Projecto: Perfil Energético do Bloco B da Escola Superior Agrária de Coimbra
Nome da equipa: ZEROBUILDING
Instituição de ensino: Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC)
Edifício: Bloco B
Constituição da equipa: Cátia Forte | Anita Neves | Paulo Figueiredo | Rodolfo Silva
Email da equipa: [email protected]
Resumo |
Na prossecução do objectivo da promoção da eficiência energética no campus universitário, foi realizado um diagnóstico energético ao Bloco B da ESAC, com vista à
análise dos consumos energéticos e das condições em que se registaram os maiores consumos. Consequentemente, foram propostas medidas técnicas e comportamentais, com
especial relevância para as áreas mais consumidoras, considerando a sua a aplicabilidade face ao contexto real, quer da instituição quer da análise de custo benefício.
1. Introdução
3. Resultados
O sector dos edifícios é responsável pelo consumo de aproximadamente
40% da energia final na Europa e cerca de 30% para o caso de Portugal.
Porém, mais de 50% deste consumo pode ser reduzido através de
medidas de eficiência energética, o que pode representar uma redução
anual de 400 milhões de toneladas de CO2 − quase a totalidade do
compromisso da UE no âmbito do Protocolo de Quioto.
3.1. Análise da facturação
No âmbito do projecto Green Campus, foi estudado o Bloco B do campus
da ESAC. O edifício em causa já conta com mais de 30 anos, sendo nele
desenvolvidas actividades lectivas (6 laboratórios, 13 salas de aula e 16
gabinetes) e actividades administrativas, perfazendo um total de 40
divisões, distribuídas por 3 pisos com uma área útil de pavimento com
cerca de 1100 m2.
Consumos de electricidade (2010 e 2011)
Comparação dos vários tipos de energia (2010 e 2011)
2010
2011
> 1.157.380 kWh
> 1.072.098 kWh
> 248,84 tep
> 230,50 tep
> 543,97 ton CO2
> 503,89 ton CO2
3.2. Diagnóstico energético
Consumos por tipo de divisão
Dados do analisador (Março de 2012)
Fachada Norte
Fim das
actividades
Aulas e
laboratórios
Primeiros
funcionários
/limpezas
Horário de
almoço
Consumos por serviço de energia
Retoma das
aulas
Consumo base
Fachada Sul
4 . M e d i d a s Té c n i c a s
2. Material e Método
∆ kWh
Facturas de
electricidade
∆ ton CO2
∆ tep
∆€
Analisador
Medição e localização dos consumos
Visitas ás
instalações
Redução dos
consumos
Redução dos
custos
Análise dos
dados
Minimização dos
impactes
− Aplicação de variadores de frequência nos motores das
hottes;
− Substituição de equipamentos informático s e técnicos;
− Substituição da cobertura actual do edifício (amianto) por
placas sandwich;
− Aplicação de fita de calafetagem nas caixilharias e
aplicação de películas térmicas nos vidros das fachadas
exteriores;
− Substituição das lâmpadas T5 de 49W para 35W;
− Aplicação de fotocélulas e detectores de presença;
− Pintura dos tectos dos corredores (cor branca);
− Aplicação de relógios temporizadores em impressoras e
termoacumuladores.
6. Considerações finais
Da aplicação das medidas enunciadas advêm benefícios ambientais, sociais e económicos sendo esta trípode essencial para o desenvolvimento
sustentável. Em termos ambientais, fazer uso da energia de forma racional, utilizando equipamentos mais eficientes, sem abrir mão do conforto e
das vantagens que ela proporciona, significa, além dos benefícios directos da redução dos custos com energia, benefícios para o ambiente. Com este
estudo reduz-se: consumo de 30,92 tep, reduzindo assim a emissão de 67,59 ton de CO2/ano, principal responsável pelo aquecimento global e, por
conseguinte, a pegada ecológica da ESAC.
Com a remoção da cobertura são evidentes os benefícios que daí decorrem, tanto mais que se trata de uma substancia química com efeitos
extremamente negativos quer no ambiente, quer ao nível da saúde pública.
Relativamente aos benefícios sociais, têm-se como sendo as principais: a melhoria da imagem da ESAC para o exterior; a promoção da educação e
consciencialização dos seus utilizadores (alunos e funcionários) para problemas relacionados com o consumo energético e o ambiente; pode servir
como "caso de estudo" para os seus alunos, em unidades curriculares da licenciatura de Eng.ª do Ambiente; servir de exemplo para a comunidade
exterior, no geral; as poupanças obtidas podem ser "investidas" na melhoria das condições de ensino, nomeadamente pela modernização dos
equipamentos e a modernização do edificado. No que se refere à vertente económica estima-se obter 22.702 € de benefício, associados à redução
dos kWh. O tempo de retorno estimado para o projecto é de 0,72 anos.
5. Medidas Comportamentais
− Promoção de peças de teatro seminários e workshops
respeitantes à eficiência energética;
− Afixação de várias informações a sensibilizar para poupança
energética, espalhadas pelo campus universitário, nomeadamente
pela apresentação de casos reais, onde tenham sido
implementadas medidas de eficiência energética, referenciando os
benefícios económicos, ambientais e sociais;
− Elaboração de autocolantes com medidas comportamentais,
colocados em locais estratégicos do campus;
− Criação de passaporte ambiental a todos aos alunos aquando da
recepção do caloiro;
− Elaboração de praxes temáticas, alusivas à eficiência energética,
tendo em consideração que se trata de um bem comum;
− Eleição do “Caloiro Eco-Eficiente” pela realização de actividades
lúdicas, com periodicidade a definir;
− Elaboração de “mapas” com os diferentes horários de consumo
energético, de acordo com o respectivo horário, para afixação em
vários locais da escola (associando-os à distribuição de
temporizadores horários);
− Sensibilização e comunicação interna via email a funcionários
(docentes e não docentes) e discentes através da loja do aluno.
B i b l i o g r a f i a | Despacho n.º 17313/2008, de 26 de Junho
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