Seminário sobre Crescimento, Transformação e Criação de Empregos 9 a 11 de Fevereiro, Maputo, Moçambique Políticas Fiscais para o Crescimento Inclusivo Abdoul Aziz Wane FMI Departamento de Finanças Públicas 1 Plano geral da apresentação • Panorama da desigualdade de renda e do crescimento – Redução da pobreza e distribuição de renda – Panorama da desigualdade de renda e do crescimento • Política fiscal e desigualdade de renda – Política fiscal e distribuição de renda – Políticas tributárias para o crescimento inclusivo – Políticas de despesas para o crescimento inclusivo • Redes de Protecção Social (RPS) – Programas de transferência condicional de dinheiro 2 Pobreza, crescimento e desigualdade • Variações no Crescimento e na Desigualdade causam variações na pobreza • O crescimento é o motor da redução da pobreza, mas políticas que afectam a distribuição de renda podem ajudar. 3 Pobreza, crescimento e desigualdade • Nos últimos anos, a desigualdade cresceu em muitos países: Variações na Distribuição de Renda em Países Seleccionados 20 15 10 5 0 -5 -10 -15 • Mas os padrões são diferentes: – A pobreza aumentou nos países avançados de baixo crescimento – A pobreza diminuiu nos PBR e EME de rápido crescimento 4 • Mas houve poucos avanços recentemente (Moçambique) Pobreza, crescimento e desigualdade • Impacto comprovado do crescimento sobre a redução da pobreza (Ravallion e Chen, 1997; Dollar e Kraay, 2002) • Mas não há consenso sobre o vínculo entre crescimento e desigualdade 5 Pobreza, crescimento e desigualdade Moçambique: O crescimento rápido ajudou a reduzir a pobreza Moçambique -- Pobreza e Desigualdade (%) Taxa de cresc. : 8.8% (média 1996-2008) 80 70 60 50 40 30 20 10 0 1996 2002 Poverty 2008 Inequality • Mas houve progresso limitado desde 2002, em parte por causa da grande desigualdade 6 Pobreza, crescimento e desigualdade • Moçambique: Desigualdade nos Indicadores do Desenvolvimento Humano também é alta: – Uso de água potável pelos mais pobres é 60 p.p. menor do que pelos mais ricos – Taxa de conclusão do ensino básico é 40 p.p. mais baixa entre os mais pobres do que entre os mais ricos Moçambique -- Diferenças entre quintis extremos (Q5-Q1) 80 60 40 20 0 -20 Taxa de mortalidade em Partos assistidos por pessoal menores de 5 anos (por 1.000 qualificado (% de partos) nados-vivos) Uso de água potável (%) Conclusão do ensino primário (% de crianças matriculadas) -40 -60 -80 7 Pobreza, crescimento e desigualdade • A desigualdade elevada pode reduzir o crescimento (Tabellini, 1994 Alesina e Rodrik, 1994): – As debilidades do mercado de crédito reduzem o investimento e o crescimento nos países com grande desigualdade (Piketty, 1993) • Os países mais pobres não podem obter crédito para investir (falta de garantias, informação assimétrica) • Os mais pobres não podem enviar os filhos à escola • Os mais pobres não podem investir na saúde – Conflitos sociais e instabilidade política (Alesina e Perotti, 1996; Rodrik, 1998) 8 Política fiscal e distribuição de renda • Política sólidas, alívio da dívida, crescimento, criam condições para atacar a desigualdade e acelerar a redução da pobreza – Criação significativa de espaço orçamental – Mesmo assim a desigualdade é grande e continua a crescer Moçambique -- Espaço Fiscal 160 60 140 50 120 40 100 80 30 60 20 40 10 20 0 0 2000 2001 2002 2003 2004 Desigualdade 2005 2006 2007 2008 2009 Rácio Dívida/PIB 9 Política fiscal e distribuição de renda • As políticas fiscais podem ajudar a reduzir a desigualdade de renda e eliminar os nós de estrangulamento para o crescimento de longo prazo, desde que: – A estabilidade macroeconómica seja mantida, com inflação e dívida baixas – Os impostos e programas de transferências melhorem o capital humano nos segmentos carentes da população • Nessas condições, os instrumentos da política fiscal também podem acelerar a redução da pobreza 10 Política fiscal e distribuição de renda Algumas reflexões iniciais: • Os impostos e programas de transferências são menos eficazes nos PBR e PRM do que nos países avançados (Deninger e Squire, 1996) – Gini antes dos impostos: 0,38 (menor que o dos países avançados) – Gini após os impostos: 0,34 (maior que o dos países avançados) • Importa examinar as políticas tributária e orçamental em conjunto • Taxas excessivas de impostos podem empurrar a actividade económica para fora do sector formal ou da economia 11 Políticas tributárias para o crescimento inclusivo Política tributária e determinantes da desigualdade • Uma estimação econométrica simples (Gupta et al., 2002): – A desigualdade declina à medida que aumenta o rácio entre impostos directos e indirectos • Os impostos directos são mais progressivos que os indirectos 12 Políticas tributárias para o crescimento inclusivo Isenções fiscais e desigualdade • As isenções e taxas reduzidas são comuns nos PBR, mas são um instrumento distributivo pobre. – É melhor gastar mais e, assim, colher mais benefícios (p. ex., isenções aos alimentos e combustíveis) – Mobilizar receitas para financiar despesas progressivas é melhor que conceder isenções fiscais generalizadas Moçambique -- Benefícios de Isenções Fiscais a Alimentos em relação à Proporção do Rendimento (%) 60.00 50.00 40.00 30.00 20.00 10.00 0.00 1 2 3 4 Proporção do subsídio 5 6 7 8 Proporção do rendimento 9 10 13 Políticas fiscais para o crescimento inclusivo Possíveis lições para Moçambique • Eliminar incentivos sectoriais; • Eliminar isenções temporárias e reduções sectoriais das taxas do IRPC, racionalizar isenções (alimentos, combustíveis, etc.) • Melhorar a tributação dos Megaprojectos: – Remover do Código de Benefícios Fiscais os incentivos especiais que restam – Garantir a modelagem económica completa e independente dos novos projectos (resultados para os investidores, receita pública, benefícios económicos secundários) • Prosseguir nos esforços para melhorar os impostos directos: melhorar a tributação dos imóveis e das terras (que é progressiva), para financiar despesas sociais locais 14 • Combater a evasão fiscal Políticas de despesas para o crescimento inclusivo • As despesas são mais eficazes que os impostos para fins de redistribuição. • Despesas sociais: impacto de longo prazo sobre o capital humano • Salários públicos: o instrumento errado para combater a desigualdade • Despesas bem direccionadas em infra-estruturas e agricultura podem ajudar 15 Políticas de despesas para o crescimento inclusivo A composição das despesas importa • As despesas sociais em Moçambique são relativamente baixos Despesas com pessoal (% das receitas totais) Despesas Sociais em Países Seleccionados Média 2000-2007 (proporção do PIB, %) 14.0 12.0 10.0 8.0 6.0 4.0 2.0 0.0 Moçambique Namíbia 2.6 1.7 2.5 3.1 Portugal 6.9 Zâmbia Tanzânia 1.2 2.5 2.5 2.0 1.9 2.7 1.7 3.0 1.5 3.7 6.4 6.0 8.2 8.6 5.5 Nigéria Botswana Brasil Chile Angola Malawi Educação Saúde 0.00 10.00 20.00 30.00 40.00 • Folha salarial alta e receitas baixas reduzem o espaço para despesas sociais 50.00 60.00 16 Políticas de despesas para o crescimento inclusivo Despesas agrícolas • Dados sobre Moçambique: – Pobreza rural (56,9%) maior que a pobreza urbana (49,6%) – Pobreza rural subiu (1,6 p.p.); pobreza urbana caiu (1,9 p.p.) entre 2003 e 2009 • Despesas agrícolas podem ajudar a reduzir a desigualdade se: – Coerentes com a sustentabilidade fiscal e o crescimento global (não marginalizam outras despesas que estimulam o crescimento) – Direccionadas a agricultores pobres de baixa produtividade (Dorward et al., 2008: grandes subsídios aos fertilizantes no Malawi beneficiaram os menos pobres) – Aumentarem a produtividade dos agricultores pobres (fertilizantes, máquinas, condicionalidade) – Não marginalizarem a procura por produtos não-subsidiados 17 Políticas de despesas para o crescimento inclusivo O capital físico pode ajudar a reduzir a desigualdade • • Infra-estruturas sociais (educação, saúde) melhoram o acesso dos mais pobres aos serviços sociais mas precisam ser eficazes e bem direccionadas Infra-estruturas económicas (transporte, energia, telecomunicação, etc.) melhoram a produtividade dos mais vulneráveis e reduzem a desigualdade 18 Políticas de despesas para o crescimento inclusivo Análise da Incidência de Benefícios (AIB) Alguns conceitos e factos • O nível importa, mas a eficácia dos gastos é crucial • Gastos bem direccionados são progressivos. Mas gastos progressivos não são necessariamente bem direccionados (PSA). • Tornar os gastos progressivos é mais fácil do que direccioná-los correctamente. – Os programas de educação, saúde e transferências dos países em desenvolvimento são progressivos, mas não são bem direccionados – A incidência dos gastos com educação e saúde muitas vezes pende a favor dos não-pobres 19 Políticas de despesas para o crescimento inclusivo AIB Benefícios do direccionamento • Incidência pró-pobres dos benefícios associada a melhorias na educação e na saúde e acesso alargado à saúde. • Gastos direccionados poupam recursos fiscais, melhoram o capital humano dos pobres (e da população em geral) Correlação entre Incidência de Benefícios e Indicadores de Acesso e Resultados Rácio dos mais pobres aos mais ricos Educação Saúde Acesso à Informação e Comunicação Rádio (por 1.000 pessoas) Linhas telefónicas (por 1.000 pessoas) Resultados para Educação Taxa de escolarização, terciário (% bruta) Taxa de analfabetismo, adultos (% de pessoas com 15 anos e mais Acesso a Serviços de Saúde Nascimentos assistidos pelo pessoal de saúde (% do total) Acesso a saneamento básico (% da população) Acesso à água (% da população) Resultados para Saúde Prevalência de Malnutrição (% de crianças com menos de 5 anos) Taxa de Mortalidade, crianças (por 1.000 nados-vivos) Expectativa de vida à nascença, total (anos) Fonte: Davoodi et al ., 2010 0.48 0.45 0.9 0.41 0.5 0.58 -0.46 -0.4 0.41 0.45 0.56 0.54 0.57 0.59 -0.56 -0.47 0.5 -0.54 -0.4 0.42 20 Políticas de despesas para o crescimento inclusivo AIB –– Educação • Gastos com ensino básico bem direccionados em todas as regiões, mas em graus variados: Q5/Q1 > 4 na AmLat; só >1,2 na AS • Gastos com ensino secundário bem direccionados na Ásia e AmLat, mas não na África Subsariana e Médio Oriente/Ásia Central. • Ensino terciário beneficia principalmente os mais ricos, em todas a regiões Países em Desenvolvimento: Incidência da Despesa em Educação Todos Primário Secundário (número de países) Educação Alvo Bom Fraco 55 22 33 42 Incidência Progressivo Regressivo 31 31 0 54 Terciário 52 12 54 23 31 37 37 0 26 26 0 11 6 5 0 52 21 Políticas de despesas para o crescimento inclusivo AIB –– Saúde e transferências • Gastos com saúde bem direccionados, em graus variados – Ásia e AmLat: Q1 obtém 1½ e 3 vezes mais que Q5, respectivamente; mal direccionados na AS e EME • Transferências são progressivas, mas mal direccionadas. – Benefícios da segurança social (Chile, Costa Rica, Uruguai) – Subsídios alimentares bem direccionados na Jamaica, Tunísia – PSA (Moçambique) é progressivo; não é bem direccionado Número de agregados familiares que receberam algum apoio do PSA nos últimos 12 meses 120,000 100,000 80,000 60,000 40,000 20,000 22 Quintil inferior Q2 Q3 Q4 Quintil superior Políticas de despesas para o crescimento inclusivo AIB –– Saúde e transferências Moçambique --Incidência da Despesa em Saúde Pública 45 • Os extremamente pobres beneficiam pouco dos gastos com saúde pública 40 35 • Melhorar a recuperação de custos dos quintis mais ricos pode melhorar a cobertura e o acesso dos pobres sem aumentar o custo orçamental 30 25 20 15 10 5 0 Mais Pobres Q2 Q3 Q4 Mais Ricos 23 Redes de Protecção Social (RPS) • Programas não contributivos direccionados aos pobres – – – – Transferência de dinheiro, direccionada ou não, condicionada ou não; Distribuição em espécie de alimentos e outros itens; obras públicas Subsídios gerais aos preços, p.ex., alimentos, combustíveis Isenção de taxas sobre serviços essenciais (saúde, educação) 24 RPS: Três mensagens • Mensagem 1: Podem atacar a pobreza e a desigualdade – Salvaguarda do capital humano dos pobres com a: • Protecção aos pobres em períodos de fraca actividade económica • Protecção aos pobres do impacto adverso de reformas estruturais • Mensagem 2: Precisam ser financiadas – Devem ser direccionadas aos mais carenciados para conter os custos – O financiamento através do aumento do défice pode ter um efeito adverso sobre a estabilidade macroeconómica e assim piorar a situação dos pobres • Mensagem 3: Podem aumentar o crescimento de LP – Se financiadas e bem direccionadas a despesas que melhorem 25 o capital humano RPS: Podem ir além do assistencialismo Efeito Natureza do benefício Protecção Reduzem a pobreza e a desigualdade através da redistribuição Promoção Permitem às famílias investir –No capital humano das crianças –No seu sustento Ajudam as famílias a gerir os riscos –Previnem perdas irreversíveis –Permitem actividades de maior risco/retorno Proporcionam aos governos: ─Espaço para focalizar as reformas estruturais ─Uma rubrica com alto efeito multiplicador Robustez da evidência Fonte: Banco Mundial Também proporcionam um instrumento anticíclico (estabilizador automático), se bem formuladas e amplas o suficiente •26 RPS: Podem ajudar a reduzir a desigualdade Despesa com Redes de Protecção Social e Desigualdade 65 BOLÍVIA COLÔMBIA ÁFRICA DO SUL PARAGUAI BRASIL PANAMÁ CHILE PERU GUATEMALA EL SALVADOR REP. DOMINICANA ARGENTINA VENEZUELA MÉXICO Coeficiente de GINI 50 HONDURAS COSTA RICA CHINA MADAGÁSCAR JAMAICA FILIPINAS URUGUAY UZBEQUISTÃO TURQUIA NICARÁGUA RÚSSIA SRI LANKA MARROCOS TUNÍSIA JORDÂNIA GEÓRGIA LETÓNIA AZERBAIJÃO ÍNDIA VIETNAME SENEGAL 35 IRÃO MALAWI EGIPTO INDONÉSIA ARMÉNIA BANGLADESH REP. IÉMEN TADJIQUISTÃO MONGÓLIA POLÓNIA MOLDÁVIA PAQUISTÃO ALBÂNIA ROMÉNIA BULGÁRIA QUIRGUÍZIA KAZAQUISTÃO ETIÓPIA UCRÂNIA MACEDÓNIA CROÁCIA BÓSNIA HERZEGOVINA REP. TCHECA 20 0 1 2 3 4 5 Despesas com assistência social, percentagem do PIB 6 7 8 27 RPS: Que tamanho apropriado? • “Nível mínimo e crítico de gastos necessários para um sistema sustentável de redes de segurança” (Banco Mundial) – Deve reflectir a situação fiscal do país. – Os elementos dependem da eficácia. – Depende das prioridades para a redução da pobreza no LP 28 Programas de Transferência Condicional de Dinheiro (TCD) • Quadro conceptual: em algumas circunstâncias, a transferência condicionada ao comportamento das famílias faz sentido: 1. Justificativas económicas – Persistência de crenças erróneas (quando os pais acreditam que os rendimentos não respondem ao nível de educação; Attanasio e Kaufmann, 2008) – “Altruísmo incompleto” (quando os pais subestimam enormemente os futuros rendimentos dos filhos; reduz o incentivo a investir hoje na educação e saúde das crianças) – Externalidades (sobretudo quando o retorno privado óptimo é menor que o retorno social óptimo) 2. Justificativas de economia política – Maior apoio a um programa que pede aos beneficiários que façam alguma coisa “para ajudarem a si próprios” TCD: Inegavelmente progressivas… • A TCD ajudou a reduzir a pobreza (Nicarágua: 7 p.p.; Colômbia: 3 p.p.) 90% Proportion of total benefits received Proporção dos benefícios totais recebidos 80% 70% 60% Bolsa Familia Chile Solidario Chile SUF 50% Ecuador BDH Honduras PRAF Mexico Oportunidades 40% Jamaica PATH Cambodia: JFPR Bangladesh FSSP 30% 20% 10% 0% 1 2 3 4 5 6 7 minus transfer consumption of per capita Deciles Decis de consumo per capita menos transferências Fonte: Banco Mundial 8 9 10 TCD: Impacto duradoiro sobre a saúde e a educação A TCD promoveu melhorias substanciais na educação e na saúde – sobretudo nas famílias pobres 30 • 20 Impacto da escolarização TCD Cambodia Nicaragua 10 Bangladesh Mexico Ecuador 0 Colombia 20 Fonte: Banco Mundial 40 Brazil Honduras Mexico Mexico Colombia 60 80 Enrollment rate at baseline Taxa de escolarização no cenário de base 100 TCD: Impacto duradoiro sobre a saúde e a educação • • Devido ao impacto concentrado nos mais pobres, a TCD ajudou a reduzir a “desigualdade de oportunidades” Exemplo: Nicarágua TCD: Custos administrativos • Custos menores que os de outros tipos de programas 33 TCD: Desafios 1. Aumentar o impacto nos resultados de longo prazo em termos de capital humano (p. ex. aprendizado) Integração com investimentos na qualidade… … E com outras intervenções sociais (p.ex. programas laborais) 2. Impedir a dependência de longo prazo da assistência pública e os desincentivos à participação no mercado de trabalho. Exigir o cumprimento das condições Instituir mecanismos claros e regulares de entrada e saída 3. Desenvolver a capacidade administrativa Actualizar os sistemas de gestão de informação Conter os custos em níveis razoáveis Monitorizar e avaliar o desempenho Expansão gradual à medida que aumenta a capacidade administrativa Obrigado!! Principais mensagens: 1. 2. A estabilidade macroeconómica é essencial Aumentar as receitas para financiar despesas de boa qualidade: – Melhoria dos impostos directos; – Eliminação das isenções permanentes e temporárias 3. Garantir a alocação dos gastos segundo as metas de LP – Controlo dos salários; melhoria dos gastos sociais, agrícolas e infra-estruturais 4. Garantir que as despesas sejam bem direccionadas 5. Desenvolver uma RPS para atacar as altas taxas de pobreza e desigualdade 6. TCD para fomentar o capital humano e o crescimento de LP 35