Período histórico
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A partir das décadas de 1960 e 1970, as produções artísticas e literárias passaram a ser afetadas por
inúmeros fatores, dentre eles estão a supressão dos direitos civis na ditadura militar, a censura à
comunicação, a repressão policial e a prática de torturas.
A década de 1960 se inicia com o governo de J.K., marcado por uma euforia desenvolvimentista.
Logo após, crises políticas foram aparecendo, sendo que uma delas foi resultado da renúncia do
então presidente Jânio Quadros. Essas crises culminaram no golpe militar de 1964, derrubando
João Goulart do poder e iniciando-se assim a ditadura militar no Brasil, que teve fim somente em
1985, com a eleição de Tancredo Neves.
Na década de 1970, um fato marcante foi a Copa do Mundo de 70, em que os militantes da
ditadura acabaram por desenvolver uma onda de nacionalismo pelo país. A frase “Brasil: ame-o ou
deixe-o” permaneceu nas mentes alienadas das pessoas durante esse período. No final da década
de 1970, a lei da anistia foi corroborada e permitiu a volta das pessoas exiladas, iniciando um
sentimento de esperança em quem discordava da política militar da ditadura.
Na década de 1980, começou uma mobilização pelas eleições diretas. Em 1985 acabava a ditadura
com a eleição indireta de Tancredo Neves, primeiro presidente civil no cargo de presidente da
república. Entretanto, Tancredo morreu antes de tomar posse e José Sarney assumiu o cargo,
criando a atual Constituição.
No início da década de 1990 ocorreu a primeira eleição direta de Fernando Collor, que acabou
decepcionando a nação brasileira com escândalos de corrupção e de incompetência.
Desde então, os governos sucessores ficaram responsáveis por buscar a estabilidade econômica no
país, tentando resolver os problemas principais, como distribuição de renda, educação, moradia,
reforma agrária, entre outros.
Literatura contemporânea
A prosa
• No final da década de 1960, a literatura contemporânea fica mais
questionadora, surgindo personagens que buscam o tempo todo a sua
identidade, e as questões urbanas começam a ser abordadas. A censura
da ditadura militar também trouxe uma nova definição de valores para a
literatura, fazendo com que os escritores procurassem novas formas de
expressar os seus protestos.
• A prosa contemporânea se caracteriza pela pluralidade de estilos,
tendências e aspectos expressivos. A partir da década de 1970, os gêneros
literários se interagem e acabam incorporando técnicas e linguagens que
antes não eram usadas pelos mesmos. Romance e conto, crônica e notícia,
conto e crônica foram se transformando aos poucos em romances com
ares de reportagem, contos parecidos com poemas e crônicas,
autobiografia romanesca, narrativa mais teatral, entre outros.
• A geração de novos autores começa então, marcada, por exemplo, por
Rubem Fonseca, Caio Fernando de Abreu, Marcelino Freire, Ignácio de
Loyola Brandão, Dalton Trevisan e Lygia Fagundes Telles.
O romance na prosa
contemporânea
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Da mesma forma que aprofunda temas tradicionais, o romance procura inovar os temas.
3.1) Romance Regionalista: relata o homem com seus problemas no ambiente rural.
Ex.: “O Coronel e o Lobisomen”, de José Cândido de Carvalho.
3.2) Romance Intimista: exploração da vida interior dos personagens, tentando retratar seus problemas, traumas,
sentimentos e angústias.
Ex.: “Ciranda de Pedra, As Meninas”, de Lygia Fagundes Telles e “Reunião de Família”, Lya Luft.
3.3) Romance Social-Urbano: retrata a vida urbana, a burguesia, o proletariado, a luta de classes, a violência e a
marginalização.
Ex.: Rubem Fonseca e Dalton Trevisan.
3.4) Romance Político: a censura foi responsável por fazer surgir novas espécies de prosa, tais quais:
a) Paródia Histórica
b) Romance Reportagem, linguagem jornalística para protesto contra a opressão. Ex.: ”O Caso Morel”, de Rubem
Fonseca, “Zero” e “Não Verás País Nenhum”, de Ignácio de Loyola Brandão.
c) Romance Policial, com aspectos políticos e urbanos. Ex.: “A Grande Arte”, “Bufo & Spallanzani” e “Vastas
Emoções e Pensamentos Imperfeitos”, de Rubem Fonseca.
d) Romance Histórico, que une a narrativa policial com fatos políticos e históricos. Ex.: “Agosto”, de Rubem
Fonseca, retratando o suicídio de Getúlio Vargas.
O conto e a crônica na prosa
contemporânea
• Esses dois gêneros são narrativas curtas que
se tornaram úteis na década de 1970 para
atender às necessidades do mundo moderno.
• Como exemplo de contos, temos Lygia
Fagundes Telles, Dalton Trevisan, Moacyr
Scliar, Rubem Fonseca e Marcelino Freire.
• A exemplo de crônicas destaca-se Luís
Fernando Veríssimo.
Exemplos de textos da prosa
contemporânea
Totonha, de Marcelino Freire.
O Príncipe Sapo, de Caio Fernando de Abreu.
Passeio Noturno Parte II, de Rubem Fonseca.
Grupo
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Aline Abranches
Gabriele Rocha
Jéssica Cordeiro
Paola Delgado
Wellington Paro
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