Transtornos do Humor
Transtornos do Humor

Transtornos Depressivos

Transtornos Bipolares

Outros Transtornos do Humor
Transtornos Depressivos

Transtorno Depressivo Maior

Transtorno Distímico
Transtornos Bipolares

Transtorno Bipolar I

Transtorno Bipolar II

Transtorno Ciclotímico
Outros Transtornos do Humor

Transtorno do Humor Devido a uma Condição
Médica Geral

Transtorno do Humor Induzido por Substância
Episódios de Humor

Episódio Depressivo Maior

Episódio Maníaco

Episódio Misto

Episódio Hipomaníaco
Os Transtornos Depressivos são
diferenciados dos Transtornos
Bipolares pelo fato de haver um
histórico de jamais ter tido um
Episódio Maníaco, Misto ou
Hipomaníaco.
 Transtorno
Depressivo Maior:
caracteriza-se por um ou mais
Episódios Depressivos Maiores (i.
é, pelo menos 2 semanas de humor
deprimido ou perda de interesse,
acompanhados por pelo menos quatro
sintomas adicionais de depressão).
 Transtorno
Distímico: humor
deprimido por pelo menos 2 anos na
maior parte do tempo.
Episódios de Humor

Episódio Depressivo Maior

Episódio Maníaco

Episódio Misto

Episódio Hipomaníaco
Episódio Depressivo Maior

Mínimo de 2 semanas

Humor deprimido ou perda de interesse ou
prazer por quase todas as atividades.

Em crianças e adolescentes, o humor pode
ser irritável em vez de triste.

Alterações no apetite ou peso, sono e
atividade psicomotora; diminuição da
energia; sentimentos de desvalia ou culpa;
dificuldades para pensar, concentrar-se ou
tomar decisões; ou pensamentos recorrentes
sobre morte ou ideação suicida, planos ou
tentativas de suicídio.
Episódio Depressivo Maior

O sintoma deve ser recente ou então ter
claramente piorado, em comparação com o
estado pré-episódico da pessoa.

Os sintomas devem persistir na maior parte
do dia, praticamente todos os dias, por
pelo menos 2 semanas consecutivas.
Episódio Depressivo Maior

A presença de um humor deprimido pode ser
inferida a partir da expressão facial e do
modo de portar-se.

Alguns indivíduos salientam queixas
somáticas (p. ex., dores ou mazelas
corporais) em vez de sentimentos de
tristeza.

Muitos referem ou demonstram irritabilidade
aumentada (p ex., raiva persistente, uma
tendência para responder a eventos com
ataques de ira ou culpando outros, ou um
sentimento exagerado de frustração por
questões menores).
Episódio Depressivo Maior

Em crianças e adolescentes, pode
desenvolver-se um humor irritável ou
rabugento, em vez de um humor triste ou
abatido.
Episódio Depressivo Maior

Perda de interesse ou prazer: menor
interesse por passatempos, “não se importar
mais”, ou a falta de prazer com qualquer
atividade anteriormente considerada
agradável.

Retraimento social ou negligência de
atividades prazerosas.

Em alguns, há redução significativa nos
níveis de interesse ou desejo sexual.
Episódio Depressivo Maior

O apetite está geralmente reduzido, sendo
que muitos precisam se forçar a comer.

Outros, principalmente em contexto
ambulatorial, aumentam o apetite ou
demonstram uma avidez por alimentos
específicos (como doces ou outros
carboidratos).
Episódio Depressivo Maior

A perturbação do sono mais comumente
associada é a insônia, tipicamente
intermediária ou terminal.

Com menor frequência, hipersonia (episódios
prolongados de sono noturno ou de sono
durante o dia).
Episódio Depressivo Maior

As alterações psicomotoras incluem agitação ou retardo
psicomotor.

Agitação: p. ex., incapacidade de ficar quieto, ficar
andando sem parar, agitar as mãos, puxar ou esfregar a
pele, roupas ou outros objetos.

Retardo psicomotor: p. ex., discurso, pensamento ou
movimentos corporais lentificados; maiores pausas
antes de responder; fala diminuída em termos de
volume, inflexão (mudança de tom e acento na voz),
quantidade ou variedade de conteúdos, ou mutismo.
Episódio Depressivo Maior

Diminuição da energia, cansaço e fadiga são comuns.

O sentimento de desvalia ou culpa podem incluir
avaliações negativas e irrealistas do próprio valor,
preocupações cheias de culpa ou ruminações acerca de
pequenos fracassos do passado.

Auto-recriminação por não conseguir cumprir com as
responsabilidades profissionais ou interpessoais é
comum.
Episódio Depressivo Maior

Muitos relatam prejuízo na capacidade de pensar,
concentrar-se ou tomar decisões.

Em idosos, as dificuldades de memória podem ser a
queixa principal e ser confundidas com os sinais
iniciais de uma demência.

Quando o Episódio Depressivo Maior é tratado com
sucesso, os problemas de memória frequentemente
apresentam recuperação completa.

Em algumas pessoas, principalmente idosas, um Episódio
Depressivo Maior pode às vezes ser a apresentação
inicial de uma demência irreversível.
Episódio Depressivo Maior

Os indivíduos menos gravemente suicidas podem relatar
pensamentos transitórios (de 1 a 2 minutos) e
recorrentes (uma ou duas vezes por semana).

As motivações para o suicídio podem incluir um desejo
de desistir diante de obstáculos percebidos como
insuperáveis ou um intenso desejo de terminar com um
estado emocional extremamente doloroso percebido pela
pessoa como interminável.
Episódio Depressivo Maior

A avaliação dos sintomas é difícil quando ocorrem em
um indivíduo que também apresenta uma condição médica
geral (p. ex., câncer, acidente vascular cerebral,
infarto do miocárdio, diabete).

Alguns dos sinais e sintomas são idênticos a
características de condições médicas gerais (p. ex.,
perda de peso com diabete não tratada, fadiga com o
câncer).
Episódio Depressivo Maior

Quando tristeza, culpa, insônia ou perda de peso estão
presentes em uma pessoa com infarto do miocárdio
recente, os sintomas devem contar a favor de um
Episódio Depressivo Maior, porque não são clara e
completamente explicados pelos efeitos fisiológicos do
infarto do miocárdio.
Episódio Depressivo Maior

Se os sintomas começam dentro de 2 meses após a perda
de um ente querido e não persistem além desses 2
meses, eles geralmente são considerados decorrência do
Luto, a menos que estejam associados com acentuado
prejuízo funcional ou incluam preocupação mórbida com
desvalia, ideação suicida, sintomas psicóticos ou
retardo psicomotor.
Episódio Depressivo Maior

Os indivíduos com frequência apresentam propensão ao
choro, irritabilidade, ruminação obsessiva, ansiedade,
fobias, preocupação com a saúde física e queixas de
dores (p ex., cefaléias ou dores nas articulações,
abdômen ou outras).

Ataques de Pânico podem ocorrer e satisfazer critérios
para o diagnóstico de Tanstorno de Pânico. Em
crianças, pode ocorrer ansiedade de separação.
Episódio Depressivo Maior

Frequentemente se seguem a estressores psicossociais
(p. ex., separação conjugal ou perda da condição
socioeconômica).

O parto pode precipitar um Episódio Depressivo Maior,
e neste caso anota-se o especificador Com Início no
Pós-Parto.
Episódio Depressivo Maior

Duas vezes mais comum em mulheres.

Um período prodrômico com sintomas ansiosos e
depressivos leves pode durar semanas ou meses antes do
início de um Episódio Depressivo Maior.
Episódio Depressivo Maior

Períodos de tristeza são aspectos inerentes à
experiência humana. Esses períodos não devem ser
diagnosticados como Episódio Depressivo Maior, a menos
que sejam satisfeitos os critérios de gravidade (i. é,
cinco dos nove sintomas), duração (i. é, na maior
parte do dia, quase todos os dias, por pelo menos 2
semanas) e sofrimento ou prejuízo clinicamente
significativos.
Critérios para Episódio Depressivo Maior
A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas
estiveram presentes durante o mesmo período de
2 semanas e representam uma alteração a partir
do funcionamento anterior; pelo menos um dos
sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda do
interesse ou prazer.
Nota: Não incluir sintomas nitidamente devidos
a uma condição médica geral ou alucinações ou
delírios incongruentes com o humor.
(1) humor deprimido na maior parte do dia,
quase todos os dias, indicado por relato
subjetivo (por ex., sente-se triste ou vazio)
ou observação feita por outros (por ex., chora
muito).
Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser
humor irritável
(2) interesse ou prazer acentuadamente
diminuídos por todas ou quase todas as
atividades na maior parte do dia, quase todos
os dias (indicado por relato subjetivo ou
observação feita por outros)
(3) perda ou ganho significativo de peso sem estar em dieta
(por ex., mais de 5% do peso corporal em 1 mês), ou diminuição
ou aumento do apetite quase todos os dias.
Nota: Em crianças, considerar falha em apresentar os ganhos de
peso esperados
(4) insônia ou hipersonia quase todos os dias
(5) agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias
(observáveis por outros, não meramente sensações subjetivas de
inquietação ou de estar mais lento)
(6) fadiga ou perda de energia quase todos os dias
(7) sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada
(que pode ser delirante), quase todos os dias (não meramente
auto-recriminação ou culpa por estar doente)
(8) capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se, ou
indecisão, quase todos os dias (por relato subjetivo ou
observação feita por outros)
(9) pensamentos de morte recorrentes (não apenas medo de
morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico,
tentativa de suicídio ou plano específico para cometer
B. Os sintomas não satisfazem os critérios para um
Episódio Misto
C. Os sintomas causam sofrimento clinicamente
significativo ou prejuízo no funcionamento social ou
ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do
indivíduo.
D. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos
diretos de uma substância (por ex., droga de abuso ou
medicamento) ou de uma condição médica geral (por ex.,
hipotiroidismo).
E. Os sintomas não são melhor explicados por Luto, ou
seja, após a perda de um ente querido, os sintomas
persistem por mais de 2 meses ou são caracterizados por
acentuado prejuízo funcional, preocupação mórbida com
desvalia, ideação suicida, sintomas psicóticos ou
retardo psicomotor.
Episódio Maníaco
A. Um período distinto de humor anormal e
persistentemente elevado, expansivo ou irritável,
durando pelo menos 1 semana (ou qualquer duração, se a
hospitalização é necessária).
B. Durante o período de perturbação do humor, três (ou mais) dos
seguintes sintomas persistiram (quatro, se o humor é apenas irritável)
e estiveram presentes em um grau significativo:
(1) auto-estima inflada ou grandiosidade
(2) necessidade de sono diminuída (por ex., sente-se repousado depois
de apenas 3 horas de sono)
(3) mais loquaz do que o habitual ou pressão por falar
(4) fuga de idéias ou experiência subjetiva de que os pensamentos
estão correndo
(5) distratibilidade (isto é, a atenção é desviada com excessiva
facilidade para estímulos externos insignificantes ou irrelevantes)
(6) aumento da atividade dirigida a objetivos (socialmente, no
trabalho, na escola ou sexualmente) ou agitação psicomotora
(7) envolvimento excessivo em atividades prazerosas com um alto
potencial para conseqüências dolorosas (por ex., envolvimento em
surtos incontidos de compras, indiscrições sexuais ou investimentos
financeiros tolos)
C. Os sintomas não satisfazem os critérios para Episódio
Misto
D. A perturbação do humor é suficientemente severa para
causar prejuízo acentuado no funcionamento ocupacional,
nas atividades sociais ou relacionamentos costumeiros
com outros, ou para exigir a hospitalização, como um
meio de evitar danos a si mesmo e a outros, ou existem
aspectos psicóticos.
E. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos
diretos de uma substância (por ex., uma droga de abuso,
um medicamento ou outro tratamento) ou de uma condição
médica geral (por ex., hipertiroidismo).
Nota: Episódios tipo maníacos nitidamente causados por
um tratamento antidepressivo somático (por ex.,
medicamentos, terapia eletroconvulsiva, fototerapia) não
devem contar para um diagnóstico de Transtorno Bipolar
I.

O humor elevado pode ser descrito como eufórico,
incomumente bom, alegre ou excitado.

Pode ter uma qualidade contagiante para o observador
sem envolvimento, mas é reconhecido como excessivo por
quem conhece bem a pessoa.

Há uma expansão do humor com entusiasmo incessante e
indiscriminado por interações interpessoais, sexuais
ou profissionais.

A pessoa pode ter longas conversas com estranhos em
locais públicos.

Embora o humor elevado seja mais típico, a
irritabilidade pode predominar, principalmente quando
os desejos da pessoa são frustrados.

A alternância entre euforia e irritabilidade é vista
com frequência.

A auto-estima inflada pode ir desde uma autoconfiança
sem crítica até uma acentuada grandiosidade que pode
alcançar proporções delirantes.

Podem oferem conselhos sobre questões das quais não
possuem qualquer conhecimento especial (p. ex., como
administrar as Nações Unidas).

Mesmo sem experiência ou talento, a pessoa escreve um
romance, compõe sinfonia ou busca atenção pra alguma
invenção tola.

Delírios grandiosos são comuns, como ter relação
especial com Deus ou alguma figura pública.

Desperta várias horas antes do habitual cheio de
energia, fica dias sem dormir e sem sentir cansaço.

A fala é pressionada, alta, rápida e difícil de
interromper. Às vezes falam por horas a fio, sem
consideração com o desejo de comunicação com outras
pessoas.

A fala por vezes se caracteriza por trocadilhos,
piadas e bobagens divertidas.

O indivíduo pode tornar-se teatral, apresentando
maneirismos dramáticos e cantando. Os sons podem
governar a escolha de palavras mais do que os nexos
contextuais significativos (reverberação). Se o humor
da pessoa for mais irritável do que expansivo, a fala
pode ser marcada por queixas, comentários hostis ou
tiradas coléricas.

Os pensamentos podem correr, frequentemente, a uma
velocidade maior do que pode ser articulada. Alguns
indivíduos com Episódios Maníacos afirmam que esta
experiência assemelha-se a assistir a dois ou três
programas de televisão simultaneamente.

Com frequência, existe fuga de idéias, evidenciada por
um fluxo de fala quase contínuo e acelerado, com
mudanças abruptas de um assunto para outro. Por
exemplo, enquanto fala sobre um possível negócio de
venda de computadores, um vendedor pode começar a
discorrer minuciosamente sobre a história do chip de
computador, sobre a revolução industrial ou matemática
aplicada. Quando a fuga de idéias é severa, o discurso
pode tornar-se desorganizado e incoerente.

A distratibilidade é evidenciada por uma incapacidade
de filtrar estímulos externos irrelevantes (por ex., a
gravata do entrevistador, ruídos ou conversas de
fundo, ou os móveis da sala). Pode haver redução da
capacidade de diferenciar entre pensamentos
pertinentes ao assunto e pensamentos de pouca
relevância ou nitidamente irrelevantes.

O aumento da atividade dirigida a objetivos
freqüentemente envolve excessivo planejamento e
participação de múltiplas atividades (por ex., sexuais,
profissionais, políticas e religiosas). Um aumento do
impulso, fantasias e comportamento sexual em geral está
presente.
A pessoa pode assumir simultaneamente múltiplos novos
empreendimentos profissionais, sem levar em
consideração possíveis riscos ou a necessidade de
completar cada uma dessas investidas a contento.
Quase que invariavelmente, existe um aumento da
sociabilidade (por ex., renovar antigas amizades ou
telefonar para amigos ou até mesmo estranhos a qualquer
hora do dia ou da noite), sem consideração quanto à
natureza intrusiva, dominadora e exigente dessas
interações.

Os indivíduos frequentemente exibem agitação ou
inquietação psicomotora, andando sem parar ou mantendo
múltiplas conversas simultaneamente (por ex., por
telefone e pessoalmente, ao mesmo tempo). Alguns
indivíduos escrevem uma torrente de cartas sobre
muitos assuntos diferentes para amigos, figuras
públicas ou meios de comunicação.
Expansividade, otimismo injustificado, grandiosidade e
fraco julgamento frequentemente levam ao envolvimento
imprudente em atividades prazerosas tais como surtos
de compras, direção imprudente, investimentos
financeiros tolos e comportamento sexual incomum para
a pessoa, apesar das possíveis consequências dolorosas
destas atividades.

O indivíduo pode comprar objetos desnecessários (por
ex., 20 pares de sapatos, antiguidades caras) sem ter
dinheiro para pagar por eles. O comportamento sexual
incomum pode incluir infidelidade ou encontros sexuais
indiscriminados com estranhos.
O comprometimento resultante da perturbação pode ser
suficientemente severo para causar acentuado prejuízo
no funcionamento ou para exigir a hospitalização, com o
fim de proteger o indivíduo das consequências negativas
das ações resultantes do fraco julgamento (por ex.,
perdas financeiras, atividades ilegais, perda do
emprego, comportamento agressivo).
Critérios para Episódio Misto
A. Satisfazem-se os critérios tanto para Episódio
Maníaco quanto para Episódio Depressivo Maior (exceto
pela duração), quase todos os dias, durante um período
mínimo de 1 semana.
B. A perturbação do humor é suficientemente severa para
causar acentuado prejuízo no funcionamento ocupacional,
em atividades sociais costumeiras ou relacionamentos com
outros, ou para exigir a hospitalização para prevenir
danos ao indivíduo e a outros, ou existem aspectos
psicóticos.
Critérios para Episódio Misto
C. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos
diretos de uma substância (por ex., droga de abuso,
medicamento ou outro tratamento) ou de uma condição
médica geral (por ex., hipertiroidismo).
Nota: Episódios tipo mistos causados por um tratamento
antidepressivo somático (por ex., medicamento, terapia
eletroconvulsiva, fototerapia) não devem contar para um
diagnóstico de Transtorno Bipolar I.
Critérios para Episódio Hipomaníaco
A. Um período distinto de humor
persistentemente elevado, expansivo ou
irritável, durando todo o tempo ao longo de
pelo menos 4 dias, nitidamente diferente do
humor habitual não-deprimido.
Critérios para Episódio Hipomaníaco
B. Durante o período da perturbação do humor, três (ou
mais) dos seguintes sintomas persistiram (quatro se o humor
é apenas irritável) e estiveram presentes em um grau
significativo:
(1) auto-estima inflada ou grandiosidade
(2) necessidade de sono diminuída (por ex., sente-se
repousado depois de apenas 3 horas de sono)
(3) mais loquaz do que o habitual ou pressão por falar
(4) fuga de idéias ou experiência subjetiva de que os
pensamentos estão correndo
(5) distratibilidade (isto é, a atenção é desviada com
demasiada facilidade para estímulos externos
insignificantes ou irrelevantes)
(6) aumento da atividade dirigida a objetivos (socialmente,
no trabalho, na escola ou sexualmente) ou agitação
psicomotora
(7) envolvimento excessivo em atividades prazerosas com
alto potencial para conseqüências dolorosas (por ex.,
envolver-se em surtos desenfreados de compras, indiscrições
sexuais ou investimentos financeiros tolos)
Critérios para Episódio Hipomaníaco
C. O episódio está associado com uma inequívoca
alteração no funcionamento, que não é característica da
pessoa quando assintomática.
D. A perturbação do humor e a alteração no funcionamento
são observáveis por outros.
E. O episódio não é suficientemente severo para causar
prejuízo acentuado no funcionamento social ou
ocupacional, ou para exigir a hospitalização, nem
existem aspectos psicóticos.
F. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos
diretos de uma substância (por ex., droga de abuso,
medicamento, ou outro tratamento) ou de uma condição
médica geral (por ex., hipertiroidismo).
Nota: Os episódios tipo hipomaníacos nitidamente
causados por um tratamento antidepressivo somático (por
ex., medicamentos, terapia eletroconvulsiva e
fototerapia) não devem contar para um diagnóstico de
Transtorno Bipolar I
Transtornos do Humor

Transtornos Depressivos

Transtornos Bipolares

Outros Transtornos do Humor
Transtornos Depressivos

Transtorno Depressivo Maior

Transtorno Distímico
Transtornos Bipolares

Transtorno Bipolar I

Transtorno Bipolar II

Transtorno Ciclotímico
Outros Transtornos do Humor

Transtorno do Humor Devido a uma Condição
Médica Geral

Transtorno do Humor Induzido por Substância
Transtorno Depressivo Maior
A. Presença de dois ou mais Episódios Depressivos
Maiores
Nota: Para serem considerados episódios distintos, deve
haver um intervalo de pelo menos 2 meses consecutivos
durante os quais não são satisfeitos os critérios para
Episódio Depressivo Maior.
B. Os Episódios Depressivos Maiores não são melhor
explicados por Transtorno Esquizoafetivo nem estão
sobrepostos a Esquizofrenia, Transtorno
Esquizofreniforme, Transtorno Delirante ou Transtorno
Psicótico Sem Outra Especificação.
C. Jamais houve um Episódio Maníaco, um Episódio Misto
ou um Episódio Hipomaníaco. Nota: Esta exclusão não se
aplica se todos os episódios tipo maníaco, tipo misto ou
tipo hipomaníaco são induzidos por substância ou
tratamento ou se devem aos efeitos fisiológicos diretos
de uma condição médica geral.
Transtorno Distímico
A. Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria
dos dias, indicado por relato subjetivo ou observação
feita por outros, por pelo menos 2 anos.
Nota: Em crianças e adolescentes, o humor pode ser
irritável, e a duração deve ser de no mínimo 1 ano.
Transtorno Distímico
B. Presença, enquanto deprimido, de duas (ou mais) das
seguintes características:
(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
apetite diminuído ou hiperfagia
insônia ou hipersonia
baixa energia ou fadiga
baixa auto-estima
fraca concentração ou dificuldade em tomar decisões
Transtorno Distímico
C. Durante o período de 2 anos (1 ano, para crianças ou
adolescentes) de perturbação, jamais a pessoa esteve sem
os sintomas dos Critérios A e B por mais de 2 meses a
cada vez.
Transtorno Distímico
D. Ausência de Episódio Depressivo Maior durante os
primeiros 2 anos de perturbação (1 ano para crianças e
adolescentes); isto é, a perturbação não é melhor
explicada por um Transtorno Depressivo Maior crônico ou
Transtorno Depressivo Maior, Em Remissão Parcial.
Nota: Pode ter ocorrido um Episódio Depressivo Maior
anterior, desde que tenha havido remissão completa
(ausência de sinais ou sintomas significativos por 2
meses) antes do desenvolvimento do Transtorno
Distímico. Além disso, após os 2 anos iniciais (1 ano
para crianças e adolescentes) de Transtorno Distímico,
pode haver episódios sobrepostos de Transtorno
Depressivo Maior e, neste caso, ambos os diagnósticos
podem ser dados quando são satisfeitos os critérios
para um Episódio Depressivo Maior.
Transtorno Distímico
E. Jamais houve um Episódio Maníaco, um Episódio
Misto ou um Episódio Hipomaníaco e jamais foram
satisfeitos os critérios para Transtorno
Ciclotímico.
F. A perturbação não ocorre exclusivamente durante
o curso de um Transtorno Psicótico crônico, como
Esquizofrenia ou Transtorno Delirante.
G. Os sintomas não se devem aos efeitos
fisiológicos diretos de uma substância (por ex.,
droga de abuso, medicamento) ou de uma condição
médica geral (por ex., hipotireoidismo).
H. Os sintomas causam sofrimento clinicamente
significativo ou prejuízo no funcionamento social
ou ocupacional ou em outras áreas importantes da
vida do indivíduo.
Transtorno Bipolar I
A. Os critérios, exceto pela duração, são atualmente (ou
foram mais recentemente) satisfeitos para um Episódio
Maníaco, Episódio Hipomaníaco, Episódio Misto ou
Episódio Depressivo Maior.
B. Houve, anteriormente, pelo menos um Episódio Maníaco
ou Episódio Misto.
C. Os sintomas de humor causam sofrimento clinicamente
significativo ou prejuízo no funcionamento social ou
ocupacional ou outras áreas importantes da vida do
indivíduo.
Transtorno Bipolar I
D. Os sintomas de humor nos Critérios A e B não são
melhor explicados por um Transtorno Esquizoafetivo nem
estão sobrepostos a Esquizofrenia, Transtorno
Esquizofreniforme, Transtorno Delirante ou Transtorno
Psicótico Sem Outra Especificação.
E. Os sintomas de humor nos Critérios A e B não se devem
aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por
ex., droga de abuso, medicamento ou outro tratamento),
ou de uma condição médica geral (por ex.,
hipertiroidismo).
Transtorno Bipolar II
A. Presença (ou história) de um ou mais Episódios
Depressivos Maiores
B. Presença (ou história) de pelo menos um Episódio
Hipomaníaco
C. Jamais houve um Episódio Maníaco ou um Episódio Misto
D. Os sintomas de humor nos Critérios A e B não são
melhor explicados por Transtorno Esquizoafetivo nem
estão sobrepostos a Esquizofrenia, Transtorno
Esquizofreniforme, Transtorno Delirante ou Transtorno
Psicótico Sem Outra Especificação.
E. Os sintomas causam sofrimento clinicamente
significativo ou prejuízo no funcionamento social ou
ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do
indivíduo.
Transtorno Ciclotímico
A. Por 2 anos, pelo menos, presença de numerosos
períodos com sintomas hipomaníacos e numerosos períodos
com sintomas depressivos que não satisfazem os critérios
para um Episódio Depressivo Maior.
Nota: Em crianças e adolescentes, a duração deve ser de
pelo menos 1 ano.
B. Durante o período de 2 anos estipulado acima (1 ano
para crianças e adolescentes), a pessoa não ficou sem os
sintomas do Critério A por mais de 2 meses consecutivos.
Transtorno Ciclotímico
C. Nenhum Episódio Depressivo Maior, Episódio Maníaco ou
Episódio Misto esteve presente durante os 2 primeiros
anos da perturbação.
Nota: Após os 2 anos iniciais (1 ano para crianças e
adolescentes) do Transtorno Ciclotímico, pode haver
sobreposição de Episódios Maníacos ou Mistos (sendo que
neste caso Transtorno Bipolar I e Transtorno Ciclotímico
podem ser diagnosticados concomitantemente) ou de
Episódios Depressivos Maiores (podendo-se, neste caso,
diagnosticar tanto Transtorno Bipolar II quanto
Transtorno Ciclotímico)
Transtorno Ciclotímico
D. Os sintomas no Critério A não são melhor
explicados por Transtorno Esquizoafetivo nem estão
sobrepostos a Esquizofrenia, Transtorno
Esquizofreniforme, Transtorno Delirante ou
Transtorno Psicótico Sem Outra Especificação.
E. Os sintomas não se devem aos efeitos
fisiológicos diretos de uma substância (por ex.,
droga de abuso, medicamento) ou de uma condição
médica geral (por ex., hipertireoidismo).
F. Os sintomas causam sofrimento clinicamente
significativo ou prejuízo no funcionamento social
ou ocupacional ou em outras áreas importantes da
vida do indivíduo.
Transtorno do Humor Devido a
uma Condição Médica Geral
A. Uma perturbação proeminente e persistente do humor
predomina no quadro clínico e se caracteriza por um dos
seguintes quesitos (ou ambos):
(1) humor depressivo, ou interesse ou prazer
acentuadamente diminuídos por todas ou quase todas as
atividades
(2) humor elevado, expansivo ou irritável
B. Existem evidências, a partir da história, exame
físico ou achados laboratoriais, de que a perturbação é
a consequência fisiológica direta de uma condição
médica geral.
Transtorno do Humor Devido a
uma Condição Médica Geral
C. A perturbação não é melhor explicada por outro
transtorno mental (por ex., Transtorno de Ajustamento
Com Humor Depressivo, em resposta ao estresse de ter uma
condição médica geral).
D. A perturbação não ocorre exclusivamente durante o
curso de um delirium.
E. Os sintomas causam sofrimento clinicamente
significativo ou prejuízo no funcionamento social ou
ocupacional ou em outras área importantes da vida do
indivíduo.
Transtorno do Humor Induzido por Substância
A. Uma perturbação proeminente e persistente
predomina no quadro clínico e se caracteriza
seguintes sintomas (ou ambos):
(1) humor depressivo ou diminuição acentuada
interesse ou prazer por todas ou quase todas
atividades
(2) humor elevado, expansivo ou irritável
do humor
por um dos
do
as
B. Existem evidências, a partir da história, exame
físico ou achados laboratoriais, de (1) ou (2):
(1) os sintomas no Critério A desenvolveram-se durante
ou no período de um mês após a Intoxicação ou
Abstinência de Substância
(2) o uso de um medicamento está etiologicamente
relacionado com a perturbação
Transtorno do Humor Induzido por Substância
C. A perturbação não é melhor explicada por um
Transtorno do Humor não induzido por substância. As
evidências de que os sintomas são melhor explicados por
um Transtorno do Humor não induzido por substância podem
incluir as seguintes: os sintomas precedem o início do
uso da substância (ou medicamento); os sintomas
persistem por um período substancial (por ex., cerca de
1 mês) após a cessação da abstinência aguda ou
intoxicação severa ou são substancialmente excedentes ao
que seria de esperar, dado o tipo ou a quantidade de
substância usada ou a duração do uso; ou existem outras
evidências sugerindo a existência de um Transtorno do
Humor independente, não induzido por substância (por
ex., uma história de Episódios Depressivos Maiores
recorrentes).
Transtorno do Humor Induzido por Substância
D. A perturbação não ocorre exclusivamente durante o
curso de um delirium.
E. Os sintomas causam sofrimento clinicamente
significativo ou prejuízo no funcionamento social ou
ocupacional ou outras áreas importantes da vida do
indivíduo.
Nota: Este diagnóstico deve ser feito ao invés de um
diagnóstico de Intoxicação com Substância ou Abstinência
de Substância apenas quando os sintomas de humor excedem
aqueles habitualmente associados com a síndrome de
intoxicação ou abstinência e quando são suficientemente
severos para indicar uma atenção clínica independente.
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Transtornos do Humor