TÍTULO DA PALESTRA
Sérgio Biagi Gregório
20/06/2014
Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho
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Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho
Introdução
De que trata este livro?
Qual a interrelação entre o mundo
político e o mundo espiritual?
Qual a influência do plano espiritual nos
processos decisórios de política
econômica?
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Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho
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Brasil, a Nova Pátria do Evangelho
No fim do século XIV, Jesus visitou o planeta Terra, a fim de verificar
como estava indo a sua doutrina de amor.
Após observar que o mundo político,
econômico e social do Ocidente estava
conturbado pelo egoísmo, orgulho e
vaidade dos habitantes das grandes
potências europeias, Jesus traça,
juntamente com Helil, um novo roteiro
para o desenvolvimento espiritual dos
terráqueos.
Para isso, Helil deveria
reencarnar em Portugal e
direcionar o povo português
às conquistas marítimas,
com o objetivo de descobrir
as terras-virgens da
América.
Encarnado no período 1394-1460, como o heroico infante de Sagres, operou a
renovação das energias portuguesas, expandindo as suas possibilidades
realizadoras para além-mar, criando as condições necessárias para o futuro
descobrimento da "Pátria do Evangelho", que aconteceu em 1500, por Pedro
Álvares Cabral.
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Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho
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Brasil, A Nova Pátria do Evangelho
Helil, depois do seu desencarne, continuou a luta pela causa
do Evangelho.
Sua influência espiritual
junto a D. Duarte e D.
Afonso V não fora marcada
pelo êxito, porém, com
relação a D. João II,
consegue que diversas
expedições sejam
organizadas e enviadas ao
mar.
A grande expedição de Cabral deixou
Portugal no dia sete de março de 1500.
Em alto mar, as noites do grande
expedicionário são povoadas de sonhos
sobrenaturais e, insensivelmente, as
caravelas inquietas cedem ao impulso de
uma orientação imperceptível, desviando
os caminhos das Índias para o coração
geográfico do Brasil.
Compreendemos, também, que enquanto outros países se fragmentavam o fato do
Brasil permanecer com o coração geográfico completo é porque havia realmente
a preocupação de Jesus em arrebanhar toda a população, que deveria estar
envolta com o lema: "Deus, Cristo e Caridade". (Xavier, 1977, cap. I e II)
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Origens Espirituais do Povo Brasileiro
Para uma compreensão mais
ampla da formação espiritual
do povo brasileiro, devemos
lembrar que os séculos
quinze e dezesseis foram
marcados pela influência do
"capitalismo comercial", que
impulsionou as grandes
potências europeias ao mar, a
fim de colonizar a nova terra.
O Brasil, recebe assim,
imigrantes das várias regiões
do mundo.
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Dentro desse quadro, Jesus
entregava o comando do Brasil a
Ismael, cuja missão era reunir os
sedentos de justiça divina
(degredados), os simples de
coração (índios), os humildes e
aflitos (escravos) sob a
influência dos missionários para
que o alicerce espiritual fosse
edificado sobre a rocha firma, de
modo que com o passar dos anos
não houvesse fragmentação.
(Xavier, 1977, cap. III)
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Holandeses, Franceses e Espanhóis
Para que pudéssemos ter
essa formação mesclada
deveríamos aceitar as
várias influências das
grandes companhias de
comércio, cujas sedes se
localizavam na Europa,
principalmente em França,
Holanda e Inglaterra.
Primeiramente vieram os
franceses, que encantados com a
beleza da Bahia de Guanabara,
estabeleceram aí a sua feitoria,
onde Villegaignon, com sua
mentalidade religiosa e honesta,
capta a confiança dos indígenas
por três anos, pois em 1558 são
expulsos por Mem de Sá.
De 1580 a 1640 recebemos a influência indireta da Espanha,
porque como sabemos Portugal ficou sob a direção deste
país, desestimulando a colonização das terras brasileiras.
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Holandeses, Franceses e Espanhois
Em 1624, a pretexto da guerra com a Espanha, os holandeses
invadem o Brasil, originando cenas dolorosas, porém não
organizadas pelas falanges do mundo invisível.
Em 1637, entregava em Pernambuco o General
holandês João Maurício, príncipe de Nassau,
cuja estada no Brasil fora preparada no plano
espiritual com a intenção de desenvolver os
germes do amor, respeito, tolerância e
liberdade. Assim, os escravos tornam-se livres
à sombra de sua bandeira, os índios encontram,
no seu coração, o apoio de um nobre e leal
amigo e todos obtém um novo clarão de justiça
no caminho a seguir.
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Em 1661, os
holandeses deixam o
Brasil sem lutas
cruéis, mas ficou a
semente da gratidão
e do amor por um
dos abnegados
servidores do Cristo.
(Xavier, 1977, cap.
VIII)
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A Procura do Ouro
De acordo com a história econômica, a razão básica da
manutenção do domínio político português nas terras
brasileiras era a possibilidade de descobrir imensos tesouros
de metais preciosos.
No plano espiritual, essa missão de
expandir o espaço conquistado foi
entregue a Fernão Dias Paes, que antes
de reencarnar fora consolado por
Ismael acerca da causa sinistra do ouro,
recebendo instruções de que a procura
desse metal seria um fator de
desenvolvimento econômico, porque
edificar-se-iam cidades e fomentar-seiam a pecuária e a agricultura.
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A missão seria árdua e
exigiria o máximo de
disciplina e, para
exemplificá-la, viu-se na
contingência de enforcar
o próprio filho, quando
esteve encarnado.
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A Procura do Ouro
Paralelamente às bandeiras, outros movimentos realizavam-se na busca
desse metal, criando um clima de ilusões, ambição e comentários acerca
da riqueza, que levava os indivíduos à guerra, às revoluções e às
emboscadas tendo como resultado a aflição, o sofrimento e a morte,
inclusive com a possibilidade de despovoamento de Portugal.
Citamos, como
exemplo, a
guerra das
Emboabas, a
Guerra dos
Mascates.
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Ao mesmo tempo que no plano material
estávamos envoltos com um pequeno
derramamento de sangue, no plano espiritual, os
agentes invisíveis estavam amparando-nos e
podemos perceber claramente pelo Tratado de
Methuen que, o Brasil, ao transferir a posse do
ouro à Inglaterra, vetava as investidas das
grandes potências europeias que cobiçavam
nossas riquezas. (Xavier, 1977, cap. X)
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Prenúncio da Liberdade
Os preparativos da Revolução Francesa,
isto é, as discussões a respeito da
liberdade influenciaram sobremaneira a
classe dos poucos intelectuais
brasileiros, que observando a ganância
pelo ouro por parte dos padres — para
aumentar o luxo das igrejas, dos
magistrados — para aumentar suas
fortunas que levariam a Portugal e do
fisco — para incrementar a receita de
Portugal, resolvem pôr em prática esses
ideais políticos e econômicos.
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Dos vários encontros realizados
para tal finalidade, escolheu-se a
personalidade de Tiradentes para
ser o líder do movimento. Os
desejos de liberdade foram
vetados por autoridades
portuguesas tão logo ficaram
sabendo do ocorrido, mandando
imediatamente extinguir a figura
que se sobressaia nas ditas
articulações.
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Prenúncio da Liberdade
A morte de Tiradentes, do ponto de vista espiritual,
representava o resgate de delitos cruéis do passado, quando
inquisidor da Igreja.
Os estudos e
discussões acerca
de nossa doutrina
mostra-nos que o
acaso não existe e
que os fatos se
sucedem no
devido tempo.
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Assim, verificamos que os intelectuais brasileiros
quanto os da França foram precipitados com as
reivindicações de liberdade, contrariando a
vontade de Deus, o qual prefere que cada qual
vença a si mesmo e seja avesso à guerra e à
Revolução. Percebemos, mais uma vez, a mão
protetora de Ismael, pois enquanto em França
assistíamos à perda de muitas vidas, no Brasil
tivemos apenas um enforcamento. (Xavier, 1977,
cap. XIV)
Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho
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A Independência do Brasil
A consequência da Revolução Francesa, para nós, foi a vinda da
família real ao Brasil, que seria o estopim inicial de nossa emancipação
política, porque D. João VI estando no Brasil começou a tomar
resoluções políticas que iriam criar condições de desenvolvimento
econômico.
Primeiramente, abrem-se os
portos para a livre concorrência
com a Inglaterra e,
posteriormente, para as nações
amigas. Em segundo lugar,
declaram-se livres as indústrias
nacionais. Mesmo com grande
parte da corte colada ao
orçamento da despesa, o Brasil
caminhava para o alto destino
que o eterno lhe assinalara.
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D. João VI estava envolto com a mãe
demente, esposa desleal, filho
perdulário, excesso de despesas
administrativas, revolução
constitucionalista de Portugal e
problemas pessoais de alta
responsabilidade, quando teve de
voltar a sua Pátria natal, deixando D.
Pedro I, como príncipe-regente, o qual
deveria cumprir a constituição da junta
Revolucionária de Lisboa.
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A Independência do Brasil
O plano espiritual presidindo a todos os acontecimentos instrui-nos que o problema da
liberdade é delicado, sendo preciso formar os Espíritos antes das obras, pois todos os
direitos adquiridos exigem responsabilidade e nem sempre estamos aptos a enfrentá-los.
Expõe-nos, também, que D. Pedro não era a pessoa indicada para o processo de libertação
do povo brasileiro, mas ele encarnava o princípio da autoridade e caberiam ao próprio plano
espiritual — povoar suas noites de sonho, a fim de colocá-lo em condições de assumir
atitudes corretas e justas segundo a vontade de Deus.
D. Pedro atendendo à frase de seu pai, quando
deixou o Brasil. "Pedro, se o BRASIL se separar
de Portugal, antes seja para ti, que me respeitarás,
do que para alguns desses aventureiros". —
resolve iniciar a separação dos dois países, sem
prever que Avilez, representante de Portugal
tencionava criar barreiras a esse intento. Durante
esse período negro vemos a presença de Ismael
manipulando as preces e as vibrações das mães
sofredoras e concentrando-as na mente e coração
de Avilez, deixando o caminho livre a D. Pedro
para a consolidação da liberdade.
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A presença de Ismael, dos
abnegados cooperadores do plano
espiritual e principalmente, da figura
de
Tiradentes,
em
espírito,
acompanhavam através de viagens e
contatos com diversos líderes
políticos em várias regiões do país,
culminando com a famosa frase:
"INDEPENDÊNCIA OU MORTE",
a sete de setembro de mil oitocentos
e vinte e dois. (Xavier, 1977, cap.
XVI a XVIII)
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A Maioridade do Brasil
O aumento das responsabilidades
brasileiras deveria ser provido por
alma nobre e valorosa. O plano
espiritual estava atento e começou a
dialogar com Longinus, a fim de
cientificá-lo da grande missão que
os mensageiros de Ismael estavam
lhe propondo e se saísse vencedor
não precisaria retornar neste planeta
de expiação e provas. Reencarnaria,
assim como D. Pedro II e se
incumbiria de polarizar as atenções
do povo a sua pessoa no que dizia
respeito aos exemplos e virtudes,
renúncia e sacrifícios abnegação e
desprendimento.
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Enquanto no outro plano da vida
estes assuntos eram ventilados, aqui,
D. Pedro I, depois de consolidada a
Independência, tratava de dar
continuidade ao processo de
liberdade da Pátria do Evangelho,
sempre assessorado pelas falanges de
Ismael, que aproveitavam o minuto
psicológico para auxiliá-lo nesta
consolidação. Apesar de lutar pelos
interesses do Brasil foi acusado
injustamente de proteger os de
Portugal, e por esta razão, inspirado
pelos agentes do invisível, abdica na
pessoa do filho, a sete de abril de mil
oitocentos e trinta e um.
Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho
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A Maioridade do Brasil
Após a abdicação de D. Pedro I, o
país sob o comando dos regentes
interinos atravessou momentos de
crise, notando-se o desenrolar da
guerra civil ao Norte e o movimento
republicano no Rio Grande do Sul.
As falanges de Ismael eram
obrigadas a aumentar os reforços
intuindo os homens da regência a
praticarem os mais sublimes atos de
renúncia pelo bem coletivo a fim de
que a luz do porvir na pátria não se
transformasse em trevas e não
paralisasse os interesses do Senhor
para com a nossa terra natal.
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D. Pedro II reencarna dentro dessa
conjuntura e aos quinze anos de idade
adquire o poder de governar o país. Para bem
cumprir sua missão, abstraia-se dos textos
legais e norteava suas decisões mais pela
imprensa do que pelos seus ministros,
desgostando os políticos da época.
Conseguiu com seu caráter evolucionista um
grande progresso de liberdade de opinião e a
calma voltara ao Brasil. Por não seguir as
inspirações do mundo invisível, interfere na
liberdade do Uruguai, ocasionando com isto
a guerra do Paraguai, pois este país se
sentindo ameaçado na sua segurança
declarou-se contra o Brasil, iniciando uma
contenda que durou cinco anos de martírio e
sofrimentos. (Xavier, 1977, cap. XX)
Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho
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A Maioridade do Brasil
O aumento das responsabilidades brasileiras
deveria ser provido por alma nobre e
valorosa. O plano espiritual estava atento À
medida que o tempo passava, as
repercussões internacionais e a experiência
dos políticos brasileiros clamava por uma
mudança estrutural do nosso modelo de
economia política, muito embora D. Pedro
II fosse um exemplo de discórdia e
benevolência. Os políticos da época
pressionaram-no e nos primeiros meses de
1888, sob a influência dos mentores
invisíveis da pátria, o imperador é afastado
do trono, voltando a Regência à Princesa
Isabel, promulgando a treze de maio de mil
oitocentos e oitenta e oito a lei que extinguia
o cativeiro no Brasil.
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Ao se extinguir a servidão, o Brasil
passava ao regime de maioridade
política, isto é, os habitantes deste
território receberiam doravante
influências indiretas do plano
espiritual, mas seriam responsáveis
diretos pelos seus erros e acertos.
Denominamos República à
oficialização desse índice de
maioridade, firmado a quinze de
novembro de 1889 por Deodoro da
Fonseca e uma plêiade de
inteligências cultas e vigorosas.
Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho
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A Maioridade do Brasil
É útil recordarmos o grau de
evolução de Longinus, que
deixou a coroa sem
derramamento de sangue,
repeliu todas as sugestões
dos Espíritos apaixonados
pelo poder, não aceitou
dinheiro pelo seu exílio,
porém levou consigo um
punhado de terra brasileira
que muito soubera amar.
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O plano espiritual, afim de corroborar
este grau de liberdade adquirido,
delegava autoridade aos grandes
médiuns, que seriam os portadores da
luz do Cristo, com a função de
concentrar as energias do povo,
dirigindo-as para o alvo sagrado da
evolução material e espiritual. Dentre
eles citamos a personalidade de
Bezerra de Menezes, aclamado na
noite de julho de1895 diretor de todos
os trabalhos de Ismael no Brasil.
(Xavier, 1977, cap. XXI a XXX).
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Conclusão
Ao acompanhamos o desenrolar dos fatos históricos,
percebemos que a maioridade política se desenvolve da
mesma forma que o livre-arbítrio no campo individual; que
as decisões que julgávamos individuais ampliam-se, porque
aquele que decide recebe influências dos ministros, da
imprensa, da esposa, e muito mais do plano espiritual, que
até a proclamação da república a ascendência espiritual era
direta, passando depois a se fazer por sugestões telepáticas;
que ainda hoje estamos com a boa influência, embora o livro
de Humberto de Campos só explica até o período
republicano.
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Conclusão
Vimos, por fim, que o poder é transitório, que as paixões
inflamam os indivíduos, que pouco é o que sabemos e, por
essa razão, devemos ter muita humildade, a fim de podermos
trilhar o caminho da felicidade, o qual nos conduzirá ao
Cristo e à caridade.
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Bibliografia Consultada
FURTADO, C. Formação Econômica do Brasil. 9 ed., São
Paulo, Editora Nacional, 1969.
FURTADO, M. B. Síntese da Economia Brasileira. 2 ed.,
Rio de Janeiro, LTC, 1983.
XAVIER, F. C. Brasil, Coração do Mundo, Pátria do
Evangelho (pelo Espírito Humberto de Campos). 11. ed., Rio
de Janeiro, FEB, 1977.
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