MISERICORDIAE VULTUS
UMA CHAVE DE LEITURA
A misericórdia de Deus em Cristo é mais do
que a absolvição legal do pecado. O cristão é
chamado a se tornar um homem novo e a
participar de uma nova criação que é
precisamente obra da misericórdia e não do
poder. (Thomas Merton)
1. O QUE É JUBILEU/ANO SANTO?

Jubileu, no Antigo Testamento (Cf. Ex 23,10-11; Lv 25,128; Dt 15,1-6), era o grande momento da celebração do
“júbilo” pela presença do Senhor na vida e na história.

A cada sete anos era celebrado o ano sabático, no qual
se deviam perdoar todas as dívidas. E a cada 50 anos se
celebrava o Jubileu. O tempo do Jubileu era um tempo
de paz e reconciliação, um tempo de festa e perdão. Um
tempo de graça divina, como anuncia Jesus na sinagoga
de Nazaré (Cf. Lc 4, 18-20).
1. O QUE É JUBILEU/ANO SANTO?

Apoiada nessa tradição bíblica, a Igreja propõe a
cada 50 anos a celebração de um Jubileu, o que
coincide com aquilo que ela nomeia por “Ano Santo”
(o Ano Santo pode acontecer, também, de 25 em 25
anos). O último jubileu celebrado foi o do ano 2000,
convocado por João Paulo II.

O Papa Francisco convocou um jubileu
extraordinário por meio da bula Misericordiae
Vultus.
2. O QUE É UMA BULA?

Documento papal que contém definições
sobre fé, moral, convocação de concílios,
criação de dioceses e convocação de
jubileus.
3. QUAL A CRISTOLOGIA DA
BULA MISERICORDIAE VULTUS?

Jesus é o rosto da misericórdia do Pai (n.
01).

Jesus tem como missão revelar a
misericórdia do Pai, pois tudo Nele fala de
misericórdia (n. 07).
4. O QUE PODEMOS ENTENDER
POR MISERICÓRDIA? (CF. N. 02)

Fonte de alegria, serenidade e paz.

Condição de nossa salvação.

Palavra que revela o mistério da Santíssima
Trindade.

Ato último e supremo pelo qual Deus vem ao
nosso encontro.

Lei fundamental que mora no coração de cada
pessoa quando vê, com olhos sinceros, o irmão
que encontra no caminho da vida.

Caminho que une Deus e o homem.
5. QUAL O OBJETIVO DO
JUBILEU?

Estabelecer um tempo favorável para a
Igreja (n. 03), um tempo de regressar ao
essencial (n. 10).

Tornar eficaz o testemunho dos crentes (n.
03).
6. QUANDO COMEÇA O JUBILEU?

Na Solenidade da Imaculada Conceição (08/12/2015),
pois essa festa indica o modo de agir de Deus:
imaculados no amor (n. 03).

Essa solenidade apresenta-nos a pedagogia divina:
perante a gravidade do pecado, Deus responde com a
plenitude do perdão.

Essa data também celebra o cinquentenário de
encerramento do Concílio Vaticano II, momento em
que a Igreja, nas palavras de João XXIII, “preferiu usar
mais o remédio da misericórdia que da severidade” (n.
04).
7. QUANDO TERMINA O JUBILEU?

Na Solenidade de Cristo, Rei do Universo
(20/11/2016), onde a Igreja será confiada à
realeza de Jesus (n. 05).

A realeza de Jesus é sua misericórdia: “É
próprio de Deus usar de misericórdia e
nisso se manifesta de modo especial sua
onipotência” (Santo Tomás. Cf. n. 06).
8. QUAL SERÁ O GESTO SIMBÓLICO
DO INÍCIO DO JUBILEU?

A abertura da Porta Santa na Basílica do
Vaticano no dia 08/12/2015.

No domingo seguinte (13/12/2015), o Papa
abrirá a Porta Santa da Catedral de Roma
(Basílica de São João do Latrão) e todos os
bispos abrirão a Porta Santa em suas
catedrais e/ou santuários (n. 03).
9. QUE TEXTOS DO AT PODEM SER
MEDITADOS MAIS AMPLAMENTE NO
JUBILEU?
Sl 103/102
 Sl 146/145
 Sl 147/146
 Sl 136/135
 Is 58,6-11
 Is 61,1-2
 Os 6,6
 Os 11,8-9
 Mq 7,18-19

10. QUE TEXTOS DO NT PODEM SER
MEDITADOS MAIS AMPLAMENTE NO
JUBILEU?
Lc 15
 1 Jo 4,8.16
 Mt 9,36
 Mt 14,14
 Mt 15,37
 Lc 6,36
 Rm 12,8
 Hb 4,16
 Mt 9,13

11. QUAL A RELAÇÃO DA IGREJA COM
A TEMÁTICA DA MISERICÓRDIA?

A Igreja tem a missão de anunciar a misericórdia de
Deus, coração pulsante do Evangelho (n. 12).

No nosso tempo, em que a Igreja está comprometida
na nova evangelização, o tema da misericórdia exige
ser reproposto com novo entusiasmo e uma ação
pastoral renovada (n. 12).

Chegou de novo, para a Igreja, o tempo de assumir o
anúncio jubiloso do perdão (n. 10).

A arquitrave que suporta a vida da Igreja é a
misericórdia (n. 10).

É tempo de regresso ao essencial (n. 10).
12. QUAL O “LEMA” DO ANO
SANTO?

Misericordiosos como o Pai (Cf. Lc 6,36).
13. “ESTRATÉGIAS PASTORAIS”
PARA CELEBRARMOS O JUBILEU?

Escuta da Palavra: “[...] para ser capazes de
misericórdia, devemos primeiro pôr-nos à escuta da
Palavra de Deus” (n. 13).

Silêncio: “Isso significa recuperar o valor do silêncio
para meditar a Palavra que nos é dirigida” (n. 13).

Peregrinação: “A peregrinação é um sinal peculiar
no Ano Santo, enquanto ícone do caminho que cada
pessoa realiza na sua existência” (n. 13).
13. “ESTRATÉGIAS PASTORAIS”
PARA CELEBRARMOS O JUBILEU?

Refletir sobre as Obras de Misericórdia: “é meu
vivo desejo que o povo cristão reflita, durante o
Jubileu, sobre as obras de misericórdia corporal
e espiritual” (n. 15).

24 horas para o Senhor: “A iniciativa 24 horas
para o Senhor, que será celebrada na sextafeira e no sábado anteriores ao IV Domingo da
Quaresma, deve ser incrementada nas dioceses”
(n. 17).
13. “ESTRATÉGIAS PASTORAIS”
PARA CELEBRARMOS O JUBILEU?

Reflexão profunda e vivência do Sacramento
da Reconciliação: “[...] ponhamos novamente
no centro o sacramento da Reconciliação,
porque nos permite tocar sensivelmente a
grandeza da misericórdia” (n. 17).
13. “ESTRATÉGIAS PASTORAIS”
PARA CELEBRARMOS O JUBILEU?

Acolhida dos Missionários da Misericórdia:
“Serão sacerdotes a quem darei autoridade
de perdoar mesmo os pecados reservados à
Sé Apostólica, para que se torne evidente a
amplitude de seu mandato. [...] Peço aos
irmãos bispos que convidem e acolham
estes Missionários, para que sejam, antes de
tudo, pregadores convincentes da
misericórdia” (n. 18).
13. “ESTRATÉGIAS PASTORAIS”
PARA CELEBRARMOS O JUBILEU?

Missões Populares: “Organizem-se, nas
dioceses, ‘missões populares’, de modo que
estes missionários sejam anunciadores da
alegria do perdão” (n. 18).
LEITURAS BÍBLICAS
SL 103 (102)
Ant. Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
não te esqueças de nenhum de seus favores!
–1 Bendize, ó minha alma, ao Senhor, *
e todo o meu ser, seu santo nome!
–2 Bendize, ó minha alma, ao Senhor, *
não te esqueças de nenhum de seus favores!
–3 Pois ele te perdoa toda culpa, *
e cura toda a tua enfermidade;
SL 103 (102)
–4 da sepultura ele salva a tua vida *
e te cerca de carinho e compaixão;
–5 de bens ele sacia tua vida, *
e te tornas sempre jovem como a águia! –
–6 O Senhor realiza obras de justiça *
e garante o direito aos oprimidos;
–7 revelou os seus caminhos a Moisés, *
e aos filhos de Israel, seus grandes feitos.
SL 103 (102)
–8 O Senhor é indulgente, é favorável, *
é paciente, é bondoso e compassivo.
–9 Não fica sempre repetindo as suas queixas, *
nem guarda eternamente o seu rancor.
–10 Não nos trata como exigem nossas faltas, *
nem nos pune em proporção às nossas culpas.
–11 Quanto os céus por sobre a terra se elevam, *
tanto é grande o seu amor aos que o temem;
SL 103 (102)
–12 quanto dista o nascente do poente, *
tanto afasta para longe nossos crimes.
–13 Como um pai se compadece de seus filhos, *
o Senhor tem compaixão dos que o temem.
–14 Porque sabe de que barro somos feitos, *
e se lembra que apenas somos pó. –15 Os dias do homem
se parecem com a erva, *
ela floresce como a flor dos verdes campos;
–16 mas apenas sopra o vento ela se esvai, *
já nem sabemos onde era o seu lugar.
SL 103 (102)
–17 Mas o amor do Senhor Deus por quem o teme *
é de sempre e perdura para sempre;
– e também sua justiça se estende *
por gerações até os filhos de seus filhos,
–18 aos que guardam fielmente sua Aliança *
e se lembram de cumprir os seus preceitos.
–19 O Senhor pôs o seu trono lá nos céus, *
e abrange o mundo inteiro seu reinado.
SL 103 (102)
=20 Bendizei ao Senhor Deus, seus anjos todos, †
valorosos que cumpris as suas ordens, *
sempre prontos para ouvir a sua voz!
–21 Bendizei ao Senhor Deus, os seus poderes, *
seus ministros, que fazeis sua vontade!
=22 Bendizei-o, obras todas do Senhor †
em toda parte onde se estende o seu reinado! *
Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
Ant. Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
não te esqueças de nenhum de seus favores!
SL 136 (135)
Ant. Demos graças ao Senhor, porque eterno é seu
amor!
–1 Demos graças ao Senhor, porque ele é bom: *
Porque eterno é seu amor!
–2 Demos graças ao Senhor, Deus dos deuses: *
Porque eterno é seu amor!
–3 Demos graças ao Senhor dos senhores: *
Porque eterno é seu amor!
SL 136 (135)
–4 Somente ele é que fez grandes maravilhas: *
Porque eterno é seu amor!
–5 Ele criou o firmamento com saber: *
Porque eterno é seu amor!
–6 Estendeu a terra firme sobre as águas: *
Porque eterno é seu amor!
–7 Ele criou os luminares mais brilhantes: *
Porque eterno é seu amor!
SL 136 (135)
–8 Criou o sol para o dia presidir: *
Porque eterno é seu amor!
–9 Criou a lua e as estrelas para a noite: *
Porque eterno é seu amor!
Na Quaresma: Ant.
Ant. Demos graças ao Senhor, porque eterno
é seu amor!
SL 146 (145)
Ant. Ó Sião, o teu Deus reinará,
reinará para sempre, aleluia.
=1 Bendize, minh’alma, ao Senhor! †
2
Bendirei ao Senhor toda a vida, *
cantarei ao meu Deus sem cessar!
–3 Não ponhais vossa fé nos que mandam, *
não há homem que possa salvar.
=4 Ao faltar-lhe o respiro ele volta †
para a terra de onde saiu; *
nesse dia seus planos perecem.
SL 146 (145)
=5 É feliz todo homem que busca †
seu auxílio no Deus de Jacó, *
e que põe no Senhor a esperança.
–6 O Senhor fez o céu e a terra, *
fez o mar e o que neles existe.
– O Senhor é fiel para sempre, *
7
faz justiça aos que são oprimidos;
– ele dá alimento aos famintos, *
é o Senhor quem liberta os cativos.
SL 146 (145)
=8 O Senhor abre os olhos aos cegos, †
o Senhor faz erguer-se o caído, *
o Senhor ama aquele que é justo.
=9 É o Senhor quem protege o estrangeiro, †
quem ampara a viúva e o órfão, *
mas confunde os caminhos dos maus.
=10 O Senhor reinará para sempre! †
Ó Sião, o teu Deus reinará *
para sempre e por todos os séculos!
Ant. Ó Sião, o teu Deus reinará,
reinará para sempre, aleluia.
SL 146(147)
Ant. Cantai ao nosso Deus, porque é suave.
=1 Louvai o Senhor Deus, porque ele é bom, †
cantai ao nosso Deus, porque é suave: *
ele é digno de louvor, ele o merece!
–2 O Senhor reconstruiu Jerusalém, *
e os dispersos de Israel juntou de novo;
–3 ele conforta os corações despedaçados, *
ele enfaixa suas feridas e as cura;
SL 146(147)
–4 fixa o número de todas as estrelas *
e chama a cada uma por seu nome.
–5 É grande e onipotente o nosso Deus, *
seu saber não tem medida nem limites.
–6 O Senhor Deus é o amparo dos humildes, *
mas dobra até o chão os que são ímpios.
SL 146(147)
–7 Entoai, cantai a Deus ação de graças, *
tocai para o Senhor em vossas harpas!
–8 Ele reveste todo o céu com densas nuvens, *
e a chuva para a terra ele prepara;
– faz crescer a verde relva sobre os montes *
e as plantas que são úteis para o homem;
SL 146(147)
–9 ele dá aos animais seu alimento, *
e ao corvo e a seus filhotes que o invocam.
–10 Não é a força do cavalo que lhe agrada, *
nem se deleita com os músculos do homem,
–11 mas agradam ao Senhor os que o
respeitam, *
os que confiam, esperando em seu amor!
Ant. Cantai ao nosso Deus, porque é suave.
IS 58, 6-11
Sabeis qual é o jejum que eu aprecio? - diz o
Senhor Deus: É romper as cadeias injustas,
desatar as cordas do jugo, mandar embora
livres os oprimidos, e quebrar toda espécie de
jugo. É repartir seu alimento com o
esfaimado, dar abrigo aos infelizes sem asilo,
vestir os maltrapilhos, em lugar de desviar-se
de seu semelhante.
IS 58, 6-11
Então tua luz surgirá como a aurora, e tuas
feridas não tardarão a cicatrizar-se; tua
justiça caminhará diante de ti, e a glória do
Senhor seguirá na tua retaguarda. Então às
tuas invocações, o Senhor responderá, e a
teus gritos dirá: Eis-me aqui!
IS 58, 6-11
Se expulsares de tua casa toda a opressão, os
gestos malévolos e as más conversações; se
deres do teu pão ao faminto, se alimentares os
pobres, tua luz levantar-se-á na escuridão, e
tua noite resplandecerá como o dia pleno. O
Senhor te guiará constantemente, alimentar-
te-á no árido deserto, renovará teu vigor.
Serás como um jardim bem irrigado, como
uma fonte de águas inesgotáveis.
IS 61,1-2
O espírito do Senhor repousa sobre mim,
porque o Senhor consagrou-me pela unção;
enviou-me a levar a boa nova aos humildes,
curar os corações doloridos, anunciar aos
cativos a redenção, e aos prisioneiros a
liberdade; proclamar um ano de graças da
parte do Senhor, e um dia de vingança de
nosso Deus; consolar todos os aflitos,
OS 6,6

Porque eu quero o amor mais que os
sacrifícios, e o conhecimento de Deus mais
que os holocaustos.
OS 11,8-9
Como poderia eu abandonar-te, ó Efraim, ou
trair-te, ó Israel? Como poderia eu tratar-te como
Adama, ou tornar-te como Seboim? Meu coração
se revolve dentro de mim, eu me comovo de dó e
compaixão. Não darei curso ao ardor de minha
cólera, já não destruirei Efraim, porque sou Deus
e não um homem, sou o Santo no meio de ti, e não
gosto de destruir.
MQ 7,18-19
Qual é o Deus que, como vós, apaga a
iniquidade e perdoa o pecado do resto de seu
povo, que não se ira para sempre porque
prefere a misericórdia? Uma vez mais, tende
piedade de nós! Esquecei as nossas faltas e
jogai nossos pecados nas profundezas do mar!
MT 9, 13

Ide e aprendei o que significam estas
palavras: Eu quero a misericórdia e não o
sacrifício (Os 6,6). Eu não vim chamar os
justos, mas os pecadores.
MT 9, 36

Vendo a multidão, ficou tomado de
compaixão, porque estava enfraquecida e
abatida como ovelhas sem pastor.
MT 14,14

Quando desembarcou, vendo Jesus essa
numerosa multidão, moveu-se de compaixão
para ela e curou seus doentes.
MT 15,37

Todos comeram e ficaram saciados, e, dos
pedaços que restaram, encheram sete
cestos.
LC 6, 36

Sede misericordiosos, como também vosso
Pai é misericordioso.
LC 15

Aproximavam-se de Jesus os publicanos e os
pecadores para ouvi-lo. Os fariseus e os escribas
murmuravam: Este homem recebe e come com
pessoas de má vida! Então lhes propôs a seguinte
parábola: Quem de vós que, tendo cem ovelhas e
perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no
deserto e vai em busca da que se perdeu, até
encontrá-la? E depois de encontrá-la, a põe nos
ombros, cheio de júbilo, e, voltando para casa, reúne
os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Regozijai-vos
comigo, achei a minha ovelha que se havia perdido.
LC 15

Digo-vos que assim haverá maior júbilo no céu por
um só pecador que fizer penitência do que por
noventa e nove justos que não necessitam de
arrependimento. Ou qual é a mulher que, tendo dez
dracmas e perdendo uma delas, não acende a
lâmpada, varre a casa e a busca diligentemente, até
encontrá-la? E tendo-a encontrado, reúne as amigas
e vizinhas, dizendo: Regozijai-vos comigo, achei a
dracma que tinha perdido. Digo-vos que haverá
júbilo entre os anjos de Deus por um só pecador que
se arrependa.
LC 15

Disse também: Um homem tinha dois filhos. O mais
moço disse a seu pai: Meu pai, dá-me a parte da
herança que me toca. O pai então repartiu entre eles
os haveres. Poucos dias depois, ajuntando tudo o que
lhe pertencia, partiu o filho mais moço para um país
muito distante, e lá dissipou a sua fortuna, vivendo
dissolutamente. Depois de ter esbanjado tudo,
sobreveio àquela região uma grande fome e ele
começou a passar penúria. Foi pôr-se ao serviço de
um dos habitantes daquela região, que o mandou
para os seus campos guardar os porcos.
LC 15

Desejava ele fartar-se das vagens que os porcos
comiam, mas ninguém lhas dava. Entrou então em si
e refletiu: Quantos empregados há na casa de meu
pai que têm pão em abundância... e eu, aqui, estou a
morrer de fome! Levantar-me-ei e irei a meu pai, e
dir-lhe-ei: Meu pai, pequei contra o céu e contra ti; já
não sou digno de ser chamado teu filho. Trata-me
como a um dos teus empregados. Levantou-se, pois, e
foi ter com seu pai. Estava ainda longe, quando seu
pai o viu e, movido de compaixão, correu-lhe ao
encontro, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
LC 15

O filho lhe disse, então: Meu pai, pequei contra o céu e
contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.
Mas o pai falou aos servos: Trazei-me depressa a
melhor veste e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo
e calçado nos pés. Trazei também um novilho gordo e
matai-o; comamos e façamos uma festa. Este meu filho
estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado.
E começaram a festa. O filho mais velho estava no
campo. Ao voltar e aproximar-se da casa, ouviu a
música e as danças. Chamou um servo e perguntou-lhe
o que havia.
LC 15

Ele lhe explicou: Voltou teu irmão. E teu pai
mandou matar um novilho gordo, porque o
reencontrou são e salvo. Encolerizou-se ele e
não queria entrar, mas seu pai saiu e insistiu
com ele. Ele, então, respondeu ao pai: Há tantos
anos que te sirvo, sem jamais transgredir ordem
alguma tua, e nunca me deste um cabrito para
festejar com os meus amigos.
LC 15

E agora, que voltou este teu filho, que
gastou os teus bens com as meretrizes, logo
lhe mandaste matar um novilho gordo!
Explicou-lhe o pai: Filho, tu estás sempre
comigo, e tudo o que é meu é teu. Convinha,
porém, fazermos festa, pois este teu irmão
estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e
foi achado.
RM 12,8

O dom de exortar, que exorte; aquele que
distribui as esmolas, faça-o com
simplicidade; aquele que preside, presida
com zelo; aquele que exerce a misericórdia,
que o faça com afabilidade.
HB 4,16

Aproximemo-nos, pois, confiadamente do
trono da graça, a fim de alcançar
misericórdia e achar a graça de um auxílio
oportuno.
1 JO 4,8.16

Aquele que não ama não conhece a Deus,
porque Deus é amor. Nós conhecemos e
cremos no amor que Deus tem para
conosco. Deus é amor, e quem permanece
no amor permanece em Deus e Deus nele.
Download

MISERICORDIAE VULTUS