Administração em Serviços de
Enfermagem II
Docente: Esp. Kelly Veridiany Nascimento
E-mail: [email protected]
Função Supervisão
Para exercer tal função é necessário que o Enfermeiro tenha:
- Competência profissional
- Habilidade para relacionar-se com as pessoas
- Motivação para o desenvolvimento do pessoal
- Crença no potencial humano
- Crença na importância do envolvimento de todos os funcionários nas decisões
relativas às rotinas de trabalho, visando à manutenção de uma assistência de
enfermagem eficaz
Avaliação da Função Supervisão
A avaliação deve ser feita durante todo o
processo, desde o planejamento
- A avaliação fornece subsídios importantes
para replanejamento da função enquanto ela
ocorre
- Ao término de todas as ações planejadas, deve
ser feita outra avaliação (geral) para a análise dos
resultados obtidos, a pertinência dos objetivos e
das ações, as técnicas e os instrumentos utilizados
- O resultado dessa avaliação fornece subsídios
para o aperfeiçoamento da função supervisão
Auditoria
• A auditoria é uma avaliação sistemática e formal de uma
atividade, por alguém não envolvido diretamente na sua
execução, para determinar se essa atividade está sendo levada
a efeito de acordo com seus objetivos
Auditoria em Enfermagem
- É a avaliação sistemática da qualidade da assistência de
enfermagem, verificada através das anotações de enfermagem
no prontuário do paciente e/ou das próprias condições deste
É a comparação entre a assistência prestada e os padrões de assistência
considerados como aceitáveis
Auditoria de Enfermagem
A auditoria tem sido uma ferramenta gerencial utilizada pelos
profissionais da saúde, em especial os enfermeiros, com a
finalidade de avaliar a qualidade da assistência de enfermagem e
os custos decorrentes da prestação desta atividade
Os Técnicos/Auxiliares de Enfermagem podem fazer auditoria?
Não. Esta atividade é exclusiva do profissional Enfermeiro de
acordo com a Lei nº 7.498/1986 (artigo 11, inciso I, alínea “h”
Auditoria de Enfermagem
A auditoria de enfermagem aponta inadequações da
assistência de enfermagem, reformulando suas práticas,
indicando processos de educação em serviço e delineando
ações corretivas
A auditoria de enfermagem cumpre uma finalidade
institucional que na atualidade está pautada em um enfoque
empresarial e mercadológico
Há uma tendência de mudança do enfoque de mercado
voltado para o cliente, portanto pautado na qualidade do
produto ou serviço, havendo a adequação das ações nesse
sentido
COMPETÊNCIA DO ENFERMEIRO AUDITOR
A atividade de auditoria de enfermagem é legalmente
fundamentada de acordo com a lei na Resolução do
COFEN N. 266/2001, no qual dispõe sobre as atividades do
enfermeiro auditor, capituladas em 09 (nove) partes
É da competência privativa do enfermeiro auditor no
exercício de suas atividades:
- organizar
- dirigir
- planejar
- coordenar e avaliar
- prestar consultoria e auditoria
- emissão de parecer sobre os serviços de auditoria de
enfermagem
Objetivo da Auditoria
PRINCIPAL
Garantir a qualidade da assistência médica prestada e o
respeito às normas técnicas, éticas e administrativas
previamente estabelecidas
Objetivo da Auditoria
SUPLEMENTAR
 Implantar medidas corretivas, revisão de normas ou ainda
elaboração de instruções que permitam o contínuo
aperfeiçoamento do sistema
 Verificar
a
adequação,
legalidade, legitimidade,
economicidade, eficiência, eficácia e resolutividade dos
serviços de saúde conveniados, contratados e próprios,
aferindo a preservação dos padrões
PERFIL
DO
AUDITOR
Relativos à Pessoa do Auditor
Conhecimento técnico
Sigilo e discrição
Independência
Objetividade
Imparcialidade
Cautela e zelo profissional
Comportamento ético
Soberania
Atividades da Auditoria
 Levantar subsídios para análise crítica da eficácia (grau de
efeito benéfico sob condições ideais) do sistema ou
serviços
 Verificar adequação, legalidade, legitimidade, eficiência
(resultados em relação ao esforço realizado x dinheiro,
recursos e tempo), resolutividade dos serviços de saúde e
aplicação dos recursos
 Avaliar a qualidade da assistência prestada e resultados
bem como apresentar sugestões para seu aprimoramento
Modalidades de Auditoria
Auditoria Interna
Auditoria Externa
Tipos de Auditoria
Regular ou Ordinária
Especial ou Extraordinária
Tipos de Auditoria
Regular ou Ordinária
 Em caráter de rotina, periódica, previamente programada,
com vistas ao exame da qualidade, da produtividade e
custos de uma atividade, ação ou serviço.
Prospectivas.
Tipos de Auditoria
Especial ou Extraordinária
 Realizada para agrupar denúncia ou indício de
irregularidade ou para verificação de atividade específica.
Examina fatos em área e períodos determinados.
Criticidades e fragilidades.
Retrospectiva.
Tipos de Auditoria
 Analítica – análise de relatórios, processos e
documentos
 Operativa – observação direta dos fatos,
documentos e situações
Auditoria Operacional
- Consiste na realização de atividades voltadas para
controle das ações desenvolvidas pela rede de serviços do
Distrito Sanitário
- Concentra-se nas condições da rede física, nos
mecanismos de regulação e no desenvolvimento das ações de
saúde
Auditoria Analítica
Baseia-se no desenvolvimento de atividades que tem por
objetivo aprofundar as análises de aspectos específicos do
sistema de saúde do Distrito Sanitário, ou seja, é voltada para a
avaliação quantitativa, inferindo, em algumas situações, a
qualidade das ações de saúde do Distrito Sanitário
Para avaliação sistemática da qualidade da assistência de
enfermagem, conta-se com a auditoria, que pode ser dos
seguintes tipos:
a) Periódica e retrospectiva
b) Retrospectiva e Operacional
c) Específica e Contínua
d) Períódica e específica
Para avaliação sistemática da qualidade da assistência de
enfermagem, conta-se com a auditoria, que pode ser dos
seguintes tipos:
a) Periódica e retrospectiva
b) Retrospectiva e Operacional
c) Específica e Contínua
d) Periódica e específica
INSTRUMENTOS
NORMATIVOS
RELATÓRIO GERAL
• O relatório é utilizado na área de pesquisa cientifica,
mas também na área técnico-administrativa
•
Seu objetivo é comunicar resultado de trabalhos,
pesquisas, visitas, projetos realizados
• Deve, portanto, ser claro, completo e rigorosamente fiel
a realidade
Livro de Ocorrências
O livro de ocorrências de
enfermagem tem a finalidade
registrar alterações durante o
plantão
ORDEM DE SERVIÇO
• É o ato através do qual são expedidas determinações a
serem executadas por órgãos subordinados ou por servidoras
dos mesmos
• É uma correspondência oficial interna ou interdepartamental,
com numeração própria e apresentando, algumas vezes,
características de circular
• Quando é expedida a diversos departamentos situados em
locais diferentes, seu texto é sucinto, direto e não inclui
fórmula de cortesia
PRONTUÁRIOS
“Documento único, constituído de um conjunto de
informações, sinais e imagens registrados, gerados a partir
de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do
paciente e a assistência a ele prestada, de caráter legal,
sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre
membros da equipe multiprofissional e a continuidade da
assistência prestada ao indivíduo“
(Resolução n.°1.63 /02, Conselho Federal de Medicina)
PRONTUÁRIOS
• Conjunto de documentos
prestada a um paciente
•
relativos
à
assistência
O nome prontuário, provém do latim prontuarium, lugar
em que se guardam as coisas que devem estar à mão,
despensa, armário
• A expressão prontuário médico é amplamente usada, o
que lhe dá legitimidade. Mas é ambígua e, por isso,
objeto de críticas, sobretudo de outras áreas
profissionais atuantes na assistência ao doente
ATA
• Registro assuntos tratados numa reunião, assembléia, sessão,
congresso ou em uma convenção para futura comprovação das
discussões e decisões tomadas
• Segue uma forma fixa, não se admitindo parágrafos (a não ser o
inicial) para evitar alterações. Pelo mesmo motivo, é assinada
pelos participantes do encontro logo após a última linha
• Deve conter:
- número da ata
- local da reunião
- registro dos nomes dos presentes
- pauta e ordem do dias; relato dos assuntos tratados
nomeando as pessoas que se manifestaram; registro das
conclusões, soluções
ATA
• Antes de ser assinada, deve ser lida e aprovada pelos presentes
na reunião
• Geralmente as atas são transcritas a mão pelo secretário, em
livro próprio; que deve conter um termo de abertura e um termo
de encerramento, assinados pela autoridade máxima
• Deve ser enumerar e rubricar todas as folhas do livro.
• A expressão prontuário médico é amplamente usada, o
que lhe dá legitimidade. Mas é ambígua e, por isso,
objeto de críticas, sobretudo de outras áreas
profissionais atuantes na assistência ao doente
MEMORANDO
• Pode ser uma comunicação entre dois setores de
mesma entidade ou de uma entidade para outra
• Tratando-se de órgãos oficiais (cartório de primeiro
ofício), denomina-se oficio
• Se representar comunicação entre duas entidades nãooficiais terá cunho de carta clerical
• O memorando é empregado para comunicações breves
e dispensa fórmulas de cortesia. Em geral, transmite
ordens ou relembra decisões, compromissos.
ATESTADO
• É um domínio expedido tanto por órgãos oficiais como
por estabelecimentos privados para comprovação de um
tipo de informação sobre determinada pessoa
•
É solicitado à entidade geralmente através de
requerimento e deve ser impresso em papel timbrado do
emissor, datado e assinado
•
A formulação deve restringir-se à informação solicitada
pelo requerente e não conter frases de cortesia
DECLARAÇÃO
- É um documento que dá uma informação sobre determinada
pessoa ou fato
- Como também é válida perante a Justiça, a declaração deve
expressar a verdade e ser datada
-
O declarante, assim como o beneficiário, deve vir
identificado
OFÍCIO
• O oficio é, em geral, correspondência estabelecida entre
órgãos oficiais ou de um órgão oficial para uma
pessoaSão freqüentes os pronomes ou formas de
tratamento: Vossa Senhoria (V. Sa); Vossa Excelência
(V. W) para iniciar o oficio e para fechar a
correspondência
CIRCULAR
• É o meio de correspondência reproduzida em diversos
exemplares enviadas a diversas repartições ou pessoas.
REQUERIMENTO
• É um tipo de correspondência em que se requer ou
solicita-se alguma coisa
•
Como geralmente é destinado a entidade ou autoridade
superior, é comum o tratamento de respeito no texto.
Entretanto, nunca inclui agradecimento
REQUERIMENTO
• Quando é acompanhado de documentação para
justificar o pedido, esta deve ser arrolada sob a palavra
"Anexo (s)", ao canto esquerdo inferior, abaixo da
assinatura, e anexada ao requerimento. f) requerimento
precisa de um "fechamento" no final da redação como:
Nestes termos, pede deferimento
MANUAIS DE ENFERMAGEM
• Entende-se como Manual de Enfermagem o instrumento que
reúne, de forma sistematizada, normas, rotinas e
procedimentos e outras informações necessárias para a
execução das ações de enfermagem
•
O manual deve espelhar as diretrizes e normas da
organização e não determiná-las, pois quando isso ocorre, há
limitações do crescimento dos usuários e maior resistência à
mudança
•
O manual deve ser, portanto um facilitador das ações de
enfermagem
Regimento
• O regimento é um ato normativo, aprovado pela
administração superior da organização de saúde, de
caráter flexível e que contem diretrizes básicas para o
funcionamento do S.E
• O regimento especifica as disposições do regulamento
para o serviço, devendo, portanto, estar nele embasado
Normas
• As normas são um conjunto de regras ou instruções
para fixar procedimentos, métodos, organização, que
são utilizados no desenvolvimento das atividades
Normas
Exemplos de normas
• Os funcionários de enfermagem deverão estar na unidade onde trabalham,
devidamente uniformizados, até as 7 horas
• Todo o paciente cardíaco deverá ser pesado, diariamente, pelo atendente de
enfermagem designado para cuidá-lo
Rotinas
• A rotina, conforme definição do Ministério da Saúde é o
conjunto de elementos que especifica a maneira exata pela qual
uma ou mais atividades devem ser realizadas
• Existem três tipos de rotinas, em colunas, textual e fluxograma
• É a descrição sistematizada dos passos a serem dados para a
realização das ações componentes de uma atividade, na
seqüência de execução
• Uma rotina instrui sobre o que deve ser feito, quem deve e
onde.
Tipos de Rotinas
Rotina em coluna
- Oferece rápido visualização da informação necessária, facilitando
sua consulta
-É composta de três colunas básicas: o agente (quem), a ação ( o
quê) e observação (onde)
Tipos de Rotinas
Existem três tipos principais de rotina: coluna, textual e
fluxograma
Rotina Textual
- Como o próprio nome diz, é a forma de texto, podendo seguir
tópicos (normas, agentes, ações e observações) da rotina em
colunas
Rotina Fluxograma
Representa graficamente as ações a serem realizadas, utilizando
símbolos identificados em uma legenda
Tipos de Rotinas
Rotina Fluxograma
• Pode ser vertical ou horizontal, dependendo da disposição em
que ocorrem as seqüência das ações
Procedimentos
• É a descrição detalhada e seqüencial de como uma atividade
dever ser realizada
•
É sinônimo de técnica
• 0 procedimento, ao contrário da rotina é uniforme para toda a
organização, pois está baseado em princípios científicos e,
assim, não se modifica, independentemente de quem a
realiza
• Por exemplo: um procedimento de sondagem vesical é
realizado por uma enfermeira, por um auxiliar ou por um
médico sempre da mesma maneira. O tipo de material
utilizado pode ser modificado, mas o como fazer a sondagem
não
Bibliografia
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração.
Edição Compacta. 2. ed. Editora Campus, 2004.
KURCGANT, P. Administração em enfermagem. São Paulo:EPU, 1991.
MARQUIS,B.L., HUSTON, C.J. Administração e liderança em
enfermagem: teoria e prática. Tradução: GARCEZ, R. 4. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2005.
DORNELAS, Jose Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando
ideias em negocios. Rio de Janeiro: Campus, 2001. 299 p.
Bibliografia
Ministério da Saúde. Portaria n.1884 de 11 de novembro de 1994.
Elaboração de Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistências de
Saúde. Diário Oficial, Brasília, DF, dez.1994.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução a Administração. 7ª ed.
Editora Atlas, 2007
POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. 4 ed.
v.1.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
SMELTZER, S.; BARE, B, G. Brunner & Suddarth: Tratado de
enfermagem
médico-cirurgico. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2005.
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