Métodos de pesquisa
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Métodos de abordagem - bases lógicas da
investigação:
Método dedutivo;
Método indutivo;
Método hipotético-dedutivo;
Método dialético;
Método Fenomenológico.

“Cada um deles se vincula a uma das correntes
filosóficas que se propõem a explicar como se
processa o conhecimento da realidade. O método
dedutivo relaciona-se ao racionalismo; o indutivo,
ao empirismo; o hipotético-dedutivo, ao
neopositivismo; o dialético, ao materialismo
dialético e o fenomenológico, à fenomenologia.”
(PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 26-7);

Método: caminho para chegarmos a determinado
fim (resultado) (PRODANOV; FREITAS, 2013; SILVA,
2006);

“A investigação científica depende de um método,
ou seja, ‘um conjunto de procedimentos
intelectuais e técnicos’ para que seus objetivos
sejam atingidos (GIL, 1999)”. (CARTONI, 2011, p.
23, grifo nosso).

“Trata-se da linha de raciocínio adotada no
processo de pesquisa ou, em outras palavras, a
maneira como serão resolvidos os problemas de
pesquisa, de forma lógica e pautada nos conceitos
da ciência. Os métodos científicos pressupõem ao
menos uma forma de organização do raciocínio
que será empregada na pesquisa.” (CARTONI,
2011, p. 23, grifo nosso).

“Esses métodos esclarecem os procedimentos
lógicos que deverão ser seguidos no processo de
investigação científica dos fatos da natureza e da
sociedade.” (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 26,
grifo nosso).

“A utilização de um ou outro método depende de
muitos fatores: da natureza do objeto que
pretendemos pesquisar, dos recursos materiais
disponíveis, do nível de abrangência do estudo e,
sobretudo,
da
inspiração
filosófica
do
pesquisador.” (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 27).

“O método dedutivo, de acordo com o entendimento
clássico, é o método que parte do geral e, a seguir,
desce ao particular.” (PRODANOV; FREITAS, 2013, p.
27, grifo nosso);

“[Parte] [...] de princípios, leis ou teorias consideradas
verdadeiras e indiscutíveis, [...] e possibilita chegar a
conclusões de maneira puramente formal, isto é, em
virtude unicamente de sua lógica.” (GIL, 2008 apud
PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 27, grifo nosso);

“[...] o raciocínio parte de uma proposição abstrata
para construir uma proposição discursiva
concreta.” (CARTONI, 2011, p. 24, grifo nosso);

“Método proposto pelos racionalistas Descartes,
Spinoza e Leibniz pressupõe que só a razão é capaz
de
levar
ao
conhecimento
verdadeiro.”
(PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 27, grifo nosso);

“O método dedutivo encontra ampla aplicação em
ciências como a Física e a Matemática, cujos
princípios podem ser enunciados como leis. Já nas
ciências sociais, o uso desse método é bem mais
restrito, em virtude da dificuldade para obter
argumentos gerais, cuja veracidade não possa ser
colocada em dúvida.” (PRODANOV; FREITAS, 2013,
p. 27, grifo nosso);
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“Todo mamífero tem um coração (premissa maior);.
Ora, todos os cães são mamíferos (premissa menor);
Logo, todos os cães têm um coração (conclusão).”
(MARCONI; LAKATOS, 2007 apud PRODANOV;
FREITAS, 2013, p. 30).

“Toda ciência tem um objeto de estudo (premissa
maior);
A Contabilidade tem um objeto de estudo (premissa
menor);
Logo, Contabilidade é ciência (conclusão).”(SILVA, 2006,
35).



“a) Característica I.
No argumento dedutivo, para que a conclusão
‘todos os cães têm um coração’ fosse falsa, uma
das ou as duas premissas teriam de ser falsas: ou
nem todos os cães são mamíferos ou nem todos
os mamíferos têm um coração.” (MARCONI;
LAKATOS, 2007 apud PRODANOV; FREITAS, 2013,
p. 30-31, grifo nosso).

“b) Característica II.
Quando a conclusão do argumento dedutivo
afirma que todos os cães têm um coração, está
dizendo alguma coisa que, na verdade, já tinha sido
dita nas premissas; portanto, [...] todo argumento
dedutivo, reformula ou enuncia, de modo
explícito, a informação já contida nas premissas.”
(MARCONI; LAKATOS, 2007 apud PRODANOV;
FREITAS, 2013, p. 31, grifo nosso).

“É um método responsável pela generalização, isto
é, partimos de algo particular para uma questão
mais ampla, mais geral.” (PRODANOV; FREITAS,
2013, p. 28, grifo nosso);

“No raciocínio indutivo, a generalização deriva de
observações de casos da realidade concreta. As
constatações particulares levam à elaboração de
generalizações.” (CARTONI, 2011, p. 24, grifo
nosso);

“Método proposto pelos empiristas Bacon,
Hobbes, Locke e Hume. Considera que o
conhecimento é fundamentado na experiência e o
método permite analisar o objeto para tirar
conclusões gerais ou universais.” (CARTONI, 2011,
p. 24, grifo nosso);

“[...] o método indutivo passou a ser visto como o
método por excelência das ciências naturais. Com
o advento do positivismo, sua importância foi
reforçada e passou a ser proposto também como o
método mais adequado para investigação nas
ciências sociais.” (GIL, 2008 apud PRODANOV;
FREITAS, 2013, p. 29, grifo nosso).
“Todos os cães que foram observados tinham um
coração.
 Logo, todos os cães têm um coração.” (MARCONI;
LAKATOS, 2007 apud PRODANOV; FREITAS, 2013,
p. 30).

“90% dos Contabilistas no Brasil, de pequenas e
médias empresas, não realizam escrita mercantil.
 Logo, 90% da Contabilidade não é realizada.”
(SILVA, 2006, 35).

“a) Característica I.

“[...] no argumento indutivo, é possível que a
premissa seja verdadeira e a conclusão, falsa [...]”
(MARCONI; LAKATOS, 2007 apud PRODANOV;
FREITAS, 2013, p. 30-31, grifo nosso).

“b) Característica II.
“[...] no argumento indutivo, a premissa refere-se
apenas aos cães já observados, ao passo que a
conclusão diz respeito a cães ainda não
observados; portanto, a conclusão enuncia algo
não contido na premissa. É por esse motivo que a
conclusão pode ser falsa [...], mesmo que a
premissa seja verdadeira.” (MARCONI; LAKATOS,
2007 apud PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 31, grifo
nosso).
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“Antônio é mortal.
João é mortal.
Paulo é mortal.
...
Carlos é mortal.
Ora, Antônio, João, Paulo ... e Carlos são homens.
Logo, (todos) os homens são mortais.”
(PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 29)

“Tanto o método indutivo quanto o dedutivo
concordam com o fato de que o fim da investigação
é a formulação de leis para descrever, explicar e
prever a realidade; as discordâncias estão na
origem do processo e na forma de proceder.”
(PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 30, grifo nosso).

Enquanto os adeptos do método indutivo
(empiristas) partem da observação para depois
formular as hipóteses, os praticantes do método
dedutivo têm como inicial o problema (ou a
lacuna) e as hipóteses que serão testadas pela
observação e pela experiência.” (PRODANOV;
FREITAS, 2013, p. 30, grifo nosso).

“Conforme Lakatos e Marconi (2007, p. 92), esses
dois tipos de argumentos têm finalidades distintas –
‘o dedutivo tem propósito de explicar o conteúdo
das premissas; o indutivo tem o objetivo de ampliar
o alcance dos conhecimentos.’” (PRODANOV;
FREITAS, 2013, p. 31, grifo nosso).

“O método hipotético-dedutivo foi definido por
Karl Popper a partir de críticas à indução,
expressas em A lógica da investigação
científica, obra publicada pela primeira vez em
1935.” (GIL, 2008 apud PRODANOV, 2013, p. 31,
grifo do autor e nosso).

“O método hipotético-dedutivo inicia-se com um
problema ou uma lacuna no conhecimento
científico, passando pela formulação de hipóteses
e por um processo de inferência dedutiva, o qual
testa a predição da ocorrência de fenômenos
abrangidos pela referida hipótese.” (PRODANOV;
FREITAS, 2013, p. 32, grifo nosso)

De acordo com Popper, toda investigação tem
origem num problema, cuja solução envolve
conjecturas, hipóteses, teorias e eliminação de
erros.” (PRODANOV ; FREITAS, 2013, p. 33, grifo
nosso);

“Procede pela formação de hipóteses, das quais
deduzem-se consequências que deverão ser
testadas ou falseadas.” (CARTONI, 2011, p. 24,
grifo nosso).

Sobre o critério da falseabilidade, Karl Popper
assevera que “[...] uma teoria científica é válida
quanto mais estiver aberta a fatos novos que
possam tornar falsos os princípios e conceitos
em que se baseava. Assim, o valor de uma
teoria mede-se não pela sua verdade, mas
pela possibilidade de ser falsa. A falseabilidade
garantiria a idéia do progresso científico.”
(CARTONI, 2011, p. 11, grifo nosso).

“O problema surge de lacunas ou conflito em
função do quadro teórico existente. A solução
proposta é uma conjectura (nova ideia e/ou nova
teoria) deduzida a partir das proposições
(hipóteses ou premissas) sujeitas a testes. Os
testes de falseamento são tentativas de refutar as
hipóteses pela observação e/ou experimentação.”
(PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 34, grifo nosso)
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“O método hipotético-dedutivo desfruta de notável
aceitação, em especial no campo das ciências
naturais.” (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 34, grifo
nosso)

“Enquanto no método dedutivo se procura a todo
custo confirmar a hipótese, no método hipóteticodedutivo, ao contrário, procuram-se evidências
empíricas para derrubá-las. Ele tem em comum
com o método dedutivo o procedimento racional
que transita do geral para o particular e, com o
método indutivo, o procedimento experimental
como condição fundante.” (CARTONI, 2011, p. 26).

“O conceito de dialética é bastante antigo. Platão o
utilizou no sentido de arte do diálogo. Na
Antiguidade e na Idade Média, o termo era utilizado
para significar simplesmente lógica. O método
dialético, que atingiu seu auge com Hegel (GIL,
2008), depois reformulado por Marx, busca
interpretar a realidade partindo do pressuposto
de que todos os fenômenos apresentam
características contraditórias organicamente
unidas e indissolúveis.” (PRODANOV; FREITAS,
2013, p. 34, grifo nosso).

“Tese (uma pretensão de verdade) > Antítese (a tese
negada) = Síntese (o resultado do confronto) / A
síntese é uma nova tese.” (CARTONI, 2011, p. 26);

“[...] Procede de modo crítico, ponderando
polaridades opostas, até o alcance da síntese.”
(CRTONI, 2011, p. 25).

“[...] o método dialético parte da premissa de que,
na natureza, tudo se relaciona, transforma-se e
há sempre uma contradição inerente a cada
fenômeno. Nesse tipo de método, para conhecer
determinado fenômeno ou objeto, o pesquisador
precisa estudá-lo em todos os seus aspectos, suas
relações e conexões, sem tratar o conhecimento
como algo rígido, já que tudo no mundo está
sempre em constante mudança.” (PRODANOV,
2013, p. 35, grifo nosso).

[...] “os fatos sociais não podem ser entendidos
quando considerados isoladamente, abstraídos de
suas influências políticas, econômicas, culturais
etc.” (GIL, 2008, p. 14 apud PRODANOV; FREITAS,
2013, p. 35, grifo nosso).

“Empregado em pesquisa qualitativa, é um método
de interpretação dinâmica e totalizante da
realidade, pois considera que os fatos não podem
ser relevados fora de um contexto social, político,
econômico etc.” (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 34,
grifo nosso).

“A fenomenologia não se preocupa [...] com algo
desconhecido que se encontre atrás do
fenômeno; só visa o dado, sem querer decidir se
esse dado é uma realidade ou uma aparência.”
(PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 35, grifo nosso).

“O método fenomenológico baseia-se na
investigação de fenômenos humanos, tais como
vividos e experimentados pelo indivíduo, ou seja,
examina a realidade a partir da perspectiva de
primeira pessoa.” (CARTONI, 2011, p. 28).

O método fenomenológico não é dedutivo nem
empírico. Consiste em mostrar o que é dado e em
esclarecer esse dado. ‘Não explica mediante leis
nem deduz a partir de princípios, mas considera
imediatamente o que está presente à consciência:
o objeto’ (GIL, 2008, p. 14). Consequentemente,
tem uma tendência orientada totalmente para o
objeto. (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 36, grifo
nosso).

“Ou seja, o método fenomenológico limita-se aos
aspectos essenciais e intrínsecos do fenômeno,
sem lançar mão de deduções ou empirismos,
buscando compreendê-lo por meio da intuição,
visando apenas o dado, o fenômeno, não
importando sua natureza real ou fictícia.”
(PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 36, grifo nosso).

“Embora reconhecendo a importância de o
pesquisador seguir um método como referência,
entendemos que o ideal é empregar métodos e
não um método, visando a ampliar as
possibilidades de análise, considerando que não há
apenas uma forma capaz de abarcar toda
complexidade das investigações.” (PRODANOV;
FREITAS, 2013, p. 39, grifo nosso).
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CARTONI, Daniela Maria. Apostila: Metodologia Científica. 2011.
Disponível
em:
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%20%20M%C3%A9todos%20e%20T%C3%A9cnicas%20da%20pesqui
sa%20cient%C3%ADficas/Apostila%20-%20Metodologia%20%20Profa%20Daniela%20(1)%20(1).pdf>. Acesso em: 12 Fev. 2013
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PRODANOV, Cleber Cristiano. Metodologia do trabalho
científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho
acadêmico / Cleber Cristiano Prodanov, Ernani Cesar de Freitas. –
2. ed. – Novo Hamburgo: Feevale, 2013.
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SILVA, A. C. R. da. Metodologia da pesquisa aplicada à
Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2003.
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