Boletim da Liga dos Antigos Seminaristas de Évora - Suplemento ao N.º 4557 de “a defesa” – N.º 25 – 2.ª Série – Évora, Janeiro - Abril 2012
MORTE
RESSURREIÇÃO
Sendo este o primeiro número
de ECOS DA LASE de 2012, o tema
principal é, necessariamente, a
FESTA ANUAL, ocorrida no dia 24
de Março, em Vila Viçosa.
FESTA ANUAL
Conforme estava programado no
Calendário das actividades da LASE,
o dia 24 de Março de 2012 foi dia de
FESTA na vila ducal de Vila Viçosa e
podemos dizer que com “casa cheia”!
Foi consolador ver a presença de tantos
lasistas acompanhados de familiares,
vindos de todos os cantos de Portugal
e à frente de todos compareceram os
dedicados e incansáveis “Delegados
Regionais”.
Pelas 10 horas começaram a chegar
ao Seminário dos Agostinhos os primeiros
romeiros que, espontaneamente, manifestavam a sua alegria com o reencontro
com colegas.
Assembleia Geral
Atendendo ao tempo litúrgico
em que nos encontramos, propomos
uma reflexão sobre “MORTE –
RESSURREIÇÃO” porque estamos
a celebrar, mais uma vez, a maior
festa dos cristãos – a PÁSCOA, que
foi antecedida pela QUARESMA
(período preparatório de 40 dias).
Jesus anunciara várias vezes aos
seus discípulos a sua paixão, morte e
ressurreição: “O filho do Homem tem
de sofrer muito, ser rejeitado pelos
anciãos, pelos sumos-sacerdotes e
pelos doutores da Lei, tem de ser
morto e, ao terceiro dia, ressuscitar”
(Lc. 9, 22; Mt. 16, 21 e Mc. 8, 31).
Os evangelhos dizem-nos que estas
palavras não foram entendidas pelos
discípulos e Pedro chegou mesmo
a contestá-lo, dizendo: “Deus te
livre, Senhor! Isso nunca te há-de
acontecer!” (Mt. 16, 22).
Isto significa que o sofrimento
e a morte são rejeitados, instintivamente, pelo homem, que só
aspira ao prazer e à imortalidade.
(Continua na pág. 5)
Tendo em conta o Programa estabelecido, pelas 10,30 horas os numerosos lasistas e familiares foram-se
encaminhando para o Salão de festas do
Seminário para dar início à Assembleia
Geral, que tinha como ponto alto a ho-
menagem ao Cónego Lourenço Chorão Lavajo, que durante muitos anos foi
prefeito, professor e Reitor dos Seminários
de Vila Viçosa e de Évora.
Na mesa da Presidência ficaram: D.
Manuel Madureira Dias, bispo emérito do
Algarve e lasista que gosta de participar
nestes eventos sempre que lhe é possível,
o Professor Manuel Ferreira Patrício,
Presidente da Assembleia Geral, Cónego
António Fernando Marques, Presidente da
Direcção, Dr. António Madeira Campino,
Secretário e Padre Adriano Chorão Lavajo
Simões, em representação da família do
Cónego Lourenço.
O Professor Manuel Ferreira Patrício
abriu a Assembleia Geral saudando e
dando as boas-vindas a todos os presentes,
particularmente ao Sr. D. Manuel Madureira Dias com quem conviveu durante
quatro anos no Seminário de Vila Viçosa.
Teve também uma atenção para os
familiares do Cónego Lourenço de quem
guarda as melhores recordações.
O Secretário leu a acta da reunião
do ano passado que foi aprovada por
unanimidade.
O Tesoureiro, Cónego Manuel da
Silva Ferreira pediu ao Delegado do
Norte, Albino J. Pereira para apresentar
as contas de 2011 que se concretizaram
numa receita de 2.534,16 euros (quotas e
(Continua na pág. 2)
FESTA Anual
(Continuação da primeira página)
donativos), numa despesa de 2.989,16 euros (Ecos da LASE, CTT,
material de escritório, quota e jóia da UASP e donativo para o
Seminário - 2000 euros) e com um saldo negativo de 455 euros.
Em seguida, o Presidente da Assembleia Geral deu a palavra
ao Presidente da Direcção, Cónego Fernando Marques, que
apresentou o relatório das actividades do ano
transacto. Começou por manifestar a sua alegria
pela presença de tantos lasistas e familiares, que
enchiam completamente o salão. Agradeceu a presença de D. Manuel Madureira Dias e justificou a
ausência de D. José Alves impossibilitado de estar
presente devido à visita pastoral ao concelho de
Montemor-o-Novo.
Salientou a presença de todos os Delegados
Regionais: Norte – Albino Pereira; Beiras –
Manuel Antunes; Centro – Mário Louro; Lisboa
– Francisco Ricardo e Sul – António J. da Costa
Braga, para quem pediu uma salva de palmas.
Saudou também, com especial calor, aqueles
lasistas que vieram pela primeira vez, salientou
a importância de se terem realizado todas as
actividades lasistas programadas, incluindo os
Encontros Regionais e os Encontros de Cursos.
A comemoração das Bodas de Ouro do Curso de
1961-62, também foi recordada.
Como acontecimentos eclesiásticos lembrou
as celebrações de Bodas Sacerdotais: Ouro de
três sacerdotes do Curso de 1949-50: D. Manuel Madureira Dias
e os padres Joaquim Chorão Lavajo e Manuel Lopes Botelho;
Prata – Cónego Francisco José Senra Coelho.
Informou que neste ano de 2012 irão celebrar as Bodas de
Ouro sacerdotais os Padres Agostinho Crespo Leal, António
Fernando Marques e Donaciano Marques Afonso; e as Bodas
de Prata – o Padre Moisés Janela Antunes.
Como acontecimentos dolorosos evocou a memória dos
falecidos neste período: Manuel Rei (Rebolosa); Henrique J.
Sabino (30 de Agosto); Padre Armando Tavares Alves (3 de
Outubro) e Cónego Manuel da Silva Barros (7 de Fevereiro).
Seguidamente, o Presidente da Direcção apresentou o
orador do dia, Dr. José Ramalho Ilhéu, que iria dissertar sobre
o homenageado, Cónego Lourenço Chorão Lavajo, mas antes
2 “a defesa” - “Ecos da LASE”
de lhe conceder a palavra, quis dar o seu testemunho, dizendo
que em 10 de Outubro de 1950 havia tido o primeiro contacto
com o Cónego Lourenço, na Quinta de Santo António, Évora,
onde, juntamente com mais 76 colegas iniciava o primeiro
ano do Seminário, sendo o Padre Lourenço o seu prefeito
(os Padres Mário Aparício Pereira e Luís Manso eram os
responsáveis pelas outras duas turmas). Em Janeiro de 1951,
este mesmo curso continuou no Seminário dos Agostinhos, em
Vila Viçosa, reduzido a 47 unidades (salientou que o convento
dos Agostinhos começou a funcionar como Seminário Menor
nesta altura).
O Dr. José Ramalho Ilhéu dissertou, então, sobre o Cónego
Lourenço caracterizando a pessoa e a sua obra, começando
por referir que, como lasista, acompanhou o homenageado
como aluno e mais tarde como colega professor na Escola
de Enfermagem de Évora (mais adiante, os ECOS DA LASE
publicam um resumo da conferência).
O Secretário da Assembleia Geral, Dr. António Madeira Campino quis também dar o
seu testemunho sobre o homenageado numa
tonalidade sombra/sol, assinalando duas visões:
uma como aluno (menos positiva), outra já como
adulto e após vários anos de convívio aberto
(muito mais luminosa).
O Sr. D. Manuel Madureira Dias deu também
o seu testemunho salientando que o Cónego
Lourenço foi sobretudo um Pastor, sempre atento
àqueles que o rodeavam.
O Vice-Reitor do Seminário de Vila Viçosa,
P. Ricardo Cardoso, agradeceu os generosos
donativos dos lasistas para ajudar a pagar a
grande dívida com as obras de remodelação feitas
no Seminário dos Agostinhos e informou que
totalizaram cerca de dezanove mil euros.
O Vice-Presidente da Direcção da UASP,
Dr. António Agostinho dos Santos Pereira
tomou a palavra para manifestar a sua alegria
e participar nesta festa da LASE e informar
os lasistas dos objectivos e das actividades
programadas desta União.
Por volta das 12,15 horas, o Presidente da Assembleia
Geral, Professor Manuel Ferreira Patrício, deu por encerrada a
Assembleia Geral.
(Continua na pág. 3)
FESTA Anual
(Continuação da página 2)
EUCARISTIA
Terminada a Assembleia Geral e a homenagem ao Cónego
Lourenço Chorão Lavajo, dirigimo-nos para o Santuário de
Nossa Senhora da Conceição, onde foi concelebrada a eucaristia
Presidente da Direcção da UASP, Dr. António Agostinho e os
cinco Delegados Regionais. Mais tarde juntou-se também o
arcebispo emérito de Évora, D. Maurílio Gouveia.
O almoço decorreu em animado convívio saboreando
os acepipes preparados pelo Seminário dos Agostinhos, sob
a direcção do Vice-Reitor, Padre Ricardo Cardoso, a quem
agradecemos o caloroso acolhimento. Para animar e afinar as
gargantas não faltaram os requisitados
licores de poejo e murta.
Antes da fotografia geral nos claustros
do Seminário e ao mesmo tempo que
se saboreava o café ainda houve tempo
e disposição para cantar “Se fores ao
Alentejo”, canção com letra e música dos
saudosos Cónego Dr. Sebastião Martins
dos Reis e do Padre Ramilo Marques,
respectivamente, e que já virou “quase
hino da LASE”.
Foi entregue ao Vice-Reitor a quantia de 1710 euros correspondente aos
contributos do almoço.
VISITA AO PALÁCIO DUCAL
do quinto domingo da Quaresma, presidida por D. Manuel
Madureira Dias e acompanhado pelos sacerdotes presentes:
Cónego A. Fernando Marques, Padre Adriano Chorão Lavajo e
Cónego Joaquim Chorão Lavajo (irmãos do Cónego Lourenço),
Cónego Manuel da Silva Ferreira e Cónego António Salvador
dos Santos (Vogal da Direcção). Os diáconos Manuel Carvalho
Bilo e José Carlos Fraústo Ferreira assistiram ao altar.
A assembleia lasista preencheu, totalmente, a nave central
do santuário mariano, estando a animação musical entregue a
dois seminaristas do Seminário Menor,
a quem agradecemos.
O Sr. D. Manuel, à homilia, reflectiu
sobre a mensagem do domingo: Deus
tem feito aliança com os homens de
boa vontade, ao longo dos tempos e
imprimiu no coração de cada um deles
os mandamentos para que saibam
distinguir o bem do mal; Jesus ao vir
ao mundo fez-se em tudo igual a nós
e quis também fazer a experiência
do sofrimento e da morte, citando o
evangelho - João 12, 20-33: “Se o grão
de trigo cair na terra e não morrer, fica
só ele; mas, se morrer, dá muito fruto.
Quem tem amor à vida, perde-a, e
quem detesta a sua vida neste mundo
conservá-la-á para a vida eterna”.
Por volta das 15,30 horas, um grupo
de cerca de 25 lasistas e familiares tiveram
a possibilidade de visitar, gratuitamente,
o Palácio de Vila Viçosa. Segundo
testemunhos ouvidos, foi muito agradável e instrutiva e só foi
pena que outros o não pudessem fazer!
Foi o 4.º Duque de Bragança, D. Jaime I que determinou a
construção do Paço na zona chamada de Horta do Reguengo.
As obras começaram em 1501, com concepção arquitectónica
gótica e gramática decorativa de nítida influência mudéjar.
Esta primeira fase englobou o claustro, capela e respectivas
dependências, áreas residenciais, incluindo a cozinha e
oficinas. As obras prosseguiram com os duques seguintes, que
ALMOÇO
Eram já perto das 14 horas quando
nos sentámos no refeitório quinhentista
do Seminário dos Agostinhos, repleto
de comensais já com o apetite bem desperto! Numa das
mesas sentaram-se: D. Manuel Madureira Dias, o Presidente
da Assembleia Geral, Professor Manuel Ferreira Patrício, o
Presidente da Direcção, Cón. Fernando Marques, Padre Adriano
Chorão Lavajo Simões (irmão do Cónego Lourenço), o Vice-
acrescentaram e embelezaram o Paço Ducal: D. Teodósio I e D.
Teodósio II com o qual o edifício adquiriu a feição actual com
uma fachada de mais de 100 metros, revestida e decorada com
(Continua na pág. 4)
3 “a defesa” - “Ecos da LASE”
FESTA Anual
(Continuação da página 3)
cantaria de mármore branco e azul da região; D. João V ordenou
a uniformização da fachada.
Actualmente o Palácio Museu distribui-se por cinco zonas:
Andar Nobre, Armaria, Tesouro, Colecção de porcelana Azul e
Branco da China e colecção de Carruagens.
Estiveram presentes: D. Manuel Madureira Dias e colaboradora, Évora; Abílio Dias, Póvoa de S. Adrião; Abel
Gonçalves dos Santos Brás e esposa – Portalegre; Pe. Adriano
Chorão Lavajo Simões, Évora; Alberto Cardoso Soares de Melo
e esposa, Porto; Alberto Francisco Saial Bravo e esposa, Vila
Viçosa; Alberto Luís Casaca, Estremoz; Albino Joaquim Pereira
e esposa, Fornelos (CNF); Amândio Simão Pires, Sabugal;
Amaro José Saruga, Estremoz; Amílcar Gomes Gonçalves,
Caneças; António Dionísio Carvalho Pinheiro, esposa e filho,
Queluz; António Eduardo Espada e esposa, Setúbal; Pe. António
Fernando Marques, Évora; António Fidalgo Marques, Estremoz;
António Joaquim Costa Braga, Évora; António José de Mira
Geraldo, Belas; António Madeira Campino e esposa, Évora;
António Mendes Rodrigues e esposa, Lisboa; António Pedro
Neves Fialho Tojo, Amora; António Ribeiro Cristóvão e neto,
Vale de Milhaços; Pe. António Salvador dos Santos, Évora;
António Terras da Fonte, Guarda; Augusto da Silva Jacinto e
esposa, Proença-a-Nova; Bernardino Fernandes dos Santos
e esposa, Póvoa de Varzim; Carlos Manuel Caramujo Ramos
Mata, Vila Viçosa; Carlos Manuel Franzina Lentilhas, Lindaa-Velha; César Pereira Félix, Mem Martins; Domingos Barbosa
NOTA: Atendendo à grande dívida existente por causa das
obras do Seminário dos Agostinhos e apesar dos generosos
donativos já recebidos, o Seminário Menor de Vila Viçosa
continua a contar com o envio de mais dávidas, sobretudo
4 “a defesa” - “Ecos da LASE”
Lopes e esposa, Barcelos; Domingos Luís Borrego Lopes, Évora;
Pe. Donaciano Marques Afonso, Campo Maior; Edmundo dos
Santos Pinto Tibério e esposa, Feijó; Eduardo Manuel Gomes
Pina e esposa, Vila Viçosa; Elísio da Silva Gama e esposa, Vila
Nova de Milfontes; Elói Gonçalves Pardal,
Lisboa; Francisco Eduardo Grancho
Ricardo, Lisboa; Gil Vicente Lopes Caeiro
e esposa, Vila Viçosa; João Sanches Peres
e esposa, Santarém; Joaquim António
Ramalho Amaral e esposa, Barreiro; Pe.
Joaquim Chorão Lavajo, Évora; Joaquim
Gonçalves Paula, Lameiras de Baixo;
Joaquim Lourenço Tourais Simões e
esposa, Évora; Joaquim Merca da Silva
Maia e esposa, Évora; Jorge Manuel
Rebotim Rosado Raposo, Évora; Jorge
Manuel Salgueira Mateus, Évora, José
Carlos Fraústo Ferreira e esposa, Évora;
José Eduardo Lopes Catalão e esposa,
Almada; José Francisco Caixinha, Pombal;
José Joaquim Correia, Vendas Novas;
José Pereira Bairrada e esposa, Proença
a Nova; José Ramalho Ilhéu, Évora; José
Ramos Alexandre e esposa; Carnaxide;
Leonel Fernandes Matias, Isna de S.
Carlos; Libório Casimiro Gonçalves,
Setúbal; Luís António Pedrico, S. João da Talha; Manuel Amaro
Saruga, Mem Martins; Manuel António Antunes, Sabugal;
Manuel Carvalho Bilo, esposa, duas filhas, filho e genro, Évora;
Pe. Manuel da Silva Ferreira, Évora; Manuel Fernando Pontes
Carrasqueira e esposa, Mem Martins; Manuel Ferreira Patrício,
Montargil; Manuel Luís de Carvalho Mendes e esposa, Évora;
Manuel Nunes da Fonseca, Tarouquela (CNF); Mário Bárbara
Marques, esposa, filha e neta, Vilar Maior; Mário de Ascensão
Louro, Turquel; Nuno José da Silva Pinheiro, Évora; Pe. Ricardo
Emanuel Mamede Cardoso, Vila Viçosa; Roberto Lopes Ratinho e
esposa, Évora; em representação da UASP, o Vice-Presidente da
Direcção, António Agostinho; Viúva e filha do lasista Francisco
Sanches Marcos, Silves.
NOTA FINAL: apesar da participação lasista na FESTA
ANUAL ter excedido todas as expectativas, houve muitos
lasistas que não puderam estar presentes e enviaram as suas
mensagens. De todas elas transcrevo uma enviada pelo veterano
amigo Belchior Revés Pereira: “Bom amigo, impossibilitado por
motivos de saúde, de estar presente no dia 24 em Vila Viçosa na
homenagem ao meu companheiro de meninice e amigo de sempre
cónego Lourenço, peço exprima a todos a minha solidariedade
e os meus votos de boa estadia e bom convívio nessa saudosa
terra. Uma saudação especial para D. Manuel Madureira”.
daqueles que ainda não tiveram a oportunidade de o fazer.
Os donativos devem ser entregues directamente nos
Seminários de Évora ou de Vila Viçosa ou através do NIB
0045 6380 40046981763 49.
ENCONTRO
DA ZONA DE LISBOA
MORTE - RESSURREIÇÃO
(Continuação da primeira página)
Mas Jesus, que é exigente para com os seus seguidores,
insiste que para se chegar à glória, é necessário passar
pela abnegação e pela morte: “Se alguém quiser ser meu
discípulo, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, todos os
dias, e siga-me” (Lc. 9, 23); ou então: “Se o grão de trigo,
lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá
muito fruto” (Jo. 12, 24).
Porque é que existe o sofrimento e a morte, se Deus é
tão bom, dirão muitos?
É uma pergunta que ouvimos todos os dias àqueles
que ainda não perceberam a “mensagem evangélica”,
uma vez que o sofrimento e a morte fazem parte integrante da vida de todos os homens, quer eles queiram quer
não. Mas o plano inicial de Deus para a humanidade era
de felicidade e, por isso colocou o homem no Paraíso.
O que é que alterou este plano? Pelo orgulho e pela
desobediência veio o pecado e o homem foi expulso (cf.
Génesis 3, 1-24).
Apesar do pecado, Deus não quis condenar o homem a
um sofrimento eterno e enviou à terra o seu próprio Filho.
Jesus ao fazer-se homem, quis assumir a nossa natureza
na sua plenitude, incluindo a experiência do sofrimento
e da morte e não julguemos que não lhe custou: “Agora a
minha alma está perturbada. E que hei-de Eu dizer? Pai,
livra-me desta hora? Mas precisamente para esta hora é
que Eu vim!” (Jo. 12, 27). Por duas ocasiões de grande
sofrimento, em que atingiu quase o limite das suas forças,
exclamou: “Pai, se quiseres, afasta de mim este cálice;
contudo, não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lc. 22,
42, Mc. 14, 36 e Mt. 26, 42) e “Meu Deus, meu Deus, por
que me abandonaste?” (Mc. 15, 34 e Mt. 27, 46).
Portanto, a realidade do sofrimento e da morte, que
têm a ver com a realidade do “pecado”, fazem parte da
comemoração da PÁSCOA, que se identifica com “Vida”,
“Alegria”, “Festa” e “RESSURREIÇÃO”.
Há mais de 50 anos o Papa Pio XII dizia que o maior
pecado do seu tempo era as pessoas terem perdido a noção
do pecado. Passados tantos anos podemos dizer o mesmo.
Para muita gente, neste mundo de tantas liberdades,
“vale tudo”, desde que não vão parar à cadeia. É difícil
assumir “responsabilidades”. Costuma dizer-se que
“a culpa morre sempre solteira”! Somos “implacáveis”
em julgar e condenar os outros, mas somos demasiado
complacentes connosco (insultamos facilmente os outros
e ficamos muito melindrados quando nos atingem com
insignificâncias!
Para o cristão é consolador saber que “Deus é sempre
misericordioso para aqueles que reconhecem a sua culpa
e se arrependem”. Em tempo de “crise” e de sofrimento,
é consolador ouvir Jesus dizer: “Vinde a Mim, vós todos
que vos afadigais e andais sobrecarregados com tantos
problemas, que Eu vos aliviarei; tomai o meu jugo sobre
vós, pois o meu jugo é suave e a minha carga é leve”.
Que a celebração da Festa da PÁSCOA nos ajude a
reequacionar a nossa vida e nos anime a valorizar aquilo
que tem mesmo valor e que preenchamos a nossa vida
com a prática daquelas obras que são proveitosas para nós
e para aqueles que nos rodeiam e que façamos tudo com
verdadeira alegria.
Em nome da Direcção da LASE, desejo a todos os
antigos alunos dos nossos Seminários de Vila Viçosa
e de Évora e seus familiares e amigos, sinceros votos
de PÁSCOA feliz e alegre, com as bênçãos de Cristo
Ressuscitado!
Presidente da Direcção
O “Encontro” deste ano será em ÓBIDOS, no dia 12
de Maio, com o seguinte Programa:
10H30 – Coffee break de boas-vindas, no Hotel Real de
Óbidos.
11H00 – Reunião da Delegação da LASE/Lisboa.
12H00 – Eucaristia no Santuário do Senhor Jesus da
Pedra.
13H00 – Barbecue em taverna medieval, no Hotel Real
de Óbidos.
16H00 – Visita guiada à cidade e seus principais
monumentos (Portas da Vila, Pelourinho, Igrejas e
Castelo).
18H00 – Lanche nas muralhas do castelo.
O Delegado - Francisco Ricardo, tel. 967 028 343; Email:
[email protected].
NOTA: Atenção ao calendário dos restantes Encontros
Regionais e de Curso, pois contam com a tua presença.
A Direcção
FALECIMENTOS
CÓNEGO MANUEL DA SILVA
BARROS - No dia
7 d e Fe v e r e i r o
de 2012 faleceu
inesperadamente
o Cónego Manuel
da Silva Barros. O
funeral precedido
da eucaristia de
“corpo presente”
na catedral de
Évora, presidida
pelo arcebispo de
Évora, D. José Alves
e concelebrada por
várias dezenas
de sacerdotes e
participada por
centenas de fiéis,
amigos e familiares,
seguiu para a sua
terra natal.
Natural de Modelos (Paços de Ferreira), frequentou os Seminários de Vila Viçosa e de Évora integrado no Curso de 195152. Depois de ordenado presbítero, em 1963, foi: prefeito
e professor no Seminário de Vila Viçosa, coadjutor na vila
de Redondo, Secretário do arcebispo de Évora, D. David de
Sousa. Seguidamente foi Pároco da Senhora da Saúde (Évora),
Responsável Diocesano dos Departamentos de Catequese dos
Jovens e da Família e Professor na Escola Secundária André
de Gouveia. Ultimamente era Pároco de S. Brás (Évora) e Torre
dos Coelheiros.
O Cónego Manuel Barros que também teve uma intensa
actividade socio-caritativa, deixou muitas saudades pela sua
alegria esfusiante, pelo seu ardor pastoral e pela sua amizade
sincera.
5 “a defesa” - “Ecos da LASE”
Nomeação
de novos cónegos
O Senhor D. José Alves, arcebispo de Évora nomeou
três novos cónegos para a catedral de Évora: Padres António
Salvador dos Santos, Francisco Pimenta Alves Bento e Mário
Tavares de Oliveira, que tomaram posse na solene celebração
do 1.º domingo da Quaresma, no dia 26 de Fevereiro de
2012. O arcebispo de Évora disse na homilia: “com a tomada
de posse dos novos capitulares renova-se e revigora-se o
Cabido Catedralício, esta instituição de tradição multissecular
e merecido prestígio, na história da cidade de Évora, onde
contribuiu de forma determinante para a promoção da liturgia,
da música sacra e da cultura, funções que ainda hoje continua
a desempenhar como principal entidade promotora do culto e
guardiã da igreja mãe da Arquidiocese”.
PA D R E A N T Ó N I O S A LVA D O R D O S S A N T O S –
nascido a 7 de Setembro de
1950, em Mértola, frequentou os
Seminários de Vila Viçosa e de
Évora sendo ordenado presbítero
em 25 de Junho de 1978. Tem
exercido o seu ministério
sacerdotal: nas Paróquias de
S. Sebastião da Giesteira e da
Boa-fé; como Director do jornal
“a defesa” e Gráfica Eborense.
Até à sua jubilação exerceu
também o ministério de professor
na Escola Secundária Gabriel
Pereira.
PADRE FRANCISCO PIMENTA A. BENTO – nasceu
a 1 de Fevereiro de 1944,
em Mouriscas (Abrantes).
Frequentou os Seminários
de Vila Viçosa e de Évora
integrado no Curso de
1955-56, sendo ordenado
presbítero em 30 de Julho de
1967. Exerceu a actividade
paroquial em Barbacena
(Elvas) e Torrão, foi ViceReitor do Seminário de Vila
Vi ç o s a e , a c t u a l m e n t e é
Pároco de Montargil e Foros
do Arrão.
PADRE MÁRIO TAVARES DE OLIVEIRA – nasceu em 25
de Abril de 1960, em Avanca
(Estar reja) e frequentou
os Semin á rio s de É vo r a
integrado no Curso de 197071. Foi ordenado presbítero
em 26 de Junho de 1983.
Foi Reitor do Seminário de
Vila Viçosa e pároco do
Santuário de Nossa Senhora
da Conceição. Actualmente
é Pároco de Mora e de Brotas
e Pr o f e s s o r d o I n s t i t u t o
Superior de Teologia de
Évora.
6 “a defesa” - “Ecos da LASE”
BODAS DE OURO
SACERDOTAIS
(Continuação da página 8)
AGOSTINHO CRESPO LEAL – nasceu em Badamalos
(Sabugal), no dia 29 de Setembro de 1936. Depois de
ordenado sacerdote foi sucessivamente prefeito e professor
no Seminário de Vila Viçosa e de Évora. Durante vários
anos foi missionário na diocese de Nampula (Moçambique),
donde regressou assumindo a paroquialidade de Torre dos
Coelheiros (1984), a capelania do Hospital de Évora e a
Pastoral Diocesana da Saúde.
ANTÓNIO FERNANDO MARQUES – nascido em
Baraçal (Sabugal) em 11 de Agosto de 1939, depois de
ter frequentado os Seminários de Vila Vçosa e de Évora
foi sucessivamente: coadjutor da Paróquia da Sé e Pároco
de Granja (Mourão) e Torre dos Coelheiros. Fez parte da
Equipa Formadora do Seminário Maior de Évora, professor
das Escolas Secundárias Severim de Faria e Gabriel Pereira. Actualmente, é Pároco de S. Mamede e Nossa Senhora da Tourega e Professor do Instituto Superior de
Teologia de Évora, Director Diocesano do Apostolado da
Oração, Presidente da Direcção da LASE e Presidente das
Comissões Diocesanas de Arte Sacra e do Bens Culturais da Igreja.
DONACIANO MARQUES AFONSO – natural de
Beduido (Estarreja), onde nasceu a 22 de Agosto de 1938.
Depois de ordenado presbítero foi: prefeito e professor,
ecónomo e Director Espiritual (1971) do Seminário de
Vila Viçosa. A partir de 1974 assumiu a paroquialidade de
Campo Maior (Paróquias de Nossa Senhora da Expectação
e de S. João Baptista). Em 1990 também teve a seu cargo
as Paróquias de Santa Eulália e S. Vicente.
BODAS DE PRATA
SACERDOTAIS
Padre MOISÉS JANELA ANTUNES – Nasceu
a 9 de Fevereiro de 1961, em
Rapoula do Côa (Sabugal),
filho de Manuel Monteiro Antunes e de Judite
d’Ascensão Janela.
Frequentou os Seminários da Guarda e de Évora.
Foi ordenado presbítero
pelo arcebispo de Évora, D.
Maurílio de Gouveia, em 13
de Dezembro de 1987, em
Vila Viçosa.
Nomeações: 1 de Setembro de 1988: Pároco de
Vendinha, S. Pedro do Corval e Valongo; “in solidum” de
Monsaraz, sendo moderador o Padre Inácio Branco.
- 30 de Agosto de 1990: Vigário Paroquial de Santa
Eulália e S. Vicente.
- 1 de Setembro de 1994: Pároco de Barbacena e Vila
Fernando
- 30 de Julho de 2008: Pároco de Terrugem.
homenagem ao cónego lourenço chorão lavajo
(Continuação da Página 8)
O homem distante, vestido do peso institucional desapareceu.
A aparente frieza foi substituída por uma abertura relacional
muito grande; a aparente indisponibilidade transformou-se
numa disponibilidade para alunos e docentes. Em conjunto,
desempenhámos, muitas vezes, o papel de árbitro e de
conciliadores numa Instituição com relações sociais difíceis.
Eu mais activo, ele mais ponderado
sem que isso significasse passividade.
Disponível para conversar, sentia-o
distendido. Por isso, disse atrás que
as primeiras recordações do Cónego
Lourenço podiam ser injustas para com
o Homem e para com o sacerdote…
Para além da docência nos Seminários e na Escola de Enfermagem São
João de Deus, foi também professor do
Instituto Superior de Teologia de Évora.
Escreveu na imprensa e publicou em
várias revistas.
Conjuntamente com a docência, o
Cónego Lourenço exerce funções no
Secretariado Diocesano da Obra das
Vocações Sacerdotais, na Pastoral da
Emigração e, em 1971, no Secretariado
Diocesano dos Cursos de Cristandade;
em 1981, foi nomeado para o departamento de Catequese e Formação Familiar, onde apoiou os Casais de Santa
Maria, movimento introduzido na Arquidioceses de Évora pelo Cónego Dr. José Pires Patacas; foi
também assistente da obra de Santa Zita. Esteve também ligado à Legião de Maria…
O Cónego Lourenço orientou retiros (Continente e Regiões
autónomas, Moçambique) num trabalho pastoral muito intenso
com ordens religiosas como as Irmãs do Sagrado Coração de
Jesus, Irmãos Salesianas, Doroteias ou Servas de Jesus. Como
pároco, inicia o seu trabalho pastoral, em 1973, na paróquia
de Nossa Senhora da Conceição (Évora) até 1980. Regressa
ao Seminário de Évora, como Reitor, até 1984, ano em que foi
nomeado Pároco da Sé, em Évora, onde se manteve até à sua
morte.
Para além dos Seminários, como dirigente e professor,
da docência e pároco, o Cónego Lourenço foi também Juiz
do Tribunal da Província Eclesiástica de Évora; Membro
da comissão de ética do HESE para onde contribuiu com
“importantes contributos e novas perspectivas”; Capelão
adjunto voluntário no Hospital do Espírito Santo (Évora)
durante 25 anos, apoiando e substituindo o capelão titular:
Padre Agostinho Crespo Leal. Foi como capelão voluntário
do Hospital que nos voltamos a encontrar de uma forma
institucional e a imagem construída na Escola de Enfermagem
manteve até porque a mesma tinha sido reforçada nos encontros
casuais que aconteciam, normalmente, na Rua D. Manuel
Mendes da Conceição Santos ou no Largo da Portas de Moura.
Encontros simples e afáveis, educados mas nada formais. Em
regra, ele não tinha ou não demonstrava grande pressa. A
falta de tempo era minha. Creio que compreendia essa pressa
porque era muito rigoroso com o tempo e a pontualidade e, por
interessante, que fosse a conversa não era motivo para que eu
ou ele chegássemos atrasados.
Como capelão e como pároco dedicou uma atenção muito
particular aos doentes. Com uma forma de atuação própria
junto do doente e dos seus familiares formava com o Padre
Agostinho Leal uma equipa que se completava. Informava-se,
formava-se; escutava, ouvia e aprendia. Na paróquia dedicava
a mesma atenção e mesma exigência. De espírito aberto, aceita
as diferenças mas não relativiza os valores ou as orientações
da sua fé. Vale a pena, trazer-vos, nas suas próprias palavras o
que pensava sobre o doente e a doença, o sofrimento e a morte
na dimensão espiritual porque na dimensão religiosa seguia
os ensinamentos da fé e da Igreja…
Como homem e sacerdote, não consigo, ver estas duas
facetas separadas e porque creio que é o homem que se
transforma em sacerdote através da sua formação e da sua
fé, o Cónego Lourenço foi um homem de um grande rigor
para com ele para com os outros; assumia as suas missões e
entregava-se totalmente a elas para as cumprir aos serviços
dos outros. Centrado nas pessoas, dedicado às pessoas para
elas tinha tempo… O Padre Lourenço tinha tempo, coisa rara
nos nossos dias… Por isso, pedia a Deus que, na sua vida, as
pessoas tenham precedência às coisas.
Sacerdote dedicado á paróquia, com um sentido de
espiritualidade, justiça e retidão muito grande; bom ouvinte
mas frontal; afável nos contatos, dando atenção a todos e a
tudo sem distinguir nada nem ninguém; dando autonomia e
responsabilizando aqueles com quem trabalhava, simples e
amigo; um pároco que aproximava; um homem e um sacerdote
que sabia o queria e dizia o pensava, mas não deixava de
escutar os outros; um homem e um sacerdote de espírito
ascético e ecuménico em que ele ocupava o último lugar na
hierarquia de prioridades.
É este homem e sacerdote que é recordado…
A 25 de Janeiro de 2009, no Hospital de Santa Cruz, em
Carnaxide parte para a casa do Pai, o homem e o sacerdote
de quem D. José Alves disse: “era um homem de uma dedicação muito grande, de uma fé extraordinária, de um dinamismo e de uma persistência a toda a prova” ou como um
paroquiano nos dizia, de lágrimas nos olhos, partiu um “homem
de Deus”.
Sepultado no Cemitério dos Remédios, em Évora, ficou
na cidade que o acolheu e lhe prestou tributo na hora da sua
morte; junto das comunidades que pastoreou e da família de
sangue que respeitou e amou.
(Extracto do discurso do Dr. José Ramalho Ilhéu)
7 “a defesa” - “Ecos da LASE”
homenagem ao cónego lourenço chorão lavajo
… A 29 de Fevereiro de 1928 nasce em Aldeia da Ponte
(Sabugal) aquele que mais tarde viria a ser o Cónego Lourenço
Chorão Lavajo, filho de Júlio Lavajo Simões, (ex-militar
e lavrador) e de Clara do Nascimento Fidalgo Chorão Simões
(doméstica). Nasce numa família que do ponto de vista social, cultural e económico estava acima da média das outras
famílias da sua localidade natal. Cresce no seio de uma família numerosa, com 14 filhos, sendo que chegaram a estar vivos, em simultâneo, 10 e com forte tradição de vocações
sacerdotais.
Frequenta na sua Aldeia a escola do Prof. Amândio e em
1939, com 11 anos, ingressa no Seminário Menor de Vila
Viçosa, integrando o curso de 1939/40… O seu ingresso no
Seminário de São José, inaugurado em 1935, vem na sequência
da religiosidade da sua família. Sua mãe, em peregrinação a
Lourdes, no Outono de 1927, oferecera-o para o serviço de
Deus…
Transita para o Seminário Maior de Évora onde frequentou
os Cursos de Filosofia e de Teologia. É ordenado sacerdote em 3
de Setembro de 1950, em Abrantes, na capela de Nossa Senhora
de Fátima das Irmãs Doroteias… Inicia a sua actividade
sacerdotal em Outubro de 1950, juntamente com os padres
Luís Manso e Mário Aparício, como professor e prefeito do
1.º ano do Seminário, que funcionou até ao fim do 1.º período
na Quinta de Santo António, em Évora. Em Janeiro de 1951,
transitou para o Seminário dos Agostinhos, em Vila Viçosa,
colaborando com o Dr. João Nabais. Vice-Reitor do Seminário
de Évora, nos testes vocacionais aos alunos deste ano…
BODAS DE OURO
SACERDOTAIS
Celebram este ano as suas B ODAS DE OURO
SACERDOTAIS: Padres AGOSTINHO CRESPO LEAL,
ANTÓNIO FERNANDO MARQUES E DONACIANO
MARQUES AFONSO, ordenados presbíteros a 1 de Ju-
Permanece no Seminário de
Vila Viçosa até 1956, transitando
para o Seminário de Évora. Em
1958, regressa a Vila Viçosa
como Vice-Reitor do Seminário
de São José. Em 1961, é nomeado Reitor do Seminário
de Évora, onde permanece até
1967. Deixa Vila Viçosa no ano
que eu ingresso no Seminário,
onde foi substituído pelo Padre
Luís Martins Adriano. No ano
letivo de 64/65, rumei a Évora,
ao Conventinho, e aí tenho o
primeiro contato com o então
já Cónego Lourenço (1962 –
D. Manuel Trindade Salgueiro). Durante três anos, foi meu
Vice-reitor e Professor. A recordação, que dele guardo, é muito
difusa, muita incompleta e, talvez, injusta face ao sacerdote
e ao homem que, mais tarde, vim a conhecer. Dele recordo a
hierarquia e a pose institucional. A própria distância física,
entre edifícios e a idade que tinha nessa altura serão variáveis
explicativas desta minha representação. Não recordo um
sorriso nem o recordo como “companheiro” em atividades
quotidianas com o era, por exemplo, o desporto. Com um
gabinete no Conventinho, se a memória não me falha, recebia-nos e connosco falava. Recordo a forma mas não de lembro
da substância…
Em 1967, parte para Roma onde se licencia em Teologia
Dogmática na Universidade Propaganda Fide e se especializou
em Teologia Moral na Pontifícia Academia Alfonsiana. Em
Outubro de 1969, retomou a docência no Seminário Maior
de Évora, ano em que eu saí do Seminário. Mais uma vez os
caminhos descruzaram-se e assim iriam permanecer até à
década de 80, onde os caminhos da docência se voltariam a
cruzar: ele como professor de Psicologia, Ética e Deontologia
Profissional e eu como professor de Sociologia. A Escola de
Enfermagem São João de Deus, em Évora, foi o nosso ponto
de encontro. Com o dobro da idade que tinha, quando nos
cruzamos pela primeira vez, numa relação profissional diferente
estabeleci com o Cónego Lourenço uma relação profissional,
misturada com sentimentos e valores que nos aproximavam.
(Continua na página 7)
Os “Ecos da Lase”
desejam a todos
os Lasistas
e suas famílias
Boas Festas da Páscoa,
com muita alegria
lho de 1962, na Sé de Elvas, pelo arcebispo de Évora,
D. Manuel Trindade Salgueiro e que frequentaram os
Seminários de Vila Viçosa e de Évora, integrados no Curso
de 1950-51. Na mesma data foram também ordenados
presbíteros: António Braga Simões, José Pedro Balbino e
José Luís Godinho Mendes, já falecidos.
de Cristo Ressuscitado.
(Continua na página 6)
Aleluia! Aleluia!
8 “a defesa” - “Ecos da LASE”
e bênçãos
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2012 Janeiro/Abril