Esquemas do Livro das Fundações.
Edição preparada por Tomás Álvarez,
Editorial: Monte Carmelo, Burgos 2011
1. Ávila (V 32);
2. Medina del Campo , c 3.
3. Malagón, c 9.
4. Valladolid, c. 10…
5. Duruelo (descalzos), cc 13.14.
6. Toledo, c 15 - 16
7. Conventos de Pastrana, c 17
8. Salamanca, c. 18-19
9. Alba de Tormes, c 20
10. Segóvia, c 21
11. Beas, c 22
12. Sevilha, c 23
13. Caravaca, c. 27
14. Villanueva de la Jara, c 28
15. Palência, c 29
16. Sória, c 30
17. Burgos, c 31
1566
Uns quatro anos depois… recebi a visita dum
franciscano, chamado frei Alonso Maldonado , grande
servo de Deus, e com os mesmos desejos do bem das
almas que eu…
1566
vinha das Indias
Começou a contar-me
como por lá se perdiam
muitos milhões de almas
por falta de doutrina…
Fiquei numa tristeza profunda e como fora de
mim com a perdição de tantas almas.
Clamei a Nosso
Senhor, suplicandoLhe que me desse
meios de ganhar
uma só alma para o
seu serviço
Sentia muita inveja
dos que, por amor de
Deus, podiam dedicarse à salvação das
almas, mesmo através
de mil mortes.
Andava eu
preocupada com
esta angustia e uma
noite, estando em
oração, apareceume Nosso Senhor…
E mostrando-me
muito amor,
à maneira de querer
consolar-me, disseme
Propõe ao Geral:
fundar algum
convento de frades
como o da Madre
Teresa,
aqui, “no seu bispado"
P. Juan Bautista Rubeo,
general de la Orden
27 de abril de 1567
Dá licença a Teresa
para fundar mais
Carmelos em
Castela
Don Alvaro de Mendoza
obispo de Ávila
10 de agosto de 1567
Envia a Teresa a patente
para fundar dois
conventos
de frades reformados
E aquí têm uma pobre
monja descalça,
sem ajuda de nenhuma
parte, senão do Senhor,
carregada de patentes e
bons desejos e sem
nenhuma possibilidade
de o pôr por obra.
O ânimo não desfalecia nem a esperança..
Oh! Grandeza de Deus!
Como manifestais o Vosso poder
dando osadia a uma formiga!
É certo, Senhor, que não é por Vossa culpa
não fazermos grandes obras, nós os que Vos amamos!
É por nossa cobardia e pusilanimidade!
Nunca nos determinamos,
senão cheios de mil temores e prudências humanas, e
assim, meu Deus, não operais Vossas maravilhas e grandezas.
Quem mais amigo de dar, si tivesse a quem, ou mais amigo
de recibir servicios à sua própria custa?
Praza a Vossa Majestade
que não tenha antes
de dar contas
Por tantos que recebi, amen.
MEDINA DEL CAMPO PRAÇA MAIOR (EM DIA DE NOVILHOS)
MEDINA DEL CAMPO
Teresa solicita
conselho e
ajuda
dos jesuítas de
Medina.
Envia o capelão do Carmelo abulense,
Julião de Ávila, a tratar das licenças,
civil e eclesiástica.
Contrata
uma pobre vivenda,
quase um tugúrio
Enrola na empresa 6 monjas:
2 del Carmelo de São José
4 da Encarnação
1 jovem postulante que traz uns
cobrezinhos para a viagem
contrata um par de carroças e uns almocreves
empreende a viagem, rumo a Medina
A metade do caminho param
em Arévalo
Passam a noite em
Arévalo
chegam mensageiros importunos, com más
notícias de Medina.
Apesar disso, Teresa continua a viagem…
Oh! Valha-me Deus!
Quando Vós, Senhor,
quereis dar ânimo, qué
pouco podem todas as
contradições!
Na véspera de Nossa Senhora de Agosto,
chegámos , à meia-noite, a Medina del Campo.
Apeámo-nos no mosteiro de Santa Ana, para
evitar ruido, e dirigimo-nos a pé para casa.
Àquela hora estavam a recolher os touros para
a corrida do dia seguinte e foi muita a
misericórdia do Senhor não toparmos com
algum.
Ao chegarem,
comprova
a situação
desoladora
da casa em
ruínas. ..
Empreendem a
tarefa …
Uns a colocar as tapeçarias, nós a limpar o chão; tanto nos
apressámos que, ao amanhecer, estava posto el altar, a
sineta num corredor, e logo se disse Missa.
Estava eu contentíssima
porque, para mim, é
consolação muito grande
ver uma igreja mais onde
esteja o Santíssimo
Sacramento.
De repente… começa a
sentir as aflições do seu
desatino.
Surgem dúvidas sobre a
autenticidade da sua vida
interior
e
das
suas
experiências místicas.
Vive sozinha a crise de uma
densa noite escura.
Oh! Vallha-me Deus!
Quando vi Sua Majestade posto assim na rua,
em tempo tão perigoso por causa daqueles luteranos,
que angústia senti no coração!
Ainda que deixasse
alguns hombres de
guarda ao Santíssimo
Sacramento, estava
sempre com o cuidado de
que adormecessem.
Levantava-me, por isso,
durante a noite para O
vigiar por uma janela,
pois havia luar, e podia
vê-l’O bem.
Oh! Meu Deus!
Que coisa é ver um alma,
que Vós quereis deixar com pena!
Por certo,
quando me recordo desta e doutras
angústias passadas nestas
fundacões,
vejo bem que, em comparação
com elas, não há que fazer caso
dos trabalhos corporais,
embora tenham sido grandes,
(n.11).
Em todos estes días eram muitas
as pessoas que vinham, e não só
não lhes parecia mal, como até
lhes fazia devoção ver Nosso
Senhor outra vez num portal.
E Sua Majestade, como quem
nunca se cansa de humilharSe por nós, parecia não querer
sair de lá.
Oito dias depois, vendo un mercador a necessidade…
ofereceu-nos a parte de cima da sua casa e disse-nos
que estivéssemos como em nossa própria casa. Tinha
uma sala muito grande e doirada que nos deu para
igreja.
E uma senhora chamada D. Helena Quiroga, grande
serva de Deus, que vivia ao lado da casa que
comprámos, prometeu-me a sua ajuda para … fazer
uma capela onde estivesse o Santíssimo Sacramento …
Outras pessoas nos davam muito para a nossa
alimentação…
Com esta mudança, comecei a ter sossego,
porque ficámos muito recolhidas, e logo
pudemos començar a recitar o Ofício
Divino…
Começou o
Senhor
a chamar
algumas
para tomar
o hábito;
e eram tantas
as mercês
que lhes fazia,
que eu estava
espantada.
Pouco depois…
o encontro com dois posssíveis fundadores,
António Herédia e frei João de São Matias,
futuro frei João da Cruz.
“Quando vi que
já tinha dois
frades para
começar,
pareceu-me que
estava o negócio
concluído "
(n.17).
MEDINA DEL CAMPO
CONVENTO ACTUAL DAS CARMELITAS DESCALÇAS
II FUNDAÇÃO DE SANTA TERESA 15-8-1567
MEDINA DEL CAMPO
CONVENTO ACTUAL DAS CARMELITAS DESCALZAS
II FUNDAÇÃO DE SANTA TERESA 15-8-1567
Centro de Iniciativas de Pastoral de Espiritualidad
www.cipecar.org
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