Avaliar para formar melhor. Formar
para avaliar melhor:
contribuições das ALEs para a formação e
avaliação do professor
Ailson Vasconcelos da Cunha
Professor de Física na Escola Estadual prof. Cid de Oliveira Leite – Ribeirão Preto
Doutorando do PPG em Educação para a Ciência – Faculdade de Ciências – UNESP/Bauru
Profa. Dra. Lizete Maria Orquiza de Carvalho
Departamento de Física e Química – Faculdade de Engenharia – UNESP/Ilha Solteira
PPG em Educação para a Ciência – Faculdade de Ciências – UNESP/Bauru
Muitas dúvidas, muitos interesses
Formação de professores
Políticas públicas
Avaliação
CTSA
Posição privilegiada
Professor x Pesquisador
dfsad
significa reconhecer nos outros o direito
de falar, que corresponde o nosso dever
de escutar, com a convicção de quem
cumpre um dever e não com a malícia de
quem faz um favor para receber muito
mais em troca
Motivação Pessoal
De onde eu falo.
Graduação (02-05)
EJA
Rudimentos de leitura sobre legislação
Concepção dialógico-problematizadora
IC
Pesquisa em ensino
Visão não-hegemônica da mecânica
Prática de Ensino
Possibilidade de leitura do mundo da ‘escola’
Mestrado (06-08)
 HSFC e paradigmas
 Visão não-hegemônica
 Conclusões
 Feyerabend fenômeno = aparência mais enunciado
 o ato de enunciar (pronunciar) o fenômeno físico (problema), de
forma que o sujeito enunciador possa receber de volta o mundo
problematizado, exige uma nova problematização.
 a construção de enunciados sobre a experiência do Balde de
Newton através de seus conseqüentes pronunciamentos e sua
volta problematizado ao sujeito proporcionou aos alunos uma
transformação da realidade
 Sentimento de insatisfação
Escola Pública (08- )
1º momento – Choque de realidade
Distância entre a licenciatura e a escola
2º momento – Sufocamento
Distanciamento da teoria
3º momento – Pró-ativo
Articulação teoria-prática
Enfrentamento dos problemas
Problemas
Salas grandes
~40 alunos
Alunos DV
Cerca de 3 alunos/série
Leitura e Matemática
Grandes déficits
Provas
Resultados muito baixos
Questão de pesquisa do
professor
Os alunos aprendem a máteria mas não
sabem fazer prova?
Os alunos, embora saibam fazer a prova, não
aprendem a matéria?
Os alunos não sabem fazer provas e nem
aprendem a matéria?
Como trabalhar para garantir que os
alunos aprendam a matéria e obtenham
bons resultados nas provas?
Ribeirão Preto
600 mil habitantes
População flutuante
Urbanização
Transporte público
• carros, ônibus, motos
Impermeabilização
• enchentes e aquífero guarani
Resíduos (Lixo, esgoto)
+ de 70 escolas (EF ciclo 1 e 2, EM)
E. E. prof Cid de Oliveira
 Manhã EM (700 alunos)
 18 salas (1o. = 7 salas; 2o. = 6 salas; 3o. = 5 salas
 Tarde EF ciclo 2 (700 alunos)
 18 salas (6o. = 4 salas; 7o. = 4 salas; 8o. = 5 salas;
9o. = 5 salas
 Noite EM (400 alunos)
 10 salas (1o. = 2 salas; 2o. = 2 salas; 3o. = 3 salas;
EJA = 3 salas)
 1800 alunos
 ~30 DV
60 professores efetivos; 60 professores
substitutos
Um diretor, dois vice-diretores
Dois coordenadores pedagógicos
Problemas Gerais
Alta rotativadade, professores desmotivados,
etc.
Problemas Particulares
Direção provisória, aposentadorias, etc.
ALEs
 1) Presença nos sistemas de ensino
 SAEB (bienal)
 SARESP (anual)
 2) Papel nas políticas públicas
 Destinação de recursos
 Bônus
 3) Interferência no dia-a-dia da escola
 Projetos de reforma, recuperação, ‘reciclagem’.
 4) Incapacidade da Escola lidar com eles
 Falta de preparo das equipes.
Índices
 Necessidade de compreensão
 IDEB e IDESP
 Índice de Desempenho (mede a aprendizagem)
 Índice de Fluxo (mede a repetência e evasão)
 Os professores e a equipe escolar sabem como são
construídos estes índices?
 Os professores e a equipe escolar tem a necessidade
de compreenderem como são construídos estes
índices?
Índice de Fluxo (IF)
 Índice de Fluxo e Evolução unilateral
Pressão por diminuir a repetência
Burlar dados sobre evasão
Quais as causas da repetência?
Quais as causas da evasão nesta escola?
Os professores e a equipe escolar sabem
responder a essas perguntas?
Foco somente no IF
Preocupação somente com os resultados
Falta de preocupação com o ID
Que tipo de reflexão poderia ser feita pela
equipe escolar ao comparar estes dados?
EF
EM
2007
0,93
0,81
Índice de fluxo
2008
2009
0,92
0,84
0,79
0,77
2010
0,93
0,81
2011
0,93
0,76
Indicador de Desempenho
2007
2008
2009
2010
2011
9º
4,2
3,51
3,46
3,33
3,36
3º
3,01
3,32
3,46
3,41
3,14
Índices de Desempenho
 Escala de proficiência (EP)
 Abaixo do Básico (AB), Básico (BA), Adequado (AD),
Avançado (AV)
 Habilidades e Competência
 Descritores, Distratores
 O que de fato os alunos aprendem? Quantos alunos se
encontram em cada nível de aprendizagem? Qual a
relação entre a EP com o que os alunos aprendem?
E. E. Cid de Oliveira
Matemática (3o. Ano)
2010
2011
AB = 40,4
AB = 44,9
BA = 47,6
BA = 44,5
AD = 10,6
AD = 10,4
AV = 1,4
AV = 1,1
Que tipo de reflexão poderia ser feita pela equipe escolar ao
comparar estes dados? Com base nesses dados, quais
competencias e habilidades os alunos possuem?
⦁
⦁
⦁
⦁
⦁
⦁ Distribuição dos alunos da Escola por nível de
proficiência em Matemática – 9º ano
⦁ 2007 ⦁ 2008 ⦁ 2009 ⦁ 2010 ⦁ 2011
AB
⦁ 25,2 ⦁ 19,6 ⦁ 24,5 ⦁ 27,7 ⦁ 26,1
BA
⦁ 60,1 ⦁ 64,1 ⦁ 59,6 ⦁ 60,2 ⦁ 58,2
AD ⦁ 14,7 ⦁ 15,8 ⦁ 14,6 ⦁ 11
⦁ 14,2
AV
⦁ 0
⦁ 0,5
⦁ 1,3
⦁ 1
⦁ 1,5
⦁ Distribuição dos alunos da escola por
proficiência em Matemática – 3º ano
⦁
⦁ 2007 ⦁ 2008 ⦁ 2009 ⦁ 2010
⦁ AB
⦁ 52,7 ⦁ 38,2 ⦁ 41,8 ⦁ 40,4
⦁ BA
⦁ 37
⦁ 50
⦁ 44,2 ⦁ 47,6
⦁ AD
⦁ 9,1
⦁ 11,8 ⦁ 13,3 ⦁ 10,6
⦁ AV
⦁ 1,2
⦁ 0
⦁ 0,6
⦁ 1,4
nível de
⦁
⦁
⦁
⦁
⦁
2011
44,9
44,5
10,4
1,1
Avaliação
É o centro do
aprendizagem.
processo
de
ensino-
Dentro da caixa preta
Melhorar a qualidade da educação
Testes, tabelas de desempenho, metas
A soma de todos esses esforços não
resulta em uma política efetiva.
Somente se pode elevar os padrões se os
professores puderem abraçar esta tarefa.
Avaliação
Todas aquelas tarefas empreendidas
pelos professores e por seus alunos que
fornecem informações a serem usadas
para modificar as atividades de ensino e
aprendizagem.
Tal avaliação torna-se formativa quando
as evidências são realmente usadas para
adaptar o trabalho de ensino às
necessidades dos alunos
Melhorando a avaliação
eleva-se os padrões
Uma avaliação formativa melhorada ajuda
o aluno de baixo rendimento mais que o
restante e, desse modo, reduz a largura
da faixa de notas ao mesmo tempo que as
elevam no geral.
Pobreza de prática
Os testes que os professores aplicam
encorajam a rotina e a aprendizagem
superficial
As questões e os métodos usados não
são discutidos. Elas não são criticamente
revisadas com relação ao que realmente
avaliam.
Dar notas se sobrepõe ao aprendizado
Classificações e comparações
Desmotiva os alunos de baixo rendimento
Os professores são capazes de prever os
resultados dos alunos, mas ao mesmo
tempo sabem muito pouco sobre suas
necessidades de aprendizagens
Reduzindo obstáculos
Influência de testes externos curtos
É necessário que na avaliação de tais
testes, e em qualquer programa para o
desenvolvimento da avaliação formativa,
as interações entre os dois sejam
estudadas cuidadosamente, para ver
como os modelos de avaliação que os
testes externos podem fornecer, poderiam
se tornar úteis.
H17 - Classificar as tecnologias do cotidiano que utilizam
eletricidade em função de seus usos e relacioná-las com os
respectivos consumos de energia. NÍVEL 300
(SARESP) O chuveiro elétrico é muito conhecido como
um dos grandes vilões no consumo de energia elétrica.
Isso ocorre devido à (ao):
A) reduzida potência elétrica associada a esse aparelho.
B) elevada potência elétrica associada a esse aparelho.
C) baixa energia dissipada por esse aparelho.
D) uso prolongado desse aparelho numa residência.
(AILSON) O chuveiro elétrico é muito conhecido como
um dos grandes vilões no consumo de energia elétrica.
Isso ocorre devido à (ao):
A) reduzida potência elétrica associada a esse aparelho.
B) elevada potência elétrica associada a esse aparelho.
C) baixa energia dissipada por esse aparelho.
D) uso prolongado desse aparelho numa residência.
E) uso de 220 V de tensão.
Porcentagem de respostas no SARESP
Porcentagem de respostas na sala
A) 0,04
B) 0,44
C) 0,04
D) 0,16
E) 0,32
A) 0,05
B) 0,59
C) 0,04
D) 0,32
H34 - Avaliar opções apropriadas na escolha e uso de
aparelhos elétricos com base em critérios como segurança,
consumo de energia, eficiência e direitos do consumidor.
NÍVEL 275
(SARESP) Uma pessoa está escolhendo uma geladeira nova (AILSON) Uma pessoa está escolhendo uma geladeira nova
e encontra duas opções de preço. Em um dos casos, a e encontra duas opções de preço.
Opção 1
potência do aparelho é 5400W e no outro é de 4200W.
5400 W/127 V – 401 L – A – Frost Free – R$ 1390,00
Quando o critério é economizar energia elétrica,
Opção 2
considerando apenas a potência elétrica, deve-se optar pela
4200 W/127 V – 403 L – A – Frost Free – R$ 1250,00
compra do aparelho de:
Quando o critério é economizar energia elétrica,
A) maior potência, pois produz mais trabalho.
considerando que ambas ficam ligadas durante o mesmo
B) maior potência, pois permite um melhor rendimento.
tempo, deve-se optar pela compra do aparelho de:
C) menor potência, pois demora menos para resfriar.
A) opção 1, pois possui um volume menor.
D) menor potência, pois tem um gasto energético menor.
B) opção 2, pois permite um melhor rendimento.
C) opção 1, pois demora menos para resfriar.
Porcentagem de respostas no SARESP
D) opção 2, pois tem menor potência.
A) 0,05
E) opção 1 ou 2 não faz diferença, pois ambas consomem a
B) 0,24
mesma quantidade de energia já que ambas são 127 V.
C) 0,04
Porcentagem de respostas na sala
D) 0,66
A) 0,04
B) 0,08
C) 0,16
D) 0,28
E) 0,48
Que atividades o professor realizou em
sala de aula que pudessem garantir que o
aluno adquiriu tais competências para
responder tais testes?
Algumas conclusões
 Grande parte dos alunos não possuiam as
habilidades requeridas;
 Grande parte dos alunos confundiam potência e
tensão
 Muitos alunos não sabem a relaçao entre o
consumo de energia e a potência elétrica do
equipamento
 Muitos alunos, relacionam o consumo de
energia com a tensão
Desenvolvimentos
 Melhorar os índices significa melhorar o
aprendizado de grande parte dos alunos.
 Melhorar o aprendizado dos alunos significa
mudá-los de níveis de proficiência.
 Como elevar a proficiência de todos alunos?
 Como utilizar a avaliação para elevar a
proficiência dos alunos?
 A avaliação formativa pode contribuir?
Questões de pesquisa
 Que modelos de avaliação são (pode
ser/deveriam ser) utilizados pelos professor?
 Que modelos de avaliação são utilizados pelo
SARESP?
 De que forma as ALEs podem contribuir para a
avaliação do professor em sala de aula?
 Como as ALEs podem contribuir para a
melhoria da aprendizagem do aluno em sala de
aula?
Como os testes poderiam ser utilizados
pelo professor como uma forma de
entender as necessidades dos alunos?
Que
conhecimentos
poderiam
ser
produzidos pelo professor ao relacionar as
ALEs e sua avaliação em sala de aula?
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Ailson Vasconcelos da Cunha