Título do Trabalho: Desempenho inicial de clones de eucalipto em integração pecuária-floresta no município de Cáceres-MT Autores: Silva CS; Santos LO; Silva FC; Chaves AGS Instituição: IFMT - Campus Cáceres Introdução A integração pecuária-floresta (iPF) ou sistema silvipastoril é um sistema de produção que integra árvore, pastagem e animais numa mesma área, cujo componente arbóreo é uma alternativa de renda a longo prazo ao proprietário rural. Para quantificar e avaliar o componente florestal são feitos inventários florestais, os quais permitem a obtenção de informações qualitativas e quantitativas dos recursos florestais (SOARES, PAULA NETO e SOUZA, 2001), tais como volume/ha, altura, diâmetro à altura do peito (DAP) e dentre outras. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi quantificar a produção de madeira dos clones H13, GG100 e VM01 em sistema de iPF aos 14 meses de idade, numa pequena propriedade do município de Cáceres, MT. Título do Trabalho: Desempenho inicial de clones de eucalipto em integração pecuária-floresta no município de Cáceres-MT Autores: Silva CS; Santos LO; Silva FC; Chaves AGS Instituição: IFMT - Campus Cáceres Material e Métodos O trabalho foi realizado em uma área de 5 ha composta por piquetes de Panicum maximum cv. Mombaça e por sete renques de fileiras triplas de três clones de eucalipto: H13 (Eucalyptus urophylla x E. grandis), GG100 (E. urophylla x E. grandis) e VM01 (E. urophylla x E. camaldulensis), no espaçamento 2 x 3 m, instalados em janeiro de 2014. Em cada renque, foram instaladas duas parcelas constituídas de nove plantas cada, exceto os renques compostos por GG100 e VM01, nos quais instalou-se quatro parcelas, devido ao menor número de indivíduos. Utilizou-se fita métrica para mensurar a circunferência à altura do peito (CAP) e hipsômetro de Cristten para mensurar as alturas. Mensurou-se a CAP de todas as árvores da parcela e a altura total (Ht) de apenas três. As demais alturas foram obtidas por relação hipsométrica. A CAP foi transformada em DAP e a partir disso, calculou-se o volume médio individual (v), volume por hectare (V/ha) em área de iPF e volume/ha (V/ha*) considerando-se monocultivo em área total. O volume de madeira com casca foi obtido pelo método utilizado por Shimizu, Klein e Oliveira (2007) em plantas de E. urograndis, no espaçamento 3x2 m. Título do Trabalho: Desempenho inicial de clones de eucalipto em integração pecuária-floresta no município de Cáceres-MT Autores: Silva CS; Santos LO; Silva FC; Chaves AGS Instituição: IFMT - Campus Cáceres Resultados Os renques compostos por VM01 obtiveram melhor desempenho aos 14 meses de idade, em todos os parâmetros avaliados, apresentando altura total média de 8,49 m, DAP médio de 7,91 cm, volume individual médio de 0,0230 m³.planta-1, volume médio em área de iPF de 4,0942 m³.ha-1 e volume médio por hectare de 34,1180 m³.ha-1, considerando-se monocultivo em área total (Tabela 01) . Os indivíduos de GG100 e H13 obtiveram menores desempenhos, sendo que o H13 apresentou menor crescimento em altura, em diâmetro e consequentemente menor volume que os demais clones avaliados (Tabela 01). Estes resultados foram maiores que os verificados por Oliveira et al. (2009) em híbridos de E. urophylla x E. camaldulensis, aos 18 meses de idade em sistema agrossilvipastoril. Título do Trabalho: Desempenho inicial de clones de eucalipto em integração pecuária-floresta no município de Cáceres-MT Autores: Silva CS; Santos LO; Silva FC; Chaves AGS Instituição: IFMT - Campus Cáceres Tabela Tabela 1 – Médias de DAP, altura total (Ht), volume individual (v), volume por hectare em área de iPF (V/ha) e em área total (V/ha*) dos clones H13, GG100 e VM01 aos 14 meses de idade, em sistema de iPF, em Cáceres, MT. Clone DAP Ht v V/ha V/ha* -1 -1 (cm) (m) (m³ind ) (m³ha ) (m³ha-1) H13 5,19 6,01 0,0005 0,0856 0,7134 GG100 5,76 6,50 0,0136 2,2180 18,4830 VM01 7,91 8,49 0,0230 4,0942 34,1180 Título do Trabalho: Desempenho inicial de clones de eucalipto em integração pecuária-floresta no município de Cáceres-MT Autores: Silva CS; Santos LO; Silva FC; Chaves AGS Instituição: IFMT - Campus Cáceres Discussão e Conclusão Barbosa et al (2014) compararam o desenvolvimento de híbridos I144 (urograndis) e 1277 (urocam) aos dez meses de idade, e verificaram melhor desempenho do 1277 em todas as variáveis estudadas. Morais (2006) obteve volume de 21,86 m³.ha-1 no espaçamento 3x 2 m, aos doze meses de idade para o clone urocam. Portanto, pode-se notar que o clone que obteve melhor desempenho inicial em iPF, no município de Cáceres foi o VM01, seguido pelos clones GG100 e H13. Referências BARBOSA et al. Avaliação do desenvolvimento inicial de clones de eucalipto em uma área experimental na fazenda UEMS, em Aquidauana, MS. Anais... Encontro de Pesquisa, Ensino e Extensão (UEMS/UFGD), 2014. OLIVEIRA et al. Desempenho Silvicultural e Produtivo de eucalipto sob diferentes arranjos espaciais em sistema agrossilvipastoril. Pesquisa Florestal Brasileira, Colombo, n.60, p. 01-09, 2009. MORAIS, V. M. Dinâmica de crescimento de eucalipto clonal sob diferentes espaçamentos, na região Noroeste do Estado de Minas Gerais. 2006. 63 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) – UFLA, Lavras, MG. SOARES, C. P. B.; PAULA NETO, F.; SOUZA, A. L. Dendrometria e Inventário Florestal. 2.ed. – Viçosa, MG: Ed. UFV, 2001. Título do Trabalho: Ajuste de equações para estimativa de variáveis dendrométricas de Stryphnodendron adstringens (Mart.) Cov. Autores: Laís Almeida Araújo; Felipe Teixeira Braga Capuchinho; Vinícius Orlandi Barbosa Lima; Lauany Matos de Novais Silva; Caio Ferreira Silva Instituição: Instituto Federal do Norte de Minas Gerais IFNMG - Campus Salinas Introdução Entre as árvores úteis do cerrado, o barbatimão (Stryphnodendron adstringens) tem alta procura pelas populações rurais para utilização com fins medicinais e extração do tanino. A exploração comercial do barbatimão é extrativista sendo o produto utilizado no curtimento do couro de animais e na medicina popular para o tratamento de distúrbios gastrintestinais, cicatrização de feridas, antiinflamatório, antimicrobiano e antisséptico (CARVALHO, 2013). As variáveis relacionadas com a produção dos taninos nesta espécie são principalmente a espessura da casca e o volume da copa, pois a substância está concentrada nas folhas e cascas. A estimativa do potencial produtivo da vegetação nativa pode ser facilitada pelo uso de equações ajustadas para as variáveis de produção. Deste modo, o ajuste de equações a partir das variáveis mais comumente observadas possibilita uma estimativa indireta e precisa de outras medidas de interesse. Título do Trabalho: Ajuste de equações para estimativa de variáveis dendrométricas de Stryphnodendron adstringens (Mart.) Cov. Autores: Araújo LA; Capuchinho FTB; Lima VOB; Silva LMN; Silva CF Instituição: IFNMG - Campus Salinas Material e Métodos O estudo foi realizado em fragmentos de cerrado stricto sensu no município de Rio Pardo de Minas/MG. Foram mensurados aleatoriamente 28 indivíduos lenhosos de barbatimão, sendo medidos o diâmetro à altura de 1,30m (DAP), a altura total (H), a altura do fuste (HF), o diâmetro da copa (DC) e a espessura da casca à altura de 1m (EC). A partir dos dados foram ajustadas equações de DC, EC e HF em função do DAP e H das árvores, sendo calculados os coeficientes de determinação e de variação para as regressões. A matriz de correlações foi calculada para as variáveis, incluindo os volumes do fuste (VF) e total (V) estimados para cada indivíduo através das equações ajustadas pelo Inventário Florestal de Minas Gerais (SC OLFORO et al., 2008). Título do Trabalho: Ajuste de equações para estimativa de variáveis dendrométricas de Stryphnodendron adstringens (Mart.) Cov. Autores: Araújo LA; Capuchinho FTB; Lima VOB; Silva LMN; Silva CF Instituição: IFNMG - Campus Salinas Resultados Os resultados dos ajustes foram: Diâmetro da Copa = 0,6212 + 0,2179*DAP - 0,0701*H (R² = 0,9068; CV= 15,12%); Espessura da Casca = 0,3031 + 0,0223*DAP + 0,0294*H (R² = 0,5532; CV= 24,42%) e Altura do Fuste = 0,6847 - 0,0213*DAP + 0,3028*H (R² = 0,6064; CV= 18,38%). O diâmetro da copa obteve maior relação com o diâmetro e altura dos indivíduos de barbatimão, apresentando menor dispersão dos dados em torno da regressão ajustada e maior R². As equações para altura do fuste e espessura da casca apresentaram valores de coeficiente de variação relativamente baixos, apesar dos valores de R² menores, a regressão foi significativa (P<1%). Isto evidencia que as variações em HF e EC podem ser explicadas parcialmente pelas variações em DAP e H. Todas as correlações entre as variáveis dendrométricas foram positivas, onde o diâmetro da copa teve maior correlação com o DAP(0,95) e com o VF(0,92). A altura do fuste se correlacionou mais com H(0,74), a espessura da casca teve maior correlação com o DAP(0,73) e DC(0,70). Título do Trabalho: Ajuste de equações para estimativa de variáveis dendrométricas de Stryphnodendron adstringens (Mart.) Cov. Autores: Araújo LA; Capuchinho FTB; Lima VOB; Silva LMN; Silva CF Instituição: IFNMG - Campus Salinas 7,00 7,00 6,00 6,00 Diâmetro da Copa (m) Diâmetro da Copa (m) Figura 1. Distribuição do diâmetro da copa, altura do fuste e espessura da casca em função do diâmetro à altura do peito(DAP) e altura total em indivíduos de barbatimão 5,00 4,00 3,00 y = 0,2075x + 0,4637 R² = 0,9043 2,00 3,00 2,00 y = 0,9352x0,8215 R² = 0,5598 0,00 0,00 0,0 5,0 10,0 15,0 DAP (cm) 20,0 25,0 0,0 30,0 2,5 2,5 2,0 2,0 Altura do Fuste (m) Altura do Fuste (m) 4,00 1,00 1,00 1,5 1,0 0,5 1,0 2,0 3,0 4,0 Altura total (m) 5,0 6,0 7,0 1,5 y = 0,5734x0,7505 R² = 0,752 1,0 0,5 y = -0,0069x2 + 0,2181x + 0,3146 R² = 0,5099 0,0 0,0 0,0 5,0 10,0 15,0 DAP (cm) 20,0 25,0 0,0 30,0 1,2 1,2 1,0 1,0 Espessura da casca (cm) Espessura da casca (cm) 5,00 0,8 0,6 0,4 y = -0,0017x2 + 0,0759x + 0,1033 R² = 0,6243 0,2 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 Altura total (m) 5,0 6,0 7,0 0,8 0,6 0,4 y = 0,1007x + 0,2969 R² = 0,3543 0,2 0,0 0,0 5,0 10,0 15,0 DAP (cm) 20,0 25,0 30,0 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 Altura total (m) 5,0 6,0 7,0 Título do Trabalho: Ajuste de equações para estimativa de variáveis dendrométricas de Stryphnodendron adstringens (Mart.) Cov. Autores: Araújo LA; Capuchinho FTB; Lima VOB; Silva LMN; Silva CF Instituição: IFNMG - Campus Salinas Discussão e Conclusão Os resultados apontam que árvores com troncos de maior área seccional tendem a sustentar copas mais largas do que altas. A quantidade de casca produzida foi positivamente influenciada pelo crescimento em diâmetro do tronco e da copa, e consequentemente afetada pela maior área fotossintética ativa das copas mais largas e dos indivíduos dominantes. Referências Bibliográficas CARVALHO, A. G. Utilização de adesivos tânicos de Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville em painéis de madeira reconstituída. 2013. 101f. Dissertação (Mestre em Ciência e tecnologia da Madeira) Universidade Federal de Lavras. Área de concentração em Processamento e Utilização da Madeira. SCOLFORO, J. R. S.; OLIVEIRA, A. D. de; ACERBI JUNIOR, F. W. Inventário florestal de Minas Gerais:equações de volume, peso de matéria seca e carbono para diferentes fisionomias da flora nativa. Lavras: UFLA, 2008. 216 p. Título do Trabalho: Aplicação de redes neurais artificiais (RNA) para estimação do volume em plantios de Eucalyptus spp. no cerrado. Autores: Soares GM; Pinto PHMA; Silva LD Instituição:Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Universidade de São Paulo (ESALQ/USP) Introdução Vários modelos de regressão linear e não linear são usados para a predição do volume, porém, devido ao viés detectado nas pressuposições dos mínimos quadrados e valores relativamente elevados nos erros das estimativas, as RNA estão sendo usadas como um procedimento alternativo para a análise da regressão (DIAMANTOPOULO, 2005). Do ponto de vista prático, uma RNA é apenas um sistema computacional paralelo composto de muitos elementos de processamento simples ligados entre si de uma maneira específica, a fim de executar uma tarefa que lhes são fornecidas. Os estudos na área de RNA se justificam por diversos motivos, como: tolerância a falhas e ruídos, aprendizagem e generalização a partir de dados de treinamento, uniformidade de análise e projeto, analogia neurobiológica, mapeamento entrada-saída, não linearidade, capacidade de modelar diversas variáveis, capacidade de modelagem com variáveis categóricas, além das numéricas (BRAGA et al., 2000; HAYKIN, 2001; BULLINARIA, 2014). E por esses motivos, em alguns casos, as RNA têm apresentado desempenho superior aos modelos de regressão (BINOTI, 2012). O objetivo desse estudo é aplicar as RNA para a estimação do volume individual em um plantio de Eucalyptus spp. no município de Aparecida do Rio Doce – GO. Título do Trabalho: Aplicação de redes neurais artificiais (RNA) para estimação do volume em plantios de Eucalyptus spp. no cerrado. Autores: Soares GM; Pinto PHMA; Silva LD Instituição: Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Universidade de São Paulo (ESALQ/USP) Material e Métodos O trabalho foi realizado na Fazenda Santa Thereza que está situada no município de Aparecida do Rio Doce – GO, a fazenda possui uma área total de 1979,5 ha, dos quais 909 ha são constituídos de plantações de eucalipto, com os clones: H13, H15, I-144, GG-100 e 1528. O emprego das RNA foi realizado utilizando-se como variáveis categóricas os clones plantados, gerando um modelo específico para os clones, e como variáveis continuas o DAP (cm) e a altura (m); também foram empregadas RNA com ausência de variáveis categóricas, gerando assim uma rede geral para o plantio. O treinamento e a avaliação das redes foram feitos no sistema NeuroForest – hipsometric. Para efeito de comparação com as RNA, os coeficientes do modelo de Schumacher e Hall (REG) foram estimadas para todo o plantio, modelo este que é comumente utilizado para essa função. As melhores RNA foram selecionadas com base na correlação entre a altura observada e a altura estimada pelas redes (R y𝑦 ), o BIAS (enviezamento das estimativas), a raiz quadrada do erro médio (RQEM), o histograma de frequência dos erros percentuais e o teste L&O proposto por LEITE & OLIVEIRA (2002), que consiste em uma regra decisória construída com base na estatística F proposta por GRAYBILL (1976), dessa forma podemos observar qual modelo se ajustou melhor aos dados Título do Trabalho: Aplicação de redes neurais artificiais (RNA) para estimação do volume em plantios de Eucalyptus spp. no cerrado. Autores: Soares GM; Pinto PHMA; Silva LD Instituição: Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Universidade de São Paulo (ESALQ/USP) Resultados Todas as RNA testadas apresentaram altos valores para o coeficiente de correlação (R y𝑦 ) e baixos para: BIAS, que se trata do enviezamento das estimativas, e da raiz quadrada do erro médio (RQEM), e inclusive foram aceitas pelo teste L&O proposto por LEITE & OLIVEIRA (2002), o que não pôde ser observado pelo modelo de regressão normalmente modelado para tal função, além disso as RNA apresentaram um comportamento ideal da dispersão dos resíduos, situandose por volta de ±5%. Quando se utilizou os clones como variável categórica, resultados superiores foram encontrados na RNA 3; e quando comparamos a RN4 e o modelo de regressão (REG), ambos modelos que representam todo o povoamento pôde-se notar uma superioridade da RNA, apresentando um valor de 0,99 para o coeficiente de correlação (R y𝑦 ), 0,0000234 metros para o BIAS e 5,35 para a RQEM; enquanto que o modelo apresentou os valores de 0,98, 0,0011559 metros e 9,19. Título do Trabalho: Aplicação de redes neurais artificiais (RNA) para estimação do volume em plantios de Eucalyptus spp. no cerrado. Autores: Soares GM; Pinto PHMA; Silva LD Instituição: Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Universidade de São Paulo (ESALQ/USP) Model RNA1 RNA2 RNA3 RNA4 REG Model RNA1 RNA2 RNA3 RNA4 REG R² 0,998 0,998 0,998 0,997 0,986 F 0,8795ns 0,4687ns 0,4785ns 1,086ns 50,43* BIAS 0,0000217 0,0000205 0,0000045 0,0000234 0,0011559 Teste L&O t ry1 y2 >= 1-lel 0,849ns sim 0,4755ns sim 0,7813ns sim 1,1434ns sim 0,7062ns não Erro % RNA3 100 75 50 25 0 -25 -50 -75 -100 RQEM 4,53 4,13 4,09 5,35 9,19 Result Yest = Yobs Yest = Yobs Yest = Yobs Yest = Yobs Yest ≠ Yobs Título do Trabalho: Aplicação de redes neurais artificiais (RNA) para estimação do volume em plantios de Eucalyptus spp. no cerrado. Autores: Soares GM; Pinto PHMA; Silva LD Instituição: Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Universidade de São Paulo (ESALQ/USP) Discussão e Conclusão Conclui-se que, as RNA possuem um grande potencial de uso para a estimação volumétrica de plantios de Eucalyptus spp. no cerrado, apresentando-se como uma ferramenta valiosa para esse tipo de estudo, pois além de tudo demonstram um baixo vício do modelo, sendo capazes ainda, de diminuir a complexidade da modelagem, pois apenas uma RNA pode representar toda a floresta com estimativas altamente precisas e com baixa tendenciosidade. Referências • • • • • DIAMANTOPOULOU, M. J. Artificial neural networks as an alternative tool in pine bark volume estimation. Computers and electronics in agriculture, v. 10, p. 235244, 2005. BULLINARIA, J. A. Introduction to Neural Computation. Notas de aula. Disponível em: http://www.cs.bham.ac.uk/~jxb/inc.html. 2014. BRAGA, A. de P.; CARVALHO, A. P. de L. F. de; LUDEMIR, T. B. Redes Neurais Artificiais: Teoria e Aplicações. Rio de Janeiro, RJ. Editora LTC, 262 p. 2000. HAYKIN, S. Redes neurais: princípios e prática. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 900 p, 2001. BINOTI, M. L. M. S. Emprego de redes neurais em mensuração e manejo florestal. 168f.Tese (Doutorado em Ciência Florestal) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa – MG, 2012. SELEÇÃO DE EQUAÇÕES VOLUMETRICAS PARA CLONES DE EUCALYPTUS PLANTADOS EM SISTEMAS AGROSSILVIPASTORIL Mezzalira.C.C¹. Soares. G. M², Momentel.L.T², Silva. L.D³ Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz(ESALQ). Introdução Um dos grandes desafios dos sistemas agrossilvipastoris é o manejo florestal e a estimativa de volume total de uma floresta. Para isso é imprescindível o estudo detalhado de equações volumétricas visando dar representatividade às informações sobre o volume de madeira que será obtido, já que qualquer erro de tendência na estimativa do volume por árvore terá reflexos na estimativa da população, causando uma sub ou super estimativa da produção (SCOLFORO, 2005). O uso de equações de volume utilizando mensurações, como o diâmetro à altura do peito e a altura total é o procedimento de maior uso na estimativa do volume individual (MACHADO et al. 2002). Ao se analisar a literatura nota-se que existem diversos modelos volumétricos consagrados no meio florestal desenvolvidos para a obtenção da variável volume, mas estes são ajustados para cada caso especifico, por isso a necessidade deste trabalho em avaliar equações para estimação volumétrica de clones de eucalipto plantados em sistemas agrossilvipastoril no cerrado Baiano SELEÇÃO DE EQUAÇÕES VOLUMETRICAS PARA CLONES DE EUCALYPTUS PLANTADOS EM SISTEMAS AGROSSILVIPASTORIL Mezzalira.C.C¹. Soares. G. M², Momentel.L.T², Silva. L.D³ Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz(ESALQ). Material e Métodos O presente trabalho foi realizado em um sistema agrossilvipastoril, implantado em 2009 em arranjo de 9m x 3m no município de Correntina – BA, O município em questão apresenta predominantemente o clima tipo AW tropical de savana, caracterizado por um inverno seco e verão chuvoso. A temperatura média máxima é de 34ºC e média mínima de 14ºC. A umidade relativa do ar é de 64% (MORAES, 2003). O período de chuvas se concentra entre os meses de novembro a abril. Há um período seco entre os meses de maio a setembro, quando ocorre um déficit hídrico (MORAES, 2003). Os clones avaliados no presente estudo foram o VS62 e AEC 224. Foi realizada a cubagem rigorosa das árvores, pelo método de Smalian, primeiramente foi realizado o inventário florestal amostrando 5% das áreas de plantio, em seguida as árvores foram distribuídas em 5 classes diamétricas, das quais foram amostradas 6 árvores por classe em cada clone, totalizando 30 árvores cubadas por clone. Foram utilizadas as seguintes equações de volume: Spurr, Schumacher-Hall, Ogaya e Meyer. SELEÇÃO DE EQUAÇÕES VOLUMETRICAS PARA CLONES DE EUCALYPTUS PLANTADOS EM SISTEMAS AGROSSILVIPASTORIL Mezzalira.C.C¹. Soares. G. M², Momentel.L.T², Silva. L.D³ Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz(ESALQ). Resultados A seleção da melhor equação ajustada, para o volume total, foi obtida através das analises das variáveis: R², erro padrão e análise gráfica dos resíduos. Em relação ao R², todas as equações apresentaram valores muito parecidos entre si e parecidos com os encontrados na literatura, porém a equação de Ogaya foi a que apresentou o melhor valor para os dois clones analisados. O valor de R² para os clones VS62 e AEC 224 foram de 0,98617 e 0,97761066, respectivamente como podemos observar na Tabela 1. Em relação ao erro padrão da estimativa, a equação de Ogaya também apresentou os menores erros para ambos os clones, sendo de 0,01356 para o VS62 e de 0,02301 para o AEC 224. A equação de Schumacher e Hall, tradicionalmente utilizada nesse caso foi a que apresentou o maior erro padrão (0,40670 para VS62 e 0,35092 para AEC 224). Ao realizar a verificação da regressão, mediante uma análise dos resíduos (Figura 1), foi notado que não houve uma diferença expressiva entre os modelos testados. SELEÇÃO DE EQUAÇÕES VOLUMETRICAS PARA CLONES DE EUCALYPTUS PLANTADOS EM SISTEMAS AGROSSILVIPASTORIL Mezzalira.C.C¹. Soares. G. M², Momentel.L.T², Silva. L.D³ Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz(ESALQ). Tabela1 - Resultados dos ajustes das equações volumétricas para os clones I224 e VS62 plantados em sistemas silvipastoril. Variaveis clone Schumacher SPURR Ogaya Meyer 0,9736807 0,9580339 0,9776107 0,9725890 0,3509276 0,1010195 0,0230100 0,0755866 BIAS 0,0004657 0,0000000 0,0044422 0,0000000 RQEM 6,6862804 7,9490508 9,5816711 5,9477835 0,9748515 0,9753235 0,9861765 0,9811285 0,4067088 0,0650892 0,0135600 0,0579283 BIAS 0,0002503 0,0000000 0,0011876 0,0000000 RQEM 6,0291940 6,5552688 7,2248851 0,0000000 R² Syx I224 R² Syx 100 VS 62 80 60 40 20 0 -20 -40 -60 -80 -100 •DAP Figura 1 - Análise dos resíduos do modelo de Ogaya para o clone VS62 plantado em sistema silvipastoril. SELEÇÃO DE EQUAÇÕES VOLUMETRICAS PARA CLONES DE EUCALYPTUS PLANTADOS EM SISTEMAS AGROSSILVIPASTORIL Mezzalira.C.C¹. Soares. G. M², Momentel.L.T², Silva. L.D³ Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz(ESALQ). Discussão e Conclusão Pode-se concluir com este trabalho que, dos quatro modelos volumétricos testados para os clones em questão plantados em sistemas agrossilvipastoril na região de Correntina - BA, o modelo que apresentou o melhor ajuste foi o de Ogaya. Os valores de R² elevados e o erro padrão muito baixos mostram um alto grau de exatidão do modelo, captando e explicando melhor suas variações em função do DAP e da Altura. Todos os modelos analisados apresentaram baixo grau de tendenciosidade para a estimativa do volume. Esse bom ajuste do modelo, traz segurança nas estimativas do volume dos clones AEC 224 e VS 62 em sistemas silvipastoril. Referências MACHADO, S. A.; CONCEIÇÃO, M. B.; FIGUEIREDO, D. J. Modelagem do volume individual para diferentes idades e regimes de desbaste em plantações de Pinus oocarpa. Ciências Exatas e Naturais, Curitiba, v. 4, n. 2, p. 185-196, 2002. MORAES, L. S. Diagnóstico de uso e ocupação da bacia do Rio de Ondas: Barreiras/BA. 2003. Dissertação (Mestrado em Planejamento e Gestão Ambiental). Universidade Católica de Brasília, Brasília, DF SCOLFORO, J.R.S.; Biometria florestal: Parte I: Modelos de regressão linear e não linear; Parte II: Modelos para relação hipsométrica, volume, afilamento e peso de matéria seca. Lavras: UFLA/FAEPE, 2005. Análise Qualitativa de Diferentes Clones de Eucalipto no Cerrado Goiano Ribeiro, M.F.; Pinto, P.H.M.A.; Silva, L.D. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz(ESALQ/USP) Introdução O Cerrado brasileiro é visto como área propícia para o desenvolvimento da silvicultura por apresentar grandes extensões de terras em relevos pouco acidentados e estações climáticas bem definidas (LOPES, 2013), contudo também é uma região que apresenta acentuada restrição hídrica e nutricional (NUNES, 2010), o que pode dificultar o estabelecimento da cultura florestal. Nunes (2010) ainda pontua que para poder vencer esses obstáculos as empresas tem buscado genótipos tolerantes à seca e com maior eficiência na utilização de nutrientes. Nesse contexto de oportunidades e desafios, a análise dos dados qualitativos dos povoamentos florestais é uma ferramenta importante quando queremos verificar a capacidade de adaptação que determinado material genético apresenta em diferentes condições climáticas. Análise Qualitativa de Diferentes Clones de Eucalipto no Cerrado Goiano Ribeiro, M.F.; Pinto, P.H.M.A.; Silva, L.D. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz(ESALQ/USP) Material e Métodos Os dados foram coletados no município de Aparecida do Rio Doce/GO, onde a precipitação média anual encontra-se entre 1.500 e 1.600mm, temperatura máxima média de 29-30°C e temperatura mínima média de 17-18°C, com até 6 meses de déficit hídrico (GOIAS, 2006). O inventário florestal foi realizado em janeiro de 2014 para os clones AEC-0144, AEC-1528 e GG10, implantados no início de 2011 (3 anos de idade); em julho de 2014 o inventário foi feito para os clones AEC-0144, AEC-1528, H-15 e CO-1407, implantados início de 2012 (2,5 anos de idade). Para cada clone foram estabelecidas parcelas circulares de 12,5m de raio com número de indivíduos entre 64 a 82 árvores por parcela, variando de 2 a 13 parcelas por clone, em função do tamanho da área plantada. Foram avaliadas 12 características qualitativas nas árvores amostradas, sendo elas: falha, morta, bifurcada, polifurcada, ponteiro quebrado, torta, exsudação de seiva, retorcimento no tronco, quebrada, tombada, caída, ataque de lagartas. Entre as características qualitativas avaliadas três se destacaram: exsudação de seiva, retorcimento no tronco e tombamento. Análise Qualitativa de Diferentes Clones de Eucalipto no Cerrado Goiano Ribeiro, M.F.; Pinto, P.H.M.A.; Silva, L.D. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz(ESALQ/USP) Resultados A primeira característica a ser discutida é o aparecimento de exsudação da seiva na parte inferior dos troncos dos clones de AEC-1528 com 2,5 anos de idade, tal característica teve uma média de ocorrência de 13,70%, variando desde parcelas com ausência até ocorrência de 49,28%. Foi coletado material para análise laboratorial e descartou-se a hipótese da exsudação ser causada por fungos, levantando-se a hipótese de que esteja relacionada ao estresse hídrico ao qual o plantio está sendo submetido, porém mais estudos ainda são necessários. Nesse material genético foi verificado a ocorrência de indivíduos com troncos retorcidos (média de ocorrência de 6,78%, variando de 0,0% a 31,51%), mais uma indicação de dano causado por estresse abiótico devido à escassez hídrica. Outra característica observada foi o tombamento de árvores devido ao vento, danificando principalmente os clones CO-1407, AEC-0144 e H-15, este último sendo o mais prejudicado, apresentando uma média de tombamento igual a 50,14%, chegando a alcançar o valor de 93,42% em uma das parcelas, vale destacar que o clone AEC-1528 estava localizado ao lado desses plantios e não sofreu tal dano. Assim, observa-se uma relação da ocorrência do tombamento relacionando a delimitação geográfica (direção e atuação do vento) e o material genético plantado. Análise Qualitativa de Diferentes Clones de Eucalipto no Cerrado Goiano Ribeiro, M.F.; Pinto, P.H.M.A.; Silva, L.D. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz(ESALQ/USP) Porcentagem plantas afetadas(%) 50 40 30 Exsudação Retorcimento 20 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 Parcela amostral Figura 1 – Porcentagem por parcela amostral de plantas do clone AEC-1528 com exsudação de seiva e tronco retorcido. Figura 2 – Tronco e cepa com exsudação de seiva, clone AEC1528. Análise Qualitativa de Diferentes Clones de Eucalipto no Cerrado Goiano Ribeiro, M.F.; Pinto, P.H.M.A.; Silva, L.D. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz(ESALQ/USP) Discussão e Conclusão Podemos concluir, a partir desse trabalho , que o clone AEC-1528 vem apresentando indícios de estresse abiótico na área de estudo, porém apresenta resistência aparente ao tombamento por vento. Os clones CO-1407, AEC-0144 e H-15 apresentaramse susceptíveis ao tombamento por vento. Referências GOIÁS (Estado). Secretaria da Indústria e Comércio. Superintendência de Geologia e Mineração. Caracterização Climática do Estado de Goiás. Silva, S.C.G.; Santana, N.M.P.; Pelegrini, J.C. Goiânia, 2006. 133p. LOPES, C.R. Expansão da silvicultura de eucalipto no bioma cerrado: uma análise sob a perspectiva dos fatores físicos e socioeconômicos. 2013. Dissertação (Mestrado em Agronegócio). Universidade Federal de Goiás, Escola de Agronomia, 2013. NUNES, F.N. Crescimento e expressão gênica em clones de eucalipto influenciados pelo Boro e Déficit Hídrico. 2010. Tese (Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas). Universidade Federal de Viçosa, 2010. Avaliação de atributos qualitativos de clones de eucalipto plantados em sistema silvipastoril no Cerrado Baiano 1CARDOSO, T. K. M.; 1DUQUE SILVA, L. 1Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo Introdução Os sistemas silvipastoris são caracterizados pela integração entre forrageiras, animais e árvores. Esses sistemas apresentam-se como maneira de diversificar a produção, garantir o uso eficiente do solo e obter retorno econômico (Balbino et al., 2011). As plantações de eucaliptos são consideradas de rápido crescimento e capazes de adaptarem-se a diferentes condições edafoclimáticas. Representando alternativa a utilização de madeiras de florestas nativas, a madeira de eucalipto possui múltiplos usos, sendo a serraria o uso que confere maior valor agregado. Os plantios de eucalipto consorciados ao pasto, inserem-se como oportunidade de produzir madeira de qualidade para serraria. O melhoramento genético permite a seleção de materiais adaptados às condições ambientais e com características desejáveis considerando o uso destinado, destacando-se o desenvolvimento de clones capazes de resistir a situação de estresse hídrico. O objetivo do trabalho foi avaliar a adaptação de quatro clones de eucalipto plantados em sistema silvipastoril situados no Cerrado Baiano, através de características qualitativas. Avaliação de atributos qualitativos de clones de eucalipto plantados em sistema silvipastoril no Cerrado Baiano 1CARDOSO, T. K. M.; 1DUQUE SILVA, L. 1Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo Material e Métodos O estudo foi conduzido na Fazenda Santo Antônio, localizada no município de Correntina - BA. O clima da região é classificado como Aw, tropical de savana, com verão chuvoso e inverno seco, o período de déficit hídrico compreende os meses de abril a outubro, a precipitação média anual varia de 700 a 1400 mm, sendo as temperaturas médias máxima de 34°C e mínima de 14°C e a altitude média do local de plantio de 770 m. Avaliou-se qualitativamente os clones AEC 224, AEC 1528, VS58 e GG100, aos 3 anos de idade, plantados em 2009 em solo com textura arenosa e arranjo 9 m x 3 m. Utilizou-se do método de amostragem sistemática através de parcelas retangulares (18 m x 300 m), representando 5% das áreas de plantios. Os atributos qualitativos avaliados foram: árvores mortas, bifurcadas, trifurcadas, quebradas, tombadas, com fuste tortuoso na base, no meio e na ponta e ocorrência de injúrias no fuste. Avaliação de atributos qualitativos de clones de eucalipto plantados em sistema silvipastoril no Cerrado Baiano 1CARDOSO, T. K. M.; 1DUQUE SILVA, L. 1Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo Resultados O clone AEC1528 apresentou menor frequência de árvores mortas (2%), seguido do clone AEC224 (3%), VS58 (4,2%) e GG100 (15%). Árvores quebradas corresponderam a 0,7% dos clones VS58 e as tombadas, 0,6% do AEC224 e 0,2% do GG100. A porcentagem de árvores bifurcadas foi mais expressiva nos clones GG100 (18%) e VS58 (15%), sendo que o AEC244 obteve 7,3% e o AEC1528 2,8%. Árvores trifurcadas representaram 2% do plantio do clone VS58 e menos de 1% dos plantios do AEC1528 e GG100. Em relação a forma do fuste, árvores com fuste torto na base corresponderam a 5,2 % do clone VS58, 3,2 % do AEC224, 1,5 % do AEC1528 e 1,2 % do GG100. O VS58 apresentou 17,7 % de tortuosidade no meio do fuste, seguido do AEC 224 com 9,7%, GG100 com 6,7 % e AEC1528 com 0,8 %. As árvores tortuosas na ponta do fuste corresponderam 19,5 % do clone GG100 e respectivamente 2,6 e 3,7 % dos clones AEC224 e VS58. O clone AEC1528 apresentou injurias no tronco com exsudação de goma em 45% das árvores, amostras de madeira foram enviadas para análise e descartou-se fatores bióticos como causa das injurias e exsudações. Avaliação de atributos qualitativos de clones de eucalipto plantados em sistema silvipastoril no Cerrado Baiano 1CARDOSO, T. K. M.; 1DUQUE SILVA, L. 1Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo 50 AEC 224 AEC 1528 VS58 GG100 45 40 Porcentagem 35 30 25 20 15 10 5 0 Atributos avaliados Figura 1. Relação das porcentagens de ocorrência dos atributos avaliados nos clones AEC224, AEC1528, VS58 e GG100 plantados em sistema silvipastoril no Cerrado Baiano. Avaliação de atributos qualitativos de clones de eucalipto plantados em sistema silvipastoril no Cerrado Baiano 1CARDOSO, T. K. M.; 1DUQUE SILVA, L. 1Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo Discussão e Conclusão Dos resultados, identificou-se o plantio do clone AEC1528 como mais homogêneo, apresentando menor frequência de árvores bifurcadas, tortuosas e mortas, o que demonstra maior adaptação às condições locais, considerando que mortes, bifurcações e tortuosidades podem estar relacionadas com seca de ponteiro e perda da dominância apical ocasionadas pelo déficit hídrico. No entanto, o clone AEC1528 apresentou injurias no tronco em quase metade do plantio, o que pode estar associado a estresse hídrico, e pode comprometer seu uso como madeira serrada. Comparando os clones AEC224, VS58 e GG100, observa-se que o AEC224 possui menor número de árvores mortas, bifurcadas e tortuosas na ponta, enquanto que o GG100 mostrou o oposto e o VS58 apresentou maior número de árvores tortuosas na base e no meio. Dessa forma, considerando os atributos avaliados, o clone AEC224 demonstrou ser mais adaptado às condições locais. Referências Bibliográficas Balbino, L.C.; Barcellos, A. de O.; Stone, LF. Marco referencial: integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF). Brasília: Embrapa, 2011. 130 p. Relação entre diâmetro do caule e os atributos funcionais altura total, projeção da copa e espessura da casca de quatro espécies lenhosas de Cerrado Típico e Cerrado Rupestre Santos TRR1,2; Pinto JRR3 Universidade de Brasília; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, Campus Barra do Garças Introdução O bioma Cerrado é caracterizado como um complexo mosaico vegetacional (Felfili & Silva Júnior 1993), podendo apresentar diferentes tipos fisionômicos. Dentre eles destaca-se o Cerrado sentido restrito que pode ser dividido em quatro subtipos (Cerrado Denso, Cerrado Ralo, Cerrado Típico e Cerrado Rupestre), em função principalmente da estrutura do componente lenhoso e de maneira complementar pela composição florística arbustivo-arbórea (Ribeiro & Walter 2008). Estudos sobre tipos funcionais de plantas estão progredindo rapidamente em direção à compreensão de atributos ou traços funcionais relevantes para a dinâmica da vegetação e de ecossistemas (Cornelissen et al. 2003). O objetivo deste estudo foi relacionar o diâmetro do caule com os atributos funcionais altura total, espessura da casca e projeção da copa de quatro espécies lenhosas, Aspidosperma tomentosum Mart., Byrsonima pachyphylla A. Juss., Davilla elliptica A. St.-Hil. e Ouratea hexasperma (A. St.Hil.) Baill., de Cerrado Típico (CT) e Cerrado Rupestre (CR). Relação entre diâmetro do caule e os atributos funcionais altura total, projeção da copa e espessura da casca de quatro espécies lenhosas de Cerrado Típico e Cerrado Rupestre Santos TRR1,2; Pinto JRR3 Universidade de Brasília; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, Campus Barra do Garças Material e Métodos Em cada sítio, Cavalcante - GO, Cristalina - GO, Jaraguá GO e Nova Xavantina – MT (com pares de CT e CR) foi selecionado um indivíduo por parcela, sendo 10 indivíduos de cada espécie por fisionomia. Como foram quatro sítios, cada um contendo duas fisionomias, foram amostrados 320 indivíduos no total. A altura total foi mensurada com o auxílio de régua telescópica e o diâmetro (Db30cm ≥ 5 cm) medido com auxílio de fita métrica. Para mensurar a espessura da casca foi utilizado um medidor de casca. A área de projeção da copa foi obtida tomando-se duas medidas, o maior diâmetro (A) e o diâmetro perpendicular a este (B) e calculada através da fórmula: Área da copa =A x B x π/4. Os dados foram analisados empregando o coeficiente de correlação de Spearman. Para a análise utilizou-se o programa BioEstat 5.3. Relação entre diâmetro do caule e os atributos funcionais altura total, projeção da copa e espessura da casca de quatro espécies lenhosas de Cerrado Típico e Cerrado Rupestre Santos TRR1,2; Pinto JRR3 Universidade de Brasília; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, Campus Barra do Garças Resultados O diâmetro do caule foi associado à altura total em ambas as fisionomias (p <0,05). Porém, a associação foi considerada forte apenas para A. tomentosum no CT (rs= 0,749). A relação entre diâmetro do caule e espessura da casca variou entre CT e CR. A associação foi significativa (p <0,05) para as espécies D. elliptica e O. hexasperma em ambas, sendo que a correlação foi considerada forte apenas para O. hexasperma no CT (rs= 0,7214). Por outro lado, as demais espécies apresentaram correlações entre os atributos investigados em apenas uma das fisionomias, como A. tomentosum no CR e B. pachyphylla no CT, com correlação moderada (rs= 0,5426) e fraca (rs= 0,3506), respectivamente. O diâmetro do caule foi significativamente associado à projeção da copa (p <0,05) nas duas fisionomias. Em todas a correlação foi forte (rs> 0,7). Relação entre diâmetro do caule e os atributos funcionais altura total, projeção da copa e espessura da casca de quatro espécies lenhosas de Cerrado Típico e Cerrado Rupestre Santos TRR1,2; Pinto JRR3 Universidade de Brasília; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, Campus Barra do Garças Figura 1. Relação entre diâmetro vs. altura, diâmetro vs. espessura de casca e diâmetro vs. projeção da copa de Aspidosperma tomentosum e Ouratea hexasperma no Cerrado Típico (○) e Cerrado Rupestre (●), amostrados em Cavalcante-GO, Cristalina-GO, Jaraguá-GO e Nova Xavantina-MT. Relação entre diâmetro do caule e os atributos funcionais altura total, projeção da copa e espessura da casca de quatro espécies lenhosas de Cerrado Típico e Cerrado Rupestre Santos TRR1,2; Pinto JRR3 Universidade de Brasília; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, Campus Barra do Garças Discussão e Conclusão A relação positiva entre diâmetro e altura, observada no CT e CR era esperada, uma vez que outros estudos destacaram este padrão para algumas espécies na Floresta Atlântica, no Cerrado sentido restrito, no Campo Rupestre e no Cerrado Rupestre. A relação positiva entre diâmetro e espessura da casca observada na maioria das espécies, pode indicar que o CT e CR por constituírem formações savânicas apresentam espécies com tendência a apresentar casca mais espessa a qual fornece proteção contra elevadas temperaturas durante os eventos de queimadas. A relação entre o diâmetro do caule e os atributos funcionais das espécies investigadas não parece ser influenciada pela fisionomia na qual está estabelecida, uma vez que houve associação entre eles na maioria das correlações, independente se a espécie está inserida no CT ou CR. Referências Cornelissen JHC, et. al. 2003. Handbook of protocols for standardised and easy measurement of plant functional traits worldwide. Journal of Botany 51:335-380. Felfili JM, Silva-Júnior MC. 1993. A comparative study of cerrado (sensu stricto) vegetation in Central Brazil. Journal Tropical of Ecology 9:277- 289. Ribeiro JF, Walter BMT. 2008. Fitofisionomias do bioma Cerrado. In Cerrado: ecologia e flora (SM Sano, SP Almeida, eds.). Embrapa Cerrados, Planaltina, v.1, p.89-168. Título do Trabalho: Frequência de Tapinhoã (Melizaurus sp.), no munícipio de Rochedo, MS Autores: LUZARDO, Adriana Soares; POLINI, Deisy Micaelli Santos Sousa; VEIGA, Valéria Cristina. Instituição: Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul Introdução O gênero Mezilaurus Taubert compreende 18 espécies, ocorrendo da Costa Rica ao Sudeste do Brasil. A maioria das espécies é encontrada em áreas de boa drenagem do rio Amazonas e poucas espécies ocorrem em outros ecossistemas [1] . No Mato Grosso do Sul revelou uma nova espécie de Mezilaurus, representando a segunda espécie do gênero para o Bioma Cerrado (lato sensu) da região Centro-Oeste, embora as coletas disponíveis revelem que esta espécie não é exclusiva desse bioma [2]. Este estudo teve como objetivo realizar um inventário florestal para obtenção de Autorização Ambiental para Supressão Vegetal. Título do Trabalho: Frequência de Tapinhoã (Melizaurus sp.), no munícipio de Rochedo, MS Autores: LUZARDO, Adriana Soares; POLINI, Deisy Micaelli Santos Sousa; VEIGA, Valéria Cristina. Instituição: Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul Material e Métodos A Fazenda Santo Antônio é um imóvel rural de pecuária localizada no Município de Corguinho nas coordenadas UTM 730.451/7.826.719, sobre Latossolo Roxo e altitude média de 320 m. Possui área total de 1.078 ha e 388 ha de Cerradão, além das áreas de Reserva Legal e Preservação Permanente. Foram lançadas 14 parcelas nas dimensões 10x100m, realizada a identificação dendrológica das espécies, medidos o diâmetro a altura do peito (DAP) e altura total (H) de todas as árvores das parcelas. Foram identificadas 68 espécies típicas do Bioma Cerrado, dentre elas a espécie Tapinhoã (Mezilaurus sp.), da Família Lauracea e ainda não estudada pela ciência. Até o momento esta espécie só foi encontrada em Mato Grosso do Sul, em Cerradões e na Mata Latifoliada Semidecídua. Título do Trabalho: Frequência de Tapinhoã (Melizaurus sp.), no munícipio de Rochedo, MS Autores: LUZARDO, Adriana Soares; POLINI, Deisy Micaelli Santos Sousa; VEIGA, Valéria Cristina. Instituição: Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul Resultados . A Fazenda Santo Antônio apresentou uma frequência relativa (FR) de 6,349 e densidade relativa (DR) de 4,95, ocorrendo com uma média de 56 árvores/ha, seu DAP médio foi de 16,20 cm e H média de 8 metros. A madeira de extrema dureza é empregada no interior das propriedades na forma bruta, não serrada, para usos como moirões de cerca, cruzetas e estacas. Os frutos com sua polpa adocicada são apreciados pela avifauna. Sua copa é globosa, densa e ornamental, podendo ser empregada em preservacionistas. paisagismo e em reflorestamentos Título do Trabalho: Frequência de Tapinhoã (Melizaurus sp.), no munícipio de Rochedo, MS Autores: LUZARDO, Adriana Soares; POLINI, Deisy Micaelli Santos Sousa; VEIGA, Valéria Cristina. Instituição: Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul Imagens Fig. 1: a) Folhas e galhos de Tapinhoã sp. E b) Fruto verde Fig. 2: a) Fruto verde aberto e b) Fruto maduro Título do Trabalho: Frequência de Tapinhoã (Melizaurus sp.), no munícipio de Rochedo, MS Autores: LUZARDO, Adriana Soares; POLINI, Deisy Micaelli Santos Sousa; VEIGA, Valéria Cristina. Instituição: Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul Conclusão Devido a sua ocorrência endêmica até o momento, são interessantes estudos mais detalhados desta nova espécie de grande potencial para recuperação de áreas degradadas. Referências [1] VAN DER WERFF, H. A Revision of Mezilaurus (Lauraceae). Annals of the Missouri Botanical Garden, n.74, p. 153-182,1987 [2] ALVES, F. M. e cols. Acta Botanica Brasílica. v.3, n.1, p.13-21, 1989. Equações volumétricas e fatores de forma para clones de eucalipto em Jataí, GO Sepulveda Neto, P.1; Cruz, E. S.2; Soares, T. S.2 (1Klabin S.A.; 2Universidade Federal de Goiás) Introdução A quantificação da produtividade das florestas constitui etapa fundamental do manejo florestal sustentável, sendo o volume uma das variáveis dendrométricas mais utilizadas, o qual pode ser obtido com ou sem casca, para a árvore toda ou partes dela (tronco, raízes, galhos). Em inventários florestais, a estimativa do volume das árvores individuais é obtida por equações volumétricas ou fatores de forma, sendo a cubagem uma atividade corriqueira utilizada pelo engenheiro florestal para gerar tais estimativas. Dado o potencial de crescimento do cultivo do eucalipto em Goiás, que correspondeu a 23% no período 20062013 (IBÁ, 2014) e à diversificação de usos da madeira, ainda são escassos os estudos relacionados à indicação de equações volumétricas e, ou, fatores de forma específicos para os povoamentos deste estado. Então, considerando a necessidade de quantificar a produtividade volumétrica nos povoamentos de Eucalyptus spp. do estado de Goiás com maior acuracidade, desenvolveu-se este estudo com o objetivo de indicar equações volumétricas e fatores de forma para três clones de um povoamento de Eucalyptus sp. implantado em Jataí, GO. Equações volumétricas e fatores de forma para clones de eucalipto em Jataí, GO Sepulveda Neto, P.1; Cruz, E. S.2; Soares, T. S.2 (1Klabin S.A.; 2Universidade Federal de Goiás) Material e Métodos A área de estudo foi uma população de Eucalyptus sp. com 19,6760 ha, implantada no espaçamento 3 x 2 m, estratificada por três clones: I-144 (urograndis), VM-01 (urocam) e 1277 (grancam). A amostragem da cubagem incluiu 96 árvores, sendo oito árvores por classe diamétrica (quatro classes diamétricas com amplitude de 3 cm e diâmetro mínimo de inclusão de 5 cm), resultando em 32 árvores por clone. As árvores-amostra foram derrubadas e cubadas de acordo com a metodologia de Smalian, em seções de 2 m de comprimento até 3 cm de diâmetro com casca, sendo medidos também o dap e a altura total. Foram gerados fatores de forma por classe diamétrica e por clone, os quais foram comparados pelo teste t ao nível de probabilidade de significância de 5%. Também foram ajustados modelos volumétricos convencionais lineares e não lineares, de simples e de dupla entrada (SAS System 9.0) e selecionada uma equação para cada clone de acordo com a dispersão gráfica dos resíduos percentuais, o coeficiente de determinação ajustado e o erro padrão da estimativa, sendo que a discrepância logarítmica dos modelos transformados foi corrigida pelo fator de Meyer (SCHNEIDER, 1998; SANQUETTA et al., 2014). Equações volumétricas e fatores de forma para clones de eucalipto em Jataí, GO Sepulveda Neto, P.1; Cruz, E. S.2; Soares, T. S.2 (1Klabin S.A.; 2Universidade Federal de Goiás) Resultados Os principais resultados mostraram que o Clone I-144 apresentou o maior fator de forma médio (0,5159) e diferenciou-se estatisticamente do Clone VM-01, que apresentou o menor fator de forma (0,4820), enquanto o Clone 1277 não se diferenciou dos demais, tendo apresentado fator de forma médio de 0,5049. Quanto aos fatores de forma por classe diamétrica, verificou-se tendência de diminuição do mesmo com o aumento da classe diamétrica, resultando em diferenças significativas entre classes dos três clones estudados, os quais variaram entre 0,4756 e 0,5423 para o Clone 1277, entre 0,4828 e 0,5605 para o Clone I-144 e entre 0,4602 e 0,5166 para o Clone VM-01 (Tabela 1). Também foram obtidas 16 equações volumétricas para cada clone. Todas as equações apresentaram resultados satisfatórios quanto ao coeficiente de determinação (entre 93,4% e 99,1%) e ao erro padrão da estimativa (entre 1,4% e 17,6%). Entretanto, algumas equações apresentaram tendenciosidades na distribuição gráfica dos resíduos percentuais. Portanto, foi indicada a equação gerada pelo ajuste do modelo de Berkhout para o Clone I-144 e as geradas pelo modelo de Schumacher e Hall para os Clones 1277 e VM-01 (Tabela 2). Equações volumétricas e fatores de forma para clones de eucalipto em Jataí, GO Sepulveda Neto, P.1; Cruz, E. S.2; Soares, T. S.2 (1Klabin S.A.; 2Universidade Federal de Goiás) Resultados TABELA 1 - Fatores de forma para os clones I-144, VM-01 e 1277, Jataí, GO, 2014 Classes diamétricas Clone 1277 I-144 VM-01 5,0 |- 8,0 0,5423 a 0,5605 a 0,5166 a 8,0 |- 11,0 0,5132 ab 0,5092 b 0,4889 ab 11,0 |- 14,0 0,4887 b 0,5113 b 0,4622 b 14,0 |- 17,0 0,4756 b 0,4828 b 0,4602 b Média (clone) 0,5049 ab 0,5159 a 0,4820 b * Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste t ( = 0,05). TABELA 2 - Equações volumétricas indicadas para os clones I-144, VM-01 e 1277, Jataí, GO, 2014 Clone β0 β1 R2 β2 Syx (ajustado) 1277 0,000026 1,646810 1,44720 98,9% 1,5% I-144 0,000229 0,000026 - 98,4% 2,2% VM-01 0,000046 1,813241 1,092016 98,7% 1,8% Equações volumétricas e fatores de forma para clones de eucalipto em Jataí, GO Sepulveda Neto, P.1; Cruz, E. S.2; Soares, T. S.2 (1Klabin S.A.; 2Universidade Federal de Goiás) Discussão e Conclusão Para estimativa da produtividade volumétrica do povoamento estudado por meio de fator de forma, encontraram-se diferenças significativas entre os fatores de forma por classe diamétrica e, também, entre o fator de forma médio por clone. Quanto às equações volumétricas, indicou-se a equação gerada pelo ajuste do modelo de Berkhout para o Clone I-144 e as equações geradas pelo ajuste do modelo de Schumacher e Hall para o Clone VM-01 e Clone 1277. Referências INDÚSTRIA BRASILEIRA DE ÁRVORES. Indicadores do setor brasileiro de árvores plantadas. In: Indústria Brasileira de Árvores, 2014, cap. IV, p. 49-67. Disponível em: <http://www.iba.org/shared/iba_2014_pt.pdf>. Acesso em: 25 ago. 2014. SANQUETTA, C. R.; BEHLING, A.; CORTE, A. P. D.; RUZA, M. S.; SIMON, A.; SÃO JOSÉ, J. F. B. de Relação hipsométrica em inventários pré-corte em povoamentos de Acacia mearnsii De Wild. Científica, Jaboticabal, v. 42, n. 1, p. 80-90, 2014. SCHNEIDER, P. R. Análise de regressão aplicada à Engenharia Florestal. 2. ed. Santa Maria: UFSM/CEPEF, 1998. 236 p. Título do Trabalho: Equações de Volume para Eucalyptus sp. na Região de Montes Claros – MG Autores:Oliveira, L. G. G.¹; Pinto, L. O. R.; Ferreira, P. H. B.; Leite, M. V. S.; Cabacinha, C. D. Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Montes Claros, MG, Brasil. Email: [email protected]. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, UESB, Vitória da Conquista, BA, Brasil. Introdução Em estudos florestais, a estimativa do volume comercial e total é um dos principais objetivos. Dentro desses estudos as equações volumétricas são uma das formas mais utilizadas para a obtenção dessa estimativa. Para ajustar equações se torna necessário a cubagem rigorosa, etapa as vezes muito negligenciada por onerar o inventario florestal e as estimativas de volume ficam por conta de equações emprestadas de outras áreas, ajustadas em situações que não servem para estimar volumes de árvores presentes nas parcelas e com isso ocorre uma expressiva perda de precisão do volume. Os diversos modelos volumétricos utilizados no meio florestal são ajustados especificamente para cada caso, gerando equações de volume, e essa quando oferece boas estatísticas é capaz de captar as variações do povoamento florestal e ao mesmo tempo estimar de forma confiável, dentro de um erro permitido, o volume da população. Portanto o presente trabalho teve como objetivo gerar equações de volume para Eucalyptus sp para a região do município de Montes Claros. Título do Trabalho: Equações de Volume para Eucalyptus sp. na Região de Montes Claros – MG Autores:Oliveira, L. G. G.¹; Pinto, L. O. R.; Ferreira, P. H. B.; Leite, M. V. S.; Cabacinha, C. D. Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Montes Claros, MG, Brasil. Email: [email protected]. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, UESB, Vitória da Conquista, BA, Brasil. Material e Métodos Inicialmente foi feito o inventario florestal da área utilizando uma amostragem casual simples. Amostrou-se seis parcelas de 400m² (20x20m), onde foram medidos os diâmetros (DAP) e estes foram agrupados em cinco classes diamétricas com amplitudes de 3 cm para definir a amostragem da cubagem rigorosa. Foram cubadas 25 árvores pelo método de Smalian, 5 árvores por classe de diâmetro. As equações geradas foram avaliadas seguindo o seguinte critério: boa dispersão residual e sem tendenciosidade, menor erro padrão residual e maior coeficiente de determinação. Foram ajustados 10 modelos de dupla entrada e as equações geradas foram ranqueadas atribuindo nota 10 para a melhor equação em cada critério de análise, a equação com a maior soma de notas foi considerada a melhor equação para estimativa de volume para a região deste estudo. Título do Trabalho: Equações de Volume para Eucalyptus sp. na Região de Montes Claros – MG Autores:Oliveira, L. G. G.¹; Pinto, L. O. R.; Ferreira, P. H. B.; Leite, M. V. S.; Cabacinha, C. D. Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Montes Claros, MG, Brasil. Email: [email protected]. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, UESB, Vitória da Conquista, BA, Brasil. Resultados As cinco equações que apresentaram a maior soma de pontos em ordem decrescente, foram as ajustadas ao modelos de: Schumacher e Hall (Logarítmica): LnV = 9,3290 + 2,1672*Ln(DAP) + 0,5359*Ln(HT), Syx=12,15%, R²=99,46%; Meyer : V = 0,0320 - 0,0106 * DAP+0,0011 * DAP² + 0,0011 * DAP * HT - 5,9212 x 10 -5 * DAP² * HT - 0,00445 *HT, Syx = 15,15%, R² = 98,43%; Naslund: V = 0,0010 * DAP² - 6,9554x10-5 * DAP² * HT + 5,6256 x 10-5 * DAP * HT² -0,0003 * HT, Syx=10,38%, R²=99,34%; Spurr (logarítmica): LnV = -9,7787 + 0,9473 * Ln(DAP² * HT), Syx=13,67%, R²=99,32%; Schumacher e Hall: V = 0,0002 * DAP2,0919 * HT0,2682, Syx=11,54%, R²=98,04%. Título do Trabalho: Equações de Volume para Eucalyptus sp. na Região de Montes Claros – MG Autores:Oliveira, L. G. G.¹; Pinto, L. O. R.; Ferreira, P. H. B.; Leite, M. V. S.; Cabacinha, C. D. Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Montes Claros, MG, Brasil. Email: [email protected]. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, UESB, Vitória da Conquista, BA, Brasil. Título do Trabalho: Equações de Volume para Eucalyptus sp. na Região de Montes Claros – MG Autores:Oliveira, L. G. G.¹; Pinto, L. O. R.; Ferreira, P. H. B.; Leite, M. V. S.; Cabacinha, C. D. Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Montes Claros, MG, Brasil. Email: [email protected]. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, UESB, Vitória da Conquista, BA, Brasil. Discussão e Conclusão Espera-se que estas equações sejam utilizadas por técnicos que atuam na região em inventários florestais para estimar o volume de árvores com maior precisão. Referências Miguel. E. P.; Leal F. A.; SELEÇÃO DE EQUAÇÕES VOLUMETRICAS PARA A PREDIÇÃO DO VOLUME TOTAL DE Eucalyptus urophylla S. T. BLAKE NA REGIÃO NORTE DO ESTADO DE GOIÁS. 2012. 15 pg. Universidade de Brasília – UnB, Brasília/DF – Brasil. 2012. PROCESSOS DE AMOSTRAGEM PARA ESTIMATIVA DO VOLUME REAL DE UM PLANTIO CLONAL DE HÍBRIDOS DE Eucalyptus spp. NO ESTADO DO PARÁ Monte ESS1; Tavares Júnior IS1; Carvalho PHN1; Nazaré SB1; da Rocha JEC2 Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Parauapebas, PA, Brasil. INTRODUÇÃO Processos de Amostragem Inventário Florestal Volume da Madeira Estimativa de Parâmetros Variáveis Dendrométricas Objetivo: Comparar dois processos de amostragem (P1 – inteiramente ao acaso e P2 – processo estratificada). Fonte: Arquivo Pessoal. PROCESSOS DE AMOSTRAGEM PARA ESTIMATIVA DO VOLUME REAL DE UM PLANTIO CLONAL DE HÍBRIDOS DE Eucalyptus spp. NO ESTADO DO PARÁ Monte ESS1; Tavares Júnior IS1; Carvalho PHN1; Nazaré SB1; da Rocha JEC2 Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Parauapebas, PA, Brasil. MATERIAL E MÉTODOS o o o o o o Plantio de híbridos de E. grandis x E. urophylla; Município de Dom Eliseu - PA; Quatro clones (C1, C2, C3 e C4); Processos de amostragem: IA x E – Censo; 72 parcelas 10 árvores cada; Espaçamento 3x2 m. ALTURA ESTIMADA COM O CLINÔMETRO DE HAGLOF FITA CENTIMÉTRICA PARA MEDIR O CAP V6cc= β0 × 𝐷𝐴𝑃ß1 × 𝐻𝑡𝛽2 + 𝜀 MODELO DE SCHUMACHER-HALL Fonte: A: brasilhobby.com.br B: queconceito.com.br. PROCESSOS DE AMOSTRAGEM PARA ESTIMATIVA DO VOLUME REAL DE UM PLANTIO CLONAL DE HÍBRIDOS DE Eucalyptus spp. NO ESTADO DO PARÁ Monte ESS1; Tavares Júnior IS1; Carvalho PHN1; Nazaré SB1; da Rocha JEC2 Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Parauapebas, PA, Brasil. RESULTADOS 184,85 184,06 185 180 176,59 P1 P2 175 Censo 170 P1 P2 Censo Gráfico 1: Média de V m³.ha -1 nos diferentes processos de amostragem, distribuídos em um povoamento de híbridos de E. grandis x E. urophylla no Estado do Pará. PROCESSOS DE AMOSTRAGEM PARA ESTIMATIVA DO VOLUME REAL DE UM PLANTIO CLONAL DE HÍBRIDOS DE Eucalyptus spp. NO ESTADO DO PARÁ Monte ESS1; Tavares Júnior IS1; Carvalho PHN1; Nazaré SB1; da Rocha JEC2 Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Parauapebas, PA, Brasil. TABELAS E GRÁFICOS Tabela 1: Parâmetros ajustados para a estimativa da altura total dos quatro tipos clones. Clone Modelo Β0 β1 β2 C1 Ln(H) = β0 + β1 * 1/DAP + β2 * DAP/H + εi 4,7485 -12,562 -1,207 C2 Ln(H) = β0 + β1 * 1/DAP + β2 * DAP/H + εi 4,7551 -8,9465 -1,539 C3 Ln(H) = β0 + β1 * 1/DAP + β2 * DAP/H + εi 3,7631 -6,8513 -0,313 C4 Ln(H) = β0 + β1 * 1/DAP + β2 * DAP/H + εi 4,7346 -11,328 -1,272 Tabela 2: Estatísticas dos modelos adotados para descrever a relação hipsométrica dos quatro tipos clones. Clone Modelo R²aj Syx IF CV% DMP% C1 Ln(H) = β0 + β1 * 1/DAP + β2 * DAP/H + εi 0,96 0,022 0,424 0,12 -0,024 C2 Ln(H) = β0 + β1 * 1/DAP + β2 * DAP/H + εi 0,82 0,085 1,921 0,37 -0,334 C3 Ln(H) = β0 + β1 * 1/DAP + β2 * DAP/H + εi 0,98 0,026 0,534 0,13 -0,032 C4 Ln(H) = β0 + β1 * 1/DAP + β2 * DAP/H + εi 0,85 0,051 1,079 0,24 -0,119 PROCESSOS DE AMOSTRAGEM PARA ESTIMATIVA DO VOLUME REAL DE UM PLANTIO CLONAL DE HÍBRIDOS DE Eucalyptus spp. NO ESTADO DO PARÁ Monte ESS1; Tavares Júnior IS1; Carvalho PHN1; Nazaré SB1; da Rocha JEC2 Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Parauapebas, PA, Brasil. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO O Processo de amostragem Estratificada obteve menor erro de amostragem (8,9%), em relação ao Processo Inteiramente ao acaso (9,7%), a uma intensidade amostral próximo aos 10%. Ubialli et al. (2009) verificaram que a intensidade de 10% também foi suficiente para estimativa da área basal em uma floresta ecotonal no norte de Mato Grosso, com erros de amostragem próximos de 10%. Já na comparação de diferentes processos de amostragem em um sistema silvipastoril para estimativa do volume de madeira, Fick (2011) obteve erros de amostragem elevados para os processos do tipo aleatório, variando de 31,19% a 61,64%. Portanto, através deste estudo concluiu-se que: – Os processos testados são similares para a estimativa do volume real de um plantio clonal de híbridos de Eucalyptus spp. no estado do Pará. REFERÊNCIAS FICK, T. A. Amostragem para inventário florestal em sistemas silvipastoris. Revista Árvore, Viçosa, v. 35, p. 1033-1038, 2011. UBIALLI, J. A. et al. Comparação de métodos e processos de amostragem para estimar a área basal para grupos de espécies em uma floresta ecotonal da região norte matogrossense. Acta Amazonica, v. 39, p. 305-314, 2009. MAPEAMENTO E AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE CONFLITOS DE USO DA TERRA NA BACIA DO RIO PARDO: ESTUDO DE CASO PARA UMA SUBBACIA LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DO PARAÍSO – MG Isaac Alves Oliveira; Talita Moreira Câmara; Hugo Henrique Cardoso Salis; Ronaldo Medeiro Dos Santos; Marcelo Rossi Vicente; Vinicius Orlandi Barbosa Lima Instituição: Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Câmpus Salinas Introdução As Áreas de Preservação Permanente - APP’s são, segundo o Código Florestal Brasileiro, todas as áreas cobertas ou não por vegetação nativa, com a função de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas MAPEAMENTO E AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE CONFLITOS DE USO DA TERRA NA BACIA DO RIO PARDO: ESTUDO DE CASO PARA UMA SUBBACIA LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DO PARAÍSO – MG Isaac Alves Oliveira; Talita Moreira Câmara; Hugo Henrique Cardoso Salis; Ronaldo Medeiro Dos Santos; Marcelo Rossi Vicente; Vinicius Orlandi Barbosa Lima Instituição: Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Câmpus Salinas Material e Métodos O material utilizado na execução do trabalho compreendeu os seguintes itens: a) mapa de APP’s para a porção mineira da bacia do Rio Pardo, elaborado por Oliveira et al. (2013); b) imagens orbitais digitais do satélite CBERS, sensor HRC, e do satélite LANDSAT 5, sensor TM, obtidas do catálogo de imagens do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE; c) receptor GPS do tipo “navegação”; d) software SPRING, versão 5.1. A metodologia consistiu em duas etapas principais: i) quantificação das áreas de conflito entre APP’s e diferentes usos da terra; ii) avaliação econômica dos conflitos entre APP’s e diferentes usos da terra e estimação de custos associados a eventuais medidas de readequação e/ou restabelecimento dos limites das APP’s em situação de conflito. MAPEAMENTO E AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE CONFLITOS DE USO DA TERRA NA BACIA DO RIO PARDO: ESTUDO DE CASO PARA UMA SUBBACIA LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DO PARAÍSO – MG Isaac Alves Oliveira; Talita Moreira Câmara; Hugo Henrique Cardoso Salis; Ronaldo Medeiro Dos Santos; Marcelo Rossi Vicente; Vinicius Orlandi Barbosa Lima Instituição: Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Câmpus Salinas Resultados Tabela 1 – Áreas totais ocupadas pelas classes de uso/cobertura da terra mapeadas na área de estudo. Uso do solo Área (ha) % 0,177 0,004 Silvicultura 1976,65 41,39 Vegetação natural 2081,78 43,60 Pastagens 716,59 15,01 Total Geral 4775,2 100 Corpo hídrico MAPEAMENTO E AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE CONFLITOS DE USO DA TERRA NA BACIA DO RIO PARDO: ESTUDO DE CASO PARA UMA SUB-BACIA LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DO PARAÍSO – MG Isaac Alves Oliveira; Talita Moreira Câmara; Hugo Henrique Cardoso Salis; Ronaldo Medeiro Dos Santos; Marcelo Rossi Vicente; Vinicius Orlandi Barbosa Lima Instituição: Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Câmpus Salinas Tabela 2 – Classes de uso/cobertura da terra presentes nas APP’s da área de estudo Área de APP’s ocupada por classe de uso/cobertura da terra (ha) % Silvicultura 724,30 43 Vegetação natural 762,67 45 Pastagens 198,99 12 Total Geral 1685,95 100 Classe de uso/cobertura da terra . Tabela 3 – Estimativa dos custos demandados para um eventual restabelecimento dos limites previstos na legislação ambiental para as APP’s da área de estudo. Atividade econômica Custo unitário (R$.ha1.ano-1) Custos totais (R$/ano) Silvicultura 1.260 912.616,74 Bovinocultura de corte 1.176 234.008,71 Total Geral 2.436 1.146.625,45 MAPEAMENTO E AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE CONFLITOS DE USO DA TERRA NA BACIA DO RIO PARDO: ESTUDO DE CASO PARA UMA SUB-BACIA LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DO PARAÍSO – MG Isaac Alves Oliveira; Talita Moreira Câmara; Hugo Henrique Cardoso Salis; Ronaldo Medeiro Dos Santos; Marcelo Rossi Vicente; Vinicius Orlandi Barbosa Lima Instituição: Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – Câmpus Salinas Discussão e Conclusão As classes de uso/ocupação em conflito com as APP’s da área de estudo são “silvicultura” e “pecuária”, que, juntas, ocupam irregularmente cerca de 55% dessas áreas protegidas por lei. Os custos a serem gerados com uma eventual readequação ambiental da área estudada foram estimados em cerca de 1 milhão de reais. Referências Brasil. Presidência da República. Lei 12.651, de 25 de maio de 2012, Brasília, 2012. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20112014/2012/lei/l12651.htm Acesso em: 15 fev. 2013. Mendes, C. J.; Neves, C. U.; Berger, R. Áreas de preservação permanente e reserva legal: percepção dos proprietários rurais do município de Otacílio Costa, SC. Floresta, v. 42, n. 4, p. 671 - 682, 2012. Título do Trabalho: ANÁLISE MULTITEMPORAL DO DESMATAMENTO NO MUNICÍPIO DE SALINAS – MG Autores: Cecília Cristina Almeida Mendes, Patrícia Borges Dias, Ana Carolina Pereira Mendes, Renata Moreira dos Santos, Víctor Hugo dos Santos Costa, Ronaldo Medeiros dos Santos. Instituição: Instituto Federal Norte de Minas Gerais – Campus Salinas Introdução Desde muito tempo o desmatamento é presente no mundo. Segundo a EMBRAPA (1996), entende-se que desmatamento é um processo caracterizado pela prática de corte, capina ou queimada (por fogo ou produtos químicos), que leva à retirada da cobertura vegetal existente em determinada área, para fins de pecuária, agricultura ou expansão urbana. Partindo desse princípio, o desmatamento envolve um impacto ambiental dos mais acentuados, descaracterizando o habitat natural totalmente. A necessidade de combate é fundamental. E o sensoriamento remoto orbital, valendo-se se sensores multiespectrais , tem possibilitado um monitoramento espacial e temporal das alterações na cobertura da superfície terrestre, possibilitando uma melhor detecção e controle desse problema. O presente trabalho teve por objetivo, baseando em imagens de satélites e software de geoprocessamento, uma análise multitemporal para a identificação de áreas desmatadas e que tenham grande susceptibilidade ao desmatamento no município de Salinas, norte do estado de Minas Gerais. Propondo um sistema de alerta . Título do Trabalho: ANÁLISE MULTITEMPORAL DO DESMATAMENTO NO MUNICÍPIO DE SALINAS – MG Autores: Cecília Cristina Almeida Mendes, Patrícia Borges Dias, Ana Carolina Pereira Mendes, Renata Moreira dos Santos, Víctor Hugo dos Santos Costa, Ronaldo Medeiros dos Santos. Instituição: Instituto Federal Norte de Minas Gerais – Campus Salinas Material e Métodos O presente trabalho foi realizado no município de Salinas, norte de Minas Gerais, cuja área total é de 1.887,646 km². Para realização deste trabalho foram utilizadas imagens do satélite LANDSAT – 5; bandas 2, 3 e 4, adquiridas no endereço eletrônico do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, referente às seguintes datas respectivamente: 07/08/2009, 22/05/2010, 09/05/2011. Todo o processamento foi realizado no programa IDRISI 15.0 The Andes Edition. As imagens em estudo foram convertidas de UTM para LAT/LONG, recortadas de acordo coordenadas X e Y, máximos e mínimos, adquiridas de um polígono de contorno do município. Em seguida, foi realizada a fotointerpretação e a classificação supervisionada das mesmas. Para a realização do processo de classificação das imagens, criaram-se seis classes de cobertura do solo, sendo elas: nuvem, água, vegetação, perímetro urbano, floresta plantada e desmatamento. Na identificação das áreas desmatadas e demais classes definidas, foi empregado o método de classificação pixel-a-pixel supervisionada, sendo utilizado o classificador MINDIST. Título do Trabalho: ANÁLISE MULTITEMPORAL DO DESMATAMENTO NO MUNICÍPIO DE SALINAS – MG Autores: Cecília Cristina Almeida Mendes, Patrícia Borges Dias, Ana Carolina Pereira Mendes, Renata Moreira dos Santos, Víctor Hugo dos Santos Costa, Ronaldo Medeiros dos Santos. Instituição: Instituto Federal Norte de Minas Gerais – Campus Salinas Resultados Nesse período de análise de 2009 a 2011, pode-se notar um aumento significativo do perímetro urbano, acompanhado de um crescimento gradual do desmatamento nos arredores do mesmo. Pode-se inferir que esse aumento relacionado às áreas desmatadas seja consequência da expansão urbana e crescimento populacional, forçando o deslocamento para as regiões limítrofes da cidade, influenciando no desmatamento da vegetação para inclusão de novas áreas habitacionais. Título do Trabalho: ANÁLISE MULTITEMPORAL DO DESMATAMENTO NO MUNICÍPIO DE SALINAS – MG Autores: Cecília Cristina Almeida Mendes, Patrícia Borges Dias, Ana Carolina Pereira Mendes, Renata Moreira dos Santos, Víctor Hugo dos Santos Costa, Ronaldo Medeiros dos Santos. Instituição: Instituto Federal Norte de Minas Gerais – Campus Salinas Imagens e Tabelas Imagem 1. Imagem do satélite LANDSAT – 5. Classificação MINDIST. Indicando o uso e cobertura do solo do ano de 2009 no município de Salinas. Imagem 2. Imagem do satélite LANDSAT – 5. Classificação MINDIST. Indicando o uso e cobertura do solo do ano de 2010 no município de Salinas. Imagem 3. Imagem do satélite LANDSAT – 5. Classificação MINDIST. Indicando o uso e cobertura do solo do ano de 2011 no município de Salinas. Título do Trabalho: ANÁLISE MULTITEMPORAL DO DESMATAMENTO NO MUNICÍPIO DE SALINAS – MG Autores: Cecília Cristina Almeida Mendes, Patrícia Borges Dias, Ana Carolina Pereira Mendes, Renata Moreira dos Santos, Víctor Hugo dos Santos Costa, Ronaldo Medeiros dos Santos. Instituição: Instituto Federal Norte de Minas Gerais – Campus Salinas Discussão e Conclusão Baseado nos resultados gerados, concluiu-se a grande susceptibilidade ao desmatamento das áreas próximas aos perímetros urbanos e a ameaça que a vegetação nativa, próxima aos cursos d’água, sofre com a substituição por áreas de florestas plantadas. Por isso, um sistema de alerta voltado para uma fiscalização anual, que gere um levantamento de dados sobre a expansão dos desmatamentos, principalmente nessas áreas destacadas, vem como uma ferramenta para que os órgãos competentes tenham uma base confiável para averiguação em campo desse problema. Referências BLASCHKE, T.; GLASSER, C.; LANG, S. Processamento de Imagens num Ambiente Integrado SIG/Sensoriamento Remoto – Tendências e Conseqüências. In: BLASCHKE, T.; KUX, H. (org) Sensoriamento Remoto e SIG Avançados: Novos Sistemas Sensores; Métodos Avançados. São Paulo: Oficina de Textos, 2005. 286 p. SANTOS, J. P.; VERONESE, E. S. M.; MACHADO, O. D. B. Análise multitemporal do desmatamento no assentamento Vale Verde, Gurupi, TO através do uso de imagens do sensor CCD do satélite CBERS2. Universidade Federal do Tocantins. Título do Trabalho: Análise da relação entre o aporte do ICMS Ecológico e áreas de coberturas naturais na microrregião de Salinas- Minas Gerais. Autores: MATOS, G. M.; CAVALCANTI, A. O.; BARBOSA, B. A.; PEREIRA, D. S.; REIS, R. A. Instituição: Instituto Federal do Norte de Minas Gerais campus Salinas. Introdução: O ICMS Ecológico pode servir como um instrumento de estímulo à conservação da biodiversidade, quando ele compensa o município pelas Áreas Protegidas já existentes e também quando incentiva a criação de novas Áreas Protegidas, já que considera o percentual que os municípios possuem de áreas de conservação em seus territórios. Entretanto, é importante destacar que, de forma geral, o critério ambiental refletido no ICMS Ecológico é mais amplo, e abarca, além das Áreas Protegidas outros fatores, como a gestão de resíduos sólidos, o tratamento de esgoto e outros determinados de acordo com cada lei estadual. Tendo em vista que a região norte de minas (com enfoque na microrregião de Salinas) destoa do restante do estado, com relação à arrecadação e investimentos, a verba proveniente do ICMS ecológico seria de grande valia para auxiliar no desenvolvimento da região e preservação dos biomas neles presentes. Assim uma análise da relação entre o que o governo repassa para os municípios e a área de cobertura natural se justifica, apesar da influência de outros fatores ambientais no valor do repasse. Título do Trabalho: Análise da relação entre o aporte do ICMS Ecológico e áreas de coberturas naturais na microrregião de Salinas- Minas Gerais. Autores: MATOS, G. M.; CAVALCANTI, A. O.; BARBOSA, B. A.; PEREIRA, D. S.; REIS, R. A. Instituição: Instituto Federal do Norte de Minas Gerais campus Salinas. Material e Métodos: Primeiramente no site IDEgeominas foi obtida a imagem do mapa administrativo do estado de Minas Gerais e exportado para o software ArcView realizando o recorte da microrregião de Salinas. Utilizou-se três imagens, geradas pelo landsat 5, em junho de 2011. Estas imagens foram exportadas para o Idrisi Andes 15.0, onde foram convertidas do formato UTM para LatLong. Posteriormente foi realizada a técnica de mosaicagem. Para facilitar a o processo de fotointerpretação, foi feita uma composição colorida “falsa cor” 234. Foi utilizada a Classificação Automática Pixel-aPixel do tipo Supervisionado. A imagem foi exportada para o ArcView, no formato binário para fazer o cruzamento espacial com o mapa administrativo da microrregião de Salinas. A imagem foi reclassificada, agrupando as classes semelhantes e foi convertida para o formato UTM, para que fosse gerada a tabela de municípios com a quantidade de cada classe de uso e cobertura do solo. Essa tabela foi exportada pra Software Excel, em formato txt, onde foram anexados os valores de repasse do ICMS Ecológico para cada município no ano de 2012. Ainda no Software Excel foram gerados dois gráficos, um comparando o valor dos repasses e o outro comparando a porcentagem de coberturas naturais entre os municípios. Título do Trabalho: Análise da relação entre o aporte do ICMS Ecológico e áreas de coberturas naturais na microrregião de Salinas- Minas Gerais. Autores: MATOS, G. M.; CAVALCANTI, A. O.; BARBOSA, B. A.; PEREIRA, D. S.; REIS, R. A. Instituição: Instituto Federal do Norte de Minas Gerais campus Salinas. Resultados: O município de Vargem Grande do Rio Pardo não recebe o ICMS ecológico, embora possua um alto potencial, o município não estar cadastrado no ICMS Ecológico. Berizal, Curral de Dentro, Fruta de Leite, Indaiabira e Novorizonte recebem um valor de ICMS Eecológico relativamente baixo embora possuam áreas de coberturas naturais superiores a 60%. Divisa Alegre possui a maior área com coberturas naturais com 77,10%, no entanto o valor de ICMS Ecológico não é tão alto. Taiobeiras foi o município com maior valor de ICMS Ecológico R$ 235.785,99 apesar de não possuir a maior área de coberturas naturais. Águas Vermelhas, e Santo Antônio do Retiro possuem áreas de coberturas naturais superiores a 70%, e valores de ICMS ecológico inferiores a R$ 55.000,00. Rubelita e São João do Paraíso recebem um alto valor de ICMS ecológico acima de R$ 170.000,00; embora as áreas de cobertura vegetal não sejam as maiores entre os municípios avaliados. Salinas, Montezuma, Ninheira e Santa Cruz de Salinas apresentaram valores intermediários de ICMS ecológico e de áreas com coberturas naturais. Os resultados de cobertura do solo para pastagens se apresentaram muito baixos, podendo ter ocorrido devido ao classificador ter confundido as classes. Título do Trabalho: Análise da relação entre o aporte do ICMS Ecológico e áreas de coberturas naturais na microrregião de Salinas- Minas Gerais. Autores: MATOS, G. M.; CAVALCANTI, A. O.; BARBOSA, B. A.; PEREIRA, D. S.; REIS, R. A. Instituição: Instituto Federal do Norte de Minas Gerais campus Salinas. Imagens e Tabelas: Título do Trabalho: Análise da relação entre o aporte do ICMS Ecológico e áreas de coberturas naturais na microrregião de Salinas- Minas Gerais. Autores: MATOS, G. M.; CAVALCANTI, A. O.; BARBOSA, B. A.; PEREIRA, D. S.; REIS, R. A. Instituição: Instituto Federal do Norte de Minas Gerais campus Salinas. Discussão e Conclusão: A partir da análise dos dados da tabela concluiu-se que ocorreu uma grande desconectividade entre os valores do repasse do ICMS ecológico e as áreas de coberturas naturais de cada município. Pressupõe-se que este fato tenha ocorrido devido ao valor do repasse estar relacionado a outros fatores (administração municipal, outros critérios de preservação ambiental também considerados pelo ICMS ecológico). Referências: ICMS Ecológico. Disponível em: http://www.icmsecologico.org.br/ Acessado em: 14 de jan. 2015 Minas Gerais, Belo Horizonte, 1995. Minas Gerais. Decreto-Lei nº 18.030,12 jan de 2009. Dispõe sobre a distribuição da parcela da receita do produto da arrecadação do ICMS pertencentes aos municípios. Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009