pelo apelido, ao invés do que se passa quando nos referimos a homens. É assim no mundo artístico, nas figuras mais mediáticas, na vida escolar (chamase a Ana ou a Sofia, enquanto se diz o Neves e o Lopes), na relação social em geral e, até na própria política. O caso mais recente é o da candidata também presidencial tratada, em regra, pelo nome próprio (Maria de Belém). Não me imagino a ver um cartaz com “António Presidente” referindo-se a António Sampaio da Nóvoa. A excepção que confirma a regra é Marcelo que o tempo, a televisão, a personalidade tornaram num dos de lá de casa. Essa é uma das suas vantagens. Por isso, pode bem dispensar outdoors e afins. Bastam-lhe os indoor. 2 de Novembro de 2015 26 Por Ricardo Cabral P O novo governo Muitos portugueses, em que incluo o Presidente da República, passaram uma blogues.publico.pt/tu PÚBLICO, SÁB 28 NOV 2015 | 47 boa parte dos últimos 53 dias por um processo similar ao das sete fases da dor (choque ou descrença, negação, negociação, culpa, raiva, depressão e aceitação / resignação / esperança). Mas parece-me que, particularmente nas últimas semanas, um número crescente dos cidadãos que se opunham à coligação à esquerda e que apoiavam um governo liderado pela coligação PàF tinham chegado já à última fase desse processo: aceitação; cepticismo com certeza, mas esperança só talvez de que o novo Governo seja de curta duração… Muitos outros portugueses, ficaram naturalmente contentes com a indigitação de António Costa na terçafeira e com a tomada de posse do Novo Governo quinta-feira. Este atraso todo que, no cômputo, deverá ter tido um impacto negativo para o país, teve um aspecto positivo e pouco esperado. É que permitiu a quase todos passarem aquelas “sete fases” (de dor ou de satisfação) e habituaremse à ideia de um Governo à esquerda… Acalmou os ânimos, parece-me, e em alguns casos deu azo a bem humorada discussão. O novo governo começará por enfrentar um problema — o do défice de 2015: — O objectivo para 2015 era um défice de 4860 milhões de euros, em contabilidade nacional. Porém, de Janeiro a Outubro, o défice, em contabilidade pública, era já de 4818 milhões de euros. Uma extrapolação simples da tendência actual sugere um défice (em contabilidade pública) para 2015 de aproximadamente 5700 milhões de euros, o que representaria cerca de 3,2% do PIB; — Resta saber qual a evolução do PIB nominal e se o remanescente da “almofada orçamental” será suficiente para trazer o défice abaixo dos 3%. Saldo acumulado das Administrações Públicas Em milhões de euros 2000 2014 0 2015 2013 -2000 -4000 -6000 -8000 -10.000 J Fonte: DGO F M A M J J A S O N D MIGUEL MANSO 26 deNovembro de 2015 Por António Bagão Félix Topos de gama Topo de gama. A propósito de quase tudo o que se vende, vem sempre à baila uma qualquer referência a um qualquer topo de gama. Topo de gama para automóveis, topo de gama para apartamentos, topo de gama para equipamentos electrónicos, topo de gama para comida para canídeos, topo de gama para topos de gama. Agora que se aproxima o Natal, cada vez mais comercialmente antecipado, eis, em todo o seu esplendor, o maior expositor de topos e de gamas. A propósito de topo de gama, há quem se dê bem com ela no meio do gamanço. Sobretudo na gama fiscal. Em linguagem tecnocrática, há quem lhe chame “planeamento fiscal agressivo”. Na “topolândia”, quem com ela não alinha é visto como parolo, pelintra ou pobretana. O traço de separação é o certificado topo de gama, adquirido algures e exibido por toda a parte. Tem a vantagem de se mostrar por sinais exteriores bem visíveis e assinalados. Não exige, por seu lado, sinais interiores e invisíveis, daqueles que, por exigentes, não são topo de gama. Sinais interiores que são, na alma, suporte da vida fora da efemeridade dos topos e das gamas. Agora há também um governo, espécie de topo (perdedor) de gama (vencedora). Deixemos esse topo de gama, de tanta originalidade, para outra altura. Que não faltará. 2 de Novembro de 2015 27 Por Francisco Louçã P O primeiro dia é feliz mas as dificuldades chegam depois Tudo corre bem a Costa e tudo corre mal a Passos Coelho e a Portas. O engenho de primeiro e o ressentimento dos outros, combinado com as ameaças fortuitas do Presidente, asseguram um primeiro dia tranquilo ao novo governo. De facto, tudo o que ontem era vantajoso para Costa só encorpou. Dizem alguns comentadores que entenderam do discurso de Cavaco Silva que este ameaça demitir o governo. Depois de 53 dias de empastelamento da política, alegar uma divergência de doutrina económica sobre o papel do consumo ou outra questão avulsa para impedir a apresentação da proposta do Orçamento de Estado, tudo isto nas últimas semanas de mandato, entre a Missa do Galo e a eleição do novo presidente? Em Portugal, isso não existe. Mas a notícia política é que houve quem vislumbrasse essa esperança obscura nas entrelinhas do Presidente. Ou seja, a direita está tão perdida que fantasia um confronto épico convocado numa manhã de nevoeiro a partir de Belém, o que simplesmente quer dizer que não sabe o que fazer. Costa respondeu com um governo moderado e com um discurso moderado. Ele quer acentuar a deslocação da direita para as bordas do discurso incompreensível. Nem precisa de se esforçar muito. Entre António Costa, oficialista e ponderado, e Marco António Costa, a prometer uma crise política que rebenta tudo, a quem é que o eleitor de centro compraria um carro em segunda mão? Pois é, nem vale a pena perguntar. Mas, se Costa não podia sequer imaginar um começo tão fácil, o certo é que estas peripécias não mudam nada quanto aos problemas essenciais. Enquanto se especula sobre poderes presidenciais ou amarguras partidárias, nos últimos meses o desemprego voltou a subir, a confiança económica regrediu, o investimento mantém-se na mediocridade, a emigração não para, a economia europeia dá sinais preocupantes. Por isso, depois do primeiro dia feliz, para o novo governo chegam os problemas. O Orçamento de 2016, que vai ser trabalhoso de negociar na maioria parlamentar, é apesar de tudo o menor desses problemas. No próximo, com cuidado orçamental, haverá uma ligeira recuperação de pensões e salários, redução do peso do IRS considerando a sobretaxa, a reversão das concessões dos transportes públicos, o aumento do salário mínimo nacional e uma melhoria do rendimento disponível dos trabalhadores abaixo dos 600 euros. Ou seja, milhões de pessoas, que têm expectativas baixas, vão sentir que valeu a pena a mudança em que votaram. Grande parte das regras para esse orçamento estão já discutidas e acordadas, salvo, imprevidentemente, o ritmo da restituição da sobretaxa do IRS, porque o PS insiste nos 50% e a esquerda na abolição da medida em 2016. Há no entanto novas soluções que podem ser exploradas, como a diferenciação dos impactos em nome da protecção dos mais sacrificados pela austeridade, de modo que os trabalhadores com menores salários deixem desde já de sofrer a sobretaxa e os restantes recuperem completamente no ano seguinte. Outros problemas imediatos são mais difíceis. A TAP e o Novo Banco são os piores buracos deixados pelo governo anterior. A TAP foi comprada por uma empresa sem poderes legais para assinar o contrato e que agora está a vender terrenos e edifícios para assim pagar a sua conta. Paga a TAP com a própria TAP. Uma embrulhada que parece bem uma falcatrua, ficando tudo nas mãos dos bancos, que vão decidir se e quando a empresa tem que ser nacionalizada. O governo só pode por isso estudar as condições jurídicas da reversão do contrato, que é nulo. O Novo Banco é um problema ainda pior, porque houve uma intervenção pública promovida pelo governo e pelo Banco de Portugal e ficou um buraco que ainda está por medir, além da devastação nas poupanças dos “lesados do BES”. Mas, para já, faltam 1400 milhões e, se a recapitalização não ocorrer até ao final de Dezembro, as regras europeias tornam-na ainda mais difícil. Portanto, o banco tem que ser intervencionado pelo Ministério das Finanças para abater a sua dívida e para reduzir o seu balanço, restituindo os rácios prudenciais de capital. O maior problema de curto prazo para Centeno. E, se estes são alguns dos problemas de curto prazo, depois virão os outros, os mais estruturais. udomenoseconomia/ Por Bagão Félix, Francisco Louçã e Ricardo Cabral SÁB 28 NOV 2015 ESCRITO “Ninguém aceita uma parcela de poder sem a condição de uma parcela de malvadeza NA PEDRA Alain (pseud. de Émile-Auguste Chartier), 1868-1951, ensaísta e filósofo francês Na miséria de Próximo desafiante Nairobi, Papa fala de de Klitschko tem “injustiça atroz” nome de campeão Homem detido por atirar gato contra uma porta Francisco foi ao bairro de lata de Kangemi repudiar as expropriações de terra p24 PSP anunciou detenção de um homem por abuso cometido contra animal p11 Tyson Fury é candidato a desalojar do topo o grande pugilista ucraniano p39 Porque sim A esquerda manifestou ontem a sua alegria, embora misturada com uma certa raiva a Cavaco, agora absolutamente inútil. Se deixasse o cavalheiro espernear sozinho em Belém, não tinha estragado a sua festa. Até porque, como de costume, o conformismo do indígena entrou logo em cena e, tirando um ou outro caso de convicção e teimosia, os jornais, o Komentariado e a televisão começaram logo a louvar o 16 29 30 37 50 6 8 1.º Prémio 25.000.000€ Greve no Politécnico de Tomar por falta de professores e material OPINIÃO Vasco Pulido Valente Euromilhões inominável Governo do sr. Costa e as felicidades que ele seguramente nos traria. Houve mesmo um originalíssimo grupo de beatos que resolveu promover um jantar na Casa do Alentejo para comungar na alegria colectiva da vitória, com o proverbial lombo de porco e batatas fritas. Deus lhes dê uma longa vida e muitos pretextos para se unirem assim na sua fé. Cá de fora, não pareceu que os motivos dessa tão devota euforia merecessem uma grande confiança. Compreendo muito bem que um subsídio, uma encomenda ou uma ajudazinha no emprego alegrem a alma. Mas não parece que o “bodo aos pobres”, como a direita lhe chama, ou a “redistribuição”, como lhe chama a esquerda, venha a ser uma coisa por aí DANIEL ROCHA além. Num país com a dívida pública e privada de Portugal e uma economia pequena e frágil, em que se investe pouco e mal, não sobra muito para acabar com a miséria, o desemprego e a pobreza de uma “classe média” que nunca chegou verdadeiramente a existir. O óbolo que se pretende dar aos “mais desfavorecidos” não lhes devolverá o optimismo do tempo em que, à superfície, o mundo se mexia a seu favor e ninguém esperava um percalço ou uma catástrofe. Hoje, o dr. Costa e as suas tropas contam, para nos livrar deste desgraçado destino, com o aumento do consumo interno da gente encalacrada a quem deram uns cêntimos, com uma extraordinária epopeia científica e cultural (?) e com os milhões do universo exterior que serão atraídos pelo PCP e o Bloco e pelo seu conhecido tacto para receber e regular a iniciativa privada. Quanto ao resto, 19 ministros, 41 secretários de Estado e, como certeza, umas centenas de assessores saídos direitinhos da América e da Inglaterra bastam para pôr em ordem a vida portuguesa e a administração, de acordo com os melhores preceitos da arte. Pena que o Partido Socialista falhe sempre com Soares, com Guterres, com Sócrates. Mas desta vez não falhará com Costa. Porquê? Porque sim. Ensino superior Samuel Silva Docentes do curso de Fotografia estão em protesto desde o início da semana e paralisação mantém-se até segunda Os professores da licenciatura em Fotografia do Instituto Politécnico de Tomar (IPT) estão em greve, desde o início desta semana, reclamando contra a saída iminente de dois professores e a falta de meios técnicos daquela formação. Apesar de ter havido negociações nos últimos dias, não houve acordo e o protesto vai manter-se até segunda-feira. A direcção da instituição garante que fará mudanças “urgentes” para responder às exigências dos docentes. Nos últimos dias, decorreram negociações entre os docentes, apoiados pelo Sindicato Nacional do Ensino Superior (Snesup), e a direcção da instituição, mas que acabaram por ser quebradas sem que tenha havido entendimento. Os professores dizem que a solução proposta pela direcção do politécnico “apenas garante o funcionamento das aulas, mas não a qualidade de ensino”, não estando disponíveis para viabilizá-la, lê-se num comunicado tornado ontem público. Por isso, a greve vai manter-se, pelo menos, até segunda-feira. O presidente do IPT, Eugénio Pina de Almeida, diz ter sido apanha- do “de surpresa” pela decisão dos professores em greve de quebrar as negociações: “Sempre achei que as exigências que eram feitas podiam ser resolvidas nos órgãos do instituto e se nos sentássemos todos à mesma mesa”. Aquele responsável garante que deu ordens à direcção do curso de Fotografia para apresentar um relatório sobre os problemas identificados pelos docentes, num prazo máximo de 15 dias, para que os órgãos do IPT possam depois “decidir com urgência” sobre essas matérias. Pina de Almeida diz estar disponível para atender algumas das exigências dos docentes, nomeadamente em termos materiais, mas lembra que a possibilidade de contratação de docentes esbarra nas limitações legais impostas ao ensino superior nos últimos anos. A greve dos professores de Fotografia do Politécnico de Tomar foi desencadeada pela indefinição na situação contratual de um dos principais docentes da instituição. Luís Pavão, um dos raros especialistas nacionais em conservação de fotografia, que já trabalhou com a Fundação Calouste Gulbenkian, a Casa Carlos Relvas ou o arquivo fotográfico da Câmara de Lisboa, foi despromovido no início do ano. A este caso junta-se o de uma outra docente, Paula Lourenço, cujo contrato termina no final deste mês e ainda não foi renovado. Os colegas entenderam que, com as duas saídas iminentes, não havia condições para garantir a manutenção da qualidade do curso e decidiram entrar em greve. 6D70BB08-85CC-4BD3-8934-DA93BAB53DFF Contribuinte n.º 502265094 | Depósito legal n.º 45458/91 | Registo ERC n.º 114410 | Conselho de Administração - Presidente: Ângelo Paupério Vogais: António Lobo Xavier, Cláudia Azevedo, Cristina Soares E-mail [email protected] Lisboa Edifício Diogo Cão, Doca de Alcântara Norte, 1350-352 Lisboa; Telef.:210111000 (PPCA); Fax: Dir. Empresa 210111015; Dir. Editorial 210111006; Redacção 210111008; Publicidade 210111013/210111014 Porto Praça do Coronel Pacheco, nº 2, 4050-453 Porto; Telef: 226151000 (PPCA) / 226103214; Fax: Redacção 226151099 / 226102213; Publicidade, Distribuição 226151011 Madeira Telef.: 934250100; Fax: 707100049 Proprietário PÚBLICO, Comunicação Social, SA. 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