INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Capítulo 4 – Parte 2
Condutores elétricos:
dimensionamento e instalação
2.° semestre de 2005
Mauro Moura Severino
Condutores elétricos:
dimensionamento e instalação
 Número de condutores isolados no interior de
um eletroduto

Eletroduto é um elemento de linha elétrica
fechada, de seção circular, destinado a conter
condutores elétricos, permitindo tanto a enfiação
como a retirada por puxamento, e é caracterizado
pelo seu diâmetro nominal ou diâmetro externo
(em mm).
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Condutores elétricos:
dimensionamento e instalação
 Existem:


eletrodutos flexíveis metálicos, que não devem
ser embutidos;
eletrodutos rígidos (de aço ou de PVC), e semirígidos (de polietileno), que podem ser
embutidos.
 Não é permitida a instalação de condutores
sem isolação no interior de eletrodutos.
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Condutores elétricos:
dimensionamento e instalação
 Só podem ser colocados, em um mesmo
eletroduto, condutores de circuitos diferentes
quando:



se originarem do mesmo quadro de distribuição;
tiverem a mesma tensão de isolamento; e
as seções dos condutores de fase estiverem em
um intervalo de três valores normalizados
consecutivos (por exemplo: 1,5, 2,5 e 4 mm2).
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Condutores elétricos:
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 Duas hipóteses podem ser consideradas:


os condutores são iguais;
os condutores são desiguais.
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Condutores elétricos:
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 Para condutores iguais (tab. 4.9 e 4.15).
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Condutores elétricos:
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 Para condutores desiguais.

Deve-se verificar se a soma das seções
transversais dos cabos é inferior a 33% (1/3) da
área do eletroduto. Caso isso se verifique, não há
a necessidade de se fazer a correção de
agrupamento de condutores e, portanto, de se
determinar o fator de correção k2.
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Condutores elétricos:
dimensionamento e instalação
 A soma das áreas totais dos condutores
contidos em um eletroduto não deve ser
superior a 40% da área útil do eletroduto.
Para o cálculo da seção de ocupação do
eletroduto pelos cabos, podem-se utilizar as
tabelas 4.16 e 4.17.
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Condutores elétricos:
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 Cuidados quanto a:


condutores em paralelo (6.2.5.7);
variações das condições de instalação em um
percurso (6.2.5.8).
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Condutores elétricos:
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 Condutor neutro
 O condutor neutro não pode ser comum a mais de
um circuito.
 O condutor neutro de um circuito monofásico deve
ter a mesma seção do condutor de fase.
 Quando, em um circuito trifásico com neutro, a taxa
de terceira harmônica e seus múltiplos for superior
a 15%, a seção do condutor neutro não deve ser
inferior à dos condutores de fase, podendo ser igual
à dos condutores de fase se essa taxa não for
superior a 33%.
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Condutores elétricos:
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 A seção do condutor neutro de um circuito
com duas fases e neutro não deve ser inferior
à seção dos condutores de fase, podendo ser
igual à dos condutores de fase se a taxa de
terceira harmônica e seus múltiplos não for
superior a 33%.
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Condutores elétricos:
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 Quando, em um circuito trifásico com neutro
ou em um circuito com duas fases e neutro, a
taxa de terceira harmônica e seus múltiplos
for superior a 33%, pode ser necessário um
condutor neutro com seção superior à dos
condutores de fase. (Ver Anexo F).
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Condutores elétricos:
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 Em um circuito trifásico com neutro e cujos
condutores de fase tenham uma seção
superior a 25 mm2, a seção do condutor
neutro pode ser inferior à dos condutores de
fase, sem ser inferior aos valores da tab. 48,
em função da seção dos condutores de fase,
quando as três condições seguintes forem
simultaneamente atendidas:
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Condutores elétricos:
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



o circuito for presumivelmente equilibrado, em
serviço normal;
a corrente das fases não contiver uma taxa de
terceira harmônica e múltiplos superior a 15%; e
o condutor neutro for protegido contra
sobrecorrentes conforme 5.3.2.2.
Nota: Os valores da tab. 48 são aplicáveis
quando os condutores de fase e o condutor
neutro forem do mesmo metal.
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Condutores elétricos:
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 Condutores de proteção (PE)
 Seções mínimas

A seção dos condutores de proteção deve ser
calculada conforme 6.4.3.1.2 ou selecionada de
acordo com 6.4.3.1.3. Em ambos os casos,
devem ser considerados os requisitos de
6.4.3.1.4.
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Condutores elétricos:
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 6.4.3.1.2 A seção dos condutores de proteção não
deve ser inferior ao valor determinado pela
expressão seguinte, aplicável apenas para tempos de
seccionamento que não excedam 5 s:

S = (I2 x t)1/2/k, em que:




S é a seção do condutor, em milímetros quadrados;
I é o valor eficaz, em amperes, da corrente de falta presumida,
considerando falta direta;
t é o tempo de atuação do dispositivo de proteção responsável
pelo seccionamento automático, em segundos;
k é um fator que depende do material do condutor de proteção, de
sua isolação e outras partes, e das temperaturas inicial e final do
condutor (tab. 53, 54, 55, 56 e 57).
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Condutores elétricos:
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 6.4.3.1.3 Em alternativa ao método de
cálculo anterior, a seção do condutor de
proteção pode ser determinada por meio da
tabela 58, que é válida apenas se o condutor
de proteção for constituído do mesmo metal
que os condutores de fase.
 Quando a aplicação da tabela conduzir a
seções
não-padronizadas,
devem
ser
escolhidos condutores com a seção
padronizada mais próxima.
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Condutores elétricos:
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 6.4.3.1.4 A seção de qualquer condutor de
proteção que não faça parte do mesmo cabo
ou não esteja contido no mesmo conduto
fechado que os condutores de fase não deve
ser inferior a:


2,5 mm2 em cobre e 16 mm2 em alumínio, se for
provida proteção contra danos mecânicos;
4 mm2 em cobre e 16 mm2 em alumínio, se não
for provida proteção contra danos mecânicos.
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Condutores elétricos:
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 6.4.3.1.5 Um condutor de proteção pode ser comum
a dois ou mais circuitos, desde que esteja instalado
no mesmo conduto que os respectivos condutores
de fase e sua seção seja dimensionada conforme as
seguintes opções:


calculada de acordo com 6.4.3.1.2, para a mais severa
corrente de falta presumida e o mais longo tempo de
atuação do dispositivo de seccionamento automático
verificados nesses circuitos; ou
selecionada conforme a tabela 58, com base na maior
seção de condutor de fase desses circuitos.
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Condutores elétricos:
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 Tipos de condutores de proteção
 Podem ser utilizados como condutores de proteção:




veias de cabos multipolares;
condutores isolados, cabos unipolares ou condutores nus
em conduto comum com os condutores vivos;
armações, coberturas metálicas ou blindagens de cabos;
eletrodutos metálicos e outros condutos metálicos, desde
que atendam às condições (a) e (b) de 6.4.3.2.2.
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Condutores elétricos:
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 6.4.3.2.2 Quando a instalação contiver linhas
pré-fabricadas (barramentos blindados) com
invólucros metálicos, esses invólucros
podem ser usados como condutores de
proteção,
desde
que
satisfaçam
simultaneamente
às
três
prescrições
seguintes:
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Condutores elétricos:
dimensionamento e instalação
 a) sua continuidade elétrica deve ser assegurada por
disposições construtivas ou conexões adequadas,
que constituam proteção contra deteriorações de
natureza mecânica, química ou eletroquímica;
 b) sua condutância seja pelo menos igual à
resultante da aplicação de 6.4.3.1;
 c) permitam a conexão de outros condutores de
proteção em todos os pontos de derivação
predeterminados.
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Condutores elétricos:
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 Os seguintes elementos metálicos não são admitidos como
condutor de proteção:
 tubulações de água;
 tubulações
de gases ou líquidos combustíveis ou
inflamáveis;
 elementos de construção sujeitos a esforços mecânicos
em serviço normal;
 eletrodutos flexíveis, exceto quando concebidos para esse
fim;
 partes metálicas flexíveis;
 armadura do concreto (ver nota);
 estruturas e elementos metálicos da edificação (ver nota).
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Condutores elétricos:
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 Nota: Nenhuma ligação visando à
eqüipotencialização ou ao aterramento,
incluindo as conexões às armaduras do
concreto, pode ser usada como alternativa
aos condutores de proteção dos circuitos.
Todo circuito deve dispor de condutor de
proteção em toda a sua extensão.
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Condutores elétricos:
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 Continuidade elétrica dos condutores de
proteção

Os condutores de proteção devem ser
adequadamente
protegidos
contra
danos
mecânicos,
deterioração
química
ou
eletroquímica,
bem
como
esforços
eletrodinâmicos e termodinâmicos.
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Condutores elétricos:
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 Continuidade elétrica dos condutores de proteção


As conexões devem ser acessíveis para verificações e
ensaios, com exceção daquelas contidas em emendas
moldadas ou encapsuladas.
É vedada a inserção de dispositivos de manobra ou
comando nos condutores de proteção. Admitem-se
apenas, e para fins de ensaio, junções desconectáveis por
meio de ferramenta.
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Condutores elétricos:
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 Continuidade elétrica dos condutores de proteção


Caso seja utilizada supervisão da continuidade de
aterramento, as bobinas ou sensores associados não
devem ser inseridos no condutor de proteção.
Não se admite o uso da massa de um equipamento como
condutor de proteção ou como parte de condutor de
proteção para outro equipamento, exceto o caso previsto
em 6.4.3.2.2.
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Condutores elétricos:
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 Condutores PEN
 O uso do PEN só é admitido em instalações
fixas, desde que sua seção não seja inferior a
10 mm2 em cobre ou 16 mm2 em alumínio e
observado o disposto em 5.4.3.6. (seção
mínima ditada por razões mecânicas)
 A isolação de um PEN deve ser compatível
com a tensão mais alta a que ele possa ser
submetido.
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Condutores elétricos:
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 Se, em um ponto qualquer da instalação, as
funções de neutro e de proteção forem
separadas, com a transformação do condutor
PEN em dois condutores distintos, não se
admite que o condutor neutro, a partir desse
ponto, venha a ser ligado a quanquer ponto
aterrado da instalação. Por isso mesmo, esse
condutor neutro não deve ser religado ao
condutor de proteção que resultou da
separação do PEN original.
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 No
ponto
de
separação
referido
anteriormente, devem ser previstos terminais
ou barras distintas para o condutor de
proteção e o condutor neutro, devendo o
condutor PEN ser ligado ao terminal ou barra
destinada ao condutor de proteção. De um
PEN, podem derivar um ou mais condutores
de proteção assim como um ou mais
condutores neutros.
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Condutores elétricos:
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 Não se admite o uso de elementos condutivos como
condutor PEN.
 Quando
forem
utilizados
dispositivos
a
sobrecorrente na proteção contra choques elétricos
por
eqüipotencialização
e
seccionamento
automático, o condutor PE de todo circuito assim
protegido deve estar incorporado à mesma linha
elétrica que contém os condutores vivos ou situado
em sua proximidade imediata, sem interposição de
elementos ferromagnéticos.
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 Quedas de tensão
 Em qualquer ponto de utilização da
instalação, a queda de tensão verificada não
deve ser superior aos seguintes valores,
dados em relação ao valor da tensão nominal:
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



7%, calculados a partir dos terminais secundários do
transformador de MT/BT, no caso de transformador de
propriedade da UC;
7%, calculados a partir dos terminais secundários do
transformador de MT/BT da empresa distribuidora,
quando o ponto de entrega for aí localizado;
5%, calculados a partir do ponto de entrega, nos demais
casos de ponto de entrega com fornecimento em tensão
secundária;
7%, calculados a partir dos terminais de saída do gerador,
no caso de grupo gerador próprio.
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 Nota:

Nos casos 1, 2 e 4, quando as linhas principais da
instalação tiverem comprimento superior a
100 m, as quedas de tensão podem ser
aumentadas de 0,005% por metro de linha
superior a 100 m, sem que, no entanto, essa
suplementação seja superior a 0,5%.
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Condutores elétricos:
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 Em nenhum caso a queda de tensão nos
circuitos terminais pode ser superior a 4%.
 Quedas de tensão superiores ao estabelecido
nos quatro primeiros itens são permitidas
para equipamentos com corrente de partida
elevada, durante o período de partida, desde
que dentro dos limites permitidos em suas
normas respectivas.
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Condutores elétricos:
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 Para o cálculo da queda de tensão em um
circuito, deve ser utilizada a corrente de
projeto do circuito.
 A corrente de projeto inclui as componentes
harmônicas.
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Condutores elétricos:
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 Para o dimensionamento do condutor, pode-se
adotar o procedimento a seguir:

conhecem-se:







material do eletroduto (magnético ou não);
corrente de projeto, Ip, (em amperes);
fator de potência, fp;
queda de tensão admissível para o caso (em porcentagem);
comprimento do circuito, l, (em quilômetros);
tensão de linha, V, (em volts);
calculam-se:


queda de tensão admissível, QT, (em volts) e QT/(Ip x l);
seção nominal do condutor (tab. 4.18).
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 Outro método.
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