SIMBOLISMO
• tendência literária da poesia e das outras artes que
surgiu na França, no final do século XIX, como oposição
ao Realismo, ao Naturalismo e ao Positivismo da
época.
• A partir de 1881, poetas, pintores, dramaturgos e
escritores procuram refletir em suas produções a
atmosfera presente nas viagens a que se dedicavam.
• Marcado como individualista e místico, foi apelidado
de "decadentismo" - clara alusão à decadência dos
valores estéticos então vigentes e a uma certa afetação
que neles deixava a sua marca.
Principais características:
• Subjetivismo - os simbolistas tem maior interesse pelo
particular e individual do que pela visão mais geral.
• A visão objetiva da realidade não desperta mais interesse, e,
sim, está focalizada sob o ponto de vista de um único
indivíduo.
• é uma poesia que se opõe à poética parnasiana e se
reaproxima da estética romântica, porém, mais do que voltarse para o coração, os simbolistas
procuram o mais profundo do "eu"
e buscam o inconsciente, o sonho.
• Musicalidade - é uma das características mais destacadas da
estética simbolista.
• Para conseguir aproximação da poesia com a música, os
simbolistas lançaram mão de alguns recursos, como por
exemplo a aliteração, que consiste na repetição sistemática de
um mesmo fonema consonantal, e a assonância, caracterizada
pela repetição de fonemas vocálicos.
• Transcendentalismo - Um dos princípios era sugerir
através das palavras sem nomear objetivamente os
elementos da realidade.
• Ênfase no imaginário e na fantasia. Para interpretar a
realidade, os simbolistas se valem da intuição e não da
razão ou da lógica. Preferem o vago, o indefinido ou
impreciso.
• Preferiam as palavras névoa,
neblina, e palavras similares
que transmitisse a ideia de uma
Obsessão pelo branco.
"Ó Formas alvas, brancas,
Formas claras De luares, de neves, de neblinas!...
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
Incensos dos turíbulos das aras..." [...]
• Dado esse poema de Cruz e Sousa, percebe-se claramente
uma obsessão pelo branco.
• Os temas são místicos, espirituais, ocultos.
Abusa-se:
• da sinestesia, sensação produzida pela interpenetração de
órgãos sensoriais: "cheiro doce" ou "grito vermelho"
• das aliterações (repetição de letras ou sílabas numa mesma
oração: "Na messe que estremece")
• das assonâncias, repetição
fônica das vogais: repetição
da vogal "e" no mesmo
exemplo de aliteração,
tornando os textos
poéticos simbolistas
profundamente musicais.
• Em Portugal liga-se às atividades das revistas Os Insubmissos e
Boêmia Nova, fundadas por estudantes de Coimbra.
•
Eugênio de Castro instaurou essa
nova estética e publicou um
volume de versos intitulado
Oaristos.
•
Camilo Pessanha foi o consolidador
deste estilo. Venerado pelos jovens
poetas que constituíram a chamada
Geração Orpheu.
• O movimento simbolista durou aproximadamente até 1915,
altura em que se iniciou o Modernismo.
• Escritores simbolistas
• Pode-se dizer que o precursor do movimento, na França, foi o
poeta francês Charles Baudelaire
com "As Flores do Mal“
ainda em 1857.
• Em 1881 a nova manifestação é rotulada, com o nome
decadentismo, e assim substituída por Simbolismo em
manifesto publicado em 1886.
• Espalhando-se pela Europa, é na França, porém, que tem seus
expoentes, como:
Paul Verlaine, Arthur Rimbaud
Stéphane Mallarmé
• Portugal
• Os nomes de maior destaque no Simbolismo português são:
Camilo Pessanha, António Nobre, Augusto Gil e Eugénio de
Castro.
Augusto Gil
António Nobre
• Brasil
• Dois grandes poetas merecem destaque dentro do
movimento simbolista:
Morta, beijei-te um dia:
hoje tu és uma sombra
Exilada do céu
para seguir-me os passos...
Alphonsus Guimaraens
É um desamor que me toma conta,
Como uma prece de forma anormal...
Então minha fé assim se afronta,
Desfolhadas tristes nesse missal...
Cruz e Sousa
Simbolismo nas artes plásticas
• Oriundo do impressionismo, Paul Gauguin deixa-se influenciar
pelas pinturas japonesas que aparecem na Europa,
provocando verdadeiro choque cultural – optando pela
pintura apenas em formas bidimensionais.
FIM
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