Estudo Prospectivo sobre o Desenvolvimento do Nordeste 2022
Elementos para uma agenda de Ciência, Tecnologia e Inovação
Lucia Melo
João Pessoa, 19 de junho de 2013
Panorama inicial: grandes mudanças sociais na última
década no Nordeste
• Retomada do desenvolvimento econômico na Região
• Estabelecimento de nova ambiente produtivo e os investimentos em
projetos estruturantes
• Ampliação da infraestrutura e da base científica e tecnológica e de
educação
• Mobilidade social singular
• Novas expectativas, demandas de consumo e de capacitação
• Demanda por conhecimento fortemente intensificada (demanda por
geração, absorção e difusão)
• Maior número de jovens com formação de nível médio e superior
• Demanda por políticas de inovação com base em novos paradigmas
• Ainda muito a conquistar: desafios da sustentabilidade
Panorama inicial: evolução da base científica e
tecnológica na última década no Nordeste
• Maior envolvimento dos estados com aportes crescentes de recursos
• Descentralização
• Expansão da base de Recursos Humanos
• Ampliação de parcerias
• Novas bases de integração
• Inovação na agenda
% Dispendios dos Governos Estaduais com C&T em relação aos
seus Orçamentos
Pernambuco
Paraíba
Alagoas
Nordeste
Brasil
0.75
2010
2.09
0.53
1.31
1.99
0.91
2009
2008
2007
0.31
2000
1.66
0.65
0.74
1.40
0.59
0.44
0.75
1.46
0.65
0.40
0.69
1.63
0.77
0.33
0.30
0.17
0.72
1.77
0.74
0.30
0.62
0.26
0.23
1.70
0.68
0.79
0.26
2003
2001
0.95
0.35
0.31
2004
1.89
0.99
0.39
0.24
2005
1.10
0.44
0.31
2006
2002
1.74
0.44
1.83
1.01
0.43
0.68
1.96
0.64
0.33
0.51
1.87
Base científica e tecnológica e a articulação com a base
produtiva – um grande desafio
Características do tecido produtivo presente na Região com demandas
distintas em relação ao conhecimento, à base local de CT&I, e às políticas
de inovação:
• Nova Indústria (capital intensivo externo)
• Indústria Tradicional Capitalizada
• Produção Local Formal (MPME)
• Produção local informal (intensivo em trabalho pouco qualificado)
Grupos Produtivos e Relação com PD&I
Grupo
Qualificação
Nova Indústria
- Capital intensivo externo;
- Moderada à alta
intensidade tecnológica;
- Atende a incentivos para
se fixar e expandir
Relação com P&D e
Inovação
- Depende de forma
marcante de inovação para
competir;
- A inovação e a pesquisa
podem ser determinantes
para se estabelecera
produção;
- Acesso a conhecimento
de fronteira
Indústria
Tradicional capitalizada
- Capital intensivo local;
- Moderada intensidade
tecnológica;
- Baixo dinamismo
tecnológico
Pequena
e Média Produção Formal
Produção local Informal
- Intensidade moderada
e baixa de
capital e tecnologia
- Baixa intensidade de
capital e de tecnologia;
- Predomínio de
conhecimento não
codificado e de transmissão
por via oral
- Pouco depende de P&D;
- Dependente de pesquisa
local em determinada fase;
- Predomínio da inovação
incremental
- Inovação fortemente
baseada em conhecimento
já existente;
- para os fornecedores de
cana; pesquisa focada é
determinante, porém
acoplada à extensão rural
- Inovação Inclusiva
Relação com o ambiente
local de C,T,I& Educação
- Recursos humanos com
formação adequada;
- Disponibilidade de
serviços tecnológicos de
maior complexidade;
- Pesquisa especializada/
focada em questões
específicas
- Recursos humanos com
formação adequada;
- Acesso a laboratórios de
serviços tecnológicos;
- Pesquisa focada;
- Recursos humanos com
formação adequada;
- Assistência técnica;
- Acesso a laboratórios de
serviços e de certificação;
- Incubadoras de empresas
como Habitat de inovação;
- Difusão e extensão
Recursos humanos com
formação adequada;
- Assistência técnica;
- Acesso a laboratórios de
serviços e de certificação;
- Incubadoras de empresas
como Habitat de inovação;
- Difusão e extensão
Base científica e tecnológica e de inovação – mapeamento dos
ativos
• Empresas inovadoras (participantes dos programas federais e estaduais de
apoio a inovação) e sua articulação com as instituições de pesquisa e
ensino e com as empresas estruturadoras
• Experiências inovadoras em uso e difusão do conhecimento, fóruns de
articulação e cooperação para a inovação ;perfil dos novos cursos criados
por demanda das empresas; uso de instalações
• Universidades, institutos federais, centros, laboratórios de P&D privados,
instituições de interface pesquisa/produção, base de recursos humanos e
a qualificação para a inovação
• Clusters interestaduais potenciais
Agendas mais recentes de promoção da inovação
• Maior disponibilidade de crédito da FINEP, para as empresas, para
inovação, e articulação com os estados (tecnova e inovacred)
• Integração de instrumentos
• Agenda compartilhada Finep e BNDES em programas estratégicos
prioritários (farmacêutico, energia, etanol, petróleo e gas, tics, tecnologias
assistivas, defesa)
• Programa Ciências sem Fronteiras (formação e fixação)
• Programa Mobilização Empresarial pela Inovação e criação de 65 centros
tecnológicos, Senai
O que se desenha a futuro no mundo...
•
Mantida e intensificada a acelerada evolução tecnológica, com fortes impactos no mercado de trabalho
e na educação
•
Novos atores globais na geração e difusão do conhecimento
•
Emergência de novos setores econômicos baseados na criatividade
•
A revolução na manufatura:
–
Custos de m.d.o. cada vez menos relevante em setores avançados e de maior valor agregado
–
Retorno aos países avançados:
Proximidade entre quem desenvolve e gera conhecimento e quem produz
–
“blurring” os limites entre manufatura e serviços
–
Convergência das tecnologias tic, nano e bio e suas aplicações exigentes em conhecimento e os
limites á sua difusão
Políticas e estratégias de Inovação
Rand Corporation
Megatendências e mudanças tectônicas
•
Emponderamento individual, as redes sociais, e a nova governança
•
Hegemonia do ocidente fortemente alterada
•
Padrões demográficos e envelhecimento rápido
•
Demanda por alimentos água e energia
•
Urbanização
•
Nova configuração na oferta de energia em especial do petróleo, no mundo
•
Novos padrões na cooperação científica e a interdisciplinaridade
National Intelligence Council, Alternative World s 2012, e Research Fronts, Thomson Reuters , 2013
Perspectivas e desafios para o Nordeste
•
Sustentabilidade do processo de desenvolvimento com mudanças profundas na estrutura produtiva
•
Continuidade e ampliação de investimentos produtivos e de infraestrutura , e redução das desigualdades
intraregionais
•
Adaptação da base de CT&I para atendimento e alinhamento às novas demandas produtivas em suas diversas
especificidades ( oferta de serviços tecnológicos, pesquisa, formação e absorção de engenheiros nas novas
especialidades de mercado;); Nova fase de expansão deve ser orientada
•
Integração das PMEs às cadeias produtivas globais via incorporação da inovação como estratégia empresaria
demanda capacitação l para a inovação
•
Criação de novos ambientes de produção a partir do conhecimento (empresas de base tecnológica, clusters,
habitat de inovação, instituições de interface para a geração e a difusão do conhecimento)
•
Induzir o envolvimento da base de CT&I às iniciativas de integração regional a exemplo de logística integrada,
malha de telecomunicações e rede lógica, transposição de águas etc
•
Recursos humanos em quantidade e qualidade compatível com o novo ambiente produtivo e com as tendências
tecnológicas que dominarão o século XXI: evitar o apagão de RH no presente e no futuro;
•
Intensificar oporutnidades de inclusão por meio da inovação
Para se construir...
O Nordeste como Laboratório de Referência global em
Inclusão pela via da Inovação e do Conhecimento
Obrigada!
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Estudo Prospectivo sobre o Desenvolvimento do