AULA 05
1
"Se
eu
não
fosse
imperador, desejaria ser
professor. Não conheço
missão maior e mais
nobre que a de dirigir as
inteligências
jovens
e
preparar os homens do
futuro."
D. Pedro II
2
GEOLOGIA – II
AGENTES FORMADORES DO RELEVO

O interior da Terra é uma estrutura
estratificada, constituída basicamente por três
camadas: núcleo, manto e crosta. Entre o manto e
a crosta verifica-se uma zona intermediária
denominada Descontinentalidade de Mohorovicic.
As temperaturas e pressões no interior da Terra
são altíssimas, estimando-se que no núcleo a
temperatura seja de aproximadamente 3 500° C e
a pressão de 3750 ton/cm². O estudo da estrutura
interna
é
baseada
,principalmente,
em
observações indiretas por meio de fenômenos
sísmicos e comparações com meteoritos.
3
4
CAMADAS

Várias são as formas de dividir e estudar as
camadas internas do planeta. A mais utilizada é
a de John Gribbih, que se segue:
5
NÚCLEO

É
a porção central da Terra, também
denominada NIFE, por ser constituída de
compostos de níquel e ferro, com algum enxofre e
silício dissolvidos.
6
MANTO


É a camada intermediária entre o núcleo e a
crosta, podendo ser subdividido em manto
inferior, zona de transição, manto superior e
astenosfera no sentido do núcleo para a crosta.
O manto detém 68,3 % da massa da Terra( a
crosta 0,7 % e o núcleo 32,7 %) e é formado
predominantemente por material magmático.
7
CROSTA

A crosta terrestre ou litosfera é o envoltório
externo
da
Terra,
com
espessura
proporcionalmente semelhante à casca de uma
maça. Consiste em uma fina camada de rochas
menos densas que o manto subjacente, do qual
derivou por um complexo processo que durou
milhões de anos.Há dois tipos de crosta: a
continental,que forma os continentes, e a
oceânica , que constitui o assoalho dos oceanos. A
crosta continental é mais antiga; algumas partes
tem mais de 3,5 bilhões de anos, ao passo que
nenhuma parte da crosta oceânica tem mais de
200 milhões. Pode ser subdividida em
Sima(porção inferior) e Sial(porção superior).
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Sima: denominada dessa maneira devido aos
seus principais elementos formadores- silício e
magnésio- constitui a crosta inferior e apresenta
espessura de até 100 km.
 Sial: denominada dessa maneira devido aos seus
principais elementos formadores – silício e
alumínio- constitui a crosta superior e apresenta
espessura de até 25 km. O Sial é constituído de
solo e subsolo.
 Subsolo: corresponde as rochas não modificadas
pelos agentes transformadores.
 Solo: é a parte superior do sial , apresentando
rochas em decomposição e em desagregação.

9
AGENTES DE RELEVO

A Terra não apresenta superfície estável. Pelo
contrário, está sempre se modificando, por meio
de forças endógenas (internas ou estruturais) e
exógenas (externas ou esculturais). Muitas
vezes, as modificações são restritas a pequenas
áreas e, em outras, continentes inteiros podem
movimentar-se.
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AGENTES INTERNOS
Correspondem a forças que atuam no interior ou
abaixo da crosta terrestre. Os agentes internos
são: vulcanismo, tectonismo e abalos
sísmicos.
 Normalmente, estudam-se esses agentes de
maneira isolada, mas não se pode ignorar o fato
de que tais agentes são apenas manifestações da
dinâmica
interna
e
inter-relacionadas
intrinsecamente, através das movimentações das
placas continentais.

11
TECTÔNICA DAS PLACAS
A teoria da tectônica das placas é recente e
produto de um longo período de pesquisas para
explicar a dinâmica interna da Terra.
 As primeiras observações foram feitas por Bacon
( 1620 ) e Pelegrini ( 1858 ). Alfred Lothar
Wegener, em 1930, demonstrou de maneira
clara que a similaridade dos contornos
continentais não era apenas coincidências e, sim,
fruto de forças internas que foram, durante anos,
movimentando-os e separando-os.

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A TEORIA DA TECTÔNICA DAS PLACAS




Até o inicio do Jurássico ( aproximadamente 180
milhões de anos atrás), as placas, que compõem a
crosta, encontravam-se reunidas em um único
continente denominado de Pangeia, envolto por um
único e irregular oceano, chamado de Pantalassa,
que seria o esboço anterior do atual oceano Pacifico.
No final do Jurássico, a Pangeia rompeu-se
inicialmente em dois:
Laurásia (ao norte): composto do que hoje são a
América do Norte e Eurásia;
Gondwana (ao sul): composto da América do Sul,
África, Antártida, Austrália e Índia.
A partir daí, o afastamento das placas evoluiu até a
configuração atual.
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14
DINÂMICA DAS PLACAS




Devido ao calor e a pressão das camadas internas, a
crosta esta sujeita a deformações e destacam-se os
seguintes elementos:
Astenosfera: parte superior do manto onde ocorrem
os movimentos que deslocam as placas tectônicas.
Correntes de Convecção: denominação dada ao
deslocamento de materiais que ocorre na astenosfera,
determinando o arrasto das placas a velocidade de 6
cm/ano.
Áreas de Adução: áreas de afastamento das placas
onde ocorre intensa atividade vulcânica. Nessas
áreas, o magma que está sob pressão no manto é
constantemente expelido.
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Dorsais Oceânicas: grandes cadeias de
montanhas submarinas que ocorrem nas áreas de
adução. Estas concepções evidenciam que os
fundos oceânicos são recentes e estão em
constante processo de expansão.
 Subducção: locais em que as placas se chocam,
com a mais densa mergulhando sobre a menos
densa até sofrer fusão e se incorporar ao material
do manto.
 Obducção: áreas em que uma parte da crosta
oceânica é arrastada para cima de uma porção da
crosta continental.

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18
VULCANISMO

Pontos de saída do magma em estado líquido,sólido ou
gasoso, devido a gigantesca pressões que ocorrem no
interior da crosta terrestre. Várias são as formas de
vulcanismo: até a Era Mesozoica, predominou o
vulcanismo de área,com gigantescos derrames que
recobriam enormes superfícies, como aconteceu no
Brasil (planalto Arenito-Basáltico); no início da
Cenozoica, predominou o vulcanismo de fissura ou
linear com as lavas fluindo de enormes fraturas, como
se verificou na Islândia; e modernamente predomina o
vulcanismo de cratera ou central, através de poucos
pontos
de
saída
da
lava.
Hoje
existem
aproximadamente 450 vulcões em atividade,
concentrados nas bordas das placas tectônicas.
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20
ESTRUTURAS VULCÂNICAS
Diques: são formas alongadas, perpendiculares
ou transversais originadas pela intromissão de
magma em fendas da crosta.
 Batólitos: são grandes intromissões de magma
em fendas da crosta, alguns possuem mais de
100 km².
 Lacólitos:
são intromissões de material
magmático em fendas da crosta com grande
desenvolvimento horizontal. Quando expostos
pela erosão constituem os “ lagos de pedra ”.

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22
TECTONISMO

São movimentos internos verificados no interior da
crosta terrestre que influenciam nas formas de
relevo.Entre os movimentos tectônicos, distinguem-se
dois tipos: epirogenéticos e orogenéticos. Os
movimentos tectônicos epirogenéticos atingem
áreas de dimensões continentais motivadas por forças
verticais e não alteram as estruturas rochosas.Suas
principais consequências são as regressões e as
transgressões oceânicas. Os movimentos tectônicos
orogenéticos apresentam amplitude restrita,porém
atuando em todas as placas, resultando em profundas
deformações da crosta, originando montanhas pelo
dobramento e falhamento. Ocorrem em breves e
nítidos períodos, separados por longos espaços de
estabilidade.
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ABALOS SÍSMICOS

São vibrações da superfície provocadas por forças
situadas no interior da Terra a profundidades
variáveis. Denomina-se hipocentro o local no
interior da crosta, onde o sismo origina-se, e
epicentro é o ponto na superfície localizado
acima do hipocentro.
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MAGNITUDE SÍSMICA

É a energia total das vibrações emitidas pelo
hipocentro. A escala de magnitude foi
desenvolvida inicialmente por Charles Francis
Richter e é logarítmica,assim,por exemplo, um
tremor de magnitude 5 produz vibrações de
amplitude dez vezes maiores que as de um de
magnitude 4.
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INTENSIDADE SÍSMICA

É a classificação dos efeitos (ou estragos)
causados pelas vibrações de um terremoto. As
maiores intensidades ocorrem próximo do
epicentro. Para medir a intensidade dos sismos
existem várias escalas sendo a mais conhecida é
a de Giusseppe Mercalli com doze graus,onde,
por exemplo, um tremor de intensidade V é
sentido pela maioria das pessoas e é capaz de
acordar aquelas que estiverem dormindo.
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GEOLOGIA – III
AGENTES MODELADORES DO RELEVO

Agentes modeladores são fenômenos que atuam
sobre o relevo terrestre,tendendo a uniformizá-lo,
pela erosão e acumulação. A erosão é a ação de
desgaste do relevo por meio dos agentes externos
e acumulação é a ação de deposição de
sedimentos ocasionados por meio dos agentes
externos. Embora sua ação não seja tão violenta
como a dos agentes internos, são, porém, de ação
contínua. Os diversos agentes externos não agem
separadamente, mas inter-relacionados uns com
os outros.
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AGENTES EXTERNOS

Os agentes externos são intemperismo, águas
correntes, oceanos, ventos, geleiras e seres vivos.
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INTEMPERISMO


É a ação de agentes mecânicos, químicos e biológicos
sobre as rochas e minerais da superfície terrestre,
tendo como produto final a formação do manto de
intemperismo. O intemperismo pode ser físico e
químico.
Intemperismo Físico: o intemperismo físico é o
resultado de ação mecânica, desagregando as rochas
gradualmente em partículas pela variação de
temperatura ou pela ação de gelo e degelo. No
intemperismo físico, as rochas sofrem alterações de
tamanho e forma, sem alterarem sua estrutura
química. Nas regiões sujeitas a gelo e degelo, a água
infiltrada nos alvéolos ou fendas das rochas, ao
congelar-se, exerce pressão nas paredes das rochas,
fragmentando-as.
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
Nas regiões áridas e semiáridas, devido a
amplitude térmica elevada, a sucessiva expansão
e contração vai fragmentando as rochas. O
intemperismo físico pode ocorrer em qualquer
superfície continental, porém é predominante nas
regiões áridas, semiáridas e sujeitas a gelo e
degelo.
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Intemperismo Químico: o intemperismo
químico é a ação dos fenômenos químicos da água
através da umidade atmosférica, agentes
biológicos e seus produtos orgânicos. Assim como
o intemperismo físico, o intemperismo químico
pode ocorrer em qualquer superfície continental,
porém é predominante nas regiões de climas
úmidos e quentes.
 Manto de intemperismo: a camada superficial
da crosta que sofre a ação do intemperismo
denomina-se manto de intemperismo ou regolito
ou solo arável.

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ÁGUAS CORRENTES
Entre os agentes externos de maior importância,
estão as águas correntes, que compreendem:
enxurradas, torrentes e rios.
 Enxurradas: são formadas durante e após as
chuvas. Pela sua ação, há formação das ravinas
nas encostas e depósitos de sedimentos nas
partes baixas. As enxurradas formam-se com
maior frequência nas áreas montanhosas, onde a
declividade seja acentuada pela menor infiltração
de água. Outros fatores podem determinar a
maior ou menor intensidade das enxurradas, tais
como vegetação, permeabilidade do solo, regime
pluviométrico, etc. A capacidade erosiva das
enxurradas é grande, devido ao volume de água.

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

Torrentes: são enxurradas em áreas montanhosas,
ocasionadas por chuvas torrenciais ou degelo, que podem
ser violentas e devastadoras.
Rios: são um dos principais agentes de relevo externos por
meio da erosão, transporte e acumulação. A erosão fluvial
pode ser vertical e horizontal. A erosão vertical é aquela
verificada em seu próprio leito, predominando em curso
superior e geralmente mais intensa na fase de juventude. A
erosão horizontal ou erosão laminar é aquela verificada em
suas vertentes. O transporte dos sedimentos ocorre por
três processos: em suspensão, por rolamentos e em solução.
A acumulação ocorre ao longo do curso médio e inferior,
uma vez que o declive do curso é menos acentuada, em seu
leito, em suas margens e também em sua foz. O resultado
do trabalho de acumulação são as planícies aluvionais e os
meandros.
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Fases: dependendo da intensidade da erosão e
acumulação, são identificadas as seguintes fases:
juventude,
maturidade,
senilidade
e
rejuvenescimento.
 Juventude: fase em que o trabalho de erosão é
maior do que o trabalho de acumulação. Entre as
características dessa fase destacam-se quedas,
corredeiras e vales profundos.
 Maturidade: se dá quando o trabalho de erosão
é igual ao de acumulação. Nessa fase, as quedas
já foram suavizadas e aparecem em menor
número.

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

Senilidade: ocorre quando o trabalho de erosão é
inferior ao de acumulação. Na senilidade o rio
apresenta curvas sinuosas – denominadas
meandros – , e o sedimento em sua foz pode
determinar a presença de ilhas (foz do tipo delta).
Rejuvenescimento: é a fase em que se verifica o
aumento da declividade do perfil longitudinal por
meio de movimentos tectônicos ou sísmicos,
reativando os processos erosivos.
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TRABALHO DOS OCEANOS
Os oceanos modelam as porções limítrofes dos
continentes pelo trabalho de erosão e
acumulação.
 Erosão: a erosão ocasionada pelos oceanos
denomina-se abrasão, e se realiza por meio das
vagas que, ao se chocarem com as rochas,
destroem-nas. Se a costa é alta, surge a falésia
ou penedia que nada mais é do que um paredão
abrupto muitas vezes denominado de costão.
Destruindo-se pela base, a costa tende a recuar,
desmoronando-se,
mas
sem
perder
sua
verticalidade e, lentamente, vai-se formando uma
plataforma – a plataforma de abrasão.

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52
Acumulação: o trabalho de acumulação pelos
sedimentos determina a formação de praia,
restinga, tômbolo, ilha e recife.
 Restinga: também denominado cordão litorâneo,
é a acumulação flúvio-marinha feita pelas
correntes costeiras nas entradas das baías. Essas
baías ficarão ligadas ao oceano por pequena
passagem, formando, então, uma lagoa costeira
ou laguna.
 Tômbolo: também denominada linguado,é a
sedimentação marinha que une uma ilha ao
continente, formando um pequeno istmo.

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Ilha: as ilhas podem ser de dois tipos:
continentais e isoladas ou oceânicas.
 Ilha Continentais: são aquelas que se situam
na plataforma continental, como o arquipélago
Britânico, ou correspondem a restos de antigos
continentes, como a ilha de Madagáscar.
 Ilhas isoladas ou Oceânicas: são as que
aparecem em pleno oceano não tendo relação
direta com os continentes. Algumas são de origem
vulcânica, como o arquipélago de Fernando de
Noronha e outras são cumes do relevo submarino,
como a ilha de Tristão da Cunha e a de Santa
Helena, no oceano Atlântico.

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58
Recife: são acumulação de sedimentos orgânicos
e inorgânicos que se formam nos oceanos. Os
recifes podem ser classificados de acordo com a
origem e de acordo com a disposição.
 Origem: os recifes inorgânicos correspondem à
deposição de sedimentos areníticos e os recifes
orgânicos resultam da acumulação dos pólipos
que são esqueletos de pequenos animais
marinhos. Os recifes orgânicos ocorrem nas áreas
intertropicais, pois só se desenvolvem em águas
com temperaturas superiores a 20°. Geralmente,
os recifes inorgânicos são retilíneos e os de
origem orgânica são irregulares.

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
Disposição:
Franja:
quando
aparecem
perpendiculares a costa; Barreira: quando são
paralelos a costa; Isolados: quando se encontram
afastados do litoral; Atol: são recifes coralígenos
circulares, contendo no centro uma laguna. Os
atois podem,com o tempo, devido a acumulação
marinha, originar ilhas e ilhotas. O único atol
atlântico no Hemisfério Sul é o atol das Rocas,
integrante do território brasileiro, situado a
nordeste do Rio Grande do Norte.
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VENTOS




O trabalho dos ventos é também realizado através de
erosão e acumulação, sendo mais intenso em climas
áridos e semiáridos, pois ali a ação do intemperismo é
mais atuante e os ventos mais intensos.
Erosão: a erosão eólica é realizada pela deflação e
corrasão.
Deflação: consiste no trabalho de os ventos
“varrerem” uma superfície, retirando até mesmo
seixos.
Corração: também denominado de corrosão, consiste
no trabalho de os ventos atirarem partículas contra as
rochas, muitas vezes, de forma violenta.
62
Acumulação: é o trabalho de sedimentação e
apresenta-se sob a forma de dunas e loesse. São
as formas mais características da acumulação
eólica. Formam-se quando um obstáculo (pedra,
vegetal, etc.) surge, barrando os ventos. A sua
forma é bastante variável, com declividade suave
do lado em que o vento sopra e abruto no oposto.
Podem ser costeiros ou desérticos.
 Loesse: são acumulações eólicas de partículas
sílico-argilosas,
transportadas
a
grandes
distâncias, podendo originar solos férteis, como
na bacia do Rio Amarelo (China).

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GELEIRAS
As geleiras são importantes agentes de relevo,
podendo ser de montanhas ou continentais.
 Erosão: a erosão glaciária é verificada pela
movimentação das geleiras que vão escavando o
relevo por onde passam, determinando a
presença de vales em forma de U, circos, fiordes e
rochas “encarneiradas”.
 Fiordes: são vales glaciais que foram invadidos
posteriormente
pelas
águas
oceânicas.
Geralmente são extensos, profundos e com costas
abruptas. São comuns nas costas da Noruega,
Islândia e sul do Chile.

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
Acumulação: o material transportado pelas
geleiras pode depositar-se, formando grandes
depósitos de sedimentos de várias granulações.
Esses depósitos denominam-se morainas ou
morenas.
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SERES VIVOS

Os animais e os vegetais também modificam o
relevo. Durante toda a história da humanidade, o
ser humano interfere na natureza, modificando o
relevo de várias maneiras.
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71
SOLOS

Os solos constituem a parte mais superficial da crosta
terrestre. São formados por rochas degradadas
(produto final do intemperismo) e por material
orgânico. Diversos fatores contribuem para a
formação dos solos, com destaque para o tipo das
rochas constituintes, o clima e a hidrografia. É
necessário muito tempo para a formação de um solo
de qualidade, porém os solos são frágeis e sua
degradação pode ser rápida. O estudo dos solos é
realizado pela pedologia. Outro ramo, a edafologia,
preocupa-se com o solo arável (estrato mais
“produtivo” indicado para os vegetais). A origem e a
evolução são empregados para a classificação dos
diferentes tipos de solos.
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
Solo Eluvial: é o solo formado no próprio local
onde se encontra, ou seja, é aquele cuja rocha
matriz é subjacente. Exemplo: terra roxa. A terra
roxa é um solo laterítico muito fértil quando
virgem, oriundo da decomposição de basaltos e
diabásios em climas tropicais úmidos. Aparece no
planalto Arenito-Basáltico (planaltos e chapadas
da Bacia do Paraná), nos estados de Minas
Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e
norte do Paraná, onde estimulou a cafeicultura.
73
74

Solo Aluvial: é o solo formado de sedimentos
transportados de outros locais, ou seja, a rocha
matriz não está subjacente. Exemplo: solo de
massapê. O solo de massapê é a denominação no
Nordeste para designar solos pretos, argilosos e
calcíferos. O massapê é um solo fértil e foi um dos
principais fatores para o desenvolvimento da
cana-de-açúcar na Zona da Mata (faixa da
Planície Litorânea do Nordeste).
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HORIZONTES


Muitas vezes, quando se faz um corte ou
sondagem do solo,é possível observar várias
camadas com cores e texturas diferentes. Essas
camadas são denominadas horizontes de A a D.
O horizonte D pode ser também denominado de
horizonte R.
Horizonte A: é a camada mais externa do solo,
portanto mais sujeito a ação direta dos agentes
externos,
sendo
geralmente
fofo,
mais
intensamente alterado e podendo apresentar
riqueza em humo.
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
Demais horizontes: os demais horizontes
podem variar de coloração, textura e composição
de acordo com vários aspectos, sendo o horizonte
mais profundo o mais semelhante a rocha matriz
subjacente. Os solos ainda podem ser agrupados
respeitando as influências climáticas. Assim,
temos os solos zonais, como os das regiões
desérticas, temperados e polares. Em geral são
maduros e profundos (latossolos). Quando o tipo
rochoso ou a topografia são decisivos na formação
do solo, temos solos azonais. O solo de aluvião
constitui um exemplo de solo azonal. Em geral,
estão em desenvolvimento e são rasos (litossolos).
80
Solos Lateríticos: comum nas zonas tropicais,
são solos que sofrem a “lavagem” da parte
orgânica pelas chuvas fortes expondo camadas
minerais (ferruginosas/canga).
 Podzólicos:
são os solos das florestas
temperadas ( de coníferas). Ocorrem com
destaque no clima temperado frio. A camada
fértil é fina e superficial.
 Tchernozion: é um tipo de solo zonal que ocorre
em regiões temperadas. São muito férteis e
ocorrem com destaque nas planícies da Federação
Russa.

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GEOLOGIA – IV
ESTRUTURAS GEOLÓGICAS E FORMAS DE
RELEVO

Para entender a distribuição das principais
formas de relevo da superfície terrestre, é
necessário, em primeiro lugar, conhecer as
formas básicas de estruturas geológicas da crosta
que são os escudos cristalinos ou maciços
antigos, as bacias sedimentares
e os
dobramentos modernos.
85
CRÁTONS – ESCUDOS CRISTALINOS

Também denominados de maciços antigos,são
estruturas geológicas muito antigas (précambrianas) constituídas por rochas cristalinas.
Suas estruturas são estáveis, rígidas, resistentes
e associadas a ocorrência de minerais metálicos.
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87
BACIAS SEDIMENTARES


São depressões preenchidas por sedimentos,
formadas durante as Eras Paleozoica, Mesozoica
e Cenozoica (Fanerozoica).
Sua importância reside no fato de apresentarem
a ocorrência de combustíveis fósseis tais como
petróleo, gás natural, carvão mineral e xisto
(rocha metamórfica).
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DOBRAMENTOS MODERNOS

São estruturas rochosas que sofreram a ação de
forças tectônicas recentes (Período Terciário da
Era
Cenozoica)
resultando
em
áreas
geologicamente instáveis e fortemente dobradas.
As maiores cadeias de montanhas do mundo,
como as Rochosas, os Andes, os Alpes, o Cáucaso
e o Himalaia, são cadeias de dobramentos.
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90
PRINCIPAIS FORMAS DE RELEVO
Toda a rugosidade da superfície continental pode
ser agrupada em quatro tipos fundamentais de
relevo: montanhas, planaltos, planícies e
depressões.
 Montanhas: são as formas mais elevadas do
relevo, sendo constituídas de flancos e cume.
Podem ser estudadas de acordo com a origem e a
idade.
 Origem: de acordo com a origem,podem ser
formadas por dobras, falhas ou vulcões. As
maiores e mais altas cadeias de montanhas têm
sua origem em dobramentos terciários.

91

Idade: de acordo com a idade, as montanhas
podem ser velhas ou novas. As montanhas
velhas são baixas, onduladas e surgiram nas três
primeiras eras ( Pré-Cambriana, Paleozoico e
Mesozoica), como os Apalaches, os Montes Urais
e os Alpes Escandinavos. As montanhas novas,
por sua vez, são altas, abruptas e surgiram na
Era Cenozoica, como as Montanhas Rochosas, a
Cordilheira dos Andes, os Alpes e o Himalaia,
entre outras.
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94
Planaltos: os planaltos correspondem a relevos
com predomínio de superfícies planas com
altitude média superior as áreas próximas. São
delimitados por escarpas nas quais o processo de
erosão é superior a sedimentação, como o
planalto de Decã (Índia).
 Chapadas: é um planalto constituído por rochas
sedimentares e que formam superfícies tabulares
como as chapadas do Centro-Oeste brasileiro.
 Cuestas: são formas assimétricas de relevo,
formadas por uma sucessão alternada de
camadas rochosas com diferentes resistências ao
desgaste, formando um corte abrupto de um lado
e um declive do outro.

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
Planícies: são superfícies mais ou menos planas,
de natureza sedimentar, em que predominam
processos de deposição ou acumulação. Existem
basicamente dois tipos de planícies: as costeiras
ou litorâneas e as continentais, situadas no
interior dos continentes. Como a denominação já
indica, a planície Litorânea brasileira é uma
planície costeira, enquanto a planície do
Pantanal é uma planície continental.
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
Depressões: são áreas de relevo com altitude
média inferior ao relevo vizinho ou ao nível dos
oceanos. As Depressões Absolutas situam-se
abaixo do nível dos oceanos,como, por exemplo, a
Depressão Caspiana, localizada entre o Irã, a
Federação
Russa,
o
Cazaquistão,
o
Turcomenistão e o Azerbaijão. As Depressões
Relativas estão situadas em um nível mais baixo
que o relevo vizinho, porém acima do nível dos
oceanos. A região da bacia do rio São Francisco
no Brasil é exemplo de uma depressão relativa.
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
Depressão Periférica: correspondem a um tipo
de depressões relativas muito comuns nos
planaltos brasileiros. São áreas deprimidas que
se formam na zona de contato entre terrenos
sedimentares e cristalinos, como a Depressão
Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná
(planalto Paranaense).
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