ECONOMIA INTERNACIONAL
Prof: Aleido Díaz Guerra
Introdução
-Apresentação do Professor.
-Apresentação da disciplina.
-Avaliação:
1ª Seminário........................ 25/03
2ª Prova ............................... 06/05
3ª Seminário......................... 27/05
Prova Final (exame) ............ 03/06
Objetivo
Nosso principal objetivo é facilitar a os estudantes o conhecimento da
estruturação das relações econômicas globais, enfatizando a
importância do conceito de cooperação entre nações, surgido com a
constituição do Estado Nacional Moderno e seus conflitos por definição
de fronteiras, despertando assim, o fenômeno do interesse nas trocas
comerciais.
Ementa
• TEORIAS CLÁSSICAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL.
• BARREIRAS AO COMÉRCIO INTERNACIONAL.
• IMPACTOS DE POLÍTICAS FISCAL E MONETÁRIA.
• MODELO DE VINER. MODELO MUNDELL-FLEMING.
• REGIMES CAMBIAIS.
• ECONOMIA ABERTA NOÇÃO DE TAXA DE CÂMBIO REAL E NOMINAL.
• EQUAÇÃO DE PARIDADE DE JUROS E DE PREÇOS.
BIBLIOGRAFIA
• Bibliografia Básica:
• CARVALHO, Maria Auxiliadora de, Silva, César Roberto Leite da Silva. Economia
• Internacional. São Paulo. Editora Saraiva. 2000.
• FORTUNA, E. Mercado Financeiro: Produtos e Serviços. 13. ed. Rio de Janeiro.
• Qualitymark. 1999.
• VASQUEZ, J. L. Comércio Exterior Brasileiro. São Paulo. Atlas. 1998.
Bibliografia
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Bibliografia Complementar:
Apostila Texto. Economia em Mercado Fechado, (material elaborado, 2009)
Equipe de Professores da FEA/USP. Manual de Economia. 3. ed. São Paulo: Saraiva. 1999.
KRUGMAN, Paul R., OBSTFELD, M. Economia Internacional: Teoria e Política. São Paulo.
Makron Books do Brasil Editora Ltda. 1999.
LACERDA, Antônio C. e outros. Economia Brasileira. São Paulo. Editora Saraiva. 2000.
MAIA, Jaime de Mariz. Economia Internacional e Comércio Exterior. São Paulo. Editora
Atlas. 2001.
MALUF, SÂMIA N. Administrando o Comércio Exterior do Brasil. São Paulo. Edições
Aduaneiras Ltda. 2000.
VASQUEZ, J. L. Manual de Exportação. São Paulo. Editora Atlas, 2000.
Bibliografia complementar. Cont
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CHALCHOLIADES, Miltiades, Economía Internacional, 1990, McGraw-Hill, México
HELLER, H., Comércio Internacional, Teoria e Evidência Empírica, 1978, Atlas, SP.
MANTEGA, Guido, A Economia Política Brasileira, 1987, Poli/Vozes, Rio de Janeiro
PINHEIRO, Armando C., BORGES, C., ZAGURY, S., MESQUITA M., Composição Setorial dos
Incentivos às Exportações Brasileiras, Revista Brasileira de Economia, 47(4):473-501, Rio
de
Janeiro, out/dez 1993.
SÖDERSTEN, Bo, Economia Internacional, 1979, Interciência, Rio de Janeiro.
http://www.eumed.net/cursecon/libreria/2004/lgs-ens/31.htm - Página Eumed.net /
Enciclopédia Virtual - A Economia Internacional
http://hermes.ucs.br/ccea/dece/jmrocha/EconomiaI/dezembro/Economia%20Internacio
nal.pdf – Página hermes.ucs.br - Economia Internacional - Qual a importância do
comércio entre as Nações? - Até que ponto é preciso exportar e importar?
Economia Internacional. Conceptualização
-Nome dado ao fenômeno que estrutura a cooperação entre países, num sistema de
interdependência entre as várias áreas onde a Economia Mundial influencia:
.A política,
.O comércio,
.A saúde,
.As populações,
.A sociedade e
.O meio ambiente,
.Desse modo, tal assunto ultrapassa as fronteiras da Economia convencional, com suas tradicionais
ligações com o Comércio e Finanças Internacionais.
.Faz-se necessário aqui também a abordagem por meio de um espírito crítico na análise
dos principais temas da atualidade.
Primeiras teorias do Comércio Internacional
• Mercantilismo:
• Doutrina económica que prevaleceu na Europa entre os séculos XVI e
XVIII; de 1500 até à publicação da “Riqueza das Nações” de Adam
Smith, em 1776.
• Mais do que uma escola de pensamento formal, o mercantilismo
consistiu-se numa coleção de atitudes similares em relação à
atividade económica doméstica e ao papel do comércio internacional.
Os mercantilistas
-Preocupavam-se com a acumulação de metais monetários – ouro e prata –, que associavam à ideia
de riqueza do país.
.Uma vez que a oferta de ouro era relativamente fixa, acreditavam que um país poderia aumentar o seu stock
de metais monetários à custa dos demais.
- Para o efeito “bastaria”:
• (i) aumentar as exportações – que deveriam ser encorajadas através de subsídios –, na medida em que
conduzem a fluxos (de entrada) de metais preciosos enriquecedores do país;
• (ii) diminuir as importações – que deveriam ser desencorajadas mediante a aplicação de
• tarifas –, uma vez que correspondem a fluxos de saída de metais preciosos, sendo por isso empobrecedoras.
-Em suma, como consideravam que no comércio internacional um país ganha à custa do outro, por isso
advogavam uma politica comercial protecionista.
.Por esta via seria alcançada uma balança comercial favorável (positiva) e, portanto, enriquecedora do
país.
Teoria clássica do comercio internacional
-O surgimento da teoria clássica esta atrelado ao surgimento do
neoliberalismo, assim:
.O liberalismo vai procurar, desde a sua origem, edificar uma teoria da
especialização internacional, esforçando-se por evidenciar as
vantagem que a mesma, associada a condições de livre comércio,
pode assegurar aos países intervenientes.
Propostas de soluções da especialização
.A análise da especialização é assim colocada no centro desta doutrina,
pretendendo dar solução a três questões:
.(i) A explicação das condições que determinam a especialização
internacional;
.(ii) A evidenciação das vantagens, retiradas por cada nação, de uma
especialização óptima;
.(iii) A definição das normas duma política económica desejável (o
livre câmbio / a livre troca).
A teoria clássica do comércio internacional
-Adam Smith e David Ricardo foram os principais autores da teoria
Neoclássicas, senda a preocupação fundamental o nível da estrutura
(padrão) do comércio, tratando de responder:
.Quais os bens importados e exportados?
.Porquê dos ganhos do comércio.
.Qual o beneficio dos países com o comércio internacional?
.Ou, de outra forma, quais os custos da proteção? e dos termos de
troca.
.A que preços são trocados os bens importados e exportados?
Modelo de Adam Smith e David Ricardo
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As propostas (modelos) dos dois autores assentam nos seguintes dez pressupostos
básicos inter-relacionados:
(i) existe um único fator de produção, o trabalho;
(ii) a produtividade do trabalho nos vários países é diferente; contudo, a diferença
tecnológica motivadora das diferenças internacionais de produtividade não é explicada pelos
clássicos;
• (iii) os custos de produção são constantes; o número de horas de trabalho por unidade
de produto não se altera com a quantidade produzida, nem com o tempo;
• (iv) o trabalho é perfeitamente móvel entre indústrias de um mesmo país (pelo que o seu
preço é o mesmo entre usos alternativos) mas imóvel entre países (pelo que o seu preço pode
diferir entre os países antes do comércio);
Modelo dos de Adam Smith e David Ricardo.
Cont.
(v) a dotação fatorial (de trabalho) de cada país é fixa;
(vi) o trabalho é homogéneo (todas as unidades são idênticas);
(vii) existe pleno emprego;
(viii) existem rendimentos constantes à escala;
(ix) em livre troca não há quaisquer impedimentos ao comércio
(ausência de tarifas e custos de transporte nulos);
(x) todos os mercados são de concorrência perfeita;
Embasamento da teoria clássica do comercio
internacional
-A teoria clássica do comércio internacional baseia-se na teoria do valor
trabalho que considera ser o trabalho o único fator de produção e que numa
economia fechada os bens trocam-se uns pelos outros atendendo às
quantidades relativas de trabalho que incorporam.
-Note-se que a teoria do valor trabalho é uma simplificação da realidade por
várias razões:
• o trabalho não é homogéneo (por exemplo, os serviços fornecidos por um
mecânico de automóveis e por uma costureira não são os mesmos).
• o trabalho não é o único fator de produção.
• usualmente os bens são produzidos por uma variedade de combinações de
trabalho, bens de capital, e recursos naturais.
Teoria das vantagens absolutas
-Os trabalhos de Adam Smith neste domínio correspondem ao culminar de um
processo de argumentação contra o mercantilismo por razões de ordem:
(i) prática – o protecionismo limitaria o processo de desenvolvimento inglês –;
(ii) teórica – o saldo permanentemente positivo da balança comercial seria
insustentável
(iii) ‘normativa’ – as exportações diminuiriam devido a ações de retaliação.
-Adam Smith demonstra as vantagens da livre troca, ao observar que a abertura
ao exterior conduz a um ganho importante para os dois parceiros da troca
(embora podendo não ser equitativo) e, portanto, também para a economia
mundial (originando o aumento global da riqueza).
Teoria das vantagens absolutas. Cont.
.A teoria das vantagens absolutas pode ser facilmente compreendida
com base num exemplo numérico.
.Tendo presentes os pressupostos já referidos, considere-se
adicionalmente o quadro abaixo com os custos unitários de produção
de dois bens X e Y, por parte de dois países A e B – e que facilmente
pode ser reescrito em termos de produtividade
Exemplo das vantagens absoluta
. Custo (horas de trabalho necessárias para produzir )
• Produtividade (produção por hora de trabalho)
• Países/ben
Custo
Produtividade
X
Y
X
Y
A
1
2
1
0.5
B
2
1
0.5
1
• Note-se, em particular que, apesar de existirem custos de produção constantes para cada bem dentro de um
país, os custos diferem nos dois países.
• A tecnologia é então o fator relevante na explicação das trocas.
• Constata-se que A é absolutamente mais eficiente a produzir X, enquanto B é absolutamente mais eficiente
a produzir Y.
• Na verdade, A produz X com menos custo por isso se diz que tem uma vantagem absoluta em X, pelo que
deve especializar-se completamente na sua produção.
• Por sua vez B é absolutamente mais eficiente a produzir Y (dispõe de vantagem absoluta em Y) devendo,
pois, especializar-se completamente na sua produção.
Teoria das vantagens comparativas
• Na formulação original do modelo David Ricardo tentou mostrar que
mesmo quando um país fosse absolutamente menos eficiente a produzir
todos os bens, continuaria a participar no comércio internacional ao
produzir e exportar os bens que produzisse de forma relativamente mais
eficiente.
• Assim, o modelo Ricardiano é referido como o modelo das vantagens
comparativas ou relativas.
• Para uma melhor compreensão da teoria das vantagens comparativas,
vejamos o exemplo proposto por David Ricardo, que tem como países
Portugal e a Inglaterra e como produtos o Tecido e o Vinho, e que
consagram à produção de uma unidade de cada produto as seguintes
quantidades de horas de trabalho:
Teoria das vantagens comparativas. Cont.
Custo(horas/unidade de produto) Produtividade(prod./hora)
• Países
• Inglaterra
• Portugal
Tecido
100
80
Vinho
120
90
X
1/100
1/90
Y
1/12
1/80
Teoria das vantagens comparativas. Cont.
• Tal como em Adam Smith, também em David Ricardo é a tecnologia
dos países que
• determina os custos unitários ou as produtividades. Neste exemplo,
paradoxalmente o país
• menos desenvolvido, Portugal, é absolutamente mais eficiente na
produção de ambos os bens.
• Ricardo terá pretendido levar até ao limite das consequências a
vantagem da troca (no caso concreto, do ponto de vista da Inglaterra).
Comparativo das duas teorias
• No contexto da teoria das vantagens absolutas, o comércio entre os dois países seria
nulo, uma vez que Portugal detinha vantagens absolutas ou era absolutamente mais
eficiente na produção de ambos os bens, não havendo da sua parte qualquer interesse
na troca.
• Ou seja, o conceito de vantagem absoluta não é, num caso destes, suficiente para
determinar a especialização.
• Pelo contrário, o conceito de vantagem comparativa ou relativa permite determinar
padrões de especialização e troca.
. Formalmente, dado que em economia fechada se verifica uma troca de equivalentes;
uma equivalência nos valores globais da produção em ambos os bens, pode determinarse as Razões de Troca Autárcicas (RTA) em cada um dos países.
Barreiras ao comércio internacional
-Todos os países necessitam comercializar com outros países, esse
comércio é afetado por diversas barreiras, tais como:
.Idioma.
.Moeda.
.Pesos e medidas.
.Alfabeto.
.Legislações.
.Por mais que as vezes tente unificar algumas dessas barreiras para melhorar
o comércio, surgem diversos empecilhos, ou rígidas exigências.
Tipos de barreira
.Barreiras tarifárias:
tratam de alíquotas de imposto de importação, taxas diversas e
valoração aduaneira, incidindo na entrada do produto a ser importado,
a serem analisados neste capítulo.
.Barreiras não-tarifárias:
Tratam de restrições quantitativas,
licenciamento de importação, procedimentos alfandegários, medidas
antidumping, medidas compensatórias, medidas de salvaguarda,
medidas sanitárias e fitossanitárias; e dentre estas últimas encontram-se as
barreiras técnicas, que são mecanismos utilizados com fins protecionistas, a
serem estudados neste capítulo.
Tipos de barreira. Cont.
-Esquemas Protecionistas:
.A formação de barreiras comerciais protecionistas impõe ao comércio mundial muitas dificuldades
para comercialização de produtos e serviços.
.Muitas barreiras são questionadas na Organização Mundial do Comércio (OMC) por impedirem o
desenvolvimento de países menores e acarretarem distorções comerciais, estudadas a seguir.
- Barreiras Alfandegárias:
.As barreiras alfandegárias são aplicadas através de alíquotas sobre as importações dos bens
(produtos ou serviços).
.Quando utilizadas pelos governantes, estas barreiras, também conhecidas como aduaneiras ou
tarifárias, apresentam alguns efeitos, considerados comuns sobre a economia:
.Efeitos sobre a produção:
.A tarifa pode aumentar a produção do bem protegido à custa de uma redução do bem não
protegido e mesmo de uma redução do bem-estar econômico, devido à intervenção sobre a
alocação eficiente de recursos que poderia ser obtida com o livre funcionamento do mercado.
Tipos de barreira. Cont.
-Efeitos sobre o consumo:
.A tende a reduzir o consumo do bem protegido, devido ao efeito-renda (a renda real reduz) e ao efeitosubstituição (o bem relativamente mais caro é menos procurado).
.O consumo do bem não protegido é ambíguo, dependendo das magnitudes dos efeitos-renda e substituição.
.De qualquer forma, há uma distorção no padrão de consumo:
.Muitas dessas barreiras forem temporárias e estabelecidas mediante um cronograma com tarifas
decrescentes,
.As indústrias locais são obrigadas a se modernizarem e poderão enfrentar a concorrência externa.
-Se essas barreiras forem permanentes, as indústrias locais se acomodarão e continuarão produzindo artigos
caros e ruins.
-Normalmente, é costume afirmar que as barreiras alfandegárias são instrumentos de países subdesenvolvidos
que não têm condições de competir com os países industrializados, mas nos últimos anos tem ocorrido o
inverso.
Regiões adiantadas como Estados Unidos e União Europeia têm criado barreiras que prejudicam países pobres
ou em desenvolvimento.
Tipos de barreiras. Cont.
-Barreiras técnicas:
.As Barreiras técnicas, considerando o estipulado pela OMC, são
barreiras comerciais derivadas da utilização de normas ou
regulamentos técnicos não-transparentes ou não embasados em
normas internacionalmente aceitas.
.Ou, ainda, decorrentes da adoção de procedimentos de avaliação da
conformidade não-transparentes e/ou demasiadamente dispendiosos,
bem como de inspeções excessivamente rigorosas (Inmetro, 2006).
Considerações sobre os tipos de Barreiras
• Adotando-se o conceito estabelecido pela OMC, não podem ser
consideradas barreiras técnicas muitas das dificuldades técnicas
encontradas pelas empresas que tentam exportar, especialmente nos
países menos desenvolvidos. Mas, como se sabe, os empresários
destes países encontram um enorme obstáculo em superar estas
dificuldades técnicas.
Barreiras desleais contra a concorrência
-Contrabando:
• Um exemplo muito comum que o Brasil sofre é o contrabando do seu
país vizinho Paraguai.
• Todo dia são atravessados diversos ônibus e caminhões com
mercadorias do Paraguai, mesmo diminuindo as tarifas alfandegárias
os contrabandos não diminuem de forma expressiva.
• Em consequência o país perde muito na arrecadação dos impostos e
algumas indústrias brasileiras sofrem com esses produtos
contrabandeados, por conseguirem preços menores que o custo;
Barreiras desleais contra a concorrência.
Cont.
• Pirataria:
• Um dos principais problemas do comércio internacional, no ano de
2000, por exemplo, foram comercializadas mais de US$ 450 bilhões
de mercadorias pirateadas.
• Os problemas são extensos, entre eles:
.Evasão fiscal,
.Elimina empregos,
.Afugenta capitais,
.Inviabiliza a competição entre empresas legalmente
constituídas.
Impactos de políticas fiscal e monetária no
comercio exterior
• Política cambial
• Em alguns países, a agricultura é o setor que mais contribui para o saldo de
transações correntes (o saldo das importações e exportações de bens e
serviços).
• Nessas condições, flutuações dos preços agrícolas podem causar
significativas variações no balanço de pagamentos (conta que registra a
entrada e saída de divisas), afetando também a taxa de câmbio.
• Por outro lado, como a taxa de câmbio é um preço macroeconômico
fundamental para a agricultura, qualquer movimento que altere o seu
equilíbrio exerce importante influência sobre o setor.
• Por exemplo: um ataque especulativo, uma maxidesvalorização, uma forte
entrada de recursos via conta capital ou um choque exportador positivo de
outros setores (minerais ou petróleo, por exemplo).
Impactos de políticas fiscal e monetária no
comercio exterior. Cont.
• Política fiscal
• Uma política fiscal expansionista, cujo objetivo, frequentemente, é estimular a economia, geralmente tem limitado
impactos sobre a agricultura, devido à baixa elasticidade-renda da demanda.
• Todavia, caso essa expansão fiscal provoque aumento da inflação, o setor agrícola pode obter alguns ganhos de curto
prazo com o aumento dos preços dos alimentos, pois os preços agrícolas são mais flexíveis.
• Por outro lado, uma política fiscal mais restritiva tem a capacidade de reverter esses processos.
• O setor agrícola, geralmente, é favorecido por regimes tributários diferenciados, taxas de juros subsidiadas, auxílio para
armazenagem, etc., e todos estes benefícios fiscais representam uma transferência de recursos dos contribuintes para os
produtores agrícolas.
• Ainda não há estudos que avaliem claramente se esta transferência é completamente compensada por alimentos mais
baratos, uma vez que o preço desses bens é definido no mercado internacional, ou por maior segurança alimentar
(estabilidade na oferta).
• Todavia, muitos destes benefícios são refletidos no aumento do preço da terra, cuja propriedade representa acesso a eles.
• Por fim, se a sustentação de políticas específicas para o setor agrícola demandar um volume muito significativo de
recursos do Governo, como no caso brasileiro nos anos 80, variações de orçamento podem afetar o desempenho do setor,
e, inversamente, a flutuação de preços agrícolas pode ter impacto decisivo na política fiscal.
Impactos de políticas fiscal e monetária no
comercio exterior. Cont.
• Inflação
• O efeito de um aumento generalizado de preços na economia sobre o setor agrícola dependerá da natureza do processo
inflacionário, isto é, se é uma inflação de demanda ou se é de custos.
• Geralmente, quando a inflação é de custos – por exemplo, petróleo ou mão de obra –, o rendimento da atividade agrícola é
comprimido, por não conseguir repassar integralmente aos preços esse choque de custos, já que a concorrência no setor é muito
grande, além de sofrer pressão dos preços internacionais.
• Por outro lado, uma inflação de demanda eleva os preços agrícolas, mesmo que isso não se reflita nos custos de produção,
ampliando a margem do produtor.
• Além de se diferenciar inflação de custo e de demanda, também é importante separar os efeitos de curto e de longo prazo.
• No curto prazo, os produtores agrícolas são impactados mais fortemente tanto por choques positivos, quanto negativos.
• Todavia, no longo prazo, as atividades agrícolas retornam às suas tendências originais, a não ser que tenha havido alguma
mudança estrutural.
• Isso acontece porque, novamente, os mercados agrícolas são caracterizados por um ambiente mais competitivo.
• Como os preços agrícolas são mais flexíveis do que aqueles dos demais setores econômicos, choques nestes preços contribuem
mais para variação da inflação, tanto de forma negativa, quanto positiva.
• Porém, o preço da terra costuma ser pró-cíclico: quando a inflação cresce, o valor da terra também cresce, e vice-versa. A terra
passar a ser uma espécie de reserva de valor.
Integração econômica
-A integração econômica pode ser definida como o processo de eliminação
de fronteiras e barreiras de natureza econômica entre dois ou mais países
(= mercados)1 .
.As fronteiras econômicas estabelecem obstáculos aos fluxos de
mercadorias, serviços e fatores de produção entre países, o que significa
que as condições de produção, a regulação local e outros fatores internos
operam em geral como os principais determinantes dos preços das
mercadorias, serviços e fatores no âmbito do mercado nacional.
.Neste sentido, é possível afirmar que o objetivo primordial dos processos de
integração consiste na criação de mercados maiores, tomando como base a
sugestão clássica de que os mercados maiores operam de forma mais eficiente do que os
menores
Integração econômica. Cont.
-Segundo o alcance das normas e dos acordos estabelecidos entre as
partes, a integração econômica pode apresentar pelo menos sete
formas ou etapas distintas, dispostas com base em ordenamento que
pressupõe graus crescentes de integração econômica e política:
1- A zona preferencial de comércio (ou acordos de cooperação comercial):
Caracteriza-se pela eliminação parcial das barreiras alfandegárias em geral, sob a
forma de concessões mútuas (ou não) de redução de alíquotas, com ou sem fixação
de cotas de importação, abarcando parte do universo tarifário sem que se tenha
necessariamente de reduzir ou eliminar outras restrições ao comércio.
.Esses acordos, embora violem a cláusula de nação mais favorecida (MFN) do GATTOMC, são admitidos entre países em desenvolvimento e são praticados pelos
países desenvolvidos por intermédio do Sistema Geral de Preferências (SGP), gerido
pela UNCTAD, que abriga reduções tarifárias discriminadas com vistas a facilitar o
acesso das exportações provenientes dos países em desenvolvimento;
A teoria clássica da integração econômica
-A teoria da integração pode ser definida como o ramo da teoria da
proteção que trata dos efeitos da discriminação das barreiras
alfandegárias entre países e seus impactos sobre o fluxo e o padrão de
comércio (Lipsey [1960]), diferenciando-se da teoria da proteção que
trata em geral dos efeitos da discriminação entre bens.
.Segundo uma conceituação mais ampla - porém menos precisa (sugerida
por Andic & Teitel [1977]) -, a teoria da integração, como ramo da teoria
do comércio internacional, se ocuparia de analisar os agrupamentos
de mercados nacionais.
A teoria clássica da integração econômica.
Cont.
-O objeto analítico da teoria da integração:
.Está basicamente restrito ao estudo dos impactos da formação de uniões
aduaneiras ou mercados comuns sobre o bem-estar econômico.
.Não constitui objeto da teoria o estudo dos efeitos gerados pela integração econômica
sobre o nível de atividade, o balanço de pagamentos ou a taxa de inflação, e tampouco o
exame dos problemas relacionados com a harmonização de políticas em espaços
econômicos integrados, como a criação de mercados comuns, uniões econômicas e outras
formas mais profundas de integração, envolve a harmonização de políticas e as discussões
em torno do estabelecimento de mecanismos institucionais supranacionais.
.A teoria da integração, em sua forma pura, se restringe à discussão dos impactos econômicos
resultantes da formação de zonas de livre comércio e uniões aduaneiras.
.Por isso, nos manuais e textos sobre o assunto a teoria da integração é usualmente denominada
“teoria das uniões aduaneiras”.
Formas de integração econômica
-A zona de livre comércio:
Caracteriza-se pela eliminação de tarifas aduaneiras e outras
restrições ao comércio entre os países participantes do acordo.
.Todavia, cada país preserva sua autonomia na gestão da política
comercial em relação a terceiros países, mantendo tarifas aduaneiras
diferenciadas.
.Em geral, essa forma de integração comercial demanda a instituição
de um regime de origem, com o fim de evitar a triangularização das
importações;
Formas de Integração econômica. Cont.
-A união aduaneira:
.Caracteriza-se pela ausência de barreiras ao comércio entre os países
participantes do acordo, combinada com a criação de uma tarifa
externa comum (TEC).
.A operação de uma união aduaneira plena pressupõe ainda a
harmonização dos instrumentos da política comercial e um elevado
grau de convergência em relação aos efeitos de outras políticas
nacionais que possam afetar o fluxo de comércio
entre os países
Formas de integração econômica. Cont.
-O mercado comum:
caracteriza-se pela supressão de barreiras ao intercâmbio de
mercadorias e fatores de produção.
.Seu funcionamento pressupõe a harmonização dos instrumentos da
política comercial, fiscal, financeira, trabalhista e de previdência social
ou, pelo menos, a convergência de resultados em termos da gestão
das políticas que possam afetar direta e indiretamente o fluxo
intra-regional de fatores de produção;
Formas de integração econômica. Cont.
-A união econômica:
.Caracteriza-se pelo estabelecimento de uma autoridade supranacional
que vela pela aplicação das políticas comuns, define critérios e
identifica novas políticas objeto de harmonização e procura garantir
convergência de resultados para o caso das políticas geridas em âmbito
nacional.
.Evidentemente que esse estágio da integração envolve perda de soberania
nacional na gestão de determinadas políticas.
.A coordenação de políticas cambiais com vistas a garantir maior estabilidade entre
as paridades cambiais e a livre conversibilidade entre as moedas implica restringir
a autonomia dos Estados nacionais na gestão de determinadas políticas;
Formas de integração econômica. Cont.
-A integração econômica total:
.Caracteriza-se pela criação de uma moeda única e de um banco
central regional independente, configurando a formação de uma
união monetária.
.Este estágio pressupõe a perda total de autonomia dos estados
nacionais na gestão da política monetária;
Formas de integração econômica. Cont.
-A união política:
.Caracteriza-se pela instituição de uma federação de Estados com
autoridade política unificada ou formação de uma confederação de
Estados na qual apenas as áreas acordadas passam a ser objeto de
controle de instituições supranacionais.
.Em geral, a formação de uma união política deve envolver cooperação
em termos da política externa e de defesa.
Formas de integração econômica. Cont.
-Quanto maior a ambição em termos do grau de aprofundamento da
integração econômica, maior o conjunto de políticas envolvidas no processo
de negociação e maior a necessidade de alcançar harmonização ou buscar
convergência/simetria de resultados.
.Neste sentido, a integração econômica deve acomodar sempre um processo
de integração política cuja abrangência é proporcional à cessão de soberania
dos governos nacionais.
.Evidentemente que o aprofundamento do processo de integração econômica
implicará “compartilhamento” de soberanias, ou seja, diversos estados nacionais
passam a ser responsáveis pela gestão conjunta e concertada de um conjunto
crescente de políticas e instrumentos comuns.
MODELO DE VINER
• Há relativo consenso entre os economistas no sentido de que a teoria
clássica da integração aduaneira tem como referência seminal a obra
de Viner, The Customs Union Issue.
• Sua principal contribuição foi demonstrar que, em determinadas
circunstâncias, a formação de áreas de livre comércio ou uniões
aduaneiras não constitui necessariamente um movimento em direção
ao livre comércio; ou seja, processos de integração econômica podem
gerar mais custos do que benefícios, reduzindo o nível de bem-estar
em lugar de aumentá-lo.
MODELO DE VINER. Cont.
• Pressupostos do modelo são os seguintes:
• (i) os preços do produto no resto do mundo estão dados;
• (ii) o sócio “B” do processo de integração tem preços constantes para os produtos em que o país
“A” apresenta-se como importador potencial, ou seja, admite-se a existência de retornos
constantes de escala no país exportador;
• (iii) a demanda para os bens que o país “A” exporta é perfeitamente elástica;
• (iv) tanto o país “A” quanto o “B” produzem domesticamente alguns bens a custos maiores do que
os do resto do mundo (país “C”);
• (v) existe pleno emprego dos fatores de produção;
• (vi) não há alteração nos termos de troca;
• (vii) não existem custos de transporte e seguro.
• De forma implícita, o modelo também assume que os bens são consumidos segundo uma
proporção fixa, independentemente da estrutura de preços relativos, o que permite
desconsiderar o efeito substituição entre os bens.
MODELO DE VINER. Cont.
• O modelo apresentado a seguir resume os principais resultados da
teoria clássica da integração econômica.
• Todos os países produzem trigo, e as importações, quando existentes,
suprem a diferença entre a demanda do mercado nacional e a oferta
dos produtores domésticos.
• O quadro abaixo reúne informações relativas ao custo de produção e
a tarifas sobre a importação de trigo.
MODELO DE VINER. Cont.
• Quadro I.1 Criação e Desvio de Comércio País A B C Preço do trigo
(US$/t) 140 110 90 Imposto de Importação (%) 60% 30% 0% Custo de
internação para o trigo importado (proveniente do país C) 144 117 União Aduaneira A + B Criação de Comércio substituição da oferta de
trigo do país “A” pela importação de trigo proveniente do país “B”
Desvio de Comércio substituição da importação de trigo proveniente
do país “C” pela importação de trigo proveniente do país “B”
MODELO DE VINER. Cont
-Quadro I.1 Criação e Desvio de Comércio
País
A
B
C
Preço do trigo (US$/t)
140
110
90
Imposto de Importação (%)
60%
30%
0%
Custo de internação para o
trigo importado (proveniente
do país C)
144
117
–
União Aduaneira
A
+
B
Criação de Comércio
substituição da oferta de trigo do país “A” pela
importação de trigo proveniente do país “B”
Desvio de Comércio
substituição da importação de trigo proveniente do país “C”
pela importação de trigo proveniente do país “B”
MODELO DE VINER. Cont
• Se os países “A” e “B” decidirem estabelecer entre eles uma união
aduaneira, parte ou a totalidade dos recursos domésticos de “A”
empregados na produção de trigo serão deslocados para a produção de
outros bens, como resultado da substituição da produção local de trigo
pela importação mais barata proveniente de “B”.
• Quando forem eliminadas as barreiras alfandegárias entre “A” e “B”
ocorrerá “criação de comércio”, pois parte (ou a totalidade) da produção
de trigo no país “A” será substituída pela oferta de trigo produzido no país
“B”.
• Neste caso, o aumento do bem-estar decorre tanto dos impactos em
termos da melhoria na alocação de recursos, como do aumento do
excedente do consumidor resultante da redução do preço do trigo.
Modelo de Mundell-Fleming
• O modelo IS-LM verifica como as políticas econômicas afetam as variáveis do
sistema econômico.
• Analisa, entre outros, os impactos sobre os investimentos e a renda do sistema.
• O modelo agrega à noção de IS-LM e a curva BP para compreender o que ocorre
com uma economia aberta em relação à seus agregados macroeconômicos.
• O modelo trabalha com análises de cenários:
• (a) distintos graus de mobilidade de capital (nula, fraca, forte e perfeita);
• (b) regimes cambiais (câmbio fixo e câmbio flexível);
• (c) instrumentos de política econômica (política monetária e política fiscal).
• A seguir apresentar-se os efeitos das políticas monetárias e fiscais em quatro
cenários distintos.
Modelo de Mundell-Fleming. Cont.
• 1. Sem mobilidade de capitais
• 1.1. Com taxa de câmbio fixo
• 1.1.1. Quando se adota uma política monetária expansionista.
Modelo de Mundell-Fleming. Cont.
• Há elevação da renda, que pressiona o nível de importações e,
consequentemente, reduz o saldo da balança comercial e das
transações correntes (lembrando que BP = TC, no caso de economias
com ausência de mobilidade de capitais). Há saída de divisas e das
Reservas Internacionais, o que provoca redução da oferta monetária e
recua a própria curva LM. Portanto, a política monetária é ineficaz.
Modelo de Mundell-Fleming. Cont. 1.1.2. Quando
se adota uma política fiscal expansionista
Modelo de Mundell-Fleming. Cont.
• Há elevação da renda, que pressiona o nível de importações e,
consequentemente, reduz o saldo da balança comercial e das
transações correntes (lembrando que BP = TC, no caso de economias
com ausência de mobilidade de capitais). Há saída de divisas e das
Reservas Internacionais, o que provoca redução da oferta monetária e
recua a curva LM. Portanto, a política fiscal é ineficaz.
Modelo de Mundell-Fleming. Cont.
• Há elevação da renda, que pressiona o nível de importações e,
consequentemente, reduz o saldo da balança comercial e das
transações correntes (lembrando que BP = TC, no caso de economias
com ausência de mobilidade de capitais). Há desvalorização do
câmbio e deslocamento da curva BP (expansão). Eleva-se a BC e,
consequentemente, da curva IS. Portanto, a política fiscal é eficaz.
Modelo de Mundell-Fleming. Cont. 1.2. Com taxa de câmbio
flexível
1.2.1. Quando se adota uma política monetária expansionista
Modelo de Mundell-Fleming. Cont.
.Há elevação da renda, que pressiona o nível de importações e,
consequentemente, reduz o saldo da balança comercial e das
transações correntes (lembrando que BP = TC, no caso de economias
com ausência de mobilidade de capitais).
.Há desvalorização do câmbio e deslocamento da curva BP (expansão).
.Eleva-se a BC e, consequentemente, da curva IS.
Portanto, a política monetária é eficaz.
Modelo de Mundell-Fleming. Cont.
• Há aumento da renda e aumento da taxa de juros. A taxa de juros
doméstica torna-se maior que a taxa de juros externa, há entrada
líquida de capitais e aumento das Reservas Internacionais. Esse efeito
pressiona positivamente o BP e há aumento da oferta monetária,
como consequência, a curva LM é expandida. Portanto, a política
fiscal é eficaz.
Modelo de Mundell-Fleming. Cont.1.2.2. Quando
se adota uma política fiscal expansionista
Modelo de Mundell-Fleming. Cont.1.2.2. Quando
se adota uma política fiscal expansionista
• Há elevação da renda, que pressiona o nível de importações e,
consequentemente, reduz o saldo da balança comercial e das
transações correntes (lembrando que BP = TC, no caso de economias
com ausência de mobilidade de capitais). Há desvalorização do
câmbio e deslocamento da curva BP (expansão). Eleva-se a BC e,
consequentemente, da curva IS. Portanto, a política fiscal é eficaz.
2. Com mobilidade de capitais
2.1. Com taxa de câmbio fixo 2.1.1. Quando se adota uma
política monetária expansionista
2. Com mobilidade de capitais
2.1. Com taxa de câmbio fixo 2.1.1. Quando se
adota uma política monetária expansionista
• Há aumento da renda e aumento da taxa de juros.
• A taxa de juros doméstica torna-se maior que a taxa de juros externa,
há entrada líquida de capitais e aumento das Reservas Internacionais.
• Esse efeito pressiona positivamente o BP e há aumento da oferta
monetária, como consequência, a curva LM é expandida.
• Portanto, a política fiscal é eficaz.
Modelo de Mundell-Fleming. Cont. 2. Com
mobilidade de capitais
2.1. Com taxa de câmbio fixo
• Há aumento da renda e redução da taxa de juros.
• A elevação da renda pressiona o volume de importações, que por sua
vez, reduz o saldo da BC.
• A taxa de juros doméstica torna-se menor que a taxa de juros
externa, há saída de capitais e redução das Reservas Internacionais.
• A redução da BC e a saída de capitais causam a redução da BP.
• A oferta monetária reduz e a curva LM é contraída.
• Portanto, a política monetária é ineficaz.
Modelo de Mundell-Fleming. Cont. 2.2. Com taxa
de câmbio flexível
Modelo de Mundell-Fleming. Cont. 2.2. Com taxa
de câmbio flexível
• Há aumento da renda e redução da taxa de juros. A taxa de juros
doméstica é menor que a taxa de juros externa. Há saída de capitais e
tal movimento pressiona a taxa de câmbio. Com o câmbio
desvalorizado, a BC varia positivamente e desloca a curva IS para a
direita. Portanto, a política monetária é eficaz
Regime cambial
. Conceito:
O regime cambial vá determinar como se calcula o
valor da taxa nominal de câmbio.
.Tipos de regime cambial:
. Câmbio fixo:
Determinado pelos bancos centrais, que assumem o
compromisso de manter o equilíbrio do mercado de divisas,
comprando e vendendo divisas a taxas estipuladas por eles.
. Câmbio flutuante:
Os bancos centrais não intervém no valor da taxa de câmbio
deve ajustar-se para equilibrar o mercado de divisas
Taxas de câmbio
. Conceito:
.Mecanismo facilitador das relações internacionais, que expressa o
valor de uma moeda em outra.
. Determinação:
.São determinadas pelo conjunto de fatores intrínseco do país e até
pelas políticas econômicas e financeiras estabelecidas, neles e para
com os demais países.
.Tipos de taxas:
.Fixas: Determinadas pelas autoridades econômicas de cada país.
.Únicas: quando no são diferenciadas pelo tipos de atividade a ser
desenvolvida.
.Múltiplas: Fixadas a partir das políticas econômicas e financeiras dos
diferentes países, para atendimento de atividades selecionadas.
.No Brasil hoje são diferentes as taxas para a atividade do comercio, turismo
e câmbio paralelo
Taxas de câmbio. Cont.
-Taxa de Cambio Nominal.
Quando define-se taxa de câmbio, em geral utiliza-se o conceito de taxa de câmbio
nominal para esta definição.
. Assim, taxa de câmbio nominal é a relação que expressa o preço de uma unidade de
moeda nacional em relação à moeda estrangeira ou vice-versa.
.Pode-se dizer que a taxa nominal de câmbio entre a moeda nacional e o dólar é 2,40 por
unidade de dólar ou US$ 0,4167 por unidade de moeda nacional (Real).
.As taxas de câmbio entre as diversas moedas variam a todo instante. Essas variações são
denominadas de apreciação nominais ou depreciação nominais.
.A apreciação de uma moeda domestica é o aumento do seu preço em relação à outra
estrangeira e a depreciação, de maneira inversa, significa que o preço da moeda nacional
em relação à estrangeira esta caindo.
.Portanto, a apreciação de uma moeda significa diminuição na taxa de câmbio e a
depreciação corresponde ao aumento desta taxa.
Taxas de câmbio. Cont.
-Taxa de Câmbio Real.
A taxa de câmbio real é definida como a relação de preços
entre o produto nacional e o produto estrangeiro, podendo ser
obtida a partir da seguinte expressão:
∅ = P/EP* (1)
Onde:
∅ = Taxa de Câmbio real
EP*= Preço do bem estrangeiro expresso em moeda domestica
P = Preço do produto nacional.
.Quando EP* aumenta, diz-se que houve uma desvalorização
real da moeda. Seguindo a equação acima, essa
desvalorização também poderia ter acontecido caso houvesse
um aumento no preço do bem no país
Economia aberta
-Entende-se genericamente como uma economia aberta aquela que
mantém contatos de carácter comercial e financeiro com o seu
exterior, seja no sentido da aquisição de bens ou entrada de capital,
seja no sentido da venda de bens ou saída de capital.
.Assim, uma economia aberta realiza operações de comércio e
investimento internacional, ao contrário de uma economia fechada,
que não mantém relações comerciais e financeiras com outros países.
.O comércio internacional de bens tem vindo a ganhar importância ao longo da
História, com base em fatores como a diminuição das tarifas e barreiras alfandegárias dos
países (designadamente no âmbito de formas de integração económica internacional e
mundial) e a evolução nos sistemas e tecnologias de comunicação e transporte, que
diminuem, fortemente os custos associados às transações internacionais.
Economia aberta. Cont.
-A principal vantagem atribuída à abertura das economias ao comércio
internacional é a possibilidade de estas aproveitarem de forma
eficiente as suas vantagens comparativas, ou seja, áreas nas quais são
mais eficientes. Segundo a teoria das vantagens comparativas de David
Ricardo.
.A maior ou menor abertura e dependência de uma economia face ao
exterior aparece traduzida na sua balança de pagamentos internacionais,
que representa uma medida global dos fluxos de bens, serviços e capital
entre um país e os restantes para um período de tempo.
Taxa de rendimento
. Conceito:
O aumento percentual em valor que oferece um deposito o
uma transação feita em moedas diferentes, em um período de
tempo determinado.
. Determinação da taxa de rendimento:
Somatório da taxa de juros de uma moeda mais a taxa de
depreciação da outra moeda.
Exemplo:
Taxa de rendimento do dólar com relação ao euro:
Taxa de juros do euro + taxa de depreciação do dólar em
relação ao euro.
. A taxa de depreciação de uma moeda expressa sua perda de valor
com relação a outra num período determinado, geralmente um
ano.
Categoria
Nota
O que significa
Grau de Investimento
AAA
Total capacidade de pagar as dívidas no prazo. O
nível mais alto.
AA
Alta capacidade de honrar compromissos financeiros.
A
Boa capacidade de pagar as dívidas, mas suscetível a
mudanças na conjuntura.
BBB
Boa condições financeiras, mas não tão protegidas
contra choques.
BB
Menos vulnerável a curto prazo, mas ainda com
incertezas em relação ao futuro.
B
Consegue pagar suas dívidas, mas é vulnerável a
mudanças nas condições econômica.
CCC
Bastante vulnerável, depende de condições
econômicas extremamente favoráveis para conseguir
honrar seus débitos.
CC
Altamente vulnerável.
C
À beira do calote.
D
Não-pagamento dos compromissos dentro do prazo
estipulado. Inadimplência.
Grau especulativo
Qual é o efeito pratico da avaliação
• Com base nela os investidores decidem em que países investir e que
taxa de juros cobrarão deles.
• Obter empréstimos no exterior com melhores condições de juros e
pagamentos.
• Rating: Risco de calote que o investidor deve correr por aplicar
dinheiro em uma empresa ou país.
No que são direcionados os Investimentos no
médio prazo.Elevar a Renda
Gerar Emprego
Aumentar Desenvolvimento
do país
No Brasil
BBB
BBB-
BB+
2008
2011
BBB-
Governo
demonstrando
compromisso em
atingir Metas Fiscais
2014
• O Brasil tem problemas no grau de Investimento porque
cresce pouco, mantêm gastos públicos elevados e falta
reformas estruturais (tributária).
•
•
•
•
Companhias Brasileiras que tem esse selo:
AmBev
Aracruz
Vale do Rio Doce
• Uma eventual perda do grau de investimento traria
diversos impactos negativos à economia, como:
• maior custo de captação de recursos,
• depreciação do câmbio,
• redução do fluxo de investimentos para o Brasil
• e dificuldades para controlar com a inflação.
O que deve mudar com o grau de Investimento
• O Brasil receberá mais dinheiro.
• Investidores estrangeiros passam a investir no Brasil,
através da Bolsa de Valores, trazendo capitais para o país.
• O aumento na procura de títulos públicos brasileiro
pode ajudar o governo a reduzir seus custos com
empréstimos.
• A classificação das empresas nacionais também melhora,
e elas podem se beneficiar com juros mais baixos.
• O salto não será explosivo porque já vem acontecendo.
Classificação do Brasil na economia internacional
Abaixo
das
notas "BB" e
"B"
são
consideradas
categoria de
especulação.
País
Nota
EUA, Canada,
Alemanha, Suíça
AAA
China, França, Israel
AA
Colombia, México,
Polonia
A
Russia, Croacia,
Hungria
BBB+
Uruguai
BBB
Brasil, Africa do Sul
BBB-
Paraguai, Bolivia,
Nigéria
BB+
Venezuela, Eguador,
Egito
B+
Argentina, Ucrânia
CCC
Conclusão:
• Com o "investment grade", um mercado pode atrair
grandes investidores de países desenvolvidos que,
por regras dos seus estatutos, só podem investir em
ativos considerados de baixo risco.
• A partir da nota de os investidores podem avaliar se
há possibilidade de ganhos (por exemplo, com juros
maiores), se compensa o risco de perder o capital
investido por causa da instabilidade econômica local.
• É como um bom devedor é compensado por pagar
suas contas em dia.
Bibliografia
• Uol Economia
• http://economia.uol.com.br/financas-pessoais/guias-financeiros/entendao-que-e-grau-de-investimento.htm
• BBC Brasil
• http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/03/140325_nota_investi
mento_brasil_reacao_ac
• G1 Economia
• http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/03/brasil-atingiu-grau-deinvestimento-em-abril-de-2008.html
• Universitário
• http://www.universitario.com.br/noticias/n.php?i=5013
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ECONOMIA INTERNACIONAL - UNEMAT – Campus de Sinop