64º Congresso Nacional de Botânica
Belo Horizonte, 10-15 de Novembro de 2013
GERMINAÇÃO E QUEBRA DE DORMÊNCIA DE Paepalanthusincanus
(ERIOCAULACEAE)
1
1
1
Marco A. Ferreira , Thaís A. Costa , Elaine C. Cabrini , Maria N. S. de Oliveira
1
.
1Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); *[email protected]
Introdução
Paepalanthus é o maior gênero da família Eriocaulaceaee
apresenta ampla variabilidade morfológica, seus
representantes variam morfologicamente de plantas
herbáceas com 12 cm de altura, até indivíduos que
podem atingir 2 m de altura. É também, o mais carente de
informações e, o que necessita de um maior esforço de
pesquisas [1].
Paepalanthusincanus (Bong.) Koern.(fig. 1A) possui
populações formadas por muitos indivíduos, em solos
arenosos dos campos rupestres. A espécie apresenta alta
produção
de
sementes.
Seus
escapos
são
comercializados no município de Diamantina com o nome
de “botão-branco”, fato que a torna atrativa para estudos,
uma vez que é uma espécie de importância comercial [2].
O objetivo deste trabalho é identificar as condições que
melhor favoreçam a germinação das sementes de P.
incanus.
Enquanto que o controle germinou 10%. Quando se
compara os resultados obtidos com os grupos-controle,
percebe-se um grande aumento na taxa de germinação,
provavelmente devido ao maior tempo de armazenamento
das sementes, sendo que as sementes foram coletadas
em datas distintas. Enquanto que o grupo controle em que
se obteve 10 % de germinação possuía um menor tempo
de armazenamento em laboratório.
B
A
FiguraA.Morfologia
do
corpo
reprodutivo
de
Paepalanthusincanus.B.Detalhes da infrutescência de
P.incanus.
Metodologia
Conclusões
As infrutescênciascontendo as sementes (fig. 1B) foram
coletadas as margens da estrada que leva a Conselheiro
Mata, distrito de Diamantina, MG, e levadas para o
Laboratório de Fisiologia Vegetal da Universidade Federal
dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. As sementes para
os testes de germinação foram retiradas das
inflorescências e colocadas em imersão de hipoclorito de
sódio para a desinfestação durante 10 minutos. Após a
desinfestação, as sementes foram lavadas em água
destilada e/ou submetidas aos diferentes tratamentos. Os
tratamentos consistiram de luz e ausência de luz, ácido
giberélico nas concentrações de 100, 250 e 2000
ppm,escarificação mecânica, água fervente e ácido
clorídrico a 10% e controle em que as sementes eram
desinfestadas e colocadas para germinar sem nenhum
tratamento. Foram feitas cinco repetições, cada repetição
com 30 sementes, totalizando 150 sementes no
experimento. Após os devidos tratamentos, as sementes
foram colocadas para germinar em placas de Petri
contendo duas folhas de papel filtro umedecidos em água
destilada e levadas ao germinador com temperatura
o
controlada de 25 C.. O experimento foi avaliado a cada
dois dias, até que a germinação das sementes se
estabilizasse por uma semana.
Através dos experimentos com ausência e presença de
luz foi observado que a espécie possui dormência, e que
a semente depende diretamente da luz para a
germinação,caracterizando como fotoblástica positiva.Foi
possível observar que os tratamentos com ácido
giberélico e ácido clorídrico são eficientes em quebrar a
dormência das sementes.
Resultados e Discussão
Os tratamentos com escarificação mecânica e água
fervente não foram eficientes em promover a germinação
das sementes, possivelmente devido a agressões ao
embrião uma vez que a semente da espécie é muito
pequena e sensível. No tratamento com ausência da luz
também não foi observado nenhuma germinação.
O tratamento com ácido clorídrico promoveu9% de
germinação das sementes de P. incanus, enquanto o
controle foi de 3%.O uso de ácido giberélico a 250 ppm foi
o que promoveu a maior taxa germinativa, com 54% das
sementes germinadas, enquanto para as concentrações
de 100 e 2000ppm, foram 11 % e 5 % respectivamente.
Agradecimentos
As professoras Fabiane N.Costapela identificação da
espécie eMaria Neudes S. Oliveira, pelo uso do
laboratório.
Referências Bibliográficas
[1] Giulietti, A. M.; Scatena, V. L.; Sano, P. T.; Parra, L. R.;
Queiroz, L. P.; Harley, R. M.; Menezes, N. L.; Ysepon, A. M. B.;
Salatino, A.; Salatino, M. L.; Vilegas, W.; Santos, L. C.; Ricci, C.
V.; Bonfim, M. C. P. & Miranda, E. B. 2000. Multidisciplinary
studies on NeotropicalEriocaulaceae. Pp. 580-589. In: Wilson K.
L. & Morrison D. A. (Eds.). Monocots: systematic and evolution.
CSIRO, Melbourne, Australia.
[2] Costa, F.N. 2005. Recircunscrição de Actinocephalus (Körn)
Sano – Eriocaulaceae. Tese de Doutorado. Universidade de São
Paulo. São Paulo.
Download

Resumo