Reino Animal
Características que Distinguem os
Animais
O Reino Animalia é definido segundo características comuns a todos os animais:
organismos eucariontes, multicelulares,
heterotróficos, que obtêm seu alimento
por ingestão de nutrientes do meio.
Todos os animais começam seu desenvolvimento a partir de uma célula-ovo
ou zigoto, que surge da fecundação do
óvulo pelo espermatozóide. Assim, a
reprodução sexuada sempre está
presente nos ciclos de vida dos animais.
Isso não significa que a reprodução
assexuada.
ANIMAIS VERTEBRADOS
E
INVERTEBRADOS
Os invertebrados são todos os
animais que não possuem vértebras e,
consequentemente, coluna vertebral.
A maior parte dos animais é formada
pelos invertebrados, caso das
esponjas, medusas, planárias, vermes,
minhocas, insetos, siris,
estrelas-do-mar e outros.
Os vertebrados correspondem
a todos os animais que possuem
vértebras, caso dos peixes,
anfíbios, répteis, aves e
mamíferos.
GRUPOS DE ANIMAIS
OS ANIMAIS SE DIVIDEM EM VÁRIOS GRUPOS(FILOS)
1- Poríferos
Os poríferos, também
conhecidos
como espongiários ou
simplesmente esponjas,
Esses animais não
possuem tecidos bem
definidos e não
apresentam órgãos e
nem sistemas. São
exclusivamente aquáticos
(mares e agua doce),.
Os poríferos vivem fixos a
rochas ou a estruturas
submersas, como conchas.
Alimentam-se de restos
orgânicos ou de
microorganismos que
capturam filtrando a água
que penetra em seu corpo.
A reprodução dos poríferos
pode ser assexuada ou
sexuada.
Assexuada - Ocorre, por
exemplo, por brotamento.
Sexuada. Neste caso,
quando os espermatozóides
(gametas masculinos) estão
maduros, eles saem pelo
ósculo, junto com a corrente
de água, e penetram em
outra esponja, onde um
deles fecunda um óvulo
(gameta feminino).
2 - CNIDÁRIOS.
O filo Cnidária (cnidários) está representado pelas hidras, medusas ou água-vivas,
corais e anêmonas-do-mar.
CNIDÁRIOS.
A reprodução assexuada
A reprodução assexuada em hidras pardas ou verdes é, em geral, feita por brotamento. Brotos
laterais, em várias fases de crescimento, são comumente vistos ligados à hidra-mãe e dela logo
se destacam.
A reprodução sexuada
A hidra é hermafrodita. Alguns testículos e apenas um ovário são formados, principalmente em
épocas desfavoráveis do ano, a partir de células indiferenciadas existentes no corpo.
3 - OS PLATELMINTOS
Os platelmintos são vermes que surgiram na Terra há provavelmente cerca de 600
milhões de anos. Esses animais têm o corpo geralmente achatado, daí o nome do
grupo: platelmintos (do grego platy: 'achatado'; e helmin: 'verme').
Os platelmintos, que compreendem em torno de 15 mil espécies, vivem principalmente
em ambientes aquáticos, como oceanos, rios e lagos; são encontrados também
em ambientes terrestres úmidos. Alguns têm vida livre, outros parasitam animais
diversos, especialmente vertebrados.
Medindo desde alguns milímetros até metros de comprimento, os platelmintos
possuem tubo digestório incompleto, ou seja, têm apenas uma abertura - a boca-,
por onde ingerem alimentos e eliminam as fezes; portanto, não possuem ânus. Alguns
nem tubo digestório têm e vivem adaptados à vida parasitária, absorvendo, através da
pele, o alimento previamente digerido pelo organismo hospedeiro.
Entre os muitos exemplos de platelmintos: as planárias, as tênias e os
esquistossomos.
A - AS PLANÁRIAS
Medindo cerca de 1,5 cm de comprimento, esses platelmintos podem ser encontrados em córregos,
lagos e lugares úmidos. Locomovem-se com ajuda de cílios e alimentam-se de moluscos, de outros
vermes e de cadáveres de animais maiores, entre outros exemplos.
A planária adulta é hermafrodita, isto é, apresenta tanto o sistema genital feminino
quanto masculino. Quando duas planárias estão sexualmente maduras e se encontram,
elas podem copular.
Após a troca de espermatozóides através dos poros genitais, os animais se separam e
os ovos são eliminados para o meio externo. No interior de cada ovo, encerrado em
cápsulas, desenvolve-se um embrião, que se transforma em uma jovem planária.
As planárias tem grande poder de regeneração. Cortando-se o animal em alguns
pedaços, cada um deles pode dar origem a uma planária inteira. Observe o esquema a
baixo.
B - AS TÊNIAS
A teníase é uma doença causada pela forma adulta das tênias, Taenia solium, do porco e Taenia
saginata, do boi). Muitas vezes, o paciente nem sabe que convive com o parasita em seu
intestino delgado. As tênias também são chamadas de "solitárias", porque, na maioria dos caso,
o portador traz apenas um verme adulto. Os últimos anéis ou proglótides são hermafroditas e
aptos à fecundação. Geralmente, os espermatozóides de um anel fecundam os óvulos de outro
segmento, no mesmo animal. A quantidade de ovos produzidos é muito grande (30 a 80 mil em
cada proglote), sendo uma garantia para a perpetuação e propagação da espécie. Os anéis
grávidos se desprendem periodicamente e caem com as fezes.
O hospedeiro intermediário é o porco, animal que, por ser coprófago (que se alimenta de fezes),
ingere os proglótides grávidos ou os ovos que foram liberados no meio. Dentro do intestino do
animal, os embriões deixam a proteção dos ovos e, por meio de seis ganchos, perfuram a mucosa
intestinal. Pela circulação sangüínea, alcançam os músculos e o fígado do porco, transformandose em larvas denominadas cisticercos, que apresentam o escólex invaginado numa vesícula.
Quando o homem se alimenta de carne suína crua ou mal cozida contendo estes cisticercos, as
vesículas são digeridas, liberando o escólex que se everte e fixa-se nas paredes intestinais através
dos ganchos e ventosas.
O homem que desenvolve a teníase é o seu hospedeiro definitivo.
AS TÊNIAS
São hermafroditas com estruturas fisiológicas para autofecundação, não necessitam
de parceiros para a cópula e postura de ovos.
Sintomatologia - transtornos dispépticos, tais como: alterações do apetite (fome
intensa ou perda do apetite), enjôos, diarréias freqüentes, perturbações nervosas,
irritação, fadiga e insônia.
Profilaxia e Tratamento - A profilaxia consiste na educação sanitária, em cozinhar bem
as carnes e na fiscalização da carne e seus derivados (lingüiça, salame, chouriço,etc.)
C - ESQUISTOSSOMOS
Os parasitas desta classe são cinco, e variam como agente causador da esquistossomose
conforme a região do mundo. No nosso país a esquistossomose é causada pelo
Schistossoma mansoni. O principal hospedeiro e reservatório do parasita é o homem,
sendo a partir de suas excretas (fezes e urina) que os ovos são disseminados na
natureza. Possui ainda um hospedeiro intermediário que são os caramujos, caracóis ou
lesmas, onde os ovos passam a forma larvária (cercária). Esta última dispersa
principalmente em águas não tratadas, como lagos, infecta o homem pela pele
causando uma inflamação da mesma. Os sexos do Schistossoma mansoni são
separados. O macho mede de 6 a 10 mm de comprimento. É robusto e possui um sulco
ventral, o canal ginecóforo, que abriga a fêmea durante o acasalamento. A fêmea é mais
comprida e delgada que o macho.
ESQUISTOSSOMOSE ou BARRIGA D'ÁGUA
Infecção causada por verme parasita Schistossoma mansoni da classe Trematoda. Ocorre em
diversas partes do mundo de forma não controlada (endêmica).
Os Hospedeiros intermediários são os caramujos,
caracóis ou lesmas.
Os ovos eliminados pela urina e fezes dos homens
contaminados evoluem para larvas na água, estas se
alojam e desenvolvem em caramujos. Estes últimos
liberam a larva adulta, que ao permanecer na água
contaminam o homem. No sistema venoso humano os
parasitas se desenvolvem até atingir de 1 a 2 cm de
comprimento, se reproduzem e eliminam ovos. O
desenvolvimento do parasita no homem leva
aproximadamente 6 semanas (período de incubação),
quando atinge a forma adulta e reprodutora já no seu
habitat final, o sistema venoso. A liberação de ovos
pelo homem pode permanecer por muitos anos.
O tratamento de escolha com antiparasitários
(Oxaminiquina ou Praziquantel), substâncias químicas
que são tóxicas ao parasita. Isto é suficiente para
eliminar o parasita. Em casos de doença crônica as
complicações requerem tratamento específico.
4 - FILO NEMATODA
Os nematódeos são vermes em forma de fio. São considerados o grupo de metazoários mais
abundante na biosfera, Vivem com sucesso nos habitats marinho, de água doce e terrestre. Embora
a maioria seja de vida livre, há muitos representantes parasitas de praticamente todos os tipos de
plantas e animais. Seu tamanho é muito variável, indo de aproximadamente 1 mm até cerca de oito
metros de comprimento.
Exemplos de Nematelmintos: Ascaris lumbricoides (lombriga); Ancylostoma
duodenale, Wuchereria bancrofti, Oxyurus vermicularis e Strongyloides stercoralis
PRINCIPAIS DOENÇAS PROVOCADAS POR NEMATELMINTOS:
Muitos nematelmintos são parasitas e quando penetram no corpo humano podem
provocar doenças.
Nome do parasita |
Ascaris lumbricoides
Ancylostoma duodenale
Wuchereria bancrofti
Oxyurus vermicularis
Doença provocada
ascaridíase
ancilostomíase (conhecida popularmente como amarelão)
filiríase (conhecida popularmente como elefantíase)
oxiuríase (enterobiose)
A ascaridíase é uma verminose
intestinal, causada pelo parasita
Ascaris lumbricóides. A
ascaridíase, popularmente
conhecida como lombriga, é
a verminose mais difundida no
mundo.
A - ASCARIDÍASE
A contaminação por Ascaris lumbricóides ocorre pela ingestão de água ou alimentos
Após a ingestão, os ovos liberam larvas que caem na circulação sanguínea. Essas larvas
passam pelo fígado, coração e pulmões. Ao atingirem os pulmões, instalam-se
nos alvéolos pulmonares, onde absorvem mais oxigênio e nutrientes para crescerem;
migram em direção a faringe, de onde são engolidas novamente. Passam pelo tubo
digestivo, e completam seu desenvolvimento ao chegarem ao intestino delgado, atingindo
a fase adulta, se reproduzindo e dando início ao ciclo novamente.
Os sintomas são: dor abdominal, flatulência, cólica, diarréia, náuseas, vômito e
presença de vermes nas fezes. Algumas reações como alergias, pneumonia e choque
anafilático podem ocorrer, embora sejam mais raras. Nas crianças, grandes infestações
podem causar oclusão intestinal, o que pode, inclusive, levar a morte.
O tratamento da ascaridíase é feito
através de medicação. No entanto, a
medicação deve ser acompanhada de
cuidados de higiene pessoal (lavar as
mãos, por exemplo), medidas de
higiene em relação aos alimentos
(lavar as frutas e verduras em água
corrente) e a água (ferver, caso a água
não seja tratada), e saneamento
básico.
B - ANCILOSTOMÍASE: Amarelão
A ancilostomose é uma helmintíase que pode ser causada tanto pelo Ancylostoma
duodenale como pelo Necatur americanus. Ambos são vermes nematelmintes
(asquelmintes), de pequenas dimensões, medindo entre 1 e 1,5 cm. A doença pode
também ser conhecida popularmente como "amarelão", "doença do jeca-tatu",
"mal-da-terra", "anemia-dos-mineiros, "opilação", etc.
As pessoas portadoras desta verminose são pálidas, com a pele amarelada, pois os
vermes vivem no intestino delgado e, com suas placas cortantes ou dentes, rasgam
as paredes intestinais, sugam o sangue e provocam hemorragias e anemia.
Contágio - ao manter contato com o solo contaminado por dejetos. As larvas
filarióides penetram ativamente através da pele (quando ingeridas, podem penetrar
através da mucosa). As larvas têm origem nos ovos eliminados pelo homem.
Prevenção e Tratamento
As principais medidas de prevenção
consistem na construção de instalações
sanitárias adequadas, evitando assim que
os ovos dos vermes contaminem o solo;
uso de calçados, impedindo a penetração
das larvas pelos pés.
C - FILARÍASE: elefantíase
A filariose ou elefantiase é a doença causada pelos parasitas nemátodes Wuchereria
bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori, comumente chamados filária, que se alojam nos vasos
linfáticos causando linfedema. As larvas são transmitidas pela picada dos mosquitos e da mosca
Chrysomya conhecida como Mosca Varejeira. É conhecida como elefantíase, devido ao aspecto
de perna de elefante do paciente com esta doença. Tem como transmissor os mosquitos dos
gêneros Culex, Anopheles, Mansonia ou Aedes, presentes nas regiões tropicais e subtropicais.
Quando o nematódeo obstrui o vaso linfático, o edema é irreversível, daí a importância da
prevenção com mosquiteiros e repelentes, além de evitar o acúmulo de águas paradas em
pneus velhos, latas, potes e outros. As formas adultas são vermes nemátodes de secção circular
e com tubo digestivo completo. As fêmeas (alguns centímetros) são maiores que os machos e a
reprodução é exclusivamente sexual, com geração de microfilárias. Estas são pequenas larvas
fusiformes com apenas 0,2 milímetros.
D - OXIURÍASE
A oxiuríase (ou enterobiose) é causada por helmintos pequenos (15 milímetros a 2 centímetros),
os Enterobius vermicularis, que parasitam principalmente o intestino. Os oxiúros são vermes visíveis
a olho nu, de coloração branca e com pelos finos. O verme causador da oxiuríase é o
nematódeo Enterobius vermicularis, o qual afeta principalmente as crianças, uma vez que elas ainda
não possuem noções básicas de higiene pessoal. Os ovos eliminados podem permanecer até por três
semanas no meio ambiente e depois de ingeridos eclodirem no intestino delgado e alcançarem o intestino
grosso, onde os vermes ficam até atingir a maturidade sexual. A transmissão da doença pode dar-se de
forma direta, principalmente na criança, devido à sua tendência de coçar a região anal e, posteriormente,
colocar amão infectada na boca. Também pode acontecer de forma indireta através da contaminação da
água, alimentos ou objetos. Quando há sintomas, o mais característico deles é o prurido na região anal,
que acontece sobretudo nas crianças e à noite. Esse prurido é devido à migração das fêmeas, que
normalmente depositam seus ovos entre as pregas da
região anal.Outros sintomas são: cólicas abdominais,
irritabilidade, diarreia, náuseas, emagrecimento,
vômitos, dores abdominais, alterações do humor e
perturbações do sono. Nas mulheres, em virtude da
proximidade da vagina com o ânus, os oxiúros podem
se mover para dentro dela e atingir o útero, trompas
de falópio, ovários e cavidade peritoneal, causando
infecções e, em casos mais graves, podendo obstruir as
trompas e provocar esterilidade.
FILO DOS MOLUSCOS
Os moluscos têm uma composição frágil, são animais de corpo mole, mas a maioria deles
possui uma concha que protege o corpo. Nesse grupo, encontramos o caracol, o marisco e a
ostra. Há também os que apresentam a concha interna e reduzida, como a lula, e os que não
têm concha, como o polvo e a lesma, entre outros exemplos. A concha é importante para
proteger esses animais e evitar a perda de água. Ela é produzida por glândulas localizadas
sob a pele, uma região chamada de manto. Você pode encontrar moluscos no mar, na água
doce e na terra. Por exemplo: o caramujo e a lesma ficam em canteiros de horta, jardim,
enfim, onde houver vegetação e a terra estiver
bem úmida, após uma boa chuva; ficam
também sobre plantas aquáticas em lagos,
beira de rios etc. O grande caramujo marinho
vive se arrastando nas rochas ou areias no
fundo do mar. Já as ostras e o marisco fixamse nas rochas no litoral, enquanto a lula e
polvo nadam livremente nas águas marinhas.
A forma e o tipo da concha são alguns dos
critérios usados na classificação dos moluscos.
Atualmente, esses animais estão divididos em
três classes: os gastrópodes, os bivalves e
os cefalópodes.
A - GASTRÓPODES
A concha única, em espiral, é característica típica do grupo dos gastrópodes. Por essa
razão, são chamados univalves (uni significa "única", e valve, "peça"). Entre os
gastrópodes, estão o caracol e o caramujo; a lesma, apesar de não apresentar
conchas ou apresentá-la muito reduzida, também está incluída nesse grupo.Os
gastrópodes são animais aquáticos ou terrestres de ambiente úmido. Os aquáticos
respiram por meios de brânquias, enquanto os terrestres apresentam pulmões.
B - BIVALVES
Os bivalves apresentam concha
com duas peças fechadas por
fortes músculos. Eles são
animais filtradores, isto é,
retiram o alimento da água.
Não possuem cabeça, nem
rádula (são os únicos moluscos
desprovidos dessa espécie de
língua)..
C – CEFALÓPODES
Cefalópode é uma palavra de origem grega; vem deKephale, que significa
"cabeça", e de pode, "pé". Designa um grupo de moluscos do qual fazem
parte o polvo e a lula.
A concha pode não existir (como no polvo), ser interna e reduzida (como na
lula) ou ser externa (como no náutilo).
Os cefalópodes apresentam cabeça grande, olhos bem desenvolvidos e
rádula dentro da boca. Possuem oito, dez ou mais tentáculos, que são
"braços" alongados.
Polvo
Náutilo
Lulas gigantes
ANELÍDEOS
Sanguessuga
O solo é uma parte da biosfera geralmente repleta de vida. Muitos dos seres vivos
que habitam o interior do solo não são visíveis a olho nú, mas há outros que podem
ser vistos com facilidade. Um exemplo é a minhoca. A minhoca pertence ao filo dos
anelídeos - nome que inclui vermes com o corpo segmentado, dividido em anéis.
Além da minhoca, existem várias espécies de anelídeos. Podemos citar animais
pequenos - como a sanguessuga, que pode medir apenas alguns milímetros de
comprimento - e também animais de grande porte - como o minhocuçu, que atinge
dois metros.O habitat dos anelídeos pode ser a água dos mares e oceanos ou a
água doce e a terra úmida. Eles são considerados os mais complexos dos
vermes. Além do tubo digestório completo, têm um sistema circulatório
fechado, isto é, têm boca e ânus e também apresentam um sistema circulatório em
que o sangue só circula dentro dos vasos. Na maioria das vezes, os anelídeos
são hermafroditas. No entanto, eles realizam fecundação cruzada e recíproca, ou
seja, dois animais hermafroditas cruzam e se fecundam mutuamente.
HÁ TRÊS GRUPOS DE ANELÍDEOS: oligoquetos, poliquetos e aquetos. Pelo
significado dessas palavras, é possível identificar como são as cerdas (quetos)
desses animais: oligo significa "poucos"; poli significa "muitos"; e a significa "sem".
A - OLIGOQUETOS
Apresentam poucas cerdas por anel. Não há parapódios (pequenas projeções do corpo
que auxiliam a locomoção) nem cabeça diferenciada do restante do corpo. O principal
representante desse grupo é a minhoca.
B - POLIQUETOS
Possuem muitas cerdas em cada segmento, ou seja, em cada anel. Cada anel tem um
par de projeções laterais, os parapódios, no qual estão implantadas as cerdas.
Os poliquetos são carnívoros. Muitas vezes, são canibais, isto é, devoram outros
poliquetos.
C - AQUETOS
Os aquetos (também chamados hirudíneos) não possuem cerdas e apresentam
ventosas, que ajudam na fixação e na locomoção. Nesse grupo, está a sanguessuga.
Ela é hermafrodita e vive em solo úmido e pantanoso ou em água doce. Existem
também algumas espécies marinhas. A sanguessuga chupa o sangue de outros animais
pelas ventosas, mas também pode se alimentar de minhocas e de restos de animais. É
de pequeno porte, o seu comprimento varia de 1 a 20 centímetros.
ARTRÓPODES
Muitas vezes, não percebemos a presença daqueles animais com corpos de formas
estranhas e cores variadas, que vivem ao nosso redor, voam sobre nossas cabeças ou
aqueles que se locomovem próximo dos nossos pés. A maioria desses seres é formada
por animais artrópodes.
Esse grupo inclui animais como aranha, mosca, formiga,siri, lacraia, piolho-de-cobra,
camarão, escorpião, abelha, entre inúmeros outros. O grupo dos artrópodes é tão
bem adaptado aos diferentes ambientes que, atualmente, representa mais de 70% das
espécies animais conhecidas. A principal característica que diferencia os astrópodes
dos demais invertebrados são as patas articuladas. Foi essa característica que deu o
nome ao grupo, pois a expressão patas articuladas vem do grego: artro, que significa
"articulação", e podos, "patas". As patas articuladas permitem que o animal possa
realizar vários movimentos diferentes. Além de uma locomoção muito eficiente, as patas
articuladas apresentam outras vantagens para o animal, pois auxiliam na sua defesa e
na captura de alimento. outra característica importante dos artrópodes é a presença de
um reforço externo: o exoesqueleto.
DIGESTÃO DOS ARTRÓPODES
Vários artrópodes são carnívoros, mas há também os herbívoros, que se alimentam
de diferentes partes das plantas. O sistema digestório dos artrópodes é completo, e os
resíduos alimentares, isto é, as fezes, são eliminados pelos ânus.
CIRCULAÇÃO DOS ARTRÓPODES
A circulação dos artrópodes é aberta, isto é, o "sangue" não circula apenas dentro
dos vasos, mas banha espaços do corpo do animal. Esse "sangue" é incolor ou
ligeiramente azulado e não transporta gases, apenas os nutrientes.
RESPIRAÇÃO DOS ARTRÓPODES
Nas diversas classes de artrópodes, o tipo de respiração varia. Muitos artrópodes são
terrestres, como os insetos, diplópodes e quilópodes, e respiram retirando oxigênio do
ambiente por estruturas denominadas traquéias.
REPRODUÇÃO
Na maioria dos artrópodes, o sexo são separados e a fecundação é interna, isto é, o
macho lança os gametas masculinos dentro do corpo da fêmea. O desenvolvimento
pode ser direto: os filhotes já nascem semelhantes aos pais, como é o caso de muitos
aracnídeos. No desenvolvimento indireto, o animal que sai do ovo passa por uma
metamorfose antes de atingir a vida adulta.
OS DIVERSOS GRUPOS DE ARTRÓPODES
Os artrópodes são subdivididos em classes de acordo com alguns critérios, como
a divisão do corpo e o número de apêndices apresentados (por exemplo: número
de patas, antenas etc.). Entre as classes de artrópodes, podemos citar:
crustáceos, aracnídeos, quilópodes, diplópodes e insetos.
A – Crustáceos - A maioria dos crustáceos é marinha. Algumas espécies, porém, têm
seu hábitat na água doce, e outras, ainda, são terrestres, como o tatuzinho-de-jardim.
Podemos citar como exemplos de crustáceos mais conhecidos: Camarão, lagosta, siri,
caranguejo e craca. O corpo dos crustáceos, é dividido em cefalotórax, parte do corpo
formada por cabeça e tórax fundidos, e abdome. Esses animais possuem um número
variável de patas (geralmente cinco pares) e dois pares de antenas. O exoesqueleto
de muitos crustáceos apresenta carbonato de cálcio, uma substância que forma a
carapaça dura dos siris e caranguejos.
B - ARACNÍDEOS
A classe dos aracnídeos inclui
aranhas, escorpiões e
carrapatos. Algumas espécies
peçonhentas de aranhas e
escorpiões podem causar a morte,
principalmente de crianças
pequenas. O número de acidentes
envolvendo o veneno desses
animais é grande no Brasil.
C – QUILÓPODES
Quilópode é uma palavra de origem grega que
significa "aquela que tem mil patas" (quilo significa
"mil", epodos "patas"). Esse grupo é representado
pela lacraia e pela centopéia. O corpo dos
quilópodes é formado por uma cabeça e muitos
segmentos
D – DIPLÓPODES
Um representante desse grupo é o piolho-decobra, conhecido também como embuá ou
gongolo. O corpo dos diplópodes possui uma
cabeça com um par de antenas curtas e tem
também vários segmentos. Em cada segmento
do seu corpo, há dois pares de pernas.
E – INSETOS
Os principais representantes dessa classe são os artrópodes que encontram com mais
facilidade no dia-a-dia; por exemplo: formiga, barata, mosquito, borboleta, mosca,
besouro, joaninha, abelha, gafanhoto, entre muitos outros. Com grande capacidade
reprodutiva, os insetos formam a única classe de invertebrados com
representantes dotados de asas, o que contribui para o sucesso na ocupação de
todos os ambientes do planeta exceto as águas oceânicas mais profundas. Na
cabeça há um par de antenas e uma par de olhos, além do aparelho bucal..
O desenvolvimento é
indireto, como
ocorre com
grande parte dos
insetos, o animal
que sai do ovo
passa por uma
metamorfose
antes de atingir a
vida adulta.
FILO DOS EQUINODERMOS - Os equinodermos (do grego echinos: espinhos;
derma:pele) constituem um grupo de animais exclusivamente marinhos, dotados de
um endoesqueleto (endo = dentro) calcário muitas vezes provido de espinhos
salientes, que justificam o nome zoológico do grupo. Entre os equinodermos estão
as estrelas-do-mar, os pepinos-do-mar, os lírios-do-mar e os ouriços-do-mar, entre
outros. Uma das características mais marcantes dos equinodermos é a presença de
um complexo sistema de lâminas, canais e válvulas, denominado sistema aquífero
ou ambulacrário (do latim ambulare: caminhar). Este sistema relaciona-se com a
locomoção, respiração, circulação, excreção e até mesmo com a percepção do
animal.
DIGESTÃO DOS EQUINODERMOS
Os equinodermos alimentam-se de pequenos animais e algas. A estrela-do-mar, por
exemplo é carnívora. Os sistemas vitais desses animais são simples e eficientes. O
sistema digestório contém apenas boca, estômago, intestinos e ânus. Mas o estômago
só esta presente no corpo dos equinodermos carnívoros, possuindo glândulas que
produzem substâncias digestivas.
EXCREÇÃO DOS EQUINODERMOS
A eliminação de excretas é facilitada pelo sistema ambulacrário, pelo qual circula a
água no corpo dos equinodermos.
RESPIRAÇÃO DOS EQUINODERMOS
A respiração - isto é, a troca gasosa - é realizada por minúsculas brânquias, próximas à
boca, e também por toda a extensão dos pés ambulacrários, pelos quais circula a água.
CIRCULAÇÃO DOS EQUINODERMOS
Há um líquido incolor que circula pelos canais, localizados ao longo de todo o corpo desses
animais. Esse líquido realiza uma tarefa semelhante à do sangue no nosso corpo, ou seja,
transportar substâncias para todo o corpo.
REPRODUÇÃO DOS EQUINODERMOS
Os equinodermos realizam reprodução sexuada,
REGENERAÇÃO
Os equinodermos têm a capacidadede regenerar partes de seu corpo quando as
perdem; geralmente vitimadas por predadores.
FILO DOS CORDADOS
Os cordados (Chordata, do latim chorda, corda) constituem
um filo dentro do reino Animalia que inclui os vertebrados, os anfioxos e
os tunicados. Estes animais são caracterizados pela presença de uma
simetria bilateral, notocorda, sistema digestório completo, um tubo nervoso
dorsal, fendas branquiais e uma cauda pós-anal, em pelo menos uma fase
de sua vida.
Características e Classificação dos Cordados
Todo cordado apresenta, pelo menos em alguma fase de sua existência:
• notocorda, situada ao longo do eixo mediano dorsal do animal;
• um tubo nervoso localizado dorsalmente, acima da notocorda;
• fendas situadas bilateralmente na faringe;
• cauda pós-anal, primariamente importante para a propulsão no meio
aquático. Dela, apenas um vestígio - o cóccix, formado de um conjunto
de vértebras pequenas no fim da coluna vertebral - restou nos seres
humanos.
Uma classificação satisfatória dos cordados consiste em agrupá-los
em três subfilos: Urochordata, Cephalochordata e Vertebrata (ou
Craniata). Os urocordados e os cefalocordados também são conhecidos
como protocordados. Os protocordados não possuem crânio, nem
cartilagem, tampouco ossos.
A –SUBFILO UROCHORDATA
Os urocordados também são conhecidos como protocordados. Os protocordados não
possuem crânio, nem cartilagem, tampouco osso. Também conhecidos como
tunicados, nome que se deve ao envoltório do corpo, Os representantes mais conhecidos
desse grupo são as ascídias, cordados marinhos que podem viver isolados ou formando colônias.
uma túnica espessa, de cuja composição química participa a tunicina, uma substância
semelhante à celulose. As ascídias são hermafroditas. A fecundação é externa. Os gametas são
levados pela água através do sifão exalante. Os ovos fertilizados geram larvas, de pequeno
tamanho. A larva, mostrada abaixo, parece muito com a larva de sapo (girino) o que sugere forte
parentesco com os vertebrados.
B - SUBFILO CEPHALOCHORDATA
Os cefalocordados estão representados por animais conhecidos por anfioxos, que
compreendem cerca de trinta espécies, todas vivendo em ambiente marinho. Não
possuem crânio, nem cartilagem, tampouco ossos. Os anfioxos são animais pequenos
chegando a medir até 8 centímetros de comprimento. Têm o corpo semelhante a de
um peixe e vivem semi-enterrados na areias, em locais de águas calmas e limpas,
mantendo somente a parte anterior do corpo para fora do substrato. O sistema
circulatório é formado apenas por vasos, alguns contráteis, responsáveis pela
propulsão do sangue. Não possuem coração. Os anfioxos são animais de sexos
separados, com fecundação externa. O sistema nervoso dos cefalocordados, é
bastante simplificado, sendo formado por um cordão nervoso dorsal, que apresenta
uma dilatação na região anterior denominada vesícula cerebral.
C -SUBFILO VERTEBRATA OU CRANIATA
Os cordados vertebrados apresentam uma série de avanços com relação aos
protocordados: massa encefálica protegida por uma caixa craniana e uma coluna
segmentada em vértebras. O subfilo Vertebrata possui aproximadamente 40.000
espécies vivas e é o maior subfilo dos Chordata.
• Entre os vertebrados, os mais primitivos são os que possuem boca circular, nãodotada de mandíbulas. Estes compõem os grupos dos vertebrados amandibulados
ou ágnatos (do grego, a = ausência de + gnathos = maxila).Por possuírem boca
circular, também são conhecidos por ciclostomados (do grego, kúklos = circulo
+ stoma = boca). Os exemplares mais conhecidos atualmente são as lampreias.
• Nos vertebrados mais complexos, a boca possui mandíbulas. São
os gnatostomados, que incluem dois grupos: o dos peixes - que, por sua vez,
contém a classe dos peixes cartilaginosos e dos peixes ósseos - e o dos tetrápodos
(do grego, tetra =quatro +podos = pés), assim chamados por possuírem apêndices
locomotores pares (inclui os anfibios, répteis, aves e mamíferos).
C -SUBFILO VERTEBRATA OU CRANIATA - continuação
C1 - ÁGNATOS OU CICLOSTOMADOS: "Peixes" Primitivos e sem Mandíbulas
Estes animais não apresentam mandíbula e têm uma boca circular provida de
ventosa com dentes córneos, com os quais perfuram a pele dos peixes de que se
alimentam. A respiração é feita por brânquias, O sistema digestivo não
apresenta estômago, O sistema nervoso apresenta um encéfalo diferenciado, mas
os órgãos dos sentidos variam com o tipo de animal. As lampreias têm boa visão
mas as mixinas são cegas, embora ambas as ordens apresentem um olfato e
paladar apurados. A excreção é feita por rins mesonéfricos. Nas lampreias os sexos
são separados e a fecundação é externa; no caso das mixinas, estas são hermafroditas.
lampréia
mixina
Lampréia parasita
C -SUBFILO VERTEBRATA OU CRANIATA - continuação
CONDRICTES: OS PEIXES CARTILAGINOSOS
Os tubarões, raias e quimeras (peixes de águas profundas, também chamados de
peixes-rato) desta classe (do grego chondros = cartilagem + ichthys = peixe) são os
vertebrados vivos mais primitivos com vértebras completas e separadas, mandíbulas
móveis e barbatanas pares. Esqueleto cartilagínoso sem ossos verdadeiros mas
compostos por cartilagem resistente e flexível,, o esqueleto é composto por um crânio
ligado a uma coluna vertebral e cinturas peitoral e pélvica. A mandíbula (não fundida ao
crânio) e a maxila estão presentes. Algumas espécies possuem coluna vertebral rija,
em tudo semelhante à dos peixes ósseos. Este tipo de esqueleto apenas suporta
animais com mais de 10 metros de comprimento em meio aquático, cuja densidade é
superior à do ar.
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OSTEICTES: OS PEIXES ÓSSEOS
Os peixes ósseos são o grupo mais vasto (9 em cada 10 espécies) e diverso de
peixes atuais. Estes animais habitam todos os tipos de água, doce, salobra,
salgada, quente ou fria. Esta é a classe mais recente do ponto de vista filogenético,
bem como a considerada mais evoluída.
As suas características principais incluem um corpo, mais alto que largo e de
silhueta oval, o que facilita a deslocação através da água. O corpo apresenta uma
forte musculatura segmentar . O esqueleto é formado por ossos verdadeiros,
embora algumas espécies possam apresentar ossos cartilagíneos.
O esqueleto apresenta 3
partes principais: coluna
vertebral, crânio e raios
das barbatanas.
Sistema nervoso: Inclui um
encéfalo distinto e órgãos
dos sentidos desenvolvidos,
nomeadamente: olhos,
ouvidos que, narina e linha
lateral
OSTEICTES: OS PEIXES ÓSSEOS
Sistema digestivo Tem a boca grande em posição terminal, rodeada de maxilas e
mandíbulas distintas, onde estão implantados dentes cônicos e finos.
Sistema circulatório Tem um coração com duas cavidades (aurícula e ventrículo) por
onde circula apenas sangue venoso. O sangue é pálido e escasso, quando comparado
com um vertebrado terrestre.
Sistema respiratório Apresenta tipicamente brânquias em forma de pente, sustentadas
por arcos branquiais ósseos ou cartilagíneos e localizadas no interior de uma câmara
comum de cada lado da faringe.
Sistema excretor É formado por rins mesonéfricos.
Sistema reprodutor Os sexos são separados, apresentando cada indivíduo gônadas
geralmente pares. A grande maioria é ovípara com fecundação externa, embora existam
espécies com fecundação interna e hermafroditas. Algumas espécies passam por
mudanças de sexo, com machos que passam a fêmeas aumentando de tamanho e as
fêmeas que se tornam dominantes nos cardumes, ao passarem a machos.
Os peixes ósseos são os únicos que formam
cardumes. Num cardume os peixes estão
mais seguros pois há mais sentidos atentos a
um potencial predador e torna-se mais difícil
escolher a presa no meio de tantos corpos
em movimento. A vida em grupo também
ajuda a encontrar alimento e parceiros
sexuais.
SUBFILO VERTEBRATA OU CRANIATA - tetrápodos
ANFÍBIOS
Os anfíbios não são encontrados no ambiente marinho, apenas na água doce e em
ambiente terrestre. O nome do grupo, anfíbios (do grego, amphi - dos dois lados
+ bios = vida), foi dado em razão da maioria de seus representantes possuírem a fase
larval aquática e de respiração branquial (lembre-se dos girinos) e uma fase adulta, de
respiração pulmonar e cutânea, que habita o meio terrestre úmido.
PERERECA
COBRA CEGA
SAPO
SALAMANDRA
SUBFILO VERTEBRATA OU CRANIATA - tetrápodos
RÉPTEIS
Os répteis foram os primeiros vertebrados a conquistar, com sucesso e definitivamente,
o ambiente terrestre. Isto porque desenvolveram algumas características adaptativas,
tais como: presença de casca calcária envolvendo o ovo e pele impermeável, seca,
sem glândulas, revestida por escamas epidérmicas (nas cobras e lagartos), por
placas córneas (nos crocodilos e jacarés) ou ainda por placas ósseas (nas
tartarugas), formando uma carapaça que protege o animal contra a desidratação.
Reprodução - A fecundação é interna, independente da água, na qual os gametas (óvulos e
espermatozóides) ficam protegidos das influências do meio externo. As fêmeas são
geralmente ovíparas, isto é, quando fecundadas põem ovos e os embriões se desenvolvem
dentro deles, portanto fora do corpo materno. Alguns lagartos e cobras peçonhentas podem
ser ovovivíparos (o ovo é posto pela fêmea depois de permanecer durante um certo tempo do
desenvolvimento do embrião dentro do corpo da mãe) ouvivíparos (o desenvolvimento do
embrião ocorre totalmente dentro do organismo da fêmea).
SUBFILO VERTEBRATA OU CRANIATA - tetrápodos
AVES
As aves constituem uma classe de animais vertebrados, tetrápodes,endotérmicos, ovíparos,
caracterizados principalmente por possuírem penas, apêndices locomotores anteriores
modificados em asas, bico córneo e ossos pneumáticos. São reconhecidas aproximadamente
9.000 espécies de aves no mundo. A principal característica que permitiu a conquista por esses
animais foia homeotermia(capacidade de manter a temperatura corporal relativamente
constante). Essa característica permitiu às aves, juntamente com os mamíferos, a invasão de
qualquer ambiente terrestre, inclusive os permanentemente gelados, até então não ocupados
pelos outros vertebrados. As aves variam muito em seu tamanho, dos minúsculos beija-flores a
espécies de grande porte como o avestruz e a ema. Note que todos os pássaros são aves,
mas nem todas as aves são pássaros. Os pássaros estão incluidos na ordem
Passeriformes, que é a ordem com maior número de espécies e podem voar; As aves ratitas
não podem voar ou apresentam vôo limitado, muitas outras espécies, particularmente as
insulares, também perderam essa habilidade. As espécies não-voadoras incluem o pinguim,
avestruz, quivi... Sistema Reprodutor - todas as espécies de aves põem ovos.
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MAMÍFEROS
As aves e os mamíferos são os únicos homeotermos da Terra , esta capacidade de
manter a temperatura do corpo elevada e constante foi o principal fator adaptativo
dos representantes desse grupo à praticamente qualquer ambiente terrestre.Apresentam
glândulas mamárias. Muitos mamíferos voltaram para o meio aquático (baleias, foca,
golfinho, peixe-boi) e outros adaptaram-se ao vôo (morcego) e compartilham o meio
aéreo com as aves e os insetos.
As características dos mamíferos
Algumas características diferenciam os mamíferos de todos os outros vertebrados:
• glândulas mamárias produtoras de leite com substâncias nutritivas para alimentação dos
recém-nascidos;
• corpo coberto por pêlos, estruturas de origem epidérmica, ricas em queratina, e elaboradas
por folículos pilosos;
• artéria aorta voltada para o lado esquerdo do coração (nas aves, a aorta é voltada para o
lado direito do coração);
• pele contendo glândulas sebáceas, cuja secreção oleosa lubrifica os pelos e a própria pele, e
glândulas sudoríparas, produtoras de suor (na verdade, um filtro de água, sais e uréias),
recurso de manutenção da homeotermia e via de eliminação de excretas. Ambas as glândulas
têm origem epidérmica;
• músculo diafragma, localizado entre o tórax e o abdômen, utilizado na ventilação pulmonar;
• placenta, órgão que regula as trocas de alimento entre o sangue materno e o sangue fetal,
presente na maioria dos mamíferos chamados placentários.
SUBFILO VERTEBRATA OU CRANIATA - tetrápodos
MAMÍFEROS
A reprodução: surge a placenta
Os sexos são separados. O dimorfismo
sexual é acentuado, isto é, as fêmeas
possuem características externas que as
diferenciam dos machos e vice-versa. A
fecundação é interna. Na grande maioria, o
desenvolvimento embrionário ocorre no
interior do corpo materno, em um órgão
musculoso chamado útero. Surge um órgão
de
trocas
metabólicas,
a
placenta
organizada por tecidos maternos e tecidos
do embrião. Alimentos, oxigênio, anticorpos
e hormônios são passados do sangue
materno para o embrionário que, em troca, transfere para a mãe excretas e gás
carbônico. A vesícula amniótica, muito desenvolvida, desempenha importante papel
protetor ao amortecer choques que incidem contra a parede abdominal da fêmea e
também ao possibilitar um meio aquático para o desenvolvimento embrionário. A
vesícula vitelínica e alantóide perdem sua função, que passa a ser desempenhada
pela placenta.
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MAMÍFEROS
Respiração, excreção e circulação em
mamíferos
As trocas gasosas respiratórias ocorrem
exclusivamente nos pulmões, cuja superfície
é
ampliada
por
alvéolos
ricamente
vascularizados. Os movimentos respiratórios
de inspiração e expiração ocorrem graças à
ação de músculos localizados entre as
costelas (musculatura intercostal) e, também,
pela ação do diafragma, importante músculo
estriado que separa o tórax do abdômen. Nos
mamíferos, o principal produto de excreção
nitrogenada
é
a
ureia,
substância
sintetizada no fígado e filtrada no rim. O
coração dos mamíferos, a exemplo das
aves, possui quatro cavidades: dois átrios e
dois ventrículos. Não há misturas de sangues.
A diferença em relação ao coração das aves é
que a artéria aorta, que encaminha o sangue
oxigenado para o corpo, é curvada para o lado
esquerdo do coração. A circulação é dupla e
completa.
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MAMÍFEROS
Os dentes
Os mamíferos apresentam uma grande variedade de dentes com funções
específicas. Os incisivos são planos e servem para cortar; os caninos são
pontiagudos e são usados para estraçalhar a carne. Os molares são largos e
com protuberâncias e servem para mastigar. O número e o tipo de dentes
variam de acordo com a alimentação de cada espécie. Os carnívoros possuem
os caninos e os molares muito desenvolvidos; os herbívoros não têm caninos,
já que não precisam deles para cortar o pasto.
SUBFILO VERTEBRATA OU CRANIATA - tetrápodos
MAMÍFEROS
O sistema nervoso
O cérebro dos mamíferos
possui muitas circunvoluções ou
dobras,
que
aumentam
a
superfície do órgão e o número
de células nervosas. Por esta
razão,
os
mamíferos
desenvolveram
um
comportamento complexo, que
pode ser percebido em atitudes
como as estratégias de caça, o
cuidado com os filhotes, a
adaptação a qualquer ambiente
e os diferentes sistemas de
comunicação
estabelecidos
entre os indivíduos da mesma
espécie.
SUBFILO VERTEBRATA OU CRANIATA - tetrápodos
MAMÍFEROS
Classificação dos mamíferos
Na Terra atual existem três subclasses de mamíferos:
• Monotremados. São mamíferos primitivos cuja boca possui bico
córneo e que se reproduzem por meio da postura de ovos.
Os representantes atuais, os ornitorrincos e as equidnas restringem-se à região
australiana (Austrália e Nova Guiné);
• Marsupiais. Esse grupo inclui representantes da fauna australiana, como os cangurus
e os coalas, e representantes norte-americanos e sul-americanos, como os nossos
gambás e cuícas. Após curta fase de desenvolvimento em uma dobra da pele do
abdômen da mãe, com aspecto de bolsa, o marsúpio;
• Placentários. Inclui a maioria dos mamíferos, separados em ordens como a dos
carnívoros, roedores, ungulados, cetáceos, quirópteros e a dos primatas, à qual
pertence a espécie humana. Nesses animais, útero e placenta são bem
desenvolvidos, o que permite o desenvolvimento no interior do organismo materno.
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