AVALIAÇÃO DE QUITOSANA OBTIDA DA CARAPAÇA DE CAMARÃO
COMO CATALISADOR HETEROGÊNEO NA PRODUÇÃO DE BIODIESEL
Cristie Luis Kugelmeier
UFPR/TN
Helton José Alves, Mabel Karina Arantes, Eduardo Luis Cupertino Ballester
Introdução
A quitosana representa um biopolímero obtido através
da desacetilação da quitina [1], e devido às suas
características físicas e químicas, a quitosana possui
uma ampla faixa de utilização [2], sendo uma delas a
interação com íons metálicos. O objetivo do trabalho
foi utilizar a quitosana como suporte catalítico para a
impregnação de íons metálicos estanho (II), originando
um catalisador heterogêneo para utilização em
reações de transesterificação de óleo de soja para
obtenção de biodiesel.
Resultados e Discussão
Pelas micrografias verificou-se que a secagem promoveu a
obtenção de partículas mais uniformes.
Materiais e Métodos
Após a obtenção da quitosana [3], a impregnação foi
realizada da seguinte forma:
• 4 g de quitosana e 0,06 g de cloreto de estanho (II)
dissolvidos em 100 mL de água destilada em pH 6,5;
• Impregnação com agitação magnética por 3 horas;
• Solução de quitosana impregnada adicionada em
1000 mL de solução de HCl (5% m/v);
• Gotejamento em solução de NaOH (8% m/v);
• 6 lavagens sucessivas (15 min.) com álcool/água;
• Secagem por CO2 supercrítico.
Pela Titulação Condutimétrica foi possível calcular o grau de
desacetilação da quitosana, sendo de aproximadamente 70%.
Na análise por espectroscopia de infravermelho, comparou-se a
quitosana impregnada com uma quitosana sem metais. Notou-se
que ocorreram alterações no espectro, porém, pouco
perceptíveis. Pela fisissorção de nitrogênio foi possível determinar
que a quitosana impregnada apresentou 14,3 m2.g-1, devido a
alterações no equipamento, volume de poros de 0,113 cm3.g-1 e
tamanho de poros de 16 nm.
a
b
FIGURA 1. Micrografias de quitosana impregnadas (a) antes e (b)
após secagem por CO2 supercrítico.
Conclusões
A quitosana obtida foi utilizada como suporte para realizar a
Referências
impregnação com íons metálicos estanho (II) a fim de se obter
[1] GUIBAL, E. Prog. Polym. Sci., v 30, p. 71-109, 2005. um catalisador heterogêneo, o qual foi utilizado em reações de
[2] DAMIAN, C. Alim. Nutr. v. 16, p. 195-205, 2005.
transesterificação, porém com conversões abaixo de 1%.
[3] TOLAIMATE, A. et al. Polymer, v. 44, p. 7939-7952, Estudos posteriores são necessários para aperfeiçoar o material
2003.
para que apresente melhores conversões.
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