Aula 08
Organização Social e Objeto da Sociologia
Max Weber e Karl Marx
Professor: Karina Oliveira Bezerra
23 de abril de 2015
Max Weber e Ação social

Só há ação social quando ela possui um
significado atribuído pelos indivíduos e é
orientada pelas ações alheias.

Por isto nem toda ação humana é
necessariamente social, embora a
grande maioria o seja.

Ex: o choque entre dois ciclistas é, em si
mesmo, uma ocorrência semelhante a
qualquer fenômeno natural, mas passa a
ser ação social se existe alguma ação
orientada no sentido de evitar o choque.
Ação Social
Weber defini o campo de investigação
próprio da Sociologia, através do conceito de ação
social.
Ele estabelece tão-somente os critérios para o estudo
dos fenômenos sociais naquilo que tais fenômenos
possuem de específico, sem, contudo, abicar da ideia de
que as situações sociais, sendo inevitavelmente
históricas, somente podem ser compreendidas como
fenômenos singulares, não repetitivos, e que, portanto,
não é possível a identificação de regularidades na vida
social análogas às que se pode identificar na natureza.
Ação social e compreensão
Enquanto para Durkheim a apreensão e a
explicação dos fatos sociais somente é
possível através da sua observação como
coisas, para Weber, a explicação causal das
ações sociais reclama a compreensão dos
seus significados subjetivamente atribuídos
pelos indivíduos.
 Desse modo, a orientação de Weber é
denominada de “compreensiva”, por oposição
a de Durkheim, denominada de “positivista”.
 A Sociologia Compreensiva de Max Weber
está voltada para a interpretação do sentido
mentalizado pelos sujeitos de ações sociais.

Poder
Para Weber, o poder perpassa todos os
níveis da sociedade, não se limitando ao
seu sentido estritamente político e
econômico.
 É a possibilidade de um homem ou de
um grupo de homens realizar sua
própria vontade numa ação comunal,
mesmo contra a resistência de outros
que participem da ação.
 O poder constitui um bem onipresente na
vida social e a organização social resulta
fundamentalmente de sua distribuição
desigual.

Poder e autoridade

Somente as manifestações de poder
consensualmente aceitas como legítimas na
sociedade correspondem à autoridade:
1.
Tradicional
2.
Carismática
3.
Legal-racional
Karl Marx: relações de produção
O modo de produção de vida material
domina em geral o desenvolvimento da
vida social, politica e intelectual.
 “não é a consciência dos homens que
determina a sua existência, é, pelo
contrário, a sua existência social que
determina a sua consciência”.
 Enfim, as normas, os valores, os
sentimentos, os modos de pensar e de
agir em sociedade são um reflexo das
relações entre os homens para conseguir
os meios necessários à sobrevivência.

Karl Marx e classes sociais
As relações de produção, que constituem a
infraestrutura da organização social, determinam a
superestrutura representada pelo conjunto de ideias
morais, jurídicas, políticas, estéticas e de toda ordem
que, dessa maneira, só aparentemente regulam o
comportamento dos homens em sociedade.
 De acordo com essas relações, que podem ser de
propriedade ou de não-propriedade, os homens são
diferenciados em classes sociais.
 Os que detêm a posse dos meios de produção
podem apropriar-se do trabalho dos que, não
possuindo esses meios, só tem mesmo a vender a sua
força de trabalho para sobreviver.

Fato, Ação e Classe Social: algumas
convergências e divergências
Durkheim e Weber se complementam:
 Para que exista sociedade é necessário “que as
consciências estejam associadas”, essa
associação somente é possível pela
comunicação intersubjetiva.
 Divergência de Marx com Durkheim:
 Para Marx a consciência social é fragmentária, já
que a própria sociedade é dividida em classes.
 Durkheim se refere a consciência coletiva como
uma realidade homogênea.

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