História da Paraíba
Prof. Alcidelio Camilo
• Etimologicamente o nome Paraíba de origem tupi, Para (rio)
Iba (mau), significa rio mau ou rio caudaloso.
• Portugal teve muitas dificuldades em oficializar sua posse
do território brasileiro e na região da Paraíba não foi diferente,
faltavam recursos financeiros e gente com habilidades para o
trabalho agrícola, enquanto isso os franceses aliados aos
nativos Potiguaras usurpavam a riqueza da região, o pau-brasil
(ibirapitanga).
• Após conquistarem de fato e de direito as terras paraibanas,
os portugueses avançaram ao Norte, possibilitando criar as
terras do Rio Grande do Norte, do Ceará e do Maranhão.
Introdução
• A partir de 1526, Portugal envia a expedição punitiva
de Cristovão Jacques com intuito de afastar de vez os
franceses de nossa costa litorânea.
• Em 1534 a Paraíba era desconhecida e pertencia a
Capitania de Itamaracá (Pero Lopes de Souza), que se
estendia de Igarassu (Rio Santa Cruz) até a Baía da
Traição (Baía de Acejutibiró), essa Capitania de pouco
desenvolvimento servia de acesso aos nativos
Potiguaras que constantemente faziam incursões a
Capitania de Pernambuco (Duarte Coelho).
Primeiros passos
• Portugal a partir 1549 estabelece o Governo Geral do
Brasil (Tomé de Sousa) buscando melhores resultados
que o Sistema de Donatários, retomando assim para a
coroa as Capitanias sem atendimento.
• Desse modo, em 1574 sob o Governo Geral de Luís de
Brito e Almeida, a Capitania de Itamaracá sofreu um
desmembramento e assim era criada a Capitania Real da
Paraíba, pelo rei de Portugal, D Sebastião, tendo fato
decisivo para tal o “Massacre de Tracunhaém”, incursão
francês-potiguara no Engenho Tracunhaém, na qual
atearam fogo nos canaviais, mataram os animais de
serviço e mais de 500 pessoas desse engenho, inclusive
seu proprietário Diogo Dias e sua família.
• 1574 – O Governador Geral D Luís de
Brito e Almeida por ordem de D
Sebastião, designa o Ouvidor Geral D
Fernando e Silva (Fernão da Silva) para a
conquista das terras paraibanas. D
Fernando tomou posse das terras em nome
do rei sem que houvesse resistência, mas
os nativos atacaram de surpresa e
retomaram suas terras pondo em fuga a
tropa portuguesa.
Tentativas de conquista da Paraíba
• 1575 e 1578 – A segunda expedição é
comandada pelo Governador Geral, D
Luís de Brito e Almeida (1575) com sua
frota sendo desviada da Paraíba por fortes
ventos e não completa o intento da
conquista. Em 1578, o então Governador
Geral, Lourenço da Veiga, tenta chegar ao
Rio Paraíba (Rio São Domingos), mas
não obtém êxito.
Tentativas de conquista da Paraíba
• 1579 e 1582 – Sob ordens do rei e cardeal D Henrique,
o comerciante português, Frutuoso Barbosa faz sua
primeira investida para a conquista da Paraíba, mas
ainda em mar, próximo de Pernambuco, sofre forte
tormenta e retorna com sua frota para Portugal,
perdendo sua esposa nessa investida.
• Na segunda investida (1582) com o mesmo objetivo,
Frutuoso Barbosa, nesta sob ordens de D Felipe II/I
(Espanha/Portugal), tenta conquistar a Paraíba, mas cai
na armadilha dos nativos Potiguaras e franceses. Nesse
enfrentamento perde muitos participantes da
expedição, dentre eles, alguns parentes e seu filho,
retornando agora à Pernambuco.
Tentativas de conquista da Paraíba
• 1584 – O Governador Geral Teles Barreto junto com os Capitães
mores de Itamaracá e Pernambuco, mais Frutuoso Barbosa, fazem
nova expedição de conquista à Paraíba. Essa dividida em mar, sob o
comando do General espanhol Diogo Flores de Valdez, com nove
naus, e, por terra sob o comando do Capitão Felipe de Moura,
reunindo brancos, nativos cativos e mestiços. Valdez após destruir
algumas naus francesas, chega primeiro a foz do Rio Paraíba e tempo
depois chega a expedição vinda por terra. Constroem o Forte S Felipe
e S Tiago (1/5/1584) de taipa e barro, na margem esquerda da foz do
Rio Paraíba (Forte Velho / Ilha da Restinga). Esse forte teve pouca
duração devido aos constantes ataques dos nativos Potiguaras e
franceses, é destruído pelo próprio comandante do Forte, Capitão
Francisco Castrejon que com o apoio de Martim Leitão retorna à
Pernambuco.
Tentativas de conquista da Paraíba
• 1585 – Os nativos Tabajaras viviam na região do São Francisco, na
Bahia, e após o massacre a uma expedição portuguesa que pretendia
apresar os nativos, fogem de suas terras com medo da represália e
aportam nas terras dos Potiguaras, que após acerto de convivência são
aceitos e permitidos que ocupem a margem direita do Rio Paraíba.
• Após desentendimento com os Potiguaras e sofrendo fortes embates
destes, os Tabajaras pedem ajuda aos portugueses e enviam emissários
de seu Chefe Piragibe (Braço de Peixe), para conseguir apoio dos
mesmos. O Ouvidor Gera Martim Leitão prepara uma caravela como
apoio e convida João Tavares, que conhecia o Chefe Tabajara, para
presidir essa expedição de apoio. Em 2 de agosto de 1585 encontra-se
com o Chefe Tabajara e no dia 5 de agosto de 1585 é selada a paz
entre portugueses e tabajaras. Então, João Tavares sobe o Rio Paraíba
para escolher um local de fortificação.
Tentativas de conquista da Paraíba
• A primeira criação da Paraíba foi executada na Metrópole por
meio de Alvará em 29 de dezembro de 1583.
• A definitiva e de direito com João Tavares, após acordo de paz
com os Tabajaras, em 5 de agosto de 1585, ao escolher o local
para o forte que seria na encosta da colina, em cuja base se
espraia o Rio Sanhauá, braço do Rio Paraíba. Início que foi
lento e concretizou-se com a chegada de Martim Leitão em 4 de
novembro de 1585, trazendo homens e materiais necessários
para construção do forte e das casas.
• O forte localizava-se onde hoje é a Praça Álvaro Machado, logo
acima iniciava a ladeira de São Francisco, primeira rua da
cidade que ligava o forte à Capela, no alto da colina. Depois foi
edificada a Casa da Pólvora, no meio dessa ladeira.
A conquista e o início da Paraíba
• Nessa conquista, a sede da Capitania da Paraíba foi
denominada oficialmente como Cidade de Filipéia de
Nossa Senhora das Neves.
• João Tavares, com o apoio de Martim Leitão, foi o
primeiro Governador da Capitania, no período de 1585
até 1588.
• Destacaram-se nessa conquista definitiva, Martim
Leitão, como líder, fundador e construtor inicial, João
Tavares como negociador da paz, Governador e
construtor do primeiro engenho: Engenho de el-Rei em
Tibirí e o Forte São Sebastião para sua proteção.
A conquista e o início da Paraíba
• Também se destacam o Tabajara Piragibe que
possibilitou a conquista e sua manutenção,
primordial nas incursões militares, Frutuoso
Barbosa, segundo Governador, no período de 1588
até 1591, e, Duarte Gomes da Silveira que
juntamente com Martim Leitão, participaram das
lutas visando à consolidação da conquista, rico e
senhor de engenho, Duarte da Silveira oferecia a
cada edificador de casas térreas, de pedra e cal, a
quantia de dez mil réis, e de sobrado, vinte mil réis,
incentivando a ocupação efetiva da nova cidade.
A conquista e o início da Paraíba
• 1586 – Era chamada Povoação de N Sra das Neves.
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• 1587 – Nominada de Cidade de N Sra das Neves.
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• 1589 – Chamava-se Filipéia de N Sra das Neves, em homenagem a Felipe II,
então Rei da União Ibérica.
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• 1599 – É denominada Cidade da Parahyba.
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• 1634 – Com a invasão holandesa é nominada Frederica, homenagem ao
Príncipe de Orange, Frederico.
•
• 1654 – Após expulsão dos holandeses, volta a ser chamada de Parahyba.
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• 1930 – Sob clamor popular a Assembléia muda o nome da Capital (Sede)
para João Pessoa, homenagem ao líder e reformista, assassinado em 1930.
Nomes de nossa Parahyba
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