CAESP – Filosofia –
2A e B – 20/05/2015
IMMANUEL KANT – AULA 02
 Immanuel
Kant (1724 - 1804):
 Proposta
filosófica principal: superar a disputa
entre a Racionalismo (Metafísica) e o Empirismo.
 Superação
através da síntese que equilibre cada
uma dessas posturas, ou seja, encontrar o que
cada uma dessas duas propostas tinha de melhor
e mesclar de forma coesa na construção de uma
nova forma de pensar.
 Características
moderno:
gerais do pensamento
A
razão, utilizada através de um método correto,
conduziria ao conhecimento verdadeiro (seguro).
A
garantia de veracidade e de segurança do
saber não está externo ao conhecimento, não
está dada pela tradição religiosa.
A
razão promoverá o desenvolvimento científico,
técnico e artístico, que levará a uma melhoria da
vida em sociedade.
A
melhoria da vida social seria a condução da
humanidade para um mundo de verdade, justiça
e paz.
Crítica da razão: é necessário inicialmente
estabelecer os limites daquilo que pode ser
conhecido através da razão. Essa é a crítica dela, o
estabelecimento dos limites da sua abrangência e da
sua capacidade de conhecer e explicar.
 Hume como a ruptura com o racionalismo
dogmático: inicialmente, Kant está baseado no
racionalismo dogmático (a razão é capaz de explicar
a tudo) e advoga que a razão é capaz de fornecer o
conhecimento seguro das causas naturais do mundo.
Porém, ao conhecer a crítica da causalidade de
Hume (a causalidade como algo criado
mentalmente, mas que não pode ser observado de
fato), ele passa a ter a necessidade de incluir o
Empirismo no seu pensamento e equilibrar com o
Racionalismo fugindo do dogmatismo.

 Projeto
filosófico kantiano:
O
que é possível de ser conhecido (limites
da razão)?
O
que deve ser feito (a Ética e o “dever
fazer”)?
O
que pode ser esperado (“fé e
esperança”)?
O
que é o ser humano (unificação para
conhecimento do si mesmo e dos outros)?
 Crítica
da razão pura: os juízos.
 Teoria
do conhecimento: como são conhecidos
os objetos do saber. São as possibilidades do ato
de conhecer, ou seja, o modo pelo qual a razão
funciona e seus limites no ato de conhecer.
 Juízos
analíticos (inatos): são conhecimentos
(juízos) que inatos, fornecidos através da
experiência mais simples e lógica, são universais e
necessários, e não são capazes de construir
conhecimento novo.
 Crítica
da razão pura: os juízos.
 Juízos
sintéticos (dados pela experiência): são
conhecimentos construídos através da
experiência e capazes de construir
conhecimentos novos, porém, eles não são
universais, posto que dependem da experiência
e da apreensão sensorial do mundo, assim,
podem variar conduzindo, no máximo, às
generalizações.
 Juízos sintéticos a priori (condições e
possibilidades da experiência): são
independentes da experiência, mas estão
formando a base de onde o entendimento sobre
a experiência deriva ou é construído.
 Crítica
da razão pura: os juízos.
 Necessidade
relacional entre o sujeito e os
objetos de conhecimento: isso pode nos parecer
muito óbvio e, até mesmo, simplista, mas quando
colocamos que o sujeito de conhecimento está
em relação com o objeto de conhecimento,
trazemos o sujeito para ser conhecido também e
mais, estabelecemos que as concepções do
sujeito influenciam na forma de conhecer.

Crítica da razão pura: sensibilidade e entendimento.
 Sensibilidade:
é a sensação como base da
experimentação do mundo.
 Entendimento:
é a função mental racional sobre as
informações apreendidas da relação entre o sujeito e os
objetos.
 Estética
transcendental: a forma mais básica de
experiência sensível para Kant será a que nos transmite as
noções de espaço e tempo que são simplesmente
intuídas da relação entre os seres humanos e a realidade
sensível. Assim, estabelece essas duas como as categorias
mais básicas da experiência empírica.

Crítica da razão pura: sensibilidade e entendimento.
 Analítica
transcendental: as categorias são os conceitos
puros, aqueles que formam a base para a construção de
qualquer forma de conhecimento.
 Unidade
sintética da apercepção (síntese cognitiva) e
Esquematismo: a união da apreensão pela sensibilidade
com o entendimento, ou seja, a intuição e as categorias,
permitem a construção de “esquemas” que permitem o
entendimento e a construção do conhecimento. Os
“esquemas” são organizações do saber nascidas da
análise transcendental (categorias) sobre a estética
transcendental (experiência sensível).
 Juízos
e categorias:
 Quantidade:
1.
Universal → Unidade
2.
Particular → Pluralidade
3.
Singular → Totalidade
 Qualidade:
1.
Afirmativo → Realidade (Regra)
2.
Negativo → Negação (Exclusões e Exceções)
3.
Limitativo → Limitação (Delineamento)
 Juízos
e categorias:
 Relação:
1.
Categórico → Substância (permanente) e
acidente (temporário)
2.
Hipotético → Causalidade e Dependência
3.
Disjuntivo → Opções (alternativas) de ligações
 Modalidade:
1.
Problemático → Possibilidades (Probabilidades)
2.
Assertórico → Existência e Inexistência
3.
Apodítico → Necessidade (de existência) e
Evidência
 Caminho
da construção do conhecimento
(dedução transcendental):
1.
Sequência de experiências empíricas
2.
Organização racional e esquemática das
experiências.
3.
Construção da unidade do conhecimento
através dos juízos e das categorias.
Muito obrigado!
TENHAM UM BOM DIA!
Prof. Heleno Licurgo do Amaral <[email protected]>
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Terceirão - História - 1A - Aula 03