O Colapso Ambienta do
Complexo da Represa da
Pampulha
Maravilhas da Arquitetura Brasileira
Indicadores Ecológicos
Políticas Públicas
Aluna: Esther Nogueira de Araujo
“Assim, o homem fez engolirem as terras e
solaparem os montes. Quebrando um acordo
de milênios, as águas assaltaram os vales e
fizeram deles sua nova morada, espalhando
peixes onde outrora existiam bois,
misturando o verde das algas com o verde
das copas das árvores, fazendo boiar coisas
que foram feitas para ficar no chão.”
Fonte: “BH. A cidade de cada um” vol.10 “Pampulha” por Flávio Carsalade
Criação do Reservatório

Década de 30: grande crescimento
populacional e conseqüente aumento da
demanda de água
 O prefeito Otacílio Negrão de Lima inicia em
36 a construção da barragem, que é
inaugurada em 38
 Seu objetivo inicial era o abastecimento de
água mas acabou servindo apenas à sua
própria região.
“Não satisfeito com a beleza que ele
mesmo (o homem) criara, entendeu que
à beleza tão natural - apesar de
artificialmente criada – precisava
sobrepor a sua própria criação”
Fonte: “BH. A cidade de cada um” vol.10 “Pampulha” por Flávio Carsalade
JK – Década de 40

A Pampulha era a principal meta de Juscelino
enquanto prefeito de Belo Horizonte
 Aumento da capacidade da Represa
triplicando sua capacidade ampliando o
parâmetro de jusante.
 Concurso público da Prefeitura para escolha
do prédio que seria o Cassino da Pampulha
decepciona.

JK queria uma arquitetura nova e
genuinamente brasileira, que espelhasse o
progresso e a modernidade da época.
 Ele entra então em contato com o Arquiteto
Oscar Niemeyer que finalmente consegue
colocar no papel todos os ideais de JK com
seus traços curvos e revolucionários
 Em 1943 é inaugurado o Complexo
Arquitetônico da Pampulha
O Cassino da Pampulha


Fonte: http://ecologia.icb.ufmg.br/~rpcoelho/pampulha
Construção com dois
pisos, o primeiro
voltado para o jogo e o
segundo para festas
suntuosas.
Com a proibição do em
1946, “o cassino
passou pela errância
dos pecadores sem
salvação”, que so
terminou quando se
tornou o Museu de Arte
da Pampulha em 1957.
Planta Superior
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/arquitextos
Casa do Baile

Duas finalidades:
“valorização artística
da Pampulha e a
função social com
diversão sadia para
o povo”
Fonte:http://www.inf.pucminas.br
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/arquitextos
Iatch Golfe Clube

Fonte: http://static.panoramio.com
Aproveitar a lagoa
para os esportes
náuticos e com
segundo andar
voltados para
festas.
 O golfe seria
realizado na área
onde hoje é o
Jardim Zoológico
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/arquitextos
Igreja de São Francisco de Assis


Fonte: www.wikipedia.org
“Ora diabos! (isto é, que
Deus me perdoe!). Mas
como sagrar uma igreja
feita por dois
comunistas?”
Terminada em 44, so foi
sagrada em 59, mas
antes, em 47 foi
tombada pelo Instituto
do Patrimônio Histórico
Nacional
Fonte: http://www.vitruvius.com.br/arquitextos
O Valor do Complexo
Arquitetônico da Pampulha
O Complexo Arquitetônico da Pampulha se
tornou referência de uma arquitetura
inovadora
O presidente do instituto de patrimônio histórico
português confidenciou que, nos anos 50 e
60, todos estudantes de Arquitetura que
pretendiam uma carreira sólida na Europa
tinham de vir a Belo Horizonte para ver a
Pampulha
Anos 50 - Ruptura

A população de Belo Horizonte dobrou no
anos 50, uma das principais causas de
poluição da Lagoa da Pampulha.
 Acentuam-se as ocupações clandestinas do
solo na região somada ao desenvolvimento
da Cidade Industrial em Contagem.
 Sinais de eutrofização e assoreamento já
podiam começar a serem observados.
 Em 1954 acontece a ruptura da barragem
que começou como uma fenda que, apesar
dos esforços da Administração Pública,
acabou resultando na ruptura definitiva.
“O romper de um sonho tornado
real é pior que o não acontecer
de um sonho”
Fonte: “BH. A cidade de cada um” vol.10 “Pampulha” por Flávio Carsalade
Fonte: Museu Histórico Abílio Barreto - Pampulha Múltipla
Causas
Assim que ocorreu a ruptura aconteceu uma
corrida pelos responsáveis e pelas causas do
desastre. Dentre as causas citadas estão:
 A barragem não foi construída com seu
projeto original
 Falhas na construção como emprego de
material impróprio e de processo pouco
recomendado para o maciço e a presença de
fendas na parte superior da barragem (falhas
apontadas num parecer técnico em 38)
 Emperramento da porta do vertedouro que
poderia ter aliviado a pressão da água
Reconstrução da Barragem

Diante de esforços federais, estaduais e
municipais, a barragem foi reconstruída
sendo re-inaugurada em 1958 com o melhor
da tecnologia disponível na época.
 Destaca-se o aumento da largura da base e
do topo da barragem e que o material de solo
empregado na construção foi criteriosamente
escolhido e colocado com compactação
controlada através de laboratórios de solos.
Décadas de 60 e 70
A Pampulha não atrai muito a atenção
política nesse período e problemas de
eutrofização, assoreamento e ocupação
ilegal e desordenada de áreas que
drenam para a bacia continuam
acontecendo e piorando sua situação
“A saúde das lagoas é normalmente
consequência da “contribuição” que
lhes trazem seus afluentes, os rios que
as formam. Nas cidades essa
“contribuição” na maior parte das vezes,
não é água limpa mas sedimentos de
erosões os desaterros clandestinos,
esgotos de populações sem
saneamentos básico (ou também
clandestinos) e lixo, muito lixo”
Fonte: “BH. A cidade de cada um” vol.10 “Pampulha” por Flávio Carsalade
Década de 80
O assoreamento e a contaminação da
lagoa já são óbvias.
 O espelho d’água é diminuído pelo
crescente número de aguapés.
 Começam os debates pela solução dos
problemas
 “antes de tratar as águas, seria preciso
tratar a mente dos homens”

Indicadores Ecológicos
Assoreamento
 Mortandade de peixes
 Mau cheiro
 Contaminação por cianobactérias
 Vetores de doenças infecciosas
 Eutrofização da lagoa
 Ploriferação de aguapés

Década de 90

Começam os grandes programas de
recuperação da Lagoa
 PROSAN - Fundo de Saneamento Ambiental
das Bacias dos Ribeirões Arrudas e Onça
Publicado no Diário do Executivo "Minas
Gerais" em 07/01/1994, concluído em 1998.
 PROPAM – Programa de recuperação da
Bacia da Pampulha
 CEMAP - Centro de Educação e Mobilização
Ambiental da Pampulha 1998
PROPAM

Subprograma de Recuperação da Lagoa ação direta nos problemas: dragagem da
parte assoreada, revitalização da orla e
tratamento das águas dos córregos Ressaca
e Sarandi.
 Subprograma Saneamento Ambiental melhoria da infra-estrutura urbana: com
urbanização de vilas e favelas e na
revitalização e preservação das áreas
verdes, implantação de interceptores de rede
de coleta de esgotos nas áreas ainda não
atendidas e ampliação da coleta e disposição
final adequada para os resíduos sólidos.

Subprograma de Planejamento e
Gestão Ambiental - questões
preventivas de manutenção e de
controle dos problemas decorrentes da
poluição e da ocupação inadequada do
solo: educação ambiental,
monitoramento das ações e o controle
dos problemas. Conta com o Consórcio
de Recuperação da Bacia da Pampulha
entre Berlo Horizonte e Contagem.
Boas Notícias!
Notícia publicada no blog do
Governo de Minas Gerais
na data: 19/08/2009
Bibliografia
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
Pampulha Múltipla – Museu Histórico Abílio Barreto - 52007
BH. A cidade de cada um.Pampulha – CASARDE, FLÁVIO –
2007
Acervo textual do Museu Histórico Abílio Barreto
Monografia: “Lagoa da Pampulha” Adilene, Wilson, Hilda, Hilton
– 1990
Recuperação da Lagoa da Pampulha – ENG.Wilson Teixeira
Moreira
Site: www.manuelzao.ufmg.br
Site: www.wikipedie.org
Site: www.pbh.gov.br
Site: www.blog.mg.gov.br
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