THE PHANTOM IN THE HEIGHTS
“The phantom of the opera” is a musical composed by Andrew Lloyd Webber based on the
French best seller “Le fantôme de l’opéra”, written by Gaston Leroux and first published in 1910. Both
musical and book tell the story of Christine Daaé, a young soprano trained by a mysterious tutor, the
Phantom, who follows her career since she is a child. After a great performance at Opera Populaire, an
old friend, the Vicomte de Changy, Raoul, a very good-looking young man falls in love with her after
spending a little time in her company. This brief prologue can be easily misunderstood with another
well-known story not only by the resemblances between the three main characters, but by the
background, the Emily Bronte’s “Wuthering Heights” launched in 1847.
Wuthering Heights tells the story of a boy who is social shunned and excluded. He falls in love
for a girl he had met when both were kids, and, some years later, a third male element who is richer
and more attractive, separates this couple, turning the boy thirsty for revenge. As it can be recognized
in this fast plot, both stories have resemblances between the psychological characteristics of the three
main characters: Christine Daaé and Catherine Earnshaw, Raoul and Edgar Linton, and the Phantom
and Heathcliff.
Starting with the first pair of characters, Christine Daaé and Catherine Earnshow, the heroines
of the stories; both Cathy and Christine do not have the figure of a mother in their lives, and very early,
they lose their fathers as well. In the moment of the loss, they found shelter in a male element, each
one in her own story: the Phantom and Heathcliff. Even these men being very kind and lovely to them,
they cannot deny the fact that they are somehow suffocating and jealous; however, they feel deeply
connected to them and accept it, blind by love. The love they feel is more instinctive, unconscious,
carnal and passionate.
Nevertheless, they meet a male opposition to the men they already know: Raoul and Edgar,
who show them another side of life. They are educated, polite and more sophisticated than their rivals
are. With them, they get in contact with the contrast between day and night, and the light they can
provide attracts them. More than it: they can provide them comfort, what they could not have with the
first option. A fearless life, once Christine would not have to worry about the consequences of the
Phantom’s actions, and Catherine would not have to worry about poverty.
The biggest difference between them is the fact that Christine is not as divided as Catherine,
who even tries to have a relationship with Edgar and Heathcliff at the same time. Christine suffered to
decide whom she would want, but she finally choses Raoul instead of the Phantom. Catherine’s
mistake happened in the moment in which she was not able to give her heart a verdict and pick one of
the two characters. When it happens, she tries to keep them both, what was unacceptable for Heathcliff
and Edgar as well.
Raoul and Edgar Linton represent the heroes of the story: before being rich, educated and true
gentlemen; they are also very virtuous men, with principles and kind hearts. They are absolutely kind to
Christine/Catherine, never forcing their presences, or imposing their feelings, but they make them
pleasant to the female characters, allowing them the power of the choice. They appear in the stories
somehow to rescue the female characters from the Phantom/Heathcliff; Christine is saved from the
psychological prison and Catherine is saved from the life style Heathcliff would offer her. Both Raoul
and Edgar are described as more physically attractive than the Phantom/Heathcliff, with angelical
features, and both come from wealthy families. These characteristics make of these two men the profile
of the ideal man considered by plenty of women until nowadays.
The Phantom and Heathcliff represent the instinctive feeling, deeply connected with incontinent
of the female characters. Second Laura Gold, an American psychologist, Heathcliff can be associated
with the I.D, one of the three components of personality, which is unconscious, driven by the pleasure
principle, and this theory can be applied to the Phantom as well. These two characters suffer social
rejection, the Phantom because of his facial distortion, and Heathcliff because of his gipsy origins.
Because of this, they grow bitter, and with a vengeful and wicked behavior.
They do not come from wealthy families as Raoul/Edgar, to gain money they become swindlers,
the Phantom blackmails the Opera administrators, and Heathcliff gains his money in bets and card
games, taking advantage of inebriated players. In a moment of their stories, when the female
characters chose Raoul/Edgar instead of them, they disappear during a period, showing up after
looking for revenge, and they do what they can to destroy the formed couples. However, in the end of
the stories, they regret somehow to have been so malignant to Christine/Catharine, each one in his
way. The Phantom receives the forgiveness and he is able to understand what love is, by allowing
Christine to make her choice. Heathcliff has it in Catharine’s deathbed, but regrets her death until the
end of his days.
Both stories are classic, best sellers and real must read books, what is also applied to the
musical and movies that have been released since the middle of last century. Both are beautiful love
stories with remarkable quotations, and teach their readers the difference between passion and love.
Where the passion blinds and imprisons, love releases, love forgives, and love changes even the most
dreadful heart.
Amanda de Souza de Almeida
Curso de Letras, Tradutor e Intérprete
3 ALEN, 2014
O FANTASMA NO MORRO
“O fantasma da ópera” é um musical composto por Andrew Lloyd Webber baseado no best
seller francês “Le fantôme de l’opéra”, escrito por Gaston Leroux e primeiramente publicado em 1910.
Tanto o musical quanto o livro contam a história de Christine Daaé, uma jovem soprano treinada por
um tutor misterioso, o Fantasma, que segue seu desenvolvimento desde que ela é uma criança. Após
uma ótima apresentação no Opera Populaire, um velho amigo, o Visconde de Changy Raoul, um
jovem rapaz muito bonito, se apaixona por ela após passar um tempo em sua companhia. Esse breve
prologo pode ser facilmente confundido com uma outra história muito conhecida não só pelas
semelhanças entre as três personagens principais, como também pelo pano de fundo, “O morro dos
ventos uivantes”, de Emily Bronte, lançado em 1847.
“O morro dos ventos uivantes” conta a história de um menino que é socialmente evitado e
excluído. Ele se apaixona por uma menina quando ambos eram crianças, e, alguns anos depois, um
terceiro elemento masculino que é mais rico e atraente que o primeiro, separa o casal, tornando o
menino sedento por vingança. Como pode ser reconhecido nesse breve enredo, ambas as histórias
possuem semelhanças psicológicas entre suas três personagens principais: Christine Daaé e
Catherine Earnshaw, Raoul e Edgar, e o Fantasma e Heathcliff.
Comecemos com o primeiro par de personagens, Christine Daaé e Catherine Earshaw, as
heroínas das histórias. Tanto Cathy quanto Christine não possuem a figura da mãe em suas vidas, e
muito cedo elas perdem seus pais também. No momento da perda, elas encontram abrigo em um
elemento masculino, cada uma de sua respectiva história: o Fantasma e Heathcliff. Mesmo esses
homens sendo muito gentis e amáveis com elas, eles não podem negar o fato de que eles são de certa
forma sufocantes e ciumentos, contudo elas se sentem profundamente conectadas com eles e
aceitam, cegas de amor. O amor que elas sentem é mais instintivo, inconsciente, carnal e apaixonado.
Apesar disso, elas conhecem uma oposição masculina para os homens que já conhecem:
Raoul e Edgar, que mostram a elas um outro lado da vida. Eles são estudados, educados e mais
sofisticados do que seus rivais. Com eles, elas entram em contato com o contraste entre dia e noite, e
a luz que eles proporcionam a elas as atrai. Mais do que luz: eles podem provir a elas conforto, coisa
que elas não teriam com a primeira opção. Uma vida sem medos, uma vez que Christine não haveria
de se preocupar com as consequências das atitudes do Fantasma e Catherine não teria que se
preocupar com a pobreza.
A maior diferença entre elas está no fato de que Christine não é tão dividida quanto Catherine,
que até tenta manter um relacionamento com Edgar e Heathcliff ao mesmo tempo. Christine sofre para
decidir quem ela queria, mas ela finalmente escolhe o Raoul ao invés do Fantasma. A queda de
Catherine se dá no momento em que ela não foi capaz de dar ao seu coração um veredito e escolher
um dos dois personagens. Quando isso ocorre, ela tenta ficar com ambos, o que é inaceitável tanto
para Heathcliff quanto para Edgar.
Raoul e Edgar Linton representam os heróis das histórias: além de serem ricos e verdadeiros
cavalheiros, eles também são homens muito virtuosos, cheio de princípios e com corações bondosos.
Eles são absolutamente gentis com Christine e Catherine, nunca forçam suas presenças ou impõem
seus sentimentos, mas eles se tornam agradáveis para as personagens femininas, permitindo a elas o
direito de escolha. Eles aparecem nas histórias de certa forma para salvar as personagens femininas
do Fantasma e de Heathcliff, Christine é salva da prisão psicológica e Catherine é salva do estilo de
vida que Heathcliff proporcionaria à ela. Tanto Raoul quanto Edgar são descritos como mais
fisicamente atraentes do que o Fantasma/Heathcliff, com feições angelicais e ambos são de famílias
abastadas. Todas essas características fazem desses dois homens o perfil de homem ideal
considerado por muitas mulheres até hoje.
O Fantasma e Heathcliff representam o sentimento instintivo, profundamente conectado com o
inconsciente das personagens femininas. Segundo Laura Gold, uma psicóloga americana, Heathcliff
pode ser associado ao I.D, uma dos três componentes da personalidade, que é inconsciente, dirigido
pelo princípio do prazer e essa teoria pode ser aplicada ao Fantasma também. Esses dois
personagens sofrem de rejeição social, o Fantasma pela sua deformidade e Heathcliff por conta de
suas origens ciganas. Por causa disso, eles se tornam amargos e com um comportamento maligno e
vingativo.
Eles não vem de famílias ricas como Raoul/Edgar, para ganhar dinheiro eles se tornam
estelionatários, o Fantasma chantageia os administradores da ópera e Heathcliff ganha seu dinheiro
em apostas e jogos de cartas, tirando vantagem de jogadores alcoolizados. Em determinado momento
em suas histórias, quando as personagens femininas escolhem Raoul/Edgar no lugar deles, eles
somem por um período, reaparecendo depois sedentos por vingança e eles fazem tudo o que podem
para separar os casais formados. Contudo, no fim das histórias, eles se arrependem de alguma forma
por terem sido tão malignos com Christine/Catherine, cada um à sua maneira. O Fantasma recebe o
perdão e consegue compreender o que é o amor, permitindo que Christine faça sua escolha. Heathcliff
tem seu perdão no leito de morte de Catherine, contudo lamenta a morte dela até o fim de seus dias.
Ambas histórias são clássicos, best sellers e livros que devem ser lidos, o que também se
aplica ao musical e aos filmes que vem sendo lançados desde o final do século passado. Ambas são
belíssimas histórias com citações memoráveis e ensinam aos seus leitores a diferença entre a paixão
e o amor. Onde a paixão cega e aprisiona, o amor liberta, o amor perdoa e muda até o mais terrível
dos corações.
Amanda de Souza de Almeida
Curso de Letras, Tradutor e Intérprete
3 ALEN, 2014
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