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Produção Textual
Professora
Jessica Marquês
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Carta
Argumentativa
O que é uma Carta
Argumentativa?
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Texto com ampla interlocução. Isso significa dizer que um
emissor dirige-se a um receptor e estabelece uma
comunicação que prevê a relação tácita entre ambos.
Diferente dos textos em que o leitor se posiciona em
situação
imaginária,
ideal
(textos
acadêmicos,
dissertativos).
Objetivo do texto

O propósito de uma carta estabelece-se na relação de
interlocução: um pedido, uma proposta, uma alternativa
a um problema são situações que motivam a construção
de cartas.
Como fazer?

Elabore um mapa de ideias em que emissor (personagem
máscara) dirija-se a um interlocutor. Rascunhe o assunto a ser
abordado e a defesa que pretende fazer da questão em tema.
A seguir organize seu texto em:
 Introdução: apresentação do tema com referenciais bem
pontuados – data, local, remetente – e a apresentação do tema,
motivo para escrita da carta;
 Desenvolvimento: Argumentação dirigida a um interlocutor
específico.
 Conclusão: Proposta, pedido.

Atente-se para as seguintes
questões


O texto deve ser feito em primeira pessoa, a menos
que se trate de uma carta aberta.

O grau de formalidade dependerá do nível de
intimidade estabelecido entre os interlocutores.

Orientações sobre os
pronomes de tratamento
Pronomes de Abreviatura Abreviatura
Usados para:
tratamento
Singular
Plural
Você
V.
VV.
Pessoas familiares, íntimas
Senhor,
Pessoas com as quais mantemos um certo
Sr., Sr.ª
Srs., Srª.s
Senhora
distanciamento mais respeitoso
Pessoas com um grau de prestígio maior.
Usualmente, os empregamos em textos
Vossa Senhoria
V. S.ª
V. Sª.s
escritos, como: correspondências, ofícios,
requerimentos, etc.
Usados para pessoas com alta autoridade,
Vossa
V. Ex.ª
V. Ex.ªs
como: Presidente da República, Senadores,
Excelência
Deputados, Embaixadores, etc.
Vossa
V. Em.ª
V. Em.ªs
Usados para Cardeais.
Eminência
Vossa Alteza
V. A.
V V. A A.
Príncipes e duques.
Vossa
V.S.
Para o Papa.
Santidade
Vossa
V. Rev.mª V. Rev.mªs
Sacerdotes e Religiosos em geral.
Reverendíssima
Vossa
V. P.
VV. PP.
Superiores de Ordens Religiosas.
Paternidade
Vossa
V. Mag.ª
V. Mag.ªs
Reitores de Universidades
Magnificência
Vossa
V. M.
V V. M M.
Reis e Rainhas.
Majestade
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Exemplo de Carta
Argumentativa
Divinópolis – MG, 16 de novembro de 2008.
Prezado Dr. Fernando Aquino, membro do Conselho Nacional de Controle de Experimentação
Animal (CONCEA) e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC),
É com grande satisfação que lhe envio esta carta Dr. Fernando Aquino, num contexto brasileiro em
que as controvérsias sobre o uso de animais em experimentação científica vem ganhando
importante destaque, exigindo de todos os estudiosos uma reflexão cuidadosa sobre os limites da
ciência diante da vida.
Também sou cientista: faço pesquisas pelo Departamento de Fisiologia da UNICAMP e nossa
equipe vem conseguindo excelentes descobertas científicas através de pesquisas realizadas com o
uso de camundongos. Esta minha formação acadêmica na área biológica pode me conduzir à
defesa do uso de animais nos experimentos científicos; entretanto, afirmo que vou defender o uso
de animais em experimentos científicos usando um pouco do que aprendi no curso de Filosofia,
também concluído aqui na UNICAMP. Sendo assim, Dr. Fernando Aquino, eu defendo as
pesquisas com animais num contexto de produção científica em que a vida e sua complexidade
sejam levadas em consideração de tal modo que as repercussões das descobertas colaborem
também, para a formação de um ser humano mais consciente, responsável e firme em suas atitudes
favoráveis à vida.
Há muitos anos eu leio seus artigos científicos publicados pela SBPC, muitos deles no campo da
ética. A sua tendência de atrair a ética para o campo das áreas biológicas, Dr. Fernando, faz do
senhor o membro adequado do CONCEA para representar, junto a esse respeitável conselho,
pontos de vista semelhantes aos meus, os quais procuram compreender o problema em questão a
partir de uma perspectiva mais ampla.
Nesse contexto de controvérsias, Dr. Fernando, as boas soluções vão surgindo e uma
delas é o CONCEA, que terá a função de estabelecer normas, cuidados e procedimentos
para o uso científico dos animais. Uma dessas importantes funções, Dr. Fernando, é a
avaliação e o monitoramento de técnicas alternativas que substituam o uso de animais
no ensino e na pesquisa. Isso demonstra o interesse que a equipe multidisciplinar do
CONCEA possui no sentido de valorizar e visualizar a vida além da esfera do corpo
físico humano,
Dr. Fernando. É preciso encontrar um meio termo que permita respeitar o artigo 225 da
Constituição Federal (que incumbe o Poder Público de proteger os animais contra os
maus tratos) e permita o avanço desobstruído das pesquisas cientificas, de tal forma
que o homem se veja evoluindo em seus conhecimentos de forma responsável,
comprometida com o que está na Lei Federal e nos códigos de ética.
Acredito, Dr. Fernando, que a ética, quando praticada realmente em todas as áreas
profissionais, poderá resolver controvérsias como esta aqui por mim discutida. A
vivência ética desenvolve o poder reflexivo, aproxima opiniões contrárias e favorece a
descoberta de uma solução benéfica a todos os brasileiros.
Agradeço, desde já, a sua atenção, Dr. Fernando, e peço que defenda esse ponto de vista
mais amplo junto ao CONCEA: permitir o uso de animais em pesquisas científicas,
desde que se reflita continuamente sobre a vivência ética ao longo das pesquisas. Há
um desafio longo a ser superado, Dr. Fernando, e a criação do
CONCEA
(multidisciplinar) representa uma importante etapa.
Atenciosamente,
Josefa.
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Dúvidas?

Notícia
O que é uma Notícia?
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Noticiar significa contar. Uma notícia, portanto, é um
tipo de texto utilizado para reportar um fato.
Normalmente, esse fato é motivo de interesse de
quem o comunicou ou possibilita o interesse de
quem o receberá (leitor).
Objetivo do texto

O Objetivo desse gênero de texto jornalístico é
transmitir uma informação a ser veiculada por meio
da televisão, rádio, revista. Ao fazer essa transmissão
o redator necessita conhecer o público a quem dirige
a informação a fim de adequá-la a esse interlocutor.
Estrutura

Manchete: Título  ordem direta
Linha Fina: Subtítulo  Não pode repetir palavras da
manchete.
Corpo do texto: Lide  1 parágrafo responder às perguntas:
QUEM? O QUÊ? QUANDO? ONDE? COMO? POR QUÊ?
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Exemplo de Notícia
COPENHAGUE 2009
Década atual é a mais quente da história
Temperaturas entre 2000 e 2009 estão, em média, 0,4°C mais elevadas, afirma Organização
Meteorológica Mundial
Este ano caminha para ser o quinto mais quente; Sul do Brasil, Índia e China tiveram ondas de
calor severas, diz estudo divulgado ontem.
Os anos que vão de 2000 a 2009 correspondem, por enquanto, à década mais quente da história
desde que medições confiáveis começaram, em meados do século 19. A década de 2000 supera com
folga os anos 1990, derrubando a tese de que o aquecimento global teria "estacionado" ou até
"começado a diminuir" a partir de 1998 -ano que, isoladamente, é o mais quente já registrado.
Os dados, divulgados durante a conferência climática de Copenhague pela OMM (Organização
Meteorológica Mundial), indicam que 2009 provavelmente será o quinto ano mais quente da
história, com temperatura 0,44°C superior à média do período de referência, que vai de 1961 a
1990. Este ano registrou um dos outonos mais quentes da história no Sul do Brasil, e temperaturas
acima de 40°C no centro da Argentina. (...)
Apesar da aparente robustez dos resultados, a primeira pergunta feita por jornalistas a Jarraud
ontem envolvia o uso de dados da Universidade de East Anglia (Reino Unido). Os climatologistas
da instituição foram afetados por um roubo de e-mails, perpetrado por hackers, os quais tentaram
usar as mensagens como prova de que os pesquisadores manipulavam seus estudos.
"Sim, usamos os dados deles, mas também utilizamos dois conjuntos independentes de dados [da
Nasa e da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos EUA]. E, como vocês podem ver,
as três curvas são quase idênticas", afirmou.
Jarraud reforçou que "passamos por uma tendência clara de aquecimento", mas disse que ainda é
cedo para dizer se a próxima década será mais quente que as últimas duas. (REINALDO JOSÉ
LOPES)
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