Acredita-se que o carnaval, festa do reinado de momo, seja uma loucura coletiva que estimula todo tipo de
sentimentos, sensações e comportamentos, desde a procura pelo convívio com a família ou amigos em lugares
longe da folia, até a permissividade irresponsável, a libertinagem inconsequente vivida nas ruas e avenidas das
cidades. A época sempre representou, para a maioria que segue a folia, oportunidades de novos encontros:
brincar muito, beijar muito e realizar inúmeras fantasias fazem parte do imaginário coletivo. Porém, nas últimas
décadas, o risco das doenças sexualmente transmitidas (DST), tornou-se uma preocupação para um grupo de
foliões que querem aproveitar a época, sem comprometer o futuro. Para outros, porém, esse risco é grave mas
sem grandes consequências e, alguns, preferem até acreditar que ele não existe. Para este grupo, vale tudo
pelo prazer, conforme revela uma pesquisa publicada, nesta semana, num grande jornal da cidade “quase
metade do Brasil sexualmente ativo não usa o preservativo”. Curiosos, o Laboratório de Pesquisa da
UniCarioca, junto com a Editoria Sociedade, do JORNAL O GLOBO, querem saber se o carioca costuma se
proteger mais na época do carnaval (usar camisinha) ou se deixa rolar e aproveita a festa e até que ponto as
campanhas, o convívio social e a formação influenciam nesta decisão.
FEVEREIRO 2014
APRESENTAÇÃO
O LABORATÓRIO DE PESQUISA DA UNICARIOCA
O Laboratório de Pesquisa da UniCarioca nasceu em março de 2012, dentro do curso de
marketing da instituição, com o objetivo de entender e divulgar, por meio de pesquisas, o
pensamento da população carioca sobre os mais variados temas do cotidiano.
É formado por alunos de todos os períodos e de todos os cursos, que desenvolvem o projeto
de uma pesquisa, desde sua criação até a apresentação do resultado. Todo o processo é
acompanhado por estatístico devidamente registrado e por professores qualificados / titulados
e com vasta experiência de mercado.
Atualmente o laboratório, além de ser uma atividade acadêmica, desempenha, também, o
papel de atender aos anseios dos principais meios de comunicação do Rio de Janeiro
produzindo pesquisas e, algumas vezes, sendo pauta de matérias para veículos como EXTRA
(caderno VIDA GANHA, CADERNO DE ESPORTES, colunas) O GLOBO (cadernos BOA GENTE,
BOA CHANCE..., colunistas como Ancelmo Gois, Flávia Ferreira...), BAND NEWS, VEJA RIO,
entre outros.
O laboratório atua, também, no desenvolvimento de outras pesquisas como: de segmentação,
de satisfação, de demanda, de produtos, de viabilidade de negócios, principalmente, para
micro e pequenos empreendedores.
ALGUMAS PESQUISAS PRODUZIDAS
•
Pesquisa de Mercado para o lançamento de um suplemento diário para o EXTRA na
Baixada Fluminense.
•
Pesquisa para a VEJA RIO, matéria de capa, sobre a relação tumultuada entre as
Babás e Patroas.
•
Pesquisa identificando a opinião do carioca sobre os embargos infringentes
(Ancelmo Gois, jornal O GLOBO).
•
Pesquisa sobre a satisfação dos moradores com as UPP (jornal EXTRA).
•
Pesquisa sobre o interesse do carioca em relação à RIO+20 (jornal EXTRA).
•
Pesquisa para identificar a opinião do carioca sobre os médicos cubanos (Ancelmo
Gois, jornal O GLOBO).
•
Pesquisa sobre o valor que o carioca gostaria de gastar no dia das mães (Flávia
Ferreira, jornal O GLOBO).
•
Pesquisa sobre as melhores ruas para se morar em Jacarepaguá, Barra da Tijuca e
Recreio (matéria de capa caderno O GLOBO Barra de Tijuca).
•
Pesquisa sobre o programa Lixo Zero (coluna GENTE BOA do jornal O GLOBO).
•
Pesquisa sobre a prática do horário flexível de trabalho e do banco de horas nas
empresas do Rio de Janeiro. Matéria de CAPA e conteúdo da página 3 do caderno
BOA CHANCE, do jornal O GLOBO
•
Pesquisa sobre o valor da profissão do professor para edição especial de
comemoração do dia dos professores. Matéria de CAPA no jornal EXTRA do dia 15 de
outubro de 2013.
•
Pesquisa sobre reconhecimento profissional: o que o carioca pensa do tapinha nas
costas (caderno BOA CHANCE do jornal O GLOBO).
•
Pesquisa sobre como o carioca pretende gastar o décimo terceiro salário (coluna
NEGÓCIOS E CIA do jornal O GLOBO, caderno VIDA GANHA do EXTRA e BAND NEWS
– novembro de 2013)
•
Pesquisa para identificar o INTERESSE DOS JOVENS PELO MAGISTÉRIO (matéria de
CAPA do jornal O GLOBO, no dia 5 de janeiro de 2014 e matéria do CANAL FUTURA).
•
Pesquisa “OS 10 PRINCIPAIS DESEJOS DAS MULHERES PARA 2014, PUBLICADA NO
Jornal EXTRA (janeiro 2014).
•
Pesquisa para identificar quais os 5 motivos que “MAIS ESTRESSAM O CARIOCA”
(matéria publicada no O GLOBO e veiculada nas rádios CBN, NATIVA, TUPI e na TV
RECORD, em rede nacional, nos programas DOMINGO ESPETACULAR, BALANÇO
GERAL e FALA BRASIL (março 2014).
•
Pesquisa sobre as “PREFERENCIAS DO CARIOCA NO CARNAVAL” foi capa do Jornal
EXTRA e matéria publicada no caderno ESPECIAL CARNAVAL (março 2014).
•
Pesquisa “O QUE OS CARIOCAS ACHAM DAS SILICONADAS”. Foi capa do JORNAL
EXTRA e publicada no primeiro caderno (março 2014).
•
Pesquisa e teste sobre “O CONHECIMENTO DO CARIOCA SOBRE A CIDADE”.
Resultado foi publicado no JORNAL EXTRA e na REVISTA VEJA RIO, além de
menção em nas rádios TUPI e CBN (março 2014).
•
Pesquisa “O LÍDER POR SUAS EQUIPES”, publicada no CADERNO BOA CHANCE, no
Jornal O GLOBO, incluindo um teste sobre as principais características de liderança
(março 2014).
•
Pesquisa “TRABALHAR APÓS A APOSENTADORIA” publicada no caderno BOA
CHANCE, no jornal O GLOBO (maio de 2014).
•
Pesquisa “O DIA PREFERIDO DO CARIOCA” publicada no jornal O GLOBLO na
EDITORIA RIO, no mês de julho de 2014.
•
Pesquisa sobre “LIMPEZA URBANA”, publicada no jornal O GLOBLO na EDITORIA
RIO, no mês de agosto de 2014.
FOTOS DA COLETA DE DADOS NAS RUAS DO RIO DE JANEIRO
INFORMAÇÕES SOBRE A COLETA DE DADOS
TOTAL DE RESPONDENTES: 1074 entrevistados.
DATA DE REALIZAÇÃO: 28, 29, 30 e 31 de janeiro de
2015.
NÚMERO DE ENTREVISTADORES: 13 entrevistadores em
várias regiões da cidade.
INSTRUMENTO: questionário com 25 questões.
ABORDAGEM: respondentes eram abordados nas ruas e
eventos por um pesquisadores do Escritório de práticas
de Marketing da UniCarioca.
Pesquisa revela que 88% dos cariocas já tiveram algum tipo de relacionamento sexual, no
carnaval, sem o uso do preservativo e que somente 12% garantem que isso nunca
ocorreu. O carioca deixa a “chapa esquentar” quando o negócio é a folia.
74% dos cariocas participam, intensamente, das atividades dos festejos de momo,
enquanto que 26% optam por outros programas como viagens, retiros, ou mesmo a paz
do lar.
Para os que aproveitam a folia no carnaval, existe todo um clima de permissividade no ar.
A pesquisa revela que 90% dos cariocas estão suscetíveis a aceitar um relacionamento
com desconhecidos e sem necessidade de compromisso: “eu quero mais é aproveitar e
beijar muito”.
Este resultado representa o pensamento de 57,9% das mulheres e 42,1% dos
homens.
44% dos entrevistados acham, também, que durante os festejos de momo, as pessoas não
se preocupam com a saúde ou a vida. Deixam a “coisa rolar” e fazem o que tiver que ser
feito sem o uso da proteção adequada.
Os respondentes acreditam que o entusiasmo do momento, 32%, levam os parceiros a
deixarem de lado o uso da camisinha. Afinal, a fila é grande e é preciso ter pressa para
encontrar o parceiro, 19%, pois, há inúmeras oportunidades pela frente e, venhamos e
convenhamos, é tão “rapidinho” que “nem dá tempo de nenhum vírus contaminar”, 15%.
Ao fazer um extrato da pesquisa foi possível descobrir que essa forma de pensar faz
parte do consciente ou inconsciente tanto de homens quanto de mulheres, quando
estão na folia.
A situação é tão crítica que 88% dos respondentes afirmam que já fizeram sexo sem
camisinha, no carnaval, nos últimos tempos. Para 27%, só algumas vezes; 23%, afirmam
que sempre fazem sem o preservativo; 15% dizem que fazem isso com muita frequência;
Porem, 23% alegam que só em último caso, mas que é possível; Apenas 12% afirmam,
com segurança, que não fazem sexo sem o uso do preservativo, no carnaval.
Para 26% dos respondentes, o principal motivo para aceitarem alguma relação sem o uso
do preservativo é porque, muitas vezes, a camisinha interfere no prazer.
Os que mais indicam que o uso da camisinha interfere no prazer, são os homens, 32,9%.
No entanto, na opinião das mulheres, 17,7%, a camisinha nem atrapalha tanto, e 25,1%
ainda reforçam, deixa o sexo mais seguro.
Os que mais indicam que o uso da camisinha interfere no prazer, são os homens, 32,9%.
No entanto, na opinião das mulheres, 17,7%, a camisinha nem atrapalha tanto, e 25,1%
ainda reforçam, deixa o sexo mais seguro.
Quando perguntados sobre o que mais preocupa na hora do “rala e rola”, sem camisinha,
40% dizem que é o medo das DSTs. Para 26% é o risco de gravidez; Porém, 34% dos
respondentes afirmam que preferem “chutar o balde” e “mandar ver”.
Nas respostas consolidadas entre ambos os sexos, é possível ver que o medo de
contrair doenças é o que mais preocupa. Sendo que para as mulheres (52,2%) essa
preocupação é maior do que para os homens (46,5%).
67% dos entrevistados afirmam que o principal motivo para usar uma camisinha é quando
não conhecem o parceiro (43%) ou quando a relação está muito no início (24%). Com o
tempo e com a confiança o medo diminui.
48% dos cariocas dizem que ficariam desconfiados e inseguros caso o(a) parceiro(a)
sugerisse o uso da camisinha. Tal resposta indica que ainda existe um tabu em relação à
prática do sexo seguro. Porém, mais da metade dos respondentes, 52%, achariam normal.
61% das pessoas ouvidas acham que doenças como AIDS, sífilis e clamídia trazem riscos
de contaminação. Porém, 39%, consideram que, apesar da gravidade, elas não têm
consequências (26%) ou são “encrencas passageiras que se curam com qualquer
pomadinha” (13%). Eis aí um exemplo claro da falta de informação ou consciência de
grande parte da população a respeito dos riscos de um relacionamento e suas
consequências sem o uso do preservativo. Para a maioria, “só acontece com os outros”.
47% das respostas conseguidas, quase metade da amostra, indicam o excesso de álcool
(33%) e o uso de drogas (14%) como principais causas pela decisão de transar sem o uso
da camisinha: “com tanta coisa na cabeça, a gente nem pensa em doenças nessas horas”.
A falta do preservativo também foi indicada por 29% como responsável pelo não uso da
camisinha na hora do relacionamento sexual.
Ao analisar a opinião estratificada entre os sexos a respeito das “causas” para que a
relação não seja segura, os homens garantem ser o álcool (34,2%) e as mulheres a
falta do preservativo (30%).
Quando perguntados se já fizeram teste de HIV, 57% dos respondentes disseram que sim
e 43% que não. É um percentual significativo, visto que a maioria dos respondentes, em
algum momento, já praticou o ato sexual sem o uso do preservativo.
Para 67% dos cariocas, mesmo quando o relacionamento é saudável, é necessário o uso
da camisinha, o que não significa dizer que isso ocorra na prática. Entretanto, 33% deles
acham desnecessário o uso da camisinha num relacionamento saudável.
Quanto as mulheres, 74,4%, é favorável o uso do preservativo numa relação
saudável, até para reduzir o risco de uma gravidez indesejada. Os homens pensam
um pouco diferente, apenas metade deles, 55,5%, são a favor do uso da camisinha
no relacionamento saudável.
E ainda, 82% dos respondentes concordam que o uso da camisinha é importante na
prevenção de DSTs e da gravidez. Porém, vejam a incoerência, 88% garantem que já
fizeram sexo sem camisinha. Uma coisa é ser importante, outra, muito diferente, é colocar
em prática aquilo que se considera importante.
Todos os pesquisados acham que a população deve ser conscientizada a respeito das
doenças e das formas de se prevenir o contágio e, ainda, 42% deles garantem que a forma
mais eficaz de se fazer isso é realizar ações sociais que envolvam os jovens e familiares.
64% dos entrevistados garantem que fazem sexo semanalmente e mais de uma vez por
semana.
75% afirmam que fizeram sexo sem camisinha. E, pasmem, 40% várias vezes ao longo do
último ano. Sem contar que 13% nunca usaram camisinha. Quando chega na época do
carnaval, mais gente faz sexo sem o uso da camisinha (13%) e o total de pessoas que
realizam relações sem uso do preservativo chega a 88%.
Os cariocas revelam, ainda, que quando chegam aos “finalmentes” de uma relação e não
estão com o preservativo, 33% continuam e fazem o que tem que ser feito, sem pensar
em nada. 66% usam outras técnicas como, por exemplo, evitar a penetração (33%) ou
ficar nas preliminares (33%). No entanto, 11% afirmam que encerrariam, na hora, a
“brincadeira”.
Ao separar as respostas de homens e mulheres para a mesma pergunta é possível
ver que para mais da metade dos “meninos”, 56,1%, a estratégia nessa hora é
continuar a relação com tudo que tem direito (28,4%) ou continuar mas sem a
penetração (27,7%) seja com a penetração. Já as “meninas”, 31,5%, preferem ficar
nas preliminares (20,7%) ou encerrar a questão (10,8%). São uns dos poucos
momentos em que ela tem um comportamento diferente dos praticados pelos
homens.
RESULTADO PESQUISA
1 - Gênero
43.3%
Homem
56.7%
Mulher
8.1) Como se divide a opinião dos gêneros em relação as
pessoas estarem mais suscetíveis a se relacionarem com
desconhecidos, no carnaval?
42.1%
MULHERES
HOMENS
57.9%
9.2) Qual os 4 principais motivos alegados por homens e
mulheres, numa visão estratificada, para não usar ou usar
menos camisinha na época do carnaval?
HOMEM
MULHER
13.5%
19.7%
22.7%
30.3%
9.4%
29.7%
11.0%
16.3%
32.0%
15.5%
Pela pressa
Pelo entusiasmo do momento
Pela pressa
Pelo entusiasmo do momento
Por ser uma “rapidinha”
Porque não gosto
Por ser uma “rapidinha”
Porque não gosto
Outros
Outros
11.1 ) Porque alguns homens ou mulheres não gostam de
usar a camisinha?
HOMEM
MULHER
12.9%
17,7%
9,9%
45.8%
32.9%
58,1%
14,3%
8.4%
Acho que diminui a ereção
Acho que interfere no prazer
Acho que interfere no prazer
Ele não gosta
Resistência do parceiro
Outros
Resistência do parceiro
Outros
12.1) Qual a principal preocupação de homens X mulheres
que não usam camisinha na hora do “rala e rola”?
HOMEM
MULHER
3.2%
4.4%
14.8%
13.3%
46.5%
52.2%
30.0%
35.5%
Medo de contrair doenças
Medo de contrair doenças
Medo de engravidar (ou da outra engravidar)
Medo de engravidar (ou da outra engravidar)
Nada
Nada
Outros
Outros
16.1) Diferentes percepções de homens e mulheres
relacionadas aos fatores que, normalmente, relegam o uso da
camisinha para um segundo plano, na hora de uma relação
100.0%
sexual, no carnaval:
80.0%
30.0%
HOMEM
14.3%
MULHER
7.7%
22.6%
13.3%
13.5%
13.3%
20.0%
21.9%
29.1%
40.0%
34.2%
60.0%
0.0%
Álcool
Dificuldade de
conciliar a ereção
com a camisinha
Drogas ilícitas
Não ter o
preservativo na hora
da relação.
Outros
18.1) O que pensam homens X mulheres em relação à
necessidade do uso da camisinha num relacionamento
saudável?
100.0%
90.0%
80.0%
74.4%
70.0%
55.5%
60.0%
50.0%
44.5%
SÃO FAVORÁVEIS
SÃO CONTRA
40.0%
30.0%
25.6%
20.0%
10.0%
0.0%
MULHERES
HOMENS
23.1) Como homens X mulheres lidam com a condição de não
ter camisinha durante uma relação sexual.
100.0%
80.0%
60.0%
25.2%
22.7%
13.5%
20.7%
27.7%
23.2%
5.2%
20.0%
10.8%
28.4%
40.0%
22.7%
MULHERES
0.0%
Continuam a
relação
Encerram a relação
Evitam qualquer
tipo de penetração
Fazem apenas as
preliminares
Não responderam
HOMENS
FIM
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