FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO
PROJETO PEDAGÓGICO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
(para alunos ingressantes a partir do 1º semestre de 2012)
São Paulo – SP
2012
Escola de Administração de Empresas de São Paulo.
Projeto pedagógico: curso de graduação em administração / Fundação Getulio Vargas, Escola de
Administração de Empresas de São Paulo ; [organização Isabela Baleeiro Curado]. – São Paulo : FGVEAESP, 2012.
1. Escola de Administração de Empresas de São Paulo. 2. Administração – Estudo e ensino. 3.
Administração de empresas – Estudo e ensino. 4. Administração pública – Estudo e ensino. I. Curado,
Isabela Baleeiro. II. Título.
Sumário
Introdução ............................................................................................................... 1
1.
Perfil do curso ................................................................................................... 1
2.
Atividades do curso ........................................................................................... 5
3.
Perfil do egresso .............................................................................................. 17
4.
Forma de acesso ao curso ................................................................................ 18
5.
Sistema de avaliação do processo de ensino e aprendizagem ........................... 21
6.
Sistema de avaliação do projeto do curso ........................................................ 23
Anexos ................................................................................................................... 26
INTRODUÇÃO
O desenvolvimento de um PPC deve ser um processo de construção coletiva, baseado no
princípio de participação, no qual diferentes vozes e ideias sobre quais são os objetivos da
instituição educacional são levadas em consideração (VEIGA, 2003) e deve estar alinhado ao
Projeto de Desenvolvimento Institucional e à Missão e Visão da instituição.
O projeto pedagógico do Curso de Administração da Escola de Administração de Empresas de
São Paulo da Fundação Getulio Vargas serve como elemento norteador da prática de seus
professores e é base para os processos de ensino e aprendizagem.
Uma vez que um curso é um organismo vivo e sofre diversas alterações ao longo da sua
execução, um projeto pedagógico reflete as atividades do curso em um determinado
momento. Apresenta-se neste documento o projeto pedagógico do Curso de Graduação em
Administração da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio
Vargas (EAESP-FGV), considerando a divisão dos cursos de Administração e Administração
Pública, a partir do primeiro semestre de 20121. O projeto de 2012 tem como base os ajustes
realizados à reforma do currículo do Curso de Graduação implantada no segundo semestre de
2007, a qual teve por base, de um lado, as Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduação em
Administração, de 20052 e, de outro, amplo processo de discussão conduzido na própria
EAESP. O processo de discussão interno à escola teve por objetivo a adequação do curso a
mudanças ocorridas nos últimos anos no cenário em que atuam as organizações e a alterações
no campo da educação.
1. PERFIL DO CURSO
Fundada em 1944, pelo Decreto lei 6.693, a Fundação Getulio Vargas (FGV) se propunha “ao
estudo e à divulgação dos princípios e métodos da organização racional do trabalho e ao
preparo de pessoal qualificado para a administração pública e privada, mantendo núcleos de
pesquisa, estabelecimentos de ensino e os serviços que forem necessários”.
Em seu primeiro decênio, a FGV ampliou suas atividades, criando vários cursos, institutos,
centros de pesquisas e revistas. Em 1954 é instituída a Escola de Administração de Empresas
de São Paulo (EAESP), instalada em São Paulo, em função de a cidade se configurar, à época,
como o principal centro industrial da América Latina. Nos seus quase 60 anos a FGV-EAESP se
tornou um centro de excelência, seja pela contribuição de seus professores, seja pela
qualidade profissional dos seus ex-alunos.
Desde o momento da fundação da EAESP e da criação do Curso de Graduação, em 1955, até os
dias atuais, o contexto institucional em que a Escola e o curso se inserem alterou-se de forma
1
Este Projeto constitui uma atualização do Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Administração da EAESP,
cuja primeira versão foi publicada em 2004 (ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO DA
FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS, Projeto Pedagógico 2004), uma segunda versão data de 2006 (ESCOLA DE
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO DA FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS, Projeto Pedagógico 2006), uma
terceira versão, de 2008, e uma quarta versão, de 2011. Conforme sinalizado no projeto pedagógico publicado em
2011, em função da criação do novo curso de Administração Pública e da reavaliação do curso, alguns ajustes
foram propostos e incorporados nessa nova versão do Projeto Pedagógico.
2
Resolução n. 4 de 13 de julho de 2005, da Câmara de Educação Superior, do Conselho Nacional da Educação, que
instituiu as Diretrizes Nacionais do Curso de Graduação em Administração.
radical. Os desafios para a formação de administradores se redefiniram diante das
transformações no contexto mais abrangente. É preciso formar profissionais preparados para a
mudança, capazes de construir uma trajetória profissional consistente. Como decorrência, tem
ganhado destaque a perspectiva de existirem múltiplos caminhos para a formação do
administrador, com possibilidades de atuação em organização de diferentes tamanhos e
características.
Visando se adequar a esse cenário, o Curso de Graduação em Administração da FGV-EASP,
após três anos de discussão, passou por um processo de reformulação em 2007 e, a partir da
avaliação da implantação do curso, por ajustes realizados no segundo semestre de 2011 e no
primeiro semestre de 2012.
A mudança no perfil dos cursos de graduação da FGV-EAESP fez com que o projeto pedagógico
do curso de Administração sofresse alguns ajustes, sendo o mais significativo a redução da
quantidade de linhas de formação específica: até o 1º semestre de 2011, havia duas linhas de
formação no curso de Administração - Administração de Empresas e Administração Pública.
Em função da criação do novo Curso de Graduação em Administração Pública, com processo
seletivo distinto e início em fevereiro de 2012, não houve mais entrantes na linha de formação
em Administração Pública do Curso de Graduação em Administração a partir do segundo
semestre de 2011. Desde o primeiro semestre de 2012, o Curso de Graduação em
Administração passa então a ser direcionado apenas à linha de formação específica em
Administração de Empresas.
Uma vez que o curso de Administração está inserido num contexto institucional mais amplo, as
missões da Fundação Getulio Vargas e da Escola de Administração de Empresas de São Paulo
direcionam a missão do Curso de Graduação em Administração e auxiliam a elaboração dos
princípios norteadores do curso.
Missão FGV
“ Avançar nas fronteiras do conhecimento na área das Ciências Sociais e afins, produzindo e
transmitindo ideias, dados e informações, além de conservá-los e sistematizá-los, de modo a
contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do país, para a melhoria dos padrões éticos
nacionais, para uma governança responsável e compartilhada, e para a inserção do país no
cenário internacional.”
Missão da FGV-EAESP
“Formar dirigentes para liderar os processos de mudança no país.
Produzir e disseminar conhecimentos relevantes para a reflexão e a prática da administração”
Missão do Curso
“Formar administradores éticos, com visão estratégica complexa e profundo conhecimento da
gestão das organizações, que conheçam o país, tenham visão internacional e saibam lidar com
a diversidade.”
2
Princípios Norteadores do Curso de Graduação em Administração de Empresas
A continuidade da contribuição da EAESP para a formação de administradores – e seu próprio
lugar no ensino superior em Administração – requer que a Escola mantenha sua atitude
pioneira e de vanguarda, e que faça opções estratégicas bem fundamentadas. A preservação
do perfil generalista – que ainda preside a concepção de curso e seu projeto pedagógico –
deve, necessariamente, ser equilibrada pelo reforço à flexibilização, que permita ao aluno
orientar seu curso segundo suas aptidões e de acordo com as oportunidades de inserção
profissional. Para facilitar a compreensão dessas questões e das principais diretrizes do curso
foi elaborado um mapa com os seus principais princípios norteadores:
Encadeamento funcional
Missão FGV e FGVEAESP
Interdisciplinaridade
Relacionamento Externo: empresas,
ONG’s, administração Pública
Melhor curso de graduação
Articulação
Excelência
e Inovação
Interesse do aluno
Aluno co-responsável pelo
processo de aprendizagem
Autonomia
Novos conhecimentos
Pioneiro
Novas expectativas de
aprendizado
Atitude moral e ética
Diferentes situações
de aprendizagem
Projetos organizacionais
Relação teoria/prática
Alinhamento com a missão FGV
Aprendizagem
Ativa
Princípios CG-R
Compromisso
com o Brasil
temas, bibliografia e exemplos nacionais
Aplicar o conhecimento à realidade
Trajetórias individuais
Colocar o Brasil no mundo e o mundo no Brasil
Escolhas: AC e eletivas
Diferentes possibilidades
de atuação
Flexibilidade
Internacionalização
Mobilidade
dos alunos
Empregabilidade internacional
Projetos globais
Processo
Pedagógico
Esses princípios estão relacionados, por um lado, ao processo pedagógico e, por outro, à
missão da FGV e da FGV-EAESP e são aplicados no cotidiano do curso por meio de várias
iniciativas.
Flexibilidade é um atributo da Escola que permite acolher trajetórias individuais dos alunos
dentre os diversos campos da Administração, estabelecer Áreas de Concentração a partir dos
interesses específicos dos alunos, permitir a mobilidade em escolas parceiras e em outras
escolas da Fundação e acomodar, no currículo, as atividades de Intercâmbio Internacional e de
participação em Empresas Juniores e outras entidades estudantis.
Aprendizagem ativa ocorre por meio da filosofia de “aprender fazendo” - desenvolver, além
do conhecimento, habilidades e atitudes e é incentivada pela integração da teoria com a
prática e por projetos que possibilitam a aplicação do conhecimento na realidade das
organizações.
Autonomia visa desenvolver a responsabilidade e a ética, desenvolver a capacidade de
aprender a aprender, por meio de formulação de questões e respostas, possibilitar ao aluno
conviver com a diversidade de opiniões e conhecimentos e incentivar a capacidade de avaliar
criticamente as informações e ensinamentos recebidos.
Excelência e Inovação ocorrem por meio do desenvolvimento e aplicação de conhecimento de
ponta, da atualização constante do material didático, da utilização de praticas pedagógicas
3
pioneiras, da integração da tecnologia da informação no processo didático e do fornecimento
de devolutivas contínuas e fundamentadas aos alunos.
O princípio de compromisso com o Brasil pode ser observado pela utilização de dados, casos e
exemplos brasileiros, pela comparação entre a realidade brasileira e a realidade internacional,
pela utilização de bibliografia nacional, pela sensibilização à questão da diversidade nacional e
pelo desenvolvimento de visão critica da realidade brasileira.
O princípio da internacionalização tem como objetivo que o aluno desenvolva uma
mentalidade global, seja capaz de posicionar-se diante dos problemas globais, saiba avaliar os
problemas brasileiros no contexto global, tenha vivência internacional e seja capaz de
trabalhar e estudar em outros idiomas.
Integração é um princípio que visa ligar os outros, e orienta que os conteúdos estudados e as
atividades propostas devem: integrar-se com a realidade, articular-se com outras disciplinas,
atender a interesses da comunidade, prestar serviços à comunidade, integrar-se com os
conteúdos de escolas parceiras e de outras escolas da Fundação e articular-se com atividades
profissionais.
4
2. ATIVIDADES DO CURSO
O Curso de Graduação em Administração da FGV-EAESP, com duração de quatro anos, é
oferecido no período diurno, com aulas de manhã e à tarde, nos seis primeiros semestres. Nos
dois semestres seguintes, as aulas são ministradas na parte da manhã, para permitir ao aluno a
realização de estágios. A principal característica do Curso de Graduação em Administração é
proporcionar uma formação generalista, dando aos alunos uma visão abrangente de um
mundo em mudança cada vez mais rápida, preparando-os para utilizar as mais modernas
técnicas no campo da Administração.
O curso de Graduação tem uma carga horária de 3.600 horas aula, ou 3.000 horas corridas,
distribuídas em 240 créditos:
Disciplinas Obrigatórias
Disciplinas Eletivas (a partir do 5º semestre)
Estágio Curricular Supervisionado (a partir do 7º semestre)
Atividades Complementares (até o 7º semestre)
Trabalho de Conclusão de Curso (8º semestre)
Total de créditos
168
32
20
10
10
240
Dos 240 créditos que compõem o curso, 168 correspondem a disciplinas obrigatórias e 32 a
disciplinas eletivas.
Para facilitar o entendimento das atividades do curso serão apresentados os seguintes itens:
• Blocos de formação e disciplinas do curso
• Áreas de Concentração
• Atividades Experienciais
• Atividades Complementares
• Cursos de Férias e Escola de Inverno
• Atividades Planejadas
• Metodologia de Ensino e Aprendizagem
• PIP – Programa de Iniciação à Pesquisa
• Intercâmbio
• Apoio aos alunos
• Estagio Curricular Supervisionado
• Trabalho de Conclusão do Curso
5
Blocos de formação e disciplinas do curso
O modelo tem como premissa que o processo de formação ocorrerá de forma gradativa, ao
longo de três ciclos de aprendizagem - Formação inicial, Desenvolvimento Profissional e
Transição para o Mundo do Trabalho, sucessivamente mais complexos em termos de realidade
administrativa e coerentes com os diferentes graus de maturidade do aluno em sua trajetória.
Esses ciclos não devem ser entendidos como estanques, mas sim como momentos diferentes
do curso, com suas especificidades em termos do que deve, ou não, ser enfatizado.
Os ciclos de aprendizagem são descritos a seguir:
6
Ciclo
Objetivo de aprendizagem
Ênfase Didático
Pedagógica
Exemplos na matriz
curricular:
FORMAÇÃO INICIAL –
preponderantemente nos dois primeiros
semestres
É o primeiro conjunto de vivências
curriculares no qual o aluno:
Experimenta a ação administrativa
empresarial
Toma contato com os fundamentos
teóricos
necessários
à
prática
administrativa
Expande sua ação para atividades de
extensão
Desenvolve os fundamentos em ciências
humanas e quantitativas
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
em todo o curso, com maior intensidade
do terceiro ao sétimo semestres
O ciclo de Desenvolvimento é de caráter
técnico-formativo para a prática da
administração em todos os níveis de
atuação nas organizações.
Desenvolver as bases para a atuação
Aprender a pensar
profissional
Desenvolver a compreensão e o espírito Desenvolver a capacidade de buscar, de
crítico
maneira autônoma, novos conhecimentos.
Desenvolver a capacidade de relacionar-se
Experiência Empreendedora
Disciplinas introdutórias: Introdução à
Gestão, Introdução ao Marketing,
Contabilidade Financeira.
Base em Humanas: Sociologia I, Filosofia,
Psicologia I, Direito Privado na Empresa.
Estudos Quantitativos: Matemática I,
Estatística I.
TRANSIÇÃO PARA O MUNDO DO
TRABALHO
preponderantemente nos dois últimos
semestres
Preparar a transição, com sucesso, para o
mundo do trabalho.
Ciclo pratica/teoria/pratica melhorada
Análise de contexto, diagnóstico de
oportunidades e elaboração de propostas.
Preparar a transição, com sucesso, para o
mundo do trabalho.
Disciplinas obrigatórias de caráter técnico- Estágio Curricular Supervisionado
formativo, nas diferentes áreas funcionais: Trabalho de Conclusão de Curso
Projetos de Melhoria Organizacional
(Organização Local, Rede Nacional)
Disciplinas eletivas, a partir do 5º semestre
(trajetórias individuais)
7
A maior parte das disciplinas encontra-se vinculada a um Departamento de Ensino,
responsável por garantir a adequação dos programas de cada disciplina aos objetivos do curso,
bem como por alocar os professores que irão lecioná-las. A EAESP está dividida em 8
Departamentos de Ensino:
Sigla
ADM
CFC
FSJ
GEP
IMQ
MCD
PAE
POI
Departamento
Administração Geral e Recursos Humanos
Contabilidade, Finanças e Controle
Fundamentos Sociais e Jurídicos da Administração
Gestão Pública
Informática e Métodos Quantitativos aplicados à Administração
Mercadologia
Planejamento e Análise Econômica, aplicados à Administração
Departamento de Administração da Produção e de Operações
As disciplinas obrigatórias (168 créditos) são classificadas em disciplinas departamentais e
interdepartamentais.
Matriz Curricular do Curso de Graduação em Administração da FGV/EAESP
Ingressantes a partir do 1º semestre de 2012
Componentes Curriculares
Créditos
1
2
Departamento
Pré-requisito
3
Classificação
1º semestre
Atividades Planejadas I
2
INTER
B
Introdução ao Marketing
4
MCD
P
Sociologia I
4
FSJ
B
Matemática I
4
IMQ
EQT
Introdução à Tecnologia da Informação
4
IMQ
P
Matemática Financeira
2
IMQ
EQT
Gestão de Projetos
4
POI
P
Introdução à Gestão
4
ADM
P
Total de créditos
28
2º semestre
Experiência Empreendedora
4
INTER
P
Filosofia
2
FSJ
B
Psicologia I
2
FSJ
B
Sociologia II
4
FSJ
Direito Privado na Empresa
4
FSJ
Matemática II
4
IMQ
Contabilidade Financeira
4
CFC
P
Estatística I
4
IMQ
EQT
Total de créditos
28
P
Sociologia I
B
Matemática I
EQT
B
3º semestre
Estratégia Mercadológica
4
MCD
Psicologia II
4
FSJ
Ciência Política
4
FSJ
B
Oficina Comunicação
2
ADM
B
Psicologia I
B
8
Controladoria
2
CFC
P
Estatística II
4
IMQ
Estatística I
EQT
Gestão de Operações
4
POI
Estatística I
P
Análise Estratégica
4
ADM
P
Total de créditos
28
4º semestre
Projeto de Organização Local
4
INTER
P
Atividades Planejadas II
2
INTER
B
Pesquisa de Mercado
4
MCD
Microeconomia Intermediária Aplicada
6
PAE
Finanças Corporativas I
Modelagem para apoio à Tomada de
Decisão
4
CFC
4
IMQ
Organizações
4
ADM
Int. Gestão
P
Total de créditos
28
Projeto de
Organização Local
P
P
Matemática I
Cont.Fin.e
Controladoria
B
P
EQT
5º semestre
Projeto de Rede Nacional
4
INTER
Marketing Mix
6
MCD
Direito Tributário
4
FSJ
Macroeconomia Intermediária Aplicada
4
PAE
Finanças Corporativas II
4
CFC
Eletivas I
2
-
Logística Empresarial e SCM
4
Total de créditos
28
P
Direito Privado na
Empresa
Microeconomia
Intermediária
Aplicada
Finanças
Corporativas I
B
B
P
C
POI
Gestão de
Operações e
Estatística II
P
Direito Privado na
Empresa
B
6º semestre
Direito Trabalhista
2
FSJ
Economia Internacional
2
PAE
Administração da Tecnologia da Informação
4
IMQ
P
Int.Tec Info
Finanças
Corporativas II
P
Mercados Financeiros e de Capitais
4
CFC
Eletivas II
2
-
C
P
Eletivas III
2
-
C
Eletivas IV
2
-
C
Eletivas V
2
-
C
Eletivas VI
4
-
C
Total de créditos
24
TCC
7º semestre
Orientação de Trabalho de Conclusão de
Curso
4
INTER
Atividades Planejadas III
2
INTER
Operações e Competitividade
4
POI
Gestão de Pessoas
4
ADM
P
Logística
Empresarial e SCM
P
P
9
Eletivas VII
2
-
C
Eletivas VIII
2
-
C
Eletivas IX
2
-
C
Total de créditos
20
8º semestre
Gestão Estratégica
4
ADM
Análise Estratégica
P
Eletivas X
4
-
C
Eletivas XI
2
-
C
Eletivas XII
2
-
C
Eletivas XIII
4
-
C
Total de créditos
16
1 - Um crédito corresponde a 15 horas/aula ou tempo equivalente de dedicação a demais componentes
curriculares. 3600 horas-aula (240*15) = 3000 horas corridas
2 - INTER – Disciplina Interdepartamental; CECOP – Coordenadoria de Estágios e Colocação Profissional.
3 - B - Conteúdos de Formação Básica; C - Conteúdos de Formação Complementar; EQT - Conteúdos de Estudos
Quantitativos e suas Tecnologias; P - Conteúdos de Formação Profissional e TCC - Trabalho de Conclusão de Curso.
Disciplinas Eletivas
A abertura de espaço para opções pelos alunos na forma de disciplinas eletivas permite
conciliar uma base generalista, definida quando da criação do curso – com conteúdos
variáveis, que viabilizem a especialização do aluno em campo de seu interesse. Corresponde,
assim, a um movimento no sentido da flexibilização de parte do conteúdo do curso.
A partir do 5º semestre, o aluno precisa cursar 32 créditos de disciplinas eletivas, dos quais ao
menos 12 créditos devem pertencer a uma Área de Concentração, e ao menos quatro créditos
devem ser cursados em área distinta da Área de Concentração escolhida.
Áreas de Concentração
Visando atender aos conceitos de autonomia e flexibilidade, foram inseridos no currículo as
Áreas de Concentração. Todos os alunos devem cursar obrigatoriamente uma das seguintes
Áreas de Concentração: I - Estratégia e Gestão; ll – Finanças; lll – Marketing; IV Sustentabilidade e Meio Ambiente; V – Empreendedorismo e VI - Gestão Internacional.
Cada Área de Concentração é composta por 12 créditos e as disciplinas eletivas escolhidas para
completar uma Área de Concentração devem ser oferecidas por, no mínimo, dois
Departamentos de Ensino distintos.
Atividades Experienciais
O equilíbrio entre embasamento teórico e aplicação prática, por meio da aprendizagem ativa,
tem se provado uma ferramenta eficaz de aprendizagem. No Curso de Graduação em
Administração foram inseridas várias disciplinas interdepartamentais com foco na aplicação
dos conceitos na prática organizacional:
• Experiência Empreendedora – Os alunos precisam desenvolver um plano de negócio de um
novo empreendimento. Os melhores planos de negócios participam de uma feira, no final
do semestre e são analisados por avaliadores externos (inclusive por representantes de
fundos de venture capital).
• Projeto de Organização Local (POL) – os alunos são expostos a pequenas empresas e, a
partir de uma metodologia desenvolvida pelos professores da disciplina, com base do
10
Premio PNQ, realizam um diagnóstico da empresa e apresentam oportunidades de
melhorias. As empresas recebem, em contrapartida, um relatório, com as sugestões da
equipe e um comparativo da sua empresa em relação a outras empresas do semestre.
• Projeto de Organização Nacional (PON) – os alunos montam equipes e sugerem uma
grande empresa para desenvolver o projeto. A metodologia apresentada na disciplina POL é
resgatada, porém o desafio é aprofundar o diagnostico e as sugestões, uma vez que o grau
de complexidade do objeto é maior.
Atividades Complementares
As Atividades Complementares “...são componentes curriculares que possibilitam o
reconhecimento, por avaliação, de habilidades, conhecimentos e competências do aluno,
inclusive adquiridas fora do ambiente escolar, incluindo a prática de estudos e atividades
independentes, transversais, opcionais, de interdisciplinaridade, especialmente nas relações
com o mundo do trabalho e com as ações de extensão junto à comunidade.” (Resolução No 4
do CNE, de 13 de julho 2005, art. 8).
A formação em nível de graduação não envolve apenas a dimensão técnico-profissional, mas
também outras dimensões que a complementam. Várias dessas dimensões, como a formação
generalista, a perspectiva multidisciplinar e a ênfase na dimensão humana da administração já
estão presentes no currículo do curso de graduação da EAESP desde sua criação. Mas há
outras dimensões importantes na formação do aluno como administrador e como cidadão que
até o momento não integravam o currículo do curso, embora fossem estimulados pela escola
como atividades extracurriculares.
Dentre essas dimensões incluem-se: elaboração de um repertório artístico-cultural, ações de
impacto social na comunidade, participação em associações e entidades, participação em
projetos de pesquisas, condução de projetos de pesquisa próprios, iniciação à atividade
docente, dentre outras.
A coordenação das Atividades Complementares é feita pela Coordenadoria de Graduação. Na
Regulamentação das Atividades Complementares pela EAESP, foram estabelecidas as
seguintes modalidades de atividades a serem desenvolvidas pelos estudantes e reconhecidas
na forma de créditos:
I - Atividades de Extensão de Caráter Socioambiental
II - Atividades Culturais.
III - Atividades de Iniciação à Docência e à Pesquisa.
IV - Atividades em Entidades Estudantis.
V - Outras Atividades Acadêmicas.
O regulamento das atividades complementares, presente no projeto pedagógico do curso,
encontra-se anexo.
Cursos de Férias e Escola de Inverno
Os alunos do Curso de Graduação em Administração podem cursar disciplinas dos diversos
Departamentos de Ensino da FGV-EAESP, de forma concentrada, durante os períodos de férias
de verão e inverno.
Além dos cursos oferecidos no período de férias, os alunos do Curso de Graduação em
Administração podem ainda participar da Escola de Inverno da FGV-EAESP, cujo objetivo é
mobilizar a comunidade acadêmica e profissional para promover o intercâmbio acadêmico de
11
ponta, estimular a pesquisa científica em Administração e promover o aperfeiçoamento da
formação metodológica, matemática e estatística de seus participantes.
Atividades Planejadas
Entre as disciplinas obrigatórias foram alocados oito créditos para Atividades Planejadas,
disciplina ministrada no 1º, 5º e 7º semestres. Essa disciplina visa possibilitar flexibilidade ao
currículo e introduzir temas gerais e pontuais, necessários à formação do aluno.
Por exemplo, na disciplina Atividades Planejadas I, oferecida no 1º semestre de 2012, foram
abordados tópicos tais quais:
• Trabalhos acadêmicos - Como desenvolvê-los? Quais as principais regras e formatos?
• Trabalhos em grupo: lidando com conflito e diferenças
• Comunicação oral: como cativar seu público.
• A conduta ética na vida acadêmica
• Importância da formação acadêmica na carreira
• Avaliação de proficiência em Língua Inglesa
Metodologia de Ensino e Aprendizagem
A coordenação dos processos de apoio ao ensino e à aprendizagem é realizada pelo CEDEA –
Centro de Desenvolvimento do Ensino e da Aprendizagem.
Uma das principais inovações da reforma do curso, realizada em 2007, diz respeito à dimensão
didático-pedagógica. Um dos principais objetivos do curso é formar um profissional autônomo,
questionador, articulado e reflexivo, capaz de aprender continuamente. Esta mudança no
perfil do profissional a ser formado requer também uma mudança no foco do processo de
ensino-aprendizagem.
Tradicionalmente, o foco do processo de ensino se baseava na aquisição dos conhecimentos
necessários para o desenvolvimento de uma determinada atividade. Na nova abordagem
pedagógica, reforçada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em
Administração, bacharelado, Resolução n°4 de 13 de julho de 2005 do CNE, o foco da
aprendizagem deve extrapolar o conhecimento técnico-funcional e abordar o desenvolvimento
de habilidades, competências e atitudes.
Para alcançar tal objetivo, a premissa pedagógica do curso é transformar o processo de
aprendizagem numa descoberta, com integração ativa do aluno ao processo. Trata-se de
procurar inovar na relação professor-aluno e no processo de aprendizagem, o que envolve
mudanças culturais importantes. Assim, pretende-se basear a formação no curso de graduação
em um processo crescente de responsabilização do aluno pelo processo de aprendizagem. Esta
abordagem supõe que se supere um modelo de ensino-aprendizagem no qual o professor,
detentor do conhecimento, “transfere” seu conhecimento ao aluno que “recebe” este
conhecimento de maneira relativamente passiva. Sem desconsiderar a contribuição ao
processo de aprendizagem do saber acumulado pelo professor, passa-se a estimular também o
“aprender fazendo” e o “aprender refletindo criticamente”, abordagem que pressupõe que a
aprendizagem é um processo ativo, que envolve dois atores: o aprendiz e o professor.
O aprendiz (aluno) passa a ser responsável pelo seu processo de aprendizado e deve ter
comprometimento, curiosidade, iniciativa e persistência. O professor, por sua vez, assume o
papel de facilitador do processo, por meio do planejamento e da organização das atividades de
12
aprendizagem. O papel do professor passa a ser o de guia do processo de aprendizado, por
meio de um suporte cognitivo: cabe a ele fazer sugestões, dar recomendações, desafiar a
criatividade, estimular o envolvimento e, principalmente, encorajar o pensamento
independente do aluno. Assim, o professor não apenas põe à disposição dos alunos o
conhecimento de que é detentor, mas passa a ser também um orientador do processo de
busca e construção do conhecimento, estimulando o aluno a formular perguntas sobre a
realidade e a tentar respondê-las. Nesse contexto, o processo pedagógico passa a ser um
espaço para o desenvolvimento do raciocínio, do pensamento crítico, da resolução de
problemas e da reflexão. Esta mudança implica alterações no dia a dia de cada disciplina, com
reforço a aulas que supõem a participação do aluno.
Reforça-se, como recurso didático, o uso de diversas formas de comunicação e de debate, com
a incorporação de novos recursos tecnológicos. Uma vez que o foco do processo pedagógico é
a aprendizagem, são estimulados diferentes tipos e experiências de aprendizagem, além das
aulas expositivas: método do caso; simulação (role playing); aprendizagem baseada na
resolução de problemas (problem based learning); seminários; exercícios e debates, além das
atividades monitoradas.
As atividades monitoradas são atividades definidas pelo professor e realizadas pelos alunosaprendizes de forma autônoma, de preferência, fora da sala de aula, com o objetivo de
oferecer ao aluno a possibilidade de vivenciar, praticar e investigar de maneira autônoma o
conteúdo abordado em sala de aula. As atividades são estruturadas e acompanhadas por meio
de relatórios, discussões, apresentações etc.
PIP – Programa de Iniciação à Pesquisa
Visando fornecer flexibilidade no processo de formação do aluno e incentivar o espírito de
pesquisa foi proposto, no processo de reformulação do curso, um programa integrado de
iniciação à pesquisa – o PIP (Programa de Iniciação à Pesquisa da FGV-EAESP). O programa
consiste num processo de preparação e execução de pesquisa para graduandos em parceria
com as Linhas de Pesquisa, Centros de Estudos e pesquisadores-bolsistas da FGV-EAESP. Seu
objetivo principal é complementar a formação escolar dos estudantes participantes.
O PIP é direcionado aos alunos do 2º ao 6º semestres e está dividido em três pilares:
1. Residência em Pesquisa
O programa Residência em Pesquisa disponibiliza recursos para que alunos do Curso de
Graduação possam participar de atividades de pesquisa desenvolvidas por atores internos
como Linhas de Pesquisa, Centros de Estudo e pesquisadores-bolsistas.
2. Conexão Local
O Projeto Conexão Local possibilita aos estudantes dos cursos de graduação e pósgraduação o
acesso às experiências no campo de pesquisa conforme especificado em projeto em
andamento, vinculado a Linhas de Pesquisa, Centros de Estudo e pesquisadores-bolsistas. Os
objetivos do Projeto são a complementação da formação escolar, apoio à pesquisa no campo
da Administração e apoio à publicação científica do conhecimento produzido.
3. Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC)
13
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) conta com verba do CNPq,
GVpesquisa e outras agências de fomento e tem como finalidade estimular e desenvolver a
vocação para a pesquisa científica em estudantes dos cursos de graduação por meio da
concretização de projetos científicos orientados por docentes da FGV-EAESP.
O PIBIC é a modalidade mais antiga de Iniciação à Pesquisa para os estudantes da graduação e
seu objetivo é incentivar e despertar a vocação científica entre os estudantes, por meio do
envolvimento em projeto de pesquisa orientado por docentes pesquisadores.
Intercâmbio
Os alunos de graduação beneficiam-se, ainda, da possibilidade de intercâmbio internacional,
com apoio da CRI - Coordenadoria de Relações Internacionais. Há um programa regular de
intercâmbio com várias escolas da Europa, dos EUA, da América Latina, e de outras regiões do
mundo. Além dos programas regulares, por meio dos quais os alunos ficam um semestre no
exterior, cursando regularmente outras faculdades, há também programas internacionais
durante as férias e competições internacionais de estudos de casos. O intercâmbio sistemático
de alunos iniciou-se em 1976, com a associação da EAESP ao PIM (Partnership in International
Management), sendo a Escola, até hoje, a única instituição brasileira membro desta
associação, um consórcio de escolas e universidades no mundo todo, que promove o
intercâmbio de alunos, professores e corpo administrativo das escolas e universidades
associadas.
Além de enviar alunos para o exterior, a Escola recebe alunos de diversas faculdades e
universidades associadas ao PIM, que participam do curso de graduação por um semestre.
Mais recentemente, os alunos de Graduação do Curso de Administração Pública passaram a
ter uma possibilidade adicional de intercâmbio, oferecida pelo Consórcio Bilateral na Área de
Ciências Sociais e Políticas Públicas (CBSP), desenvolvido com apoio da CAPES (Programa de
Consórcios em Educação Superior) e de instituição congênere nos EUA - FIPSE, envolvendo
cinco universidades/faculdades no Brasil e nos Estados Unidos: a UNICAMP, a Universidade
Federal de Pernambuco e a FGV-EAESP, no Brasil, a Universidade de Texas, em Austin, e a
Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA), nos EUA.
Apoio aos alunos
As atividades de apoios aos alunos podem ser divididas em atividades de apoio financeiro e
atividades de apoio pessoal.
Atividades de apoio Financeiro
Os alunos do Curso de Graduação contam com uma estrutura de apoio bastante abrangente.
Uma primeira iniciativa nesse sentido data de 1965 e consiste na criação, naquela ocasião, de
um Fundo de Bolsas, instituído com base em doações da comunidade empresarial, de exalunos e de professores, com o objetivo de garantir bolsas de estudos a alunos do curso de
graduação.
Os alunos podem recorrer ao fundo para: pagamento integral ou parcial de taxas escolares;
manutenção própria (alimentação); e aquisição de livros e material escolar. Em 2005, foi
institucionalizada uma nova modalidade de Bolsa de Estudos - a Bolsa Moradia e Transporte para alunos com dificuldades econômicas. O valor recebido deverá ser pago à Escola, voltando
a compor o Fundo de Bolsas, cinco anos após a tomada do empréstimo pelo aluno. Desde a
criação do Fundo de Bolsas, em 1965, foram concedidas mais de 15.000 bolsas a alunos de
graduação em Administração.
14
Ainda como apoio aos alunos, funcionando como complemento à sua formação e também
como suporte financeiro durante a realização do curso, são oferecidas oportunidades de
realizar monitorias e estágios.
Atividades de apoio pessoal
Outra ordem de suporte oferecido aos alunos consiste na atividade de tutoria, criada em
janeiro de 2001, com a finalidade de apoiar a coordenadoria de graduação, procurando,
principalmente, “zelar pelo processo de ensino e aprendizado e pelo aproveitamento” da
turma sob sua responsabilidade. Um professor tutor acompanha uma turma ingressante no
primeiro semestre do curso e serve como canal facilitador da turma, tanto em relação à
coordenadoria do curso, quanto em relação aos professores e à própria dinâmica da turma.
Desde sua criação, a nova “instituição” da tutoria tem prestado apoio a alunos e à
coordenadoria, por meio de reuniões periódicas com alunos de forma coletiva, em pequenos
grupos ou em reuniões individuais. Nestas reuniões, os tutores – professores do curso
designados para esta função complementar de apoio – ajudam a situar os alunos ingressantes
na Escola (primeiro semestre), familiarizando-os com o funcionamento do curso e auxiliandoos no enfrentamento de dificuldades acadêmicas e pessoais. Esse auxílio se estrutura como
apoio para que os alunos sejam capazes de resolver eles próprios, com autonomia, os
problemas que enfrentam.
A tutoria, por outro lado, com base no contato próximo, estabelecido com os alunos, acaba
trazendo à coordenadoria algumas situações-problema, para o qual os tutores não se sentiam
confortáveis em enfrentar. Diante disto, por sugestão da coordenadoria do curso, foi criado o
Pró-Saúde, estrutura voltada ao apoio psicológico a alunos de graduação, na qual profissionais
de psicologia prestam atendimento a alunos fora do ambiente da escola, garantindo o sigilo
aos que procuram o serviço3.
Resta mencionar ainda o apoio prestado, tanto aos alunos quanto aos professores, pelo
Supervisor de Alunos. O Supervisor de Alunos trabalha junto à Coordenação e facilita a gestão
de várias situações, como, por exemplo, questões pessoais relacionadas à dinâmica da sala de
aula e/ou da escola, questões de relacionamento intraclasse, dificuldades na condução de
alguns processos didáticos; questões de indisciplina individual ou coletiva, apoio
psicopedagógico, visando o melhor desempenho escolar do aluno; entre outros.
Estágio Curricular Supervisionado
Os alunos do Curso de Graduação em Administração realizam o Estágio Curricular
Supervisionado em empresas privadas, entidades do Terceiro Setor, órgãos da Administração
Centralizada Federal, Estadual e Municipal, órgãos da Administração Descentralizada Federal,
Estadual e Municipal, autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e
Fundações. Também é possível realizar o Estágio Curricular Supervisionado no exterior.
A carga horária destinada à sua realização é de 20 créditos e conta para a integralização do
curso. O período de estágio obrigatório é de 6 meses (180 dias) e pode ser cumprido de forma
ininterrupta ou parcelada (no mínimo 30 dias), a partir do 7º semestre. O estágio deve ser
realizado por, no mínimo 3 horas e, no máximo, 6 horas por dia, em horário compatível com as
atividades escolares do aluno.
3
O atendimento prestado é garantido gratuitamente aos alunos, por um determinado período, sendo os custos
assumidos pela Escola.
15
Além disto, os alunos têm oportunidade de realizar outros estágios, também reconhecidos
pela escola, mas com caráter optativo e complementar ao estágio previsto na estrutura
curricular.
Para apoiar os alunos nas atividades de estágio, a FGV-EAESP conta com uma Coordenadoria
de Estágios e Colocação Profissional – CECOP. Concebida, em meados da década de 70, como
Setor de Estágios, com o objetivo de divulgar e registrar o estágio obrigatório, foi,
progressivamente, assumindo novas atribuições, o que levou à sua transformação na atual
coordenadoria. Atualmente, a CECOP oferece os seguintes serviços:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
registro e documentação de estágios;
divulgação de vagas de estágio, trainee e posições efetivas;
aconselhamento de carreira para alunos e ex-alunos da graduação e pós-graduação;
coordenação das Feiras de Recrutamento;
assessoria às empresas em processos de recrutamento;
publicação do CECOP NOTÍCIAS, jornal semestral, com informações sobre empresas que
mais recrutam alunos e ex-alunos, sobre perfil do estágio, índice de efetivação de
formandos, entre outras;
g) coleta e divulgação de dados qualitativos e quantitativos;
h) organização e coordenação de palestras de desenvolvimento profissional para alunos e exalunos, abordando temas como: orientação de carreira, recolocação, preparação de
currículo, etc.;
i) atualização e manutenção de Banco de Dados de empresas (cerca de 2000 empresas);
j) atendimento aos alunos intercambistas.
Trabalho de Conclusão de Curso
O Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) consta na Matriz Curricular e é um trabalho
individual, deverá ser centrado em experiências vividas pelo aluno no transcorrer do curso e
ser realizado em duas modalidades distintas:
− Projeto de Enfoque Científico, que tem como objetivo explorar, descrever ou explicar
um determinado fenômeno, utilizando o método científico;
− Projeto de Enfoque Profissional, que tem como propósito desenvolver no aluno a
capacidade de identificar um problema ou uma oportunidade profissional a partir de
uma experiência vivida e apresentar uma aplicação prática para a situação
identificada.
A disciplina Orientação de Trabalho de Conclusão de Curso equivale a quatro créditos e o TCC
propriamente dito (orientação inclusa) corresponde a dez créditos. O Regulamento do
Trabalho de Conclusão de Curso e encontra-se anexo.
16
3. PERFIL DO EGRESSO
O curso de graduação da FGV-EAESP foi estruturado tendo em vista formar profissionais com
um perfil adequado ao momento de sua criação – a constituição da própria profissão do
administrador de Empresas no Brasil. As alterações de currículo efetuadas desde sua criação
obedeceram, em parte, a alterações no perfil do profissional a ser formado, condicionadas, por
sua vez, a mudanças no ambiente empresarial e na área pública.
Assim, a flexibilização progressiva do currículo – manifesta na presença crescente de
disciplinas eletivas – refletiu a maior complexidade do ambiente organizacional no Brasil,
requerendo habilidades específicas, mesmo mantida a opção por uma formação generalista,
especificação esta que as optativas ou eletivas podem garantir. De maneira complementar, a
formação humanista que, ao lado da preparação técnica, sempre caracterizou a Escola,
decorreu do propósito de preparar profissionais-cidadãos, capazes de intervir de maneira
responsável e crítica nas organizações e na realidade mais abrangente.
O curso tem como objetivo recrutar e selecionar a elite intelectual do país, composta de jovens
de diferentes estados e diferentes classes sociais e que tenham a capacidade de estabelecer
relações entre os fenômenos e de formular questões; a disposição para participar do processo
de aprendizagem como sujeito; a capacidade de se relacionar com a diversidade (diferentes
tipos de pessoas, classes sociais, culturas, visões de mundo) raciocínio lógico e quantitativo
acima da média e excelente capacidade de expressão oral e escrita
As expectativas do perfil do egresso estão explicitadas nos Objetivos de Aprendizagem Gerais
(OAG) e nos Objetivos de Aprendizagem Específicos (OAE) do Curso. Esses objetivos,
formulados a partir da missão e dos princípios, norteiam a ação pedagógica e são utilizados na
tanto definição das atividades do curso quanto na estruturação das disciplinas. Em 2012,
visando atender as Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos4 e as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental5 os Objetivos de Aprendizagem
Gerais (OAG) e Específicos (OAE) foram revistos.
O egresso do Curso de Administração irá:
OAG 1. Administrar pessoas e recursos segundo princípios, propósitos e valores éticos.
OAE 1.1. Os alunos irão identificar as atividades e questões que possam envolver desafios
éticos, articulando as consequências associadas aos comportamentos não-éticos.
OAG 2. Usar pensamento complexo, sistêmico e crítico, integrando os componentes
relevantes da realidade organizacional, para identificação de problemas ou oportunidades e
para a tomada de decisão.
OAE 2.1. Os alunos demonstrarão competência para integrar conhecimentos das várias áreas
da administração, de maneira crítica e propondo soluções estratégicas para soluções de
problemas.
OAE 2.2. Os alunos demonstrarão competência para criticar interpretações que não estejam
bem alicerçadas pelos conhecimentos e técnicas das várias áreas da Administração.
OAE 2.3. Os alunos deverão demonstrar a compreensão integrada do meio ambiente, de sua
interface com a sociocultura, a produção, o trabalho e consumo, e das propostas voltadas à
sustentabilidade socioambiental.
4
5
Resolução nº 1, de 30 de maio de 2012 do Conselho Nacional de Educação
Resolução nº 2 de 15 de junho de 2012 do Conselho Nacional de Educação
17
OAG 3. Utilização dos conhecimentos das várias áreas da Administração para propor soluções
concretas a problemas de gestão.
OAE 3.1. Alunos demonstrarão ser capazes identificar e utilizar conceitos de seus repertórios
de conhecimentos das várias áreas da Administração, quando deparados com questões de
gestão ou de negócios.
OAG 4. Conhecer a realidade social, econômica e política das regiões brasileiras.
OAE 4.1. Alunos serão capazes de propor soluções adequadas às características de regiões
específicas do Brasil.
OAE 4.2. Os alunos demonstrarão a capacidade de analisar situações reais de diferenciação
regional no Brasil, mediante seleção e utilização de um repertório humanístico próprio.
OAG 5. Conhecer as principais questões e atores internacionais, sabendo avaliar o impacto
recíproco dos fenômenos locais e globais.
OAE 5.1. O aluno apresentará uma mentalidade (mindset) global.
OAE 5.2. O aluno será capaz de demonstrar a habilidade de entender o mundo segundo uma
visão geopolítica.
OAE 5.3. Os alunos demonstrarão a capacidade de comunicação em línguas estrangeiras.
OAG 6. Abordar de forma responsável, respeitosa, empática e reflexiva a diversidade cultural,
social, política e econômica.
OAE 6.1. O aluno demonstrará a habilidade de descrever e interpretar situações de diversidade
cultural, social, política e econômica reconhecendo princípios associados aos direitos humanos
e de forma adequada para o tratamento de questões potencialmente sensíveis.
OAG 7. Aplicar habilidades interpessoais, analíticas e de aprendizado continuo no processo de
gestão organizacional.
OAE 7.1. Os alunos demonstrarão habilidades de comunicação escrita em situações típicas da
gestão.
OAE 7.2. Os alunos demonstrarão habilidade de apresentar oralmente um tema ou situação de
forma profissional.
OAE 7.3. Os alunos demonstrarão competência na aplicação de raciocínio lógico/quantitativo
em problemas de gestão.
OAE 7.4. Os alunos demonstrarão habilidades de trabalho em equipe.
4. FORMA DE ACESSO AO CURSO
A Coordenação do Processo Seletivo é feita pela Central de Vestibulares – CACR, gerido pela
própria instituição.
O Curso de Graduação em Administração tem vestibular semestral, com 200 vagas por
semestre. A inscrição é feita pelo site em período especificado em Edital. O candidato que
tenha concluído ou esteja concluindo todo o Ensino Médio (1º, 2º e 3º ano) em escola pública
(municipal, estadual ou federal) pode solicitar a isenção da taxa de inscrição.
Conteúdo e critérios de classificação
As provas do vestibular possuem dois módulos: um objetivo e um discursivo, com duração
18
de 4 (quatro) horas cada um e serão realizados em um único dia.
As provas do módulo objetivo consistem em um caderno com 4 (quatro) provas de múltipla
escolha, com 15 questões em cada uma das esferas de conhecimento a seguir:
- Matemática
- Língua Portuguesa, Literatura e Interpretação de Textos
- Língua Inglesa e Interpretação de Textos
- Humanas: História, Geografia e Atualidades
As provas do módulo discursivo consistem em dois cadernos com provas dissertativas nas
seguintes esferas de conhecimento:
a) Matemática aplicada, contendo questões que visam avaliar a capacidade dos
candidatos para entender e resolver problemas de natureza quantitativa.
b) Redação em língua portuguesa: os candidatos deverão elaborar um texto
dissertativo, por meio do qual sejam capazes de demonstrar as seguintes
competências: conhecimento do tema; domínio da estrutura dissertativa; articulação
adequada dos elementos linguísticos e discursivos; argumentação coerente e
consistente; expressão clara e correta, tendo em vista as normas da língua escrita
padrão e pertinência da seleção lexical. A avaliação agrupará as referidas
competências em três diferentes quesitos: 1) tema e estrutura; 2) articulação e
argumentação; 3) correção gramatical e adequação léxica.
Nos dias da realização da Primeira Fase e da Segunda Fase do Processo Seletivo a FGV fará, a
cada período, a coleta, por meio eletrônico, da impressão digital de todos os candidatos, como
forma de identificação. Tal procedimento também será realizado por ocasião da Efetivação do
Vínculo com a FGV dos candidatos aprovados e convocados para o Requerimento de
Matrícula.
Será eliminado/a do processo seletivos o/a candidato/a ausente a qualquer prova do Módulo
Objetivo ou do Módulo Discursivo; que tiver nota bruta inferior a 2,0 (dois) em qualquer prova,
tanto do Módulo Objetivo quanto do Discursivo; que tiver nota 0,0 (zero) em qualquer uma
das Provas do Módulo Objetivo ou do Módulo Discursivo.
Primeira Etapa da apuração - Módulo Objetivo
Os acertos de cada candidato em cada prova serão convertidos em NOTA BRUTA, variando
entre 0 e 10. Procede-se à padronização estatística das notas brutas obtidas pelos candidatos
em cada prova do módulo Objetivo e ao cálculo da média ponderada das provas.
Selecionam-se os 800 candidatos que tiverem obtido as médias mais altas no Módulo Objetivo.
Somente esses 800 candidatos selecionados na primeira etapa de apuração terão suas provas
do Módulo Discursivo avaliadas.
Segunda Etapa da apuração - Módulo Discursivo
As bancas examinadoras emitirão notas (brutas), variando entre 0 e 10, às respostas
elaboradas pelos candidatos. As notas brutas das provas do Módulo Discursivo são
padronizadas estatisticamente. Obtém-se a média de cada candidato nas provas do Módulo
Discursivo, pela média aritmética das notas já estatisticamente padronizadas das duas provas.
A média final do candidato será calculada atribuindo-se peso 1 à média do Módulo Objetivo e
peso 4 à média do Módulo Discursivo. Relacionam-se os candidatos por ordem decrescente,
considerando a média final e selecionam-se os 200 (duzentos) candidatos que tiverem obtido
as médias mais altas, os quais estarão APROVADOS e serão convocados para a Matrícula.
19
O resultado do processo seletivo é divulgado no site www.fgv.br/vestibulares e no saguão do
prédio sede da FGV em São Paulo, Av.Nove de Julho, 2.029.
O conteúdo e a bibliografia das disciplinas da prova estão no manual do candidato, disponível
no sítio da instituição.
Efetivação do vínculo com a FGV-EAESP
Os candidatos aprovados no Processo Seletivo que tiverem sua Matrícula deferida pela FGVEAESP deverão formalizar sua vinculação à Escola com a assinatura do pertinente Termo de
Adesão ao Contrato de Prestação de Serviços Educacionais e Outras Avenças.
No referido Contrato, bem como nos respectivos anexos, encontram-se as Normas Aplicáveis
ao relacionamento do aluno (Contratante) com a EAESP (Contratada). Essas normas devem ser
lidas e analisadas pelo candidato e por seu representante legal, se for o caso. O prazo de
vigência do Contrato de Prestação de Serviços Educacionais e Outras Avenças é equivalente a 1
(um) semestre letivo; o direito do aluno à sua renovação automática está sujeito ao
cumprimento dos requisitos acadêmicos e financeiros ali indicados.
20
5. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
A estrutura de avaliação no Curso de Graduação inclui, de um lado, a avaliação do corpo
discente e, de outro, a avaliação do corpo docente.
Avaliação de aprendizagem do corpo discente
Na avaliação tradicional o docente prioriza a avaliação quantitativa, de o caráter classificatório
e comparativo, realizada pontualmente, por meio de provas, de forma a verificar se um
determinado conteúdo foi incorporado pelo aluno. Tratada como apêndice do processo de
ensino, a avaliação tradicional não apoia o processo de aprendizagem.
Teorias mais recentes sobre o processo de avaliação apontam que a avaliação deve ser
considerada parte integrante do processo de ensino e aprendizagem e deve ser realizada de
forma contínua, para verificar o que os alunos estão aprendendo, ao invés de constatar o que
foi ensinado. Essas teorias defendem que a avaliação deve ser mais orientada para melhorar
as aprendizagens do que para as classificar, mais integrada no ensino e na aprendizagem, mais
contextualizada, mais interativa e em que os alunos têm um papel relevante a desempenhar.
A avaliação pode ser classificada em:
Diagnóstica: utilizada para identificar o nível de conhecimento do aluno e para identificar
lacunas em determinadas habilidades, como, por exemplo, um teste de habilidades
computacionais no início de uma disciplina de tecnologia da informação. A avaliação
diagnóstica auxilia o professor a conhecer os alunos.
Formativa: utilizada para determinar a posição do aluno ao longo de uma unidade de
conhecimento e fornecer informações de retroação, tanto ao aluno, quanto ao professor. No
processo avaliativo de uma disciplina, ocorre com frequência, de modo a servir como
ferramenta de adequação e ajustes do processo de ensino e aprendizagem, uma vez que
sinaliza, tanto ao professor quanto ao aluno, dificuldades em relação ao que está sendo
abordado. Por exemplo, exercícios semanais, com correção e devolução aos alunos na semana
seguinte, para verificar se os alunos estão acompanhando a matéria e sinalizar para aqueles
que estão com dificuldades a necessidade de adotar novas estratégias de estudo.
Somativa: utilizada para aferir o progresso realizado pelo aluno ao final de uma unidade de
conhecimento. A avaliação abrange vários conteúdos e é realizada em um momento
específico, especialmente ao final da unidade de conhecimento. A avaliação somativa auxilia o
professor a obter indicadores para aperfeiçoar o processo de ensino e rever as estratégias
adotadas naquela unidade de conhecimento. Exemplos de avaliação somativa são as provas
parcial e final.
Para o curso de graduação foram estabelecidas algumas diretrizes norteadoras do processo de
avaliação da aprendizagem:
− O professor deve utilizar a avaliação como parte integrante do processo de
aprendizado, como uma ferramenta para o diagnóstico das dificuldades dos alunos e
um meio para que ele/a aperfeiçoe seus processos de ensino, e não simplesmente
como um instrumento para detectar o sucesso ou o fracasso dos estudantes para fins
classificatórios;
21
−
−
−
O processo de avaliação deve ser justo e transparente e adotar ferramentas que visem
evitar a fraude (cola e plágio).
O processo de avaliação deve incorporar a avaliação formativa e fornecer feedback
imediato e de qualidade para que o aluno reconheça suas deficiências e melhore seu
desempenho (a.) fixando um prazo máximo para que o professor devolva as provas e
trabalhos corrigidos aos alunos, (b.) tornando obrigatória a divulgação de gabaritos
e/ou critérios claros de correção de provas e trabalhos por escrito, no momento da
devolução dos mesmos, (c.) garantindo formalmente ao aluno o direito à revisão de
todas as provas, não apenas as finais.
É desejável a unificação da elaboração e correção das provas, quando possível, ou,
caso contrário, uma crescente uniformização no tipo e pesos dos conteúdos cobrados,
e no grau de dificuldade das provas.
A avaliação do corpo discente inclui diversos tipos de avaliação, tais como: provas discursivas e
de tipo teste, realização de trabalhos dissertativos sobre temas tratados no curso, exercícios
individuais e em grupo, realizados em classe ou em casa, apresentações individuais e em
grupo, seminários e trabalhos de campo, projetos de pesquisa, nível de participação nas aulas
e análise do progresso no nível de aprendizagem. A avaliação é registrada por meio eletrônico,
em sistema disponível na rede da Escola.
Nas normas do curso, mais especificamente nas Normas Aplicáveis ao Curso de Graduação em
Administração são estabelecidos os critérios de avaliação do aluno. Segundo as normas, a
avaliação final do aluno, em cada disciplina, consiste na média de três notas, resultantes das
avaliações efetuadas ao longo do semestre. Trata-se de mecanismo que procura assegurar que
o aluno não seja prejudicado por um eventual mau desempenho ocorrido em uma avaliação
isolada. No Curso de Graduação Reformulado, em vigor desde 2007, o aluno com avaliação
final maior que 6,0 é aprovado na disciplina.
A avaliação dos alunos não se restringe à sua avaliação em cada disciplina, mas tem também
uma dimensão mais abrangente, refletida na média semestral e na média geral do aluno.
A avaliação global dos alunos tem impacto na trajetória individual do aluno no curso. Desta
forma, na escolha de eletivas – quando estas são muito procuradas – o critério de priorização
de candidatos obedece à análise do desempenho dos alunos, refletido em sua média semestral
e geral. O desempenho também constitui critério de priorização no caso de candidatos a
intercâmbio, no apoio à participação em congressos e eventos (nacionais e internacionais), no
incentivo à participação no Programa de Iniciação Científica e em outras seleções. Com base na
avaliação, há também na Escola a adoção de um sistema de inclusão dos melhores alunos em
um quadro de honra. Finalmente, há também a concessão de prêmios, entregues por ocasião
da colação de grau.
22
6. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO PROJETO DO CURSO
O curso de graduação passa por diferentes processos de avaliação, tanto internos quanto
externos.
Avaliação interna do curso
A avaliação interna do curso é realizada tanto por um processo estruturado de garantias de
aprendizagem quanto pela atuação do CPAP.
Avaliação do desempenho do professor
Em relação à avaliação dos professores, existe, em cada disciplina, uma sistemática baseada na
aplicação de um questionário padronizado, ao final do curso, que inclui aspectos como:
envolvimento do professor com o curso; domínio do conteúdo ministrado; relevância do curso
na perspectiva do aluno; cumprimento do programa; adequação do conteúdo ao programa
previamente estabelecido; acessibilidade do professor fora da aula; capacidade que este tem
de estimular discussões por parte dos alunos, dentre outros aspectos.
A avaliação do professor resulta, de um lado, no reconhecimento por parte da instituição, que
considera este fator como um dos que pesam no conjunto de instrumentos de avaliação do
corpo docente, como subsídio para um retorno em termos de carreira, apoio à pesquisa,
seleção de disciplinas etc. De outro lado, diante de um mau desempenho, segundo a avaliação
dos alunos, procura-se estimular a superação de dificuldades, por meio de reuniões com os
chefes de departamento e de encaminhamento para cursos de atualização didática e
acadêmica.
O corpo docente é também avaliado pelos chefes de departamento de ensino, considerando
sua dedicação ao curso e a atividades complementares, como pesquisa e produção acadêmica.
A avaliação dos professores inclui o registro semestral de todas as suas atividades em sistema
eletrônico, desenhado especialmente para este fim – o Documento Único Eletrônico (cujo
acesso se faz por meio de intranet acadêmica) – o qual permite registrar disciplinas
ministradas, pesquisas desenvolvidas, palestras realizadas, publicações etc.
Além desses mecanismos formais de avaliação do corpo discente e do corpo docente, a Escola
possui uma sistemática mais abrangente de avaliação de todas as suas atividades, que inclui
uma avaliação permanente de seus cursos e do curso de graduação em particular.
Garantias de Aprendizagem
Um curso de graduação deve preparar seus alunos para contribuir com as organizações e a
sociedade e para crescer pessoal e profissionalmente durante toda a vida; deve ser capaz de
mudar e evoluir continuamente assimilando e antecipando mudanças econômicas, culturais,
sociais e políticas; e deve manter-se em um processo contínuo de melhoria de qualidade. No
curso de graduação e nos outros cursos da FGV-EAESP a melhoria contínua do curso é
realizada pelo processo de garantias de aprendizagem.
Um processo de garantia de aprendizagem busca a “Coleta, revisão e uso sistemáticos de
informação sobre programas educacionais para prestação de contas e melhoria do processo de
aprendizagem” (Palomba e Banta, 1999). É um processo explícito, compartilhado, regular,
23
sistemático e continuado no tempo e, para garantir sua efetividade, deve ser separado e
distinto do processo de instrução. O processo de garantias de aprendizagem implantado na
FGV-EAESP a partir de 2010 visa avaliar o processo de aprendizagem e não as disciplinas,
alunos e professores.
O processo de garantias de aprendizagem segue a metodologia proposta pela AACSB (The
Association to Advance Collegiate Schools of Business) e consiste em cinco etapas:
1. Define-se uma lista de objetivos de aprendizagem gerais derivados da missão e objetivos
de aprendizagem específicos
2. O currículo é alinhado aos objetivos de aprendizagem específicos.
3. São definidos os instrumentos para mensurar os objetivos de aprendizagem específicos.
4. Os dados são coletados, organizados, analisados e divulgados.
5. Os resultados das avaliações são usados para a melhoria (correção, aperfeiçoamento e
inovação).
Comissão de Graduação
O curso de Graduação conta com uma comissão deliberativa permanente do Conselho
Departamental, responsável, entre outras atribuições, por subsidiar a Coordenadoria de
Graduação no planejamento e avaliação permanente do Curso e analisar e aprovar o projeto
pedagógico, inclusive propondo alterações ao Regimento e às normas do Curso, a serem
submetidas à aprovação da Congregação.
A Comissão de graduação é presidida pelo Vice-Diretor Acadêmico e composta pelo
Coordenador do Curso, por 1 representante de cada um dos 8 departamentos de ensino e
pesquisa, pelo Coordenador da Coordenadoria de Estágios e Colocação Profissional; pelo
Coordenador do Centro de Desenvolvimento do Ensino e da Aprendizagem e por 2 (dois)
representantes dos alunos do CGA.
CPAP – Conselho de Planejamento e Acompanhamento Pedagógico
Em 2010 foi estabelecido o Conselho de Planejamento e Acompanhamento Pedagógico
(CPAP), comissão consultiva permanente da Comissão de Graduação (CG) para assuntos
relativos ao planejamento e acompanhamento pedagógico do Curso de Graduação em
Administração (CGA). O CPAP é composto pelo Coordenador e Vice-Coordenadores do Curso,
pelos Coordenadores de Disciplinas e pelos membros do Núcleo Docente Estruturante do CGA.
Com encontros mensais, o CPAP tem como principais atribuições apoiar o planejamento e
avaliação do desempenho pedagógico do curso, supervisionar a aplicação do projeto
pedagógico às disciplinas do curso e recomendar aos professores alocados a disciplinas ajustes
em relação a conteúdos, estratégias pedagógicas, instrumentos e critérios de avaliação.
Dentre algumas atividades do CPAP pode-se destacar o apoio ao processo de garantia de
aprendizagem, a formulação de propostas para novas disciplinas eletivas, a análise do
processo de avaliação do ensino e da aprendizagem e a adequação das disciplinas aos
objetivos de aprendizagem dos cursos.
24
Outros mecanismos de avaliação Interna
Em relação ao Curso de Graduação, a partir de 2007, com a implantação de um novo currículo,
tem havido um processo de monitoramento contínuo do curso e das inovações nele
introduzidas, com apoio do CEDEA – Centro de Desenvolvimento do Ensino e da
Aprendizagem, dos tutores, dos professores das disciplinas, da secretaria de graduação e dos
próprios alunos.
O desempenho da Escola (e, no caso do CG, do curso de Graduação), é avaliado e discutido
permanentemente pelos seguintes órgãos colegiados: o Conselho de Administração (CA), a
Congregação, o Conselho de Gestão Acadêmica (CGA) e a Comissão de Graduação (CG) –
comissão delegada do CGA.
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CPA: a EAESP instituiu a CPA (Comissão Própria de Avaliação) por meio da Portaria n°
25/2004, que é constituída por uma ampla representação da Escola e da Sociedade Civil. A
CPA se reúne periodicamente para discutir e avaliar os avanços da Escola, bem como os
seus novos desafios. Dentre seus objetivos, destacam-se a discussão do Projeto
Pedagógico do Curso e da Instituição e do Plano de Desenvolvimento Institucional. A CPA
conta com o apoio do CAVIN - Coordenadoria de Avaliação Institucional da EAESP – para
produzir um relatório de auto-avaliação que contempla as dez dimensões do SINAES.
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Entidades ligadas aos alunos – como o Diretório Acadêmico - e jornais estudantis como a
Gazeta Vargas, também desempenham um papel de “monitoramento” constante da
qualidade do curso, levantando questões e propondo soluções para pontos que
consideram que podem ser aperfeiçoados no curso de graduação.
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Os tutores – envolvidos no apoio acadêmico aos alunos – constituem uma outra fonte
importante de identificação de aspectos passíveis de melhoria no curso, com base em seu
contato bastante próximo com os alunos.
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O atendimento aos alunos pela coordenadoria e pela secretaria de graduação constitui
também uma forma de levantamento contínuo de questões relativas ao curso e a seu
funcionamento, questões estas que – se ultrapassam o nível de problema individual –
passam a ser tratadas de forma a propiciar melhorias constantes do curso.
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SAP - anualmente é realizado o Seminário Anual de Planejamento (SAP), que reúne
professores, alunos e funcionários para avaliar a atuação da Escola nas diversas áreas e
identificar, de forma colegiada, prioridades de ação, como subsídio para o planejamento
da ação institucional. O Seminário é organizado em torno de temas de discussão, os quais
têm, em geral, alguma interface com a graduação.
Avaliação Externa
As avaliações externas dividem-se entre as nacionais e as internacionais.
Avaliações Nacionais
Nas avaliações nacionais realizadas pelo MEC, a EAESP tem tido um excelente desempenho.
No ENADE 2006, o Curso de Graduação EAESP obteve duplo 5 (conceito ENADE e conceito
IDD); no Índice Geral de Cursos, publicado pelo MEC em 2008, que considera além da
Graduação a Pós Graduação, a EAESP é a 4ª faculdade mais bem avaliada do país.
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Avaliações Internacionais
Quanto às avaliações internacionais, a EAESP possui reconhecimento internacional
(acreditação) da qualidade de seus cursos de graduação e pós-graduação em administração
por três importantes acreditadoras:
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The Association to Advance Collegiate Schools of Business (AACSB), organização sem fins
lucrativos que visa a promoção e melhoria da educação universitária graduada e pósgraduada em Administração no mundo inteiro. A FGV-EAESP é uma das 16 instituições
credenciadas fora dos Estados Unidos.
Reconhecimento internacional (acreditação) da qualidade de seus cursos pela European
Quality Improvement System (EQUIS).
Reconhecimento internacional (acreditação) da qualidade de seus cursos OneMBA e MPA
pela Association of Masters in Business Administration (AMBA).
Periodicamente, as acreditadoras visitam a EAESP para renovar a acreditação. Em 2009, a
EAESP recebeu a visita da AACSB e da AMBA e, em 2011, da EQUIS.
ANEXOS
I.
II.
III.
IV.
Ementas das Disciplinas Obrigatórias
Regulamento das Atividades Complementares
Regulamento do Trabalho de Conclusão de Curso
Relação das Escolas Parceiras da FGV-EAESP
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volume I - fgv-eaesp - Fundação Getulio Vargas