Clube de Engenharia de Pernambuco
Gestão de Inovação: Uma Visão
estratégica para as Empresas
Abraham Benzaquen Sicsú
Existem inúmeros Programas direcionados para o
aumento do Grau de Inovação nas Empresas
Faltam FERRAMENTAS GERENCIAIS adequadas para
uma ação sistemática e orientada na Busca da
INOVAÇÃO
O Brasil caiu 37 posições no ranking do Índice Global
de Inovação, elaborado pelo Instituto europeu de
Ensino e pela Organização Mundial de Propriedade
Intelectual
Um processo complexo que envolve instituições
sociais, econômicas, bens públicos e privados e
uma forte relação entre as partes.
Objetivos Expresso na Política Atual
Discutir um conjunto de critérios para a
otimização de resultados tendo por base
empresas atuando em setores que tenham como
base de competitividade a busca sistemática de
inovações incrementais e ou radicais
Superação da Política de C&T ofertista, desarticulada
da política industrial, inspirada pelo Modelo Linear
de inovação (“science-push”)
Novo Perfil de desenvolvimento via inovação (2000 em
diante)
Políticas explícitas de C&T
Uma das características marcantes das políticas de C&T nacional e
estaduais foi o experimentalismo, o lançamento de uma miríade de
diferentes programas e instrumentos ainda que sem estratégias, prioridades
e coordenação muito efetivas.
Parece crescer a consciência de que a crença na emergência de forte
processo de inovação nas empresas, como resultado natural do processo
de abertura, fortalecimento da propriedade intelectual e ampliação dos
investimentos estrangeiros, também foi ingênua.
Conseqüências
Adoção de políticas ativas para promover a inovação assume crescente
importância no debate sobre as políticas econômicas, industriais e de C&T.
A abordagem associada ao Modelo Sistêmico está sendo absorvida por
analistas e formuladores ou executores de política.
A “Lei de Inovação” autoriza a participação minoritária do governo federal
no capital de empresas privadas de propósito específico que visem o
desenvolvimento de inovações; assim como a concessão de recursos
financeiros, sob a forma de subvenção econômica, financiamento ou
participação acionária, visando o desenvolvimento de produtos e processos
inovadores.
A “Lei do Bem” autoriza, por exemplo, a concessão de subvenções
econômicas a empresas que contratarem pesquisadores, titulados como
mestres ou doutores, para a realização de atividades de P&D e inovação
tecnológica
Fundos Setoriais
Essas são medidas de política cuja inspiração rompe com o paradigma do
Modelo Linear.
Algumas outras tendências ou características que merecem atenção
-O interesse de Estados e Municípios pela inovação como ferramenta de
desenvolvimento regional ou local tem crescido de maneira significativa.
-A atenção dedicada pela mídia brasileira a assuntos relacionados a ciência,
tecnologia e inovação tem aumentado.
-O conceito de Arranjos Produtivos Locais (APL’s) é uma nova ferramenta de grande
utilidade para análise e intervenção no processo de mudança técnica e inovação.
Problemas a Superar
Produtividade do Trabalho
(EUA = 100) - 1962-2002
80
70
Taiwan
60
Coréia
50
% 40
México
30
Brasil
20
10
Fonte: Viotti 2006.
Notes: Produtividade do trabalho medida em termos de PIB real dividido por pessoa empregada. PIB computado (a preços de mercado) em 1990 e
convertido para dólares norte-americanos de 1990 convertidos para PPP (“Geary-Khamis”).
2002
2000
1998
1996
1994
1992
1990
1988
1986
1984
1982
1980
1978
1976
1974
1972
1970
1968
1966
1964
1962
1960
0
Participação de Publicações e Patentes Brasileiras no Mundo
1963 / 2006 (%)
2.0
1.8
1.6
1.4
1.2
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
1963 1965 1967 1969 1971 1973 1975 1977 1979 1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005
Patentes
Publicações
Fontes: SI (ASCAV/MCT <www.mct.gov.br/index.php/content/view/5711. html>) e USPTO, “Extended Year Set - Historic Patents By Country, State, and Year”,
November 30, 2007 < www.uspto.gov/web/offices/ac/ido/oeip/taf/cst_utlh.htm>.
Notas: Publicações: Participação percentual do número de artigos publicados em periódicos c ientíficos internacionais por residentes no Brasil em relação ao
total mundial. Patentes: Participação percentual do número de patentes de invenção concedidas a residentes no Brasil no total de patentes de
invenção concedidas pelo USPTO (EUA).
Fontes: OECD, Main Science and Technology Indicators 2006-2 e MCT (Elaboração Renato Viotti).
Nota: 2005 ou ano mais recente.
México
Argentina
Polônia
Grécia
Turquia
Portugal
Af. do Sul
Brasil
2.0
Hungria
Espanha
Fed. Russa
Itália
Irlanda
China
Noruega
R. Unido
Holanda
Austrália
Bélgica
Canadá
França
Áustria
Taiwan
Alemanha
Dinamarca
EUA
Suíça
Coréia
Japão
Finlândia
Suécia
Israel
Dispêndio Interno Bruto em P&D
(% PIB) Países Selecionados
6.0
5.0
4.0
3.0
0,91
1.0
0.0
Dispêndio Interno Bruto em P&D Financiado pelas Empresas
(% PIB) - Países Selecionados
3.5
3.0
2.5
2.0
1.5
1.0
0,38
Fontes: OECD, Main Science and Technology Indicators 2006-2 e MCT (Elaboração R. Viotti).
Nota: 2005 ou ano mais recente.
Argentina
México
Polônia
Grécia
Portugal
Turquia
Fed. Russa
Hungria
Brasil
Af. do Sul
Espanha
Irlanda
R. Unido
Noruega
China
Holanda
Canadá
Austrália
França
Áustria
Bélgica
Dinamarca
Taiwan
Alemanha
EUA
Suíça
Coréia
Japão
Finlândia
Suécia
0.0
Israel
0.5
Dispêndios per capta
Dispêndios nacionais em pesquisa e desenvolvimento (P&D) per capita de países selecionados, 2000-2010
Fonte(s): Organisation for Economic Co-operation and Development, Main Science and Technology Indicators, 2011/2 e Brasil:
Coordenação-Geral de Indicadores (CGIN) - ASCAV/SEXEC - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Elaboração: Coordenação-Geral de Indicadores (CGIN) - ASCAV/SEXEC - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Nota(s):
1) PPC - Paridade do poder de compra
.
Total de pessoas (pesquisadores e pessoal de apoio) envolvidos em pesquisa e desenvolvimento
(P&D), em equivalência de tempo integral, em relação a cada mil pessoas ocupadas, de países
selecionados, 2000-2010 (em pessoas por mil pessoas ocupadas)
País
2000
2001
África do Sul
-
1,9
Alemanha
12,4
12,2
Argentina
3,2
3,3
Austrália
10,6
Brasil
-
Canadá
-
2002
2003
-
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
-
-
2,2
2,6
2,3
2,4
2,4
2,2
12,3
12,2
12,1
12,2
12,5
12,7
13,0
13,3
13,6
3,2
3,2
3,4
3,5
3,7
3,9
-
-
-
12,6
-
-
11,4
-
11,9
-
12,3
-
1,8
1,7
1,9
2,1
2,3
2,3
2,4
2,4
11,2
11,8
11,8
12,3
13,0
13,3
13,7
14,3
14,0
China
1,3
1,3
1,4
1,5
1,5
1,8
2,0
2,3
2,5
2,9
-
Cingapura
9,2
9,0
10,2
11,0
11,6
12,3
12,1
11,8
11,2
12,0
-
Coréia
6,5
7,7
7,8
8,4
8,6
9,4
10,3
11,5
12,5
13,1
14,1
Espanha
7,3
7,4
7,7
8,5
8,7
9,1
9,4
9,7
10,5
11,5
11,8
França
13,5
13,5
13,6
13,7
14,1
13,9
14,4
14,7
14,9
15,2
-
Japão
13,7
13,4
13,1
13,5
13,7
14,0
14,2
14,2
13,7
13,9
-
México
-
1,5
1,9
2,1
1,6
1,6
-
-
-
1,1
-
2,6
-
-
Portugal
4,4
4,5
4,7
5,0
5,0
5,0
6,0
6,9
9,3
10,2
10,6
Reino Unido
9,7
10,0
10,3
10,4
10,4
10,5
10,7
10,9
10,9
11,2
10,3
15,5
15,5
14,8
14,7
14,1
13,5
13,3
12,9
12,3
12,2
12,0
Rússia
Resultado das políticas
• A política de C&T foi um sucesso em termos dos principais
objetivos que ela buscou de forma direta: oferecer
recursos humanos para a pesquisa e conhecimentos
científicos.
• A política de C&T não teve o mesmo êxito em termos de
seu principal objetivo indireto: estimular a ocorrência de
um processo significativo de inovação nas empresas (que
muitos de seus formuladores e executores esperava
viesse a ocorrer naturalmente).
• É fundamental estabelecer processos de definição de agendas de
pesquisa que compatibilizem o interesse científico (a competência ou
excelência) com sua relevância para o processo de inovação e para as
demais políticas.
• Ações voltadas para a promoção de aperfeiçoamento e adaptação de
tecnologias; extensão tecnológica; assistência técnica; demonstração e
difusão; redes de produtores, fornecedores e laboratórios; assim como o
benchmarking, precisam ser consideradas como elementos essenciais da
política de CT&I.
• O envolvimento de empresas requer o desenho de uma política específica
para maior participação destas, seja nos setores tradicionais, seja nos
setores tecnológicos mais dinâmicos da economia brasileira.
Nosso Problema: Analisar a Estrutura Organizacional,
Ferramentas e Práticas de Gestão voltadas a
Inovação nas Empresas
Conceito Básico: Análise de Redes
Por que? Permite demonstrar padrões de
interação entre agentes
Identificar qual o relacionamento entre as diferentes áreas funcionais da
empresa, bem como seus parceiros externos (fornecedores, clientes,
instituições de ensino e pesquisa, etc.) em cada etapa do processo
de desenvolver inovações.
Estratégia Empresarial: Dez Tipos de Inovações (Fonte: Doblin)
Categoria
Tipo
Objetivos / questões
Finança
1. Modelo de Negócios (comercial)
Como você faz dinheiro
2. Redes e alianças
Como você une forças com outras empresas
para um benefício mútuo
3. Habilitar o processo
Como você apóia os processos e os
trabalhadores centrais
4. Processos centrais
Como você cria e agrega valor à(s) sua(s)
oferta(s)
5.Desempenho do produto
Como planeja e desenha suas ofertas centrais
6. Sistema de Produto
Como você conecta e/ou fornece uma
plataforma de produtos
7. Serviço
Como fornece valor aos clientes e consumidores
em torno e além de seus produtos
8. Canal
Como você leva suas ofertas ao mercado
9. Marca
Como comunicar suas ofertas
10. Experiência do Cliente
Como seus clientes se sentem ao interagir com
sua empresa e suas ofertas
Processo
Ofertas
Distribuição



Contextualização: Análise da Estratégia
Empresarial e de suas Interrelações com as
Perspectivas de Inovação.
Estruturação do Segmento: práticas e rotinas
selecionadas para a Gestão de Idéias.
Processo Decisório: Priorização e Seleção de
trajetórias tecnológicas e de comercialização
para a viabilização do novo.
FASE DE CONCEPÇÃO



Análise dos recursos disponíveis: análise das
características organizacionais e dos recursos
humanos existentes, bem como dos processos
de capacitação.
Implementação: mecanismos de estruturação
prática das novas lógicas.
Desempenho e Resultados: mecanismos de
Monitoramento e avaliação da implementação
das novas idéias, bem como correções de curso
necessárias.
FASE DE IMPLEMENTAÇÃO
Questões norteadoras: do Discurso a Prática
Cadeia de Valor da Inovação
Ferramentas e
Práticas de Gestão
Divisão e
Coordenação
do Trabalho
Estruturas para
Criação e
Difusão do
Conhecimento
Geração
da Ideia
Ferramentas e
Práticas de Gestão
Divisão e
Coordenação
do Trabalho
Estruturas para
Criação e
Difusão do
Conhecimento
Conversão
Ferramentas e
Práticas de Gestão
Divisão e
Coordenação
do Trabalho
Estruturas para
Criação e
Difusão do
Conhecimento
Difusão
Proposta de um Modelo para balizar a decisão sobre
critérios do Projeto Organizacional
Proposta de um Modelo para balizar a decisão sobre
critérios do Projeto Organizacional
Proposta de um Modelo para balizar a decisão sobre
critérios do Projeto Organizacional
Grau de
Risco da
Inovação
Alto
Baixo
????
Radical
Incremental
????
Sim
Não
Conhecimentos existentes
É diferente das empresas tradicionais e tem as capacidades
abaixo:
1.Reconhece
as mudanças do ambiente e reage as mesmas
com alta rapidez e eficácia,
2.Explora
ativamente as oportunidades do mercado,
3.Delega
responsabilidades e desenvolve o espírito
emprendedor entre os colaboradores,
4.Alta
capacidade de aprendizagem e inovação e Integrando a
ação de aprendizagem durante o trabalho,
5.Inteligência
emocional : Cultura, atitudes e comportamento
confiável e colaborativo,
6.Capacidade
de memória.
27
01 KAPITEL-HEADLINE
28
01 KAPITEL-HEADLINE
29
Reconhecer oportunidades no
ambiente de negócios
Criar novas oportunidades
Desenvolver estratégia / objetivos
de crescimento
Motivar os funcionários para o
crescimento e inovacao
Desenvolver o espírito
empreendedor dos funcionários
Desenvolver conhecimentos e
habilidades
Organizar o processo de
crescimento e inovacao
Garantir os recursos
30
OBJETIVO: Preparar as Empresas para o
novo paradigma
DESAFIOS
Cultura empresarial
Capacitação de Pessoal
Infraestrutura adequada
INSTRUMENTOS
Mudanças Organizacionais
Fortalecimento da Capacitação
Inovação como Diferencial
Competitivo
Referências
Adriana Marotti de Mello, CONTRIBUIÇÃO AOS CRITÉRIOS DE PROJETO
ORGANIZACIONAL PARA INOVAÇÃO EM EMPRESAS
CONSOLIDADAS DE SETORES MADUROS , Tese Doutoral, USP,
2010
Adriano Braun Galvão, MÉTODOS E FERRAMENTAS DO DESIGN
ESTRATÉGICO, CGEE, Brasília, 2011
Eduardo B. Viotti, Seminário Internacional sobre Avaliação de Políticas de
Ciência, Tecnologia e Inovação, Rio de Janeiro, Brasil, 3 a 5 de
Dezembro de 2007, CGEE.
IPEA. Inovação e Competitividade, Cap. II de IPEA,“Brasil – O estado de
uma nação 2005”, Brasília, IPEA, 2005, pp. 43-81
(www.ipea.gov.br/Destaques/brasil/CapII.pdf )
North, K. Gestão do Conhecimento: Um Guia Prático rumo à Empresa
Inteligente, QualityMark, 2011
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Inovação: A Geração de Riqueza na Cadeia Produtiva