As principais tendências do
pensamento antropológico
contemporâneo
Campos de investigação
– Antropologia das tecnologias;
– Antropologia econômica;
– Antropologia urbana;
– Antropologia política;
– Antropologia econômica
– etc
• Se deixamos de lado essa primeira forma possível de
exposição do campo antropológico contemporâneo, é
porque consideramos que uma disciplina científica (ou que
pretende sê-lo) não deva ser caracterizada por objetos
empíricos já constituídos, mas, pelo contrário, pela
constituição de objetos formais. Ou seja, a única coisa
passível, a nosso ver, de definir uma disciplina (qualquer
que seja), não é de forma alguma um campo de
investigação dado (...), muito menos uma área geográfica
ou um período da história, e sim a especificidade da
abordagem utilizada que transforma esse campo, essa área,
esse período em objeto científico.
• Laplantine, p. 96
Determinações culturais
Antropologia americana
Antropologia britânica
Antropologia francesa
Áreas de
investigação
privilegiadas
Estudo das personalidades
culturais e dos processos de
difusões, contatos e trocas
interculturais
Estudo da organização dos
sistemas sociais
Estudo dos sistemas de
representações
Modelos
teóricos
utilizados
Modelos históricos
(evolucionismo e neoevolucionismo), geográfico
(difusionismo) psicológico
(culturalismo)
Modelo sincrônico e
funcionalista do
estruturalismo inglês
Tendência “intelectualista”e
filosófica. Modelos
sociológicos, estruturalista,
marxista
Pesquisadores
influentes
Boas, Kroeber, Benedict
Malinowski, Radcliffe-Brown
Durkheim, Mauss, Griaule
Laplantine, p. 100
Os cinco polos teóricos do pensamento
antropológico contemporâneo
•
•
•
•
•
Antropologia simbólica;
Antropologia social;
Antropologia cultural;
Antropologia estrutural e sistêmica;
Antropologia dinâmica;
Antropologia simbólica
• Interesse: mostrar a lógica dos sistemas de
pensamento
mitológicos,
teológicos,
cosmológicos das sociedades tradicionais;
• França, 1930;
• Marcel Griaule e o estudo do povo Dogon, da
África;
• Deixando de lado, por assim dizer, a compreensão das
relações de poder entre os diferentes protagonistas de
uma sociedade (...), estes orientam sua atenção para
os seguintes aspectos: o estudo das produções
simbólicas (artesanato), a literatura de tradição oral
(mitos, contos, lendas, provérbios...) e dos
instrumentos através dos quais essas produções se
constituem (particularmente as línguas); o estudo da
lógica dos saberes (filosóficos, religiosos, artísticos,
científicos) existentes num grupo (...)
• Laplantine, p. 111-112
Dança do povo Dogon, Mali
Antropologia simbólica
• Pensamento e práticas simbólicas dos povos
tradicionais:
– coerentes;
– complexas
– de grande riqueza;
Compreensão tradicional, eurocêntrica
• “todas as religiões primitivas são grotescas e
de alguma forma ininteligíveis”, Morgan apud
Laplantine, p. 112;
• Lévy-Bruhl, mentalidade pré-lógica;
Antropologia simbólica
• Dimensão simbólica é fundante da própria dimensão
social e econômica;
As práticas simbólicas em questão não têm de ser
fundamentadas sociologicamente, pois são, pelo
contrário, fundadoras da ordem cósmica e social. São
elas que devem ser tomadas como fundamentais, se
aceitarmos finalmente compreendê-las de dentro,
impregnando-nos de sua sabedoria, recolhendo o mais
fielmente possível o discurso dos iniciados, e não
projetando, de fora, categorias caracteristicamente
ocidentais. Laplantine, p. 113
Críticas
• Tendência
a
destacar
representações
simbólicas como área à parte, deixando de
lado relação com as dimensões econômica,
política, social, etc;
• Confusão entre teoria antropológica e
explicações elaboradas pelas próprias
sociedades;
Legado
• O que importa destacar é que essa tendência
da etnologia clássica inscreve-se num projeto
de reabilitação das formas de pensamento e
expressão que não são as nossas. Mostra que,
fora o saber científico (...), existem outras
formas de conhecimento também autênticas.
Laplantine, p. 114
Referências
• Esta apresentação, com circulação interna e
para fins exclusivamente didáticos, foi
elaborada a partir de seleção da seguinte
fonte, a quem cabe todos os créditos pelas
informações aqui veiculadas:
• Laplantine, F. Aprender antropologia. São
Paulo: Brasiliense, 2007.
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Antropologia dos sistemas simbólicos