Teres
- Clube, que já faz parte da história do esporte, também vai lançar site
Fonte: O Diário de Teresópolis
Foto: Marcello Medeiros - O DIÁRIO
Rapel no Dedo de Nossa Senhora, depois de
escalada artificial e cabo de aço
Da Redação
Em 1998, Teresópolis perdeu dois grandes escaladores: Mozart Catão e Alexandre Oliveira
morreram quando tentavam escalar a Face Sul no Cerro Aconcágua, na Argentina. O acidente
acabou aproximando os montanhistas de Teresópolis, que resolveram colocar em prática a
idéia da classe, incluindo os amigos que se foram, de colocar em funcionamento um novo
clube – tido como fundamental na formação de outros praticantes, dentro de um espírito jovial e
sempre pertinente com as regras éticas deste fantástico esporte. Assim nasceu o Centro
Excursionista Teresopolitano. E no seu aniversário de 10 anos, o CET volta ao passado e vai
homenagear montanhistas veteranos, além de lançar o seu primeiro site, com muitas
informações sobre trilhas e escaladas na região, além de disponibilizar croquis das vias locais.
Antes do CET, engatinhou o GET – Grupo Excursionista Teresopolitano. Aconteceram várias
reuniões nas casas de Hudson Malta, que viria a ser o primeiro presidente, e Leandro Nobre,
até hoje Diretor Social da entidade. A idéia foi amadurecendo, chegando a ser realizada por
esse grupo a primeira abertura da temporada da região serrana e um curso básico de
escalada. Em agosto de 1998, nasceu o atual clube. “Tudo começou com a vontade de trazer
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de volta um clássico período na história do montanhismo em Teresópolis, como na época do
pioneiro CESO (Centro Excursionista Serra dos Órgãos). A idéia era criar uma entidade nos
moldes clássicos, porém através de uma melhor conexão com a evolução do esporte, como o
desenvolvimento da escalada esportiva e conquista de vias mais técnicas. Porém, tudo isso
precisava estar fortemente centrado na tríade organização, segurança e preocupação
eco-ambiental”, lembra Hudson Malta.
Com a pedreira da Barra em atividade, a evolução da escalada esportiva em Teresópolis
aconteceu junto com os primeiros anos do Teresopolitano. “Tantos bons nomes surgiram entre
nossos escaladores que fica difícil numerá-los. Ascensões difíceis e memoráveis foram feitas.
Vias fantásticas em novos ‘points’ foram abertas, através de novas técnicas adquiridas pelo
ímpeto em experimentar a nova fase do esporte. Difíceis rotas esportivas, complicadas rotas
artificiais e até mesmo campeonatos de nível nacional ocorreram em Teresópolis desde então.
Tudo que aconteceu é resultado do sucesso daquela idéia inicial, que se baseava em algo
muito sincero e verdadeiro, que era a vontade de trazer, para todos, a evolução do
montanhismo em todas as suas modalidades”, destaca Malta.
Em 2000, o clube passou a ser dirigido por Marco Catão, que no ano seguinte filiou o CET à
Federação de Esportes de Montanha do Estado do Rio (Femerj). Nessa gestão, também
aconteceram diversas conquistas de vias, principalmente nas montanhas do Parque do Imbuí e
Santa Rita. Em 2003, Marcos André “Bocão” Azevedo assumiu a presidência e foi responsável
pela realização de diversas excursões para locais onde o CET nunca havia estado. “Em 2004,
foram 62 excursões oficiais. Esta marca não seria possível se não se fosse o amigo Waldemiro
Telles, que junto com a diretoria levou o clube a inúmeros cumes inéditos”, conta André. “O
CET hoje é forte, pois aprendeu, no decorrer do caminho, a superar seus próprios limites”,
completa Bocão.
Desde agosto do ano passado, o Teresopolitano tem na presidência Marcello Medeiros, autor
da coluna “Mochileiro”, publicada semanalmente em O DIÁRIO. A atual direção, que conta
ainda com Alexandre Formiga, José Henrique Gomes, Leandro Nobre e Guilherme Carvalho,
continua o trabalho em prol do crescimento do esporte de forma segura, consciente e
ecologicamente correta. Nesse período, o clube ganhou mais destaque na mídia e
representação junto a Femerj, além de participar dos conselhos consultivos do Parna-SO. “Os
clubes são de extrema importância para que o montanhismo seja praticado de maneira correta.
E o CET chega a uma década fazendo seu papel”, diz Marcello.
Programação
No aniversário dos dez anos, o pessoal do Teresopolitano vai comemorar fazendo o que mais
gosta. No próximo sábado, acontece ocupação simultânea de cumes da Serra dos Órgãos,
com a participação de outras entidades filiadas à Femerj. Mas é no final da tarde que acontece
o ponto alto da comemoração. Às 18h30, tem início no Auditório O Guarani, no Parque
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Nacional, solenidade que vai homenagear pessoas se destacaram na evolução do esporte na
cidade. Entre elas estão Edimir Joaquim da Cunha, Alfredo de Oliveira Godoy, Altair Claussen,
Flavio Cupello, José Maia da Silva, Mozart de Souza Gonzáles, José Mauricio Mendes, Jorge
Telles, Waldemiro Telles da Cunha e Daniel Bonella Guimarães. Também haverá exibição de
fotos e história do clube e o lançamento do site do CET, além de confraternização com direito a
um bom caldo e vinho.
No dia 24, acontece “Abraço Simbólico” à Pedra da Tartaruga, no bairro do Salaco. Na ocasião,
será realizado mutirão de limpeza da área da montanha, bem como campanha de
conscientização ambiental junto aos moradores da localidade, com concentração às 9h no
ponto final do Salaquinho. Para a última semana do mês, está programada excursão para a
terceira montanha mais alta do país, o Pico da Bandeira. Os eventos têm o patrocínio da
Concessionária Rio Teresópolis (CRT) e jornal O DIÁRIO e apoio do Parque Nacional da Serra
dos Órgãos e Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Mais informações no site
www.ceteresopolitano.org
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