As SMP: um serviço para
tornar nossas Paróquias
comunidades Missionárias
e Revitalizadas
Fundamentação
Entender o assunto!
Nestes últimos tempos,
porém, parece que o
Espírito
Santo
anda
agitado e com pressa.
Insiste em nos provocar e
sacudir.
Entender o assunto!
Como não entender, assim, sua
intervenção maravilhosa no Concílio
Vaticano II, há 50 anos, e que ainda não
foi absorvida em todo o seu potencial
transformador?
Entender o assunto!
Como não perceber
seu agir divino nas
orientações
permeadas de
incêndio e profetismo
expressas no
Documento de
Aparecida?
Entender o assunto!
Como não nos deixar comovidos com sua
ação silenciosa e firme concretizada na
humilde e consciente renúncia do Papa
Bento XVI?
Entender o assunto!
Como não sentir que
“os meus pensamentos
não são os vossos
pensamentos e vossos
caminhos não são os
meus” (Is 55, 8) na
escolha de nosso Papa
Francisco?
O Espírito age sem cessar:
“eis que faço novas todas
as coisas”
(Ap 21, 6)
Revitalizar as paróquias
Há muito tempo se fala em renovação
da paróquia, o que pode sugerir não ser
nada fácil essa missão. Sobretudo no
contexto urbano, no âmbito da pastoral
urbana, muito se fala da falência do
modelo paroquial.
O problema é estrutural!
“A Igreja mantém nas cidades a estrutura obsoleta da
paróquia. O clero está sendo preparado para atuar dentro
do quadro paroquial (...) Ora, estruturalmente, a
paróquia é feita para conservar, ajudar, promover os
que participam do culto, as pessoas que pertencem à
pequena minoria dos que já estão no templo. A
paróquia vive em função do templo, ainda que diga o
contrário. Em lugar de preparar os cristãos para
evangelizar a sociedade, ela se fecha sobre a minoria fiel”.
O problema é estrutural!
E quanto à dimensão missionária, “a paróquia não assume as
fábricas nem os supermercados, nem as escolas, nem os colégios,
nem as universidades, nem os hospitais, as instituições esportivas,
culturais, de diversão, nem os meios de comunicação da cidade.
Ela está organizada ao redor dos sacramentos e das festas
litúrgicas. Nem sequer consegue organizar a catequese dos adultos,
menos ainda sua formação missionária. Ela concentra as energias
dos fiéis no próprio templo, em si própria. A Igreja está
claramente a serviço de si própria. Não se pode negar as
excelentes intenções de muitos párocos, toda a imaginação para
fazer uma paróquia missionária. O problema é estrutural”
(REB, 265 - Janeiro de 2007, p. 36-58)
Base teológica para a constituição da
paróquia à luz do Concílio Vaticano II
Teologia da Igreja Particular: esta
é a unidade fundamental da ação
pastoral. Nela encontramos todos os
elementos constitutivos da Igreja
Universal, “a exemplo da partícula
eucarística, que não contém uma
parte do Cristo, mas o é na sua
totalidade, a Igreja Particular
também é a Igreja na sua plenitude”.
Dom Bruno Forte
Base teológica para a constituição da
paróquia à luz do Concílio Vaticano II
Os documentos do Magistério insistem em referir-se à
paróquia como comunidade de vida, de missão; como célula
onde se concretiza a Igreja diocesana, a Igreja universal.
“Paróquia é uma determinada
comunidade de fiéis, constituída
estavelmente na Igreja particular, e
seu cuidado pastoral é confiado ao
pároco como a seu pastor próprio,
sob a autoridade do Bispo
diocesano” (can. 515, § 1).
Sem comunidade não há cristianismo
autêntico:
“O redescobrimento da comunidade é da essência do ser
cristão e do ser Igreja. O batizado nasce para Cristo e
para a salvação na comunidade e a ela se agrega de
modo ativo. Esta não é um acréscimo para o cristão, senão
a forma e a condição de possibilidade do ser crente cristão.
Pertence-se a Cristo pertencendo a uma comunidade
eclesial de maneira afetiva e efetiva. Não há cristianismo
individualista, nem por livre escolha”
(PEREA, Joaquín . Outra Iglesia es Possible. Madrid: Ediciones HOAC, 2011, p. 267).
Sem comunidade não há cristianismo
autêntico:
A comunidade cristã não nasce desde
baixo, mas de Deus, que suscita o desejo
e a necessidade nas pessoas de querer
viver em comum. Por isso se pode dizer
que na comunidade cristã se manifesta o
mistério da Igreja e ela é “chamada a
realizar em si mesma a totalidade da
missão que a Igreja recebeu de Cristo: a
continuação da obra salvífica, a
colaboração na vinda do Reino”
A paróquia tem que
tornar-se comunidade
e não lugar de
serviços.
A Paróquia tem feito
muitos membros...
Mas não Discípulos
Missionários
Entender que:
“O discípulo missionário de Jesus Cristo faz
parte do Povo de Deus (cf.1Pd 2,9-10;LG,n.9)
e necessariamente vive sua fé em
comunidade”(DGAE,n.56).
Viver em comunidade é mais do que viver em
Paróquia!
Ao longo dos séculos, a Paróquia tornou-se
lugar de prestação de serviços. À Igreja
coube exercer inúmeras funções
burocráticas em nome do Estado, desde os
dízimos, tributos a ser pagos à coroa,
verdadeiros censos da população
interiorana, até a outorga de atestados de
nascimento e de morte.
Jesus constituiu uma comunidade que gerou outras
comunidades que partilhavam a fé e o pão.
Redescobrindo essa mensagem, o Concílio Vaticano II pouco
fala de Paróquia. Em seu documento principal, a Constituição
Dogmática Lumen Gentium, sobre a Igreja, não aparece a
palavra “Paróquia”.
Para indicar a Igreja visível, o Concílio usa a palavra
“comunidade”. A comunidade é feita de pessoas e de
relações. As pessoas têm coração, as estruturas não têm. A
missão é, principalmente, uma questão de coração.
Por isso é impensável que uma “paróquia” se torne
missionária. Somente uma comunidade cristã pode se
tornar missionária.
Viver em comunidade é mais do que viver em
Paróquia!
Se pensarmos na Igreja como uma estrutura, isso pode significar o fim da
missão: uma coisa estática, burocrática, sem alma nenhuma, que cumpre
apenas com suas obrigações. Se imaginarmos a Igreja como mistério,
corpo místico, sacramento universal de salvação, povo de Deus a
caminho, comunidade viva, serviçal e aberta a todos, então é possível de
falar de “paróquia missionária”.
A missão nasce do amor e não da autoridade: a missão é caridade,
relações fraternas e verdadeiras, simétricas e dialógicas, estendidas a
todos, sem excluir ninguém. Neste sentido, a perspectiva da “paróquia
missionária” pode representar um caminho de renovação para a
comunidade eclesial, como aponta o Documento de Aparecida
(cf. Dap, n.173).
João Paulo II:
“Impõe-se uma conversão
radical da mentalidade para
nos tornarmos missionários
- e isto vale tanto para os
indivíduos como para as
comunidades” (RM, n. 49).
Viver em comunidade é mais do que viver em
Paróquia!
Por sua vez Aparecida lembra: “Nenhuma comunidade
deve isentar-se de entrar decididamente, com todas as
forças, nos processos constantes de renovação
missionária e de abandonar as ultrapassadas
estruturas que já não favoreçam a transmissão da fé”
(Dap, n.365).
Palavras fortes que pressupõem um “sair de nossa
consciência isolada e de nos lançarmos, com ousadia e
confiança à missão de toda a Igreja” (DAp 363).
Como provocar, pois, tal “conversão
radical de mentalidade”?
É preciso, antes de mais nada, se convencer
que a comunidade viva representa a grande
proposta que a Igreja faz ao mundo com
sua missão. O próprio Evangelho chama à
vida em comunidade. A salvação não passa
pela simples distribuição de sacramentos,
mas pela resposta a um chamado de
discipulado missionário que se realiza
numa intensa vida de fraternidade aberta a
todos. Jamais essa fraternidade constituirá
círculos fechados.
Mas, atenção!!!
Para realizar essa extraordinária renovação é
necessário cumprir com uma tarefa: “os melhores
esforços das paróquias neste início do terceiro
milênio devem estar na convocação e na
formação de leigos missionários. Só através da
multiplicação deles poderemos chegar a
responder às exigências missionárias do
momento atual” (Dap, n. 174).
As SMP trarão muitas pessoas
de volta para a Igreja. O que
nos deve preocupar?
Ministério da Acolhida
BUSCAR as “pessoas batizadas que,
porém, não vivem as exigências do
Batismo”, que “não sentem uma pertença
cordial à Igreja e já não experimentam a
consolação da fé” (EG, n. 14b). A esses
“católicos afastados e aqueles que pouco
ou nada conhecem sobre Jesus Cristo”:
OFERECER “uma pastoral da acolhida que
os ajude a sentir a Igreja como lugar
privilegiado do encontro com Deus e
mediante um itinerário catequético
permanente” (Bento XVI, Discurso aos Bispos do
Brasil, São Paulo, Catedral da Sé, 11/05/2007, n. 3b).
CUIDADO PARA NÃO
SERMOS CASAS BAHIA
Ministério da Acolhida
1. INCENTIVAR os Grupos de Rua/Grupos de
Reflexão, para que se tornem PORTA DE ENTRADA
para a vida comunitária, principalmente daqueles
que estão afastados da Igreja ou que ainda não
receberam os Sacramentos da Iniciação Cristã. Os
Coordenadores destes grupos devem ajudar no
acolhimento e no encaminhamento destas pessoas
à vida comunitária;
Ministério da Acolhida
2. PRIORIZAR o ATENDIMENTO PERSONALIZADO das
pessoas que chegam à Paróquia, começando com
um bom treinamento dos(as) secretários(as)
paroquiais − formando a consciência da real
necessidade de um diálogo interpessoal e não
apenas profissional − bem como o acolhimento por
parte dos PADRES E DIÁCONOS PERMANENTES,
compartilhando da história de cada um(a),
respeitando, porém, a liberdade de cada pessoa;
Ministério da Acolhida
3. RETOMAR o Projeto 2 do Plano Diocesano da Ação
Evangelizadora – 2012 (“A Diocese – Igreja:
Comunidade de Comunidades”) no que diz respeito
ao MINISTÉRIO DA ESCUTA CRISTÃ e do MINISTÉRIO
DA VISITAÇÃO, selecionando e capacitando leigos(as)
para exercerem esses Ministérios, contando com o
apoio dos padres e dos diáconos permanentes.
(cf.: “O acompanhamento pessoal dos processos de crescimento”,
EG, nn. 169-173; DGAE, n. 87);
Ministério da Acolhida
4. INCENTIVAR o ESPÍRITO DE COMUNHÃO nas
Pastorais Específicas, Movimentos Eclesiais, Novas
Comunidades e Associações Religiosas, formando
bem os seus COORDENADORES, de modo que
possam acolher bem os novos membros que chegam
à comunidade, abrindo espaço para exercerem os
dons que o Senhor lhes confiou para o bem de toda
a Igreja (cf. 1Cor 12,7);
Ministério da Acolhida
5. ACOLHER as pessoas em SITUAÇÕES CANONICAMENTE IRREGULARES,
de modo que não se considerem separadas da Igreja, devendo enquanto
batizadas, participar da vida da Igreja, sendo acompanhadas com ternura,
misericórdia e compreensão, sempre de acordo com as orientações do
Magistério (cf. DAp, n. 437j), recordando as sábias palavras do Papa Bento
XVI sobre esta questão: “Devemos dizer... que a Igreja as ama, mas elas
devem ver e sentir este amor. Considero grande tarefa duma paróquia, duma
comunidade católica, fazer todo o possível para que elas sintam que são
amadas, acolhidas, que não estão ‘fora’, apesar de não poderem receber a
absolvição nem a Comunhão: devem ver que mesmo assim vivem
plenamente na Igreja... Penso que o seu sofrimento, se realmente aceito
interiormente, seja um dom para a Igreja. Devem saber que precisamente
assim servem a Igreja, estão no coração da Igreja. Obrigado pelo vosso
compromisso!” (7º Encontro Mundial das Famílias, Milão, Itália, 02/06/2012);
Ministério da Acolhida
6. GARANTIR um eficaz processo de
iniciação à vida cristã, de modo que as
Paróquias estejam atentas aos grupos que
necessitam de um ITINERÁRIO DE
FORMAÇÃO ESPECIAL, com horários de
atendimento e catequese diferenciados;
Ministério da Acolhida
7. Dado que “a melhor catequese sobre a Eucaristia
é a própria Eucaristia bem celebrada” (Exortação
Apostólica sobre a Eucaristia, “Sacramentum
Caritatis”, n. 64a), INCENTIVAR a CONSCIÊNCIA
LITÚRGICA, bem como a FORMAÇÃO LITÚRGICA
em nossas assembleias, tornando principalmente as
celebrações dominicais da Santa Missa e da
Celebração da Palavra lugar de atração e amor a
Cristo e à Sua Igreja.
Comunidades revitalizadas...
... Necessitam de discípulos missionários
que saibam acolher!!!
Mais do que nunca precisamos ser uma
Igreja Acolhedora
A Igreja é “a casa de Jesus”, uma
casa de misericórdia que acolhe a
todos. Sendo assim, não é um lugar
onde os cristãos podem fechar as
portas.
“Um homem, uma mulher, que se sente doente
na alma, triste, que cometeu muitos erros na
vida, em algum momento sente que as águas
estão se movendo, é o Espírito Santo que move
algo, ou ouve uma palavra ou … ‘Ah, eu quero
ir! “… E toma coragem e vai. E quantas vezes
hoje, nas comunidades cristãs, encontra as portas
fechadas! ‘Mas você não pode, você não pode.
Você errou aqui e não pode. Se você quiser vir,
venha à Missa no domingo, mas fique ali, mas
não faça nada mais’. E aquilo que o Espírito
Santo faz nos coração das pessoas, os cristãos
com psicologia de doutores da lei destroem”.
As SMP e a Acolhida
Se queremos que as SMP produzam
frutos é preciso, desde já, sermos uma
Igreja mais acolhedora. Caso contrário,
seremos sempre uma Igreja Casas Bahia!
Nós não queremos isso, não é mesmo?
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