Procuradoria Geral do Estado
Slide extraído da Apresentação “Nova Relação de Parcerias com o Estado:
Fomento e Colaboração". Secretária-Geral da Presidência da República.
O que muda?
Slide extraído da Apresentação “Nova Relação de Parcerias com o Estado:
Fomento e Colaboração”. Secretária-Geral da Presidência da República.
O que muda?
Slide extraído da Apresentação “Nova Relação de Parcerias com o Estado:
Fomento e Colaboração”. Secretária-Geral da Presidência da República.
Objeto da Lei nº 13.019/2014
Art. 1o Esta Lei institui normas gerais para as parcerias
voluntárias, envolvendo ou não transferências de recursos
financeiros, estabelecidas pela União, Estados, Distrito Federal,
Municípios e respectivas autarquias, fundações, empresas
públicas e sociedades de economia mista prestadoras de
serviço público, e suas subsidiárias, com organizações da
sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a
consecução de finalidades de interesse público; define
diretrizes para a política de fomento e de colaboração com as
organizações da sociedade civil; e institui o termo de
colaboração e o termo de fomento.
Início da vigência: 01 de novembro de 2014
Regulamentação da nova lei
De acordo com a Secretaria-Geral da Presidência da República existem, no mínimo,
nove temas para regulamentação por meio de Decreto:
1) divulgação nos meios públicos de comunicação por radiodifusão de sons e de
sons e imagens de campanhas publicitárias e programações desenvolvidas por OSCs
(art.14);
2) composição e o funcionamento do Conselho Nacional de Fomento e Colaboração
(art. 15,§1º);
3) prazos e regras do Procedimento de Manifestação de Interesse Social (art. 18);
4) substituição do saque à conta do termo de fomento ou de colaboração (art. 54, V);
5) atuação em rede (art. 25, IV);
6) monitoramento e avaliação (art. 58);
7) regras estratificadas - R$ 600.000,00 (art. 63,§3º);
8) registro das prestações de contas rejeitadas ou aprovadas com ressalvas (art.
69,§6º) e
10) regras para acompanhamento dos programas de proteção a pessoas ameaçadas
ou em situação que possa comprometer a sua segurança (art. 87).
É necessária regular a Lei nº 13.019/2014 no âmbito estadual?
Âmbito de incidência da Lei nº 13.019/2014
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Quem deve se submeter a Lei nº 13.019/2014:
a) Administração Direta da União, Estados, Municípios e Distrito
Federal; e
b) Autarquias, fundações públicas, empresas públicas prestadoras
de serviço público e sociedades de economia mista prestadoras de
serviço público, incluindo subsidiárias;
Não são albergadas pela nova lei as parcerias firmadas por:
Empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem
atividade econômica (ex: Banestes).
Conceito de organização da sociedade civil
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Conceito de organização da sociedade civil (art. 2º, I): “pessoa jurídica de direito privado sem
fins lucrativos que não distribui, entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores,
empregados ou doadores, eventuais resultados, sobras, excedentes operacionais, brutos ou
líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos
mediante o exercício de suas atividades, e que os aplica integralmente na consecução do
respectivo objeto social, de forma imediata ou por meio da constituição de fundo patrimonial
ou fundo de reserva.”
O conceito de organização da sociedade civil abrange:
a) associações; e
b) fundações privadas, incluindo fundações de apoio de universidades públicas;
c) serviços sociais autônomos;
d) OSCIP;
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Excetua-se do âmbito de incidência da lei, mesmo que se enquadrem no conceito de
organização da sociedade civil (art. 45, VIII):
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a) clubes;
b) associações de servidores;
c) partidos políticos; e
d) entidades congêneres.
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As vedações já existentes para celebração de convênio com determinadas entidades ou para
determinados fins permanecem na sistemática da nova lei.
Hipóteses em que não haverá a aplicação da lei
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Art. 3o Não se aplicam as exigências Lei nº 13.019/2014 (art. 3º):
a) às transferências de recursos homologadas pelo Congresso Nacional ou
autorizadas pelo Senado Federal naquilo em que as disposições dos tratados,
acordos e convenções internacionais específicas conflitarem com esta Lei, quando
os recursos envolvidos forem integralmente oriundos de fonte externa de
financiamento;
b) às transferências voluntárias regidas por lei específica, naquilo em que houver
disposição expressa em contrário;
c) aos contratos de gestão celebrados com organizações sociais, na forma
estabelecida pela Lei nº 9.637, de 15 de maio de 1998.
Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às relações da administração
pública com entidades qualificadas como organizações da sociedade civil de
interesse público - OSCIP, regidas por termos de parceria (art. 4º).
Apesar da Lei nº 13.019/2014 ter efetuado apenas remissão a legislação federal
que cuida dos contratos de gestão e do termo de parceria, deve-se entender que
ela buscou se reportar a legislação que cuida destes instrumentos, ainda que
confeccionada pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios.
Termo de colaboração e de fomento
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Termo de colaboração (art. 2º, VII): “instrumento pelo qual são formalizadas
as parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da
sociedade civil, selecionadas por meio de chamamento público, para a
consecução de finalidades de interesse público propostas pela administração
pública, sem prejuízo das definições atinentes ao contrato de gestão e ao
termo de parceria, respectivamente, conforme as Leis nos 9.637, de 15 de
maio de 1998, e 9.790, de 23 de março de 1999”;
Termo de fomento (art. 2º, VIII): “instrumento pelo qual são formalizadas as
parcerias estabelecidas pela administração pública com organizações da
sociedade civil, selecionadas por meio de chamamento público, para a
consecução de finalidades de interesse público propostas pelas organizações
da sociedade civil, sem prejuízo das definições atinentes ao contrato de
gestão e ao termo de parceria, respectivamente, conforme as Leis nºs 9.637,
de 15 de maio de 1998, e 9.790, de 23 de março de 1999.”
Termo de colaboração e de fomento - continuação
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Diferença entre termo de colaboração e termo de fomento: o
proponente do plano de trabalho no termo de colaboração será a
administração pública enquanto no termo de fomento organizações
da sociedade civil.
“A modalidade de convênio não mais se aplicará as parcerias com as
organizações da sociedade civil.” (trecho do parecer confeccionado
pelo Senador Rodrigo Rollemberg ao apresentar o substitutivo,
aprovado pelo Senado, ao PLS 649/2011)
Instrumentos hoje em vigor para a realização de parcerias com
organizações da sociedade civil:
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a) termo de colaboração;
b) termo de fomento;
c) contrato de gestão;
d) termo de parceria.
Procedimento de manifestação de interesse social
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Procedimento de Manifestação de Interesse Social (art. 18): instrumento por
meio do qual as organizações da sociedade civil, movimentos sociais e
cidadãos poderão apresentar propostas ao poder público para que este
avalie a possibilidade de realização de um chamamento público objetivando
a celebração de parceria.
Requisitos da proposta (art. 19):
a) identificação do subscritor da proposta;
b) indicação do interesse público envolvido;
c) diagnóstico da realidade que se quer modificar, aprimorar ou desenvolver
e, quando possível, indicação da viabilidade, dos custos, dos benefícios e
dos prazos de execução da ação pretendida.
Preenchidos os requisitos do art. 19, a administração pública deverá tornar
pública a proposta em seu sítio eletrônico e, verificada a conveniência e
oportunidade para realização do Procedimento de Manifestação de Interesse
Social, o instaurará para oitiva da sociedade sobre o tema.
Chamamento público
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Requisitos mínimos do edital de chamamento público (art. 24, § 1º):
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a) a programação orçamentária que autoriza e fundamenta a celebração da parceria;
b) o tipo de parceria a ser celebrada;
c) o objeto da parceria;
d) as datas, os prazos, as condições, o local e a forma de apresentação das propostas;
e) as datas e os critérios objetivos de seleção e julgamento das propostas, inclusive no que se refere à
metodologia de pontuação e ao peso atribuído a cada um dos critérios estabelecidos, se for o caso;
OBS: dentre os critérios de julgamento é necessário incluir o grau de adequação da proposta aos
objetivos específicos do programa ou ação em que se insere o tipo de parceria e ao valor de referência
constante do chamamento público (art. 27, caput);
f) o valor previsto para a realização do objeto;
g) a exigência de que a organização da sociedade civil possua:
◦ no mínimo, 3 (três) anos de existência, com cadastro ativo, comprovados por meio de
documentação emitida pela Receita Federal, com base no CNPJ;
◦ experiência prévia na realização, com efetividade, do objeto da parceria ou de natureza semelhante;
◦ capacidade técnica e operacional para o desenvolvimento das atividades previstas e o cumprimento
das metas estabelecidas.
OBS: É vedado admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que
comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam preferências ou
distinções em razão da naturalidade, da sede ou do domicílio dos concorrentes ou de qualquer outra
circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto da parceria.
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As propostas serão julgadas por uma comissão de seleção e o resultado do chamamento deverá ser
homologado pela Administração Pública, com divulgação na internet.
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OBS: Chamamento público x Lei nº 4.320/64
Chamamento público e requisitos previstos no art. 24, § 1º, VII
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Inversão do momento de aferição dos requisitos a serem cumpridos pela organização
social para parceria com a administração pública: “Sobre o chamamento público, além
da obediência obrigatória a princípios equivalentes aos exigidos em procedimentos
licitatórios, traz-se a novidade da inversão de fases. Somente depois de encerrada a
etapa competitiva e ordenadas as propostas a Administração Pública procederá à
verificação dos documentos que comprovem o atendimento, pela organização
selecionada, dos requisitos de habilitação. Esperam-se ganhos de eficiência e velocidade
da seleção, similares aos experimentados nos pregões. Assim, prioriza-se, em um
primeiro momento, a avaliação da proposta e, posteriormente, a verificação da
documentação institucional vinculada.” (trecho do parecer confeccionado pelo Senador
Rodrigo Rollemberg ao apresentar o substitutivo, aprovado pelo Senado, ao PLS
649/2011)
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Caso não sejam preenchidos os requisitos fixados no art. 24, § 1º, VII, será convocada a
organização imediatamente mais bem classificada para aceitar a celebração da parceria
nos termos ofertados pela concorrente desqualificada (art. 28, § 1º).
Comissão de seleção de propostas e comissão de monitoramento e avaliação
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Comissão de seleção (art. 2º, X): “órgão colegiado da administração pública destinado a
processar e julgar chamamentos públicos, composto por agentes públicos, designados
por ato publicado em meio oficial de comunicação, sendo, pelo menos, 2/3 (dois terços)
de seus membros servidores ocupantes de cargos permanentes do quadro de pessoal da
administração pública realizadora do chamamento público.”
Atribuição da comissão de seleção: processar e julgar chamamentos públicos.
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Comissão de avaliação (art. 2º, XI): “órgão colegiado da administração pública destinado
a monitorar e avaliar as parcerias celebradas com organizações da sociedade civil nos
termos desta Lei, composto por agentes públicos, designados por ato publicado em
meio oficial de comunicação, sendo, pelo menos, 2/3 (dois terços) de seus membros
servidores ocupantes de cargos permanentes do quadro de pessoal da administração
pública realizadora do chamamento público.”
Atribuição da comissão de avaliação: análise e homologação do relatório técnico de
monitoramento e avaliação da parceria emitido pela administração pública (art. 59)
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É necessário a formação de uma comissão para cada parceria? Não.
Vedações
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O art. 39 cuida de impedimentos à realização da parceria atrelados a própria
organização social (omissão na prestação de contas, punição pretérita, etc.)
O art. 40 veda a celebração de parcerias que tenham por objeto, envolvam
ou incluam, direta ou indiretamente:
a) delegação das funções de regulação, de fiscalização, do exercício do
poder de polícia ou de outras atividades exclusivas do Estado;
b) prestação de serviços ou de atividades cujo destinatário seja o aparelho
administrativo do Estado;
c) a contratação de serviços de consultoria, com ou sem produto
determinado;
d) o apoio administrativo, com ou sem disponibilização de pessoal,
fornecimento de materiais consumíveis ou outros bens.
Já o art. 41 veda a criação de outras modalidades de parceria ou a
combinação das previstas nesta Lei.
Contratações realizadas pelas organizações da sociedade civil
As contratações de bens e serviços pelas organizações da sociedade
civil, feitas com o uso de recursos transferidos pela administração
pública, deverão observar os princípios da legalidade, da moralidade,
da boa-fé, da probidade, da impessoalidade, da economicidade, da
eficiência, da isonomia, da publicidade, da razoabilidade e do
julgamento objetivo e a busca permanente de qualidade e
durabilidade, de acordo com o regulamento de compras e
contratações aprovado para a consecução do objeto da parceria. (art.
43)
Despesas
Poderão ser pagas com recursos vinculados à parceria, desde
que aprovadas no plano de trabalho, as despesas com
remuneração da equipe dimensionada no plano de trabalho,
inclusive de pessoal próprio da organização da sociedade civil,
durante a vigência da parceria.
O plano de trabalho poderá incluir o pagamento de custos
indiretos necessários à execução do objeto, em proporção
nunca superior a 15% (quinze por cento) do valor total da
parceria, desde que tais custos sejam decorrentes
exclusivamente de sua realização .
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