A Sagrada Tradição
Mário Sérgio Abreu
Definição
“A Sagrada Tradição e Sagrada Escritura
constituem um só sagrado depósito da Palavra
de Deus, no qual como em um espelho, a Igreja
peregrinante contempla a Deus, fonte de todas
as suas riquezas.” (CIC 97)
Definição
“E assim, a pregação apostólica, que se exprime de modo
especial nos livros inspirados, devia conservar-se, por uma
sucessão contínua, até à consumação dos tempos. Por isso, os
Apóstolos, transmitindo o que eles mesmos receberam,
advertem os fiéis a que observem as tradições que tinham
aprendido quer por palavras quer por escrito (cfr. 2 Tess.
2,15), e a que lutem pela fé recebida de uma vez para sempre
(cfr. Jud. 3)(4). Ora, o que foi transmitido pelos Apóstolos,
abrange tudo quanto contribui para a vida santa do Povo de
Deus e para o aumento da sua fé; e assim a Igreja, na sua
doutrina, vida e culto, perpetua e transmite a todas as
gerações tudo aquilo que ela é e tudo quanto acredita. Esta
tradição apostólica progride na Igreja sob a assistência do
Espírito Santo.” (DV 8)
Sagrada Tradição e Sagrada Escritura
“A sagrada Tradição, portanto, e a Sagrada
Escritura estão intimamente unidas e
compenetradas entre si. Com efeito, derivando
ambas da mesma fonte divina, fazem como que
uma coisa só e tendem ao mesmo fim.” (DV 9)
“ Esta tradição, chamada pela Igreja de Sagrada,
é tudo aquilo que ela recebeu dos Apóstolos e
que a eles foi confiado diretamente pelo próprio
Jesus Cristo.” (Aquino, 2000 p.16)
Sagrada Tradição e Sagrada Escritura
“A sagrada Tradição e a Sagrada Escritura
constituem um só depósito sagrado da palavra
de Deus, confiado à Igreja; aderindo a este, todo
o Povo santo persevera unido aos seus pastores
na doutrina dos Apóstolos e na comunhão, na
fracção do pão e na oração (cfr. At. 2,42), de tal
modo que, na conservação, atuação e profissão
da fé transmitida, haja uma especial
concordância dos pastores e dos fiéis” (DV 10)
Comunhão com Sagrada Tradição
“Torno a lembrar-te a recomendação que te dei,
quando parti para a Macedônia: devias
permanecer em Éfeso para impedir que certas
pessoas andassem a ensinar doutrinas
extravagantes.” ( 1 Tm 1,3)
“Toma por modelo os ensinamentos salutares
que recebestes de mim sobre a fé e o amor a
Jesus Cristo. Guarda este precioso depósito pela
virtude do Espirito Santo.” (2 Tm 1,13-14)
Comunhão com Sagrada Tradição
“O Senhor Jesus, depois de ter orado ao Pai, chamando a Si os que Ele quis,
elegeu doze para estarem com Ele e para os enviar a pregar o Reino de Deus (cfr.
Mc. 3, 13-19; Mt. 10, 1-42); e a estes Apóstolos (cfr. Luc. 6,13) constituiu-os em
colégio ou grupo estável e deu-lhes como chefe a Pedro, escolhido de entre eles
(cfr. Jo. 21, 15-17). Enviou-os primeiro aos filhos de Israel e, depois, a todos os
povos (cfr. Rom. 1,16), para que, participando do Seu poder, fizessem de todas
as gentes discípulos seus e as santificassem e governassem (cfr. Mt. 28, 16-20;
Mc. 16,15; Luc. 24, 45-8; Jo. 20, 21-23) e deste modo propagassem e
apascentarem a Igreja, servindo-a, sob a direção do Senhor, todos os dias até ao
fim dos tempos (cfr. Mt. 28,20). No dia de Pentecostes foram plenamente
confirmados nesta missão (cfr. At. 2, 1-26) segundo a promessa do Senhor:
«recebereis a força do Espírito Santo que descerá sobre vós e sereis minhas
testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da
terra (Act. 1,8). E os Apóstolos, pregando por toda a parte o Evangelho (cfr. Mc.
16,20), recebido pelos ouvintes graças à ação do Espírito Santo, reúnem a Igreja
universal que o Senhor fundou sobre os Apóstolos e levantou sobre o bemaventurado Pedro seu chefe, sendo Jesus Cristo a suma pedra angular (cfr. Apoc.
21,14; Mt. 16,18; Ef. 2,20)” (LG 19)
Comunhão com Sagrada Tradição
“A missão divina confiada por Cristo aos
Apóstolos durará até ao fim dos tempos (cfr. Mt.
28,20), uma vez que o Evangelho que eles devem
anunciar é em todo o tempo o princípio de toda
a vida na Igreja. Pelo que os Apóstolos trataram
de estabelecer sucessores, nesta sociedade
hierarquicamente constituída.” (LG 20)
Comunhão com Sagrada Tradição
Vamos ler no livro as paginas 22/23 os efeitos da
reforma protestante, e após a leitura respondam:
Quais consequências trouxeram a reformas
protestante?
Como vocês interpretam o crescimento das Igrejas
pentecostais em nossos dias?
(10 minutos)
Comunhão com Sagrada Tradição
Efeitos da Reforma Protestante
 Negação da Igreja
 Racionalista negam Deus
 Interpretação individualista da Bíblia
 Abandono das tradições: batismo de criança,
volta ao respeito ao Sábado
 Negam a humanidade de Cristo
 Aversão as imagens
 Negação da intercessão dos Santos
Os Santos Padres
“Chamamos de “Padres da Igreja” (Patrística)
aqueles
grandes
homens
da
Igreja,
aproximadamente do século II ao século VII, que
foram no Oriente e no Ocidente como que “Pais” da
Igreja, no sentido de que foram eles que firmaram
os conceitos da nossa fé, enfrentaram muitas
heresias e, de certa forma foram responsáveis pelo
que chamamos hoje de Tradição da Igreja; sem
dúvida, são a sua fonte mais rica. Padre ou Pai da
Igreja, se refere a um escritor leigo, sacerdote ou
bispo, da Igreja antiga, considerado pela Tradição
como um testemunha da fé.”(Aquino,2000 p.32)
São Clemente I de Roma (102)
São Clemente, Bispo de Roma nos últimos anos do
primeiro século, é o terceiro sucessor de Pedro,
depois de Lino e Anacleto. Em relação à sua vida, o
testemunho mais importante é o de Santo Ireneu,
Bispo de Lião, até 202. Ele afirma que Clemente
"tinha visto os Apóstolos", "tinha-se encontrado
com eles", e "ainda tinha nos ouvidos a sua
pregação e diante dos olhos a sua tradição" (Adv.
haer. 3, 3, 3). Testemunhos tardios, entre o quarto e
o sexto século, atribuem a Clemente o título de
mártir.
São Clemente I de Roma (102)
Carta ao Coríntios (96 d.C)
Motivo: A epístola foi provocada por uma
disputa em Corinto, que levou à derrubada de
diversos presbíteros. Já que nenhum deles foi
acusado de ofensas morais, Clemente
argumenta que a sua remoção fora uma punição
muito pesada e injustificável. É composta de 65
capítulos.
São Clemente I de Roma (102)
“Por causa das desgraças e calamidades que
repentina e continuamente se abateram sobre nós,
talvez estejamos a tratar tardiamente dos
acontecimentos que se deram entre vós, meus
caros, e daquele motim, não conveniente a eleitos
de Deus, iniciado por algumas pessoas irrefletidas e
audaciosas, de uma forma sórdida e ímpia, surgido
de tal ponto de loucura, que o vosso nome, dantes
estimado, acatado e celebrado por todos, fosse
seriamente denigrido.” (Capitulo 1,1)
São Clemente de Roma (102)
“No restante, que Deus, que tudo enxerga, Senhor
dos espíritos, Dono de toda carne e que escolheu o
Senhor Jesus Cristo e a nós por Ele, conceda a toda
alma que tiver invocado o Seu Nome magnífico e
santo, fé, temor, paz, paciência, generosidade,
continência, pureza e prudência para agradar ao
Seu Nome pelo Sumo-Sacerdote e nosso chefe,
Jesus Cristo, pelo qual Lhe seja rendida glória,
majestade, poder e honra, agora e por todos os
séculos dos séculos. Amém.” (Cap. 64,1)
Santo Inácio de Antioquia (110)
(Cf. Aquino,2000 p.35)
“Nenhum padre da Igreja expressou com a
intensidade de Inácio o anseio pela união com
Cristo e pela vida n'Ele.” Em seu caminho para o
martírio, escreve 07 cartas (Éfeso, de Magnésia,
de Tralli e de Roma, Filadélfia e de Esmirna, e
uma ao Bispo Policarpo) para animar as
comunidades.
Santo Inácio de Antioquia (110)
“Aqueles que parecem dignos de fé e no entanto ensinam
o erro não te abalem. Mantém-te firme como bigorna sob
os golpes. É próprio de um grande atleta receber
pancadas e vencer. Não tenhas nenhuma dúvida, temos
que suportar tudo pela causa de Deus, para que também
Ele nos suporte. Torna-te ainda mais zeloso do que és;
aprende a conhecer os tempos. Aguarda o que está acima
do oportunismo, o atemporal, o invisível que por nossa
causa se fez visível, o impalpável, o impassível que por
nós se fez passível, o que de todos os modos por nós
sofreu!.” (Carta a Policarpo 3)
Santo Inácio de Antioquia (110)
“ Segue daí, que vos convém avançar junto, de acordo
com o pensamento do bispo, como aliás fazeis. Pois vosso
presbitério digno de tão boa reputação, digno que é de
Deus, sintoniza com o bispo como cordas com a cítara.
Por isso, no acorde de vossos sentimentos e em vossa
caridade harmoniosa, Jesus Cristo é que é cantado. Mas
também, um por um, chegais a formar um coro, para
cantardes juntos em harmonia; acertando o tom de Deus
na unidade, cantais em uníssono por Jesus ao Pai, a fim
de que vos escute e reconheça pelas vossas boas obras,
que sois membros de seu Filho. Vale assim a pena viver
em unidade intangível, para que a toda hora também
participeis de Deus.” (Carta a Éfeso 4)
Santo Inácio de Antioquia (110)
“Glorifico a Jesus Cristo, Deus, que vos fez tão sábios. Cheguei a
saber efetivamente que estais aparelhados com fé inabalável, como
que pregados de corpo e alma na Cruz do Senhor Jesus Cristo,
confirmados na caridade no Sangue de Cristo, cheios de fé em
Nosso Senhor, que é de fato da linhagem de Davi, segundo a carne,
Filho de Deus porém consoante a vontade e o poder de Deus, de
fato nascido de uma Virgem e batizado por João, a fim de que se
cumpra n’Ele toda a justiça. Sob Pôncio Pilatos, e o tetrarca
Herodes foi também de fato pregado (na Cruz), em carne, por
nossa causa - fruto pelo qual temos a vida, pela Sua Paixão bendita
em Deus - a fim de que Ele por Sua ressurreição levantasse Seu
sinal para os séculos em beneficio de Seus santos fiéis, tanto
judeus, como gentios, no único corpo de Sua Igreja” (Carta a
Esmirna 1)
Aristides de Atenas (130)
(cf. Aquino, 2000 p.35)
A Apologia ataca severamente as religiões
politeístas dos caldeus, gregos e egípcios, e, embora
admita que os judeus cultuam o verdadeiro Deus,
acusa-os de terem desprezado a salvação do gênero
humano, trazida por Jesus, por não lhe reconhecer a
messiandade. Desta forma, consequentemente, os
cristãos possuem o verdadeiro conhecimento de
Deus e podem ser distinguidos de todos os demais
pela pureza de seus costumes.
Aristides de Atenas (130)
• XVI. Assim, com toda razão compreendeu o teu filho e foi ensinado
a servir o Deus vivo, para salvar-se no século que está por vir. Eis
que grandes e maravilhosas são as coisas pregadas e operadas
pelos cristãos, pois não pregam palavras de homens, mas sim a de
Deus. Pelo contrário, as demais nações erram e a si mesmas se
enganam pois, andando nas trevas, se chocam uns contra os outros
como bêbados.
• XVII. Até aqui - ó Rei - dirigi-te este meu discurso, cuja verdade foi
trazida à minha mente. Por isso, que os teus sábios insensatos
parem imediatamente de falar contra o Senhor, pois convém a
todos vós venerar o Deus Criador e oferecer tudo às suas palavras
incorruptíveis a fim de que, escapando do juízo e dos castigos,
sejais declarados herdeiros da vida imperecível.
(Apologia de Aristides de Atenas)
São Policarpo (156)
(cf. Aquino, 2000 p.36)
“Permaneçam, portanto, nestas coisas, e sigam o
exemplo do Senhor, permanecendo firmes e
imutáveis na fé, amando o próximo, e
permanecendo unidos uns aos outros, gozando
juntos da verdade, mostrando a mansidão do
Senhor nas suas relações com o próximo, sem
desprezar ninguém. Quando puderem fazer o bem,
não o posterguem, pois "a esmola livra da morte".
(Carta de Policarpo ao Filipense 10)
Santo Hipólito de Roma (160-235)
(cf. Aquino, 2000 p.36)
“Deve ser ordenado bispo aquele que tenha sido eleito
incontestavelmente por todo o povo. Quando for
chamado por seu nome e aceito por todos, reunir-se-ão,
no domingo, todo o povo, o presbitério e os bispos.
Então, após o consentimento de todos, os bispos imporão
as mãos sobre ele e o presbitério permanecerá imóvel.
Todos permanecerão em silêncio, orando no coração pela
vinda do Espírito Santo. A seguir, um dos bispos, por
consenso geral, imporá as mãos sobre o que está sendo
ordenado...” (Trad. Após. De Hipólito de Roma parte I)
Atenágoras (180)
(cf. Aquino, 2000 p.37)
“Que o poder de Deus seja suficiente para
ressuscitar os corpos, o próprio fato de sua
criação o prova. Se Deus fez os corpos dos
homens, que não existiam, conforme a primeira
constituição e princípios deles, com a mesma
facilidade ressuscitará os que, seja como for, se
desfizeram, pois isso é igualmente possível para
ele.” (Ressureição dos mortos cap. 3)
Santo Irineu (202)
(cf. Aquino, 2000 p.37)
“Assim, pois, por temer coisa semelhante, devemos
manter inalterada a regra da fé e cumprir os
mandamentos de Deus, crendo n’Ele, temendo-O
como Senhor e amando-O como Pai. Portanto, um
comportamento deste estilo é uma conquista da fé,
pois, como diz Isaías: “Se não creres, não
compreendereis” (Is. 7,9). A fé nos é concedida pela
verdade, pois a fé se fundamenta na verdade.”
(Demonstração da Preparação Apostólica 3)
Santo Irineu (202)
“É, pois, necessário crer, primeiramente, que há
um Deus, o Pai, o qual criou e organizou para Si o
conjunto dos seres, fez existir o que não existia e
conteve no conjunto dos seres o Único incontível.
Pois bem: em tal conjunto encontra-se igualmente
este nosso mundo e, no mundo, o homem. Logo,
pois, este mundo foi criado por Deus.”
(Demonstração da Preparação Apostólica 4)
Clemente de Alexandria (215)
(cf. Aquino, 2000 p.37)
“Quem olha para a sua fortuna, para o seu ouro e para a sua
prata, para as suas casas, como sendo dons de Deus, esse
testemunha a Deus o seu reconhecimento vindo com os seus
bens em auxílio dos pobres. Sabe que os possui mais para os
seus irmãos do que para si mesmo. Continua dono das suas
riquezas em vez de se tornar escravo delas; não as fecha na
sua alma, tal como não nelas não encerra a sua vida, mas
continua, sem se cansar, uma obra que é divina. E se, um dia,
a sua fortuna vier a desaparecer, aceita a sua ruína com um
coração livre. Esse homem, Deus o declara “bem-aventurado”;
chama-lhe “pobre em espírito”, herdeiro seguro do Reino dos
Céus (Mt 5,3)”(O Pedagogo, 9, 83 ss.)
Orígenes (184-254)
(cf. Aquino, 2000 p.37)
“Cristo é «a luz do mundo» (Jo 8, 12) e Ele ilumina a Igreja
com a sua luz. E, tal como a lua recebe a sua luz do sol a fim
de iluminar a noite, assim também a Igreja, recebendo a luz
de Cristo, ilumina todos aqueles que se encontram na noite da
ignorância... É pois Cristo que é «a verdadeira luz que ilumina
todo o homem vindo a este mundo» (Jo 1,9), e a Igreja,
recebendo a sua luz, torna-se, ela própria, luz do mundo,
«iluminando aqueles que caminham nas trevas» (Rom 2,19),
de acordo com esta palavra de Cristo aos seus discípulos: «Vós
sois a luz do mundo» (Mt 5,14). Do que se conclui que Cristo é
a luz dos apóstolos, e os apóstolos, por sua vez, a luz do
mundo.]”(Homilias sobre o Génesis, 1, 5-7)
Tertuliano (220)
(cf. Aquino, 2000 p.38)
Certamente esta [Apoplogia] é a obra mais
importante de Tertuliano, escrita no ano 197 e
dirigida aos governantes do Império Romano.
Tertuliano nasceu em Cartago no ano 155 dC e
aí exercia sua profissão de advogado quando,
em 193, converteu-se ao Cristianismo, passando
a exercer também a atividade de catequista
junto à Igreja.
Tertuliano (220)
“De fato, é contra a lei condenar alguém sem defesa e
sem audiência. Somente os cristãos são proibidos de
dizerem algo em sua defesa, na salvaguarda da verdade,
para ajudar ao juiz numa decisão de direito. ” (Apologia
cap.2)
“Nada semelhante é feito em nosso caso, embora as
falsidades disseminadas a nosso respeito devessem
passar pelo mesmo exame para saber quantas crianças
foram mortas por cada um de nós, quantos incestos
cometemos cada um de nós na escuridão, que
cozinheiros, que biltres foram testemunhas de nossos
crimes.” (Apologia cap.2)
São Cipriano (258)
(cf. Aquino, 2000 p.38)
A obra "A Unidade da Igreja Católica" (De Ecclesiae
Unitate), deve ter sido composta durante o concílio
cartaginês de maio de 251. Nela, Cipriano impugna
o cisma de Novaciano, em Roma, e, ao mesmo
tempo, o de Felicíssimo, em Cartago. Acentua,
incute e demonstra o dever de todo cristão de
perseverar, para a salvação de sua alma, na Igreja
Católica, isto é, em união com um legítimo bispo
católico. Com a finalidade de combater o cisma de
Novaciano, enviou logo sua obra a Roma.
São Cipriano (258)
“Aquele que não guarda esta unidade [obediência a
hieraquia] poderá pensar que ainda guarda a fé?
Aquele que resiste e faz oposição à Igreja poderá
confiar que ainda está na Igreja? ”(Unidade da
Igreja cap 4 ver.6)
“Paulo apóstolo inculca o mesmo ensinamento e
mostra o sacramento da unidade, dizendo: "Um só
corpo e um só espírito, uma é a esperança da vossa
vocação, um Senhor, uma fé, um Batismo, um só
Deus" (Ef 4,4-5).” ”(Unidade da Igreja cap 4 ver.7)
São Cipriano (258)
“E, depois da ressurreição, diz ao mesmo:
"Apascenta as minhas ovelhas" (Jo 21,17). Sobre
ele só constrói a Igreja e lhe manda que
apascente as suas ovelhas. Embora comunique a
todos os Apóstolos igual poder, todavia institui
uma só cátedra, determinando assim a origem
da unidade.”(Unidade da Igreja cap 4 ver.8)
Santo Atanásio (295-373)
cf. Aquino, 2000 p.38)
“Há, portanto, 22 Livros do Antigo Testamento, número que, pelo que ouvi,
nos foram transmitidos, sendo este o número citado nas cartas entre os
Hebreus, sendo sua ordem e nomes respectivamente, como se segue:
Primeiro, o Gênesis. Depois, o Êxodo. Depois, o Levítico. Em seguida, Números
e, por fim, o Deuteronômio. Após esses, Josué, o filho de Nun. Depois, os
Juízes e Rute. Em seguida, os quatro Livros dos Reis, sendo o primeiro e o
segundo listados como um livro, o terceiro e o quarto também, como um só
livro. Em seguida, o primeiro e o segundo Livros das Crônicas, listados como
um só livro. Depois, Esdras, sendo o primeiro e o segundo igualmente listados
num só livro. Depois desses, há o Livro dos Salmos, os Provérbios, o Eclesiastes
e o Cântico dos Cânticos. O Livro de Jó. Os doze Profetas são listados como um
livro. Depois Isaías, um livro. Depois, Jeremias com Baruc, Lamentações e a
Carta [de Jeremias], num só livro. Ezequiel e Daniel, um livro cada. Assim se
constitui o Antigo Testamento.” (Epístola 39 Paraf.4)
Santo Atanásio (295-373)
“Não é tedioso repetir os [livros] do Novo Testamento. São
os quatro Evangelhos, segundo Mateus, Marcos, Lucas e
João. Em seguida, o Atos dos Apóstolos e as sete Epístolas
[chamadas "católicas"], ou seja: de Tiago, uma; de Pedro,
duas; de João, três; de Judas, uma. Em adição, vêm as 14
Cartas de Paulo, escritas nessa ordem: a primeira, aos
Romanos, as duas aos Coríntios, uma aos Gálatas, uma aos
Efésios, uma aos Filipenses, uma aos Colossenses, duas aos
Tessalonicenses, uma aos Hebreus, duas a Timóteo, uma a
Tito e, por último, uma a Filemon. Além disso, o Livro da
Revelação de João.” (Epístola 39 Paraf.5)
Santo Efrém (373)
(cf. Aquino, 2000 p.39)
«Em teu pão se esconde o Espírito,
que não pode digerir-se;
em teu vinho está o fogo, que não pode beber-se.
O Espírito em teu pão, o fogo em teu vinho:
esta é a maravilha acolhida por nossos lábios.
O serafim não podia aproximar seus dedos das brasas,
E elas só puderam aproximar-se os lábios de Isaías;
nem os dedos as tomaram, nem os lábios as digeriram;
mas o Senhor concedeu a nós ambas coisas.
O fogo desceu com ira para destruir os pecadores,
mas o fogo da graça desce sobre o pão e ali permanece.
Em vez do fogo que destruiu o homem,
comemos o fogo no pão
e fomos salvos» (Hino «De Fide», 10, 8-10).
São Basílio Magno (329-379)
(cf. Aquino, 2000 p.39)
“Inacessível por sua natureza torna-se acessível por sua bondade.
Enche tudo com o seu poder, mas comunica-se apenas aos que são
dignos; não a todos na mesma medida, mas distribuindo os seus
dons em proporção da fé. Simples na essência, múltiplo nas
manifestações do seu poder, está presente por inteiro em cada um,
sem deixar de estar todo em todo lugar. Reparte-se e não sofre
diminuição. Todos dele participam e permanece íntegro, à
semelhança dos raios do sol que fazem sentir a cada um a sua luz
benéfica como se fosse para ele só, e, contudo iluminam a terra e o
mar e se difundem pelo espaço.”
Do Tratado Sobre o Espírito Santo, de São Basílio Magno, Bispo
(Cap. 9, 22-23: PG 32,107-110)
São Cirilo de Alexandria (444)
(cf. Aquino, 2000 p.40)
Questões para o Grupo
Quais ensinamentos podemos aprender sobre
Maria no pensamento de São Cirilo de
Alexandria?
São Jerônimo (347-420)
(cf. Aquino, 2000 p.41)
“Ignorar a Escritura é ignorar a Cristo”
Seu tratado sobre a virgindade perpetua de
Maria é muitíssimo profundo e serve como base
para destruir qualquer argumento que desonre
a Virgem Maria.
Santo Agostinho (354-430)
(cf. Aquino, 2000 p.42)
“O orgulho é a fonte de todas as fraquezas, por
que é a fonte de todos os vícios.”
“Ninguém faz bem o que faz contra a vontade,
mesmo que seja bom o que faz.”
Ler texto Sobre a Vigilia Pascal
O que nos ensina Stº Agostinho com este texto?
São Leão Magno (400-461)
(cf. Aquino, 2000 p.42)
“Seguindo então, aos Santos Padres, unanimemente ensinamos a confessar
um só e mesmo Filho: nosso senhor Jesus Cristo, perfeito em sua divindade e
perfeito em sua humanidade, verdadeiro Deus e verdadeiro homem
(composto) de alma racional e de corpo, consubstancial ao Pai pela divindade,
e consubstancial a nós pela humanidade, similar em tudo a nós, exceto no
pecado, gerado pelo Pai antes dos séculos segundo a divindade, e, nestes
últimos tempos, por nós e por nossa salvação, engendrado na Maria virgem e
mãe de Deus, segundo a humanidade: um e o mesmo Cristo senhor unigênito;
no que têm que se reconhecer duas naturezas, sem confusão, imutáveis,
indivisas, inseparáveis, não tendo diminuído a diferença das naturezas por
causa da união, mas sim mas bem tendo sido assegurada a propriedade de
cada uma das naturezas, que concorrem a formar uma só pessoa. Ele não está
dividido ou separado em duas pessoas, mas sim é um único e mesmo Filho
Unigênito, Deus, Verbo, e Senhor Jesus Cristo como primeiro os profetas e
mais tarde o mesmo Jesus Cristo o ensinou que si e como nos transmitiu isso o
símbolo dos padres.”
(CONCÍLIO DE CALDEDONIA)
São Bento de Núrcia (480-547)
“Assim o primeiro grau da humildade consiste em que, pondo
sempre o monge diante dos olhos o temor de Deus, evite
absolutamente qualquer esquecimento e esteja, ao contrário,
sempre lembrado de tudo o que Deus ordenou. Revolva sempre, no
espírito, não só que o inferno queima, por causa de seus pecados,
os que desprezam a Deus, mas que a vida eterna está preparada
para os que temem a Deus. E, defendendo-se a todo o tempo dos
pecados e vícios, isto é dos pecados do pensamento, da língua, das
mãos, dos pés e da vontade própria, como também dos desejos da
carne, considere-se o homem visto do céu, a todo o momento, por
Deus, e suas ações vistas em toda parte pelo olhar da divindade e
anunciadas a todo instante pelos anjos. Mostra- nos isto o Profeta
quando afirma estar Deus sempre presente em nossos
pensamentos”
(Capitulo 7 da Regra de São Bento)
Bibliografia
Aquino, Felipe. A Sagrada Tradição:Coleção Escola
da Fé – Volume I.Lorena:Cléofas,2000.
Catecismo da Igreja Católica
Constituição Dogmática Dei Verbum
Constituição Dogmática Lumen Gentium
www.veritatis.com.br Acesso em 22/03/2015
www.apologeticacatolica.com.br Acesso em
22/03/2015
http://www.cristianismo.org.br/regra-00.htm#05
Acesso em 23/03/2015
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