Projeto Água Doce
Dossiê
Coordenadores
Hamilton Trajano
e Ondalva Serrano
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Sumário
Apresentação sumária do projeto ....................................................................................... 3
Relatório do mês de fevereiro de 2009 .............................................................................. 48
Relatório do mês de março de 2009 .................................................................................. 51
Relatório do mês de abril de 2009 ..................................................................................... 56
Relatório do mês de maio de 2009..................................................................................... 60
Relatório do mês de junho de 2009 ................................................................................... 63
Relatório do mês de julho de 2009 .................................................................................... 67
Relatório do mês de agosto de 2009 .................................................................................. 70
Relatório do mês de setembro de 2009 ............................................................................. 75
Relatório do mês de outubro de 2009 ............................................................................... 79
Relatório do mês de novembro de 2009 ............................................................................ 85
Relatório do mês de dezembro de 2009 ............................................................................ 90
Relatório do mês de janeiro de 2010 ................................................................................. 96
Relatório do mês fevereiro de 2010 ................................................................................. 100
Relatório do mês de março de 2010 ................................................................................ 106
Relatório do mês de abril de 2010 ................................................................................... 116
Relatório do mês de maio de 2010................................................................................... 124
Relatório do mês de junho de 2010 ................................................................................. 129
Relatório do mês de julho de 2010 .................................................................................. 133
Relatório Final - mês de agosto de 2010 ......................................................................... 139
Categorias de Atividades Desenvolvidas ........................................................................ 141
Atividades Previstas e Efetivamente Alcançadas .......................................................... 151
Recomendações ................................................................................................................. 174
Depoimentos ...................................................................................................................... 183
Lista de Agricultores Atendidos...................................................................................... 185
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Projeto Água Doce
Apresentação sumária do projeto
I - Apresentação sumária do projeto:
Título: Projeto Água Doce – Extensão Rural Agroecológica na APA Capivari-Monos
Instituição proponente: Associação de Agricultura Orgânica – AAO
Linha temática: Desenvolvimento Rural Sustentável
Localização geográfica: Ponte Alta - Área de Proteção Ambiental Capivari-Monos
Resumo: O Projeto Água Doce é um projeto de extensão rural agroecológica na APA
Municipal do Capivari-Monos, tendo como principal ferramenta metodológica a instalação
de uma propriedade demonstrativa no Sítio Dourado, bairro da Ponte Alta, onde serão
realizadas e demonstradas práticas agrícolas orgânicas e agroecológicas, bem como
oficinas, mini-cursos e dias de campo visando difundir práticas agrícolas menos
agressivas ao meio ambiente e economicamente viáveis, sensibilizando e capacitando
agricultores à conversão para agricultura orgânica. Considerando a importância ambiental
da APA e sua condição de área de proteção a mananciais, o projeto Água Doce visa não
somente melhorar a sustentabilidade ambiental e econômica das propriedades rurais mas
também a proteção dos recursos hídricos, contribuindo para diminuir seu assoreamento e
poluição por agrotóxicos.
Prazo de duração: 18 meses
Custo total: R$ 109.818,00
II - Apresentação da instituição proponente e de suas eventuais parceiras:
Instituição proponente: Associação de Agricultura Orgânica
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Endereço: Av. Franscisco Matarazzo, 455 . Parque Dr. Fernando Costa (Água Branca) –
Prédio do Fazendeiro, sala 24 /CEP 05001-3000
Telefone: 3875-2625
Fax: 3872-1246
Endereço eletrônico: [email protected]; www.aao.org.br
Representante legal: Ondalva Serrano
Endereço: Av. Franscisco Matarazzo, 455 . Parque Dr. Fernando Costa (Água Branca) –
Prédio do Fazendeiro, sala 24 /CEP 05001-3000
Telefone: 3875-2625:
Endereço eletrônico: [email protected]
Responsável Técnico(1): Ondalva Serrano.
Qualificação profissional: Engenheira Agrônoma
Endereço: Av. Franscisco Matarazzo, 455 . Parque Dr. Fernando Costa (Água Branca) –
Prédio do Fazendeiro, sala 24 /CEP 05001-3000
Telefone: (15) 6258-8292
Endereço eletrônico: [email protected]
Instituição parceira: Instituto Pedro Matajs
Endereço: Rua Amaro Josefa 405
Telefone: 5975-4392
Fax: 5975-4392
Representante legal: Leila Ramos Matajs
Endereço eletrônico: [email protected]
Instituição parceira: Sítio Dourado
Endereço: Estrada do Vilhena 504 - CEP 04891-280
Telefone: 5978-6585
Representante legal: Daniel Helfstein Fidêncio
Endereço eletrônico:
Capacidade e experiência de trabalho da entidade proponente e de suas
parceiras(2):
Associação de Agricultura Orgânica:
A Associação de Agricultura Orgânica (AAO) é uma organização não governamental sem
fins lucrativos. Foi fundada em 1989, tendo por objetivos principais: defender e apoiar a
produção de alimentos de alto valor nutritivo por processos naturais, não poluidores e
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socialmente justos, e defender o direito das pessoas a uma alimentação sadia e
equilibrada.
A AAO não visa lucros e tem atualmente mais de 2000 associados, entre produtores
rurais, cientistas, técnicos ligados à produção agrícola, profissionais da saúde e de outras
áreas entre outros, todos empenhados e apoiar e defender o direito à produção e ao
consumo de alimentos saudáveis.
A AAO atua em várias frentes: técnico-científica, comunicação, políticas públicas e
produção e comercialização.
O ANEXO 3 deste projeto detalha e comprova a capacidade e experiência da AAO.
Instituto Pedro Matajs:
O Instituto Pedro Matajs, situado na região do Embira, distrito de Engenheiro
Marsilac, nos limites da Área de Proteção Ambiental Capivari-Monos, tem realizado vário
projetos sócio-ambientais voltados a jovens e adultos da região, destacando-se:
a)
Aprender é bom - orienta por meios de palestras e dinâmicas jovens
entre15 há 20 anos, que buscam uma primeira oportunidade de trabalho.
b)
Oficina 10 –oferece capacitação de vários ofícios relacionados ao setor de
prestação de serviços para diferentes idades, por exemplo: manicure,
artesanato, artes plásticas, tapeçaria, culinária.
c)
Projeto Meio Ambiente I -: visa o reflorestamento da Mata Atlântica da
região. Grupos de diferentes faixas etárias trabalham na preparação de
mudas de plantas de árvores nativas, que são distribuídas aos sitiantes na
região, para plantio visando a recomposição da floresta, sob orientação do
Instituto.
d)
Palestras sobre educação ambiental são realizadas caminhadas
ecológicas pela região da Mata Atlântica, com o acompanhamento de
monitores ambientais, onde os participantes visitam várias áreas produtivas
para reconhecer diferentes tipos de uso do solo, aprendendo a reconhecer
suas potencialidades e impactos, bem como estratégias para minimizá-los
visando uma convivência harmônica com o meio ambiente.
e)
Projeto Shiitake - É o projeto piloto do cultivo do cogumelo shiitake em
toras de eucalipto. São dois anos de aprimoramento, praticando as técnicas
de todo o processo produtivo e também ministrando cursos e palestras
sobre o cogumelo. (Ver ANEXO 2)
f)
Projeto Arado da Natureza: Em parceria com a agricultora Angelina
Fidêncio, foi desenvolvido o projeto piloto do canteiro para o processamento
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de adubo orgânico com a utilização de minhocas, gerando o húmus que é
utilizado nas bandejas de mudas das verduras, plantas aromáticas,
medicinais e uso parcial no solo da agricultura. (Ver ANEXO 2)
A experiência adquirida e os resultados positivos nos projetos Shiitake e Arado da
Natureza motivou o Instituto Pedro Matajs a pleitear, como proponente, recursos do
FEMA para ampliação e aprimoramento desses projetos, visando a capacitação de
agricultores locais na produção de shiitake e húmus de minhoca, com vistas a propiciar
uma alternativa sustentável de geração de renda.
O Instituto Pedro Matajs tem participado das atividades desenvolvidas pelo Conselho
Gestor da APA Capivari-Monos, em especial do Programa de Desenvolvimento Territorial
(PDT- parceria Sebrae ) e das oficinas do planejamento. O crescente envolvimento com a
APA, com a agroecologia e com os agricultores familiares da região levou o Instituto a ser
parceiro no projeto, bem como a Sra. Leila Matajs a pleitear, com sucesso, uma cadeira
no Conselho como representante dos produtores rurais.1.
O Instituto Pedro Matajs possui completa infra-estrutura para a realização de cursos,
palestras e oficinas, bem como uma ampla e bem conservada área verde, com Mata
Atlântica preservada e nascentes.
Sítio Dourado
O Sítio Dourado possui uma área de 15 hectares, localizada no bairro da Ponte Alta, na
Bacia Hidrográfica do Guarapiranga, na APA Capivari-Monos. É vizinho ao Instituto Pedro
Matajs. (Ver ANEXO 1- localização), e a ele interligado por trilhas.
É uma propriedade voltada à agricultura familiar, cuja renda é advinda da olericultura. O
produto é comercializado nas feiras de Parelheiros. Dois hectares são dedicados ao
cultivo, sendo o restante área de mata.
Pratica-se tradicionalmente a agricultura convencional, com o uso de adubos químicos e
pesticidas. Tal forma de agricultura tem exaurido os solos e exigido o aporte cada vez
maior de insumos químicos, sem resultados positivos e com risco á saúde e ao meio
ambiente. Tal situação levou os responsáveis pela propriedade a buscar alternativas à
agricultura tradicional, motivando a adesão ao projeto Água Doce.
1
Plenária de eleição realizada em 18 de agosto e posse prevista para 27 de outubro, conforme portaria
17/SVMA-G, de 28 de setembro de 2007.
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Descrição de como as instituições parceiras participarão na execução do projeto (3):
Associação de Agricultura Orgânica
A Associação de Agricultura Orgânica participará da execução do Projeto Água Doce
através da responsável técnica, engenheira agrônoma Ondalva Serrano, a qual prestará
assessoria técnica e supervisionará o trabalho do coordenador executivo, realizando
visitas periódicas a campo.
Assumirá também a responsabilidade pela parte contábil e administrativa, encarregandose da organização da documentação e da prestação de contas.
Sob responsabilidade da AAO está também a reprodução do material didático, utilizando
infra-estrutura de informática e reprografia própria.
Divulgará também processo e resultados do Projeto Água Doce na sua homepage,
informativo impresso (Ver ANEXO 3) e eventos dos quais a participar.
Instituto Pedro Matajs
O Instituto Pedro Matajs participará da execução do projeto Água Doce cedendo suas
instalações para reuniões, oficinas e demais atividades de capacitação, bem como
auxiliando na divulgação, sensibilização e envolvimento dos participantes. Disponibilizará
também, quando necessário, hospedagem para o coordenador do projeto.
O fato de o Instituto ser localizado no Embura - um dos principais acessos à APA
Capivari-Monos – o torna um ponto estratégico para as localidades do Ponte Alta, Embura
do Alto, Gramado e estrada do Vargem Grande, onde estão localizadas (em especial nas
duas últimas) as principais áreas agrícolas da APA Capivari-Monos.
Além disso, a Sra.Leila Ramos Matajs, coordenadora do Instituto, é representante dos
produtores rurais no Conselho Gestor da APA Capivari-Monos, o que propicia a desejável
interação do projeto no Conselho.2
2
As diretrizes do planejamento estratégico do Conselho, construídas durante os anos de 2005 e 2006 com a
participação dos conselheiros e lideranças locais, apontam para a criação de uma Câmara Técnica de
Agricultura e Desenvolvimento Rural Sustentável, a ser criada pelo atual mandato (posse a ser realizada em
outubro do corrente). Tal câmara técnica será integrada, provavelmente, pelo Instituto Pedro Matajs, pela
Fundação Mokiti Okada, pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais da Grande São Paulo e pelo SESC
Interlagos (entidades representadas no Conselho) e ainda pela Casa de Agricultura Ecológica José Umberto
Macedo Siqueira.
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Sítio Dourado
O Sítio Dourado sediará a propriedade demonstrativa, espinha dorsal do projeto Água
Doce. Técnicas de cultivo tradicional serão substituídas por técnicas de agricultura
orgânica, possibilitando a demonstração prática da técnica e o acompanhamento de sua
implantação e resultados pelos participantes do projeto.
O Sítio funcionará como um laboratório vivo de práticas em agroecologia, voltadas não só
ao cultivo em si mas ao equilíbrio do sistema como um todo.. Cada prática será instalada
de forma demonstrativa, com aulas práticas, oficinas e dias de campo que serão
realizados no Sítio.
No que tange aos aspectos econômicos, serão levantados todos os insumos utilizados e
calculados os custos atuais de produção do Sítio Dourado, bem como a receita obtida,
mensal e anualmente, com base no ano de 2006. Para cada prática implantada será
também calculado o custo, de forma a possibilitar a comparação da rentabilidade da
propriedade tradicional e da propriedade agroecológica, discutindo processo e resultados
com os agricultores participantes.
O Sítio Dourado fornecerá também mão de obra para o projeto, na pessoa de seu
proprietário, Sr. Daniel, o qual coordenará a implantação prática das práticas
agroecológicas a serem implantadas sob a supervisão do responsável técnico. O Sr.
Daniel será o responsável direto pelas atividades do prestador de serviço (trabalhador
braçal) a ser contratado.
A conversão de uma propriedade tradicional em propriedade agroecológica leva tempo
para ser completado, não podendo ser levado a termo no prazo estabelecido pelo FEMA.
Mas boa parte do caminho para a completa conversão será implantado no decorrer do
projeto. Ao final deste, pretende-se que o Sítio Dourado será uma referência em práticas
agroecológicas para a APA Capivari-Monos e entorno.
III - Apresentação da Equipe Técnica:
Responsável técnico pelo projeto (1): Ondalva Serrano
Qualificação profissional: Engenheira Agrônoma
Responsável Técnico(1): Ondalva Serrano.
Qualificação profissional: Engenheira Agrônoma
Endereço: Av. Francisco Matarazzo, 455 . Parque Dr. Fernando Costa (Água Branca) –
Prédio do Fazendeiro, sala 24 /CEP 05001-3000
Telefone: (15) 6258-8292
Endereço eletrônico: [email protected]
9
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Número de horas dedicadas ao projeto: 08 horas mensais
Ao responsável técnico caberá a supervisão geral do trabalho, no que tange às
orientações técnicas ao técnico agrícola coordenador, bem como quanto aos aspectos
administrativos tais como organização da documentação e prestação de contas. Estão
previstas visitas periódicas a campo, quando o responsável técnico participará
diretamente o trabalho.
Coordenador do projeto(1):Hamilton Trajano Cabral
Qualificação profissional: Técnico Agrícola e Gestor Ambiental
Endereço: Rua Princesa Isabel,52 – Parque das Rosas – Cotia SP CEP 06704-375
Telefone: (11) 4614-1351/ (11) 9478-6991
Endereço eletrônico: [email protected]
Fonte pagadora: FEMA
Ao coordenador caberá o planejamento e coordenação da implantação da propriedade
demonstrativa, bem como as atividades de extensão rural tais como visitas às
propriedades, organização das visitas técnicas, das oficinas e dias de campo. Sob sua
responsabilidade estará também do dia-a-dia do projeto, aquisição de insumos e materiais
e prestação de contas. Este profissional será contratado pela Associação de Agricultura
Orgânica como autônomo, especificamente para o projeto Água Doce.
Nome completo (1): Luiz Sertório Teixeira
Qualificação profissional: Geógrafo, mestrando em Geografia
Endereço: Praça General Gentil Falcão, 139 apto 54 - CEP 04571-150 São Paulo - SP
Telefone: (11) 5505-1236/(11) 8937-5006
Endereço Eletrônico: [email protected]
Função no projeto: Preparar e ministrar a oficina de mapeamento prevista na etapa 2..
Vinculação: Contratado.
Número de horas a serem dedicadas ao projeto: 30 horas totais, na etapa 2.
Fonte pagadora: FEMA
Nome completo (1): Nádia Cozzi
Qualificação: especialista em alimentação natural e aproveitamento integral de alimentos
Função no projeto: preparar e ministrar oficina de agroindústria familiar e aproveitamento
de alimentos, prevista na etapa 3.
Vinculação: contratado
Número de horas a serem dedicadas ao projeto: 20 no total, na etapa 3.
Fonte pagadora: FEMA
10
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Membros da equipe técnica, vinculados à instituição proponente, às parceiras, ou
voluntários:
Nome completo (1): Daniel Helfstein Fidêncio
Qualificação profissional: Agricultor
Função no projeto: Responsável pela prática das técnicas agroecológicas a serem
implantadas no decorrer do projeto Água Doce.
Vinculação: Sítio Dourado
Número de horas a serem dedicadas ao projeto: 08 horas semanais
Cabe aqui justificar que o Sr. Daniel é o proprietário do Sítio Dourado, onde será
implantada a propriedade demonstrativa, é o responsável por todo o trabalho executado
no sítio, atualmente agricultura convencional. As 08 horas previstas referem-se à
execução das novas práticas, a substituírem progressivamente,.sob a supervisão do
coordenador do projeto, as atuais. Portanto, as horas previstas já integram sua rotina
como agricultor, não constituindo remuneração adicional.
Previsão do número de prestadores de serviço a serem contratados :
Trabalhador braçal: 01
Qualificação profissional: trabalhador braçal, com experiência em agricultura, morador
da região.
Função no projeto: mão de obra braçal para a execução das práticas agroecológicas a
serem implantadas na propriedade demonstrativa.
Vinculação: contratado
Número de horas a serem dedicadas ao projeto: 16 horas semanais (3 dias/semana)
Cabe aqui justificar que a implantação da propriedade demonstrativa demanda, em
especial no período de transição da agricultura convencional para orgânica, apoio de mão
de obra adicional, até que estejam implantadas e incorporadas na rotina da propriedade.
O preparo e realização das oficinas, demonstrações práticas e dias de campo demanda
atividades além das usualmente necessárias para as atividades inerentes à produção.
Fonte pagadora: FEMA
IV - Apresentação da infra-estrutura física e administrativa disponibilizada pelo
proponente e/ou parceiros para a execução do projeto:
A Associação de Agricultura Orgânica funciona em prédio cedido pelo Secretaria de
Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, no Parque da Água Branca. As
instalações compreendem salas de administração, sala de reuniões, copa e uma pequena
biblioteca.
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Conta com uma equipe fixa de dois funcionários, responsáveis pela parte administrativa,
que darão suporte ao projeto Água Doce. A equipe técnica é formada por associados e
membros da diretoria, como é o caso da responsável técnica.
Atualmente a AAO conta com cinco computadores, três impressoras, linha telefônica,
equipamento de projeção. Esses equipamentos permitem cumprir a contento as
responsabilidades assumidas no projeto
O Sítio Dourado disponibilizará dois hectares de área de cultivo para implantação direta
de técnicas agroecológicas, bem como abrirá a propriedade para a realização de aulas
práticas e dias de campo.
O Instituto Pedro Matajs disponibilizará suas instalações para a realização de aulas,
palestras e reuniões, bem como para a hospedagem do responsável técnico pelo projeto
quando necessário.
V - Caracterização do projeto:
a) Diagnóstico da questão abordada:
A atividade agrícola já foi mais importante economicamente na região da APA do
Capivari-Monos. Observa-se atualmente que a atividade encontra-se, ao menos do ponto
de vista econômico, em declínio. Isto contribui para a progressiva diminuição da renda
familiar dos que ainda permanecem na atividade, bem como para um desestímulo à
permanência do agricultor na terra, o que tem gerado grande quantidade de propriedades
à venda e mesmo abandonadas, à mercê da especulação imobiliária, indesejável para os
objetivos da APA. De acordo com Bellenzani (2001)3, terras produtivas não costumam ser
objeto de invasões e loteamentos clandestinos, funcionando como uma barreira entre a
frente de expansão urbana e as áreas de Mata Atlântica.
Por outro lado, a expansão da agricultura convencional não é desejável para os objetivos
da APA Capivari-Monos, nem para a proteção dos mananciais metropolitanos, pelo seu
potencial impacto ao meio ambiente, em especial aos recursos hídricos, devido ao uso de
agrotóxicos e adubos químicos.
A produção da região está baseada em horticultura convencional e flores . Atualmente,
encontramos na zona rural uma população pauperizada, pois o produto de seu trabalho é
3
Bellenzani, Maria Lucia Ramos . A APA do Capivari-Monos como estratégia de proteção aos mananciais na
Região Metropolitana de São Paulo. Dissertação (Mestrado), PROCAM/USP, 2001.
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pouco valorizado, ao mesmo tempo em que os insumos necessários à produção sofrem
aumentos constantes. Muitos agricultores ficam a mercê de atravessadores ou de
estruturas de comercialização sobre as quais não têm controle. O tipo de agricultura que
predomina na região é a convencional com sérias conseqüências sobre o meio ambiente,
a saúde do agricultor e a qualidade de vida, por exemplo:
•
•
•
•
•
A degradação do solo, contaminação das nascentes, a destruição de florestas
e na seqüência a fauna existente.
O prejuízo maior causado especialmente para a saúde do agricultor que
manipula defensivos químicos , muitas vezes sem nenhum equipamento de
segurança.
Altos custos na produção, resultando em baixa rentabilidade;
O malefício causado para o alimento, pois mesmo depois de lavados, cozidos
ou descascados o resíduo do veneno permanece no alimento.
Desequilíbrios nos ecossistemas, gerando alta incidência de pragas e
doenças.
Apesar de não encontrarmos dados específicos para a APA Capivari-Monos, pesquisa
realizada4 pela Casa da Agricultura Ecológica José Umberto Macedo Siqueira com 107
agricultores das áreas rurais das Subprefeituras de Parelheiros e Capela do Socorro
permite traçar um quadro que, embora não se refiram exclusivamente à APA, são
certamente válidos:
•
Do total de entrevistados, 69 (sessenta e nove) por cento dedica-se à
horticultura, 29 (vinte e nove) por cento à produção de ornamentais, e 2 (dois) por cento
estão fora da atividade;
•
Tanto entre os horticultores quanto entre os produtores de ornamentais,
apenas 8 (oito) por cento são orgânicos atualmente;
•
74 (setenta e quatro) por cento tem intenção de adotar agricultura orgânica, e
•
26 (vinte e seis) por cento pretende manter a agricultura convencional.
Dentre as razões declaradas por aqueles que manifestaram interesse em fazer a
conversão para orgânico, foram citadas, em ordem decrescente de importância: sistema
de produção mais saudável, expectativa de melhor preço de mercado, expectativa de
diminuição de custo de produção, melhoria do solo e melhor qualidade de vida. Dentre as
razões declaradas por aqueles que não pretendem fazer a conversão, foi citado,
principalmente, o costume de fazer agricultura convencional.
4
Diagnose e atualização do cadastro de agricultores da zona Sul. Casa da Agricultura Ecológica José
Umberto Macedo Siqueira, 2006 ( apresentação realizada para o Conselho Gestor da APA Capivari-Monos).
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Embora exista considerável número de agricultores interessados, em tese, em fazer a
conversão, a vivência prática do Instituto Pedro Matajs, bem como conversas informais
realizadas em visitas na região por ocasião da elaboração do presente projeto, indicam
que a maioria não a faz pois não tem recursos financeiros para pagar assistência técnica
nem para participar de cursos pagos.
Outras informações levantadas informalmente na região, apontam para a falta de
orientação técnica para introdução de mudança gradual da agricultura convencional para
a orgânica; para o desejo dos agricultores de ter algo de concreto já em andamento e com
resultados que possam auxiliá-los de fato, para que possam ver; acreditar e iniciar este
processo de conversão gradual.
Ainda no contexto da situação da agricultura e dos agricultores, é importante ainda
considerar:
• A falta de valorização do trabalho do agricultor familiar
• A não existência de associação de agricultores na região;
• A pequena renda familiar da propriedade rural, levando os filhos dos agricultores a
abandonar a agricultura e buscar emprego em outras áreas, num contexto regional
de carência de oferta de emprego;
A progressiva conversão da agricultura convencional para orgânica é altamente desejável,
para a geração de renda, dada a proximidade do mercado consumidor paulistano. Para a
proteção do meio ambiente, sua importância é inquestionável, como demonstram dados
da supracitada pesquisa realizada pela CAE José Umberto Macedo Siqueira. Das 107
propriedades pesquisadas:
•
•
•
•
•
•
•
•
94 têm mata nativa;
74 têm nascentes no seu interior;
No que tange ao manejo do solo, 94 não fazem plantio em nível, 102 não fazem
terraceamento; 106 não utilizam cobertura morta e 96 não fazem rotação de
culturas;
52 possuem fossa séptica e 55 possuem "fossa negra";
Em relação à água para consumo, 99 utilizam poço (não informado se artesiano
ou freático) e 8 utilizam nascente
Em relação à água para irrigação, 4 utilizam poço, 39 nascente e 69 captam
diretamente dos cursos dágua
45 queimam o lixo, 10 o enterram e o restante faz uso do sistema público de coleta
(não informado se coleta domiciliar ou caçamba);
94 declararam conhecer a legislação ambiental e 13 declararam não conhecer.
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Os dados falam por si: mais do que a necessidade de conversão para agricultura
orgânica, indicam a ausência histórica da extensão rural na região, lacuna grave que
começa a ser preenchida com a criação da Casa da Agricultura Ecológica José Umberto
Macedo Siqueira, em 2006.5, visando promover o desenvolvimento rural sustentável.
O desenvolvimento rural sustentável é um processo resultante de ações articuladas, que
visam a induzir mudanças socioeconômicas e ambientais no âmbito do espaço rural para
a melhoria das práticas convencionais, a substituição de tecnologias agressivas ao meio
ambiente, a valorização da saúde do trabalhador, a geração de renda e,
consequentemente,o bem-estar das populações rurais e da sociedade como um todo.
A Agroecologia, como instrumento do desenvolvimento rural sustentável, se funda nas
experiências produtivas da agricultura orgânica.Incorpora o funcionamento ecológico
necessário para uma agricultura sustentável, mas ao mesmo tempo introjeta princípios de
eqüidade na produção, recuperam o sentido do valor de uso (ecológico) da terra e seus
recursos, e o devolvem a seu verdadeiro ser, através de um diálogo de saberes e
intercâmbio de experiências.
Agricultura orgânica pode ser definida como um sistema de gerenciamento total da
produção agrícola com vistas a promover e realçar a saúde do meio ambiente, preservar
a biodiversidade, os ciclos e as atividades biológicas do solo. Nesse sentido, enfatiza o
uso de práticas de manejo em oposição ao uso de elementos estranhos ao meio rural.
Isso abrange, sempre que possível, a administração de conhecimentos agronômicos,
biológicos e até mesmo mecânicos. Mas exclui a adoção de substâncias químicas ou
outros materiais sintéticos que desempenhem no solo funções estranhas às
desempenhadas pelo ecossistema. Adequa-se, por sua própria natureza, à pequena
propriedade rural.
Todas as correntes de agricultura (compreendendo orgânicos, naturais, biodinâmicos e
outras) não agroquímica, de um modo geral, poderiam ser englobadas em uma categoria
de agricultura com cultura, que terá de caminhar no sentido de obter uma produção física
abundante, suficiente e econômica, porém respeitando os limites e funções adicionais de
produzir simultaneamente conhecimentos sobre a própria produção, gerar empregos,
contribuir para regenerar o meio ambiente local e regional e, em última instância,
contribuir para a regeneração da vida de todos os seres que habitam o planeta Terra.
No contexto da APA do Capivari-Monos, a progressiva conversão do sistema de produção
agrícola tradicional e atualmente predominante, baseado em insumos químicos, para um
5
A Casa foi criada oficialmente, por Decreto Municipal, em 2006. Começou a funcionar informalmente em
2004, com descontinuidade até sua oficialização. Conta hoje com um engenheiro agrônomo e dois estagiários,
contingente bastante aquém das necessidades.
15
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sistema orgânico, reveste-se de extrema importância, pois se constitui em alternativa real
para a valorização e qualificação da agricultura familiar, contribuindo para a melhoria da
qualidade de vida das familias agricultoras, para sua inserção em um mercado que
demanda alimentos de melhor qualidade e para seu fortalecimentocomo agentes do
processo de construção da sustentabilidade local.
b) Justificativa da proposição:
A APA Municipal do Capivari-Monos, onde se insere o presente projeto, tem como
objetivos: promover o uso sustentado dos recursos naturais, proteger a biodiversidade;
proteger os recursos hídricos e os remanescentes de Mata Atlântica, proteger o
patrimônio arqueológico e cultural, promover a melhoria da qualidade de vida das
populações, manter o caráter rural da região e evitar o avanço da ocupação urbana na
área protegida.
O desafio de conciliar a proteção da biodiversidade e dos recursos hídricos com a
melhoria de qualidade de vida da população, numa região que apresenta os mais baixos
índices de desenvolvimento humano do município de São Paulo ,traduz-se na busca de
alternativas econômicas compatíveis com a proteção ambiental e passiveis de serem
exercidas em conformidade com a legislação vigente. Dentre essas alternativas
destacam-se o turismo, em especial o ecoturismo e, a agricultura, atividade econômica
tradicional no passado e ainda hoje bastante presente6 na região. O tipo de agricultura
predominante, no entanto, faz uso de insumos químicos, o que tem se refletido em
desequilíbrio ambiental e conseqüente aumento da incidência de pragas e doenças.
A lei de criação da APA (Lei Municipal 13.136/2001) reconhece a importância da atividade
agrícola e aponta para a necessidade de promoção de sistemas de produção
ambientalmente corretos e socialmente justos, ao propor , no seu artigo 27, programas de
“promoção e difusão de tecnologias que visem a sustentabilidade das atividades
agropecuárias e agroflorestais” e “pesquisa e incentivo às atividades agroflorestais de
baixo impacto, capazes de coexistir com a Mata Atlântica e demais formas de vegetação,
visando promover alternativas sustentáveis de geração de renda às populações
residentes”.
O zoneamento ambiental da APA (Lei Municipal 13.706/2004) estabelece uma zona de
uso agropecuário (ZUA), destinada a promover o desenvolvimento sustentável das
comunidades habitantes da APA, a partir da utilização e do manejo do solo agrícola para
atividades agrossilvopastoris e minerárias de maneira compatível à aptidão dos solos,
6
Cerca de 8% do território da APA Capivari-Monos era recoberto por áreas agrícolas no ano de 2000, de
acordo com Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente ( Apresentação da APA realizada em Marsilac,
em atividade do Programa de Desenvolvimento do Turismo Sustentável.
16
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
adotando-se técnicas adequadas para evitar processos erosivos e a contaminação dos
aqüíferos.
. Em visitas preliminares à região, visando a estruturação do presente projeto, constatouse visível degradação do solo ,conseqüência da ausência de práticas de conservação do
solo. (Ver anexo 3) Agricultores locais relatam uma situação difícil: doenças e pragas
atacam a produção entre elas antracnose e nematóides, solos exauridos, perda de até
50% da produção por falta de padrão(manchas , pintas e ataques de insetos), custo de
produção alto e baixo preço do produto final, de modo que o produtor quase “paga para
trabalhar“. Foi também constatado que os produtores visitados não fazem custo de
produção, dificultando o cálculo sobre margem de lucro. Não há praticamente venda
direta ao consumidor.
Na prática, a conversão da agricultura tradicional para a agricultura orgânica na região dá
seus primeiros passos. Através da Casa da Agricultura Ecológica e suas parcerias, alguns
projetos encontram-se em andamento, destacando-se:
•
Projeto Merenda Escolar Orgânica7, do qual a Associação de Agricultura
Orgânica é parceira, que inicia um processo de capacitação para a
agricultura orgânica, visando o fornecimento de alimentos de boa
qualidade para a merenda escolar.
•
Projeto de capacitação em agroindústria de base ecológica,
fundamentado nos preceitos da agroecologia, parceria da Casa da
Agricultura Ecológica com o Instituto Amora Carambola;
•
Projeto Hortas Solidárias, em andamento na Associação Pequeno
Príncipe, na vizinha APA do Bororé, realiza capacitação em horticultura
orgânica.
O projeto Água Doce pretende atuar de forma complementar às iniciativas citadas,
articulando-se com seus organizadores e participantes, e trazendo como diferencial
metodológico a implantação de uma propriedade demonstrativa agroecológica, a qual se
constituirá num espaço onde as técnicas serão aprendidas na prática, em uma
propriedade real e produtiva. Todos os participantes dos projetos supracitados, bem como
de outros em início de elaboração8, integram potencialmente o público alvo do Projeto
Água Doce.
7
O Sr. Daniel Helfstein Fidêncio, um dos proprietários do Sítio Dourado, participa da capacitação, o que o
motivou a sediar o Projeto Água Doce.
8
Projeto agricultura orgânica e projeto Shiitake, ambos pleiteando recursos ao FEMA na linha
Desenvolvimento Rural Sustentável, tendo como proponentes, respectivamente, uma parceria entre o Instituto
Cinco Elementos e o Centro Paulus, e o próprio Instituto Pedro Matajs.
17
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Uma das dificuldades para a conversão da agricultura tradicional para orgânica é a
questão cultural – pois a agricultura tradicional é praticada na região há muito tempo, e as
iniciativas de disseminação de práticas agroecológicas são extremamente recentes –
aliada à desconfiança do agricultor em abrir mão dos insumos químicos. Nesse sentido a
implantação de uma propriedade demonstrativa pretende possibilitar a constatação real,
por parte dos agricultores tradicionais, de que as técnicas adotadas realmente funcionam
e levam à produção de verduras e legumes de melhor qualidade.
A escolha do local também contribui, pois se trata de uma propriedade familiar real, de
família tradicional de produtores rurais descendentes dos primeiros colonizadores, onde
os preceitos da agroecologia serão aplicados na prática e disseminados entre outros
agricultores tradicionais. Isso é muito importante pois possibilita aos agricultores “ ver para
crer”, na propriedade de um deles, o que pode ajudar a vencer a resistência cultural. A
parceria com o Instituto Pedro Matajs é também bastante oportuna, pois sua presidente é
representante dos agricultores no Conselho Gestor da APA Municipal do Capivari-Monos.
A implantação da propriedade demonstrativa não é um fim em si mesmo, mas uma
ferramenta metodológica para a extensão rural agroecológica. É uma etapa para a
formação de um núcleo de produção agroecológica na APA Capivari-Monos, o qual,
articulado em rede com as demais iniciativas e projetos afins existentes na região,
funcionará como referência para a disseminação de tecnologias que visem a
sustentabilidade das atividades agropecuárias e agroflorestais, como propõe a lei de
criação da APA Capivari-Monos, e como é desejável para a proteção dos mananciais
metropolitanos..
c) Objetivos
Geral
Contribuir para a diminuição do uso de agrotóxicos e adubos químicos na APA do
Capivari-Monos e entorno, através da extensão rural agroecológica baseada na instalação
de uma propriedade demonstrativa agroecológica onde será desenvolvida, através de
vivências práticas, a capacitação para a conversão da agricultura tradicional para a
agricultura orgânica, visando sensibilizar e mobilizar os agricultores da região para a
adoção desta prática.
Específicos
• Sensibilizar os agricultores locais para a adoção de práticas agroecológicas em
suas áreas de cultivo;
•
Estimular o aproveitamento dos recursos naturais existentes nas propriedades
para a agricultura, diminuindo a dependência de insumos externos;
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•
Contribuir para a reflexão acerca das questões ambientais da região e do
planeta;
•
Capacitar agricultores e interessados em práticas de agricultura orgânica e
agroecologia, tais como adubação verde,rotação de cultura, controle naturais de
insetos e doenças, aproveitamento dos recursos naturais,biofertilizantes e caldas
,comercio justo, cooperativismo e associativismo.
•
Implantar uma propriedade agroecológica demonstrativa na APA Capivari-
Monos;
•
Contribuir para a valorização cultural e resgate da auto estima dos agricultores
familiares;
•
Estimular o consumo de alimentos organicamente produzidos através de cursos
e palestras sobre alimentação natural para aumentar a conscientização sobre
consumo e para diminuir a intoxicação pelo uso produtos com pesticidas causadores
de doenças.
•
Estimular a venda direta, através de feiras,vendas de cestas , para se ter uma
margem de lucro maior e conseqüentemente aumentar a chance de prosperidade.
d) Público alvo e beneficiários:
Direto: Produtores rurais da região da APA Capivari-Monos, em especial dos bairros do
Embura, Ponte Alta, Gramado e estrada da Vargem Grande; lideranças locais e
interessados em implantar praticas agroecológicas em suas propriedades.
Indiretamente, serão beneficiados com o Projeto:
A população do entorno, atingida por este Projeto, que contará com importante estímulo à
mudança de postura em relação à proteção e preservação ambiental;
Instituições que atuam na região, pois terão acesso a intercâmbio de informações e
metodologias.
19
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
e) Metas:
1. Sensibilizar o maior numero possível de produtores rurais da região, bem como
sitiantes, caseiros, proprietários de chácaras de lazer e lideranças locais para a
importância da conversão para Agricultura Orgânica;
2. Capacitar produtores rurais da região, bem como sitiantes, caseiros, proprietários
de chácaras de lazer e lideranças locais para atuarem na implantação de práticas
de agricultura orgânica e agroecologia em suas propriedades, bem como para
atuarem como agentes multiplicadores dessas práticas.
3. Implantar uma propriedade demonstrativa agroecológica modelo no Sítio Dourado,
a qual ao término do projeto será referência em agroecologia na região.
4. Apoiar a articulação de produtores rurais da região para organizarem uma rede de
produtores orgânicos.
5. Elaborar material didático sobre agricultura orgânica e agroecologia, voltado
especificamente às necessidades da região, simples e de fácil reprodução.
f) Metodologia:
A principal ferramenta metodológica do Projeto Água Doce é a propriedade
demonstrativa. Esta metodologia está baseada no conceito do “aprender fazendo e
ensinar aprendendo” onde a atividade prática no campo ajuda a construir uma identidade
agroecológica, com foco na diminuição e a soluções dos problemas identificados, bem
como a fomentar a cooperação mútua e a organização comunitária no meio rural. .
A partir da identificação dos problemas diagnosticados na etapa inicial do projeto – alguns
deles, como a alta incidência de antracnose em solanáceas, já detectados nas visitas
realizadas para a elaboração do presente projeto - propõe-se atividades práticas para a
solução da situação- problema, a qual resulta da degradação do solo por seu
esgotamento devido ao uso contínuo e indevido de pesticidas e adubos químicos, bem
como da quase total ausência de boas práticas de conservação do solo.
As alternativas de solução são baseadas nos preceitos e técnicas agroecológicos, onde a
valorização do solo, da água,da vegetação nativa, do sistema natural como um todo,
20
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
dinâmico e produtivo, e que condiciona a produção saudável – em outras palavras, é a
saúde do agroecossistema e que condiciona sua produtividade.
Como atividades práticas entende-se a realização das práticas agroecológicas na
propriedade demonstrativa, com presença dos agricultores e interessados, através de
dias de campo, troca de experiências e comparação entre áreas onde foram adotadas
praticas agroecológicas e áreas onde foram adotadas praticas convencionais.
.Será realizada visita a uma propriedade agroecológica próspera que faz venda direta,
para estimular e mostrar que há a possibilidade de prosperar preservando o ambiente
natural, cultivando naturalmente e sendo economicamente viável.
.
As atividades de práticas se darão na propriedade demonstrativa, a ser implantada no
Sítio Dourado, e as atividades teóricas se darão no Instituto Pedro Matajs. Pretende-se
também realizar de atividades práticas nas propriedades dos participantes durante os 18
meses previstos neste projeto, havendo interesse e disponibilidade destes. 9
Para a sensibilização e mobilização dos agricultores, serão realizadas visitas nas
propriedades situadas na área de abrangência do projeto, com vistas a diagnosticar os
problemas e oportunidades e estabelecer uma relação de confiança, aspecto fundamental
para o sucesso de qualquer iniciativa de extensão rural.
Durante todo o projeto será trabalhado com os produtores o conceito de aprender
ensinando/ensinar aprendendo, visando formar multiplicadores, que possam repassar
técnicas e informações recebidas aos demais produtores.
O material didático, cuja elaboração está a cargo do coordenador e do responsável
técnico, será reproduzido pela proponente utilizando sua própria estrutura administrativa.
Será de fácil impressão e reprodução, podendo ser distribuído na forma de Cds, via
internet e também por xerox, posto que boa parte dos agricultores da região, pelo que se
apurou nas visitas, não tem ou não utiliza internet.
As ações de monitoramento e avaliação estão concentradas nas etapas 3 e 6, mas serão
feitas durante todo o período de execução do projeto, nas visitas, reuniões, oficinas e dias
de campo.
9
Os recursos previstos neste projeto destinam-se a implantação das práticas na propriedade demonstrativa.
Não estão previstos recursos para aplicação em propriedades externas, pois não e possível precisá-los neste
momento. Algumas práticas, como a utilização de cobertura morta e rotação de culturas, biofertilizante ,
implicam apenas em mão de obra e praticamente não tem custo. Outras, como a adubação verde, implicam na
aquisição de sementes.
21
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Etapas e atividades
Etapa zero - Pré diagnóstico: (já realizado) visitas à propriedades e entrevistas com
agricultores, a fim de conhecer a realidade local e, mais especificamente, identificar os
problemas, em especial pragas e doenças, que ocorrem nas áreas de cultivo.
Etapa 1- Sensibilização e preparo
Atividade- 1 – Visitas aos produtores – Serão realizadas visitas as propriedades na
área de abrangência do projeto – Embura, Ponte Alta, Gramado e estrada da Vargem
Grande10, reservando dois dias por semana . As visitas tem o intuito de conhecer o
ambiente rural e propiciar a compreensão do que o leva o agricultor a ser o que é, suas
vantagens, problemas, buscando cativá lo, a partir do seu próprio universo de referências,
a participar do projeto. Visam também criar empatia e mostrar o quanto é favorável o
Projeto Água Doce para eles, no sentido de aproveitar os recursos naturais como forma
direta de diminuição do custo de produção e como proteção ambiental. As propriedades a
serem visitadas serão selecionadas conforme a proximidade com a área de abrangência
do projeto, e também por indicação dos agricultores visitados.
Atividade -2 Preparar a base da propriedade para a sua função demonstrativa. Nesta
fase serão adquiridos os materiais e insumos necessários para o preparo da terra, plantio,
construção de estufas e túnel de cultivo forçado,caldas etc., iniciado o preparo da
propriedade e a capacitação do Sr. Daniel Helfstein e do funcionário braçal contratado,.
para que quando as demonstrações acontecerem já se tenha algo desenvolvido
possibilitando dar seqüência ao preparos de materiais e tecnologias e praticas
sustentáveis.
Atividade -3 Preparar a infra-estrutura e os materiais necessários a implementação
das tecnologias apropriadas e das práticas sustentáveis.
Aqui serão preparados, no Sítio Dourado, os plantios tanto para adubação verde como
para a produção , as caldas e biofertilizantes, as estufas e túneis de cultivo forçado.
Assim, na próxima etapa (quando os cursos, palestras, oficinas, dias de campo
acontecerão) acontecerem já estarão em estágio de desenvolvimento plantas e as
instalações necessárias para a demonstração, possibilitando desenvolver as técnicas e
tecnologias e vê-las já desenvolvidas.
10
A área de abrangência poderá se estender para a Colônia e Chácara Santo Amaro, na vizinha APA Bororé,
considerando as relações sociais e de parentesco entre os agricultores.
22
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Etapa 2 Essa etapa concentra as capacitações sobre as técnicas de produção e as tecnologias
agroecológicas., associativismo a comercialização.
Atividade 4 –Oficina de mapeamento e planejamento conservacionista: Visa
conscientizar os participantes (mínimo de 10 e máximo de 20) acerca da importância da
proteção dos mananciais e da cobertura vegetal. Com o uso de bases cartográficas e
imagens disponíveis na internet11, as propriedades serão coletivamente localizadas,
individualizadas e mapeadas. Em cada uma delas serão identificadas feições de
importância ambiental (remanescentes florestais, áreas de preservação permanente,
cursos dágua, particularidades de relevo, entre outras) e benfeitorias existentes. A partir
daí serão coletivamente traçadas as diretrizes de planejamento conservacionista das
propriedades, que norteará por sua vez a implantação das práticas agroecológicas
aprendidas no decorrer dom projeto. A oficina terá a duração total de 12 horas, divididas
em 3 blocos de 4 horas cada.
Atividade 5 - Dias de campo – Serão realizados dias de campo na propriedade
demonstrativa para o aprendizado de técnicas agroecológicas de adubação verde, plantio,
cobertura morta, confecção de biofertilizante e caldas, compostagem, construção e
utilização de túneis de cultivo forçado e construção de fossa biodigestora, Estão previstos
cerca de 15 dias de campo ao longo do projeto ´Água Doce, abordando as técnicas
citadas e outras a serem definidas conforme as necessidades identificadas na etapa 1. O
início desta atividade se dará na etapa 2, estendendo-se pelas etapas subseqüentes. 12 .
Havendo interesse e disponibilidade, os dias de campo poderão também ser realizados
em outras propriedades. Não foram previstos recursos de alimentação para os dias de
campo, pois, quando houver necessidade, os participantes levarão sua própria refeição,
como é habitual entre os agricultores, quando da realização de tarefas coletivas.
Atividade 6 - Oficina de custo de produção: Depois de levantados os custos de
produção do Sítio Dourado (com base no ano de 2006, agricultura convencional) serão
discutidos coletivamente, com ajuda dos participantes, os custos das técnicas
agroecológicas implantadas e em implantação, para fins de comparação e análise face à
receita esperada. Esta atividade tem por objetivos capacitar os participantes para
calcularem os custos de produção de suas propriedades, além de funcionar, através da
comparação, como estratégia de sensibilização para a conversão. Tem a duração prevista
de 08 horas, divididas em 2 blocos de 4, e será ministrada pelo coordenador do projeto.
11
12
www. socioambiental.org.br, www. paisagemverde.org.br, google on earth entre outros.
Para a adubação verde,por exemplo, faz-se necessário mais de um dia (plantio e corte// incorporação)
23
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Atividade 7 –Roda de discussão sobre comércio solidário justo – A partir das
questões relativas à comercialização, levantadas pelos agricultores participantes, serão
abordadas as formas de comercialização mais equilibradas como exemplo, a de venda
direta, compra em grupo, preço final do produto, enfim, todo o processo de
comercialização para que o produtor entenda o quanto o produto, a terra, o consumidor
estão envolvidos em um processo cujo ciclo vai bem além do plantio de verduras. Tratase, mais amplamente, de contribuir para a construção de uma identidade baseada na
prosperidade, na saúde da terra e do homem, do planeta.
Atividade 8 -Oficina de cooperativismo e associativismo- Dividido em dois módulos de
quatro horas. A intenção é despertar nos produtores a consciência de que a soma de
esforços, além de diminuir o processo de custo de produção, através de compra e venda
conjunta mas também se volta ao resgate da solidariedade e da cooperação, em
atividades como mutirões de plantio, construção de instalações rurais,entre outros. Esta
oficina será ministrada pelo próprio coordenador do projeto, não sendo necessária
contratação específica.
Atividade 9 - Visita técnica- Será realizada visita técnica na propriedade do Sr. João
Flores, em Caucaia do Alto, onde será relatada a trajetória deste produtor, exemplificando
um caso bem sucedido de conversão. O objetivo é mostrar o quanto os resultados
existem “fora da porteira”, além da região, mostrar o quanto outro produtores consegue e
expor seus processo como uma troca de informações. É uma referência de uma
propriedade que tecnicamente e humanamente é possível. Para esta atividade estão
previstos recursos para o transporte e alimentação.
Atividade 10 - Plantio de adubação verde- A técnica agroecológica consagrada e
largamente utilizada em agricultura orgânica, possibilita o aumento da fertilidade, e da
microvida do solo, além de protegê-lo da incidência do sol, contribuindo para a
restauração e revitalização. Indiretamente diminui custos com adubos. Nessa etapa será
feito o plantio na propriedade demonstrativa, de forma a permitir o acompanhamento dos
participantes em dias de campo conforme descrito acima.
Atividade 11 – Construção de estufas e túnel de cultivo forçado. Construção de
estufas num total de 5000 m2, e de túnel de cultivo forçado (semi-estufa de cultivo, baixa,
que favorece o desenvolvimento das plantas e o controle de água e microclima) num total
de 200 m2. Será feito na propriedade demonstrativa, com a participação do produtores,
na forma de dia de campo.
24
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Etapa 3
Nessa etapa será feito o monitoramento dos trabalhos para identificação das fraquezas e
adequação da metodologia, identificação de prioridades para o trabalho de extensão rural
e fortalecimento do conhecimento adquirido.
Atividade 12 – Oficina de avaliação e auto-avaliação – Através de técnicas de
avaliação participativa em grupo, a atividade trará informações para poder caminhar
conforme o amadurecimento estiver, poderemos detectar quais os valores estão se
formando, quanto de conhecimento está sendo absorvido e qual a velocidade podemos
impor para a continuidade dos trabalhos. É um momento de avaliação e fortalecimento do
processo, podendo indicar necessidade de mudanças. 13.
Atividade 13 - Sensibilização das mulheres dos produtores para a discussão sobre
agroindústria – nesta atividade, iniciaremos o processo sensibilização e organização, em
especial das mulheres – para as possibilidades de aproveitamento dos produtos para
agroindústria familiar, visando agregar valor a matéria prima transformando –a em
produtos – por exemplo geléias e compotas, conservas, frutas e verduras secas – que
possam alcançar melhor valor no mercado, diversificando assim as possibilidades de
geração de renda familiares, e ao mesmo tempo trabalhando conceitos e valores como
promoção da saúde saudável, harmonia para as novas conquistas e valorização do papel
da mulher dentro do contexto familiar. É uma atividade de sensibilização para a
capacitação a ser realizada posteriormente.
Atividade 14 - Palestras em escolas e entidades organizadas dentro da APA – nesta
atividade visa-se divulgar o trabalho para .a comunidade da APA, buscando mostrar a
existência do projeto,de algo que esta acontecendo próximo dos indivíduos que ali moram
e o quanto isto é importante de estar acontecendo ali, contextualizando o individuo dentro
da região, como agente e protagonista da valorização do espaço local, e trabalhando a
auto-estima da comunidade, sinalizando que existem pessoas preocupados com o
desenvolvimento local harmônico.. As palestras serão planejadas com o apoio do
Conselho Gestor da APA Capivari-Monos, através da representante dos produtores rurais
e da Câmara Técnica de Desenvolvimento Rural Sustentável.14
13
Alguns dos temas previstos para cursos e oficinas a partir dessa etapa poderão ser revistos conforme
propostas e necessidades dos produtores. Tais mudanças são inerentes ao processo participativo, e não
implicam em mudanças no orçamento do projeto.
14
As diretrizes de planejamento do Conselho Gestor apontam para a criação dessa Câmara Técnica, conforme
já citado em nota anterior. As palestras poderão também se expandir para a vizinha APA Bororé-Colônia.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Atividade 15 -Oficina de aproveitamento dos alimentos- culinária e agroindústria
familiar – em continuidade à atividade 12, esse curso, com duração de 8 horas (divididas
em 2 blocos de 4), serão mostradas opções de aproveitamento dos alimentos e suas
várias receitas, e as técnicas de secagem de frutas e verduras com secador solar,
trabalhando-se também o cuidado e a higiene na culinária. A oficina será ministrada por
profissional contratado, utilizando-se as instalações do Instituto Pedro Matajs.
Atividade 16 – Oficina de construção de fossa biodigestora. Nessa atividade será
construída, sob orientação do coordenador do projeto e com a presença dos participantes
do projeto, uma fossa biodigestora na propriedade demonstrativa. Será abordado o uso
do resíduo a ser também trabalhado posteriormente em um dia de campo.
Etapa 4
Atividade 17 -Oficina de cultivo e utilização de plantas aromáticas e medicinais.Visa fornecer conhecimentos básicos de cultivo e aproveitamento de plantas aromáticas
medicinais, visando sensibilizar para uma maior diversificação da produção, bem como
para a utilização de plantas aromáticas e medicinais em casa, na forma de temperos e
chás, buscando ainda resgatar o conhecimento tradicional da região. Será demonstrada a
técnica de secagem de plantas com o uso de secador solar. Será ministrada por
profissional contratado, nas instalações do Instituto Pedro Matajs, com duração de 12
horas, divididas em 3 blocos de 4.
Atividade 18 – Prática de adubação verde. Em continuidade à atividade 10, iniciada na
etapa 2, serão realizados novos dias de campo, onde se poderão já observar resultados
como a melhoria da qualidade do solo.
Atividade 19 - Preparo de caldas e biofertilizantes – serão confeccionadas caldas e
biofertilizantes segundo as necessidades da propriedade demonstrativa e dos
participantes, realizando-se dias de campo para vivência prática da atividade. As caldas
serão utilizadas nas oficinas de fruticultura e jardinagem.
Atividade 20 – Oficina de fruticultura: com duração prevista de 12 horas, divididas em 3
blocos de 4 – 01 teóricos e 02 práticos, na forma de dia de campo, abordará a fruticultura
orgânica básica -espécies adequadas para a região, produção de mudas, adubação
orgânica, tratos culturais e fitossanitários agroecológicos tais como uso de caldas e
biofertilizante – trazendo uma referência de entendimento do quanto é importante a
diversificação tanto de produção trazendo mais opções de produtos passíveis de serem
comercializados, a utilização de frutas para complementar a dieta do consumidor,e ainda
a importância do cultivo de frutíferas para o equilíbrio do agroecossistema, atraindo
26
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
pássaros e insetos para aumentar os inimigos naturais das pragas e doenças. Será
ministrada pelo coordenador do projeto.
Atividade 21 - Oficina de poda: com duração prevista de 08 horas, divididas em 2 blocos
de 4, visa ampliar o conhecimento sobre manejo de arvores e hortaliças de frutos (como
quiabo e jiló, por exemplo), mostrando técnicas adequadas de poda e a importância de
uma poda bem feita para a saúde da planta, bem como o risco de entrada de patógenos
através de poda mal feita.
Etapa 5
Atividade 22 – Assistência técnica – a partir dessa etapa, estendendo-se até o final do
projeto, serão visitadas as propriedades participantes do projeto, a fim de oferecer suporte
para corrigir equívocos e orientar para acertos15.
Atividade 23 – Rodas de discussão sobre a propriedade rural produtiva : reunirá
todos os envolvidos no projeto Água Doce, a Câmara Técnica de Desenvolvimento Rural
Sustentável da APA Capivari-Monos e representantes do setor produtivo agrícola da APA
Bororé-Colônia, para análise do que e uma propriedade rural produtiva, analisando os
conceitos aplicados,buscando o amadurecimento de uma visão global acerca da
propriedade rural produtiva no seu contexto microeconômico e macroeconômico. Em
outras palavras mostrar para o agricultor, com técnicas de dinâmica de grupo, quanto ele
é importante para a economia e como ele pode sobreviver tendo lucro,protegendo o
ambiente natural, se organizando e fazendo dessa organização uma força motora capaz
de gerar através de cada um, um grupo ,uma unidade. Essa atividade tem também um
caráter de avaliação e auto-avaliação, e será realizada em mais de um dia. .
Atividade 24 – Oficina de jardinagem com principio ecológico: aqui o conhecimento
adquirido começa ampliar-se para a harmonia dos jardins e todas as situações onde o
paisagismo e a jardinagem pode ser aplicada. A idéia é transformar o espaço de
convivência familiar ou outro num ambiente mais florido com informações visuais para o
despertar dos sentidos, bem como possibilitar uma nova visão de exploração da terra
através da jardinagem. Duração prevista de oito horas, em dois blocos de 4. A ser
ministrada pelo coordenador do projeto.
15
O dimensionamento de quantas visitas e sua periodicidade vai depender o número de produtores envolvidos
no projeto, ainda não possível de ser precisado com exatidão.
27
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Etapa 6 – Final
Essa etapa concentra atividades voltadas ao resgate e consolidação dos conhecimentos
adquiridos, à avaliação do projeto e do processo, e à discussão de estratégias de
continuidade.
Atividade 25 - Reuniões para reflexão sobre os resultados obtidos. nestas reuniões
serão feitas com todos os produtores envolvidos para verificação do entendimento de
todos o processo,dando continuidade ao processo de conhecimento destes produtores e
tentando sanar os problemas com as novas práticas, verificando ainda depois de tantos
meses a quanto anda a sua auto-estima. .É também uma atividade de avaliação e autoavaliação.
Atividade 26 - Discussões sobre a continuidade do processo: nessa atividade será
discutida a continuidade do processo a partir do amadurecimento do grupo com a
visualização de algo maior e conquistável que pode ser a certificação participativa, a
criação de uma associação ou qualquer outro processo possível que venha e emergir do
grupo , partindo do principio do aprender-ensinando, da valorização do sistema natural, da
presença cada vez maior do homem do campo no campo, da cultura local e da
prosperidade. Poderão ser formulados novos projetos para a captação de recursos,
Também será definida a organização e regras para a abertura da propriedade
agroecológica demonstrativa para visitação, bem como o planejamento do encontro de
confraternização..
Atividade 27 – Encontro de confraternização – encontro de todo o grupo com os
participantes de outros projetos16, com a presença dos Conselhos Gestores das APAs
Capivari-Monos e Bororé Colônia e da Casa da Agricultura Ecológica, para trocar
experiências com o intuito de fortalecer os conceitos formados e gerar outros, com o
palestrar daqueles que participaram dos processos. Será apresentado o Projeto Água
Doce e seus resultados. Aqui será aberta a propriedade agroecológica demonstrativa para
a visitação, conforme regras definidas na atividade anterior. O encontro terá um caráter
festivo e solidário, com atividades culturais, exposição de artesanato e produtos
orgânicos, feira de trocas, lanche coletivamente organizado e o que mais for sugerido na
atividade anterior. Para esta atividade, cuja organização será coletiva e solidária, estão
previstos recursos.17 Será realizada parcialmente na propriedade demonstrativa (abertura
16
projetos desenvolvidos pela Casa de Agricultura Ecológica tais como Merenda Orgânica e Agroindústria,
projeto Hortas Solidárias da Associação Pequeno Príncipe, outros projetos do FEMA na linha temática
desenvolvimento rural sustentável, e outras iniciativas concretas que tenham surgido até lá.
17
À primeira vista podem parecer pequenos, mas na realidade não são pois será organizado coletivamente, os
participantes levando comida e trazendo as manifestações culturais, de forma solidária. A experiências de
28
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
da propriedade) e no Instituto Pedro Matajs (festividades), pois ambos são vizinhos de
cerca e interligados por trilha.
Na página seguinte anexamos o cronograma das etapas e atividades.
eventos realizados pelo Conselho Gestor da APA Capivari-Monos mostra que isso é possível e, segundo
informação das atual presidente do Conselho, nunca foi necessário pagar para ter a presença de grupos
culturais locais.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Etapa
Atividade
zero
1
Pré-diagnóstico*
1.Visitas aos produtores
2.Preparar a propriedade para a sua
função demonstrativa
3. Preparar infraestrutura e materiais
4. Oficina de mapeamento e
planejamento conservacionista
5. Dias de campo
6. Oficina de custo de produção
7. Discussão comércio solidário justo
8. Oficina de cooperativismo e
associativismo
9. Visita técnica
10. Plantio de adubação verde
11. Construção de túnel cultivo
forçado
12. Oficina avaliação
13. Sensibilização agroindústria
14. Palestras
15. Oficina agroindústria familiar
16. Oficina fossa biodigestora
17. Oficina plantas aromáticas e
medicinais
18. Prática de adubação verde
19. Preparo caldas e biofertilizantes
20. Oficina fruticultura
2
3
4.
Meses
0 1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
30
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
5
6
21. Oficina poda
22. Assistência técnica
23.Discussão propriedade rural
produtiva
24.Oficina de jardinagem ecológica
25.Reflexão sobre os resultados
26. Discussões sobre a continuidade
27. Encontro de confraternização
* já realizada
31
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
.g) formas de participação dos beneficiários
São considerados beneficiários diretos, além da família proprietária do Sítio Dourado
(propriedade demonstrativa, beneficiada, obviamente, com a implantação das práticas
agroecológicas), os agricultores situados na área de abrangência do projeto, bem
como suas famílias, através da participação nas seguintes atividades;
•
Visitas técnicas,a serem realizadas na etapa 1. O projeto prevê dois dias
semanais dedicados às visitas, durante dois meses. São portanto entre nove e
dez dias de visitas por mês, totalizando 18 dias de visita. Estimando-se que em
cada dia sejam realizadas, em média, duas visitas 18, serão trinta e seis
propriedades visitadas. A própria visita, pelo seu caráter de diagnóstico da
propriedade, pode ser considerada um tipo de benefício19.
•
Oficina de mapeamento: ajudará os participantes (previsão: entre dez e vinte) a
elaborarem o planejamento conservacionista de suas propriedades;
•
Dias de campo::São previstos catorze dias de campo ao longo do projeto. Dia
de campo é uma atividade prática, como o nome diz, em campo, onde uma
determinada técnica é aprendida e exercitada, estando os participantes, ao
final, aptos a implantá-las nas suas propriedades.
•
Oficinas: São previstos no mínimo dez, além da já mencionada oficina de
mapeamento. Algumas destinam-se não somente aos agricultores mas
também às suas famílias, por exemplo cooperativismo e associativismo, e
agroindústria familiar. Esta última destina-se especialmente às mulheres,
agricultoras, esposas e filhas de agricultores, para que possam não só
complementar a renda da propriedade, mas também se valorizarem como
cidadãs.
•
Visita técnica: esta atividade foi prevista para quinze agricultores.
•
Outras atividades de cunho mais amplo: São as palestras e rodas de
discussão, para as quais serão convidados não só agricultores, mas também
os demais moradores da área de abrangência do projeto Água Doce.
18
As visitas são longas, pois nelas será percorrida a propriedade e realizado, com o
proprietário/responsável, um diagnóstico das potencialidades e problemas. A visita é também uma
estratégia de sensibilização e envolvimento..
19
Lembrando que esse tipo de atividade, característica da extensão rural, não é sistematicamente realizada
pela Casa da Agricultura Ecológica dada a sua falta de estrutura, e é cobrada pelos agricultores.
32
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
•
Assistência técnica: A partir da etapa 5 serão realizadas visitas nas
propriedades dos participantes do projeto, o que também representa um
benefício: a própria assistência em campo, que atualmente não ocorre. Estas
visitas são fundamentais para motivação e incentivo dos agricultores.
A etapa inicial – sensibilização, da qual fazem parte as visitas iniciais – é crucial para a
adesão dos agricultores ao projeto e sua consequente participação nas demais
atividades. Da confiança e empatia geradas nesta etapa depende a efetiva
participação e envolvimento. Não é possível precisar com exatidão quantas pessoas
serão capacitadas. É esperada uma flutuação da presença nas atividades.
Possivelmente nem todos participarão de todas as oficinas e dias de campo, seja por
questões de agenda (que tentaremos sanar com o planejamento conjunto das datas e
horários), seja por interesse particular em algumas atividades especificas e não em
outras. Cada atividade será também fator de motivação para a participação nas
próximas, buscando-se sempre incrementar a solidariedade, a parceria e a troca de
informações como estímulo à participação.
A continuidade da participação dos agricultores no projeto – e, mais importante, a
continuidade da conversão da agricultura tradicional para orgânica, e sua permanência
– depende da própria adoção das práticas agroecológicas, e consequente
comprovação de que funcionam. Uma importante estratégia para isso é a oficina de
custos de produção, comparando-se os custos e renda da agricultura tradicional e da
orgânica, pois os agricultores da região tendem a achar que a agricultura orgânica é
muito cara, e esta oficina contribui para desmistificar tal preconceito. .
Á guisa de estimativa, espera-se atingir cerca de dez propriedades com a capacitação
propriamente dita, considerando uma participação presencial em metade das
atividades (oficinas, dias de campo e visitas técnicas em especial). Das trinta e seis
propriedades a serem visitadas na etapa 1, espera-se que pelo menos dez venham a
receber as visitas de assistência técnica previstas a partir da etapa 5.
Beneficiários indiretos, como instituições atuantes na região e Conselhos Gestores,
das Apas participarão por meio da divulgação das informações geradas, e, espera-se,
por um maior participação dos agricultores na Câmara Técnica de Agricultura e
Desenvolvimento Rural Sustentável da APA Capivari-Monos20 e nas atividades por ela
realizadas, bem como nas atividades realizadas pela Casa da Agricultura Ecológica.
20
Esta Câmara Técnica, cuja criação era uma proposta na época da entrega do projeto Água Doce ao
FEMA, foi efetivamente criada em novembro de 2007.
33
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
h) Condições internas e externas favoráveis ou desfavoráveis à implantação:
Favoráveis:
- O Instituto Pedro Matajs e o Sítio Dourado possuem ótima localização e acesso em
relação à APA Capivari-Monos (VER ANEXO 1)
- O Instituto possui ótima estrutura para as atividades previstas no projeto, e tem se
tornado conhecido na região pelas atividades que desenvolve e integra (VER ANEXO
2 ) tais como cursos promovidos pelo SEBRAE, feiras, visitação turística, produção de
shiitake.
- O fato de o Sítio Dourado ser propriedade de agricultores tradicionais da região,
conhecidos e estabelecidos, descendentes de alemães e moradores locais há várias
gerações ajuda a construir a confiabilidade tão necessária à atividade de extensão
rural.
- O fato de a Sra. Leila Matajs ser a representante dos produtores rurais no Conselho
Gestor da APA Capivari-Monos ajuda na divulgação do projeto.
- O Conselho Gestor da APA Capivari-Monos está criando uma Câmara Técnica de
Desenvolvimento Rural Sustentável ajuda a fortalecer a iniciativa, a disseminar
processo e resultados, a envolver os agricultores e a buscar novas parcerias.
- A Casa da Agricultura Ecológica está se estruturando e fortalecendo. O Projeto Água
Doce é de conhecimento do gestor da Casa, que inclusive participou das conversas
iniciais para a sua concepção.
Desfavoráveis:
- Resistência cultural e desconfiança em relação à agricultura orgânica.
- Inexistência e/ou ineficiência de Políticas Públicas voltadas ao fortalecimento da
Agricultura Orgânica a comercialização dos produtos, em especial na região onde se
insere o projeto..
- Falta de continuidade das iniciativas públicas voltadas aos agricultores na região, que
tem gerado desconfiança quanto à permanência e sucesso dos novos projetos, em
especial daqueles capitaneados pelo Poder Público.
- Pequena estrutura da Casa da Agricultura Ecológica, que não permite que essa
desenvolva um trabalho de extensão rural com o alcance e capilaridade necessários a
uma área com a extensão e características da APA Capivari-Monos.
34
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
i) Estratégias previstas para a superação das condições desfavoráveis à
implantação:
O fato do proprietário do Sítio Dourado ser agricultor tradicional e conhecido, nascido e
criado na região, é uma estratégia para minimizar a resistência cultural dos
agricultores à conversão para agricultura orgânica.
A abordagem metodológica escolhida, partindo da prática, é também estratégica para
minimizar essa desconfiança, bem como para minimizar a falta de credibilidade na
permanência e durabilidade das iniciativas voltadas à agricultura na região. Os
participantes verão e participarão da implantação das práticas agroecológicas, ou seja
não se trata de mais um curso apenas ( “ não se trata só de conversa, mas de trabalho
prático. Além disso, a presença do coordenador do projeto na área, fazendo visitas e,
conversando com os agricultores ajuda também a construir a confiança. Também a
realização de oficina de custo de produção – o que, segundo relatam agricultores
visitados na fase de elaboração deste projeto, nunca foi abordado e é uma grande
preocupação – também contribuirá para o envolvimento dos agricultores.
A inserção no Conselho Gestor da APA Capivari-Monos e em especial na Câmara
Técnica de Desenvolvimento Rural Sustentável é também importante nesse contexto.
O Conselho é reconhecido, tem capacidade de articulação e é bem visto pela
comunidade.
A experiência e inserção da proponente poderá trazer reais perspectivas de
comercialização dos produtos e organização dos agricultores.
Apesar de ainda aquém das necessidades locais, a Casa da Agricultura Ecológica é
um fato e seu trabalho começa a decolar. O projeto Água Doce o fortalece e
complementa.
Por fim, o fato de o projeto não ser capitaneado pela Prefeitura (embora inserido e
coerente com as políticas públicas municipais) ajuda também na abordagem dos
agricultores, contribuindo para a minimização do estigma, infelizmente verdadeiro, de
que “se é projeto da Prefeitura, não vai ter continuidade, vai acabar no quando mudar
o governo, é político etc.” .A reputação da AAO, a parceria com o Instituto Pedro
Matajs, e a metodologia escolhida contribuirão para reverter esse estigma, até porque,
embora a execução do projeto não o seja, a origem dos recursos é municipal, e isso
será enfatizado aos beneficiários e participantes desde o início e durante todo o
projeto.
35
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Por fim, a interlocução já iniciada com a Subprefeitura de Parelheiros, SVMA,
Conselho Gestor e outros projetos citados será constante e positiva. Essa inserção
será fortalecida, com o intuito de dar sustentabilidade à continuidade das ações
propostas, formando assim, uma rede com as lideranças estratégicas.
j) Formas de monitoramento e avaliação do projeto:
- Relatórios das atividades, ao final de cada etapa;
- Monitoramento e avaliação constantes: através das visitas previstas aos
agricultores; presença e participação nos dias de campo, oficinas e reuniões, além das
atividades de auto-avaliação e avaliação previstas (etapas 3 e 6 em especialmente).
- Acompanhamento
agroecológicas
constante
da
implantação
e
resultados
das
práticas
- Comparativo dos custos de produção na propriedade demonstrativa antes, durante e
ao final do projeto.
-Relatórios e prestação de contas enviados ao FEMA.
k) Formas de comunicação e divulgação dos resultados:
Processo e resultados serão constantemente comunicados ao Conselho Gestor, nas
reuniões plenárias e das Câmaras Técnicas e em eventos por ele promovidos, bem
como nas atividades da Casa da Agricultura Ecológica, e nos outros projetos citados,
financiados ou não pelo FEMA.
Os resultados serão também comunicados via site da proponente, da APA CapivariMonos
(SVMA),
e
parceiros
(Instituto
Pedro
Matajs
www.estacaoecologicaarcoiris.com.br, da AECOTUR e dos integrantes da Câmara
Técnica de Desenvolvimento Rural Sustentável do Conselho Gestor.
As palestras nas escolas e entidades previstas na etapa 3 também constituem formas
de divulgação.
Outras formas de divulgação:
•
•
•
•
•
•
Rede Paulista de Agroecologia
Outros parceiros na região
Blogs e comunidades do Orkut
Jornais locais
Rádios Comunitárias da região, Rádio e TV Cratera
Redes das APAs Capivari-Monos e Bororé-Colônia.
36
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
•
•
•
Material de apresentação multimídia (power point) para divulgação nas
palestras citadas e em encontros e reuniões de grupos locais: igrejas,
associações, ONGs, empresas, sindicatos, escolas, universidades e outros.
Material didático produzido e distribuído;
Evento previsto na etapa 6.
l) Replicabilidade dos resultados:
Compreende-se que replicabilidade está relacionada à possibilidade de aplicar
determinada técnica ou metodologia a outros grupos ou situações, mesmo que, tenha
que ser adaptada à especificidades locais.
Assim, o projeto poderá ser replicado na vizinha APA Bororé-Colônia, pois a
integração dos participantes e beneficiários pode trazer propostas de instalação de
novas propriedades demonstrativas na região. Além disso, pela divulgação, poderá ser
replicado em outras APAs e regiões com características semelhantes.
Acredita-se na replicabilidade deste projeto, na medida em que ele apresenta as
seguintes características:
- Metodologia aplicada passível de ser adaptada, se necessário, para outros grupos e
localidades, dentro e fora do município de São Paulo.
- Entidade proponente com sólida experiência em agricultura orgânica
- Entidade parceira com sede no local e infra-estrutura adequada às atividades de
capacitação
- Propriedade agroecológica demonstrativa, uma vez implantada, será referência na
região.
- Envolvimento com o Conselho Gestor da APA Capivari-Monos e com a Casa da
Agricultura Ecológica
As ações previstas para a comunicação e divulgação, acima abordadas, certamente
contribuirão para incentivar a replicabilidade do projeto, bem como as palestras nas
escolas e comunidade e o evento previsto na etapa final.
O projeto será apresentado nos Conselhos Gestores das APAs, em evento específico
para este fim a ser organizado pela Câmara Técnica de Agricultura e Desenvolvimento
37
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Rural21. Serão realizadas também apresentações públicas organizadas pelas
instituições integrantes desta Câmara Técnica (tais como o Sindicato dos
Trabalhadores Rurais da Grande São Paulo, SESC Interlagos, Fundação Mokiti Okada
e o próprio Instituto Pedro Matajs), além da própria AAO, visando incentivar a
replicação deste projeto.
m) Continuidade das ações após o término do financiamento pelo FEMA:
A propriedade demonstrativa estará implantada, atuante, produtiva e aberta à visitação
ao término do projeto, o que por si só representa continuidade;
A aliança formada pelos participantes, baseada em laços de solidariedade - que se
espera fortalecer ao longo deste projeto, bem como a Câmara Técnica de Agricultura e
Desenvolvimento Rural do Conselho Gestor da APA Capivari-Monos.
A abordagem metodológica adotada incentiva a formação de multiplicadores, dentro
do conceito de aprender-ensinando e ensinar-aprendendo, o que também contribui
para a continuidade.
A atividade de extensão rural propriamente dita – visitas, assistência técnica, oficinas e
dias de campo – certamente será ainda necessária na região. É desejável que se
torne permanente, o que poderá se tornar realidade com o fortalecimento da Casa da
Agricultura Ecológica, e ampliação de seu quadro de funcionários. Há perspectivas
favoráveis para que isso aconteça – é inclusive um projeto estratégico do Plano Diretor
Regional, mas não está na governabilidade deste projeto garanti-lo. Caso não ocorra,
há que se pensar em recursos para novos projetos, seja via FEMA, FEHIDRO ou
outras possibilidades. Atividade prevista na etapa 6 contempla discussão da
elaboração de novos projetos que poderão gerar a continuidade da extensão rural, a
depender do grau de envolvimento e interesse dos participantes.
São estratégias para buscar a continuidade:
-Estimular e apoiar a implementação de empreendimentos associativos de base
comunitária existentes e surgidos durante a realização do projeto;
- Participação em centrais de incubação de projetos;
- Acessar linhas de financiamento que apóiem empreendimentos populares;
21
O Instituto Pedro Matajs propôs a realização deste evento à Câmara Técnica, tendo em vista divulgar e
aumentar a replicabilidade do projeto Raizes, já aprovado pelo FEMA, do projeto Água Doce e dos outros
projetos da linha temática Desenvolvimento Rural que venham a ser executados com recursos do FEMA.
A proposta foi aceita.
38
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
- Disseminar os conhecimentos sobre as técnicas da agroecologia nos locais de
atuação das lideranças com o objetivo de ampliar o número de participantes no grupo;
- Participar em grupos de discussão, cursos desenvolvidos por órgãos do SISNAMA,
Fóruns, Conselhos e eventos sobre o tema;
n) Orçamento
Despesas Correntes:
Serviços de terceiros: R$ 80.900,00
Serviços de terceiros pessoa física: R$ 71.660,00
Inclui pagamento do coordenador do projeto, técnico agrícola e gestor ambiental
(conforme curriculum vitae anexo), trabalhador braçal, geógrafo (curriculum anexo) e
oficineiro (curriculum anexo). O cálculo dos valores foi feito com base nos seguintes
parâmetros:
- Coordenador do projeto: 40 horas semanais (período integral, inclui trabalho de
campo e de escritório).. O salário mensal estipulado é um pouco abaixo do salário
mínimo profissional de um engenheiro agrônomo (R$ 3.735,00 conforme o CREA
SP22). O profissional em questão é técnico agrícola e gestor ambiental, o que é muito
importante para os objetivos do projeto Água Doce – pois não se trata apenas de
assistência técnica, mas de transformação de sistema de produção e, mais
amplamente, de modo de vida, o que requer, além da responsabilidade profissional e
conhecimento, envolvimento pessoal. Não existe salário mínimo profissional estipulado
para a categoria técnico agrícola, nem tampouco para gestor ambiental, o que impede
a utilização deste parâmetro para a definição da remuneração. Gestor ambiental é um
profissional de nível superior, o que foi considerado para a definição de uma
remuneração justa, à altura da responsabilidade e envolvimento exigidos. Este valor
inclui todos os impostos e recolhimentos necessários, e considera também que o
profissional será contratado como autônomo, não tendo férias remuneradas, décimo
terceiro e fundo de garantia. As atividades a serem desenvolvidas vão requerer,
certamente, trabalho em horários diferenciados como à noite e finais de semana, o
que, dada a distância, implica em pernoites.
22
As regras para o salário mínimo profissional de profissionais de nível superior estão estabelecidas pela
Lei 4.950-A e pela Resolução 397, do CONFEA, com base em seis
salários mínimos vigentes para seis horas trabalhadas. Já para profissionais de nível médio, até o
momento o salário mínimo não foi fixado por Lei ou Resolução do CONFEA.
Valor do S.M.P. 06 horas 6,00 SM / 07 horas 7,50 SM/ 08 horas 9 SM.$ 380,00 R$ 3.990,00. fonte:
www.creasp.org.br
39
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
- Trabalhador braçal: 3 dias semanais, a R$ 35,00 o dia (valor praticado na região)
-Geógrafo: 30 horas ao todo, a R$ 60,00 a hora técnica.
- Oficineiro: 20 horas ao todo, a R$ 100,00 a hora técnica.
Para esses dois últimos, o valor da hora técnica considerado foi negociado
diretamente com estes profissionais específicos, cujos curriculuns estão anexos. É a
hora técnica por eles cobrada para serviços desta natureza. São profissionais
conhecidos da proponente, e escolhidos pela AAO pelo conhecimento que temos de
seus serviços, habilidades, responsabilidades e envolvimento.
Serviços de terceiros pessoa jurídica: R$ 9.240,00 .
Inclui o aluguel de veículo , calculado com base em 2 dias por semana, a R$ 60,00 a
hora (veículo popular), quilometragem livre, para o transporte do coordenador do
projeto, e do responsável técnico quando necessário. Para a van, o custo foi cotado
em Parelheiros, para o transporte Parelheiros-Caucaia do Alto- Parelheiros
Material de consumo: R$ 10.261,00
O material de consumo foi calculado com base nas atividades a serem implantadas na
propriedade demonstrativa, incluindo sementes para adubação verde e horticultura
conforme memória de cálculo anexa, e material didático. Para a impressão e
reprodução do material didático, serão adquiridos 2 cartuchos de impressora, um
pacote com 5000 folhas de papel sulfite, e 25 CDs.
Total despesas correntes: R$ 91.161,00.
Despesas de capital: R$ 18.657,00
Equipamentos: R$ 700,00 .
Inclui a compra de um pen drive, e o material para a construção do secador solar
(vidro, madeira e placa de energia solar).
Material permanente: R$ 17.957,00
Neste item está previsto, conforme planilha anexa, o material necessário para a a
construção de 5000 m2 de estufas e 200m2 de túnel de cultivo forçado (filme plástico
para cobertura, vergalhão, madeiramento, pregos etc), além de mangueira para
irrigação, bombonas para caldas, regadores entre outros itens discriminados na
planilha de memória de cálculo. Será adquirido no início do projeto (meses 2 e 3),
para ser usado ao longo deste, conforme as atividades a serem implantadas
Total de recursos pleiteados: R$ 109.818,00. (Detalhamento nas páginas seguintes)
40
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Etapa
Atividade
zero
1
Pré-diagnóstico*
1.Visitas aos
produtores
2.Preparar a
propriedade
para a sua
função
demonstrativa
3. Preparar
infraestrutura e
materiais
2
4. Oficina de
mapeamento e
planejamento
conservacionista
5. Dias de
campo
6. Oficina de
custo de
produção
7. Discussão
comércio
solidário justo
8.Discussão
cooperativismo
e associativismo
9. Visita Técnica
10. Plantio de
adubação verde
11. Construção
de túnel cultivo
forçado
Meses
0 1
Fev
09
2
Mar09
3
Ab
r
09
4
Mai
09
5
Jun
09
6
Jul
09
7
Ago
09
8
Set
09
9
Out
09
10
N
o
v
0
9
11
D
e
z
0
9
12
J
a
n
1
0
13
F
e
v
1
0
14
M
a
r
1
0
15
A
b
r
1
0
16
M
a
I
1
0
41
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
17
J
u
n
1
0
18
J
u
l
1
0
3
4.
5
6
12. Oficina
avaliação
13.
Sensibilização
agroindústria
14. Palestras
15. Oficina
agroindústria
familiar
16. Oficina
fossa
biodigestora
17. Oficina
plantas
aromáticas e
medicinais
0909
18. Prática de
adubação verde
19. Preparo de
caldas e
biofertilizante
20. Oficina
fruticultura
21. Oficina Poda
22. Visitas
Assist Técnica
23.Discussão
propriedade
rural produtiva
24.Oficina de
jardinagem
ecológica
25.Reflexão
sobre os
resultados e
assistência
técnica
26. Discussões
sobre a
continuidade
27. Encontro de
confraternização
42
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Cronograma Físico Financeiro
ORÇAMENTO PROJETO ÁGUA DOCE
DESPESAS CORRENTES
MÊS 1
MÊS 2
MÊS 3
MÊS 4
MÊS 5
MÊS 6
MÊS 7
MÊS 8
MÊS 9
MÊS 10
MÊS 11
MÊS 12
MÊS 13
MÊS 14
MÊS 15
MÊS 16
MÊS 17
MÊS 18
TOTAL
Serviços de terceiros
Técnico agrícola e gestor ambiental - coordenador 3.350,00
Trabalhador braçal
420,00
3.350,00
420,00
Geógrafo
3.350,00 3.350,00 3.350,00 3.350,00 3.350,00 3.350,00 3.350,00 3.350,00 3.350,00 3.350,00 3.350,00 3.350,00 3.350,00 3.350,00 3.350,00 3.350,00
420,00
420,00
420,00
420,00
420,00
420,00
420,00
420,00
420,00
420,00
420,00
420,00
420,00
420,00
60.300,00
420,00
1.800,00
Oficineiro agroindústria familiar
Subtotal pessoa física
420,00
2.000,00
3.770,00
3.770,00
5.570,00 3.770,00 3.770,00 3.770,00 3.770,00 3.770,00 3.770,00 5.770,00 3.770,00 3.770,00 3.770,00 3.770,00 3.770,00 3.770,00 3.770,00 3.770,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00 1.080,00
4.250,00
4.250,00
71.660,00
Pessoa jurídica
Aluguel de veículo
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
480,00
9.240,00
6.050,00 4.250,00 4.250,00 4.250,00 4.850,00 4.250,00 4.250,00 6.250,00 4.250,00 4.250,00 4.250,00 4.250,00 4.250,00 4.250,00 4.250,00 4.250,00
80.900,00
Aluguel de van (visita técnica)
Subtotal pessoa jurídica
SUBTOTAL SERVIÇOS DE TERCEIROS
480,00
600,00
Material de consumo
Sementes de adubação verde
1.000,00
1.000,00
Sementes de hortaliças
3.500,00
3.500,00
Papel (material didático)
106,00
106,00
Cartucho para impressora (2)
100,00
100,00
25,00
25,00
CDs
Alimentação (visita técnica)
250,00
1.400,00
1.650,00
43
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Outros (evento previsto na atividade 27)
500,00
500,00
2.880,00
Combustível
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
Subtotal material de consumo
160,00
4.660,00
160,00
391,00
160,00
160,00
410,00
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00
160,00 1.560,00
160,00
660,00
9.761,00
4.410,00
8.910,00
6.210,00 4.641,00 4.410,00 4.410,00 5.260,00 4.410,00 4.410,00 6.410,00 4.410,00 4.410,00 4.410,00 5.810,00 4.410,00 5.810,00 4.410,00 4.910,00
90.661,00
SUB TOTAL DESPESAS CORRENTES
DESPESAS DE CAPITAL
Equipamentos
0,00
Secador solar
Subtotal equipamentos
600,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
600,00
600,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
600,00
Material permanente
Filme para estufa(108x8m)
4.520,00
Filme para estufa(105x3m)
1.400,00
Mourão
4.520,00
1.400,00
3.000,00
3.000,00
Prego
150,00
Ripa
600,00
600,00
3.505,46
3.505,46
Vergalhão 3/8
Vergalhão 3/16
Mangueira de irrigação
Parafusos com porcas
Serra de metal
150,00
360,00
360,00
1.200,00
1.200,00
45,00
45,00
72,00
72,00
300,00
300,00
Regadores (4 unid)
60,00
60,00
Calendario lunar biodinamico (2)
50,00
50,00
Bombona plastica 200 litros ( 6 unid)
44
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Subtotal material permanente
0,00
4.200,00 11.062,46
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
15.262,46
SUB TOTAL DESPESAS DE CAPITAL
0,00
4.200,00 11.062,46
0,00
0,00
0,00
0,00
600,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
15.862,46
TOTAL DESPESAS
4.410,00 13.110,00 17.272,46 4.641,00 4.410,00 4.410,00 5.260,00 5.010,00 4.410,00 6.410,00 4.410,00 4.410,00 4.410,00 4.410,00 4.410,00 5.810,00 4.410,00 4.910,00 106.523,46
45
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Memória de Cálculo
MEMÓRIA DE CÁLCULO - MATERIAL DE CONSUMO E PERMANENTE
DEMONSTRATIVOS DE QUANTITATIVOS
Material de consumo
Sementes de adubação
verde
Unidade
sc
Quantidad Custo
e
unitário
Total
50
30
175
10
2
1
20
10,6
50
25
25
10
Obs.
1500
* custo médio, varia
3500 com a espécie
106
100
25
* participantes (20),
250 motorista e equipe
* verba - organização,
1400 alimentação.
divulgação, contr.
músico, etc
Sementes de hortaliças
Papel (material didático)
Cartucho para impressora
CDs
Alimentação (visita
técnica)
lata
resma 500fl
unid.
unid.
Outros (evento)
verba
Combustível
Equipamentos
Pen Drive
Secador solar
Material permamente
Filme para
estufa(108x8m)
Filme para
estufa(105x3m)
Mourão 3m
litro
70
unid.
unid.
1
1
100
600
100
600
bobina
6
920
5520
bobina
dz
2
50
700
70
1400
3500
quilo
m
m
m
m
quilo
unid.
20
1800
200
60
1700
5
1
7,5
0,33
21
6
1
9
72
* média, varia com o
150 tamanho
600
4200
360
1700
45
72
unid.
unid.
6
4
50
15
300
60
unid.
2
25
50
Prego
Ripa
Vergalhão 3/8
Vergalhão 3/16
Mangueira de irrigação
Parafusos com porcas
Serra de metal
Bombona plastica 200
litros
Regadores (4 unid)
Calendario lunar
biodinamico
unid.(almoço)
2,285 160/mês
46
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
MEMÓRIA DE CÁLCULO - RECURSOS
HUMANOS
Especificação
Técnico agrícola e gestor ambiental - coordenador
Trabalhador braçal
Geógrafo
Oficineiro agroindústria familiar
Unidade
salário
dia
hora
hora
Quantidade
Valor unit.
3350
03/sem (12/mês)
35
30
60
20
100
Total R$
3350/mês
420/mês
1800 no total
2000 no total
47
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Projeto Água Doce
Financiador:
FEMA – Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Instituições Parceiras:
Instituto Pedro Matajs
Sítio Dourado
Proponente:
AAO - Associação de Agricultura Orgânica
Relatório do mês de fevereiro de 2009
Coordenador Geral: Hamilton Trajano
Pré-diagnóstico
Foi dado início a partir da assinatura do convênio no dia 12/02/2009 os trabalhos
de detalhamento do cronograma do projeto e remanejamento dos recursos do
orçamento, devido aos preços atuais que não condizem com os orçados na época da
aprovação do projeto abril/2008, novos orçamentos e ações estão sendo refeitos para a
busca de soluções criativas e viáveis para o inicio do projeto.
Está em andamento a construção da proposta de trabalho do geógrafo e do
oficineiro da área de alimentação com as informações que estamos coletando junto ao
Sr.Daniel e a Sra.Leila.
.
48
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Preparar a infraestrutura e materiais
Começamos a fazer as cotações de veiculo para uso do extensionista e
constatamos aumento do preço da locação, de modo que ficou inviável, sugerimos uso
de carro próprio do profissional para as atividades, já em apreciação junto ao CADES.
Foi feito contato com os oficineiro, haja visto, a desistência do geógrafo e sua
substituição por outro profissional capacitado para o projeto, foi feito pedido de
detalhamento de suas atividades para apresentação oficial do mesmo junto aos
convidados.
Desde a assinatura do convenio no dia 12/02/2009 estamos trabalhando na
reunião de corpo de profissionais para descrever em detalhes as atividades que virão a
acontecer durante o projeto.
Preparar a base da propriedade para a sua função demonstrativa
Estamos fazendo a cotação dos mourões para construção das semi-estufas de
cultivo, que por conta de uma norma na legislação é proibido corte de eucalipto dentro
das APAS e região sem licença para corte, tirando a possibilidade de compra na própria
região em breve estaremos com a solução deste problema.
Foi feita a escolha do local onde será a construção das semi-estufas de cultivo.
Visita a produtores
18/02
Foi visitado o Sr.Lindolfo Helfstein Fidêncio, produtor de hortaliças
convencionais, foi observado o plantio morro abaixo; a efetiva degradação de solo e alto
índice de doenças e perdas.
Reuniões de planejamento
Aconteceu no dia 27/02/2009 reunião com o Sr.Daniel, o Sra. Leila,
Srta.Angelina e Arlindo para planejamento das atividades e sensibilização para o
projeto.
49
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Fiz uma exposição dos objetivos do projeto.
Falamos sobre como seria a transição para a agroecológia; preparação da infraestrutura e os materiais necessários a implantação das tecnologias apropriadas; das
práticas sustentáveis e quais seriam os adubos e controles naturais aplicados.
Foi falado como funcionarão as oficinas quem serão os profissionais envolvidos
e suas participações, os melhores dias para sua execução; onde e quem visitar, para
assim iniciarmos os convites para o projeto e a sensibilização com os agricultores.
Esta sendo definida a data oficial para apresentação do projeto que será no mês
de abril 2009, onde já terei tempo hábil para fazer as visitas de sensibilização.
Foi definido que não haverá a contratação de mão de obra braçal via carteira
assinada, por conta de não haver uma pessoa fixa para a atividade.
Discutimos sobre a importância do Sr. Daniel no acompanhamento das
visitações aos agricultores para gerar mais credibilidade.
Em trabalhos de entendimento dos processos de manejo da propriedade do
Sr.Daniel foi detectada a incidência de rizoctonia na alface, doença fungica, que causa
grande perda na propriedade.
Houve a participação de membros da equipe técnica (financeiro - AAO e
coordenação) junto ao CADES, em reunião para esclarecimentos sobre a prestação de
conta e relatórios mensais junto ao CAT.
50
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Projeto Água Doce
Financiador:
FEMA – Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Instituições Parceiras:
Instituto Pedro Matajs
Sítio Dourado
Proponente:
AAO - Associação de Agricultura Orgânica
Relatório do mês de março de 2009
Coordenador Geral: Hamilton Trajano
Preparar a propriedade para função demonstrativa
Dando continuidade ao desenvolvimento do projeto, conforme reunião de
planejamento no dia 27/02, foi feito trabalho de sensibilização na propriedade
demonstrativa para iniciarmos os trabalhos de cobertura morta e rotação de cultura, com
o objetivo de diminuir a incidência das doenças; e escolha da área para plantio de
adubação verde com o mesmo objetivo.
Foi definido entre o Sr.Daniel e o Sr.Arlindo, que vamos diminuir a área
plantada e cuidar melhor da mesma.
Iniciou no do dia 05/03/2009 os trabalhos de campo do Sr. Aparecido - força de
trabalho contratado pelo projeto para ajudar nas atividades.
51
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Foi feita a medição da área com o intuito de fazer divisão de glebas de plantio e
começar a entender quais as rotações que foram feitas anteriormente, para assim fazer
planejamento das rotações e ações futuras.
Iniciou-se o corte do capim que será usado para cobertura morta, após sua
secagem.
Iniciou-se a técnica de plantio de feijão como forma de captar nitrogênio da
atmosfera - a técnica consiste em plantar um pé de feijão a cada 3 metros lineares.
Conversamos sobre a possibilidade de introduzir minhocas nos canteiros que
receberão cobertura morta, para incrementar com vida este solo, pois é notável a sua
deficiência e conseqüentemente a baixa fertilidade, entendendo que a partir destas
técnicas começaremos a melhorar as condições físico-químico-biológicas do solo.
Acompanhamento do Sr. Daniel e Sr. Arlindo para entendimento de como é o
planejamento da propriedade. Não consegui entender como é este planejamento, ainda é
cedo para tirar conclusões, mas me parece que existe um planejamento caótico onde não
há escala de produção, haja visto o distanciamento entre o Sr. Arlindo e Sr. Daniel.
Foi organizada uma reunião no Instituto Pedro Matajs no dia 20/03 para
sensibilização e apresentação de alguns membros da equipe técnica do projeto. Para
falar sobre suas contribuições, estavam presentes a Dra. Ondalva Serrano, agrônoma da
Associação de Agricultura Orgânica, a Dra. Cleusa Mantova - do Instituto Biológico, a
Sra. Leila - do Instituto Pedro Matajs, o Sr.Daniel - agricultor proprietário onde o
projeto está inserido, e o Sr.Luciano - articulador local.
Foi coletado material de solo e plantas para análise laboratorial.
Foi feito no dia 23/03 o primeiro biofertilizante de plantas do projeto, iniciando
os preparativos de adubações alternativas.
Acompanhamento e orientação sobre as técnicas assimiladas como cobertura
morta e plantio de leguminosas nos canteiros junto ao Sr. Daniel e Aparecido.
No dia 27/03 foi feita divulgação no Posto médico do Embura sobre a
apresentação do projeto. Neste dia houve monitoramento do projeto e capacitação do
Sr.Daniel e Antonio sobre agroecologia.
52
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
No dia 28/03 houve a apresentação do geógrafo Alexandre ao Sr.Daniel e Sr.
Arlindo. Também coletamos dados para preparação da propriedade para as curvas de
desnível.
É importante ressaltar que estamos finalizando o segundo mês do projeto com o
cronograma de atividades realizado, porém não está ocorrendo a liberação de recursos
para a realização das atividades.
Iniciamos a preparação da propriedade para sua função demonstrativa com
cobertura morta e plantio de feijão nos canteiros. Foi preparado o primeiro
biofertilizante antecipadamente, meta que teríamos que cumprir no mês de abril. Este
material servirá como uma das fontes de adubação na propriedade demonstrativa.
Resolvemos fazer a apresentação do projeto depois de 45 dias da divulgação,
pois tivemos uma boa divulgação pelos meios que utilizamos – rede da APA e o jornal
local.
Participei de reunião na Câmara Técnica de Agricultura na Casa do Agricultor
em Parelheiros onde pude apresentar o projeto para participantes.
Neste dia fiquei sabendo através da Sra.Leila que o contato que nos forneceria
toras de eucalipto para a construção das estufas dobrou o preço das toras de 3m. de
R$5,00 para R$10,00. Estamos vendo alternativas de compra e de troca de material para
sua construção.
Preparar a infra-estrutura e materiais
Foi visitado um articulador da região, monitor ambiental, Luciano - morador da
Rua Braga, Sitio da Lua Cheia, Embura - convidado para acompanhamento do técnico
responsável, para indicações de possíveis agricultores e outros sitiantes, para fazerem
parte do projeto, haja visto ele ser um agente local e ter cadastro de produtores com
potencial para fazer parte do projeto.
Foi feito o conteúdo do convite para apresentação oficial do projeto que será no
dia 02/04/2009 as 16:00h no Instituto Pedro Matajs e comunicação via grupos das
APAS e outros em rede na internet.
53
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Visita técnica
Foi feita uma visita ao Senhor Armando Antonio dos Santos - no bairro do
Embura, na Estrada do 15, no. 1604 - produtor de hortaliças, shitake e grama preta. Sua
propriedade tem 3 alqueires de área plantada onde ele trabalha com seu filho. Esta visita
foi para divulgação e convite para o projeto, dando continuidade a sensibilização dos
produtores.
Neste primeiro momento estou evitando bater fotos das propriedades dos
produtores, pois não os conheço, e quero evitar qualquer nuance de invasão; num outro
momento faço o registro fotográfico e lhes envio para apreciação.
Foi feita visita acompanhado da Sra. Leila do Instituto Pedro Matajs, ao
Sr.Antonio da Cruz Ferreira e sua esposa Sueleni Aparecida dos Santos Ferreira localizado a Rua Viterio Rosat, 613 - Sitio Canela Branca, agricultor familiar, produtor
de hortaliças convencional - para convite e sensibilização para o projeto.
Tenho notado através das conversas com os convidados que todos têm anseio
por projetos práticos com técnicas que demonstrem na prática soluções para os
problemas apresentados, que atendam as suas reais necessidades. Reclamam de projetos
teóricos que não são condizentes com a realidade local.
Foi visitado a Sra.Marisa, comerciante do Embura, liderança na organização
sócio ambiental, para convite e sensibilização do projeto.
Foram visitados produtores e articuladores.
•
Maria Lucia Cirillo, comerciante líder comunitária, moradora da Rua Manoel
Martins Araújo, 20 - Estr. Eng.Marsilac;
•
Senhor Hélio Dario Muccillo, sitiante aposentado - morador da Rua Sta. Cruz,
80 –em Eng.Marsilac;
•
O Projeto Mão Cooperadora do Pastor Erminio Estr. Capivari, 193 - projeto
Social de produção de hortaliças para abastecimento de creche própria;
•
Sr.Flavio Siqueira de Franca, agricultor familiar, produtor de hortaliças Estr.Eng.Marsilac, 3012;
•
Sr.Paulo, produtor de plantas ornamentais, morador da Av. José Lutihezer, 45 bairro da Colônia;
54
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
•
Todos foram convidados para a apresentação do projeto.
Considerações finais
Não atingimos a meta de plantio de adubação verde, pois o recurso ainda não foi
liberado.
55
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Projeto Água Doce
Financiador:
FEMA – Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Instituições Parceiras:
Instituto Pedro Matajs
Sítio Dourado
Proponente:
AAO - Associação de Agricultura Orgânica
Relatório do mês de abril de 2009
Coordenador Geral: Hamilton Trajano
Considerações gerais
Conforme mês anterior começou as atividades de preparação da propriedade
para a sua função demonstrativa e organização para a apresentação do projeto.
Houve preparo de biofertilizante anteriormente, assim adiantamos uma meta
deste mês.
No dia 02/04, foi apresentado oficialmente o Projeto Água Doce para
convidados. Estavam presentes 30 pessoas, onde nove eram agricultores, os demais de
instituições (ONGs), poder público - através da Casa da Agricultura e Cades,
articuladores da região, parceiros e membros da equipe. Foi feito lista de presença.
56
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Foi apresentado o que é o projeto; cada membro da equipe falou sobre suas
competências.
Todos falaram sobre suas expectativas e necessidades, principalmente os
agricultores.
Foi feito lista de cadastro, base para o início dos convites para as oficinas e
assistência técnica.
Foi pedido para que as pessoas ajudassem na divulgação para vizinhos e
interessados.
Visitas aos produtores
17/04
Visita ao Sr. Armando - horticultor convencional - estavam presentes seus
parceiros - seu filho e cunhado -, foram tiradas dúvidas sobre adubação natural, controle
de insetos e foi firmada a continuidade da assistência técnica.
18/04
Visita ao Sr.Nelson - horticultor convencional e produtor de ornamentais - foi
conversado sobre adubações, fertilidade da terra e o contexto histórico da agricultura
como forma de identificar soluções à situação da agricultura atual como:
comercialização, alternativas de adubações, controle natural e assistência técnica.
22/04
Visita técnica a propriedade do Sr.Marcelo e Fabiana - produtores de hortaliças para identificação de doenças e tirar dúvidas sobre fertilização e controles naturais;
houve adesão e combinamos de fazer biofertilizante.
23/04
Visita de sensibilização ao Sr.Yukimobu e a Sra. Dina - produtores de plantas
ornamentais (lírio e copo de leite verde) - que se interessaram pelas técnicas alternativas
de adubação e controle naturais. Foi observada a alta incidência de acidez de solo,
identificados pela presença de tiririca no local e doenças como bicho mineiro. Foi falado
sobre controle do bicho mineiro e a composição da terra como forma de esclarecer sobre
a importância da fertilidade de solo, e prevenção contra o ataque de doenças nas plantas.
Eles aderiram ao projeto.
57
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
27/04
Visita ao Sr. Armando estava presente o Sr. Nelson falamos sobre receitas
caseiras de controle de insetos.
Monitoramento do Projeto
16 e 17/04
Após 40 dias de semeadura da alface no sistema agroecologico, onde foram
implantadas as técnicas de cobertura morta e plantio de feijão intercalado como planta
amiga e com o intuito de absorver nitrogênio do ar, observa-se que as plantas estão mais
verde escuras - com aparência mais saudável, porém ainda com o ataque de podridão da
saia das folhas da alface (rizoctonia).
Conversando com o Sr.Arlindo ele observa que as plantas estão mais saudáveis.
Esta sendo aplicado calcário, como forma de adubação natural e controle da
acidez de solo, no lugar da uréia (o calcário é mais barato e é mais eficiente em relação
à disponibilidade de nutrientes). Essa prática é comum no sistema de produção; as
técnicas estão sendo bem assimiladas e a mudança não oferece resistência.
Com a cobertura morta não houve necessidade de se fazer capinas.
18/04
Monitoramento no Sítio Dourado do desenvolvimento das plantas.
Foi decidido que colocaremos composto orgânico como forma de adubação em
canteiros e covas.
Foi feito levantamento de preços atualizados para compra de sementes e filme
para estufa.
22/04
Acompanhamento do desenvolvimento dos trabalhos; orientação do funcionário
sobre o andamento das atividades.
Orientação sobre solo e controles naturais de insetos e doenças com o Sr.Daniel
e Sr. Arlindo.
58
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Foi determinado que o plantio de abobrinha não houvesse aração nem gradagem.
Haverá plantio em cova com adubação natural de composto com folhas, calcário e
biofertilizante.
27/04
Monitoramento do projeto.
Preparação da Propriedade Demonstrativa
19/04
Discussão sobre qual tipo de estufa seria feito a partir da mudança do material –
de eucalipto para alvenaria - onde decidimos adotar na fixação das colunas, varas de
bambu no lugar do vergalhão (barras de ferro) como forma de introduzir formas
alternativas de construção e de ecomonia; todos concordaram.
Conversa de sensibilização com produtores de shitake que também são
agrcultores. Aproveitei o momento para reforçar o convite para o Projeto Água Doce e
explicar o que é este processo com eles. Estavam presentes cinco famílias de
agricultores.
21/04
Foi feito estaqueamento da horta para a preparação das curvas de nível. Trabalho
executado pelo geógrafo.
28/04
Orientação técnica para plantio em cova: preparar covas para plantio usando
húmus de minhoca e composto orgânico. Esta prática foi acompanhada de muita dúvida
sobre a técnica, já que normalmente o manejo usado é a aração e gradagem da terra;
nesta prática só fizemos as covas e adubamos com material orgânico. É o início de uma
quebra de paradigma que evita a movimentação da terra.
Outras atividades
22/04
Participei de audiência pública na Sabesp sobre sustentabilidade com foco na
agricultura orgânica.
59
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Projeto Água Doce
Financiador:
FEMA – Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Instituições Parceiras:
Instituto Pedro Matajs
Sítio Dourado
Proponente:
AAO - Associação de Agricultura Orgânica
Relatório do mês de maio de 2009
Coordenador Geral: Hamilton Trajano
Considerações Gerais
Continuamos com a programação com as visitas técnicas identificando as
demandas dos agricultores.
As técnicas estão sendo assimiladas pelos agricultores sem maiores problemas.
Ainda é muito cedo para podemos colher resultados, porém a terra já apresenta sinais de
recuperação; há um pequeno controle da rizoctonia da alface.
60
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Visita aos produtores
06/05
Visita técnica ao Sr. Armando – agricultor, produtor de hortaliças - foi feito
cobertura morta em um canteiro para teste; verificou-se que a palhada mantém a
umidade e diminuição de campinas; foi falado sobre controles naturais; foi deixado
livro com receitas de controles naturais para fazer fotocópias.
Acompanhamento dos trabalhos com o Sr.Arlindo e esclarecimentos sobre
dúvidas.
07/05
Visita ao Sr.Antonio - agricultor familiar; foi observado que ele tem a
preocupação com inovações de técnicas alternativas; ele prática plantios consorciados.
O solo da propriedade é bem compactado com grande incidência de doenças.
Foi falado sobre controle biológico.
15/05
Visita de acompanhamento técnico a propriedade do Sr.Lindolfo - produtor de
hortaliças - para sensibilização de uso de técnicas alternativas de cultivo. Foi
identificado processo de erosão de alto grau na propriedade e perda da camada
superficial de solo, conseqüentemente, alto índice de doenças e perda de produção.
21/05
Visita de divulgação do Projeto Água no bairro da Cratera.
Acompanhamento da construção das colunas que servirão de base para as
estufas.
Preparar a propriedade para a função demonstrativa
01/05
Fizemos curvas de nível para dar continuidade aos trabalhos de conservação de
solo, não houve resistência por parte do Sr.Daniel e Arlindo, quebramos o paradigma de
se fazer canteiros morro abaixo.
61
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
14/05
Plantio das sementes de adubação verde como forma de conservação de solo;
início da recuperação da biomassa do solo
22/05
Acompanhamento do projeto: verificação do desenvolvimento do plantio de
adubação verde e desenvolvimento das hortaliças.
Preparar a infraestrutura e materiais
04/05
Levantamento final de preços de sementes de adubação verde e hortaliças.
13/05
Compra das sementes de adubação verde para plantio de inverno.
Acompanhamento da Comissão de Avaliação Técnica ao projeto Água Doce.
27/05
Compra de sementes de hortaliças.
Acompanhamento do projeto: verificação do desenvolvimento da alface no qual
foi usado biofertilizante como agente substituto ao adubo químico e defensivo químico
sintético; observa-se uma diminuição de ataque de fungos que causa a podridão da saia
da alface (Rhizoctonia).
Oficina de mapeamento e planejamento conservacionista
28/05
Oficina de mapeamento e planejamento conservacionista com o geógrafo: foi
observada a carta topográfica para identificação das propriedades dos participantes e
verificado o quanto importante são as curvas de nível para diminuição da velocidade da
água, como forma de evitar a erosão e o assoreamento dos cursos de água.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Projeto Água Doce
Financiador:
FEMA – Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Instituições Parceiras:
Instituto Pedro Matajs
Sítio Dourado
Proponente:
AAO - Associação de Agricultura Orgânica
Relatório do mês de junho de 2009
Coordenador Geral: Hamilton Trajano
Considerações Gerais
Fizemos nossa primeira Oficina reunindo dez agricultores que em nosso
entender é um número bastante expressivo. A importância das oficinas é grande, pois
coloca a possibilidade da troca de informações das experiências vividas com as novas
informações aportadas pelos participantes.
Visita aos produtores
12/06
Visita técnica a Sueli Maria Consolina, moradora Estrada da Vargem Grande
504, sitiante, produtora de frutíferas, para identificação de doenças nas frutíferas e
soluções ambientais para a propriedade.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Acompanhamento do desenvolvimento na produção e aplicação de
biofertilizante na propriedade do produtor Marcelo Yoneyama e agendamento de data
para assistência técnica para fazer curvas de nível em sua propriedade; foi verificado
que ele esta fazendo adubação verde com aveia preta e nabo forrageiro em uma área de
sua propriedade.
17/06
Visita a campo na propriedade da Sra.Jackie, produtora de shitake, amora e
criadora de cavalos; o objetivo foi dar soluções ambientais para a propriedade como um
todo, a saber: sugestão de adubação verde, reforma de pasto e capineiras; foi falado
sobre a possibilidade de montar um grupo para produção de medicinais e aromáticas,
como forma de aumentar a renda e ter mais opções de plantas para rotação de culturas.
Preparar a propriedade para a função demonstrativa
01/06
A partir de hoje começa uma nova força de trabalho que fará o serviço do dia a
dia - o Sr. Antonio, a quem foi esclarecido sobre o funcionamento do projeto e o seu
papel no desenvolvimento do mesmo. Ele foi contratado para trabalhar três dias por
semana. Como o seu trabalho se inicia três meses depois do inicio do projeto, usaremos
o recurso destes meses, na sua força de trabalho diariamente, até que seja esgotado todo
o recurso destinado para este fim.
Acompanhamento do projeto e esclarecimento aos envolvidos.
02/06
Acompanhamento do projeto com esclarecimento sobre o cultivo consorciado.
Estamos colhendo a segunda safra de alface com controle de doença fungica
rizoctonia.
11/06
Verificação do desenvolvimento das plantas.
17/06
Compra de material para término da construção das estufas.
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FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Conversa com o Sr. Daniel sobre cultivo consorciado, novas alternativas de
cobertura morta, haja vista, o baixo desenvolvimento do capim que usamos para
cobertura morta por conta do inverno seco.
19/06
Acompanhamento do Projeto.
Festa da APA, plantão no Stand dos projetos de agricultura.
24/06
Acompanhamento e verificação do desenvolvimento da adubação verde.
29/06
Verificação do desenvolvimento das plantas nas quais estão sendo usado o
biofertilizante e a constatação de que as plantas estão mais sadias, mesmo sendo inverno
e onde os ataques são menores. Em comparação com o ano anterior, segundo o Sr.
Daniel, aparentemente as plantas estão mais bonitas, com tonalidade mais verde escura.
30/06
Conversa com o Sr.Daniel sobre arrumarmos outra fonte de matéria orgânica
para repormos, com mais rapidez, esta faixa de fertilidade tão importante para a horta;
foi decidido ainda que toda a M.O. disponível dentro da propriedade será aproveitada,
principalmente aqueles materiais que ficam na beira da estrada sob a mata.
Preparar infraestrutura e materiais
11/06
Acompanhamento da colação de algumas colunas que sustentarão as estufas.
24/06
Acompanhamento da construção da estufa e ajustes técnicos por conta do uso do
novo material.
25/06
Acompanhamento da construção da estufa.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Outras atividades
10/06
Reunião com os coordenadores dos projetos do FEMA, sobre agricultura, para
criar formas de interação e aprendizado.
16/06
Pagamento do filme para a estufa. Acompanhamento do projeto.
20/06
Plantão na barraca de agricultura, na Festa das Apas.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Projeto Água Doce
Financiador:
FEMA – Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Instituições Parceiras:
Instituto Pedro Matajs
Sítio Dourado
Proponente:
AAO - Associação de Agricultura Orgânica
Relatório do mês de julho de 2009
Coordenador Geral: Hamilton Trajano
Considerações Gerais
Nesse mês que passou me dediquei mais a propriedade demonstrativa, pois
estamos construindo a estufa e há uma dificuldade por conta do uso dos novos
materiais.
Irei começar a intensificar as visitas técnicas a partir deste mês.
Preparar a propriedade para a função demonstrativa
01/07
Conversas com o Sr.Daniel sobre o cultivo consorciado e sobre plantio de
aromáticas e temperos, para controles de insetos e doenças e para confecção de
inseticidas naturais; foram compradas sementes destas mesmas plantas.
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FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
03/07
Trabalho de coleta de plantas (alface, batata doce) para análise em laboratório no
Instituto Biológico para detectar tipo de doença e acompanhamento do nível de
infestação de Rhizoctonia principalmente na alface.
Está sendo planejada, junto com o Instituto Biológico, uma pesquisa para
entender os processos de ataque de doenças na alface.
Foi explicada, pela bióloga Cleuza Mantova, a vantagem de se fazer consórcios
e rotações de culturas para diminuição de ataques de insetos e doenças e sobre o
controle com fungos desenvolvidos em laboratório para controle da Rhizoctonia na
alface; estavam presentes o Sr.Daniel e o Sr. Arlindo.
Preparar infraestrutura e materiais
02/07
Compra de galão usado de 200 litros para fazer biofertilizante.
Articulação para adquirir muda de capim elefante para fazer quebra vento e
como fonte de matéria orgânica para cobertura morta; foi articulado com um agricultor
na região que nos fornecerá as mudas.
Acompanhamento do projeto
08/07
Acompanhamento do projeto.
09/07
Acompanhamento do projeto.
12/07
Reunião da Câmara Técnica de Agricultura para discutir os detalhes do encontro
dos projetos de agricultura contemplados pelo FEMA.
14/07
Acompanhamento do desenvolvimento do projeto e identificação do ataque de
doença na alface e uso de defensivo para controle da rizoctonia, já que o solo ainda não
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FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
tem resistência para tal combate e o biofertilizante não esta sendo usado como deveria;
haja vista a bomba que joga água na horta não estar funcionando, porém já resolvemos
este ponto com a introdução de outra bomba.
Iremos aplicar biofertilizante nas mudas de alface, ainda na bandeja para
controlar a rizoctonia na bandeja. Identificação de manejo equivocado na produção de
mudas, pois não há efetivo manejo de lavagem e controle de doenças nas bandejas
atualmente.
15/07
Semeadura de plantas aromáticas e ornamentais com o objetivo de inibir ação de
doenças na horta.
21/07
Acompanhamento do desenvolvimento da estufa, firmando com o pedreiro o que
se combinou anteriormente.
23/07
Definição do plantio de capim como forma de quebra vento.
Conversa sobre controle biológico na plantas.
Transporte de matéria orgânica oriunda de folhas decompostas, na propriedade,
como forma de recomposição da matéria orgânica nos canteiros.
Acompanhamento da colocação dos arcos na estufa.
27/07
Conversa com o Sr.Daniel, sobre variedades de hortaliças mais resistentes a
ataques de doenças. Entendimento de como se processa a erosão dentro da propriedade.
28/07
Encontro dos coordenadores dos projetos de agricultura do FEMA
Preparar infraestrutura e materiais
02/07
Compra de galão, usado, de 200 litros para fazer biofertilizante.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Projeto Água Doce
Financiador:
FEMA – Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Instituições Parceiras:
Instituto Pedro Matajs
Sítio Dourado
Proponente:
AAO - Associação de Agricultura Orgânica
Relatório do mês de agosto de 2009
Coordenador Geral: Hamilton Trajano
Considerações Gerais
Todas as ações do projeto foram e são pensadas a partir do principio educativo e
social do “aprender e ensinar”.
Não aprendemos se não sentimos; em sua função laboratorial a propriedade
demonstrativa experiência novas abordagem a partir do conhecimento adquirido,
somando com a nova realidade que é o Sitio Dourado e seus representantes; o foco não
é mais apenas sobre certo e errado, pois há o aprendizado e seu ritmo.
70
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Visita aos agricultores:
03/08
Visita para convite aos agricultores: Silvio, Otsuka, Antonio e Nelson, para
convite da oficina de biofertilizante; aproveitei para reiterar a disponibilidade do projeto
em oferecer assistência técnica gratuita.
04/08
Visita aos agricultores: Sr. Armando, Nelson, Ana das Dores, para convite da
oficina de biofertilizante. Preparação da estrutura para fazer a oficina de preparação de
biofertilizante.
Oficina
05/08
Oficina de biofertilizante onde estavam presentes agricultores e sitiantes da
região; foram produzidos 2 galões de 200 litros. Aproveitei a oportunidade para fazer
uma oficina geral de reconhecimento da propriedade pelos agricultores, já que a infraestrutura da propriedade modelo se consolidava. Foram tiradas as dúvidas sobre a
construção da estufa, ataque de doenças e outras técnicas da agroecologia; os
agricultores se interessaram em fazer o biofertilizante em suas propriedades e será
disponibilizada a mão de obra técnica para fazer biofertilizante nas propriedades dos
interessados.
Preparar infra-estrutura e materiais
07/08
Verificação do desenvolvimento do biofertilizante feito na oficina de
biofertilizante; marcação das linhas do plantio de capim para quebra vento e
acompanhamento da construção da estufa.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Preparar a propriedade para a sua função demonstrativa
10/08
Acompanhamento da construção da estufa e desenvolvimento das plantas;
ataque de doença na cenoura, por conta do excesso de chuvas; constatou-se grande
perda na produção, pois a variedade usada não é resistente à chuva.
17/08
Acompanhamento do projeto e escolhas das plantas para adubação verde de
verão.
18/08
Definição de ações do projeto e plantio em covas dos cultivares que serão
plantados no verão sem ser necessário aração de terra.
Identificação de contaminação na estufa de germinação, produção de mudas,
ações de controle de doenças fungicas nas bandejas e vulnerabilidade das estufas na fase
de germinação; foi conversado que a estufa precisa de reforma e assepsia para controle
das doenças; foi observado ainda que a água de irrigação pode estar contaminada e
mesmo o próprio substrato; foram planejadas as ações necessárias para erradicar estes
problemas.
27/08
Acompanhamento do projeto.
29/08
Acompanhamento do projeto: foi verificado que um lote de alface não está com
a podridão da barra da saia, doença causada por um fungo que dizima as alfaces na
região. Houve duas aplicações de biofertilizante com cobertura morta de capim.
31/08
Fizemos uma reunião de acerto de problemas identificados ao longo do projeto
que demandam ações de controle de doenças na roça.
Foi decidido entre o Sr.Arlindo, Sr.Daniel e a Angelina (produção de mudas)
que: as bandejas serão desinfetadas com solução de cloro com água; que a estufa será
reformada; que haverá mudança de substrato para mudas; que serão feitas todas as
curvas de nível no terreno; que haverá diminuição no volume da produção para poder
gerar aumento no cuidado com a roça. Todos concordaram com essas deliberações.
72
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Foi feita uma dinâmica, onde os problemas detectados foram apresentados por
eles e foi ainda por eles buscada a solução, onde eu pude fazer acertos técnicos sobre as
soluções apresentadas.
Foi debatido sobre uma nova forma de venda, denominada de venda direta e
sobre a formação de grupos de consumidores.
Foram plantadas mudas de plantas repelentes: cravo de defunto que repele
nematóides e plantas aromáticas para fazer inseticidas naturais tais como camomila,
salvia e condimentos para comercialização, como o tomilho e o manjericão.
Outras atividades
13/08
Participação no Fórum de Tecnologia Social de Osasco, foco na Economia
Solidária.
27/08
Foi feita uma reunião com representante do CAT Sra. Lucia, mais a
representante da parceria com o Instituto Pedro Matajs, Sra.Leila, para avaliação do
andamento do projeto. Será refeito o cronograma de atividades, haja vista que mudanças
ocorreram no cronograma para assim haver o cumprimento das atividades do projeto.
Participação na reunião da câmara técnica de agricultura.
Dia de Campo
05/08
Dia de campo sobre como fazer biofertilizante, adubo natural que substitui
adubo petroquímico na lavoura.
24/08
Dia de campo sobre transição para o sistema agroecologico, recebendo grupo do
ITCP/USP, Incubadora de Tecnologias de Cooperativas Populares, onde estava presente
a Dra.Ondalva Serrano que fez palestra sobre a transição para o sistema Agroecológico;
foram abordadas as dificuldades humanas para mudar de um modelo de receitas para
um modelo de observação e construção de uma nova capacidade de leitura e
interpretação da realidade local.
73
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Foram mostradas as técnicas de cultivo e conservação de solo, bem como de
adubos alternativos. Estavam presentes cinco agricultores. O projeto Água Doce agora
passa a dar início aos trabalhos de demonstração para a extensão do conhecimento
agroecológico em construção.
74
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Projeto Água Doce
Financiador:
FEMA – Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Instituições Parceiras:
Instituto Pedro Matajs
Sítio Dourado
Proponente:
AAO - Associação de Agricultura Orgânica
Relatório do mês de setembro de 2009
Coordenador Geral: Hamilton Trajano
Considerações gerais
Nesta fase do projeto estou procurando ter um olhar global de fora para dentro
para identificar razões que impedem o desenvolvimento dos atores dentro do projeto.
Percebo que o entendimento do processo de desenvolvimento não esta sendo
entendido como processo, porque a idéia do imediatismo, a falta de experiência no
processo educacional dos parceiros, as ações da natureza (intempérie) somada fazem
com que os atores não suportem a pressão da mudança.
Por isso estou reforçando a idéia primordial do projeto que são seus objetivos e
esclarecendo sobre o valor laboratorial do projeto, onde não existe o certo e o errado e
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
sim o aprendizado, que podemos através das observações tirar proveito do caos e gerar
sabedoria.
Preparar a infraestrutura e Materiais
03/09
Colocação do filme plástico da estufa.
12/09
Conclusão da colocação dos reforços das estufas; preparamos quatro das seis
estufas previstas; choveu muito hoje o que impossibilitou a colocação do filme plástico.
15/09
Colocação do filme plástico de uma estufa que agora se somam duas estufas
prontas.
Foram roçadas as plantas de adubação verde e foi verificada uma quantidade
grande de matéria orgânica já incorporada ao solo fruto de corte anterior efetuado; a
aveia preta teve desenvolvimento satisfatório apesar da baixa fertilidade de solo
apresentada.
Seguimos agora com plantio hortaliças com a matéria orgânica em forma de
cobertura morta estamos estudando a possibilidade de fazermos um plantio direto em
cova com adubação orgânica.
Estamos deixando uma parte da adubação verde plantada para colheita de
sementes para o ano que vem.
Preparar a Propriedade para a sua função demonstrativa
09/09
Por conta dos ventos e chuvas ocorridos esta semana, que foram inclusive objeto
de noticiário, tivemos que suspender a colocação do filme plástico e de ações de
controle de reforço da estufa.
Colhemos uma safra de alface sem ataque da rizoctonia.
Nos últimos dois meses, a chuva tem sido intensa na região dificultando o dia a
dia na roça, como corte de capim para cobertura morta e manejo do solo.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
10/09
Verificação do novo processo de produção de mudas, as mudas foram plantadas
com substrato sem húmus de minhoca e substituído por areia, as bandejas foram lavadas
com solução de cloro e começamos a semear os cultivares de sementes orgânicas; até o
momento a germinação é de 100% e a rizoctonia que ataca as mudas não se manifestou.
Os tanques com água para irrigação estão higienizados e a água de rega é fresca,
isto é, não estocada.
Estamos em processo de reformulação do próximo passo que será a reforma da
estufa de germinação.
17/09
Acompanhamento do projeto.
.
21/09
Vento e chuvas fortes mostram a fragilidade da propriedade e a necessidade da
criação de quebra ventos foi decido que serão plantadas bananeiras para quebra vento e
recuperação de uma área com plantas nativas para a mesma finalidade.
Visita aos agricultores
24/09
Convite para a oficina de adubação verde.
Visita a agricultores atendidos.
Foram visitados os agricultores Marcelo e Fabiana e foi verificado que eles estão
fazendo outro galão de biofertilizante.
O Sr.Antonio esta fazendo cultivo consorciado e adubação verde, sendo
verificando que existem ações desenvolvidas com o conceito de agroecológia.
Oficina e Dia de Campo
26/09
Oficina de adubação verde, onde estavam presentes seis agricultores; foi
comentado sobre o plantio, manejo e escolha das sementes corretas. Aproveitando a
77
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
ocasião mostramos a propriedade demonstrativa e as técnicas implantadas, para os
participantes, onde o biofertilizante foi o mais questionado de todas as práticas. Foi
falado sobre o controle da rizoctonia na alface e a fertilidade de solo como controlador
do equilíbrio natural.
Foi feito contato com a CPOrg- Comissão da Produção Orgânica, para adquirir
sementes de adubação verde e distribuição para os interessados e todos da oficina se
interessaram.
Estavam presentes três novos agricultores.
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Projeto Água Doce
Financiador:
FEMA – Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Instituições Parceiras:
Instituto Pedro Matajs
Sítio Dourado
Proponente:
AAO - Associação de Agricultura Orgânica
Relatório do mês de outubro de 2009
Coordenador Geral: Hamilton Trajano
Considerações Gerais
É importante mencionar o obvio: a prática da agricultura é de alto risco, a
natureza cobra seu preço pelas ações que praticamos. Temos que tomar cuidado com o
que vemos e lemos, porque, podemos usar isso contra nós, a informação é importante,
porém temos que pensar sobre ela.
Estamos com dificuldades para trabalhar, fazer o preparo do solo para plantio, o
solo está encharcado dificultando a entrada do trator na roça e isso atrasa todo o
processo.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Ao contrario disso, visitei um agricultor que trabalha agricultura orgânica faz 20
anos, foi como se não estivesse chovendo em sua propriedade, ele usa a dificuldade a
seu favor, está colhendo alface de porte comercial, sem doença, entre outras hortaliças.
Ele está sempre preparado para qualquer adversidade, porque entendeu que o
solo é o motor que impulsiona a produção, sendo assim, o cuidado com o solo e com as
suas interelações é fundamental; observei que problemas em sua propriedade têm
solução, pois ele os transforma em ação (transformação).
Trouxe esta experiência para todos os agricultores atendidos.
Preparar a propriedade para a sua função demonstrativa
01/10
Acompanhamento do roçado da adubação verde para incorporação de matéria
orgânica ao solo para plantio.
05/10
Plantio na estufa de cultivo: primeiro plantio (alface) em estufa. Temos uma
proposta para o controle da produção.
Constatação: o solo apresenta nível baixo de fertilidade.
08/10
Reunião com o Sr. Daniel, Sr. Arlindo e Sra.Leila para avaliação do projeto,
com vistas às ações de mudanças de rumo e melhoria nas atitudes frente ao projeto.
80
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
14/10
Monitoramento do projeto: escolha do local para plantio de adubação verde;
cobertura morta e intensificação do uso de biofertilizante; criação de alternativas para
captação da água da chuva, para uso na irrigação; ainda temos dificuldade de irrigação
na parte alta do terreno. Sr.Daniel acha caro usar a bomba na irrigação dado ao retorno
que se tem; foi colocado que a falta de água compromete a produção juntamente com a
falta de fertilidade e que a água faz parte do custo de produção da mesma forma que os
demais insumos. Existe na região este modo cultural: como o custo de produção é alto e
o retorno muita vezes não compensa, há um corte em alguns itens da produção; na
irrigação e na diminuição tanto da quantidade como do número de vezes na aplicação de
adubos.
O Sr. Daniel observou que onde se tem palhada como cobertura morta as
doenças se desenvolvem com menor intensidade; isso é um sinal que ele começa a
deixar o conceito de receita da agricultura convencional para o da observação da
agroecológia.
15/10
Estamos terminando a estrutura da estufa para receber o filme plástico; as
chuvas e os ventos fortes continuam atrasando o seu desenvolvimento, porém estamos
em fase final.
16/10
Acompanhamento do desenvolvimento do projeto e plantio de adubos verde.
20/10
Reunião de avaliação: nesta reunião de avaliação de projeto estavam presentes o
Sr.Daniel, o Sr.Arlindo, Sra.Leila, Sra.Angelina e representantes do CAT, Srta.Lucia
Bellenzani e o Sr.Leo.
É importante mencionar para o aprendizado geral de todos, que uma reunião de
avaliação não pode ser conduzida como uma reunião de julgamento de valores sobre o
que está acontecendo no projeto; quando se faz isto estamos demonstrando claramente a
falta de entendimento sobre o processo de transição agroecológica; digo processo,
pelo fato de entender que um projeto como o Água Doce não pode ter a pretensão de
transformar um modo cultural de mais de 40 anos de uso de técnicas degradantes de
solo e água em um modo cultural limpo de agricultura sustentável em apenas 18 meses.
81
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
O entendimento do processo educacional é fundamental no desenvolvimento de
qualquer projeto; e que os atores envolvidos não podem jamais se colocar um contra o
outro; tem que haver diálogo, tem que haver firmeza de compromisso para com os
objetivos do projeto, que no nosso caso é de diminuir o uso de veneno e produtos
petroquímicos.
Nesta reunião de avaliação constatou-se uma condenação por parte da maioria
dos integrantes do projeto, condenando o modelo e a coordenação que sustenta o
modelo proposto como ideal; o modelo de apreender ensinando e de ensinar
apreendendo. A situação ficou bastante delicada, simplesmente por não estarem
sintonizados com o processo educacional do projeto e de seu tempo necessário de
maturação.
Acredito ser importante mencionar isso porque faz parte do processo de
desenvolvimento do projeto que servirá de modelo, para uns e para outros, de
fortalecimento.
22/10
Na propriedade demonstrativa o trabalho esta sendo direcionado para o termino
das estufas e para a cobertura morta dos canteiros e com uso do biofertilizante.
26/10
Colocação do filme plástico da terceira estufa; agora todas elas estão reforçadas.
Divulgação da Oficina sobre agroecologia no posto de saúde.
Visita aos Produtores
10/10
Visita aos produtores, José Helfstein e Otsuka; ambos os produtores de plantas
ornamentais, moradores na estrada da Vargem Grande próximos à Cratera; foi
combinado com o Sr.Otsuka que faríamos experimentos em seus canteiros com adubos
verdes e biofertilizante para comparação do desenvolvimento das plantas.
Com o Sr.José combinamos que plantaríamos sementes de adubação verde em
solo de pouca fertilidade para avaliar seu resultado.
82
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
21/10
Foi feito visita para convite para a Oficina de introdução á agroecologia ao
Projeto Mão Colaboradora no bairro Eng.Marsilac; conversa sobre estabelecimento de
parceira para acessória técnica. Houve divulgação nos bairros do entorno da atuação do
Projeto Água Doce.
Foi feita visita técnica a propriedade do Sr. Marcelo e da Sra. Fabiana para tirar
duvidas sobre o ataque de míldio nas bandejas da estufa; foi sugerido que entrassem
com controle de calda sulfocalcica e biofertilizante. Foi verificado que eles fizeram um
segundo tambor de biofertilizante que está sendo usando na alface; foram tiradas
duvidas sobre o uso do biofertilizante em outras culturas e dos problemas de aplicação
em dias de chuva; esclarecemos que o problema é o de não usar.
22/10
Foi feita visita técnica ao Sr.Otsuka e foi deixado o tambor de 200 litros para
confecção de biofertilizante; foi conversado com sei filho Emerson sobre as
propriedades benéficas do biofertilizante e como ele é feito.
Foi feita visita técnica para o Sr.José Helfstein e convite para a oficina
introdução á agroecologia; foram tiradas duvidas sobre a influência das adubações
naturais sobre o ataque de doenças e desenvolvimento da planta.
Foi falado sobre o tempo do desenvolvimento do Buchinho e do Formio (plantas
ornamentais) com adubações equilibradas.
83
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Foi feita visita técnica a Sra.Maria Consolina, moradora da Estr. da Vargem
Grande, que recebe grupo de turistas em sua propriedade, onde existe um pomar com
características de produção orgânica, como o não uso de veneno e adubos
petroquímicos; foi falado sobre controle de formigas cortadeiras e fumagina no citrus;
foi feito o convite para a oficina no Projeto Água Doce.
27/10
Foi feita a sistematização e avaliação técnica dos dados gerados até hoje pelo
projeto, com a presença da Dra.Ondalva Serrano responsável técnica pelo Projeto Água
Doce; serão entregues aos parceiros: FEMA e CAT todo o material já sistematizado no
mês de novembro 2010.
29/10
Oficina de Introdução á Agroecológia e dia de campo: estavam presentes nove
pessoas sendo que sete eram agricultores antigos e dois novos integrantes ao grupo.
84
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Projeto Água Doce
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Instituições Parceiras:
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Sítio Dourado
Proponente:
AAO - Associação de Agricultura Orgânica
Relatório do mês de novembro de 2009
Coordenador Geral: Hamilton Trajano
Considerações gerais
Este mês só não concluímos a meta sobre Oficina de Custo de Produção, que
estamos agendando para o mês de dezembro.
Em nossas visitas há novos produtores, aos quais agregamos mais dois (2),
sendo um com potencial bastante expressivo, pois é uma escola onde podemos além de
fornecer assistência técnica, ampliarmos o conhecimento para os educandos e deles para
seus familiares.
As sementes de Adubação Verde que foram distribuídas para os agricultores
foram semeadas; as sementes que foram plantadas no projeto já germinaram.
85
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Estamos em processo crescente de recuperação da fertilidade do solo, onde já
usamos 200litros de biofertilizante na propriedade; concomitantemente o Sr.Daniel está
cada vez mais consciente, foi mencionado por ele que a alface está mais macia.
Temos ainda muitos ataques de insetos e de doenças na propriedade modelo e
vejo isso como expurgo do solo, que está reagindo e nos mostrando qual é o caminho a
seguir.
Este mês tivemos um ataque de lagarta cinza de solo que destruiu as mudas de
alface, fizemos uma aplicação de inseticida à base das próprias lagartas; o Sr.Daniel não
resistiu em fazer o produto, fazendo-o com toda a prontidão, de modo que não usamos
veneno tóxico.
Foi colocado pelo Sr.Daniel recentemente que ele tem diminuído a compra de
fertilizante petroquímico, isto mostra que estamos conseguindo a partir de um agricultor
local com histórico de muita resistência ao conhecimento agroecológico, cumprir a
nossa meta principal que é a de diminuir o consumo de veneno e adubos petroquímicos
na propriedade.
A propriedade modelo pratica cada vez mais as técnicas da agroecologia por
iniciativa própria, pois o método usado de apreender ensinando esta sendo assimilado,
não causando dependência de assistência técnica e sim a própria iniciativa do agricultor
de refletir sobre os fenômenos que acontecem em sua propriedade, que refletem em sua
vida, sua propriedade, no seu município e conseqüentemente em seus pais.
Propriedade demonstrativa
04/11
Verificação dos acertos praticados em todas as curvas de nível da propriedade.
Atualmente quase toda a propriedade está com as suas curvas de desnível concluídas.
Alguns trechos ainda não estão prontos por motivo de termos cultura para colher
o que impede o trator de executá-las, porque ainda há resistência de entender o marco
inicial das curvas e pela falta de comunicação entre o Sr.Daniel e Arlindo.
Plantio de mudas: a semente orgânica adquiridas pelo projeto tem dado resultado
positivo, as mudas tem ido para o campo sem doenças.
86
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
06/11
Ajuste nas estufas. Conversa com o Sr. Arlindo sobre solo e conceitos
agroecológicos.
Tenho tido bastante dificuldade com ele, há muita resistência de aceitação do
modelo agroecologico, por conta da crença só acredito vendo.
Estamos atualmente em processo de recuperação e os resultados são lentos,
porém cada vez mais eles se manifestação. O Sr.Daniel comentou que a alface esta mais
macia isso é um fator positivo.
09/11
Acompanhamento do projeto e tomada de decisões em conjunto com a Sra.Leila
e Sr.Daniel sobre as estufas. Devido aos fortes ventos estamos mudando duas estufas,
que ficaram danificadas; iremos fazer o aproveitamento dos materiais da estufa e
transformaremos o filme plástico em túnel de cultivo forçado e sua estrutura fará um
parreiral; estamos estudando a possibilidade para aproveitamento para o cultivo de
chuchu e maracujá abrindo para a possibilidade, no futuro, de cultivo de fruta orgânica
dentro da propriedade modelo.
Oficina de custo de produção
Não foi possível a realização desta oficina, pois não havia agenda por parte do
palestrante.
Dia de campo
27/11
Foi realizado um dia de campo no Projeto Água Doce com cerca de 45 pessoas
entre educandos e educadores do Instituto Ana Lapini sobre agroecologia e meio
ambiente.
Oficina de avaliação
Está oficina foi feita no mês de outubro, com a presença dos proprietários do
sitio Dourado, Instituto Pedro Matajs e integrante da Comissão de Avaliação técnica da
87
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
SVMA, estamos terminando a sistematização para apresentar os resultados obtidos até o
momento.
Palestra
24/11
Foi feita palestra sobre agroecológia no Instituto Ana Lapini com seus
educandos, estavam presentes educandos, educadores e funcionários.
A palestra é uma forma que o projeto encontra para ampliar seu horizonte na
divulgação do Projeto Água Doce e do conhecimento adquirido dentro da região
replicando-o internamente, já que normalmente este conhecimento muitas vezes só é
buscado fora da região.
Visitas a produtores
Foram visitados cinco produtores no decorrer deste mês, sendo que dois são
novos: o Sr.Laudelino produtor de hortaliças e o Sr.Samuel do Projeto Mão
Cooperadora que atende educandos da região de Marcilac e ambos são produtores de
hortaliças para abastecimento próprio.
12/11
Acompanhamento da Dra.Cleusa e o Dr.Ricardo do Instituto biológico em visita
técnica ao Sr Arnaldo agricultor produtor de hortaliças para identificação de doenças em
sua propriedade e na propriedade modelo.
14/11
Primeira visita técnica ao Sr.Laudelino Vaz de Brito Oliveira produtor de
hortaliças para inicio de assistência técnica, este agricultor já participou de outros
projetos de agroecológia.
Foi feito convite para todas as oficinas do Projeto Água Doce.
19/11
Visita técnica ao projeto Mão Cooperadora, escola que atende crianças e
adolescentes na região de Eng.Marsilac.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Entre outras atividades são produtores de hortaliças orgânicas para
abastecimento próprio.
Foi firmada parceria com o Sr. Samuel coordenador do projeto para receber
assistência técnica e foi combinado que no dia 02/11 será feita palestra sobre o Projeto
Água Doce e os princípios agroecologicos.
Visita técnica ao Sr.Nelson Helfstein produtor de nabo, foi conversado sobre
formas de comercialização, venda e compra conjunta e mudanças climáticas haja vista
perda de produção por conta do excesso de chuva em época de estiagem.
Foi feito convite para visita técnica em propriedade agroecológica da Família
Dias em Caucaia do Alto.
Acompanhamento do Projeto água Doce onde estava tendo ataque de lagarta nas
mudas plantadas de alface, foi feito inseticida a partir das próprias lagartas, não houve a
menor resistência do Sr.Daniel em fazer o produto, haja vista ele queria aplicar venenos
convencionais tóxicos. Foi falado sobre a importância dos cuidados com a transição
para o agroecológico e a fertilidade de solo como forma de evitar ataques de insetos e
doenças.
21/11
Visita técnica ao Sr.Marcelo e Sra.Fabiana agricultores foi verificado a
incidência de ataques de lagartas na couve, foi ensinado inseticida a partir das próprias
lagartas.
Foi feito convite para visita técnica em propriedade agroecológica que deu certo.
Atividades que não estavam previstas que agregam valor para o
Projeto
Foi feita visita técnica a propriedade de uma família produtores de hortaliças
orgânicas que fazem venda direta; o Sr.Daniel e o Sr. Hélio estavam presentes.
Esta propriedade localiza-se em Caucaia do Alto-Cotia-Sp.
89
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Projeto Água Doce
Financiador:
FEMA – Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Instituições Parceiras:
Instituto Pedro Matajs
Sítio Dourado
Proponente:
AAO - Associação de Agricultura Orgânica
Relatório do mês de dezembro de 2009
Coordenador Geral: Hamilton Trajano
Considerações gerais
Tenho sondando as dificuldades dos produtores em praticar o conjunto de
técnicas abordadas até o momento e quais são aquelas que têm maior dificuldade.
A adubação verde é a mais simples, porque consiste apenas em plantar as
sementes, porém tem pouca área disponível na propriedade; quanto ao biofertilizante,
tem a dificuldade de se arrumar esterco e de como usá-lo depois de pronto, pois
acreditam que demanda muito tempo para se incorporar no solo. A rotação de cultura
não segue uma métrica por falta de área disponível; planta-se na área que tem
disponibilidade, porém é bem difícil repetir o mesmo plantio com as mesmas
variedades.
90
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Todos alegam a falta de tempo e a pouca mão de obra disponível.
Outro fator que influência diretamente na mudança é a forma de produção
atrelada ao fator comercial, criando barreiras que dificultam a mudança de paradigma.
Quando se vende para uma empresa distribuidora o agricultor é obrigado a cumprir
prazos, tendo que atender a esta necessidade e como a demanda é grande sobra pouca
área para, por exemplo, fazer adubações verdes.
Outro fator relacionado ao tempo é o tempo de pousio do solo; este não existe
nas propriedades, pois a maioria dos agricultores tem pequenas áreas o que os forçam a
produzir para atender as necessidades.
Quando o agricultor vende para feirantes nem sempre estes feirantes vendem
todos os tipos de hortaliças induzindo o agricultor a produzir só o que tem demanda e
muitas vezes a demanda não atende a necessidade do agricultor de praticar alguma
técnica como é, por exemplo, a rotação com hortaliças de raízes, pois existem feirantes
que não vendem este tipo de produto.
Propriedade demonstrativa
09/12
Monitoramento do projeto Água Doce, com avaliação do desenvolvimento da
adubação verde; as plantas estão com baixo desenvolvimento por conta da baixa
fertilidade de solo.
10/12
Monitoramento do Projeto Água Doce: foi conversado com o Sr.Daniel sobre a
possibilidade de realmente diminuirmos a produção; constatou-se a ocorrência de
muitas perdas e houve excesso de chuva, o que impossibilitou o manejo de solo para
preparo dos canteiros.
Uma alternativa encontrada foi a de se aumentar as compras para
comercialização na feira, enquanto isso se intensificava o tratamento para melhoria da
fertilidade de solo; foi mencionado o uso de cavaco de madeira para incorporação no
solo, uma vez que este material é abundante na região e possibilita uma recuperação de
solo juntamente com as outras técnicas.
91
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
17/12
Monitoramento do Projeto: conversa sobre diminuição na produção de campo e
na de bandejas; o Sr.Daniel concorda que esta prática e acredita que pode ser melhor,
porém tem insegurança em praticá-la.
18/12
Monitoramento do Projeto: plantio de sementes de adubação verde consorciado
com hortaliças. Continuamos com a recuperação da fertilidade de solo com adubação
verde e biofertilizante. Há atualmente um desânimo geral na região que também afeta ao
Sr.Daniel as grandes intensidades de chuvas do inverno causaram prejuízos, pois as
variedades não estavam adaptadas as chuvas que vieram, causando perdas; isto reflete
na condução do projeto, pois a perspectiva de melhoria está muito distante, a
recuperação de solo demanda persistência e o imediatismo é mais forte.
28/12
Monitoramento do Projeto.
29/12
Monitoramento do Projeto com encaminhamentos para o ano que se iniciará.
A perspectiva é fazer mais plantios em covas com adubos orgânicos.
Treinamento do funcionário para plantio em covas e uso de adubos com
serrapilheira.
Visitas a produtores
01/12
Acompanhamento do projeto.
03/12
Visita técnica ao Sr.Laudelino produtor de hortaliças, para entrega de sementes
de adubação verde. Foi entregue 01 kg de cada espécie: Mucuna preta, Crotalária
Juncea e feijão Guandu.
Conversa sobre fertilidade de solo e sobre os efeitos da adubação sobre a vida do
solo.
Foi enfatizada a importância de o agricultor criar um banco próprio de sementes
para depender cada vez menos de insumos vindo de fora da propriedade.
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FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
07/12
Visita técnica ao Sr.Otsuka, para inicio de testes com adubação verde para
aumento de fertilidade do solo; foram entregues sementes de Mucuna Preta, Crotalária
Juncea, e Feijão Guandu, 01 kg. de cada.
Visita Técnica ao José Helfstein para entrega de sementes de Mucuna Preta,
Crotalária Juncea e Feijão Guandu, também 01 kg de cada, para trabalhar a fertilidade
de solo em área de baixa fertilidade.
Foi verificado o desenvolvimento da Crotalaria Juncea plantada em outra área da
propriedade e as plantas estão tendo bom desenvolvimento, apesar de algumas falhas
em linhas por conta do ataque da Saracuru, ave silvestre da região.
Visita ao Sr. Antonio e D, Sueleni, produtores de hortaliças, foi falado sobre a
falta de investimento por parte dos governos para apoio ao pequeno agricultor e como
estas falhas estão sendo cobertas através da iniciativa do próprio agricultor.
Foram entregues sementes de adubação verde para plantio e recuperação de solo;
foram entregues 2 kg. de cada cultivar.
Foi falado sobre banco de sementes de adubação verde e sua importância.
08/12
Visita a D.Maria Consolina para convidá-la a participar da Oficina de Plantas
Medicinais; foi conversado sobre biofertilizante e sobre formas de comercialização para
turistas que freqüentam sua propriedade, obtendo assim mais uma geração de renda.
09/12
Visita ao projeto Mão Cooperadora, para conversa com o responsável pela horta
para conhecer o processo de produção e iniciar os trabalhos de extensão rural; foi
verificado que não há trabalhos de conservação de solo. Os cultivos são feitos morro
abaixo e não há curvas de nível, há somente incorporação de esterco como fonte de
matéria orgânica.
21/12
Visita ao Senhor Armando: fui com Sr. Daniel comprar hortaliças para compor a
sua feira; O Sr. Armando ainda usa muito inseticida petroquímico; é muito resistente a
93
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
mudanças. Continuo levando as experiências práticas que conheço, mostrando que há
alternativas de baixo custo e que diminuem a incidência de insetos e doenças na
propriedade.
Primeira visita ao Sr.José Tico, produtor de hortaliças convencionais
apresentado pelo Sr.Daniel conversou-se sobre o sistema agroecológico de produção;
combinamos que posteriormente farei outras visitas.
22/12
Visita técnica a propriedade do Sr.Marcelo e Fabiana com verificação do plantio
das sementes de adubação verde; constatamos que as sementes de Mucuna Preta não
germinaram.
Oficina de Plantas Medicinais
Não houve pessoas neste dia para o curso; faremos a oficina no próximo mês
caso haja disponibilidade do profissional da área.
Dia de Campo
O dia de campo estava atrelado a Oficina de Plantas Medicinais, logo não
ocorreu.
Palestra
15/12
Foi realizada palestra sobre o Projeto Água Doce e sobre a produção de lixo no
Projeto Mão Cooperadora, estavam presentes entre educadores, educandos e
funcionários estavam presente 77 pessoas.
Discussão sobre comércio solidário e justo e cooperativismo e
associativismo
Estas discussões estão sendo feitas com cada agricultor ou grupos de agricultores
quando estamos reunidos no campo; o tema da comercialização dos produtos é
94
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
abordado e discutimos as possibilidades do conceito com foco nas compras e vendas
conjuntas.
Falamos sobre o sistema comercial convencional capitalista que é muito forte,
que amarra a produção e onde o intermediário é o agente que lucra.
Que o foco é quebrar esta corrente e criar uma nova forma que valorize o ser
humano preserve o ambiente natural e dê lucro.
Falo sobre a força de associações e cooperativas como forma de criar uma
unidade competitiva com uma mentalidade solidária, onde valorizamos o que é uma
cadeia justa onde todos ganham, sem que haja ameaça a esta mesma cadeia.
Que o momento é de formação de redes, de olharmos para dentro e valorizarmos
o que temos. Acredito ser melhor assim, pois, fica mais informal e mais participativa.
Sensibilização à Agroindústria Familiar
Está sendo feita através da divulgação da Oficina Consciência do papel da
Mulher na Agricultura e como fazer da Culinária natural fonte de renda, prazer e
atuação na vida das pessoas e do meio ambiente.
Túnel de cultivo forçado
Começamos a construir os túneis a partir das estufas que tiveram problemas com
os fortes ventos, que destruíram 02 estufas; estamos fazendo o aproveitamento dos
vergalhões, dos canos e dos filmes plásticos.
A estrutura de colunas da estufa será plantada com chuchu ou maracujá.
Estamos estudando a possibilidade de plantio também de bucha vegetal.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Projeto Água Doce
Financiador:
FEMA – Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Instituições Parceiras:
Instituto Pedro Matajs
Sítio Dourado
Proponente:
AAO - Associação de Agricultura Orgânica
Relatório do mês de janeiro de 2010
Coordenador Geral: Hamilton Trajano
Considerações gerais
No mês de dezembro de 2009 algumas atividades não foram possíveis de
acontecer, como foi o caso da oficina de Plantas Medicinais e Aromáticas; felizmente, e
com um número expressivo de participantes, conseguimos concluir mais esta etapa, que
trouxe um aprendizado a mais e pôde reforçar aquilo que é objeto do projeto: ações
conjuntas interligadas através do processo apreender ensinando e ensinar apreendendo.
Isso traz um novo movimento, unindo o saber antigo com o saber atual, e com
isso estamos conseguimos mudar hábitos culturais antigos.
96
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Neste mês uma agricultora assistida pelo projeto me procurou e foi enfática
“quero tornar a nossa propriedade uma propriedade orgânica”; já tínhamos feito
adubações verdes e marcado uma visita para fazer um preparado de biofertilizante em
sua propriedade, porém ainda não se sentiam confiantes ou conscientes daquilo que
queriam; constatamos que agora sabem. Continuarei a assisti-los como sempre, sem
impor um sistema, mas sim, participando de uma mesma ideologia que é a prosperidade
orgânica.
Na propriedade modelo estamos diversificando as culturas e incorporando folhas
de bananeira como forma de incrementar o solo com matéria orgânica. A adubação
verde com girassol começou a florir; por ter dado baixa produção, mantivemos as
plantas como forma de deixar a roça mais bonita e agradável.
A partir de uma análise das atuações do Projeto na região foi constatado que os
agricultores em geral não têm visão de rede, que eles não têm a percepção dos
desdobramentos das ações que acontecem no dia a dia; que podemos criar uma
estratégia de ação para podermos ampliar nosso foco de ação e atingir nossos objetivos
a partir desta constatação.
Visitas aos produtores
12/01/10
Em visita técnica a Sra. Maria Consolina, foram tiradas dúvidas sobre
concorrência e absorção de nutrientes pelas plantas da mesma família, construindo
juntos os conceitos de diversidade. Foram distribuídas sementes de adubação verde para
recuperação da estrutura do solo do pomar.
Outra dúvida tirada foi sobre plantas de hortaliças plantadas consorciada com o
pomar; foi orientado ao produtor que este consórcio é benéfico, rentável e que o
desenho da propriedade para o plantio vai do conceito de diversificação que criamos e
que o importante para o pequeno agricultor é o rendimento; qualidade aliada à
preservação ambiental. Com isso tirou a idéia de que canteiros devem ser contínuos com
um só tipo de planta (monocultura).
20/01/10
Visita técnica ao Sr.Otsuka: foi decidido que a propriedade deveria se converter
numa propriedade de base agroecológica; isso é consenso em toda a família. Foi
monitorado o desenvolvimento da adubação verde; o desenvolvimento é lento e o Feijão
97
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Guandu não germinou. No dia 27/01 foi feito o primeiro biofertilizante na propriedade
do Sr.Otsuka.
Dias de campo
28/01/10
Geralmente em quase todas as Oficinas conduzidas, acabamos transformando-as
em verdadeiro dia de campo, porém isto não foi possível nesta oficina porque além da
chuva, a palestra do agrônomo que deu a Oficina de Plantas Medicinais esteve muito
interessante e acabou absorvendo toda a atenção dos participantes.
Oficinas
28/01/10
Como já foi relatado, foi realizada a Oficina de Plantas Medicinais com a
presença de 17 pessoas.
Não foi possível oferecer a oficina de Sensibilização à Agroindústria, que
estava agendada, pois o pai da palestrante se encontrava hospitalizado.
Monitoramento do Projeto
Através do acompanhamento do desenvolvimento das plantas, constatamos que:
o jiló consorciado com milho está com estado fitosanitário bom e com folhas verdes
escuras, frutos grandes e com pouca incidência de doença; segundo o Sr.Daniel o jiló
está bonito e ele concorda que o consorcio favoreceu o desenvolvimento do jiló.
Lembrando que no mesmo período em fevereiro 2009 o jiló alcançava perdas,
que, segundo o Sr.Daniel, eram de 70%.
Plantamos mudas de beterrabas (13/01). As mudas foram plantadas atrasadas,
pois estavam com um mês na bandeja, mas foram transplantadas com um tratamento de
solo melhor, pois foram incorporados: calcário, fertilizante químico e cobertura morta.
Elas serão ainda adubadas com biofertilizante. Apesar do solo ainda não estar com a sua
fertilidade recuperada, esta prática garante um resultado um pouco melhor.
98
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
As sementes de Feijão Guandu (adubação verde) que foram semeadas não
germinaram. Foi feita uma sementeira à parte para sua produção e transplante posterior;
as outras sementes de adubação verde germinaram, mas a de guandu não.
Continuamos com a construção do túnel de cultivo forçado.
A abobrinha plantada ao lado do quebra vento apresenta bom desenvolvimento.
O quebra vento evita a transmissão de doenças fungicas que são transmitidas pelo
vento.
Foi desmontada uma estufa que tinha sido danificada pelo vento com pleno
aproveitamento dos materiais para o túnel de cultivo forçado e futuro plantio de chuchu.
Depois de muito observar o comportamento do vento, com a ajuda do
funcionário Helio e do Sr. Daniel, começamos a acreditar que podemos continuar a
construção das estufas; idéia que mudamos recentemente com as novas observações do
local, da nova estrutura implantada e do caminho que faz o vento.
99
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Projeto Água Doce
Financiador:
FEMA – Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Instituições Parceiras:
Instituto Pedro Matajs
Sítio Dourado
Proponente:
AAO - Associação de Agricultura Orgânica
Relatório do mês fevereiro de 2010
Coordenador Geral: Hamilton Trajano
Considerações gerais
Continuamos neste mês de fevereiro procurando enfatizar a importância da
reposição de matéria orgânica, principalmente de fonte interna, na propriedade.
Já usamos variedades diferentes de capim, folhas de bananeira e agora pensei na
possibilidade de usar bambu em processo de decomposição.
A conscientização dos agricultores assistidos tem aumentado; o Sr.Marcelo tem
demonstrado maior interesse nas técnicas agroecológicas.
100
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Na propriedade demonstrativa, depois de um ano, estamos já colhendo
resultados qualitativos e quantitativos como é o caso do jiló; há baixa incidência de
ataque de antracnose e colheita sem perdas expressivas, como foi no ano anterior. Isso
mostra que ações conjuntas e reposição de matéria orgânica incrementam o solo de
nutrientes, trazendo saúde ambiental e aumento na produção.
As técnicas agroecológicas utilizadas estão dando resultados e mostram que por
mais que se usem inseticidas e adubos petroquímicos no solo, estamos conseguindo
diminuir a quantidade desses produtos usados. Como o Sr.Daniel já constatou e disse, o
solo está respondendo por esta diminuição. Esta experiência está demonstrando a
eficácia das técnicas agroecológicas e que o ritmo de recuperação do solo é
incompatível com o tempo desejado pelo ser humano; devemos trabalhar de modo
equilibrado com o ritmo da terra para colhermos seus frutos.
Constatou-se um interesse maior também por parte do Sr. Daniel, que
despertando para a importância dessas práticas já toma a iniciativa em busca de
alternativas de reposição de matéria orgânica. Este mês foi feita a incorporação de
material orgânico oriundo de adubação verde de verão no solo para futuro plantio.
Visitas aos produtores
04/02/10
Visita Técnica ao Sr. Zé Tico - agricultor familiar, produtor de hortaliças
convencionais - para falar sobre a base dos conceitos da agroecologia e como as
técnicas podem ajudar na fertilidade do solo e na diminuição do custo de produção.
Foi enfatizado o cultivo e incorporação de plantas (adubação verde) como forma
de adubar e aumentar a diversidade da fauna do solo. Foi feito e divulgado, o convite
para a Oficina de Custo de Produção.
08/02/10
Feita visita técnica ao Sr. Otsuka para verificar o desenvolvimento do
biofertilizante preparado; o produto está fermentando e está em bom estado,
apresentando cheiro bom e cor viçosa.
Foi combinado que faremos experiências com Gypsi (planta ornamental): uma
área com cobertura morta e outra sem cobertura morta para verificar a eficácia da
101
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
técnica. Serão plantados ainda pés de feijão como forma de fixação de nitrogênio, a
cada 3 metros.
Foi feito e divulgado o convite para Oficina de Custo de Produção.
10/02/10
Feita visita técnica ao Sr. Antonio para falar sobre os cultivos consorciados que
estão sendo feitos na propriedade modelo e seus resultados. Foi falado sobre a
importância da cobertura vegetal nesta época de chuvas, evitando lavagem do solo e
perda de nutrientes.
No momento em que cheguei à propriedade ele estava cobrindo mudas de alface
com vasinho e garrafas Pet para em seguida aplicar mata mato na área. Achei curiosa
aquela atitude, pois me pareceu uma ação consciente para não prejudicar a lavoura;
contudo lhe foi esclarecido que por mais que ele tomasse aquela atitude, o solo, que é a
base do desenvolvimento das plantas com sua matéria orgânica, estava sendo
comprometido pelo uso do herbicida.
Foi feito e divulgado convite para a Oficina de Custo de Produção.
19/02/10
Visita técnica ao Sr.Lindolfo para convite de participação na Oficina de Custo de
Produção. Ele trouxe uma demanda de doença no pimentão. A doença em questão é a
Escaldadura: doença ocasionada pela queima dos frutos. Esta doença pode ser evitada
aumentando a fertilidade de solo. O sombreamento ralo com Feijão Guandu, que
também fixa nitrogênio e incorpora matéria orgânica no solo, pela grande quantidade de
folhas que caem no solo, é uma das alternativas possíveis. Outro manejo recomendado é
a esterilização de ferramentas de colheita para evitar que doenças sejam passadas de
uma planta para a outra através da ferramenta.
Foi feita visita a casa da agricultura para divulgação da Oficina de custo de
produção, quando foi deixado material para divulgação.
O Sr. Luís, agrônomo local, se colocou a disposição para fazer a divulgação
dessa Oficina.
22/02/10
Visita ao Sr. Armando e convite para a Oficina de Custo de Produção.
102
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Visita ao Sr.Nelson e convite para a Oficina de Custo de Produção. O Sr Nelson
é um dos agricultores assistidos que pouco pratica as técnicas ensinadas. Sondando o
porquê disto ele me fez a seguinte colocação: como ele trabalha junto com o irmão, que
é uma pessoa fechada e que muito pouco se relaciona e fala com outras pessoas, ficando
mais difícil de aplicar as técnicas propostas na sua propriedade, mesmo sabendo dos
seus benefícios. Ele me colocou também que cansou de participar das reuniões, pois
numa reunião ocorrida na subprefeitura fizeram piada com uma de suas colocações e
que, muitos projetos ficam concentrados em poucas pessoas e poucos agricultores são
atendidos.
Coloquei que o Projeto Água Doce é um Projeto independente, que
simplesmente informa aos agricultores sobre técnicas e tecnologias de base
agroecológicas e que o fortalecimento do agricultor se dá através de sua participação em
associações e conselhos de agricultura, que possibilitam o acesso a recursos técnicos e
financeiros; sendo que essas entidades podem atender a um número cada vez maior de
agricultores ou grupos interessados. Faço está consideração porque não é a primeira vez
que escuto essa reclamação de agricultores locais.
Feita visita técnica ao Sr.Marcelo e Fabiana para monitoramento das técnicas por
eles desenvolvidas; a adubação verde se desenvolve muito mal, com plantas raquíticas e
pequenas, em decorrência do solo com baixa fertilidade. Foi conversado com eles sobre
o manejo da horta adotado na propriedade: o Sr.Marcelo produz poucos cultivares,
sendo a cultura da alface a sua principal atividade; as conseqüências desta prática são:
•
•
•
Há poucos cultivares para se fazer rotação de cultura;
Ocorre replantio de alface na mesma área, causando deficiências que
comprometem a resistência da plantas;
Provoca reincidências de doenças.
Outro problema enfrentado por estes produtores está na forma de comercialização
dessa produção. Essa situação obriga o agricultor a não vislumbrar uma nova saída de
seu círculo vicioso, pois as possibilidades são de venda para feirantes, de venda para
empresa intermediária ou ainda dele mesmo fazer feiras; sendo esta última a que lhe
pode possibilitar um retorno maior.
No caso do Sr.Marcelo ele comercializa para feirantes - fazendo com que ele acabe
tendo restrição na sua produção, pois o feirante só compra dele determinados produtos.
Esse processo condiciona sua pequena diversidade cultural, produzindo só o que
consegue vender aos feirantes.
103
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Foi orientado ao casal que se abrisse uma carteira de compradores feirantes para
possibilitar a venda de novos cultivares, com vistas a poder viabilizar rotações de
cultura e cultivos consorciados, que podem melhorar as condições do solo tornando-o
mais forte e gerando maior sustentabilidade da propriedade.
Prática de adubação Verde
Não há ainda, sementes de adubos verdes de inverno disponíveis no mercado.
Plantio de Adubos verde
Não houve plantio por conta da falta de sementes; no mês de março estaremos
fazendo o referido plantio.
Oficinas
A Oficina de Custo de Produção teve que ser cancelada porque a palestrante teve
um problema pessoal na ocasião. Em breve essa Oficina será executada.
A Oficina de Fruticultura será dada depois de cumprirmos a agenda das outras
Oficinas ainda pendentes (Oficina de Agroindústria Familiar e de Custo de Produção).
Monitoramento do Projeto
08/02/10
Fomos, Sr. Daniel e eu, verificar o material orgânico (cavaco de madeira) que
pudesse estar disponível para doação em serrarias; que servirá de fonte de M.O. para
enriquecimento do solo.
Na sexta-feira anterior (05/02) houve nova ventania; uma das estufas que já
tinha sido danificada pelo vento, sofreu novamente mais danos enquanto a outra estufa
ficou intacta. É conveniente estudar as razões desta diferenciação no nível de danos
(localização, estrutura, materiais, etc.)
18/02/10
Foi efetuada a compra de sementes de hortaliças.
104
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
22/02/10
Monitoramento do Projeto e conversa com o Sr.Daniel sobre a produção do jiló
e a sua colheita; foi falado sobre controle de doenças com desinfecção com álcool do
instrumental de colheita (canivete ou tesoura de poda); atualmente este manejo não é
adotado. É sabido que muitas doenças são transmitidas para os pés sadios por falta deste
cuidado. Foi sugerida a desinfecção com álcool, do instrumento de colheita, como
forma de manter a lavoura protegida.
24/02/10
Monitoramento do projeto: estamos escolhendo novas fontes de Matéria
Orgânica para incorporação nos canteiros. Foi identificada a existência de bambu em
processo de decomposição na propriedade; sugeri que incorporássemos no canteiro para
aumentar a fertilidade do solo, como forma de aproveitamento dos recursos da
propriedade e de ampliação das fontes de matéria orgânica.
Foi falado com o Sr.Daniel sobre produção de sementes em decorrência da nova
compra de sementes. Foram abordados os seguintes aspectos:
•
•
•
•
Higienização das bandejas, como forma de evitar contaminação de doenças nas
mudas, pois continuamos com perdas substanciais; há aplicação de inseticidas
nas bandejas com mudas, o que ocasiona stress, antes mesmo delas irem para o
campo. Foi reforçada a importância do uso do biofertilizante na produção de
mudas como forma de nutrição e como repelente de insetos transmissores de
doenças;
Compatibilidade das sementes de alta resposta com solos férteis - não adianta ter
boas sementes se o solo é fraco;
Banco de sementes como forma do agricultor criar autonomia e ter suas próprias
sementes;
Ida a Secr. do Meio Ambiente para pegar data show que será usado na Oficina
de Custo de Produção.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Projeto Água Doce
Financiador:
FEMA – Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Instituições Parceiras:
Instituto Pedro Matajs
Sítio Dourado
Proponente:
AAO - Associação de Agricultura Orgânica
Relatório do mês de março de 2010
Coordenador Geral: Hamilton Trajano
Considerações gerais
Este mês tem dado resultados bastante interessantes: o Sr.Otsuka diminuiu a
compra de NPK (adubo petroquímico) tendo uma economia real de R$600,00 no mês;
O Sr.Marcelo está começando a usar cobertura morta nos seus canteiros e comprou
esterco de galinha para fazer suas adubações; O Sr.Daniel tem incorporado mais matéria
orgânica nos canteiros; A Sra. Sueli está fazendo cultivo consorciado em seu pomar
com verduras e temperos e fazendo adubação verde. Sinto que efetivamente as pessoas
atendidas estão entrando num caminho sem volta, quero dizer, se conscientizaram de
que há outra maneira de produzir e que ela é benéfica para todos que estão envolvidos
na cadeia produtiva, e isto se justifica pelo entendimento de que a mudança é fácil
quando se quer mudar, para isso temos que respeitar o tempo do aprendiz e que nós só
ensinamos aquilo que temos que apreender.
106
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Visitas aos produtores
03/03/10
Visita ao Sr.José Helfstein para verificar o plantio de adubação verde: nem todas
as sementes foram plantadas, em decorrência das fortes chuvas, que comprometeram o
preparo de solo. Uma gleba foi plantada com Crotalaria Juncea; em um pedaço onde foi
feito uma queimada de galhos as plantas se desenvolveram muito bem, ficaram com
porte alto e saudável, já no restante da gleba poucos pés vingaram.
Foi falado sobre mudanças climáticas e qual seria o parâmetro para plantio a
partir de agora.
Foi observado que algumas espécies de pássaros estão freqüentando mais a
região como é o caso do Tucano e o Carcará. Vi um pássaro parecido com um ganso
que não soube identificar, é novo na região; foi atribuída a presença da polícia
ambiental e das informações sobre preservação ambiental o motivo do aumento da
população de pássaros na região.
As visitas técnicas ao Sr.José tem caráter muito forte de ser mais informativo do
que prático, haja visto, ele ser produtor de plantas ornamentais e usar pouco defensivo;
já fizemos adubação verde e controle do mato.
Participei da reunião do grupo gestor da APA.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Ida ao Centro Paulus: o Projeto Água Doce foi contemplado com mudas de
plantas nativas para plantio em áreas de preservação ambiental; são aproximadamente
70 mudas de plantas nativas.
04/03/10
Visita ao Sr.Ismael Fidêncio Helfstein, sua propriedade fica na estrada da Ponte
Alta, produtor de hortaliças.
Foi conversado sobre fertilidade de solo. A área plantada fica numa área de
várzea; solo com grande quantidade de matéria orgânica apresenta cor escura, apesar de
conter glebas com incidência de tiririca, indicador de solo ácido tóxico. O uso de
produtos petroquímicos é pequeno, dado a fertilidade natural do local.
Foi verificado o cultivo consorciado de inhame com milho.
O Sr.Ismael participou de uma Oficina pelo Projeto Água Doce e se interessou
pelo que foi comentado; disponibilizei uma apostila sobre agroecologia para ele, pois
por iniciativa própria ele já fez biofertilizante.
Foi comentado que por estar na várzea do Ribeirão Vermelho ele tem problema
com as enchentes; ele reclama que o ribeirão está entupido, disse que tem perdas
enormes por causa das ações da água; foi sugerido que ele participasse de uma reunião
do Grupo Gestor da APA para levar sua demanda para encaminhamento e solução; foi
falado sobre a possibilidade de plantio de arroz, mas parece que a região não tem clima
propício, fiquei de verificar essa hipótese.
108
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
09/03/10
Visita técnica ao Sr.Otsuka: foi verificado que o biofertilizante já está sendo
usado através de ferti-irrigação, e que as plantas de adubação verde estão tendo
crescimento lento; a Crotalária Juncea se desenvolveu bem, porém, com poucas plantas;
o feijão Guandu e o feijão de porco não germinaram, talvez porque a área alagou.
Conversando com o Sr.Otsuka ele me disse que já diminuiu a quantidade de
veneno e adubos químicos; verifiquei no quartinho onde temos o biofertilizante uma
grande quantidade de embalagem de produtos petroquímicos quando do feitio do
biofertilizante, hoje o quartinho tem pequenas quantidades de embalagens.
Foi falado sobre o uso de capim como forma de adubação e manutenção da
temperatura de solo, como forma de aumentar a vida microbiana e assim o aumento dos
controladores naturais.
16/03/10
Visita ao Sr. Marcelo: foi verificado o uso de esterco com palhada no plantio de
espinafre; segundo ele as práticas agroecológicas são cada vez mais usadas dentro da
propriedade; outro galão de biofertilizante será feito.
Foi conversado sobre a possibilidade de uma nova forma de comercialização,
com uma parceria que esta se estabelecendo com a Secretaria de Abastecimento. Isso
criará a possibilidade do Sr. Marcelo plantar raízes (cenoura, beterraba) que o
favorecerá em rotações de cultura, aumentando a aplicação de técnicas agroecológicas
dentro da propriedade.
23/03/10
Visita ao Sr. Antonio: conversei com o seu cunhado Adelino e falamos sobre o
conceito de agroecologia e comercialização da produção dentro de um contexto mais
justo e solidário; ele se sensibilizou e falamos sobre a possibilidade de uma mudança no
manejo da produção. Coloquei-me a disposição para ajudá-los e apresentei o Projeto
Água Doce. O Sr. Adelino, parceiro do Sr. Antonio, nunca me tinha sido apresentado
pelo Sr.Antonio.
24/03/10
Visita ao Sr. Marcelo: convite para reunião com a Secretaria do Abastecimento
que está criando uma possibilidade de escoamento da produção para os agricultores de
Parelheiros. Ele me disse que não se interessa em participar porque já tem compromisso
com seus clientes.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Chegou palhada oriunda de corte de grama das praças de SP em sua propriedade,
através de um contato que fiz com chefe da poda; o Sr. Marcelo agora tem a
possibilidade de fazer cobertura morta. Foi verificado também que ele comprou nove
ton. de cama de frango para adubação. Isso demonstra a transformação para uma
consciência mais expandida para a preservação ambiental e para sua prosperidade, pois
existe claramente o interesse em fertilizar e conservar a saúde do solo.
Visita ao Sr.Ismael: convite para reunião com a Secretaria do Abastecimento e
Prefeitura de Diadema para criação de um novo canal de comercialização. O Sr.Ismael
tem perfil para se enquadrar num formato de agricultura mais limpa.
29/03/10
Em visita técnica ao Sr.Otsuka foi mostrado o desenvolvimento de suas plantas
com o uso do biofertilizante; as plantas estão mais viçosas e verdes e segundo ele,
depois de um mês de uso de biofertilizante há uma economia de aproximadamente
R$ 600,00, pois não está mais comprando NPK.
Entendo claramente que a mudança comportamental da Família Otsuka em
relação ao manejo de solo, mudou a condição energética da propriedade e trouxe
melhorias no desenvolvimento das plantas. A família do Sr.Otsuka é mais um exemplo
do processo de apreender ensinando e ensinar aprendendo.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
30/03/10
Visita a D.Maria Consolina: foi mostrada a prática do cultivo consorciado em
seu pomar de frutas com hortaliças; além disto, ela está fazendo adubação verde em seu
pomar.
Foi falado sobre a vantagem da calagem.
Oficinas
30/03/10
A Oficina de custo de produção não aconteceu em decorrência da priorização da
Oficina de Fruticultura.
Aconteceu neste dia a Oficina sobre Fruticultura com foco na Bananicultura;
estavam presentes 15 pessoas entre agricultores, setor público e privado.
A oficina de poda e biofertilizante serão executadas mais adiante.
111
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Preparar a propriedade para a sua função demonstrativa
Continuamos com as técnicas de cobertura morta, rotação de cultura, aplicação
de biofertilizante e iremos neste mês fazer plantio de adubação verde. Quero fazer uma
consideração em relação ao contexto paisagístico do sítio Dourado; vejo atualmente o
sítio Dourado com uma paisagem mais harmônica, transpirando mais clareza nas suas
atitudes; tenho certeza que por conta da transformação que o Sr. Daniel vem sofrendo
com a mudança cultural de manejo da roça. A atmosfera é menos carregada de
contaminantes e os produtos são mais saudáveis.
Com a mudança de agência bancária exigida pelo departamento financeiro da
prefeitura e por conta de novas exigências de alguns documentos, os recursos do projeto
não foram depositados até o momento. Estamos sem receber desde janeiro/2010, de
modo que não podemos fazer nenhuma compra, mas já fomos informados que a
situação se normalizará e poderemos usar os recursos.
112
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Preparar a infra-estruturar e Materiais
Cobertura, com filme plástico, de mais uma estufa.
Monitoramento do Projeto
04/03/10
Foram plantadas as mudas de árvores nativas que o Projeto foi contemplado.
08/03/10
Acompanhamento do corte de capim para uso como cobertura morta
09/03/10
Descarregamento de matéria orgânica oriunda de poda de grama de praças; este
material servirá como cobertura morta, que ajudará na recuperação da fertilidade do
solo.
113
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
11/03/10
Encaminhamentos com o Sr. Hélio, funcionário do projeto, para acelerar o
processo de cobertura morta nos canteiros, isto é, corte do capim, amontoamento,
secagem e cobertura de canteiros.
Estamos comprando gasolina e substituindo o corte feito manualmente por uso
de roçadeira mecânica; foi entendido que o tempo gasto é menor e o custo/beneficio
maior, aumentando o rendimento das tarefas feitas e quantidade de matéria orgânica
disponível para cobertura morta.
16/03/10
Monitoramento do projeto: está sendo constatada a eficiência do uso das técnicas
agroecológicas na propriedade modelo, pois, no plantio de jiló as perdas foram
pequenas em relação ao ano anterior; as plantas estão com baixa incidência de doença,
com folhas verdes viçosas e produção ativa, isto é, quantidades expressivas de frutos
por pé.
Foi feito plantio de mudas de alface e brócolis; pedi que fosse feito um
consórcio de alface com brócolis para teste. Este consórcio mostra que há maior
aproveitamento por área plantada, o que diminui o manejo nas culturas, como controle
de mato e cria maior possibilidade na fertilidade de solo, aumentando o número de
inimigos naturais e conseqüentemente diminuindo doenças.
18/03/10
Foi colocado filme plástico em mais uma estufa e o trabalho foi realizado com
sucesso; não havia vento na manhã deste dia; não houve danos ao filme plástico.
Desta vez estamos fechando somente 20% da entrada, para que haja um caminho
mais livre do vento e somente um fio de arame foi esticado.
Os mourões têm suportado as pressões climáticas e demonstrado que a técnica
de construção com as varas de bambu no lugar do vergalhão de ferro são eficientes,
garantindo a firmeza necessária para suportar os ventos fortes.
23/03/10
Plantio de mudas de couve; a área terá cobertura com palhada; foi feito calagem
antes do plantio.
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FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
25/03/10
No dia anterior tivemos um forte vento que causou grandes danos na região
destelhando casas e quebrando arvores; desta vez nada aconteceu com a estufa.
Conversando com o Sr.Daniel e o Hélio, percebemos o quanto aprendemos com aquilo
que fazemos. Chego à conclusão que os conceitos de certo e errado não fazem parte do
conceito de educação; vejo que o aprendizado segue mais forte quando é assimilado e
que cada um tem um ritmo de aprendizado e que não podemos deixar que as nossas
expectativas contaminem o aprendizado de todos, querendo que esta assimilação seja no
tempo que individualmente temos; cada um tem o seu tempo.
Outras atividades
03/03/10
Participei da reunião do grupo gestor da APA.
Ida ao Centro Paulus. O Projeto Água Doce foi contemplado com mudas de
plantas nativas para plantio em áreas de preservação ambiental: são aproximadamente
70 mudas de plantas nativas; esta atividade não é objeto do projeto. Assumimos o
compromisso como forma de estimular a preservação ambiental, tendo a certeza de que
isto ajuda no controle de insetos e doenças dentro da propriedade modelo.
11/03/10
Foi conversado com o Sr. Cristiano da Secretaria do Abastecimento sobre a
possibilidade de escoamento de produção em São Paulo, em centro de comercialização
ao lado do Mercado da Cantareira; foi encaminhado que faremos reunião com os
agricultores para apresentar propostas.
12/03/10
Ida a Secretária do Verde e Meio Ambiente para prestação de contas junto ao
FEMA.
25/03/10
Reunião no Instituto Pedro Matajs com a Secretaria do Abastecimento e
prefeitura de Diadema para criação de um novo canal de comercialização para os
agricultores de Parelheiros.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Projeto Água Doce
Financiador:
FEMA – Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Instituições Parceiras:
Instituto Pedro Matajs
Sítio Dourado
Proponente:
AAO - Associação de Agricultura Orgânica
Relatório do mês de abril de 2010
Coordenador Geral: Hamilton Trajano
Considerações gerais
Efetivamente uma nova maneira de pensar a agricultura começa a emergir no
grupo. Vejo que existe uma empolgação na ação; é uma energia de descoberta; ela é
forte e traz disposição.
Este mês incluímos mais um atendido no grupo, o Sr. Nelson, agricultor
familiar, produtor de hortaliças; mais pessoas estão sendo atendidas pela programação e
estão abertas às informações que o Projeto vem trazendo.
O que estou propondo agora como estratégia de ação é: fortalecer as
informações que foram trazidas até hoje e amarrá-las, tirando as eventuais dúvidas, que
116
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
ainda possam existir sobre este modo cultural novo, que podemos implantar sem
dogmas ou rótulos. É um modo comprometido com valores humanos que aproximam os
indivíduos e os motiva a se conectar com a terra, pois assim fazendo eles se conectarão
consigo mesmos. Deste modo eles saberão que as suas ações na vida serão as mais
limpas e adequadas e conseqüentemente a sua agricultura será mais produtiva e
saudável.
Preparar a propriedade para a função demonstrativa
Continuamos com as técnicas agroecológicas na propriedade demonstrativa: uso
de cobertura morta, agora utilizando também o capim do quebro vento como fonte de
matéria orgânica, além do uso dos benefícios trazidos pelo próprio quebra-vento;
fizemos as rotações de cultura, o uso de biofertilizante, etc.
Percebo que existe ainda uma resistência a ser resolvida que é o problema
localizado de uma erosão dentro da propriedade. Esta questão já foi conversada com a
equipe e esclarecida à natureza deste problema, uma vez que as curvas têm que partir de
um ponto no meio do terreno, ou de um ponto que ocupe uma única curva, que leve a
água das chuvas para dentro da mata, evitando assim a ocorrência da erosão.
08/04/10
Conversa com o Sr. Daniel sobre plantio de couve-flor em covas adubadas com
matéria orgânica e calcário, em sistema de cultivo consorciado; ele disse que irá fazer o
teste.
Conversa com o funcionário Hélio sobre as mudanças climáticas e a destruição
da natureza, ele constata que os ventos fortes e o clima desregulado é decorrência das
ações dos homens.
13/04/10
Conversa com o Sr. Daniel sobre agrotóxico, em decorrência da reunião no Idec,
sobre monitoramento de resíduos de agrotóxicos nos alimentos. Falei sobre as
contaminações dos agricultores, as proibições e restrições, tais como a de fazer
pulverização com bomba costal com determinados defensivos químicos prejudiciais à
saúde humana.
117
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Falei sobre o uso inadequado destes produtos em culturas não indicadas pelo
fabricante e constatei junto com o Sr. Daniel o uso de produtos com o Manzat e o
Cuprogarb 500 em culturas que não são indicadas pelo fabricante, como jiló e coentro.
Isso nos chamou a atenção porque estes produtos inadequados são vendidos na
região para uso específico em culturas da região, por pessoas (vendedores, agrônomos
vendedores) habilitadas para estas vendas.
Foi conversado ainda com o Sr. Daniel, sobre a incorporação de calcário na roça
para controle da titirica e mudança do P.H, quando integrado com cobertura morta.
15/04/10
Foi colocado o filme plástico na terceira estufa.
18/04/10
Monitoramento do projeto: há grande quantidade de sementes de feijão de corda
para colheita. Em breve poderemos colhê-las e guardá-las para a próxima safra; a idéia é
poder multiplicar e distribuir parte destas sementes para outros agricultores.
Tenho observando uma grande quantidade de joaninhas dentro da propriedade,
entre outros insetos povoando as culturas, o solo e o ar, sem causar danos à lavoura. Isso
é um sinal da diminuição de produtos petroquímicos dentro da propriedade.
19/04/10
Conversa com o Sr. Daniel sobre aproveitamento das sementes de quiabo para a
próxima safra como forma de se obter sementes já adaptadas com o clima local.
Foi verificado que existe um hábito de não se aproveitar as mesmas descartandoas. Foi esclarecido que estas sementes é que poderão ajudar o agricultor a enfrentar as
dificuldades que virão com as mudanças climáticas e com a dificuldade de se obter uma
semente que seja compatível com o clima local.
26/04/10
Por iniciativa própria o Sr. Daniel foi buscar 10 ton. de cama de cavalo (esterco
de cavalo com serragem curtida) para incorporar no solo, na forma de composto. Isso
demonstra o nível de conscientização do Sr. Daniel sobre o processo de recuperação da
fertilidade de solo e principalmente de atuar como agente transformador da sua
realidade. Temos certeza que isso promove a grande mudança de mentalidade do
produtor, onde o despertar da consciência para a prosperidade se torna um novo modo
de pensar o processo produtivo pela quebra de paradigma antigo.
118
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Visita aos produtores
06/04/10
Visita à D. Ana, sitiante local, para entrega de convite para a Oficina de
Mulheres.
Visita à D. Fabiana, para entrega de convite para Oficina de Mulheres.
Visita técnica a Sra. Maria Irma, para divulgação da Oficina de Mulheres.
08/04/10
Visita técnica a Sra.Lúcia, líder comunitária no Bairro de Engenheiro Marsilc,
para divulgação de oficina sobre Conscientização do Papel da Mulher na Agricultura;
conversamos sobre o Cambuci (fruto) e como torná-lo atrativo para a produção local.
Foi falado ainda sobre as poucas pesquisas sobre a qualidade e importância dessa fruta e
como poderíamos despertar o interesse local sobre essa planta nativa do Brasil. Fiquei
de ver como trazer um especialista para a região com vistas a dar uma Oficina sobre
essa temática.
Visita técnica ao Sr.Lindolfo para convidar sua esposa para a Oficina de
Mulheres.
Visita à D. Sueli para convidá-la a comparecer na Oficina de Mulheres.
Visita à D. Jackie para convidá-la a comparecer na Oficina de Mulheres.
12/04/10
Visita ao Sr. Pedro e Sra. Elisabete, produtores rurais familiares de hortaliças
(chuchu, gengibre). Fui comprar mudas de chuchu para plantio no projeto Água Doce e
acabamos conversando sobre o projeto: falamos sobre os objetivos do projeto, as
técnicas agroecológicas, a problemática da comercialização e a participação efetiva do
agricultor junto a grupos de discussão em reuniões na prefeitura, com o intuito de se
articularem mais e poder ser mais produtivo.
Falamos sobre a história da decadência da agricultura e da falta de prosperidade
em decorrência do uso de produtos petroquímicos. Coloquei-me à disposição para
auxiliar no que fosse preciso.
119
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Fiz esta visita na parte da manhã; cedo. Na hora do almoço encontrei o Sr.Pedro
num comércio local e ele me disse que gostaria de fazer o biofertilizante e que já tinha
arrumado o esterco fresco e o tambor de 200 litros para prepará-lo; marcamos para fazer
o biofertilizante no dia seguinte.
15/04/10
Visita ao Sr. Pedro para fazer o biofertilizante; fizemos juntos cerca de 200 litros
do produto e ele ficou de fazer outro galão de 100 litros sozinho para consolidar o
aprendizado. Foi explicado todo o processo: que é uma fermentação, e o que é o produto
dessa fermentação; como ela gera nutrientes para as plantas; quais são seus
componentes e para que sirva, a saber, sua função fertilizadora e repelente.
Foi esclarecido que esta técnica deve ser usada em conjunto com as outras
técnicas agroecológicas para fortalecimento e enriquecimento do solo.
Visitei sua cultura de chuchu: foi verificado que as folhas estão pequenas e com
coloração verde clara; o parreiral tem aparência deficiente. Foi sugerido que nos meses
de dormência da planta, que haja cultivos dentro do parreiral para que se promova a
diversificação de culturas dentro do mesmo espaço para aproveitamento maior de água e
adubos e conseqüentemente a maior fertilização do chuchu.
Fiz convite para que ele fosse da reunião da Câmara Técnica de Agricultura e ele
compareceu.
19/04/10
Visita ao Sr. Pedro para verificar o processo de fermentação do biofertilizante;
constatamos que o processo está ativo, com um nível de fermentação bom.
O Sr. Pedro e a Sra. Elisabeth estão animados com a proposta de ter um adubo
de qualidade a baixo custo.
24/04/10
Conversa com o Sr.Otsuka sobre meio ambiente: ele disse que tem observado a
visita maior de pássaros dentro da sua propriedade; que a partir de agora ele vai cuidar
mais da parte ambiental de sua propriedade adotando as técnicas da agroecologia e que
já está estimulado a começar a plantar hortaliças orgânicas.
120
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
26/04/10
Visita ao Sr. Nelson Shimidt, morador da Rua Benedito Shunck, agricultor
familiar, produtor de hortaliças.
O Sr. Nelson mostrou a propriedade, falando sobre seu manejo na roça. Foi
verificado que o solo tem um nível bom de matéria orgânica, pois ele faz reposição com
palhada que ele junta do pomar e de um pequeno cafezal. Em algumas áreas tem
incidência de tiririca, caracterizando solo ácido tóxico; no geral o solo é desnudo.
Foi orientado que fosse feita calagem em toda a área e que o solo fosse coberto
com cobertura morta, conversamos sobre a manutenção da vida do solo como forma de
recuperação da fertilidade e resistência das plantas contra ataque de insetos e doenças.
O Sr. Nelson se mostrou muito receptivo às informações; ele já tinha sido
assistido por outro projeto; mostrou um biofertilizante, que foi feito de maneira
equivocada, em um tambor que permitia a entrada de oxigênio e, portanto o produto
tinha baixa fermentação.
Combinamos de fazer outro, falando ainda sobre controle de líquens no pomar;
foi deixada uma receita natural para controle do líquen e para controle de pulgão.
Oficinas
Não foi possível a realização da Oficina de Custo de Produção, por motivo de
realizarmos a Oficina de Mulheres. Agendaremos a Oficina de Custo de Produção para
os próximos meses.
10/04/10
Foi realizada a Oficina para as mulheres dos agricultores, neste dia, com a
participação de 12 pessoas em sua maioria agricultoras. O curso teve como objetivo usar
a culinária como ferramenta para discutir o papel das mulheres no contexto familiar,
mostrando o valor e a sua importância no estímulo do desenvolvimento local e do apoio
no desenvolvimento da sua própria família.
24/04/10
Foi realizada a segunda parte da Oficina para mulheres; neste dia contamos com
a participação de sete pessoas. O curso foi muito proveitoso do ponto de vista do
aumento da auto-estima e despertar para uma visão mais consciente sobre consumo e
como aproveitar e reaproveitar melhor os alimentos, gerando saúde para a família.
121
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
A palestrante mostrou referências sobre produtos que causam problemas a saúde
nos consumos do nosso dia a dia. A oficina causou grande impacto sobre as
participantes ao saberem que certas substâncias aditivas contidas em bolachas causam
problemas sérios, que vão desde uma intoxicação até o câncer.
Continuando a Preparar a Propriedade para a sua função
demonstrativa
Já foram cobertas três estufas; a próxima já esta sendo preparada para cobertura
com filme plástico. Todas estão resistindo bem aos fortes ventos que tem assolado a
região.
Por motivo da mudança de agência bancária o recurso do projeto não foi
liberado, de modo que estamos impedidos de fazer qualquer compra; impossibilitando a
compra de sementes de adubação verde entre outras.
Discussão sobre comércio solidário e justo
Venho trabalhando este conceito já há alguns meses e sinto que os agricultores
estão amadurecendo esta idéia. Quero marcar esta discussão com outros grupos que
estão envolvidos em projetos do FEMA para que possam trazer sua experiência para
nós, e levar a nossa para eles, de modo que, vou agendar isso com os outros grupos e em
breve faremos está discussão.
Visita técnica
A visita técnica ainda não foi realizada por motivo de o recurso financeiro ainda
não ter sido liberado, por conta da mudança de agência bancária.
Outras atividades
09/04/10
Foi feita reunião com o FEMA para:
• Prestação de contas do mês de março;
• Regularizar documentação exigida pelo órgão.
122
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
13/04/10
Participação em Mesa Redonda no IDEC sobre Monitoramento de Agrotóxicos
nos Alimentos.
15/04/10
Participação na reunião da Câmara Técnica de Agricultura na subprefeitura de
Parelheiros para apresentação do Projeto de Compostagem pela ABAST.
27/04/10
Participação em evento no Tendal da Lapa sobre Sementes Crioulas organizado
pelo Instituto Kaíros.
123
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Financiador:
FEMA – Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Instituições Parceiras:
Instituto Pedro Matajs
Sítio Dourado
Proponente:
AAO - Associação de Agricultura Orgânica
Relatório do mês de maio de 2010
Coordenador Geral: Hamilton Trajano
Considerações gerais
O projeto Água Doce colhe resultados de todas as suas frentes: junto á
propriedade demonstrativa, com a assimilação das técnicas agroecológicas pelo Sr.
Daniel; junto aos agricultores atendidos que tem demonstrado confiança para seguir em
frente com suas próprias pernas. E com as informações que todos tiveram através dos
diversos contatos, entenderam que o uso de produtos petroquímicos é prejudicial em
toda a sua cadeia produtiva desde o solo, o agricultor, o consumidor e as águas;
lembramos que este é o objetivo principal do projeto Água Doce.
Avançamos neste aspecto porque desde o início do projeto consideramos o ser
humano como agente da transformação local e que a transformação é uma dinâmica
infinita; transformar em ação, uma vez que sem a iniciativa não há ação, não há
transformação, não há cura; e que a cura do ser humano é também a cura da terra.
124
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
E atualmente constatamos, pela própria recepção que recebemos nas casas dos
agricultores, que as pessoas estão mais empolgadas, com foco e mais felizes;
lembramos que este era o outro objetivo principal do projeto: promover maior autoestima no âmbito dos agricultores locais. Produzir hortaliças é simples, difícil é ser
feliz.
Visita aos agricultores
05/05
Visita à D. Sueli, onde foi conversado sobre como despertar a auto-estima nas
pessoas, para motivá-las à prosperidade.
A D. Sueli tem motivação mobilizadora e nos disse que a informação é tudo para
as pessoas da região e que estas informações nos levam a fazer escolhas mais assertivas.
Combinamos de fazer o biofertilizante na semana seguinte em sua propriedade.
06/05/10
Visita ao Sr. Marcelo: foi verificado que ele está fazendo cobertura morta nos
canteiros e incorporando matéria orgânica (cama de frango); ele disse que já começa a
sentir diferença nas plantas, pois estão mais viçosas.
Foi conversado sobre uso indiscriminado de venenos e sobre as informações que
vem nas embalagens, como por exemplo, se aquele produto é de uso recomendado para
aquela cultura específica. Constata-se que na região é comum o uso de produtos
indicados por agrônomos que passam pelas propriedades sem receita e sem a devida
responsabilidade técnica por parte desses profissionais, na medida em que ele vende
produtos com indicações para plantas onde aqueles produtos não podem ser usados nas
culturas indicadas, já que na própria bula essa indicação não é mencionada.
11/05/10
Visita ao Sr. Otsuka: conversamos sobre a colheita da semente de Crotalaria
Juncea e da sistematização do manejo agroecológico para suas plantas.
Foi recomendado que ele usasse matéria orgânica gerada na propriedade,
evitando usar material de poda de praças, uma vez que vem com muita sujeira, o que
acarreta a necessidade de separação desta sujeira e conseqüente queima do material.
Esta prática gera o uso de mão de obra em serviço desnecessário que poderia ser usado
de forma mais racional, como por exemplo, na poda do próprio capim da propriedade,
125
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
sua compostagem e futura incorporação no solo. O Sr. Otsuka concorda que a entrada
da propriedade está ficando bem suja e feia com tanto mato.
12/05/10
Visita ao Sr. Pedro para verificar a qualidade do biofertilizante; reforcei o seu
uso inicial como repelente e fertilizante simultaneamente.
13/05/10
Visita ao Sr.Nelson Schimit, atendendo ao seu pedido sobre ataque de pulgão no
amendoim. Foi lhe recomendado o uso de biofertilizante para fortalecimento da planta.
Fiquei de fazer uma pesquisa mais profunda sobre a cultura do amendoim, já que é uma
cultura que desconheço na prática seu desenvolvimento. Foi sugerido o plantio de novas
sementes.
Foi conversado sobre uso indiscriminado de inseticidas e sobre a
comercialização destes produtos que são proibidos no mundo e muitos no Brasil; que
este tipo de comércio se caracteriza perante a lei como contrabando e, além disto, causa
danos tanto ao ser humano como a terra.
Existe uma prática muito comum na região de vendedores comercializando estes
produtos sem o menor controle e fiscalização.
Foi reforçado o uso de calcário para controle da acidez do solo.
Convite para a Oficina de Jardinagem Ecológica.
Visita ao Sr.Antonio trazendo informações sobre a comercialização de produtos
agroquímicos contrabandeados e produtos que não são indicados para culturas locais
que são comercializados como aptos para uso nessas culturas locais.
Foi esclarecido que nas embalagens destes produtos são indicados o uso correto
e as dosagens que o próprio fabricante garante, ou não, a eficiência do mesmo.
Visita ao Sr.Mitsuharo, agricultor familiar, produtor de hortaliças, morador da
Estr. Henrique Shunk sete, onde falamos sobre as técnicas agroecológicas e seus
benefícios e os devidos controles. Ele tem problemas com lagartas na couve; foi
sugerido o uso do biofertilizante.
126
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
17/05/10
Visita ao Sr. Pedro para monitoramento da lavoura de chuchu: foi verificado que
o uso do biofertilizante já surtiu efeito e, segundo a Sra.Elisabete o parreiral esta
carregando fora da época normal, fazendo comparação com o ano anterior; ela atribuiu
ao uso do biofertilizante como sendo o fator de aumento de produção.
Em sua propriedade, onde predominantemente há plantio de chuchu, tenho
observado que as culturas têm declínio de produção pelos mesmos motivos de outros
agricultores, a saber: uso indiscriminado de agrotóxicos, falta de conservação de solo e
conseqüente baixo auto-estima do agricultor, se colocando numa condição submissa.
No caso do Sr.Pedro percebo que há uma grande necessidade de informação e
que se tem abertura por parte dele, de modo que as ações que são propostas são
rapidamente absorvidas e transformadas, por isso esse resultado no parreiral.
Foi sugerido que a roça fosse limpa tirando sacos plásticos e outros materiais
inorgânicos que podem atrair doenças e aproximando-os mais da prosperidade.
Oficina
Foi realizado no dia 18/05 a oficina de jardinagem e poda; estavam presentes
quatro pessoas sendo que apenas uma era agricultor.
Dias de Campo
Dentro da proposta da oficina de jardinagem e poda, no dia 18/05, foi feita uma
prática de poda e de observação da harmonia do jardim do Instituto Pedro Matajs.
Propriedade demonstrativa
05/05/10
Foi reforçada junto ao Sr. Daniel a questão do aproveitamento das sementes do
quiabo para a próxima safra, como forma de se ter uma semente mais adaptada para a
região; ele disse que irá separar as sementes para posterior beneficiamento.
Foi dado direcionamento para uso da cama de cavalo (matéria orgânica) que foi
adquirida para uso na fertilização da terra: cobrir o monte com plantas para evitar perdas
127
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
nutricionais; misturar com palhada para enriquecimento. Quando no uso em canteiro:
incorporar o material ao solo, cobrir com cobertura morta em preparo do canteiro.
Foi falado sobre a relação C/N da serragem e o uso de biofertilizante para
acelerar o processo de decomposição do material. Estando o solo fraco este material, em
seu processo de decomposição, pode prejudicar o desenvolvimento da muda. Foi
indicado que o uso do biofertilizante estivesse sempre aliado com a incorporação da
cama de cavalo.
06/05/10
Estamos preparando a estufa para sua cobertura definitiva.
Foram adquiridas mudas de chuchu para plantio.
Foi pedido ao Sr. Daniel, para que ele não passasse mais o trator dentro da
estufa, usasse somente a tobata (micro-trator), pois a roda esta batendo nos mourões e
danificando a estrutura.
12/05/10
Recebemos a visita na propriedade demonstrativa do Sr. Márcio, gerente da
AAO, Cristiano da ABAST, da Dra.Ondalva da AAO e a Srta.Ana da Secretaria de
estado do Meio Ambiente para mostrar as atividades do projeto, com seus pontos fracos
e fortes.
13/05/10
Monitoramento do Projeto: foi feito plantio consorciado de alface com brócolis;
isto é mais uma iniciativa dentro da propriedade demonstrativa da assimilação das
técnicas agroecológicas e começa a caracterizar efetivamente que as metas do projeto
estão sendo cumpridas, haja visto, que no processo previsto esta é uma técnica que já
tinha sido abordada e que agora está sendo praticada. Constata-se que de fato cada um
tem um ritmo de aprendizado.
17/05/10
Conversa com o funcionário Hélio sobre as demandas do projeto e seu devido
atendimento.
128
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Projeto Água Doce
Financiador:
FEMA – Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Instituições Parceiras:
Instituto Pedro Matajs
Sítio Dourado
Proponente:
AAO - Associação de Agricultura Orgânica
Relatório do mês de junho de 2010
Coordenador Geral: Hamilton Trajano
Considerações gerais
Estamos no momento de reflexão sobre as atitudes que foram tomadas e sobre o
todo o processo e reflexões que serão tomadas neste momento e no futuro.
Atualmente percebo que os agricultores tomam iniciativas a partir das
informações que foram geradas pelo projeto somado com as suas próprias experiências.
Informações que estão cristalizadas no seu cotidiano, que os impulsiona no caminho das
inter-relações, dos contatos com conteúdos e de onde possam estar estes conteúdos para
atender as suas necessidades; obviamente cada agricultor com as suas virtudes e
vantagens, e seu ritmo de aprendizado.
O que quero dizer é que cada agricultor tome posso de sua propriedade, de seu
conhecimento, não pode depender do outro para fazer as suas articulações, ele próprio
129
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
tem que conquistar o que precisa, ele próprio tem que ser senhor de si mesmo,
autônomo, observador e conquistador.
Propriedade demonstrativa
01/06/10
Compra de sementes de hortaliças e adubação verde para o projeto.
02/06/10
Entrega das sementes de hortaliças para o Sr. Daniel.
Monitoramento do projeto: as mudas de chuchu que foram plantadas em área
onde fizemos o plantio de mucuna preta estão sendo consorciadas com brócolis; o
desenvolvimento, tanto dos brócolis como do chuchu que se apresenta está viçoso,
verde escuro, sem ataques de insetos ou doenças; as mudas foram plantadas em covas
com cama de cavalo (esterco e serragem compostada), sem cobertura morta.
Faremos uma adubação verde em linha com aveia preta e azevém para cobertura
viva e melhoria da qualidade do solo.
09/06/10
Plantio das sementes de adubação verde.
Monitoramento do projeto.
15/06/10
Monitoramento do projeto: as sementes de feijão de porco estão próximas do
ponto de colheita; o feijão está bem granando, com grande quantidade de sementes por
vagem.
O consórcio de brócolis com alface apresenta bom desenvolvimento nas duas
culturas, tanto em seu desenvolvimento como em seu aspecto fitosanitário.
O uso de cama de cavalo tem sido intenso nos plantios; a beterraba apresenta
bom desenvolvimento, pela primeira vez esta cultura se desenvolve com características
plenas de saúde, fruto bem desenvolvido, folhas sem ataque de insetos e doenças.
17/06/10
Monitoramento do projeto: tenho observado que a horta está em pleno
desenvolvimento. Está produzindo beterraba, alface, couve flor, couve manteiga, adubo
130
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
verde, chuchu, abobrinha, rabanete, repolho. O que me chama a atenção é que a roça
está bonita, o índice de doença é baixo, há colheita sem perdas que chamam a atenção.
Há disposição para fazer as mudanças e continuar; esta mudança de comportamento faz
com que a propriedade esteja mais limpa, saudável e se colocando como um modelo,
que pode representar a mudança de mentalidade local. Está diante de uma quebra de
paradigma onde o modo cultural antigo (uso de pesticidas e adubos petroquímicos) esta
sendo substituído por outro, novo (cobertura morta, adubos naturais, entre outros).
23/06/10
Monitoramento do projeto: foi observado o desenvolvimento das plantas agora
que estão sendo adubadas com cama de cavalo e calcário; as plantas apresentam
desenvolvimento bom, com estado fitosanitário saudáveis, sem ataques de doenças e
insetos.
Os plantios ainda não são regulares, porém o Sr. Daniel necessita, cada vez
menos, fazer compras externas de hortaliças de outros produtores para fazer a feira.
24/06/10
Monitoramento do projeto: conversa com o Sr. Hélio sobre a produção; foi
verificado que os canteiros de couve-manteiga que ele produziu estão com aspecto
muito bom. Ele fez leiras adubadas e retira os brotos para fortalecimento das folhas que
serão comercializadas.
Visita técnica
04/06/10
Visita técnica ao Sr. Antonio para entrega de sementes de adubação verde.
Foram entregues 2 kg. de cada variedade (azevém, aveia preta, tremoço e nabo
forrageiro) como forma de fomentar um banco de sementes que está sendo criado na
região.
Visita a D. Sueli para convidá-la para a Oficina de custo de produção.
08/06/10
Visita ao Sr. Pedro e D. Elisabete para acompanhamento do desenvolvimento do
rabanete: as plantas se desenvolvem bem. Foi indicado o uso de Bórax e cobertura
morta para evitar stress hídrico, evitando assim o estouro da raiz e conseqüentemente
perda do produto.
131
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Foram entregue 2 kg. de sementes de adubação verde para plantio e fomento do
banco de sementes.
Visita ao Sr. Nelson Schmidt para convite à Oficina de Custo de produção.
Foram entregue 2 kg. de sementes de adubação verde para plantio e adubação verde. Foi
explicada a importância da produção de sementes na propriedade como forma de
diminuir o custo de produção e enfrentar as mudanças climáticas, em relação às
sementes comercializadas, garantindo assim sementes adaptadas ao clima local. Isto faz
com que o agricultor se torne independente e livre para optar pela semente que se quer
usar.
17/06/10
Visita ao Sr. Valter, sitiante morador no Bairro do Embura na Rua Amaro
Josefa; foi feito biofertilizante para uso local.
O Sr. Valter tem grande interesse em fruticultura orgânica. Foi falado sobre
adubação verde, controle natural de pragas e doenças, entre outros temas relevantes para
o desenvolvimento da atividade. O Sr. Valter participou da Oficina de Custo de
produção.
22/06/10
Visita ao Sr.Marcelo para conversar sobre a sua lavoura; foi falado sobre
comercialização.
Reflexão sobre os resultados alcançados e assistência técnica e
Discussão sobre a continuidade do projeto
Estamos fazendo esta reflexão sobre os resultados alcançados e iremos fazer esta
conversa com os agricultores em breve.
Oficina
10/06/10
Foi realizada a Oficina de Custo de Produção e Discussão sobre Propriedade
Rural Produtiva, neste dia, com 35 pessoas presentes, entre agricultores, técnicos e
estudantes.
132
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Projeto Água Doce
Financiador:
FEMA – Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Instituições Parceiras:
Instituto Pedro Matajs
Sítio Dourado
Proponente:
AAO - Associação de Agricultura Orgânica
Relatório do mês de julho de 2010
Coordenador Geral: Hamilton Trajano
Considerações gerais
Neste mês começamos a finalizar as atividades do projeto. Algumas atividades
ainda não foram concluídas, pois o recurso para determinadas atividades serem
executadas não foi liberado, como é o caso da visita técnica com os agricultores a uma
propriedade agroecológica.
Esta visita depende de recurso que só foi liberado neste mês de julho. Estamos
agendando com o agricultor que chegará de viagem no final do mês (julho).
Está sendo feita a sistematização do projeto para apresentação final.
133
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Propriedade demonstrativa
06/07/10
Recebemos a visita de técnicos da CATI de São Paulo e Campinas para conhecer
a Propriedade modelo. Foram mostradas as suas técnicas, dificuldades e acertos.
13/07/10
Conversa com o Sr. Daniel, sobre suas dúvidas e sobre diretrizes para aumentar
a eficiência das técnicas.
Foi falado sobre: as colheitas de beterraba e cenoura que tiveram bom
rendimento em média 5 kg por metro quadrado; sobre a irrigação dos canteiros que não
podem depender somente das chuvas, principalmente os da estufas,. Foi falado sobre
aproveitamento da água da represa - será feito limpeza da represa que está coberta com
capim, causando pouco aproveitamento da mesma.
Estou fazendo este movimento para que não haja dúvidas e deixar o máximo de
informação.
14/07/10
Conversa com o Sr. Hélio, funcionário do projeto, encaminhando atividades: foi
pedido que fosse feita a cobertura morta nos canteiros e que continuem as adubações.
21/07/10
Conversa com o Sr. Daniel sobre as dúvidas de manejo da propriedade. Foi
falado sobre adubação como forma da planta produzir proteína fortalecendo a cultura e
evitando doenças.
Foi dada bastante importância ao preparo do solo como forma de garantir a sua
preservação; foi falado sobre a importância da cobertura morta e do controle da
produção de bandeja com forma de se programar na preparação dos canteiros.
24/07/10
Monitoramento do projeto: foi observado com o Dr. Daniel que a colheita da
alface está muito boa; é a primeira vez que vejo as alfaces fecharem a cabeça. As
plantas têm tamanho grande, folha macia com predominância de sabor. Foi falado
sobre cultivo consorciado como forma de aproveitamento de espaço, aumento da
fertilidade de solo, aproveitamento de mão de obra e insumos.
134
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
27/07/10
Colocação do filme plástico da última estufa.
Visita aos agricultores
05/07/10
Visita técnica ao Sr.Otsuka, para verificar iniciativas em sua propriedade: foi
constatado que ele fez sozinho seis tambores de biofertilizante, isto é 1200 litros, o que
foi uma surpresa enorme, pois não foi necessária a minha presença. Perguntei sobre qual
o procedimento que ele usou, e foi o mesmo que utilizamos para fazer o primeiro com
todos componentes necessários.
Verifiquei que o processo de fermentação estava em processo de maturação,
bem adiantado.
Isto demonstra que o Sr.Otsuka assimilou a técnica e com prática do uso de
biofertilizante tem tido resultados positivos e está satisfeito com a técnica. Foi falado
que o biofertilizante é uma das técnicas que ajuda na recuperação do solo, que a
cobertura morta, rotação de cultura, entre outras técnicas já mencionadas, completam
esta recuperação.
Não há mais uso de adubo petroquímico (NPK) em sua propriedade, e segundo o
Sr.Otsuka, há uma economia de R$1.200,00 mensais com o uso do biofertilizante.
Foi verificado que o Sr. Otsuka colheu as sementes de Crotalária Juncea; as
vagens apresentam aspecto saudável, com um número bom de sementes por vagem; as
sementes estavam secando.
06/07/10
Visita ao Sr. Laudelino: foi conversado sobre formas de comercialização e suas
vantagens. Foi feito convite para Oficina sobre Comércio Solidário e Justo e que em
breve informaria a data da oficina.
13/07/10
Visita a D.Sueli para convite para a Oficina de Fossa biodigestora. Foi falado
sobre o tratamento de esgoto e a importância de seu uso para evitar a contaminação do
lençol freático.
135
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
14/07/10
Visita ao Sr. José Helfstein para convite para a Oficina de Fossa Biodigestora.
Foi falado sobre as suas vantagens.
19/07/10
Visita ao Sr. Pedro e Sra.Elisabete, para acompanhamento do desenvolvimento
do chuchu e do rabanete. Parte do rabanete está sendo colhido, segundo a Sra. Elisabete
com tamanho bom e vermelho, sem ataque de inseto; a raiz não apresenta stress hídrico
o que garante uma colheita maior.
Sobre o uso do biofertilizante: ela garante que colhe chuchu nesta época, que
normalmente não colheria, por conta do uso do biofertilizante que além de adubar e
combater ataque de insetos e doenças economiza dinheiro, pois parou de compra adubos
(NPK).
20/07/10
Visita ao Sr. Marcelo: foi visto que as sementes de adubos verdes que foram
distribuídas para ele, estão próximas da colheita.
Foi falado sobre fertilidade de solo: segundo o Sr. Marcelo, sua roça está mais
produtiva com o uso de técnicas agroecológicas. Ele disse que diminuiu quase todo o
uso de inseticidas na lavoura, percebeu que as técnicas agroecológicas dão o suporte
necessário para o desenvolvimento saudável das plantas.
Foi comentado sobre a Oficina de Fossa. Ele se interessou muito por fazer uma
em sua propriedade; em breve disponibilizarei material sobre a construção da fossa e
combinamos de fazer uma lá, haja visto, a água de consumo está contaminado com
cloriformes fecais.
Foi enfatizado o plantio de cultivares para colheita de sementes para uso na
propriedade, para diminuição do custo de produção; melhoria das cultivares plantada, já
adaptada a propriedade, ao clima local; independência na compra de sementes e
conseqüentemente a garantia de uma semente de qualidade. Foi falado sobre a falta de
alguns cultivares no mercado.
21/07/10
Visita ao Sr. Nelson Schmidt: foi falado sobre a colheita do amendoim, cultura
plantada em sua propriedade, suas doenças, variedades resistentes e fertilidade de solo.
136
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
27/07/10
Visita ao Sr.Pedro e Sra.Elisabete: foi falado sobre fertilidade de solo, uso de
calcário como forma de corrigir o P.H. do solo; cobertura morta, saúde humana,
relacionado ao uso de pesticida nas lavouras.
Segundo, o Sr.Pedro ele diminui o uso de adubos petroquímicos e pesticidas na
lavoura, desde que observou que o biofertilizante apresenta resultados positivos na
lavoura.
O Sr. Pedro e a Sra. Elisabete são pessoas que respondem muito rápido as
orientações técnicas que são passadas, tiram suas dúvidas e acreditam na nova proposta.
Foi feito convite para a Oficina de Comércio Solidário e Justo.
Plantio de adubos verdes
Os plantios de inverno já foram concluídos no mês de junho.
Visita técnica
Por não ter sido liberado o recurso de alimentação dos agricultores a tempo, não
pudemos agendar com produtor que nós receberá para a visita técnica, sendo assim, não
cumprimos com a atividade que está sendo agendado para breve.
Oficina
19/07/10
Oficina de Fossa biodigestora: estavam presentes 22 pessoas entre agricultores,
técnicos e sitiantes.
31/07/10
Oficina de Comércio Solidário e Justo, Cooperativismo e Associativismo,
Propriedade Rural Produtiva. Fizemos a fusão de todos estes temas numa só Oficina
porque estes temas foram abordados em todo o percurso do projeto.
137
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
A idéia da Oficina foi criar a partir dos conceitos dos temas abordados uma
visão que fosse ideal para realidade local. Abrindo uma oportunidade para novos
conceitos.
Estiveram presentes 14 pessoas.
138
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Projeto Água Doce
Financiador:
FEMA – Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Instituições Parceiras:
Instituto Pedro Matajs
Sítio Dourado
Proponente:
AAO - Associação de Agricultura Orgânica
Relatório Final - mês de agosto de 2010
Coordenador Geral: Hamilton Trajano
Considerações gerais
O Projeto Água Doce chega ao seu término cumprindo todas as etapas e com
resultados que foram além do que esperávamos, causando surpresa para a própria
coordenação, o que nós deixa bastante orgulhosos de nosso trabalho.
Os resultados qualitativos que justificam os quantitativos: é importante ressaltar
que todo o processo de transmissão de informação é um processo educativo: cursos,
capacitações, aulas, qualquer que seja a transmissão de informação.
O processo educativo de apreender ensinando e ensinar aprendendo mostra em
sua essência respeito pelo indivíduo, valorizando o aprendizado e a criatividade,
consequentemente o despertar de uma confiança onde, no caso do agricultor, surge uma
ousadia que o faz entender os processos que os rodeiam; refletir e observar os
139
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
fenômenos da natureza, isto o torna um líder de si mesmo, um indivíduo capaz de
transformar a sua própria realidade.
Esta transformação, que passa por um processo de cura, se deu, nos agricultores
atendidos. Cheguei a ouvir do Sr.Otsuka, que o biofertilizante, tirou a sua depressão,
pois conscientemente está cuidado melhor do seu solo, conseguindo ver a recuperação
da sua lavoura, da sua auto-estima, da sua vida, além de estar economizando em torno
de R$1.500,00 por mês.
Isto é visível nos outros agricultores atendidos, e é satisfação para toda a equipe
do Projeto Água Doce.
A Extensão rural quando feita com consciência traz esta transformação e o perfil
do profissional que fará extensão rural nos projetos que virão tem que atender a esta
necessidade, que é continuar consciente da importância das interelações que são feitas
historicamente na região. Esta continuidade é importante para que a atmosfera que foi
criada não seja desmontada, criando nova desconfiança, dificultando qualquer ação que
seja feita.
Estamos enviando anexado ao relatório final os resultados do projeto.
140
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Categorias de Atividades Desenvolvidas pelo
Projeto Água Doce
Visita Técnica
Visita às propriedades para entender as demandas dos agricultores, conhecer o
ambiente rural local, fazendo o papel de observador, captando as informações pelo
sentido que o agricultor e o local nos dão.
Assistência Técnica
Visita aos agricultores para estender o conhecimento das observações feitas nas
visitas técnicas e dar suporte para as demandas dos agricultores.
Agenda Realizada no Período
Total de Visitas: 90
Agricultor
Período de visita
Total de
visitas
Sr.Armando Antonio dos Santos
Sr.Lindolfo Helfstein
Sr.Marcelo e Fabiana Yoneiyama
Sr.Antonio e D.Sueli da Cruz Ferreira
Sr.José Tico
Sr.Nelson Schimdt
Sr.Pedro
Sr.Ismael Fidêncio
Sr.Laudelino
Sra.Maria Consolina
Sr.Otsuka e D.Dina
Sr.Nelson Helfstein
03/2009 a 02/2010
03/2009 a 03/2010
04/2009 a 08/2010
03/2009 a 08/2010
12/2009 a 04/2010
04/2010 a 08/2010
04/2010 a 08/2010
03/2010 a07/2010
11/2009 a 07/2010
06/2009 a 08/2010
04/2009 a 08/2010
06/2009 a 02/2010
08
04
11
09
02
05
08
02
03
10
11
05
141
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Sr Valter
Sra. Jaqueline Fonseca
José Helfstein
Mão Cooperadora
04/2010 a 08/2010
06/2009 a 02/2010
10/2009 a 08/2010
10/2009 a 03/2010
03
02
04
03
90
Total de Visitas
Oficinas
São atividades práticas com embasamento teórico que se transformam em
instrumentos de informação específica e onde trazemos um especialista sobre o tema.
Agenda Realizada no Período
Total de Oficinas: 12
Oficina
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
Oficina de Mapeamento Estratégico
Oficina de Biofertilizante
Oficina de Adubação Verde
Oficina Introdução à Agroecologia
Oficina de Plantas Medicinais
Oficina de Bananicultura
Oficina de Mulheres - Parte I
Oficina de Mulheres - Parte II
Oficina de Jardinagem Orgânica e Poda
Oficina sobre Custo de Produção
Oficina de Fossa Biodigestora
Oficina de Comércio Solidário e Justo, Cooperativismo e
Associativismo, Propriedade Rural Produtiva
Período
28/05/2009
05/08/2009
26/09/2009
29/10/2009
20/01/2010
30/03/2010
10/04/2010
24/04/2010
18/05/2010
10/06/2010
19/06/2010
31/07/2010
142
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Dias de Campo
Vivência prática junto ao campo com suporte teórico que permite revelar e
demonstrar os conhecimentos desenvolvidos em determinada área.
Agenda Realizada no Período
Total de Dias de Campo: 5
Oficina
1
2
3
4
5
Prática de como fazer biofertilizante.
Sobre Transição Agroecológica.
Sobre Adubos Verdes.
Sobre Estudo do Meio no Sítio Dourado.
Sobre Poda.
Período
08/2009
08/2009
09/2009
11/2009
05/2010
Roda de discussão
Roda de troca de informações e conhecimentos que permite compartilhar o saber
adquirido.
Foi feita uma roda de discussão sobre comércio solidário e justo, cooperativismo
e associativismo. Fizemos a fusão de todos estes temas numa só Oficina porque estes
temas foram abordados em todo o percurso do projeto.
A idéia da Oficina foi criar a partir dos conceitos dos temas abordados uma
visão que fosse ideal para realidade local. Abrindo uma oportunidade para novos
conceitos. Chegamos à conclusão que a prosperidade pessoal é a prosperidade da
atividade agrícola, que através do trabalho individual e do trabalho coletivo
conquistamos espaços que sozinhos não se conseguem.
143
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Boas Práticas
São práticas produtivas preservacionistas recomendáveis nos processos
produtivos sustentáveis, que neste caso se constituiu em:
1- Plantio de adubos verdes
Práticas de plantio de sementes de espécies vegetais formadoras de grande
quantidade de massa verde e que servirão para reforçar as técnicas de conservação de
solo; são feitas principalmente nas estações do ano de inverno e verão.
Agenda Realizada no Período
Plantios de adubos verdes
1
Programado Para
Primeiro plantio - Março de 2009
Realizado Em
14/05/2009
2
Segundo plantio – Agosto de 2009
26/09/2009
3
Terceiro plantio – Dezembro de 2009
(adubos verdes consorciados com
hortaliças)
Quarto plantio – Fevereiro de 2010
Quinto plantio – Junho de 2010 (plantio
de sementes de Adubos Verdes)
18/12/2009
4
5
24/02/2009
09/06/2010
Motivo
Não liberação dos
recursos
Falta de sementes
no mercado
Adiantamos
o
plantio.
Novo plantio
Último plantio
144
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
2 - Preparo de caldas e biofertilizante
Atividade prática que utilizando produtos naturais permite a produção de adubos
e inseticidas naturais.
Agenda Realizada no Período
Preparo de caldas e biofertilizante: 3.300 litros
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Período
03/2009
06/2009
08/2009
10/2009
02/2010
04/2010
06/2010
07/2010
Atividade
Primeiro biofertilizante
Primeiro biofertilizante
Segundo biofertilizante
Segundo biofertilizante
Biofertilizante
Biofertilizante
Biofertilizante
Biofertilizante
Biofertilizante
Biofertilizante
Local
Propriedade Demonstrativa
Propriedade do Sr.Marcelo
Propriedade Demonstrativa
Propriedade do Sr.Marcelo
Propriedade do Sr.Otsuka
Propriedade do Sr. Pedro
Propriedade do Sr.Valter
Propriedade do Sr.Otsuka
Propriedade da Sra. Angelina
Propriedade da Sra.Sueli
Total de biofertilizante
Litros
200
200
400
200
200
300
200
1.200
200
200
3.300
145
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
3 - Adubos Naturais
Agenda Realizada no Período
Adubos Naturais
1
Período
Atividade
16/04/2009 Incorporação de calcário como forma de diminuir a acidez do solo e
plantio em cova adubada com matéria orgânica.
O manejo na propriedade modelo não usa plantio e covas adubadas, o
que gera um aumento do custo de produção, pois se usa maquinário
para tal manejo.
No plantio em cova há adubação local, evita-se aração e gradagem,
há controle de mato e maior observação do plantio. Esta
recomendação é feita para plantas que tem período mais longo
(berinjela, couve-flor, jiló e quiabo,etc.).
2
3
4
5
6
7
8
9
24/02/2010 Incorporação de bambu em decomposição como fonte alternativa de
fertilização de solo.
03/03/2010 Plantio de sementes de adubos verdes na propriedade do Sr.José
Helfstein.
09/03/2010 Início do uso do biofertilizante na propriedade do Sr. Otsuka.
16/03/2010 Uso de esterco de cavalo com palhada na propriedade do Sr. Marcelo.
24/03/2010 Uso de palhada oriunda do corte de grama de praças públicas de SP,
na propriedade do Sr. Marcelo.
30/03/2010 Cultivo consorciado de verduras e frutas na propriedade da Sr. Maia
Consolina.
06/05/2010 Adubação com cama de frango e cobertura morta, na propriedade do
Sr. Marcelo.
05/05/2010 Uso da cama de cavalo, na propriedade demonstrativa.
146
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
4 - Curvas de desnível
Agenda Realizada no Período
Curvas de desnível
1
2
3
Período
Atividade
28/03/2009 Coleta de dados pelo geógrafo para efetuar o trabalho programado.
01/05/2009 Feita a maior mudança na paisagem do Sítio Dourado: foram feitas as
curvas de desnível, como forma de garantir a conservação de solo da
propriedade e a preservação da água da represa, sendo assim,
conseguimos diminuir a erosão no sítio.
04/11/2009 Feita nova conversa com o Sr.Daniel sobre acerto das curvas de
desnível.
5 – Quebra- ventos
Agenda Realizada no Período
Quebra- ventos
Período
Atividade
27/07/2009 Plantio de capim elefante com o objetivo de se fazer um quebra vento
para evitar a disseminação de fungos pelo vento; fonte de matéria
orgânica para cobertura morta e sombreamento de culturas plantadas.
147
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Preparação da infraestrutura local
Consistiu em organização dos espaços e dos materiais para criar condições
favoráveis para o uso das técnicas agroecológicas que foram implantadas, tais como:
plantios de adubos verdes, construção de estufas, curvas de desnível, etc.
Agenda Realizada no Período
Período
03/2009
03/2009
04/2009
05/2009
06/2009
07/2009
09/2009
11/2009
03/2010
03/2010
Atividade
Início da cobertura morta
Coleta de dados geográficos, implantação das curvas de desnível.
Estaqueamento da horta para preparo das curvas de desnível.
Início da implantação das curvas de desnível.
Início da força de trabalho do Sr. Antonio, diarista do projeto.
Coleta de hortaliças para identificação de doenças; material enviado
ao Instituto Biológico.
Primeira colheita de alface sem ataque de rizoctonia.
Uso de inseticida a base de lagartas.
Recuperação de área de preservação ambiental com plantio de mudas
nativas.
Cultivo consorciado de brócolis com alface - quebra de paradigma.
Sensibilização das Mulheres
Atividade de sensibilização e revelação da importância do papel da mulher no
desenvolvimento familiar. Usamos a culinária como ferramenta para tal sensibilização.
148
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Palestras de divulgação
Tiveram por finalidade poder divulgar o trabalho realizado no projeto para a
comunidade do entorno.
Agenda Realizada no Período
Palestras de divulgação
Período
Atividade
Palestra
sobre
o
Projeto
Água
Doce no Instituto Ana Lapini.
24/11/2009
15/12/2009 Palestra sobre o Projeto Água Doce e reciclagem de lixo no Projeto
Mão Cooperadora.
Construção e instalação
Agenda Realizada no Período
Construção e instalação
Período
06/2009
09/2009
10/2009
02/2010
03/2010
03/2010
Atividade
Início da colocação das colunas das semi-estufas.
Colocação do Filme plástico em duas estufas.
Primeiro plantio (alface) dentro da estufa.
Vento forte na estufa, estufa intacta.
Cobertura de duas estufas.
Novo vento forte, estufa intacta.
149
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Reuniões
Refletir as experiências adquiridas, planejar e, avaliar seus resultados e
possibilitar a troca de informações e impressões entre todos os presentes envolvidos.
Agenda Realizada no Período
Reuniões
Período
27/02/2009
27/02/2009
20/03/2009
28/03/2009
19/04/2009
13/05/2009
10/06/2009
28/07/2009
13/08/2009
27/08/2009
31/08/2009
08/10/2009
09/11/2009
03/03/2010
11/03/2010
25/03/2010
09/04/2010
13/04/2010
15/04/2010
27/04/2010
Atividade
Reunião de Planejamento – Instituto Pedro Matajs.
Reunião junto ao CADES.
Reunião de apresentação da Equipe Técnica – Instituto Pedro Matajs.
Reunião na Câmara Técnica de Agricultura - Casa da Agricultura.
Reunião para decidir os novos materiais na construção da semi-estufa.
Reunião com a CAT para verificar andamento do projeto.
Reunião com os coordenadores dos projetos do FEMA.
Encontro com os coordenadores dos projetos de agricultura do FEMA.
Participação no Fórum de Economia Solidária em Osasco.
Reunião com a CAT e Instituto Pedro Matajs para avaliação do projeto.
Reunião com o Sr. Daniel, o Sr. Arlindo e D. Angelina para identificação
dos problemas que afetam a produção.
Reunião com a Sra. Leila e o Sr.Daniel para acertos nos rumos do projeto.
Reunião com a Sra. Leila e o Sr.Daniel para acertos no rumo do projeto.
Participação em reunião com o Grupo Gestor das Apas.
Reunião com Cristiano (ABAST) sobre comercialização da produção do
nosso grupo.
Reunião entre agricultores e prefeitura de Diadema sobre
comercialização.
Reunião com FEMA.
Participação em Mesa Redonda no IDEC sobre Monitoramento de
Agrotóxicos nos Alimentos.
Participação na reunião da Câmara Técnica de Agricultura na
subprefeitura de Parelheiros para apresentação do Projeto de
Compostagem pela ABAST.
Participação em evento no Tendal da Lapa sobre Sementes Crioulas
organizado pelo Instituto Kairós.
150
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Atividades Previstas e Efetivamente Alcançadas
CATEGORIA
PREVISÃO
AÇÕES EFETIVADAS
AVALIAÇÃO
Conhecer o ambiente
rural e criar empatia.
Foram visitados 16 produtores.
Superamos as
metas.
A metodologia aplicada do apreender
ensinando e ensinar aprendendo, é
geradora de empatia, porque trabalha com
a possibilidade da troca de informações,
sem imposição ou qualquer invasão
cultural; trabalha com respeito ao ser
humano.
Implantar técnicas
agroecológicas.
Implantamos todas as técnicas propostas pelo
projeto, além de quebra ventos, plantio de
mudas nativas e fomento ao Banco de
Sementes.
Superamos as
metas.
As técnicas agroecológicas resgatam
práticas onde o agricultor já teve acesso
no passado. Estamos somente
descobrindo o que já sabíamos,
valorizando a terra enquanto um conjunto
onde estamos inseridos e que qualquer
bom trato na terra reflete em nós.
Criar infraestrutura.
Foi preparada e criada a infra-estrutura para
propriedade demonstrativa.
Positiva.
Pudemos apreender a trocar informações
que trouxessem uma nova idéia de
produção; juntamos o antigo com o novo
e colhemos outro novo.
Visitas aos Produtores
Preparar a
Propriedade para a sua
Função Demonstrativa
Preparar
Infraestrutura e
Materiais
JUSTIFICATIVA
151
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Continuação
CATEGORIA
PREVISÃO
Oficina de
Mapeamento e
Planejamento
Conservacionista
Oficina de Custo de
Produção
Discussão sobre
Comércio Solidário e
Justo
AÇÕES EFETIVADAS
AVALIAÇÃO
JUSTIFICATIVA
Conscientizar os
participantes.
Uso de bases cartográficas e imagens
disponíveis.
Razoavelmente
aproveitável.
O perfil de agricultores atendidos tem
uma demanda que é comercialização
versus sobrevivência. O planejamento
conservacionista ainda não é uma
idéia principal, não se entende ainda
preservação ambiental versus
desenvolvimento econômico.
Capacitação em custo
de Produção.
O tema foi abordado a partir de como
diminuir o custo de produção com as técnicas
agroecológicas comparadas com o modelo
convencional.
Muito bom.
Os participantes saíram conscientes
da importância do Custo de Produção
como forma de se tornarem mais
competitivos no mercado e viram a
diferença entre os dois modelos.
Abordar formas de
comercialização.
Reunião em grupo, conceituando o tema,
ouvindo as experiências e levando os
participantes a pensar em todo o processo
desde a produção até a comercialização.
Muito bom.
Justo e solidário são valores que se
relacionam em tudo que fazemos,
desde os relacionamentos pessoais,
compra das sementes, manejo com a
terra até a comercialização e isso
ficou bem claro para os participantes.
152
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Continuação
CATEGORIA
PREVISÃO
AÇÕES EFETIVADAS
Visita Técnica
Mostrar resultados fora
da região.
Ida à propriedade do Sr. João Flores, produtor
orgânico há 20 anos.
Muito Bem
aproveitado
Estávamos em 14 agricultores, todos
aproveitaram tirando dúvidas sobre
produção, manejo e fertilidade de solo.
Plantio de Adubação
Verde
Aumentar a fertilidade
de solo.
Foi feito plantio em 13 propriedades
Superou as
expectativas
O tema foi bem abordado desde o começo
do projeto como forma alternativa de
fertilização de solo.
Construção de Túnel
Cultivo Forçado
Favorecer o
desenvolvimento das
plantas.
Construção de um (1) túnel.
Pouco
aproveitável
A técnica exige trabalho diário em sua
manutenção, com isso há um aumento na
carga de trabalho que já é alta.
Oficina de Avaliação
Amadurecimento do
grupo.
Reunião com o grupo, parceiros e CAT.
Pouco
aproveitável
Não houve visão sobre o processo educador
do projeto e muito menos amadurecimento
do grupo.
Diversificação das
possibilidades de
geração de renda.
Ampliar a consciência para um
aproveitamento maior da produção através de
conversa com as mulheres dos produtores.
Bom
aproveitamento
A proposta foi bem recebida porque valoriza
o papel da mulher no desenvolvimento da
família, conseqüentemente, do país.
Sensibilização para
Agroindústria
AVALIAÇÃO
JUSTIFICATIVA
153
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Continuação
CATEGORIA
PREVISÃO
Palestras de Difusão
Divulgar o projeto para
a comunidade.
Realizadas duas palestras em instituições do
entorno.
Muito bom
Nas duas palestras, foram abordados
todos os temas do projeto com a
presença de mais de 150 pessoas.
Agregar valor a
produção.
Foram feitas duas oficinas sobre
processamento de alimento, higienização,
composição do produto industrializado,
levantamento dos problemas causados pelo
uso de agrotóxicos.
Muito bem aproveitado
Foi usada a culinária para falar do
valor do papel da mulher na família
agrícola, reabilitando-a a ousar neste
papel. Trabalhamos especificamente a
auto-estima das mulheres.
Construção de fossa.
Fizemos uma Oficina sobre o tema,
apresentando três modelos de tratamento
natural de resíduos sólidos de banheiro.
Muito bem aproveitado
A fossa não foi construída pelo fato
de que, quando tivemos que revisar a
planilha de custo, a pedido do FEMA,
tivemos que subtrair alguns valores,
entre outros subtraímos o da fossa, e
não atentamos em readequar o texto
da atividade, que seria uma oficina e
não uma construção.
Oficina Agroindústria
Familiar
Oficina Fossa
Biodigestora
AÇÕES EFETIVADAS
Não foi construída a fossa.
AVALIAÇÃO
JUSTIFICATIVA
154
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Continuação
CATEGORIA
PREVISÃO
Oficina Plantas
Aromáticas e
Medicinais
Fornecer
conhecimentos básicos
sobre o tema.
Prática de Adubação
Verde
AÇÕES EFETIVADAS
AVALIAÇÃO
JUSTIFICATIVA
Foi feito oficina com profissional da área,
com foco na produção agroecológica.
Muito bem aproveitado
Foi mais uma oportunidade de
fixarmos a idéia de cultivo no sistema
agroecológico, reforçando a idéia de
diversificação e oportunidade na
geração de renda.
Observar resultados.
Plantios nas propriedades.
Superou a expectativa
Ajudou a compor um conjunto de
técnicas agroecológicas, aumentando
ainda mais a fertilidade de solo.
Preparo de Caldas e
Biofertilizante
Confecção de caldas e
biofertilizantes.
Foram feitos 3300 litros de biofertilizante em
sete propriedades diferentes.
Muito bem aproveitado, É uma técnica simples e barata de
superou as
fertilização de solo.
expectativas.
Oficina Fruticultura
Ampliar a importância
da diversificação.
Oficina sobre Bananicultura
Bem aproveitado
É uma cultura que tem um
crescimento bom na região e de poder
de agregação de valor.
155
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Continuação
CATEGORIA
PREVISÃO
AÇÕES EFETIVADAS
AVALIAÇÃO
JUSTIFICATIVA
Ampliar o
conhecimento sobre
manejo de plantas.
Na Oficina foram abordados temas sobre
transmissão de doenças pelo instrumento de
colheita e cultivo de plantas ornamentais.
Pouco aproveitado
Vieram poucos agricultores, talvez o
tema não seja interessante.
Assistência Técnica
Dar suporte ao
agricultor.
Visitas geradoras de informações para tirar
dúvidas. Práticas de técnicas e oficinas.
Muito Bom. Obteve-se
ótima aceitação por
parte dos agricultores.
Aplicar a metodologia do apreender
ensinando e ensinar aprendendo.
Discussão Propriedade Rural
Produtiva
Análise de uma
propriedade produtiva.
Reunião em grupo que abordou fertilidade de
solo, comércio solidário justo, cooperativismo
e associativismo.
Bem aproveitável
Porque os agricultores perceberam
que para se ter uma propriedade
produtiva, tem se que trabalhar com o
conceito de prosperidade e isso é mais
abrangente do que se produzir.
Entendimento do
Processo
Reunião em grupo com depoimentos de todos Bem aproveitável
onde foi verificado que os participantes têm
consciência da importância da agroecologia,
de se organizarem e de estarem envolvidos em
novos projetos.
Houve uma expansão da consciência
para o entendimento do
comportamento ético, onde a
observação e o questionamento fazem
parte de suas vidas, ainda que seja o
despertar de uma nova consciência.
Oficina Poda e
Jardinagem Ecológica
Reflexão sobre os
Resultados e
Assistência Técnica
156
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Continuação
CATEGORIA
PREVISÃO
AÇÕES EFETIVADAS
AVALIAÇÃO
JUSTIFICATIVA
Abordar como seria um
novo projeto de
agroecologia na região.
Reunião em grupo com os envolvidos, tanto
setor público, parceiros e coordenação, para
expressar as necessidades em relação a um
novo projeto. Todos se expressaram e
pudemos sentir o quanto todos amadureceram.
Suas necessidades estavam interligadas às
soluções. E as soluções tinham cunho criativo
e com valores humanos.
Muito bom, superando
as expectativas.
Isso se justifica porque a metodologia
empregada tem enquanto essência o
aprendizado. O educador
simplesmente conduz o educando a
refletir sobre suas ações, e o resultado
é uma nova experiência onde ambos
apreendem a lição vivenciada. Porque
o processo educativo é um processo
de vivência, de experiência daquilo
que é demonstrado.
Troca de experiências
Foi feito depoimento dos participantes da
experiência vivida e troca de idéias.
Muito bom
Porque os agricultores mais uma vez
puderam se encontrar e ordenar
pensamentos através das trocas de
experiências adquiridas e seguir com
o pensamento firme de continuidade.
Discussões sobre a
Continuidade
Encontro de
Confraternização
157
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Atividades Previstas e Efetivamente Alcançadas
Etapa 1- Sensibilização e preparo
Atividade 1 – Visita aos produtores
Visita às propriedades para entender as demandas dos agricultores, conhecer o
ambiente rural local, fazendo o papel de observador, captando as informações pelo
sentido que o agricultor e o local nos dão.
Esta atividade foi de grande importância para o desenvolvimento do projeto,
pois aqui uma atitude equivocada geraria desconfiança e impediria o desenvolvimento
da Extensão Rural.
O Projeto Água Doce realizou as visitas a contento. Atualmente os agricultores
atendidos praticam as técnicas agroecológicas e isso é reflexo das visitas iniciais de
sensibilização.
Conseguimos atender agricultores, criando no entorno uma referência
agroecológica, onde a informação está cristalizada, fazendo com que estes se tornem um
ponto de irradiação de informação. Sinto em conversas entre agricultores que a idéia
maior da agroecologia, a preservação do solo e água e conseqüentemente a
transformação do ser humano, está presente entre eles; estão entendendo que as
transformações em suas propriedades dependem deles.
Atividade 2 - Preparar a Base da Propriedade para a sua Função
Demonstrativa, e
Atividade 3 - Preparar a Infra-Estrutura e os Materiais Necessários à
Implementação das Tecnologias apropriadas e das Práticas
Sustentáveis.
O desafio nestas fases foi o de haver resistência por parte dos proprietários em
fazer as preparações proposta, porque o manejo da roça seria revisto e uma nova
proposta seria implantada, desde a compra de sementes até as estufas.
158
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
A maior resistência foi em relação à metodologia, de aprender ensinando e
ensinar aprendendo. Há atualmente um condicionamento do agricultor a receituários
que alguém fornece no caso o agrônomo; ao contrário, na agroecologia, pensamos no
processo e estimulamos a observação, o que exige do agricultor que ele pense sobre os
porquês, dos porquês dos porquês, quer dizer, que ele questione o que está acontecendo
em sua propriedade: Por que as plantas estão doentes? Por que o solo é improdutivo?
Qual é a importância que eu tenho dentro deste processo?
Isso o faz perceber que suas reações, são diferentes de cada um e que cada um
faz a sua receita, então a receita é a observação.
Na propriedade demonstrativa com o Sr. Daniel tivemos resultados
interessantíssimos com suas observações, como: onde há cobertura morta, há mesmos
ataques de doenças ou a mudança do sabor de suas hortaliças.
Com isso conseguimos hoje implantar as técnicas agroecológicas e neste período
mudar paradigmas existências a mais de 40 anos. Tivemos resistências porque o novo
assusta e mexe com valores conservadores e, muitas vezes tive que manter a convicção
de meus objetivos enquanto Extensionista e continuar com a proposta.
A proposta também tem uma vantagem que é a de tomar decisões no coletivo;
então em toda a preparação da propriedade todos os envolvidos participaram e
decidiram juntos conforme está registrado nos relatórios.
Etapa 2 - Capacitação
Essa etapa concentra as capacitações sobre as técnicas de produção e as
tecnologias agroecológicas, associativismo a comercialização.
Atividade 4 –
Conservacionista:
Oficina
de
Mapeamento
e
Planejamento
Esta oficina aconteceu com o objetivo de despertar o mínimo de consciência nos
agricultores sobre preservação de solo e água.
A princípio tinha um profissional para ministrar esta oficina e por motivo
pessoal ele não pode fazê-lo; mudamos o profissional e junto com a coordenação
mudamos a metodologia sem perder a essência principal.
159
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Isso foi possível porque percebi que na fase que foi feita a oficina (05/2009) não
havia uma idéia profunda por parte do agricultor do por que da preservação ambiental;
isso estava relacionado com corte de árvore, em aplicação de Lei, e isso implicava em
multa, e essa idéia era muito negativa, de modo, que tive que mudar essa idéia negativa
de preservação ambiental.
Esclarecemos que a Lei só apresenta aquilo que é mais coerente, que mostra os
parâmetros para caminharmos sem prejudicar o todo.
Com isso podemos mostrar, através dos mapas, a sua propriedade e a
importância da mesma como fonte de água e produção.
Quebramos um paradigma que mostrou para o quê o Projeto Água Doce veio;
que veio trazer informações onde o agricultor pudesse refletir sobre elas e, a partir delas
escolher o caminho que fosse melhor; não que essa escolha fosse à melhor, mas a
melhor para aquele momento, até porque se estava construindo uma formação e não
estávamos ali para impor e sim trocar e aprender.
Atividade 5 - Dias de Campo
Foram previstos 15 dias de campo e foram realizadas cinco atividades com o
formato de Dia de Campo - porque foram realizados em todo o processo do Projeto
“minis” Dias de Campo nas propriedades dos agricultores.
Aconteceu desta forma pelo seguinte motivo: a maioria das propriedades conta
com uma força de trabalho reduzida; são poucos funcionários contratados e por mais
que sejam agricultores familiares, poucos familiares trabalham na roça, devido à
atividade não ser próspera e de pouca dignidade, fazendo os mais jovens procurar
formas mais seguras de trabalho.
Deste modo sobra pouco tempo para o agricultor se organizar para frequentar as
atividades. Tendo observado isso mudei a estratégia e comecei a fazer estas mini
oficinas.
Normalmente os agricultores se visitam e neste momento aproveitava e realizava
uma oficina em suas propriedades, deixando para fazer oficinas maiores na propriedade
demonstrativa.
160
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Desse modo diminui as oficinas na propriedade demonstrativa e incrementei as
assistências técnicas, sem perder o foco que é o aprendizado. Tivemos êxito nesta
proposta, porque todos os atendidos no mínimo praticam duas técnicas agroecológicas.
Atividade 6 - Oficina de Custo de Produção
Esta Oficina deveria acontecer como uma atividade de início de projeto, mas não
foi possível devido à distância de conhecimento dos agricultores sobre este tema.
Havia uma organização caótica sem nenhum registro de gastos ou lucro e uma
noção de competitividade destrutiva sem nenhuma solidariedade nas relações. Isso fez
com que deslocássemos esta oficina para o final do projeto, quando os valores da
agroecologia: diminuição do custo de produção a partir da conservação de solo,
comércio solidário e justo entre outros, pudessem ajudar o agricultor a entender como
encarar este tema de forma mais consciente, colocando no seu dia-a-dia estes valores.
Durante todo o processo este tema foi abordado com os agricultores.
Alguns fatores contribuem para que o agricultor não faça custo de produção:
baixa instrução e baixa auto-estima; os agricultores escrevem ou lêem pouco, ou seja,
absorvem pouca informação; não estão conectados ao que está acontecendo de novo;
não conhecem outras formas de comercialização. Observei que a comercialização da
produção que também está ligado à venda para intermediários impedem o agricultor de
tomar uma atitude em relação a sua prosperidade, porque não conseguem ver uma forma
de melhorarem os preços de seus produtos, haja visto que os preços são tabelados pelos
compradores. Sendo assim surge um sistema de semi-escravidão onde o agricultor
depende daquele comprador, impedindo-o muitas vezes de criar uma alternativa para o
seu desenvolvimento.
Atividade 7 – Roda de Discussão sobre Comércio Solidário Justo
Esta atividade também foi deslocada para o final do projeto pelos mesmos
motivos da atividade seis (6).
O Comércio Solidário e Justo faz se observar: a lavoura como um processo uma rede de elos interligados, onde uma reação em um elo faz efeito em toda a rede.
Este tema está ligado à ética nas relações; de como nos comportamos diante de
nós mesmos em relação a tudo que fazemos na vida.
161
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Na prática é qual a semente mais correta, de quem estou comprando, como estou
fazendo o manejo do solo, como estou tratando meus consumidores, qual é procedência
dos produtos comercializados, isso porque, se valoriza a cadeia, e para quem pratica
Comércio Solidário e Justo todas as relações são relações de valorização, não de
depreciação.
Na região onde atuamos, infelizmente a realidade é outra e a Oficina veio
ampliar a necessidade desta informação, trazendo a discussão sobre ética resgatando os
valores antigos dos “caipiras” do passado que trabalhavam felizes, em multirões,
fazendo colheitas e plantios conjuntos, uma comercialização mais ética, valorizando a
cultura local, sua religiosidade - que conecta o ser humano aos valores mais puros da
terra.
Esta Oficina tratou, mais amplamente, de contribuir para a construção de uma
identidade baseada na prosperidade, na saúde do homem e da terra; do planeta.
Atividade 8 - Oficina de Cooperativismo e Associativismo
Esta Oficina também foi deslocada para o final do projeto pelo mesmo motivo
das oficinas (6,7).
A discussão sobre este tema é semelhante aos demais, pois abordam formas,
valores de viver em grupo, fazer coisas no coletivo. A individualização da roça, a
comercialização escravizadora, que impede o agricultor de ver e perceber o outro como
parceiro, trouxe marcas de dissociação na região.
A falência da Cooperativa Agrícola de Cotia amargou na região muita
desconfiança de qualquer forma de cooperação.
O que foi abordado nesta Oficina foi qual é o novo formato de uma associação
ou qualquer outra denominação de união, que tivesse as características dos agricultores
da região com as suas demandas, com os seus valores, criando caminhos onde os
agricultores pudessem percorrer juntos, no coletivo.
Esta Oficina trouxe a informação de que o trabalho no coletivo valoriza o ser
humano, cria possibilidades novas, porque existe a troca, comunhão, criatividade e
conseqüentemente a prosperidade.
162
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Devido à abordagem desse tema durante todo o processo do projeto fizemos uma
única reunião, que foi suficiente para a abordagem do tema.
Atividade 9 - Visita Técnica
A atividade ocorreu conforme havíamos previsto; visitamos a propriedade do Sr.
João Flores. A propriedade é um exemplo de demonstração das técnicas agroecológicas;
segue já um ritmo, onde os desafios, que os agricultores visitantes vivenciam em suas
propriedades, o Sr.João já passou faz tempo. Muitas informações importantes foram
colocadas. A mais importante está relacionada à conquista daquilo que se quer realizar,
os sonhos, passando pelos desafios como se fossem provas que te colocariam no lugar
aonde se quer chegar. A outra importante lição foi a de entender o solo como um
organismo que tem as suas interelações e que o entendimento delas é fator
importantíssimo para se ter saúde das plantas.
O Sr. João é um exemplo de humildade e sabedoria, simplicidade e amor,
valores que está faltando em muitas áreas principalmente na agricultura. Os agricultores
puderam perceber isso e ficaram felizes de tê-lo conhecido.
Atividade 10 - Plantio de Adubação Verde
Esta atividade foi feita em todas as etapas programadas. Trouxe uma nova visão
de adubação. A região por ter pequenas propriedades e uso intensivo da terra, impede
que a técnica seja usada em larga escala, o que trouxe uma maneira diferente de pensar
a adubação verde. A técnica foi usada como cultura consorciada com as hortaliças, ora
em linha entre as culturas, ora aproveitando espaçamentos que sobrariam entre as
plantas e quando possível em pequenas glebas. Isso trouxe a possibilidade de aumentar
a vida no solo, inibir desenvolvimento de nematóides, e fixar nitrogênio.
Em áreas onde se plantou por glebas foi nítido a melhoria da qualidade do solo
pela incorporação da matéria orgânica.
Nos cultivos consorciados fizemos uma experiência bastante interessante:
consorciamos Mucuna preta, milho e jiló. O jiló que tivera perda de 70% no ano
anterior apresentou estado fitosanitário ótimo apresentando perdas de 10% com o
consórcio.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Isto trouxe uma estranheza pelo motivo de haver uma desconfiança na técnica e
como um consórcio de plantas pode atuar na fertilidade de solo.
A partir desta técnica pudemos estimular um banco de sementes para garantir a
colheita e armazenamento das sementes para colheitas posteriores, o Projeto Água Doce
compactua com essa idéia, por isso pode estimular essa idéia que não estava no
programa das nossas atividades.
A técnica de adubação verde consagrada e largamente utilizada em agricultura
orgânica, possibilita o aumento da fertilidade do solo, e da micro vida do solo, além de
protegê-lo da incidência do sol, contribuindo para a restauração e revitalização.
Diretamente diminui custos com adubos petroquímicos.
Atividade 11 – Construção de Estufas e Túnel de Cultivo Forçado
Esta atividade foi o divisor de águas do projeto, pois, gerou muita desconfiança
por parte dos envolvidos.
Conforme relatórios iniciais, tivemos que trocar os materiais previstos, por
estarem com preços superiores aos cotados no momento da elaboração do projeto, visto
que, da aprovação até a liberação dos recursos passaram quase 2 anos.
Como o projeto tem cunho laboratorial e tem como foco o uso de materiais
alternativos, resolvi propor a troca de materiais.
Na troca do eucalipto material escolhido inicialmente como base da estufa,
resolvemos concretar canos de PVC e no lugar do vergalhão (material de alto custo)
colocamos varas de bambu com o mesmo diâmetro.
A técnica muito usada na China resolveria e atenderia a nossa necessidade.
As dificuldades que enfrentamos, mesmo com todos concordando com a técnica,
foram à dúvida do resultado esperado. Outro fator conflitante foi à disposição das
mesmas em relação ao terreno: questionou-se a posição que a princípio, em minha
opinião, seguiríamos o formato dos novos canteiros em nível, em contrapartida a se
fazer as estufas morro abaixo que contrariam o princípio de conservação de solo, para se
evitar erosões.
Mantive os princípios de conservação de solo.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Somados estes conflitos com a construção das colunas que serviriam de base
para as estufas, que estavam demorando muito a secar, pois o concreto teria que curar
secando, aumentaram os questionamentos sobre o andamento do projeto.
Com a montagem da estufa e sua amarração percebemos que havia movimento
na sua sustentação, que em minha opinião, não oferecia risco.
A colocação do plástico trouxe também algumas dúvidas, pois não foi bem
esticado, causando depois com a chuva algumas bolsas d’água que começaram a trazer
danos para a estufa.
Com um vento forte, que causou danos graves na região, a estufa não agüentou e
tivemos que tirar o filme plástico e começar de novo.
Através de observações da segunda estufa, que não sofreu danos, pudemos
constatar que os fios de arame estavam ajudando a esticar o filme plástico e criar bolsas
d’água. Retiramos os arames e esperamos os ventos.
Outro vento forte assolou a região causando novamente estragos na região.
Desta vez não causando danos nenhum as estufas.
A crença de “eu pago para ver” é danosa, gera desconfiança e descrédito, com
isso conseguimos quebrar mais um paradigma; atualmente as estufas estão cultivadas
produzindo e o modelo pode se replicado para outros lugares.
Por conta da troca de materiais não foi possível a realização da construção de
toda a área de estufas proposta, pois tivemos que contratar um pedreiro para execução
do serviço, porém atingimos o nosso objetivo que foi de construir estufas e, além disso,
com materiais alternativos achados facilmente em qualquer propriedade rural.
Etapa três – Avaliação e Fortalecimento
Nessa etapa será feito o monitoramento dos trabalhos para identificação das
fraquezas e adequação da metodologia, identificação de prioridades para o trabalho de
extensão rural e fortalecimento do conhecimento adquirido.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Atividade 12 – Oficina de Avaliação e Auto-avaliação
Esta oficina foi muito mal direcionada, no meu entender de coordenador do
projeto faríamos uma reunião do processo metodológico educativo sem se orientar em
acertos e erros e sim no aprendizado e em análise do processo. A reunião foi focada em
erros sem o menor entendimento do processo, causando grande desconfiança entre os
atores e gerando mais conflito do que se já tinha. Em minha opinião resolveríamos os
conflitos e caminharíamos a partir disso. Não foi o que aconteceu e percebo que os
atores tem que conhecer profundamente a metodologia do projeto que é a do apreender
ensinando e ensinar apreendendo, para assim trabalharmos em equipe colaborando para
o cumprimento das metas. Não houve uma técnica aplicada nesta avaliação, somente
questionamentos de pontos específicos que dependem do processo todo, para apresentar
resultados.
Atividade 13 - Sensibilização das Mulheres dos Produtores para a
Discussão sobre Agroindústria
Esta atividade veio trabalhar a sensibilização das mulheres e dos homens para a
importância do papel da mulher na família.
Durante todo o projeto abordei o tema para prepará-las para Oficina que seria
dada dentro das atividades do projeto.
Atividade 14 - Palestras em Escolas e Entidades Organizadas dentro
da APA
As palestras serviram para mostrar os objetivos e os valores do Projeto Água
Doce e a importância de ações voltadas a transformação do ser humano.
Transformações que mudam realidades, trazendo soluções para as necessidades de
modo criativo e ético.
As palestras foram feitas em instituições que trabalham com jovens. Estavam
presentes além deles, os professores, merendeiras e funcionários das instituições.
Foi uma maneira de trocar com os educandos e pontuar suas dúvidas,
absorvendo e observando o que se passa com eles, entender suas críticas para poder
somar; fazer com que eles aprendam a somar, trabalhar no coletivo.
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Atividade 15 -Oficina de Aproveitamento dos Alimentos- Culinária e
Agroindústria Familiar
Esta oficina trouxe muita alegria e realização; trouxe uma ampliação da
consciência do papel da mulher dentro do contexto familiar agrícola.
Através da culinária pudemos abordar temas como saúde, segurança alimentar,
auto-estima da mulher, componentes de alimentos industrializados, entre outros.
Resgatando a naturalidade de se preparar o alimento baseado na presença e na atitude
consciente da mulher.
Resgatamos o valor da mulher enquanto líder natural; o poder de ser um
elemento gerador de renda e impulsionador da família agrícola.
Contamos com uma profissional experiente para fazer a abordagem e todas as
participantes levaram consigo o valor, a importância do papel da mulher no
desenvolvimento familiar.
Atividade 16 – Oficina de Construção de Fossa Biodigestora
Esta atividade prática não foi feita pelo seguinte motivo: quando o projeto estava
em vias de ser aprovado, alguns valores não foram aprovados e tivemos que refazer a
planilha financeira, onde tiramos o recurso desta atividade, mas não foi refeita a
correção da atividade apenas como uma oficina teórica.
A Oficina teórica foi muito bem aceita. Abordamos três modelos de tratamento
de esgoto para áreas rurais; tiramos muitas dúvidas e combinamos com a coordenadora
do Instituto Pedro Matajs, que se colocou a disposição para a compra dos materiais para
a construção da fossa na propriedade demonstrativa. Ficamos de agendar uma data para
a construção.
Etapa 4 – Oportunidades de Geração de Renda
Atividade 17 - Oficina de Cultivo e Utilização de Plantas Aromáticas e
Medicinais
Nas observações que venho fazendo do perfil dos agricultores, percebi que o
cultivo de plantas medicinais como forma de aumentar a renda e a diversificação ainda
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
está distante de ser um poder cristalizado como, por exemplo, o cultivo da alface. São
culturas que se perderam na infância e tive grande dificuldade de resgatá-las.
Fiz plantio de 1200 mudas de plantas aromáticas e medicinais. A maioria morreu
na bandeja, e a outra parte transplantada foi capinada como se fosse um mato qualquer.
Foi plantado cravo de defunto como forma de inibir o desenvolvimento de
nematóides no solo; a técnica não pegou, não houve mais plantios espontâneos. E como
proposta metodológica, aquela ação que não se torna espontânea e uma ação inválida.
De modo que mudei minha proposta de ação e fiz apenas uma Oficina e propus
que o palestrante tratasse a oficina como uma forma de usar o conhecimento das plantas
medicinais para uso, tratamentos, controladores, inseticidas dentro do contexto da
agricultura orgânica. Como forma de ajudar no despertar para esta consciência, de que
as plantas ajudam como controladores de insetos e doenças, aumentam as suas defesas,
além de serem plantas que ajudam a aumentar a renda familiar.
Percebo que os agricultores não se atentaram para determinados tipo de cultura.
A especialidade dos agricultores são apenas algumas culturas, onde a sua especialidade
deveria ser cultivar plantas.
Atividade 18 – Prática de Adubação Verde
Esta prática foi feita de outra forma em relação ao que se estava previsto, porque
em todos os dias de campo que fizemos, observamos os resultados da prática de
adubação verde, tanto de inverno como a de verão. Foi observado a quantidade de
matéria orgânica no solo, quantidade de insetos que são atraídos pelas plantas,
quantidade de sementes que foram produzidas nos capões para este fim,
desenvolvimento das plantas e a quantidade de massa verde incorporada como cobertura
de solo.
Foi realizado também mini-oficinas nas propriedades dos agricultores, com o
objetivo de levar a informação antecipadamente às oficinas programadas. Eles próprios
relataram melhorias na saúde das plantas, sempre pensando que a adubação verde é uma
das práticas que aumentam a fauna de solo.
Atividade 19 - Preparo de Caldas e Biofertilizantes
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Esta atividade foi uma das que mais colaboraram para o objetivo maior do
Projeto Água Doce: a diminuição do uso de veneno e adubo químicos.
O biofertilizante é um produto de baixo-custo, feito com materiais encontrados
em todas as propriedades.
Este produto garante fertilidade de solo; é pronto assimilável pelas raízes das
plantas; estimula a observação do agricultor, o pensamento e a criatividade, pois o
agricultor tem que pensar sobre a composição dos materiais usados e quais são aqueles
que podem vir a ser usados, sabendo principalmente que a planta usada contém
nutrientes essenciais para a fertilização do produto.
Foram feitos 3.300 litros de biofertilizante em sete propriedades diferentes
garantindo diminuição do uso de veneno e adubos petroquímicos, conforme
referenciado nos relatórios.
Verificamos economia real em alguns agricultores de R$ 1.200,00 por mês,
garantindo diminuição de custo de produção, foco de nosso trabalho.
Outra vantagem é que deixaram de ser despejados no solo uma quantidade
enorme de produtos petroquímicos para combater insetos e doenças, visto que o
biofertilizante aumenta a resistência das plantas, melhorando a qualidade da água no
subsolo conseqüentemente nos lençóis freáticos.
Atividade 20 – Oficina de Fruticultura
Esta oficina seguiu outra orientação: a idéia de diversificação foi construída em
todo o processo do projeto. A idéia foi a de aproveitamento racional dos espaços da
propriedade para ampliar o leque de culturas plantadas. O resgate da fruticultura na
propriedade rural foi estimulado, como forma de geração de renda, atração de pássaros e
insetos e o consumo doméstico.
O desafio a enfrentar no caso do plantio comercial é como escoar a produção das
frutas, pois a maioria dos agricultores faz feira ou vendem para feiras, onde o
escoamento é dificultado pela especialização de cada agricultor e comprador, isto é, os
compradores fazem compras específicas em agricultores específicos. Tem-se que criar
um novo mercado para as frutas e atualmente o mercado de hortaliças já vive uma crise
onde fica bastante difícil, romper para criar uma nova estratégia. Sendo fato, resolvi
estimular a fruticultura como forma de atrair pássaros, insetos e para o consumo
doméstico.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Fizemos uma oficina de bananicultura com um profissional da CATI
especializado na área que trouxe muitas informações novas, onde os agricultores
ficaram bastante estimulados em melhorar o que já tem.
No nosso grupo temos dois agricultores que cultivam frutas: um bananicultor e
outro de frutas em geral, eles puderam aproveitar mais a oficina, pois estavam dentro de
sua área de atuação.
Atividade 21 - Oficina de Poda
Esta oficina teve como objetivo mostrar para o agricultor que a poda é uma
técnica e que necessita de cuidados específicos para evitar a transmissão de doenças na
lavoura. Todos os agricultores visitados pelo projeto não praticam nenhum cuidado com
a poda; não imaginam como é o desenvolvimento da doença, nem como uma doença
pode passar de uma planta para outra.
Foram abordados na oficina os modos de transmissão das doenças, a maneira
correta de se fazer a poda e a desinfecção do instrumento de poda.
Em todo o processo do projeto a técnica de poda foi observada e colocada como
forma de evitar doenças na lavoura e conseqüentemente diminuir o custo de produção.
Etapa 5 - Suporte
Atividade 22 – Assistência Técnica
A assistência técnica teve como objetivo atender ao agricultor em suas dúvidas e
a partir das observações feitas nas assistências técnicas, pontuar soluções para
problemas observados.
Foi na assistência técnica que pude construir a quebra de paradigma dos
agricultores, sentir a necessidade evolutiva do agricultor em relação ao que ele ouvia
nas oficinas e praticava no campo. Elas foram o termômetro que conduzia o
atendimento, pois toda informação gerada despertava uma nova necessidade e a
complexidade se desfiava para o simples, pois as dúvidas sempre foram conduzidas para
um caminho: a fertilidade do solo - que remete ao cuidado com a terra. E a terra é tudo;
e tudo somos nós. Dessa forma chegávamos à mudança do indivíduo como forma de
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
mudar o que estava dando errado, para o certo - e o certo voltado à sua realidade - onde
a fórmula se desfazia e dava lugar à observação.
Atividade 23 – Rodas de Discussão sobre a Propriedade Rural
Produtiva
Nesta atividade foi enfatizado o conceito das interelações como forma de
fortalecimento da unidade e que a unidade pode ser considerada como a propriedade, a
associação, a cidade ou o país. Que todo o processo tem que ser pensado nos mínimos
detalhes, desde a compra da semente até o consumidor. Discutimos as responsabilidades
na produção, na comercialização, a consciência do consumidor, agroecologia e a saúde
do agricultor.
Entendemos que temos que ser independentes, porém, trabalharmos no coletivo;
abertos ao novo, sendo participativos e tendo em comum, o bem comum. Assim
podemos pensar a propriedade como um organismo vivo interelacionado, onde a partir
das técnicas agroecológicas pensamos o ser humano como agente transformador da sua
realidade e que o processo produtivo, tem que ser limpo, saudável e transparente.
Estavam presentes representantes do CAT e FEMA, não foi necessário
ampliarmos a discussão para mais de um dia.
Atividade 24 – Oficina de Jardinagem com Principio Ecológico
Esta Oficina propôs a harmonia para além da lavoura, encontrando espaços na
moradia, transformando estes espaços em locais agradáveis.
Aplicando as técnicas que foram aprendidas para as lavouras, podemos trazer
para os jardins, ampliando o conceito de cultivo, onde o solo é tratado como base,
independente de ser lavoura ou plantas ornamentais.
Essa idéia amplia o conceito de cultivo e abre possibilidades para outras formas
de se pensar a terra, os espaço; podendo deixar a lavoura mais ornamental e rentável.
Etapa 6 – Final
Essa etapa concentra atividades voltadas ao resgate e consolidação dos
conhecimentos adquiridos, a avaliação do projeto e do processo, e a discussão de
estratégias de continuidade.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Atividade 25 – Reuniões para Reflexão sobre os Resultados Obtidos
Atividade 26 – Discussões sobre a Continuidade do Processo
Atividade 27 – Encontro de Confraternização
As atividades 25, 26 e 27 aconteceram conjuntamente.
Pudemos fazer estas atividades juntamente, pelo fato, de já termos verificado a
consciência sobre o processo e seu amadurecimento, então já amadurecidos, pudemos
colher informações para a continuidade do processo, ouvindo os agricultores sobre o
que eles esperavam dos próximos projetos. Todas as demandas foram registradas pelo
pessoal da Comissão de Acompanhamento Técnico (CAT).
E o que pudemos sentir foi que em 8 horas de atividade, os agricultores
estiveram presentes, colaboradores, sem ansiedade de ir embora e querendo mais; isso é
resultado de um trabalho onde houve comprometimento de todas as partes, em garantir
que a continuidade aconteça, por isso, a metodologia empregada. Metodologia que
sensibiliza, desperta e capacita os envolvidos em se apropriarem do conhecimento
abordado.
Este modo de pensar projetos socioambientais, desperta interesse nos
participantes porque os coloca como atores e transformadores da sua realidade; isto traz
auto-estima e valorização do ser humano enquanto agente da mudança. Traz poder de
realização e consciência da vida que se leva; consciência das relações que existem ao
seu redor e do respeito com que as relações se dão.
Todo o processo de transmissão de informação é um processo educativo, onde,
os educandos tem que ser tratados com tal, não como meros transmissores de idéias
onde os envolvidos são simplesmente alunos (a= sem – luno =luz), seres sem luz,
invadidos com informações sem base prática e nenhuma experiência.
Nós do Projeto Água Doce entendemos que a valorização do Ser Humano está
acima de qualquer outra coisa, porque entendemos que a sua transformação é a
transformação da sua realidade, seja ela no campo ou na cidade, porque gera a busca
sobre o saber ético, consequentemente sobre prosperidade, e é isso que pudemos
constatar: pessoas de cabeça levantada querendo melhorar a sua vida e a do semelhante
ao seu redor.
Os resultados do Projeto foram apresentados e todos puderam compartilhar
destes resultados e demonstrar a experiência vivida com sucesso.
172
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
A confraternização com o almoço se deu em clima festivo com troca de
informações, muita alegria e solidariedade, onde pudemos constatar o maior dos
resultados, o trabalho no coletivo.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Projeto Água Doce
Recomendações
Em relação às experiências vividas e os resultados obtidos, farei as
recomendações que acreditamos ser importantes para a continuidade e evolução do
processo de transição para uma agricultura mais limpa e saudável.
Ao se pensar neste projeto o que veio em mente foi a idéia de ser um projeto de
ações práticas, por isso a propriedade demonstrativa.
Outro fato foi o de ser um projeto de extensão rural, onde seria trabalhada a
mudança de modo cultural, que implicaria na transformação pessoal de cada agricultor.
Neste caso necessitaríamos de uma metodologia educacional.
Dentro do processo educacional, ao olhar da coordenação, aplicaríamos o
método do apreender ensinando e ensinar apreendendo, método muito utilizado por
Paulo Freire, educador reconhecido no Brasil e no mundo, onde a construção de um
modelo é baseado na troca de informações e isso é fundamental.
O aprendizado é o resultado da experiência prática, e no caso da agricultura,
unindo o saber popular com as novas experiências de outras práticas já trabalhadas.
Entendemos que o desenvolvimento da agricultura só e possível se for pelo
processo limpo e ético, onde haja respeito pelo saber e pela condição real de cada
agricultor, evitando rótulos e receitas.
Despertando na observação, a expansão, o entendimento do todo, das
interelações, onde o ser humano é o personagem principal, não há desenvolvimento
econômico ser não houver desenvolvimento humano.
Afirmamos aqui que a prosperidade passa por esse desenvolvimento e que a
agricultura é a força motora deste desenvolvimento.
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FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Assim acreditamos que o Projeto Água Doce pudesse atuar na transformação
pessoal.
No momento que iniciamos o Projeto, outros Projetos já haviam passado pela
região e com atuações da Casa da Agricultura, já havia uma experiência consagrada e a
nossa experiência se somaria com a passada.
Como o Projeto tem tempo de atuação (18 meses) sabíamos que quando o
projeto terminasse os agricultores continuariam, e como poderíamos atuar sem que
ficassem com a sensação de abandono.
Trabalhamos então com a proposta de entender o ritmo de aprendizado de cada
agricultor, respeitando o seu entendimento daquilo que propusemos. Usamos então o
método da repetição.
A cada nova atividade proposta caminhamos sempre para o mesmo ponto,
partindo de ponto de vistas diferentes.
A região tem um histórico de pouca associação, devido à falência da
Cooperativa Agrícola de Cotia; isso criou uma desestimulo a prática associativista.
A herança deixada é o uso intensivo de pesticidas e adubos petroquímicos.
Segundo os agricultores não há atendimento e informação sobre o
desenvolvimento da agricultura por parte dos órgãos oficiais de Assistência Técnica e
Extensão rural; esta situação deixe o agricultor a deriva.
Esta situação mostra hoje a região com alto índice de vulnerabilidade sócio
ambiental, com altas taxas de contaminação de solo por uso indiscriminado de
pesticidas e perda da fertilidade de solo pela falta de conservação de solo, agravando
ainda mais a situação do agricultor que convive com as doenças nas lavouras e
contaminação da sua própria vida.
Todos os trabalhos em busca de soluções sócio ambientais são desenvolvidos
através de projetos e criações de áreas de preservação ambiental por parte da prefeitura,
trazendo uma situação de maior controle do crescimento desta vulnerabilidade.
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FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Estes trabalhos têm por objetivo articular pessoas que se sentem com o
compromisso de melhorar a sua qualidade de vida e do seu entorno, através de parcerias
entre setor público, ONG’s locais, agricultores e moradores do entorno.
Graças a essas iniciativas, novos sensores sócio-ambientais são criados,
melhorando a qualidade de vida do local e atraindo mais iniciativas para compor os
trabalhos já existentes.
É neste contexto que o Projeto Água Doce atuou e colaborou implantando a
idéia do caminhar articulado, coletivo, próspero, trazendo informação baseado na
realidade individual de cada agricultor, onde o aprendizado é o resultado de ações
interligadas, de respeito ao ritmo individual do aprendizado de cada um.
No contexto histórico do Projeto Água Doce o desenho que se desenvolveu na
propriedade demonstrativa foi: iniciamos o projeto bastante motivado; segundo análise
do geógrafo sobre o solo da propriedade, toda a horta é cultivada sobre subsolo; a
camada fértil (30 cm a 40 cm) se perdeu nestes anos de cultivo intensivo e sem
conservação do mesmo.
As técnicas foram sendo aplicadas e ao passo que os desafios previstos
apareciam pudemos observar as reações de comportamento ao se enfrentar o desafio,
para então, tomar as decisões e resgatar a motivação que foi se perdendo ao longo do
tempo.
No contexto geral o desafio do Projeto foi mostrar para o agricultor que não
havia certo ou errado, bom ou ruim, receita ou rótulo; porque estes conceitos impedem o
agricultor de observar e transformar o processo. As informações transformadoras estão
baseadas em interelações, em rede, em mudanças constantes.
Estas mudanças estão em toda ordem da natureza, por exemplo: o agricultor não
acompanha as mudanças climáticas que estão acontecendo, ele não está preparado para
a mudança; isso gera imobilidade.
O projeto trouxe o despertar desta mobilidade e foi além; conscientemente
sabíamos que a nossa meta era o de despertar essa mobilidade, e qualquer outro
resultado que estive além desse era lucro.
Passamos por inúmeros desafios. Ter paciência para entender os expurgos da
terra e ao mesmo tempo perda na produção; entender o caminho do vento e perder a
estufa; correr o risco de ter foco e perder o amigo. Todos esses fatos compuseram o
projeto e o desafio para a coordenação foi o de ter firmeza diante de tantos desafios,
176
FEMA-FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
problemas históricos, problemas climáticos, problemas pessoais, onde a nosso ver
tinham soluções; e soluções têm resultados, e os resultados foram apresentados, tanto na
sua quantidade quanto na sua qualidade.
Os agricultores atendidos passaram pelo mesmo problema, pois tiveram que
transformar a sua realidade que não é fácil, mas é possível. Costumo dizer que plantar
verdura é fácil, difícil é ser feliz. Chegamos ao final desta etapa superando as
dificuldades, transformando tristeza em alegrias, que para nós este resultado é maior do
que qualquer número; isso é visível entre os agricultores atendidos e um presente para
nós.
Não tivemos como objetivo transformar estes agricultores em produtores
orgânicos e sim mostrar-lhes que existe outra opção de produção, que ela é viável,
economicamente sustentável, por incluir o indivíduo como agente da transformação da
sua realidade.
Neste fechamento de projeto quero fazer recomendações que vão permitir o
agricultor a relacionar os pontos frágeis na propriedade que merecem atenção, cuidado,
empenho e investimento para a solução de seus problemas.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Técnicas
Produção de
Sementes
Preparo do
Solo
Adubação
Como Era
Como Está
Bandejas contaminadas
Controle das doenças nas bandejas.
Recomendações
Como Poderá Ficar
Desinfecção de bandejas com cloro.
Bandejas com plantas saudáveis sem
contaminação de solo no transplante de
mudas.
Uso de rotativa e adubos Uso de rotativa, plantios em covas
petroquímicos, sem
adubadas com matéria orgânica e
coordenação com a
pós-naturais.
produção de mudas,
com grandes erosões.
Preparo coordenado com a produção de
mudas, covas adubadas com matéria
orgânicas e pós-naturais.
Solo protegido das ações das chuvas
evitando erosão e sempre cultivado.
Petroquímicas, NPK e
Uréia.
Adubações verdes; biofertilizante;
uso de matéria orgânica de cama
de cavalo ou outras; biomassa de
adubação verde; calcário.
Biofertilizante, calcário, adubo verde,
incorporação de biomassa (cobertura
morta).
Solos férteis ricos em matéria orgânica e
vida, com poder de absorção de água e
nutrientes.
Sem cobertura morta;
solo desprotegido.
Solo com pontos de cobertura
morta, oriunda de corte de capim.
Cobertura morta em todos os canteiros,
com matéria orgânica oriunda de
qualquer fonte. Recomendo uso de
ensiladeira ou picadeira, para picar
matéria orgânica para uso no manejo da
cobertura morta.
Solo rico em matéria orgânica,
aumentando a camada de solo fértil,
protegido, úmido, com temperaturas
controladas, aumentando a capacidade
das plantas produzirem energia nutritiva.
Cobertura
Morta
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Técnicas
Como Era
Como Está
Recomendações
Como Poderá Ficar
Não havia uso.
Uso integral por parte da
maioria dos envolvidos no
projeto.
Uso sistemático em todas as culturas.
Solos ricos em microorganismos
decompositores de matéria
orgânica.
Poucos registros.
Pouca a pouco a técnica se
efetiva.
Uso sistemático em todas as culturas. A
rotação garante que o solo se fortaleça,
favorecendo o desenvolvimento das raízes;
aumento de controladores inibidores de
doenças e insetos; aumento do poder de
absorção de água e nutrientes. Seqüência
de rotação hortaliças de folhas,raízes,frutos
e flores
Favorece o desenvolvimento de
microorganismo do solo que
garantem controles naturais,
evitando ataques de insetos e
doenças; aumentos de grumos no
solo.
Nenhum uso.
Pouco Uso.
Os inseticidas naturais e caldas tem baixo
custo, pois se usam matérias da
propriedade. Recomenda-se cautela e
proteção no uso destes produtos.
Estas substâncias controlam
insetos e doenças, causando
equilíbrio e controle de insetos e
doenças, sem causar danos às
lavouras quando usados com
cautela.
Biofertilizante
Rotação de
Cultura
Caldas e
Inseticidas
Naturais
179
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Técnicas
Plantas
Medicinais,
Como Era
Como Está
Pouco uso.
Não havia prática.
Pouco uso. A propriedade
Uso total da área com a técnica para
demonstrativa está com 90% conservação de solo. A técnica evita a
da área ocupada.
erosão.
Com as áreas protegidas
mantendo e conservando camada
fértil do solo.
Não havia.
Pouco uso. A propriedade
demonstrativa faz uso da
técnica.
Glebas protegidas com o intuito de evitar a
transmissão de fungos pelo vento. O
quebra-vento evita stress na plantas
causados pelos ventos fortes e frios.
A técnica confere a prevenção,
evita a proliferação de fungo e a
ação forte dos ventos.
Não havia.
Pouco uso.
Para evitar o sol forte, criando um micro
clima, que favorece o desenvolvimento das
plantas. Recomenda-se feijão guandu.
Com áreas de culturas diversas,
consorciadas favorecendo o
desenvolvimento das plantas e
equilíbrio natural.
Quebra Vento
Sombreamento
da Lavoura
Para confecção de inseticidas naturais e
como repelentes de insetos nas lavouras.
Ajuda nas rotações de culturas.
Como Poderá Ficar
Não havia prática.
Aromáticas e
Temperos
Curvas de
Nível
Recomendações
As plantas medicinais podem
trazer aumento na renda mensal,
além de servir para uso
doméstico.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Técnicas
Como Era
Como Está
Não há.
O custo de produção favorece a competitividade
comercial.
O Custo de Produção traz a
organização, favorecendo a
visualização do custo real de cada
cultura.
Não há pratica.
Já se tem uma idéia do
que é.
Um aprofundamento no conceito para se envolver
com a prática. Cria respeito pela terra e por quem
consome, porque se respeita o limite próprio.
Esta prática traz para a vida o
conhecimento de processo desde a
produção até o consumidor.
Não havia.
Não há.
Recomenda-se como forma de união para
fortalecimento e desenvolvimento de ações
conjuntas.
Grupos fortalecidos que fazem
compras e vendas conjuntas,
trabalhando a diminuição do custo
de produção e conquistando espaços
onde um agricultor sozinho não
conseguiria.
Não havia.
Não há.
Uso de fossa para tratamento de esgoto doméstico,
como forma de melhorar a qualidade da água.
Com a região com baixo índice de
doenças transmitidas pela
contaminação das águas.
Associativismo
Fossa
Biodigestora
Como Poderá Ficar
Não havia.
Custo de
Produção
Comércio
Solidário e
Justo
Recomendações
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Técnicas
Técnica de
Poda
Plantio em
Covas
Adubadas
Como Era
Como Está
Recomendações
Como Poderá Ficar
Não havia.
A técnica foi introduzida.
Melhorar a saúde da plantas evitando a transmissão
de doenças pela ferramenta de corte dos frutos.
Melhor rendimento na colheita da
lavoura, colhendo mais por planta.
Não havia.
O conceito está sendo
usado.
Esta prática evita o uso de maquinário pesado na
lavoura; diminui a compactação do solo; melhora as
condições de absorção de água e circulação do ar.
Esta prática garante uma adubação
mais completa, favorecendo o
desenvolvimento da raiz e trabalha
manejo do mato.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Projeto Água Doce
Depoimentos
Declaração do Augusto sobre o Projeto Água Doce. Ele escreveu o seu TCC sobre
agroecológia e participou da implantação do Projeto.
05/2009
A minha impressão foi das melhores, sem duvida.
Pra alguém que não tinha idéia do que poderia encontrar, foi uma grata surpresa.
Pessoas simples e muito trabalhadoras.
O Seu Daniel que tinha a fama de ser uma pessoa fechada (bravo) acabou sendo uma
pessoa muito tranqüila até.
Não sei se você se lembra daquela vez que tinha q tirar umas fotos com o fundo branco.
Mas eu morria de medo de falar pra ele. Quando finalmente tomei coragem pra falar
ele levou numa boa. Foi até paciente demais.
Todos os demais também resultaram ser pessoas muito gentis. Só posso agradecer pela
atenção que me brindaram.
Sobre o projeto, talvez por serem em sua maioria agricultores à antiga, demonstravam
um certo temor ou desconfiança no resultado. Mas estavam dispostos a arriscar, o que
já conta bastante. Falando nisso, espero q esteja dando tudo certo com o projeto.
Outro dia entrei na pagina do Instituto Pedro Matajs pra ver se tinha algo novo. Agora
já tem conteúdo pelo que vi.
Bom, espero q esteja tudo bem com você também.
Um grande abraço
Augusto M.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Impressão da Nadia Cozzi
Referente à Oficina das Mulheres fiquei surpresa com a consciência que elas já tinham
sobre a importância vital da energia nos alimentos, na compra, no preparo e na
apresentação dos mesmos; que normalmente é a parte mais difícil de ser entendida.
O Conceito de Orgânico ainda era bem confuso e talvez por isso mesmo não havia
muito compromisso quanto à maneira de plantar. Ora eles optavam pelos orgânicos,
ora pelo Convencional. Não havia entendimento do papel que eles representavam
enquanto produtores de um ou de outro. Não havia também consciência de que isso
interferia na saúde das pessoas que consumiam seus produtos.
No segundo encontro já senti uma vontade maior de entender e mudar alguma coisa,
tivemos até o compromisso de um dos participantes em apresentar seus produtos sem
agrotóxicos no prazo de 3 meses.
Outra coisa que era completamente desconhecida ou passava despercebida era a
influência dos produtos industrializados na saúde das pessoas e não havia nenhum
conhecimento quanto aos Transgênicos, e o momento crucial que vivemos com a
demanda pelas sementes transgênicas, o que acarreta atualmente a contaminação no
plantio da soja, arroz, algodão, milho. Inclusive nas lavouras orgânicas.
Acho importante novas oficinas apresentando maiores detalhes de cada assunto, pois o
tema alimentação é vasto. Uma alimentação mais pura requer noções de
agrotóxicos, Transgênicos, aditivos alimentares e ainda os hormônios de crescimento
existentes nas carnes.
Parabenizo pelo Projeto Água Doce e agradeço pela confiança e por ter participado e
conhecido pessoas tão especiais que buscam mudanças pelo bem maior do Planeta.
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Projeto Água Doce
Lista de Agricultores Atendidos
Nome
Situação
UTM
Endereço/ Fone
Característica
Cultivo atual - Shitake, pequeno
pomar; quer se inserir no
processo de turismo rural.
Área 8 há. Cultivo atual - plantas
ornamentais
Área 2ha. Cultivo atual - Shitake,
hortaliça convencional.
Produtor de hortaliças
convencional e plantas
ornamentais.
Cultivo Atua l- Shitake e hortaliça
convencional.
Cultivo atual - amora-preta,
shitake, cavalos.
1
Sueli Maria
Consolina
Sitiante
E323764 N7357211
Estr. da Vargem Grande, 504 Tel: 59752804-73706562
2
Yukinobo Otsuka
E 325219 N7357780
3
Armando Antonio
dos Santos
Nelson Helfstein
Agricultor
Familiar
Agricultor
Familiar
Agricultor
Familiar
Estr.Vargem Grande,280
Tel: 5975-4475 Colônia
Estr. do 15 Embura
Tel: 7314-4105
Estr. do 15,41 Embura
Tel: 7187-7311
Fabiana Maria da
Silva Yoneyama
Jackie Fonseca
Agricultor
Familiar
Agricultor
E323141 N7358249
7
Lindolfo Helfstein
Fidêncio
Agricultor
Familiar
E322388 N7357875
8
Antonio da Cruz
Ferreira
Pedro e Elisabete
Yabuki
Agricultor
Familiar
Agricultor
Familiar
E321247 N7357212
10
Nelson Schimidt
Agricultor
Familiar
11
Ismael Fidêncio
Helfstein
Laudelino Vaz de
Brito Oliveira
José Helfstein
Agricultor
Familiar
Agricultor
Familiar
Agricultor
Familiar
Projeto Social
15
Projeto Mão
Cooperadora
Valter Souza
16
José Tico
Agricultor
Familiar
4
5
6
9
12
13
14
Sitiante
E319428 N7361265
E322303 N7355385
E322338 N7359906
Estr.Eng.Marsilac, 7639
Embura Tel: 59786044
Rua José Mota,170 Bairro
Clube de Campo
Tel:5978-6182 - 9994-1569
Rua Benedito Schunk, 22 Bairro Embura
Tel:5978-6472
Rua Vitorio Rasat, 313 Embura Tel: 5975-2263
Estrada da Ponte Alta,300
Embura
Tel: 5978-6040
Rua Benedito Shunck, 820
Embura
Tel. 5975-2264
Estrada da Ponte Alta, 399
Estrada da Vargem Grande
Tel: 5975-4347
Estrada da Vargem
Grande,152
Tel: 5978-4204
Estrada Capivari, 193Eng.Marsilac
Rua Amaro Josefa, 10 Embura
Tel: 5975-4361
Rua Benedito Shunk, Embura
Tel: 5978-6170
Cultivo atual - hortaliças
convencional.
Cultivo atual - Shitake e hortaliça
convencional.
Produtores de hortaliças, forte
chuchu.
Produtor de hortaliças,cultiva
amendoim.
Produtor de hortaliças.
Produtor de hortaliças
Produtor de plantas ornamentais
Produtor de hortaliças
Fruticultor
Produtor de hortaliças
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Dossiê Projeto Agua Doce