CAPÍTULO 1 NATUREZA E DESAFIOS ATUAIS DA ADMINISTRAÇÃO 1 /53 AS TRÊS ONDAS DE ALVIN TOFFLER 2 /53 Agricultura Industrialização 1ª Onda até 1900 2ª Onda 1900 a Informação 3ª Onda 1960 1970 à 3 /53 O futurista Alvin Toffler (1928-.....) afirmava em 1980 que a história humana pode ser dividida em “ondas”. 4 /53 A primeira foi a agricultura. Até o fim do século XIX, todas as economias eram agrárias. 5 /53 A segunda foi a da industrialização. Do final do século XIX até os anos 1960, a maioria dos países desenvolvidos passou de sociedades agrárias para sociedades baseadas em máquinas. 6 /53 A segunda onda mudou totalmente a vida dos aldeões ingleses à medida que se adaptaram à vida nas fábricas. 7 /53 A terceira onda chegou nos anos 1970. Está baseada na informação. 8 /53 A terceira onda está eliminando cargos industriais de baixa qualificação e, ao mesmo tempo, criando abundantes oportunidades de trabalho para especialistas técnicos cultos e qualificados, profissionais liberais e outros trabalhadores do conhecimento. 9 /53 A QUINTA ONDA Energia hidráulica Têxteis Ferro Vapor Estrada de ferro Aço 1 ª Onda 2 ª Onda 178 5 18 45 60 anos Eletricidade Química Motor a Combustão 3 ª Onda 19 00 55 anos Petroquímica Aeronáutica Eletrônica 50 anos 5 ª Onda 4 ª Onda 19 50 Redes digitais Software Novas Mídias 1990 40 anos 20 20 30 anos O crescente ritmo da Inovação: As sucessivas ondas de Schumpeter 10 /53 A ERA DA INFORMAÇÃO A Era Industrial predominou em quase todo século XX e cedeu lugar a Era da Informação. Na nova era, as mudanças passam a ser gradativamente mais rápidas e intensas. 11 /53 Joseph A. Schumpeter, já afirmava que a economia saudável é aquela que rompe o equilíbrio por meio da inovação tecnológica. (1883-1950) 12 /53 Na visão de Schumpeter, os ciclos em que o mundo viveu no passado foram todos eles determinados por atividades econômicas diferentes. 13 /53 O primeiro elemento central da quinta onda é a Internet, a Wold Wide Web – WWW -, a rede mundial que interliga milhões de computadores de pessoas, equipes e organizações. 14 /53 A inquebrantável lógica dessa nova onda é de que não há mais espaço para se fazer as mesmas coisas do passado. O segundo elemento central da quinta onda é a globalização dos negócios. Esta é um processo de mudança que combina um número crescente maior de atividades através das fronteiras e da TI, permitindo a comunicação instantânea com o mundo. 16 /53 Para Rosabeth Moss Kanter, quatro processos abrangentes estão associados à globalização: 1.Mobilidade de capital, pessoas e idéias. 2.Simultaneidade – em todos os lugares ao mesmo tempo. 17 /53 3. Desvio – múltiplas escolhas. 4. Pluralismo – o centro não pode dominar. 18 /53 Para vencer em mercados globais e competitivos, as organizações bem-sucedidas compartilham uma forte ênfase na inovação, aprendizado e colaboração através das seguintes ações: 19 /53 1.As organizações organizam-se em torno da lógica do cliente. 2. Estabelecem metas elevadas. 3. Selecionam pensadores criativos com uma visão abrangente. 20 /53 4. Encorajam o empreendimento. 5. Sustentam o aprendizado constante. 6. Colaboram com os parceiros. 21 /53 AS SOLUÇÕES EMERGENTES 1. 2. 3. 4. 5. Melhoria contínua. Qualidade total. Reengenharia. Benchmarking. Equipes de alto desempenho. 22 /53 A NOVA LÓGICA DAS ORGANIZAÇÕES As tendências organizacionais no mundo moderno se caracterizam por: 1. Cadeias de comando mais curtas. 2. Menos unidade de comando. 3. Amplitudes de controle mais amplas. 4. Mais participação e empowerment. 23 /53 5. Staff como consultor e não como executor. 6. Ênfase nas equipes de trabalho 7. Foco no negócio essencial. (core business) 8. Consolidação da economia do conhecimento. 24 /53 O QUE ESTÁ ACONTECENDO Algumas abordagens, a seguir, poderão mostrar caminhos futuros da teoria administrativa. 25 /53 1. Gestão do Conhecimento e Capital Intelectual. Existem ativos intangíveis – ainda não mensuráveis pelos tradicionais métodos da contabilidade . 26 /53 O capital intelectual é constituído por três aspectos intangíveis: a) Nossos Clientes. b) Nossa Organização. c) Nossas Pessoas. 27 /53 2. Organizações de Aprendizagem. As organizações bem-sucedidas estão se transformando em centros de aprendizagem. O interesse no treinamento e desenvolvimento de pessoas na organização é atribuído a três fatores: 28 /53 a) Nas organizações de aprendizagem, as pessoas assumem responsabilidades cada vez mais abrangentes. b) O mercado está exigindo altamente qualificados. profissionais c) Reconhece-se a importância de recrutar, manter e desenvolver talentos na organização. 29 /53 NOVAS FORMAS DE VÍNCULOS ENTRE TRABALHADORES E ORGANIZAÇÕES • Terceirização - Terceirizar: transferir para outras empresas, mediante contrato, atividades não essenciais da empresa. • Quarteirizar - contratar uma empresa para gerenciar as atividades terceirizadas. 30 /53 • Teletrabalho - Levar o trabalho aos trabalhadores onde eles estiverem, em vez de levá-los ao trabalho. • Jornadas Atípicas - Horário móvel. Tipo de jornada de trabalho em que a empresa fixa um horário central no qual todos tem que estar presentes, mas o empregado pode escolher seu horário de entrada e saída. 31 /53 Organizações Virtuais - As organizações virtuais caracterizam-se pelos seus elos inter organizacionais que proporcionam, sem necessidade de possuírem uma localização ou estrutura física, embora muitas possuam escritórios, depósitos, e até fábricas. No outro extremo, podem resumir-se a um site na internet. 32 /53 33 /53 A distância, mas a todo vapor. Mais profissionais têm optado pelo trabalho remoto. Saiba como ser produtivo trabalhando em casa. Você S/A -Julho de 2009. Por ELISA MENEZES, Carlos Ruchaud, diretor médico da Genzyme: escritório em casa Cansado dos engarrafamentos, do estresse e da falta de segurança no Rio de Janeiro, Carlos Ruchaud mudou de cidade e de vida quando criou seu home office em Florianópolis, Santa Catarina, há cinco anos. “O home office traz benefícios a todos e melhora a produtividade”, diz o diretor médico da Genzyme do Brasil, farmacêutica cuja sede fica em São Paulo, mas que conta com funcionários trabalhando remotamente em Santa Catarina e Minas Gerais. Histórias como a de Carlos estão se tornando mais comuns. Segundo estimativa da Sociedade Brasileira de Teletrabalho, o número de profissionais trabalhando de casa cresce 10% ao ano. O trabalho remoto é uma alternativa cada vez mais procurada por quem não tem a obrigatoriedade de estar no escritório, por mães de recém-nascidos e autônomos interessados em baixar seu custo fixo. Veja como ser produtivo trabalhando em casa: 1 - Família, família, negócios à parte Quem opta pelo home office tem de conscientizar a família de que não está disponível durante o expediente. No início, Carlos, da Genzyme, fez questão de que até a esposa usasse o telefone para falar com ele. A estratégia de Moacyr Queirolo Filho, gerente de relacionamento comercial da Research In Motion (RIM), fabricante do BlackBerry, para educar os dois filhos foi usar um boné da empresa para indicar que estava trabalhando. “Quando eu tirava o boné eles pulavam em mim.” 2 - Delimite seu espaço de trabalho “Se a pessoa não tem um espaço para fazer o escritório, orientamos que delimite um lugar e avise à família que aquele é seu canto de trabalho”, diz Fabio Filho, gerente de desenvolvimento de negócios para a América Latina da Canonical, distribuidora do sistema operacional Ubuntu, com mais de 80% do pessoal trabalhando em casa. “Se for necessário dividir o espaço, estipule horários e evite que o escritório esteja próximo a distrações como home theater”, diz Eliana Tameirão, diretora de relações corporativas da Genzyme, que trabalha em home office há dois anos, em Belo Horizonte, Minas Gerais. 3 – Organize seus e-mails “Quem trabalha com tecnologia pode receber até 1 000 e-mails por dia. O que eu faço é marcar as mensagens com cores diferentes (particulares, colegas, diretorias nacional e internacional). . Assim fica fácil de selecionar e priorizar a leitura”, diz Fabio Filho, que afirma ser necessário ter um “espírito empreendedor” para conseguir trabalhar remotamente. 4 - Use a tecnologia a seu favor Primeiro telefone multimídia de negócios. O essencial para quem trabalha em casa é dispor de serviço de internet de banda larga e de uma rede de telefonia eficiente. Ambos os serviços, internet e e-mail, mantêm em sintonia uma equipe que não divide o mesmo espaço. Impressora, scanner, celular, smartphone e até mesmo uma linha de telefone fixo exclusiva para usar durante o período de trabalho ajudam a separar a vida pessoal da profissional. 5 - Não leve o estresse do trabalho para casa Já que você não terá de se deslocar até o escritório, aproveite as horas a mais dormindo ou acordando mais cedo para fazer exercícios, ler jornal ou conversar com a família. “O profissional pode, às vezes, ‘mover’ seu escritório para o restaurante de um shopping, para arejar a cabeça ou dar umas ‘férias’ para as pessoas da casa”, diz Moacyr, gerente da R. Motion. 6 - Crie uma rotina diária A flexibilidade de horário é uma faca de dois gumes, diz Moacyr Queirolo Filho, gerente de relacionamento comercial da Research In Motion (RIM), fabricante do BlackBerry: “A vantagem é que você pode conciliar sua atividade profissional com a vida pessoal. A desvantagem é o profissional começar a trabalhar às 7h e ir até as 22h, sem fazer pausas”. A solução é estipular uma rotina diária, com horário para começar e encerrar o expediente. Moacyr aconselha ainda que o profissional vista algo confortável, porém “não vinculado ao descanso”. Ou seja, nada de pijama. O SUPERMERCADO SEM CAIXA VEM AI Exame 16/07/2008 –página 108 SÃO PAULO - Terminais de auto atendimento deixam de ser exclusividade dos bancos e se espalham para os mais diversos tipos de negócio. Loja da Fresh and Easy, nos EUA: self-service ao extremo As lojas da rede varejista Fresh and Easy, nos Estados Unidos, são como qualquer outro supermercado: produtos expostos em prateleiras, carrinhos e promoções. Mas, na saída, há um detalhe bastante diferente: não existem funcionários registrando as compras nos caixas. Os próprios clientes passam os produtos por leitores de códigos de barras e pagam as compras com cartões de débito ou crédito. Fundada no ano passado e hoje com 62 lojas, a rede — braço da britânica Tesco — adota uma modalidade extrema do auto-serviço. A experiência da Fresh and Easy ilustra uma tendência global de substituição de atendentes humanos por máquinas. Os motivos são os mesmos que levaram os bancos, pioneiros no sistema de self-service, a adotar os caixas eletrônicos: redução de gastos operacionais e de tempo de atendimento. Estima-se que as companhias aéreas que adotam o sistema de check-in automatizado consigam cortar os custos de cada operação em 95%. Cada passageiro atendido no balcão por um funcionário custa 3 dólares. No caso dos terminais de auto-atendimento, esse valor cai para apenas 14 centavos de dólar. Com o avanço da tecnologia e diante de números como esse, fica fácil entender por que empresas de varejo e serviços estão entusiasmadas com o sistema self-service. Mas a economia não é a única explicação para essa nova onda de automatização. Na era da web, os consumidores já estão habituados a fazer tudo sozinhos, seja para comprar um livro numa loja online, seja para dar entrada no relatório de despesas de viagem no sistema da empresa. O instituto de pesquisas Gartner considera irreversível a tendência do self-service no mundo real: nos próximos dois anos, seis em cada dez interações com clientes serão automatizadas, e isso vale para o mundo todo. “O brasileiro tem características distintas do francês ou do alemão. Mas as semelhanças são muito maiores do que as diferenças”, diz Marcelo Angeletti, professor de pósgraduação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). “Todos eles querem agilidade e comodidade ao consumir.” Uma pesquisa interna da Tesco confirma: 90% dos consumidores se mostraram satisfeitos em registrar as compras por conta própria. A adesão crescente do auto-serviço por diversos segmentos tem esquentado também o mercado de tecnologia. A americana NCR, empresa centenária que é conhecida por fabricar equipamentos para o setor financeiro, atravessa uma guinada estratégica. “Queremos atender não só bancos, mas também varejo, saúde, viagens e governo”, disse a EXAME Bill Nutti, CEO da NCR. “Nossos equipamentos serão cada vez mais operados pelos próprios consumidores, e essa é uma oportunidade mundial.” A empresa está de olho em um mercado que movimenta 20 bilhões de dólares por ano. Nos Estados Unidos, mais de 100 hospitais hoje utilizam terminais para fazer a triagem dos pacientes, agendar as próximas consultas e exibir as despesas hospitalares. Um deles é o Heritage Valley Health System, da Pensilvânia, que investiu 750 000 dólares nos quiosques e obteve como principal resultado a redução no tempo da triagem, de 10 para 2 minutos. A rede Hertz, de aluguel de veículos, também começou a testar o autoatendimento em setembro do ano passado, de olho em corte de custos. O usuário pode fazer a reserva do carro via internet, procurar uma das máquinas de autoatendimento nos aeroportos, escanear sua carteira de motorista e seguir para o carro. O projeto começou em Orlando, em 2007. Já é usado em 28 aeroportos nos Estados Unidos e mais dois na Espanha. Além da comodidade para o usuário, o sistema self-service permite que a empresa destine os funcionários para atividades mais nobres. “Os profissionais deixam as funções transacionais e passam a prestar atendimento personalizado”, diz Matt Adams, vice-presidente do Grand Hyatt Nova York, um dos mais de 100 hotéis da rede que adotam quiosques de auto-serviço. A unidade de Nova York recebe de 500 a 700 novos clientes por dia, dos quais 25% já preferem check-in ou check-out eletrônico. Enquanto os hóspedes não tiverem de arrumar as próprias camas ou limpar os quartos, a tendência do autoatendimento ainda tem muito a crescer. Mundo self-service Algumas novas aplicações de auto-atendimento já em uso. Onde Como Funciona Quem Usa Aeroportos Passageiros Fazem Sozinhos Todo o check-in inclusive o despacho das bagagens As principais companhias aéreas, entre elas Aeromexico. Continental Airlines e Delta Os Hóspedes fazem check-in, check-out e pagamento das despesas em terminais. Rede Hyatt, com as bandeiras Hyatt Regency e Grand Hyatt nos EUA, Caribe e no Canadá Locadora de Automóveis Clientes escaneiam Carteira de habilitação Nas maquinas e recebem as chaves do veiculo. Rede Heartz em Aeroportos dos EUA e da Espanha e do grupo britânico Streetcar, na Inglaterra. Supermercados Clientes registram suas compras Rede de minimercados, Fresh and Easy, e pagam sem auxilio de do grupo Tesco e algumas lojas do Waloperadores de caixa Mart nos EUA Hotéis Carrinhos Nunca Mais Veja São Paulo 19/08/2009 Uma engenhoca desenvolvida na cidade promete facilitar as compras em supermercados. Com o Personal Shop em mãos, basta cliente escanear os códigos de barras dos produtos e pagar a conta no caixa. As mercadorias são enviadas para casa ou retiradas mais tarde, depois de o consumidor tomar um café ou pegar um cinema. Na memória do comprador pessoal são armazenados os itens de cada visita e receitas para preparar alguns produtos com a opção de envio por e-mail. Ele calcula ainda o valor parcial da lista e informa sobre locais das gôndolas e promoções. As primeiras seis unidades estarão disponíveis no Pão de Açúcar do Shopping Iguatemi a partir de quartafeira dia 19 de Agosto de 2009. VENDAS NA INTERNET Cresceram 27% no país no primeiro semestre, em relação ao mesmo período de 2008, e alcançaram 4.8 bilhões de reais. Veja 26/08/2009 . LINHA DO TEMPO |--------------------------------------------------|-------------------|---|------| 1 1 4004 AC 0 DC 2009 7 6 9 8 7 9 • 1769 – Invenção da máquina a vapor por James Watt • 1879 – Produção da primeira lâmpada elétrica por Tomas Alva Edison UMA EMPRESA REDONDINHA Exame 09.04.2003